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Em 2019, uma pesquisa apontou o que estaria por trás do intrigante relato
VICTÓRIA GEARINI
Em junho de 323 a.C., o soberano veio a falecer no antigo palácio do rei Nabucodonosor II, na
Babilônia. Ao longo dos séculos, sua morte despertou diversas teorias, devido às circunstâncias
misteriosas por trás do seu óbito.
Teorias iniciais
Em 2005, o historiador britânico Andrew Chugg levantou a hipótese de que o soberano tivesse
sido vítima de malária. O pesquisador se baseou em relatos presentes no diário atribuído a
Diogneto de Eritreia, que teria acompanhado Alexandre durante viagens que antecederam a
morte do rei.
Segundo Chugg, duas semanas antes de vir a óbito, o governante teria navegado por lugares
pantanosos da Babilônia. Partindo deste pressuposto, o historiador defendeu a tese de que ele
teria contraído a doença durante a travessia.
Conforme o estudo, Alexandre, o Grande supostamente teria sido envenenado com a planta
Veratrum album, mais conhecida como heléboro branco. Na época, a erva era utilizada para
induzir vômito. Todavia, se usada em quantidade exacerbada, poderia levar à morte.
Novo estudo
Sabe-se que o corpo do soberano levou cerca de seis dias para começar a se decompor. O fato
intrigante despertou a curiosidade da comunidade científica e o que não faltaram foram
teorias sobre as causas da morte.
A pesquisadora afirmou que o estudo do toxicologista Leo Schep não se encaixava nas
circunstâncias da morte de Alexandre, o Grande.
Em 2019, uma pesquisa apontou o que estaria por trás do intrigante relato
Nascido em 356 a.C., em Pela, Alexandre, o Grande era membro da dinastia argéada. Este
membro governou o antigo trono grego da Macedônia, sendo amplamente lembrado nos
livros de História. Contudo, sua trajetória foi interrompida precocemente, aos 32 anos.
Discípulo de Aristóteles, Alexandre, o Grande, ascendeu como rei aos 20 anos de idade.
Considerado um semideus pelos seus súditos, alcançou grande fama e poder durante o pouco
período em que reinou.
Em junho de 323 a.C., o soberano veio a falecer no antigo palácio do rei Nabucodonosor II, na
Babilônia. Ao longo dos séculos, sua morte despertou diversas teorias, devido às circunstâncias
misteriosas por trás do seu óbito.
Teorias iniciais
Em 2005, o historiador britânico Andrew Chugg levantou a hipótese de que o soberano tivesse
sido vítima de malária. O pesquisador se baseou em relatos presentes no diário atribuído a
Diogneto de Eritreia, que teria acompanhado Alexandre durante viagens que antecederam a
morte do rei.
Segundo Chugg, duas semanas antes de vir a óbito, o governante teria navegado por lugares
pantanosos da Babilônia. Partindo deste pressuposto, o historiador defendeu a tese de que ele
teria contraído a doença durante a travessia.
Conforme o estudo, Alexandre, o Grande supostamente teria sido envenenado com a planta
Veratrum album, mais conhecida como heléboro branco. Na época, a erva era utilizada para
induzir vômito. Todavia, se usada em quantidade exacerbada, poderia levar à morte.
Novo estudo
Sabe-se que o corpo do soberano levou cerca de seis dias para começar a se decompor. O fato
intrigante despertou a curiosidade da comunidade científica e o que não faltaram foram
teorias sobre as causas da morte.
A pesquisadora afirmou que o estudo do toxicologista Leo Schep não se encaixava nas
circunstâncias da morte de Alexandre, o Grande.
Estátua de Alexandre encontrada no Museu Arqueológico de Véria, na Grécia, em 2019 /
Crédito: Divulgação / Angeliki Kottaridi
“Em geral, os envenenamentos na Antiguidade eram rápidos, com substâncias altamente letais
que agiam rapidamente. Do contrário, a vítima poderia sobreviver tempo suficiente para
acusar o autor (do envenenamento)”, disse Hall à BBC.
De acordo com os estudos da professora, o soberano teria sido vítima de uma doença
autoimune que atingiu parte de seu sistema nervoso, chamada de síndrome de Guillain-Barré.
A hipótese mais contundente até o momento, é que ele teria contraído a doença através de
uma infecção bacteriana.
Como citado anteriormente, o corpo de Alexandre só começou a se decompor seis dias após o
óbito. Segundo Katherine Hall, é possível que o rei tenha sofrido de uma paralisia gerada pela
síndrome, comprometendo a respiração.
A partir destas análises, a pesquisadora chegou à conclusão de que o governante ainda não
estava morto. Isto é, o falecimento teria acontecido seis dias depois do que é relatado nos
livros de História.
Para Hall, este episódio histórico pode ser na verdade mais um caso de falso diagnóstico de
morte.
Diante da intrigante saga do personagem, sua história é contada no novo podcast do site
Aventuras na História: ‘Conquistador nato: A saga de Alexandre, o Grande’. Com narração do
professor de História, Vítor Soares, idealizador do projeto ‘História em meia hora’, o novo
episódio discute a vida íntima e pública de Alexandre.