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Matemática Financeira: fluxos de caixa compostos por séries de pagamentos uniformes. Sistemas de amortização de dívidas mais importantes no
mercado.
PROPÓSITO
Analisar séries de pagamentos uniformes e os principais sistemas de amortização de dívidas utilizados no mercado para avaliação e tomada de
decisão em financiamentos e estratégias de investimento.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora que seja capaz de realizar, além das operações básicas, potenciação e
logaritmos. A que consta em seu smartphone ou computador deve servir para isso.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Definir as relações entre juros e amortização no Sistema de Amortização Constante (SAC)
MÓDULO 4
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
Apresentaremos neste módulo as séries de pagamentos uniformes e suas diversas classificações. Em seguida, calcularemos seus valores presente e
futuro e compararemos séries distintas a partir deles.
Fonte: Shutterstock.
Uma série de pagamentos é simplesmente um fluxo de entradas de caixas que se estende ao longo do tempo. Esses pagamentos podem:
ESTAR (OU NÃO) IGUALMENTE ESPAÇADOS NO TEMPO.
As séries de pagamentos podem ser classificadas de acordo com:
Periodicidade
Prazo
Início da série
Momento do pagamento
PERIODICIDADE
A) PERIÓDICAS
Fonte: O autor.
B) NÃO PERIÓDICAS
Fonte: O autor.
PRAZO
A) FINITAS
Fonte: O autor.
B) INFINITAS
Fonte: O autor.
A) CONSTANTES
Fonte: O autor.
B) VARIÁVEIS
Fonte: O autor.
INÍCIO DA SÉRIE
Podem ser:
A) IMEDIATAS
Fonte: O autor.
B) DIFERIDAS
Fonte: O autor.
MOMENTO DO PAGAMENTO
A) ANTECIPADAS
Fonte: O autor.
B) POSTECIPADAS
Fonte: O autor.
Em relação aos pagamentos, esta figura indica uma série:
Antecipada (se ele se referir ao terceiro período, que começa no ponto 2 e termina no 3)
Postecipada (caso ele se refira ao segundo período, que tem início no ponto 1 e termina no 2)
Fonte: O autor.
SÉRIES UNIFORMES
Fonte: Shutterstock.
SÉRIES UNIFORMES FINITAS
As séries uniformes são periódicas e constantes, ou seja, todos os pagamentos possuem o mesmo valor e estão igualmente espaçados.
Fonte: O autor.
Consideremos que a série representada acima seja uma imediata e postecipada (primeiro pagamento ao final do primeiro período). Se utilizarmos uma
taxa de juros i, o Valor Presente (VP) dela poderá ser obtido trazendo cada um dos fluxos da série para o instante 0.
Assim:
P P P P P
VP = + + +⋯+ +
1+I (1+I)2 (1+I)3 (1+I)N-1 (1+I)N
A sequência de termos no lado direito da equação acima constitui uma progressão geométrica (PG) de razão:
1
Q=
1+I
P
A0 =
1+I
Usando a expressão abaixo para a soma dos termos de uma PG, temos:
A0 × ( QN - 1 )
S=
Q-1
VP = 1
-1
1+I
P 1- (1+I)N
× [ ]
1+I (1+I)N
VP = 1- (1+I)
1+I
1- (1+I)N
P× [ ]
(1+I)N
VP =
-I
(1+I)N-1
VP = P ×
I× (1+I)N
Este valor presente representa o de um fluxo único no instante 0, que, por sua vez, é equivalente, sob uma taxa de juros i, à série de pagamentos
inicial. Ou seja, realizar todos os n pagamentos de valor igual a P da série é o mesmo que fazer um único pagamento de valor igual a VP no instante 0.
O termo que multiplica P na fórmula do valor presente é chamado fator de valor atual de uma série de pagamentos, sendo representado da seguinte
forma:
(1+I)N-1
AN ¬ I =
I× (1+I)N
O fator de valor atual costuma ser tabelado para diversos valores de n e de i conforme indica a tabela a seguir:
n\i 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
1 0,990099 0,980392 0,970874 0,961538 0,952381 0,943396 0,934579 0,925926 0,917431 0,909091
2 1,970395 1,951561 1,913469 1,886094 1,859410 1,833393 1,808018 1,783265 1,759111 1,735537
3 2,940985 2,883883 2,828611 2,775091 2,723248 2,673012 2,624316 2,577097 2,531295 2,486852
4 3,091965 3,807728 3,717098 3,629895 3,545951 3,465105 3,387211 3,312127 3,239720 3,169865
5 4,853431 4,713459 4,579707 4,451822 4,329476 4,212364 4,100197 3,992710 3,889651 3,790787
6 5,795476 5,601431 5,417191 5,242137 5,075692 4,917324 4,766539 4,622879 4,485918 4,355261
7 6,728194 6,471991 6,230883 6,002054 5,786373 5,582381 5,389289 5,206370 5,032953 4,868419
8 7,651678 7,325481 7,019692 6,732745 6,463213 6,209794 5,971298 5,746639 5,534819 5,334926
9 8,566017 8,162237 7,786109 7,435331 7,107821 6,801692 6,515232 6,246888 5,995247 5,759024
10 9,471304 8,982585 8,530203 8,110896 7,721735 7,360087 7,023581 6,710081 6,417657 6,144567
Fonte: O autor.
(1+I)N-1
VP = P ×
I× (1+I)N
VP = P × AN ¬ I
VP = 1 . 000 × A9 ¬ 10%
n\i 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
1 0,990099 0,980392 0,970874 0,961538 0,952381 0,943396 0,934579 0,925926 0,917431 0,909091
2 1,970395 1,951561 1,913469 1,886094 1,859410 1,833393 1,808018 1,783265 1,759111 1,735537
3 2,940985 2,883883 2,828611 2,775091 2,723248 2,673012 2,624316 2,577097 2,531295 2,486852
4 3,091965 3,807728 3,717098 3,629895 3,545951 3,465105 3,387211 3,312127 3,239720 3,169865
5 4,853431 4,713459 4,579707 4,451822 4,329476 4,212364 4,100197 3,992710 3,889651 3,790787
6 5,795476 5,601431 5,417191 5,242137 5,075692 4,917324 4,766539 4,622879 4,485918 4,355261
7 6,728194 6,471991 6,230883 6,002054 5,786373 5,582381 5,389289 5,206370 5,032953 4,868419
8 7,651678 7,325481 7,019692 6,732745 6,463213 6,209794 5,971298 5,746639 5,534819 5,334926
9 8,566017 8,162237 7,786109 7,435331 7,107821 6,801692 6,515232 6,246888 5,995247 5,759024
10 9,471304 8,982585 8,530203 8,110896 7,721735 7,360087 7,023581 6,710081 6,417657 6,144567
Assim, temos:
VP=1.000×5,759024=5.759,02
Este valor presente pode ser interpretado como um único fluxo no instante 0, que equivaleria à série com todos os pagamentos. Pode-se, portanto,
concluir que um investimento que promete pagar a série de pagamentos do exemplo vale atualmente R$5.759,02.
Se algum investidor aplicar nesse investimento, ele obterá o seguinte fluxo de caixa:
Fonte: O autor.
Ou seja, ele terá um desembolso inicial com o investimento no instante 0 (seta vermelha para baixo), recebendo, a partir daí, nove pagamentos de
1.000 ao término de cada um dos nove períodos. Isso lhe dará um rendimento de 10% a.p. na sua aplicação.
PODERÍAMOS TER FEITO ESSES CÁLCULOS USANDO OUTRAS
FERRAMENTAS MAIS MODERNAS QUE AS TABELAS FINANCEIRAS.
1º PASSO
2º PASSO
3º PASSO
4º PASSO
5º PASSO
6º PASSO
1º PASSO
Fonte: O autor.
2º PASSO
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
3º PASSO
Fonte: O autor.
4º PASSO
Fonte: O autor.
5º PASSO
Fonte: O autor.
6º PASSO
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
SEU VALOR É NEGATIVO, POIS A HP 12C CONSIDERA O SINAL DO VP
SEMPRE OPOSTO AO DO VALOR DE PMT. TENTE AGORA REPETIR ESSE
PROCEDIMENTO INSERINDO O VALOR DE -1.000 PARA PMT. VOCÊ VIU O
QUE ACONTECE?
DICA
Lembre-se de que, para inserir quaisquer valores negativos na HP 12C, você primeiramente digita o valor positivo e, em seguida, clica em:
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Também é possível calcular o valor futuro da série ao se levar o valor presente até a data do último pagamento, ou seja, o instante n. Obtemos, neste
caso, a seguinte fórmula:
VF=VP×(1+I)N
VF=P×(1+I)N-1I×(1+I)N×(1+I)N
VF=P×(1+I)N-1I
VF=P×SN¬I
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
Em que sn¬i corresponde ao fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos que também pode ser obtido por intermédio de uma
tabela.
n\i 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9%
VF=1.000×S9¬10%
VF=1.000×13,579477=13.579,48
A série que acabamos de estudar era uma imediata postecipada, pois o pagamento relativo ao primeiro período ocorreu no final dele. No entanto,
conhecer o valor para essa série torna o cálculo do valor presente para a imediata antecipada uma tarefa bem simples.
Fonte: O autor.
Podemos interpretar a antecipada acima como uma série postecipada de oito pagamentos (setas verdes) mais um pagamento igual a P no instante
inicial (seta vermelha).
VP=1000⏟VP DE SETA VERMELHA+1000 X A8¬10%⏟VP DAS SETAS VERDES
VP=1.000+1.000×5,334926
VP=6.334,93
Fonte: O autor.
Podemos interpretar a diferida acima como uma série postecipada de nove pagamentos cujo instante inicial é o ponto 1. Se calcularmos seu valor
presente pela fórmula, acharemos um fluxo equivalente no instante 1.
VPT=1=1.000×A9¬10%⏟VP DE UMA SÉRIE POSTECIPADA INICIANDO EM T=1
VPT=1=1.000×5,759024
VP=5.759,021+10%
VP=5.235,47
As séries uniformes finitas possuem um número ilimitado de entradas de caixa. O fluxo a seguir representa uma imediata postecipada:
Fonte: O autor.
VP=PI
EXEMPLO
Fonte: O autor.
Usando a fórmula, temos o seguinte cálculo:
VP=1.00010%=10.000
Para uma série antecipada, basta somar ao valor acima os 1.000 que foram pagos no instante 0.
VP=1.000+1.00010%=11.000
Fonte: Shutterstock.
MÃO NA MASSA
1. INDIQUE O VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE UNIFORME FINITA, IMEDIATA E POSTECIPADA COM 10
PAGAMENTOS MENSAIS DE R$50 A UMA TAXA DE JUROS DE 1% A.M.
A) 473,57
B) 470,00
C) 474,50
D) 481,01
2. APONTE O VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE UNIFORME FINITA, IMEDIATA E ANTECIPADA COM 10
PAGAMENTOS MENSAIS DE R$50 A UMA TAXA DE JUROS DE 1% A.M.
A) 464,24
B) 478,30
C) 474,50
D) 481,01
3. DIGA O VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE UNIFORME FINITA, POSTECIPADA E DIFERIDA DE DOIS PERÍODOS
COM 10 PAGAMENTOS MENSAIS DE R$50 A UMA TAXA DE JUROS DE 1% A.M.
A) 464,24
B) 471,12
C) 472,54
D) 479,01
4. QUAL É O VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE UNIFORME FINITA, ANTECIPADA E DIFERIDA DE DOIS PERÍODOS
COM 10 PAGAMENTOS MENSAIS DE R$50 A UMA TAXA DE JUROS DE 1% A.M.?
A) R$2975,49
B) R$2888,83
C) R$4000,00
D) R$2804,69
5. QUAL O VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE UNIFORME INFINITA COM PAGAMENTOS MENSAIS ILIMITADOS DE
R$50 A UMA TAXA DE JUROS DE 1,25% A.M.?
A) 4.115,28
B) 3.998.17
C) 4.100,00
D) 4.000,00
6. CONSIDERE UMA SÉRIE COM PAGAMENTOS MENSAIS ILIMITADOS. A TAXA DE JUROS É DE 1% AO MÊS,
ENQUANTO O VALOR PRESENTE É DE R$4.000,00. INDIQUE O VALOR DO PAGAMENTO MENSAL.
A) 40,00
B) 41,12
C) 42,52
D) 49,31
GABARITO
1. Indique o valor presente de uma série uniforme finita, imediata e postecipada com 10 pagamentos mensais de R$50 a uma taxa de juros de
1% a.m.
VP=50×(1+1%)10-1I×(1+1%)10=473,57
Na HP 12C:
CLX +G + END + 50 + CHS + PMT + 10 + N + 1 + I + PV
CLX +G + END + 50 + CHS + PMT + 10 + N + 1 + I + PV
No Excel:
= VP(1%;10;-50)
2. Aponte o valor presente de uma série uniforme finita, imediata e antecipada com 10 pagamentos mensais de R$50 a uma taxa de juros de
1% a.m.
Podemos calcular o valor presente dessa série imaginando-a como uma postecipada de nove pagamentos (fluxos em verde) mais um pagamento de
R$50 no instante inicial (fluxo em vermelho):
VP=50+50×(1+1%)9-1I×(1+1%)9=478,30
Na HP 12C:
CLX +G + BEG + 50 + CHS + PMT + 10 + N + 1 + I + PV
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
No Excel:
= VP(1%;10;-50;;1.
3. Diga o valor presente de uma série uniforme finita, postecipada e diferida de dois períodos com 10 pagamentos mensais de R$50 a uma
taxa de juros de 1% a.m.
Usando a fórmula do valor presente, achamos um fluxo único no instante 2, que equivale ao da figura acima:
VPT=2=P×(1+I)N-1I×(1+I)N
VPT=2=50×(1+1%)10-1I×(1+1%)10=473,57
VP=VPT=2(1+I)2
Na HP 12C:
CLX +G + END + 50 + CHS + PMT + 10 + N + 1 + I + PV
Esse procedimento fornece o valor de 473,57. Para obter o valor presente, fazemos outro cálculo:
CHS + FV + 2 + N + 0 + PMT + PV
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
473,57 +CHS + FV + 2 + N + 1 + PV=464,24
No Excel:
=VP(1%;2;0;-VP(1%;10;-50))
A função VP dentro dos parênteses calcula o valor presente da série no instante 2. A segunda função VP traz esse valor para o 0.
4. Qual é o valor presente de uma série uniforme finita, antecipada e diferida de dois períodos com 10 pagamentos mensais de R$50 a uma
taxa de juros de 1% a.m.?
VPT=2=P*[(1+I)N-1]/[I*(1+I)N]
VPT=2=200*[(1+3%)20-1]/[3%*(1+3%)20]=
VPT = 2 = 2975,49
Trazendo esse valor do inicio do instante 2 para o instante 0, so precisamos descontar um período:
VP = VPT=2 / 1 + I
VP = 2975,49 / 1 + 3%
VP = 2.888,83
Na HP 12C:
CLX + G + BEG + 200 + CHS + PMT + 20 + N + 1 + 3% + PV
Esse procedimento fornece o valor de 2975,49 . Para trazermos o valor presente, faremos o seguinte cálculo:
CHS + FV + 1 + N + 0 + PMT + PV
=VP(3%,1,VP(3%,20,200))
A função VP dentro dos parênteses calcula o valor presente da série no instante 2. A segunda função VP traz esse valor para o 0.
5. Qual o valor presente de uma série uniforme infinita com pagamentos mensais ilimitados de R$50 a uma taxa de juros de 1,25% a.m.?
VP=PI
VP=501,25%=4.000
6. Considere uma série com pagamentos mensais ilimitados. A taxa de juros é de 1% ao mês, enquanto o valor presente é de R$4.000,00.
Indique o valor do pagamento mensal.
VP=PI=>P=I×VP=1%×4.000=40
Na fómula acima, A seta ‘=>’ representa uma implicação: “se chove, então molha” pode ser representado como “chove => molha” ou “chover implica
molhar”.
EXEMPLO
Após poupar parte de sua renda por anos, João conseguiu juntar R$50.000,00. Ele pensa em colocar seu dinheiro em uma aplicação financeira que
renda 0,5% ao mês. Um amigo, porém, garante que ele pode comprar, com essa quantia, uma perpetuidade que paga R$200 mensais, o que seria
mais vantajoso.
João fica confuso, pois não conhece termos técnicos e não sabe o que é uma perpetuidade. Agora que acabou de estudar este módulo, você pode
ajudá-lo.
Para isso, basta aplicar a fórmula da perpetuidade ligeiramente reorganizada para o cálculo da taxa de juros da perpetuidade:
VP=PI=>I=PVP=20050.000=0,4%
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
Ou seja, a perpetuidade gera um retorno de apenas 0,4%, índice inferior ao 0,5% que João pode obter com a aplicação financeira.
Para reforçar seu aprendizado, assista a este vídeo, pois ele apresenta apontamentos importantes sobre as questões apresentadas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CALCULE O VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS UNIFORME, IMEDIATA E POSTECIPADA QUE É
COMPOSTA DE CINCO PARCELA MENSAIS DE R$20.000 E UMA TAXA DE JUROS DE 5% A.M. PARA ISSO, UTILIZE
A5¬5%= 4,329476
A) 85.000,00
B) 84.577,20
C) 86.589,52
D) 44.993,22
A) 400.000,00
B) 424.855,34
C) 253.232,94
D) 384.739,52
GABARITO
1. Calcule o valor presente de uma série de pagamentos uniforme, imediata e postecipada que é composta de cinco parcela mensais de
R$20.000 e uma taxa de juros de 5% a.m. Para isso, utilize a5¬5%= 4,329476
VP=P×AN¬I=20.000×A5¬5%
VP=20.000×4,329576=86.589,52
2. Calcule o valor presente de uma série de pagamentos uniforme infinita imediata e postecipada que seja composta de pagamentos
mensais perpétuos iguais a R$20.000 com uma taxa de juros de 5% a.m.
VP=PI=20.0005%=400.000,00
VP=20.000×4,329576=86.589,52
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Neste módulo, discorreremos sobre o sistema de amortização de dívidas mais utilizado atualmente: o Price (ou francês). Ele prevê pagamentos
uniformes até a extinção do saldo devedor. Veremos a seguir como eles ocorrem.
Quando alguém toma um empréstimo em um banco, o valor recebido é chamado de principal. Para quitar a dívida, é necessário lhe devolver o
principal mais os juros da operação. A maneira como são estruturados os pagamentos de ambos é conhecida como um sistema de amortização de
dívidas.
Um dos sistemas mais conhecidos e utilizados para isso é o francês (ou Price). Nele, todas as parcelas de pagamento são iguais, formando uma série
uniforme finita. O fluxo de caixa do tomador de empréstimo, portanto, teria a seguinte forma:
Fonte: O autor.
No instante inicial, quem pegou o empréstimo recebe o principal, passando a efetuar pagamentos uniformes a partir do próximo período até quitar toda
a dívida.
Como o principal deve ser equivalente ao valor presente do fluxo de pagamentos, nós, lembrando as séries uniformes finitas, aplicaremos a seguinte
fórmula:
PRINCIPAL=PMT×(1+I)N-1I×(1+I)N
PMT=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
Note que o termo a multiplicar o principal na fórmula acima é o inverso do fator de acumulação de capital de uma série finita:
PMT=PRINCIPAL×1AN¬I
EXEMPLO
João comprou um imóvel: na compra, ele financiou R$ 100.000 no sistema Price a serem quitados em 50 parcelas mensais com uma taxa de 1% a.m.
Considerando a50¬1%=39,1961, calcule o valor das prestações mensais que ele deverá pagar.
PMT=PRINCIPAL×1AN¬I
PMT=100.000×139,1961=2.551,27
João, assim, vai ter de pagar 50 prestações de R$2.551,27 para quitar seu financiamento de R$100.000,00. Se somarmos os valores de todos os
pagamentos realizados por ele, teremos o seguinte resultado:
50×2.551,27=127.563,50
Vemos então que João, além de pagar o valor do principal correspondente a R$100.000,00, ainda vai precisar desembolsar mais R$27.563,50 a título
de juros.
No instante inicial, ele recebeu os R$100.000,00, passando a ter um saldo devedor do mesmo valor com o banco. Após um mês, um juro de 1% passa
a incidir sobre essa quantia. Desse modo, João passa a dever:
100.000×(1+1%)=101.000,00
Neste momento, ele paga a primeira parcela de R$2.557,21; assim, seu saldo devedor ao final do primeiro período passa a ser de:
SD1=101.000-2.557,21=98.442,79
Observe que João pagou os juros de R$1.000,00 relativos ao primeiro período e ainda teve de gastar mais R$1.557,21, o que reduziu seu saldo
devedor de R$100.000,00 no instante inicial para R$98.442,79 no final do primeiro período. Dessa forma, ele amortizou sua dívida.
Período
Parcela
Juros
Amortização Saldo devedor ao final do período
Tabela.
No segundo período, os juros passam a incidir sobre o saldo devedor do período anterior:
J2=98.442,79×1%=984,43
A2=PMT-J2
A2=2.557,21-984,43=1.572,78
Isso vai ocorrer da mesma forma nos períodos seguintes. Confira esta tabela:
Período
Parcela
Juros
Amortização Saldo devedor ao final do período
0 - - - 100.000
Tabela.
Note a trajetória tanto dos valores pagos a título de juros quanto dos pagos de amortização. Os juros são decrescentes, pois a base sobre a qual o
saldo devedor do período anterior é calculado vai sendo reduzida ao longo do tempo.
Por outro lado, os valores de amortização vão aumentando: eles são cada vez mais predominantes no valor total das prestações, as quais, aliás, são
todas iguais. Ou seja, a cada prestação, o devedor paga menos juros e mais amortização, mantendo a parcela constante.
Podemos resumir esse comportamento relativo aos juros e às amortizações no gráfico a seguir em que cada barra vertical corresponde a uma
prestação:
Fonte: O autor.
Fonte: Shutterstock.
MÃO NA MASSA
A) 998,47
B) 1.200,13
C) 1.057,42
D) 1.012,17
A) 4.440,01
B) 4.227,20
C) 4.237,17
D) 4.100,00
3. NO EXERCÍCIO ANTERIOR, QUAL É O VALOR DOS JUROS REFERENTES AO PRIMEIRO PERÍODO?
A) 395,12
B) 400,00
C) 420,00
D) 430,00
4. AINDA SOBRE O MESMO EXERCÍCIO, APONTE AGORA O VALOR DA AMORTIZAÇÃO REFERENTE AO PRIMEIRO
PERÍODO.
A) 3.843,17
B) 3.843,25
C) 3.950,00
D) 3.800,98
A) 4.253,20
B) 4.100,00
C) 4.200,00
D) 4.159,97
A) 4.000,20
B) 4.100,00
C) 4.150,00
D) 4.159,97
GABARITO
1. Aponte o valor da prestação mensal no sistema Price de um financiamento de R$20.000 em 24 parcelas com uma taxa de 2% a.m.
PMT=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
PMT=20.000×2%×(1+2%)24(1+2%)24-1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
PMT=1.057,42
2. Indique o valor da prestação mensal no sistema Price de um financiamento de R$20.000 em cinco parcelas com uma taxa de 2% a.m.
PMT=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
PMT=20.000×2%×(1+2%)5(1+2%)5-1
PMT=4.243,17
J1=SD0×I
J1=20.000×2%=R$400
4. Ainda sobre o mesmo exercício, aponte agora o valor da amortização referente ao primeiro período.
A1=PMT-J1
5. Qual é o saldo devedor no penúltimo período, levando em consideração os dados do exercício anterior?
Ao final do penúltimo período, só restará um pagamento a ser realizado em um mês. O valor do saldo devedor será, então, o valor presente desse
último pagamento calculado ao final do penúltimo período.
SD4=PMT1+I
SD4=4.243,171+2%=4.159,97
A última amortização é necessariamente igual ao saldo devedor do penúltimo período, pois, após ela, o saldo devedor final deve ser igual a zero.
A5=SD4=PMT1+I
A5=4.243,171+2%=4.159,97
Maria resolveu comprar um automóvel, mas precisa financiar R$30.000, a uma taxa de 0,8% a.m., ao longo de 30 meses. Ela explicou a você que
necessita de parcelas constantes para planejar seu orçamento. Mas Maria está preocupada: quanto vai pagar a título de juros, ou seja, além dos
R$30.000?
Você já consegue ajudá-la após estudar este módulo. Em primeiro lugar, é preciso computar a prestação mensal:
PMT=PRINCIPAL×1AN¬I
1/AN¬I=I×(1+I)N(1+I)N-1=126,577
PMT=30.000×126,577=1.128,77
Eis a informação que Maria desejava: ela pagará 30 prestações de R$1.128,77. Somando todas as parcelas, obtemos:
50×1.128,77=33.863,13
Para reforçar seu aprendizado, assista a este vídeo, pois ele apresenta apontamentos importantes sobre as questões apresentadas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE AO SISTEMA DE AMORTIZAÇÕES FRANCÊS.
A) 1,8%
B) 2%
C) 1,5%
D) 1%
GABARITO
Essa igualdade é a principal característica do sistema francês. No Price, as amortizações são crescentes; os juros pagos, decrescentes. A letra a se
refere a um tópico do sistema de amortizações constantes.
2. O saldo devedor de um financiamento pelo sistema Price, ao final de um determinado período, é de R$12.545,00. Sabendo que os juros
pagos no período seguinte serão de R$225,81, determine a taxa de juros que será utilizada.
Lembre-se de que os juros de cada período são calculados com a aplicação da taxa de juros ao saldo devedor do período anterior: Jn=SDn-1×i.
JN=SDN-1×I
225,81=12.545,00×I
I=225,8112.545,00=0,018
I=1,8%
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Neste módulo, conheceremos outro sistema de amortização de dívidas muito importante: o Sistema de Amortizações Constantes (SAC).
Salientaremos que a grande vantagem dele em relação ao Price é que o SAC exige menos pagamentos de juros, ainda que os valores iniciais das
parcelas possam ser bastante elevados.
Fonte: Shutterstock.
Ao contrário do Price, os pagamentos no SAC não são constantes. Como o próprio nome diz, os valores de suas amortizações é que o são.
EXEMPLO
Como o principal de um empréstimo, ao final de n períodos, deverá ser totalmente amortizado, serão necessárias n parcelas de amortização iguais
para quitar a dívida.
Com isso, podemos calcular o valor de cada amortização dividindo o principal pela quantidade de períodos dela:
A=PRINCIPALN
Esta fórmula constitui, portanto, o valor da amortização em todos os períodos. Também podemos escrever que:
PRINCIPAL=A×N
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
J1=PRINCIPAL×I
A primeira prestação, por sua vez, será dada pelo seguinte cálculo:
P1=A+J1
Ao final do primeiro período, o saldo devedor terá sido amortizado em A, sendo igual a:
SD1=PRINCIPAL-A
SD1=A×N-A
SD1=A×(N-1)
J2=SD1×I
J2=A×(N-1)×I
P2=A+J2
Podemos continuar na elaboração desse raciocínio até chegarmos à última prestação. Analisaremos, portanto, a tabela a seguir:
Período
Amortização Juros
Parcela
Saldo devedor ao final do período
0 - - - n×A
n A A×i A+A×i 0
Tabela.
João comprou um imóvel. Na compra, ele financiou R$100.000 no sistema SAC a serem pagos em 50 parcelas mensais com uma taxa de 1% a.m.
Calcule o valor da primeira e da última parcela que ele irá pagar.
A=PRINCIPALN
A=100.00050=2.000
J1=PRINCIPAL×I
P1=A+J1
P1=2.000+1.000=3.000
Para calcular a última parcela, P50, lembre-se de que os primeiros 49 pagamentos já terão sido amortizados:
49×A=49×2.000=98.000
100.000-98.000=2.000
Este valor é o saldo devedor após o penúltimo período. Com isso, temos:
J50=SD49×I
J50=2.000×1%=20
P50=A+J50
P50=2.000+20=2.020
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
Período
Juros
Parcela
0 100.000
50 2.000 20 2.020 0
Tabela.
Vimos que, no sistema Price, esse mesmo financiamento resultou em juros totais no valor de R$27.563,50. Já no SAC, eles totalizaram R$25.500,00,
tendo um valor, portanto, inferior ao do sistema Price.
Por outro lado, a primeira prestação no SAC foi de R$3.000,00, valor superior aos R$2.557,21 do Price. Também podemos notar que, no sistema SAC,
tanto as prestações quanto os juros são decrescentes. Notemos a figura a seguir:
Fonte: O autor.
Fonte: Shutterstock.
MÃO NA MASSA
A) 4.400,00
B) 4.300,00
C) 4.200,00
D) 4.100,00
A) 4.250,00
B) 4.080,00
C) 4.180,00
D) 4.000,20
A) 4.240,00
B) 4.150,00
C) 4.200,00
D) 4.360,00
A) 1%
B) 2%
C) 0,8%
D) 1,5%
A) 4.200,20
B) 4.000,00
C) 4.160,00
D) 4.040,00
A) 4.250,00
B) 4.160,00
C) 4.200,00
D) 4.300,00
GABARITO
1. Qual é o valor da primeira prestação mensal no sistema SAC de um financiamento de R$ 20.000 em cinco parcelas e uma taxa de 2% a.m.?
A=PRINCIPALN
A=20.0005=4.000
J1=20.000×2%=400
P1=A+J1
4×A=16.000
SD4=20.000-16.000=4.000
J5=SD4×I
J5=4.000×2%=80
P5=A+J5
P5=4.000+80=4.080
2×A=8.000
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
SD4=20.000-8.000=12.000
J3=12.000×2%=240
P3=A+J3
P3=4.000+240=4.240
4. Qual é o valor da taxa de juros do SAC de um financiamento de R$20.000 em cinco parcelas (sabendo que a primeira delas é de
R4.200,00)?
A=PRINCIPALN
A=20.0005=4.000
P1=A+J1=4.200
J1=20.000×I%=200
Logo, ela é:
I=20020.000=0,01
4×A=16.000
SD4=20.000-16.000=4.000
J5=SD4×I
J5=4.000×1%=40
P5=A+J5
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
P5=4.000+40=4.040
1×A=4.000
SD4=20.000-4.000=16.000
J3=16.000×1%=160
P2=A+J2
P2=4.000+160=4.160
Maria pretende reformar sua casa por um valor de R$40.000, mas precisa de um financiamento para isso. Ela tem um bom emprego hoje, porém não
tem certeza se conseguirá mantê-lo por muitos anos; além disso, ela gostaria de lidar com parcelas decrescentes ao longo do tempo.
Após estudar este módulo, você vai lhe explicar que o sistema SAC pode ser aplicado neste caso. Maria então pedirá para você calcular o valor da
última parcela para ela conseguir avaliar se o gasto ainda caberá no seu orçamento. O pagamento será realizado em 20 parcelas mensais com uma
taxa de juros é de 1,2% a.m.
Você já sabe que todas as amortizações serão iguais:
A=PRINCIPALN
A=40.00020=2.000
Para calcular a última parcela, basta lembrar que já foram realizados antes 19 pagamentos com uma amortização total de:
19×A=19×2.000=38.000
40.000-38.000=2.000
O valor indicado acima é o saldo devedor após o penúltimo período. Os juros do último período incidem sobre esse saldo; com esses dados, podemos
enfim calcular seu valor, multiplicando-o pela taxa de juros: 2.000×1,2%=24.
A última parcela, portanto, será igual ao valor amortizado mais os juros: 2.000+24=R$2.024,00.
Feliz, Maria informa que esse valor cabe no seu orçamento – ainda que ela enfrente uma redução de renda. Resultado: após lhe agradecer, ela já
pode se preparar para fazer a reforma na casa!
Para reforçar seu aprendizado, assista a este vídeo, pois ele apresenta apontamentos importantes sobre as questões apresentadas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 9.800
B) 10.100
C) 10.000
D) 11.000
GABARITO
Os juros pagos no sistema SAC são decrescentes. A letra c trata da principal característica do sistema francês. As amortizações, por sua vez, são
constantes no sistema SAC.
2. A primeira prestação de um financiamento no sistema SAC com prazo de 10 meses e taxa de juros de 1% a.m. é igual R$1.100. Qual é o
valor do principal?
Os juros de cada período são calculados aplicando-se a taxa de juros ao saldo devedor do período anterior: n-1
P1=A+J1
A=PRINCIPALNEJ1=PRINCIPAL×I
Logo:
P1=PRINCIPALN+PRINCIPAL×I
1.100=PRINCIPAL10+PRINCIPAL×1%
1.100=0,10×PRINCIPAL+0,01×PRINCIPAL
0,11×PRINCIPAL=1.110
PRINCIPAL=1.1000,11=10.000
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Neste módulo, apresentaremos dois importantes sistemas de amortização:
Misto (SAM);
Americano.
SISTEMA DE AMORTIZAÇÕES MISTO (SAM)
Fonte: Shutterstock.
Normalmente utilizado em financiamentos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o SAM busca combinar os sistemas SAC e Price (ou francês).
Ele é estruturado para que suas parcelas periódicas sejam iguais à média aritmética de dois sistemas de amortização: o francês (SAF) e o SAC.
PSAM=PSAC+PSAF2
Na prática, o SAM divide o principal em duas partes iguais e aplica a cada uma delas um dos dois sistemas. Metade usa o SAC; a outra, o SAF. Uma
das vantagens na utilização do SAM é que ele possui juros totais menores que os do Price, ainda que não conte com parcelas iniciais tão altas como
as do SAC.
Parcelas decrescentes: Como as relativas ao SAF são constantes e as relativas ao SAC, decrescentes, o SAM também conta com parcelas
decrescentes, pois ele é a média dos dois;
Juros menores que os do SAF e maiores que os do SAC: Como os juros no SAM são iguais à média aritmética dos juros nos dois sistemas,
eles ficam maiores que os do SAC e menores que os do SAF;
Essas características estarão mais evidentes na figura a seguir se fizermos uma comparação das parcelas de cada um dos três sistemas de
amortização com o exemplo estudado anteriormente:
Fonte: O autor.
EXEMPLO
Já nos períodos intermediários, conforme ilustra a figura abaixo, apenas os juros do sistema americano são pagos:
Fonte: O autor.
Os juros em cada período sempre são calculados aplicando-se a taxa de juros ao principal:
J=PRINCIPAL×I
Todas as parcelas intermediárias são iguais a J, enquanto a última parcela equivale à soma do principal com a última parcela de juros.
Fonte: Shutterstock.
MÃO NA MASSA
A) 1.154,16
B) 1.156,12
C) 1.212,90
D) 1.159,01
A) 1.258,30
B) 1.232,46
C) 1.200,07
D) 1.159,01
A) 710,20
B) 700,00
C) 654,55
D) 712,00
A) 1.200,80
B) 1.100,00
C) 1.300,00
D) 1.221,77
A) 833,38
B) 833,41
C) 833,43
D) 833,50
6. UMA DEBÊNTURE FOI EMITIDA NO SISTEMA AMERICANO COM O PRINCIPAL IGUAL A 100.000, UM PRAZO DE
CINCO ANOS E PAGAMENTOS DE JUROS SEMESTRAIS PERIÓDICOS DE 5% A.S. DESENHE O FLUXO DE CAIXA DE
UM INVESTIDOR QUE COMPRE ESSA DEBÊNTURE, INDICANDO, EM SEGUIDA, OS VALORES DE CADA ENTRADA E
SAÍDA DE CAIXA.
GABARITO
1. Calcule o valor da primeira prestação de um financiamento estruturado no Sistema de Amortizações Misto (SAM) considerando um
principal de R$20.000, um prazo de 20 meses e uma taxa de juros de 1% a.m.
PSAF=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
SAF
PSAF=1.108,31
PSAC=A+J1
Sabemos que:
A=PRINCIPALN → J1=PRINCIPAL×I
Logo:
PSAC=PRINCIPALN+PRINCIPAL×I
PSAC=20.00020+20.000×1%=1.200
PSAM=PSAF+PSAC2
PSAM=1.108,31+1.2002
PSAM=1.154,16
2. Calcule o valor da primeira prestação de um financiamento estruturado no SAM considerando um principal de R$20.000, um prazo de 20
meses e uma taxa de juros de 1.5% a.m.
PSAF=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
PSAF=20.000×1,5%×(1+1,5%)20(1+1,5%)20-1
PSAF=1.164,91
PSAC=A+J1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
Sabemos que:
A=PRINCIPALN→J1=PRINCIPAL×I
Logo:
PSAC=PRINCIPALN+PRINCIPAL×I
PSAC=20.00020+20.000×1,5%=1.300
PSAM=PSAF+PSAC2
PSAM=1.164,91+1.3002
PSAM=1.232,46
Atenção: Compare seu resultado com o do exercício anterior para verificar o impacto causado pelo aumento da taxa de juros em apenas 0,5%.
3. Calcule o valor da primeira prestação de um financiamento estruturado no SAM considerando um principal de R$20.000, um prazo de 40
meses e uma taxa de juros de 1% a.m.
PSAF=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
PSAF=20.000×1%×(1+1%)40(1+1%)40-1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal.
PSAF=609,11
PSAC=A+J1
Sabemos que:
A=PRINCIPALN→J1=PRINCIPAL×I
Logo:
PSAC=PRINCIPALN+PRINCIPAL×I
PSAC=20.00040+20.000×1%=700
PSAM=PSAF+PSAC2
PSAM=609,11+7002
PSAM=654,55
4. Calcule o valor da primeira prestação de um financiamento estruturado no SAM considerando um principal de R$100.000, um prazo de 120
meses e uma taxa de juros de 0,5% a.m.
A alternativa "D " está correta.
PSAF=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
PSAF=20.000×0,5%×(1+0,5%)120(1+0,5%)120-1
PSAF=1.110,21
PSAC=A+J1
Sabemos que:
A=PRINCIPALN→J1=PRINCIPAL×I
Logo:
PSAC=PRINCIPALN+PRINCIPAL×I
PSAC=100.000120+100.000×0,5%=1.333,33
PSAM=PSAF+PSAC2
PSAM=1.221,77
5. Calcule o valor da primeira prestação de um financiamento estruturado no SAM considerando um principal de R$100.000, um prazo de 120
meses e uma taxa de juros de 0,0001% a.m. (Conforme indica o número, quase não há juros. Você, contudo, dificilmente encontrará algo do
tipo no mundo real.).
PSAF=PRINCIPAL×I×(1+I)N(1+I)N-1
PSAF=100.000×0,01%×(1+0,01%)120(1+0,01%)120-1
PSAF=833,38
PSAC=A+J1
Sabemos que:
A=PRINCIPALN→J1=PRINCIPAL×I
Logo:
PSAC=PRINCIPALN+PRINCIPAL×I
PSAM=PSAF+PSAC2
PSAM=833,38+833,432
PSAM=833,41
Dica: Este exercício ilustra um fato intuitivo: quando a taxa de juros é baixa, os dois componentes geram praticamente a mesma parcela. Ou seja, a
diferença entre os componentes do SAF e do SAC é gerada exatamente pela taxa de juros.
6. Uma debênture foi emitida no sistema americano com o principal igual a 100.000, um prazo de cinco anos e pagamentos de juros
semestrais periódicos de 5% a.s. Desenhe o fluxo de caixa de um investidor que compre essa debênture, indicando, em seguida, os valores
de cada entrada e saída de caixa.
J=PRINCIPAL×I
J=100.000×5%=5.000
No instante inicial, o investidor paga R$100.000 pelo título, enquanto, no vencimento, ocorre o recebimento da última parcela de juros mais o principal.
Note que o prazo de cinco anos foi aberto em 10 semestres, uma vez que os juros são pagos semestralmente.
ENCERRAREMOS ESTE TEMA COM UM EXEMPLO DO SISTEMA DE
AMORTIZAÇÕES MISTO (SAM).
João comprou uma televisão nova mediante um parcelamento feito pelo sistema SAM, mas o folheto recebido com as condições gerais de
financiamento é confuso – algo, aliás, bastante frequente em documentos com informações sobre financiamentos!
Ele tem as seguintes informações: a terceira prestação de um financiamento pelo SAF é de R$1.500, enquanto, pelo SAC, a mesma prestação sai por
R$1.800. Qual é o valor da terceira parcela que João deverá pagar?
Confuso, ele pede sua ajuda. Após estudar este módulo, você explica que a prestação do SAM é dada pela média entre as prestações dos sistemas
SAC e SAF:
PSAM=(PSAF+PSAC)2
PSAM=1.500+1.8002=1.650
Para reforçar seu aprendizado, assista a este vídeo, pois ele apresenta apontamentos importantes sobre as questões apresentadas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SE A TERCEIRA PRESTAÇÃO DE UM FINANCIAMENTO PELO SAF É DE R$1.300 E, PELO SAC, DE R$1.500, QUAL
SERIA O VALOR DELA SE O SISTEMA UTILIZADO FOSSE O SAM?
A) 1.300,00
B) 1.350,00
C) 1.400,00
D) 1.450,00
B) Todos os pagamentos são iguais, à exceção do último, que é composto de juros mais o principal.
GABARITO
1. Se a terceira prestação de um financiamento pelo SAF é de R$1.300 e, pelo SAC, de R$1.500, qual seria o valor dela se o sistema utilizado
fosse o SAM?
A prestação do SAM é dada pela média entre as prestações dos sistemas SAC e SAF:
PSAM=(PSAF+PSAC)2
PSAM=1.300+1.5002=1.400
Os juros do período são calculados como J=Principal×i, mas ao último deles se soma também o principal. A letra a trata da característica do Price.
Temos juros decrescentes nos sistemas SAC, SAF e SAM. O sistema americano, por sua vez, possui juros constantes.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudamos neste tema os diferentes sistemas de amortização, que figuram na lista dos principais assuntos da Matemática Financeira. Afinal, trata-se
de um dos temas da área mais aplicados no mundo real. Você pode encontrá-los em diversas situações cotidianas: do financiamento de um imóvel à
compra parcelada de uma televisão nova, ou de uma aplicação financeira à análise do rendimento de títulos públicos.
Fique sempre atento às condições implícitas em um parcelamento: que sistema está sendo usado? As parcelas são constantes ou mudam ao longo do
tempo? Qual é a taxa de juros? Prestar atenção a essas questões é fundamental. Cada sistema analisado possui características particulares que
podem ser melhores ou piores para um determinado investidor ou consumidor. Fique atento!
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
EXPLORE+
Para conhecer exercícios resolvidos de Matemática Financeira e material complementar da área, acesse a página do Padlet. Em seguida, digite em
seu campo de pesquisa o nome "Paulo Vianna Jr.".
Para verificar o funcionamento de um emulador HP 12C, digite a expressão "vichinsky hp12c" em qualquer site de busca.
CONTEUDISTA
Paulo Roberto Miller Fernandes Vianna Junior
CURRÍCULO LATTES