CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

NATHÁLIA SCAGGION NEVES – RA 8082332

ROTINAS DE DEPARTAMENTO DE PESSOAL

PROJETO INTEGRADOR: DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE DE

TRABALHO.

TÍTULO: DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO AMBIENTE DE

TRABALHO

Rio Claro – SP

Março/2019
 1. Introdução

O objetivo desse projeto é de mostrarmos o preconceito e a discriminação no

ambiente do trabalho, destacando as lutas, as melhorias, e como ainda nos dias de
hoje existem pessoas que sofrem preconceito, pela sua cor, pela sua orientação
sexual, por ser mulher.

Para darmos andamento ao projeto, optei por tentar abordar ao máximo a diferença
entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, como assédios sofridos,
diferenças salariais, o quanto a mão de obra da mulher é importante no meio
profissional. Dando ênfase sempre na sua luta para conquistar o que conquistou,
mostrando a sua evolução, e claro, entender que a luta continua. Que apesar de
todas as melhorias, as mulheres ainda enfrentam preconceito no ambiente de
trabalho, e lidam também com o machismo e o assédio, tanto moral quanto, por
muitas vezes, sexuais.

Mostrar e relatar como certas coisas, que a sociedade julga “ser trabalho de
homem”, também são muito bem executados por mulheres, e na maioria das vezes
até melhor. E como elas estão se destacando e conquistando cada vez mais
espaços sociais, profissionais, políticos e culturais.

Iniciando com a história da inserção da mulher no ambiente do trabalho, mostrando

dados de pesquisas relacionadas ao assunto, abordando sua importância no
mercado, quais são os problemas que enfrentaram e enfrentam até hoje, como por
exemplo, ocupar muitas vezes o mesmo cargo e ter um salário abaixo do esperado,
no caso, o do homem, que em vários casos são sempre superiores. Veremos
também os tipos de assédios e experiências vividas, e como isso pode abalar o
psicológico de uma mulher, por mais forte que ela seja. Tentando mostrar que nem
sempre são compreendidas.

A verdade é que a maioria da raça humana se importa apenas pelo que atinge ele
próprio, difícil quando nos colocamos no lugar do outro para entender sua dor,
quando achamos que a dor do próximo possa parecer mínima, ou até mesmo que
não tem tanta importância assim. Não temos como opinar se não sentirmos a dor do
outro, e isso a mulher sabe muito bem, pois enfrenta e se depara com situações no
seu dia a dia, com mais freqüência do que se imagina.
 2. Desenvolvimento
2.1 A Inserção da Mulher no Mercado de Trabalho

O que marcou a inserção da mulher no mercado de trabalho, até por ser a primeira
vez na historia, onde surgiu à necessidade da mão de obra feminina, foi na época da
revolução industrial. O motivo dessa procura já não agrada tanto assim, já que o
objetivo era de diminuir gastos e adequar a funcionaria como desejavam. Mas,
estamos falando sobre lutas, claro que o começo de tudo não seria tão fácil assim
né?

Apesar da época da revolução industrial ter um marco histórico em relação a mulher

e o mercado de trabalho, é apenas na da 1° e da 2° guerra mundial, que elas
ganham ainda mais força. Como os homens tinham que servir o país na guerra, a
mulher acabou ocupando seu espaço, tomando a frente dos negócios da família e
no mercado de trabalho. Com o fim da guerra, tivemos muitos homens que não
retornaram, ou que retornaram impossibilitados de voltar a vida normal e ao
ambiente de trabalho. Sendo assim, as mulheres que viveram esse tipo de situação,
principalmente as que perderam o marido, sentiram obrigação de continuar tomando
a frente dos negócios, e garantindo o sustento da família.

Com o tempo as mulheres foram conquistando cada vez mais espaço, sofreram
muito para chegar onde estão hoje, e mesmo assim a luta não para, e acredito que
uma mulher nunca vai parar de lutar, e nem pode, as mulheres tem um desejo
imenso de se mostrarem fortes, e esse é um dos principais motivos pelos quais não
podem parar, afinal, elas enfrentam lutas diárias.

Precisamos também deixar claro nesse artigo que quando falamos de preconceito e
discriminação e citamos a discriminação de gênero, estamos falando apenas com
relação a discriminação do sexo feminino. Já que infelizmente as mulheres são
diferentes umas das outras, e não se compara o que sofreu e sofre uma mulher
negra, em relação a uma mulher branca, quando citamos essas situações acima,
estamos falando sobre a inserção da mulher, mas se levássemos em consideração
a discriminação racial, com certeza o rumo seria diferente. Mas deixaremos isso
para os colegas que optaram pela discriminação racial.
 2.2 Assédios, Diferença Salarial, Preconceito no Ambiente de Trabalho

2.2.1 Assédios

Assédio Moral é quando a vítima é exposta a humilhações e situações

constrangedoras levando ao desequilíbrio emocional. A maioria das vitimas?
Mulheres!

Assédio Sexual são insinuações, contatos físicos forçados, convites inconvenientes,

piadas desnecessárias com relação ao corpo ou a roupa, e às vezes até
chantagens, com frases como, “se você não fizer, você perde”, triste realidade.
Alguma duvida sobre quem são a maioria das vitimas? Bem obvio, as mulheres!

Não nos resta duvidas de que as mulheres são as que mais sofrem assédios no
ambiente de trabalho. O que mais assusta na verdade, é que de acordo com a OIT
(organização internacional do trabalho) oito a cada dez mulheres sofrem ou já
sofreram assédio no ambiente de trabalho.

O medo de fazer a denuncia também um problema importantíssimo sobre o assunto,

pois varias mulheres que já denunciaram não tiveram nenhum tipo de justiça e ainda
enfrentaram assédios piores ou até mesmo perderam o emprego. As pessoas
muitas vezes duvidam da veracidade do caso por falta de provas, onde só existe a
denuncia da vitima, por muitas vezes o caso nem é investigado. Com isso muitas se
calam, acabam saindo do emprego, sofrendo problemas psicológicos seriíssimos e
as vezes permanente. E não estamos falando da década de 80, isso ocorre nos
dias de hoje. Mesmo com toda evolução que as mulheres tiveram, esse tipo de
situação ainda é muito freqüente, e existe desde sempre, é até uma vergonha
quando descobrimos que somente em 2001 essas situações se tornaram crime, pela
LEI nº 10.224/2001.

Um ponto importantíssimo em relação ao assedio, é que a maioria dos assediadores

não faz apenas uma vitima, e meus amigos, ninguém vence uma mulher quando ela
se une a outras. Esse tipo de denuncia coletivo vem ganhando força, e aumentando
a visibilidade para a gravidade da situação.
 2.2.2 Diferença Salarial

Como publicado no G1 em 07/03/2017, uma matéria referente a pesquisa da Catho,

“as mulheres ganham menos que os homens em todos os cargos”. Abaixo segue
uma planilha retirada da matéria do G1.

Isso também é confirmado com uma pesquisa, só que dessa vez feito pelo IBGE.
Onde em todas as ocupações da pesquisas, mostra que os homens ganham mais
que as mulheres. Mesmo com a queda da desigualdade salarial, as mulheres
ganham cerca de 20,5% menos que os homens no país.
 2.2.3 Preconceito no Ambiente de trabalho

Preconceito é quando você tem sua própria opinião sobre algo ou alguém a qual não
é baseada em nenhum dado confiável, a não ser sua própria avaliação do próximo.
Motivado por julgamentos e atitudes totalmente desnecessárias.

As mulheres sofrem muito isso quando entram no ambiente de trabalho,

principalmente se estão ocupando um cargo onde antes era de um homem. Ai já
começam a sofrer com piadas relacionadas ao seu potencial, sem ao menos
conseguirem mostrar do que realmente são capazes. E muitas das vezes acabam
sendo prejudicadas por isso.

Alguma das situações, segundo a matéria da revista Exame, é de que elas não
recebem os créditos quando um trabalho é executado com sucesso, caso ela divide
as tarefas com outros homens, os créditos positivos são deles, só que se acontece
algo errado, elas já são citadas como as causadoras do problema. A promoção
também tem seu diferencial, quando os homens são promovidos em potencial, e as
mulheres são promovidas quando seu rendimento profissional é comprovado. Entre
outras situações que as mulheres enfrentam.

Sem contar, que muitos as chamam de sexo frágil, onde de imediato já são julgadas
por não conseguir, ou não ter força para executar tal serviço. Presenciei uma
situação esses dias, com relação a isso, não exatamente no ambiente de trabalho
mas é algo que mulheres sofrem muito. Meu cunhado tem uma loja que vende
materiais elétricos e hidráulicos em Rio Claro – SP, onde entrou uma mulher
pedindo com clareza e muito conhecimento, materiais para realizar um serviço
elétrico em sua residência, o espanto do funcionário que atendia ela foi de imediato,
e logo ele comentou com seu outro colega, onde se dizia impressionado por conta
da mulher pedir os materias citando nomes técnicos, bom, ele entregou tudo o que
ela pediu, não agüentou e perguntou pra ela quem faria o serviço, já que na loja
possui alguns cartões de eletricistas que trabalham na praça, e ela prontamente
disse que ela mesma faria o serviço, e completou dizendo que ela faz toda e
qualquer reforma em sua residência. Ele por sua vez, e seu machismo de natureza,
começou a explicar, sem ela pedir, como ela faria o serviço, dizendo para tomar
cuidado e desligar o relógio de força para começar a trabalhar, foi quando ele foi
novamente surpreendido com a resposta, de que quem desliga a energia para
mudar uma tomada de lugar, é porque não sabe trabalhar. Pagou o que comprou,
se virou e foi embora, fazer seu serviço, com muito êxito e competência, enquanto
ele ainda jurava que ela não iria conseguir. Esse tipo de pensamento é muito comum
entres homens, principalmente quando uma mulher pega para fazer um serviço que
segundo eles, apenas o homem realiza com qualidade. Como são ingênuos né? E
por incrível que pareça, acontece muito dentro do ambiente de trabalho, essa duvida
e esse pré conceito sobre a capacidade das mulheres em executarem serviços.

3. Conclusão

Para concluir o PI, onde o tema norteador foi discriminação no ambiente de trabalho,
e o tema escolhido foi à discriminação de gênero no ambiente de trabalho, gostaria
de ressaltar que, como citado na introdução a luta da mulher tem de ser contínuas,
as mulheres ainda tem uma evolução importante pela frente, e com toda sua carga
histórica, com todas as suas batalhas, tudo que enfrentam não só no ambiente de
trabalho, mas também dentro de casa, com a família, onde quase que todos os dias
escutam piadas pejorativas referente ao seu sexo, a sua capacidade, a sua
inteligência, ter de escutar as pessoas decidirem por elas, onde é o lugar delas,
onde elas deveriam estar que certas coisas não são coisas de mulher. Como eu
disse, são batalhas diárias. Eu como mulher, tenho muito orgulho de onde já
chegamos, e não vejo à hora de viver tudo que ainda temos para conquistar.

“Lute como uma garota”

4. Referencias Bibliográficas

ROLIM, Lilian. A inserção da mulher no mercado de trabalho brasileiro. 2018. Disponível em:
<https://www.cartacapital.com.br/blogs/brasil-debate/a-insercao-da-mulher-no-mercado-de-
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LEAL, Joana. Inserção da mulher no mercado de trabalho foi o passo mais importante para novas
configurações sociais. 2016. Disponível em:
<http://www.usp.br/aunantigo/exibir?id=7501&ed=1302&f=23> Acessado em 13/11/2019

REIS, Flavia. A inserção da mulher no mercado de trabalho: Conquista ou imposição social. 2013.
Disponível em: <https://administradores.com.br/artigos/a-insercao-da-mulher-no-mercado-de-
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CORTES, Lourdes. A mulher está mais sujeita ao assedio em todas as carreiras. 2012. Disponível em:
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KOMENATI, Pamela. Mulheres ganham menos do que os homens em todos os cargos. 2017.
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OLIVEIRA, Nielmar. Pesquisa do IBGE mostra que mulher ganha menos em todas as ocupações.
2019. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-03/pesquisa-do-ibge-
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FRANCO, Luiza. IDOETA, Paula. Como a desigualdade no pagamento entre homens e mulheres
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TOEGEL, Ina. LAVANCHY, Maude. 4 tipos de preconceito que enfrentam no trabalho e como vencê-
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