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O Que Maquiavel Pensa Sobre

A Natureza Humana

Para Maquiavel a natureza humana é má e que o homem é um ser guiado


por interesses. O homem gostaria de agir em consonância com o bem, mas,
invariavelmente, ele está mais propenso ao mal. Considera todos os homens maus
e afirma que não há paz devido à existência de armas. Maquiavel afirma que a
natureza humana é imutável e, portanto, não irá variar devido aos contextos
históricos. Como disse Maquiavel em seu livro “O Príncipe” os "homens geralmente
são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ambiciosos de dinheiro”.

A Sociedade Civil

A sociedade é constituída por homens de natureza ambígua, contraditória,


que precisam de um governo centralizado e forte para moldar a natural maldade
humana, impedindo que seja desagregadora social. Isso significa que o príncipe,
conhecedor da psicologia humana e da história que se desenvolve em ciclos
recorrentes, é a personagem que deve ordenar a sociedade. A sociedade de que
fala Maquiavel, é constituída por homens que podem se apresentar como maus,
traidores, malignos. Mas esses mesmos homens devotados ao mal encontram-se
numa necessidade de organização social que seja para eles um respeito à sua
liberdade e não apenas o controle fútil da cidadania.
Para Maquiavel a sociedade civil está em
constante instabilidade por causa da presença inevitável de duas forças opostas,
"uma das quais provêm de não desejar o povo ser dominado nem oprimido pelos
grandes, e a outra de quererem os grandes dominar e oprimir o povo". A relação
dominado-dominador, mando-obediência é próprio das relações de poder. Neste
conflito constante é necessário a busca da estabilidade dessas relações, que é
conquistada pelo homem virtuoso capaz de fundar um Estado em que o povo se
sinta representado nele, se sinta atuante neste poder. Caso contrário, a dinâmica
das relações sociais se degenera e é preciso fundar outro Estado.

O Estado

O Estado para Maquiavel é a organização da relação de forças entre o


comando e a obediência e tem uma função reguladora. Uma nação deve ser
regulada pelo Estado, o qual precisa usar da coerção para se manter poderoso em
relação aos conflitos internos e externos. O fundamento do Estado para Maquiavel é
a ordem. Na busca da ordem, de um estado articulado na possibilidade do uso da
força, quem estaria autorizado a exercer a função de governante, a função de chefe-
de-Estado ou que seria fundador de Estados seria o príncipe virtuoso e afortunado.

O Que Marx Pensa Sobre

A Natureza Humana

Marx critica a concepção tradicional da natureza humana como uma espécie


que se encarna em cada indivíduo, argumentando em vez disso que a concepção
da natureza humana é formada pela totalidade das relações sociais. Assim, a
totalidade da natureza humana não é entendida, como na filosofia idealista clássica,
como permanente e universal: o ser-espécie é sempre determinado em uma
formação social e histórica específica, com alguns aspectos sendo biológicos.

A Sociedade Civil

Para Marx a sociedade civil é dividida metaforicamente em duas partes: a


infraestrutura e a superestrutura. A infraestrutura é a base material de produção e
intercambio da vida humana, a esfera econômica. Os outros complexos que
compõem a totalidade social são a superestrutura ,com autonomia sempre relativa
diante da base, que surgem para cumprir funções sociais especificas, pois a partir
do desenvolvimento de necessidades cada vez mais complexas, ao longo da
história humana, o ato do trabalho demonstrou não possuir capacidade de
responder a todas elas.

O Estado
Para Marx o Estado é essencialmente classista, ou seja, representante de
uma classe e não da sociedade em sua totalidade. O Estado seria originário da
necessidade de um grupo, ou classe social, manter seu domínio econômico a partir
de um domínio político sobre outros grupos ou classes. Segundo Marx, “toda classe
que aspira à dominação […], deve conquistar primeiro o poder político, para
apresentar seu interesse como interesse geral, ao que está obrigada no primeiro
momento”. É por isso que as ideias dominantes de uma época, segundo Marx, são
as ideias dos grupos dominantes.

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