NITERÓI CATÓLICO

EDIÇÃO ESPECIAL
Fundado em 1964 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653 www.arqnit.com.br

Juniorato das Irmãs

Maria Suzilene
e Maria Verivânia
PÁGINA 12

DNJ 2020
totalmente online
PÁGINA 11
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
Foto: Lar da Criança – reprodução do site

Editorial
Caros leitores do Niteró i
Cató lico, estamos nos aproxi-
mando, mais uma vez, do final do
ano! O mê s de novembro nos pre-
para para a chegada do Salvador,
e nos questiona, a respeito de
nosso papel cristã o, e de nosso
compromisso com a sociedade,
de recordar o verdadeiro signifi-
cado do nascimento do Senhor.
Nosso dever é resgatar a espiri-
tualidade e combater o consu-
mismo desregrado, que surge em
detrimento da fé e da tradiçã o
cristã s.

LAR DA CRIANÇA Vamos acompanhar as

atividades da Arquidiocese
durante o ú ltimo mê s, e també m

Padre Franz Neumair ficar bem informados sobre os

fatos mais importantes para a
Igreja, no Brasil e no mundo.

completa 30 anos de fundação Assine, divulgue e parti-

Por João Dias
No dia 3 de novembro, o Lar da Criança Padre Franz
Neumair, que é uma instituiçã o sem fins lucrativos, filiada
à Mitra Arquidiocesana de Niteró i, completará 30 anos. O
Lar da Criança está situado na Estrada Padre José Euger,
33, Ititioca, Niteró i, RJ.
O Lar foi fundado no dia 03 de novembro de 1990,
pelo padre alemã o Franz Neumair, com a finalidade de
acolher e educar crianças de 0 a 10 anos, encaminhadas
pelo poder judiciá rio, atravé s da Vara de Infâ ncia e da
Juventude e do Conselho Tutelar.
A Irmã Luzia falou com a redaçã o do Jornal Niteró i
Cató lico e disse: “Deus me deu uma grande missã o, no dia
1/1/2019, que foi de acolher, amar e transformar muitas
vidas para Ele, aqui no Lar da Criança. Tem sido uma expe-
riê ncia muito gratificante, trabalhar com as crianças, e
quando sinto as transformaçõ es que há , penso como vale
a pena se doar, amar e ajudar a cada uma. Cada criança
carrega uma histó ria dentro de si e muitas vezes nã o
muito fá cil. No inicio tudo é novo para elas, mas logo se
sentem em casa e vivem como familia. Os funcioná rios
també m colaboram neste crescimento e, por isso, juntos,
buscamos o melhor.para elas”, destacou a Irmã .
Sobre as doaçõ es, a Irmã Luzia informou que “O Lar
da Criança vive de doaçõ es. Graças a Deus que temos mui-
tos amigos e benfeitores, que chegam juntos para nã o fal-
lhe nosso conteú do, produzido
gratuitamente, nesse tempo de
pandemia, on-line, com a colabo-
tar a elas o necessá rio. Deus sempre suscita grupos de raçã o de muitos profissionais.
recreaçã o, para fazer da tarde de sá bado um momento de Desejamos a todos você s, uma
muita alegria, comunhã o, responsabilidade e diversã o. ó tima leitura.
Agradeço a Deus por fazer parte desta grande obra inicia-
da pelo Padre Franz Neumair”.
E para encerrar a maté ria especial sobre os 30 anos
do Lar da Criança, solicitamos à Irmã uma pequena men-
sagem sobre o aniversá rio de fundaçã o. Disse ela: “Que MITRA
ARQUIDIOCESANA
DE
NITERÓI
nestes 30 anos do Lar da Criança possamos todos juntos Rua
Gavião
Peixoto,
250
-
Icaraí

agradecer a Deus por tudo o que já foi realizado, pelas pes- Niterói
-
RJ
-
CEP:
24230-103

soas que doaram suas vidas, pelos benfeitores e por todos Caixa
Postal:
105.091
(CEP
24231-970)

os que continuam ajudando. Que Deus abençoe e recom- Tel.:
(21)
3602-1700
pense todos. Vivamos com intensidade o que Jesus disse Arcebispo
Metropolitano:

no evangelho: "Tudo o que fizerdes ao menor dos meus Dom
José
Francisco
Rezende
Dias
irmã os, é a Mim que o fazeis". (Mt 25,40)”, finalizou a Irmã Bispo
Auxiliar:
Dom
Luiz
Antônio
Lopes
Ricci
que administra o Lar da Criança.
Existem vá rias formas de contribuir para o Lar da NITERÓI
CATÓLICO
Criança, e uma delas é a hospedagem no Hotel Solar do Orgão
de
Comunicação
Oficial

Amanhecer, fundado para atender à s necessidades finan- da
Arquidiocese
de
Niterói
ceiras do Lar da Criança Padre Franz Neumair, garantindo Publicação
mensal
-

à s crianças a assistê ncia social, psicoló gica, odontoló gica, Fundado
em
Agosto
de
1964.
fonoaudioló gica, educacional, nutricional, recreativa e Tels.:
(21)
3602-1717
cultural. Visite o site do hotel: solardoamanhecer.com.br e Site:

www.arqnit.org.br
conheça os serviços prestados. REDAÇÃO
Visite o site do Lar da Criança e conheça mais sobre Jornalismo:
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esse trabalho e como ajudar: http://lardacrianca.biz. Opinião
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EDIÇÃO
ENCERRADA:
03
de
NOVEMBRO
de
2020

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a
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destes
textos,
em
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outros
meios
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comunicação,
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autor
ou
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Arquidiocesano

SECOM
ARQNIT
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
A atualidade
dos Santos
Queridas irmã s e queridos irmã os:
Nos primeiros dias de novembro celebramos Todos os Santos e
Todos os Fié is Defuntos, ou seja, aqueles que, em suas pró prias
circunstâ ncias e adversidades de vida, foram fié is à mensagem operante do
Evangelho em toda sua plenitude.
Mas o que é a mensagem cristã ? Como ela deve ser trazida ao nosso
tempo? Como fazer para tornar esta mensagem ouvida e aceita neste sé culo
que, nem bem chegado, revelou-se herdeiro de todas as mazelas dos sé culos
anteriores? Como o Evangelho pode ser anunciado? Haverá quem ouça e se
importe?
Comunicar o Evangelho significa colocá -lo diante das pessoas, até
que elas estejam prontas para decidir a favor ou contra ele (Paul Tillich).
Nã o significa conhecimento, mas decisã o; até para conhecê -lo é preciso
decidir-se por ele: se será aceito ou rejeitado. Tudo o que aqueles que
comunicam o Evangelho podem fazer é tornar possıv́el uma genuı́na
decisã o baseada sobre compreensã o e participaçã o.
Inclusive a minha e a sua.
Tendo a Pará bola da Semente como pano de fundo, encontramos
pessoas que rejeitam o Evangelho, embora sem nenhuma autoridade para
tanto, e outras que nunca conseguiram fazer uma genuın ́ a decisã o por ele,
pelo simples motivo de que o Evangelho nunca lhes foi propriamente
anunciado. Em outros casos, o Evangelho chega à s pessoas como um há bito,
costume ou contrato social, coisas essas que o Evangelho nunca deveria ser,
nã o acham?
Repito: comunicar o Evangelho significa tornar possı́vel uma
decisã o, a favor ou contra ele, mas jamais indefinida, insuficiente ou morna.
“Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que alcançou a plena configuraçã o a Jesus Cristo.
você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, Esses são os santos que você e eu podemos ser. Não é fácil, mas
estou a ponto de vomitá-lo da minha boca” (Apocalipse 3, 15-16).
A questã o seguinte é ainda mais urgente: onde estã o vivendo as
pessoas para quem devemos comunicar o Evangelho, de tal forma que sejam
capazes de tomar uma decisã o genuın ́ a, ou seja, pra valer?
Certamente, nã o há uma resposta, muito menos, uma resposta
simples. Mas certamente todas essas pessoas participam da existê ncia
humana, estã o aı́, cruzamos com elas nas paradas dos ô nibus, nos
supermercados e, até , nas igrejas.
Por participarem da existê ncia humana, vem implıćito que elas tê m
angú stias, sã o finitas, sujeitas ao acaso e, um dia, també m vã o morrer.
Significa que sofrem com o pró prio sofrimento e, també m, com o dos outros,
e que se alegram com suas conquistas com a mesma intensidade com que
celebram as conquistas dos outros, sobretudo, quando eles lhes dizem
respeito de forma proximal.
Então, se você, meu irmão e irmã, nesta Arquidiocese, pretende por nossas vidas. Certamente, nã o seremos canonizados. Mas seremos
ser o anunciador do Senhor Jesus, é preciso, antes de tudo, que a santos: seremos o perfume de Deus na Terra.
semente e o terreno, o Evangelho e a quem ele será anunciado, sejam E, quando as pessoas passarem por nó s, o coraçã o delas dirá que algo
anunciados e preparados como proposta de renovação da vida.
Foi isso que os santos fizeram, cada qual no seu tempo, com suas
necessidades e expectativas, e sobretudo com anseios absolutos de
conhecer a Deus, anseios tã o pró prios e inerentes ao coraçã o humano, que
rompem com outros paradigmas, inclusive, os de felicidade e prazer
imediatos.
Que Evangelho, entã o, teremos a anunciar a essas pessoas?
Um missioná rio da China, depois de 30 anos de ministé rio, dizia que
naquele momento, e depois de tanto tempo, ele “apenas” havia começado a
compreender os elementos da cultura daquele paıś, no mın ́ imo, diferente.
NITERÓI
CATÓLICO 03
A VOZ DO
PASTOR
+
D.
José
Francisco
Rezende
Dias

-
Arcebispo
Metropolitano
de
Niterói
Paulo de Tarso fez isso: conheceu e participou da cultura do seu tempo,
mastigou a mensagem e devolveu, como os pá ssaros fazem com os filhotes,
de um modo tal que os Romanos receberam o que cabia aos Romanos, e os
Gá latas receberam o que devia aos Gá latas.
Mas a grande dificuldade, de hoje, não é adaptar o Evangelho às
mentalidades, não é a rejeição e a infertilidade do Evangelho junto a
grandes setores da sociedade como resposta às suas indagações, mas o
fato dessa mesma sociedade não indagar mais sobre as questões para
as quais o Evangelho oferece respostas claras e decisivas. Se a
sociedade humana nã o indaga mais sobre suas questõ es é porque, talvez,
esteja tã o narcotizada de seus pró prios produtos que nã o faça mais
diferença fazer a diferença. Se nã o somos nem muitos nem um, corremos o
risco de virar massa amorfa, insı́pida, inodora e morna, pronta a ser
vomitada, sem nenhuma diferença do restante.
Quem melhor definiu o papel dos santos foi a constituiçã o dogmá tica
Lumen Gentium (Luz dos Povos), um dos mais importantes textos do Concıĺio
Vaticano II. Por inteiro, ela se ocupou da natureza e da constituiçã o da Igreja,
nã o só enquanto instituiçã o, mas como Corpo Mıśtico de Cristo. O texto
definitivo da Constituiçã o Lumen Gentium foi submetido à votaçã o no dia 19
de novembro de 1964, com mais de dois mil votos a favor e apenas 3 votos
contra. Em seguida, o Papa Paulo VI a promulgou, solenemente.
Segundo este histó rico documento, todos os estados de vida, da
criança recentemente batizada, ao adulto, ao missioná rio e ao papa, todos
sã o chamados à santidade. Mas em que consiste a santidade? Podemos
pensar nela em trê s â ngulos: santo é quem alcançou a perfeita identificaçã o
com a vontade de Deus, quem alcançou a perfeiçã o da caridade e quem
não é impossível. Pelo contrário, se já foi possível para outros, por que
não para nós? Se já foi possível ontem, por que não hoje? Por que não
sempre?
O que há de sempre atual na histó ria humana é a angú stia. Pois,
entã o, aqueles que responderam a esse sentimento visceral com seu
pró prio engajamento de vida, esses sã o atualıśsimos. Os santos sã o a
atualidade da Igreja. Como um organismo anê mico perde o brilho da pele,
sem eles, a Igreja perderia o vivo da cor.
Meu maior desejo não é que os santos desçam dos altares e
saiam das igrejas, mas que cada vez mais andem pelas ruas e, no banco
das praças, nos falem de Deus e do absoluto, sem os quais a vida não
merece esse nome.
Meu maior desejo nã o inclui, necessariamente, a nossa pró pria
canonizaçã o. Se for para gló ria de Deus, que Ele seja louvado eternamente
diferente passou pelas suas vidas, algo com sabor eterno, com som, cor e
jeito que nã o permitem confundir: ali esteve algué m, no mın ́ imo diferente.
Um santo? E o que nossa fé espera, é o que esperamos.
Quando o mundo nã o for mais o mesmo depois que passarmos por
ele, quando se tornar um pomar dourado, entã o, ele terá realizado sua
vocaçã o. Quando realizarmos a nossa, à beira dos caminhos brotarã o fontes
e na vida das pessoas crescerã o flores, pelo simples contato com a nossa
alma.
Enfim, será o Reino de Deus na Terra.
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
04 NITERÓI
CATÓLICO
Uma nuvem de
testemunhas
Uma das grandes graças que temos na vivê ncia da nossa fé cristã
é a consciê ncia de que nã o estamos sozinhos nessa peregrinaçã o! O Espı-́
rito sempre nos faz recordar que cremos na comunhã o dos santos! Em
novembro, celebramos a Solenidade de Todos os Santos e a Comemora-
çã o dos Fié is Defuntos (Dia de Finados) nos unindo mais estreitamente
aos irmã os que já partiram desta vida: a uns dirigimos nossas preces e, a
outros, oferecemos nossa intercessã o!
"Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de teste-
munhas, desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perse-
verança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de ordenados, portadores de uma missã o especial de auxiliar outros no
nossa fé, Jesus." (Hb 12,1)
Sendo assim, a Igreja nos recorda (Catecismo, n. 2683) que essas
testemunhas, sobretudo os santos, que nos precederam no Reino nos
guiam na vida de oraçã o atravé s do seu exemplo, dos seus escritos e por
sua intercessã o em nosso favor! Exatamente por isso, ao longo da histó -
ria da Igreja, muitas correntes de espiritualidade foram se desenvolven-
do de acordo com cada é poca e com as pessoas que faziam um caminho
espiritual e, depois, propunham a outros. Essa riqueza da Igreja precisa
ser sempre reconhecida, valorizada e acolhida!
A Igreja sempre prezou pela unidade e essa é uma das suas notas,
mas nã o uma uniformidade! O Espıŕito suscita dons e carismas diver-
sos, mas é sempre o mesmo Espıŕito (1 Cor 12,4)! Por isso, tudo que vem
d'Ele pode ser diversificado, mas sempre gera uniã o e comunhã o!
O Catecismo (2685-2690) nos recorda tantas pessoas, chamadas
“servidores da oraçã o”, que nos auxiliam nesse caminho de oraçã o. Em
primeiro lugar, está a famıĺia como primeiro ambiente da educaçã o para
a oraçã o. Nada melhor que o ambiente familiar, o exemplo da pró pria
famıĺia, para favorecer nossa primeira experiê ncia orante.
Depois da famıĺia, estã o os ministros ordenados (bispos, padres,
diá conos) que sã o responsá veis pela formaçã o para a oraçã o dos outros
fié is. Alé m deles, os religiosos que consagram a vida à oraçã o, que orien-
Eu Creio DIÁCONO
NÉLIO
DO
AMPARO


Obedecer na fé significa submeter-se livremente à palavra escutada,
porque a sua verdade é garantida por Deus, que é a pró pria verdade. Na sagrada
Escritura, encontramos vá rios modelos da mais perfeita obediê ncia ao
Altıśsimo, e o maior é a Virgem Maria.
Encontramos també m a caminhada de Abraã o, conforme está escrito na
Epıśtola aos Hebreus, pois pela fé , obedeceu ao chamado de Deus, e partiu para
uma terra que viria a receber como herança, sem saber o lugar de destino (Hb
11, 8). Pela fé , viveu como estrangeiro e peregrino na terra prometida.
Pela fé , sua mulher, Sara, recebeu a graça de conceber o filho da promessa.
Pela fé , Abraã o ofereceu em sacrifıćio o seu filho ú nico.
Abraã o realiza assim, a definiçã o da fé , dada pela Epıśtola aos Hebreus: “A
fé constitui a garantia dos bens que se esperam, e a prova de que existem as
coisas que nã o se vê em” (Hb 11, 1).
Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, em Baependi, Minas Gerais,
permitiu atravé s de sua fé , que Deus realizasse maravilhas em sua vida, mesmo
diante de situaçõ es complicadas para o ser humano, pois viveu grande parte de
sua caminhada, em é poca apó s a escravidã o no Brasil, e mesmo diante dos
problemas, que eram enormes, nunca desistiu de servir a Deus, atravé s de sua
inabalá vel fé , na Imaculada Conceiçã o, Mã e de Jesus e nossa.
A FÉ EM QUESTÃO!
Pe.
Douglas
Alves
Fontes
-
Reitor
do
Seminário
São
José
tam os fié is na vida de oraçã o e favorecem essa experiê ncia de fé para
tantas pessoas.
A Catequese é considerada mais uma servidora dessa vida de
oraçã o! Sua missã o é “fazer com que a Palavra de Deus seja meditada na
oraçã o pessoal, atualizada na oraçã o litú rgica e interiorizada em todo o
tempo...” (n. 2688) Da mesma forma, os diversos grupos/escolas de ora-
çã o sã o verdadeiros sinais e molas de renovaçã o da oraçã o na Igreja.
Nesse caminho, a Igreja nos lembra e nos propõ e o auxıĺio impor-
tantıśsimo da direçã o espiritual como auxıĺio de fié is e, sobretudo os
caminho da oraçã o. O Catecismo (n. 2690) relembra que, para essa mis-
sã o, os chamados diretores espirituais precisam ser portadores dos
dons de sabedoria, de fé e de discernimento em vista do bem comum.
Por fim, a experiê ncia de oraçã o se faz aqui e agora, em um lugar e
um tempo especıf́icos! “A Igreja, casa de Deus, é o lugar pró prio para a
oraçã o litú rgica da comunidade paroquial.” (Catecismo, n. 2691) A tra-
diçã o judaico-cristã sempre valorizou o templo como lugar do encontro
com Deus! Sendo assim, é sempre importante valorizarmos o espaço
fıśico para nossa oraçã o: um recanto, um orató rio, capelas, igrejas, san-
tuá rios... Os espaços sempre serã o instrumentos importantes no nosso
caminho de oraçã o!
Que o Espıŕito Santo seja sempre nosso eterno guia no caminho
da oraçã o e nos ajude a reconhecer nossa necessidade de comunhã o
com Deus; abra nossos olhos para enxergarmos que nã o estamos sozi-
nhos nessa peregrinaçã o; seja nosso conselheiro e nos ajude a adorar o
Pai em espıŕito e verdade onde quer que estejamos!
«Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque
esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não extingais o
Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom.
Guardai-vos de toda a espécie de mal." (1 Ts 5,17-22)
Tendo a Virgem Maria como base de intercessã o na sua caminhada, a
quem chamava de Sua Sinhá , amou o Altıśsimo, acima de todas as coisas e ao
pró ximo de forma singular, preocupando-se sempre com as necessidades
daqueles que foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Por isso, seguindo o exemplo da Virgem Santıśsima, ofereceu també m o
seu sim, para os planos de amor que Deus derramaria em sua vida. Dificuldades
nã o faltaram, mas a fé estava em primeiro lugar e nada que acontecia, fazia com
que se desviasse de seu caminho rumo à Jerusalé m Celeste, praticando na terra
os ensinamentos de Jesus.
Aderiu pela fé ao chamado do Senhor, para servir aos irmã os, crendo no
Deus Uno e Trino, assentindo livremente a Palavra revelada, e difundindo o
Amor Divino, e a caridade, para todas as pessoas que a encontravam.
Que a Beata Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, interceda por todos
os filhos de Deus, e que o Advento que se aproxima seja um tempo de
preparaçã o para a chegada do menino Jesus, que deve preencher todo o nosso
coraçã o, na certeza de que, quando estamos em Deus tudo se realiza em nossas
vidas.
“Isso acontece porque rezo com fé !”
Beata Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, rogai por nó s!
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
CONVERSA ENTRE FIÉIS
Pe.
Carmine
Pascale
-
Vigário
Geral
O futuro
Ainda em plena pandemia, chegamos a um mê s que fala forte conosco,
em construção
porque traz um apelo insistente à santidade, e em seguida nos lembra de que
precisamos ser povo consciente da esperança! Como povo consagrado, esco-
lhido, amado, somos todos inseridos na geraçã o que nasceu da Cruz, e por
isso trazemos a certeza da salvaçã o cravada em nossa alma! Mas esta certeza
implica açã o. Implica resposta comprometida à Graça recebida gratuita-
mente por nó s! Implica aceitar desafios, responder a tantos outros, e “enca-
rar” de frente a dor. Implica sensibilidade para vermos o mundo sob a ó tica
desse Deus que tanto nos ama!
Muito podemos fazer, e a criatividade a que fomos obrigados neste ano
nos ensinou isso de uma vez por todas: dar testemunho de fé , evangelizar,
praticar o bem sã o coisas que nã o dependem nem de recursos variados e
nem de deslocamento. A oraçã o que fazemos, os bens partilhados, um tele-
fonema para algué m que se sente sozinho, tudo fala de caridade e apresenta
o Senhor em nossas realidades, pois ao viver o amor estamos trazendo o pró -
prio Deus em nossos pé s, em nossas mã os que servem, assim como refletido
em nosso rosto: Ele é Amor!
E verdade que o ano de 2020 nos trouxe muita saudade també m. Tem-
pos duros! No entanto, aprendemos igualmente a louvar a Deus, percebe-
mos que cada saudade é ocasiã o de agradecer ao Senhor pelo que nos permi-
tiu ter, por aqueles que estiveram em nossas vidas e foram tã o importantes
que vivem agora em nó s, enquanto já estã o com Ele! Sã o presença viva na
SUPERANDO
LIMITAÇÕES







































Drª
Loíse
de
Oliveira
Caputo
-
Psicóloga
e
Psicopedagoga

De acordo com pesquisadores da Harvard Medical School, em
Gratidão
Boston, a gratidã o é um poderoso remé dio para o cé rebro. Ao experimentar
o sentimento, duas partes do ó rgã o sã o ativadas: pré -frontal medial ventral
e o có rtex na porçã o dorsal. As á reas estã o envolvidas em percepçõ es de
recompensa, moralidade, interaçõ es sociais positivas e capacidade de
entender o que o outro pensa. Agradecer gera estım ́ ulos positivos em quem
faz e em quem recebe a gentileza.
Pesquisas comprovaram que agradecer fortalece o vı́ n culo
interpessoal, auxilia no bem-estar, aumenta a resiliê ncia, reduz o estresse e
ajuda a prevenir a depressã o. Em um estudo realizado com 300 adultos, o
grupo que fez um exercıćio de agradecimento apresentou melhora na saú de
mental, em comparaçã o com os participantes sem atividade.
Ainda segundo o centro cientıf́ico, a saú de dos adeptos do há bito é
“quase de ferro”. Eles tê m sistemas imunoló gicos mais fortes, apresentam
pressã o arterial baixa e dormem bem. Reconhecer uma atitude deixa as
pessoas em alerta para, quando possıv́el, exercê -la novamente. Quem
agradece com regularidade manté m maiores nıv́eis de alegria e emoçõ es
positivas.

Ser grato envolve reverenciar a bondade do mundo. Para
alguns indivıd ́ uos, o há bito pode soar como vendar os olhos ao enfrentar
situaçõ es complicadas ou turbulê ncias passageiras. Nada disso. A gratidã o
funciona como um sustento. Diante de experiê ncias carregadas de
sentimentos negativos, a ideia é nã o perder de vista o lado bom, endossa
NITERÓI
CATÓLICO 05
memó ria que deles temos, nos ensinamentos que nos deixaram, e interces-
sores nossos, certamente. E nó s agora somos convidados a deixar, igualmen-
te, marcas do bem e da esperança em quem “orbita” à nossa volta, para usar
uma expressã o do Santo Padre em sua mais recente encıćlica... Fratelli tutti!
Todos fraternos...
Queridos irmã os, Cristo é a Esperança, Ele é o essencial! Ele traz a nó s o
sentido da vida e nos chama à Luz. Sigamos essa Luz e vivamos como fer-
mento na massa: escondidos, com humildade, fazendo o nosso serviço, res-
peitando-nos uns aos outros, respeitando o Senhor!
Lembremo-nos sempre: o futuro está sendo construıd ́ o, ele depende
de nó s! Depende de nã o deixarmos o fermento perder sua açã o e de acredi-
tarmos que agir assim é dar testemunho da esperança que é o pró prio Cris-
to! Quem encontra o essencial – o Mestre – encontra a razã o de viver, o senti-
do da vida e aprende a ter paz mesmo em meio a dificuldades. E o que sente
contagia, pois é impossıv́el encontrar Cristo e guardar para si: somos trans-
formados e refletimos naturalmente o nosso ser cristã o, o nosso ser Igreja!
Que possamos seguir este mê s cuidando de forma especial de nosso
chamado à santidade: sob o exemplo de todos os santos, os reconhecidos e
aqueles que o foram de forma escondida, no ordiná rio de suas vidas, mas
nã o menos fundamentais. Que possamos seguir plenos de esperança, ainda
que diante de saudades e dores, pois temos a Cristo, e Ele nos deu a salvaçã o.
Que possamos caminhar em direçã o a Ele, reconhecendo em nossos cora-
çõ es que Ele é o Senhor, é o Santos dos Santos, Alfa e Omega, Rei dos Reis...
Sharon Parker, professora no Centre Transformative Work Design, na
Austrá lia. A gratidã o estimula olhar o lado positivo da vida
A pandemia do novo coronavıŕus pegou todos de surpresa. Precisar
ficar em casa, de modo obrigató rio, suscitou a reflexã o sobre o que é ,
verdadeiramente, valioso na vida.
Na avaliaçã o de Sharon, o isolamento social fez abrir os olhos a
reclamaçõ es desnecessá rias e acontecimentos feitos no automá tico.
De acordo com Sharon, a gratidã o serve como um apoio aos
indivıd
́ uos, na hora de restabelecer o significado da vida apó s um perıo ́ do
conturbado. Em alguns paıśes, a rotina nã o voltou ao normal, enquanto em
outros, o retorno ocorre de forma gradual. Independentemente do cená rio
do local onde esteja, a professora e outros especialistas aconselham que os
agradecimentos devem ser colocados em prá tica.
Segundo um artigo da Harvard Health School, cultivar o há bito ajuda
as pessoas a se concentrarem no que tê m e no que falta: “A gratidã o é uma
maneira de apreciar o ter, em vez de sempre buscar algo novo, na esperança
de tornar-se mais feliz ou pensar que nã o pode sentir-se satisfeito até
alcançar todas as necessidades fıśicas e materiais”.
Na coluna de Claudia Meireles, ela ressalta a importâ ncia de praticar
o exercı́cio do agradecimento, que envolve tanto em agradecer como
també m a abertura pessoal em receber o agradecimento.
Um novo olhar que, de forma positiva, coloca em prá tica relaçõ es
pessoais que promovam a generosidade e a receptividade.
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
06 NITERÓI
CATÓLICO
BOLETIM INFORMATIVO – CAMPANHA CONSTRUÇÃO NOVA CATEDRAL - EDIÇÃO 78
Foto: Reprodução de Vídeo
Minha vida tem sentido
cada vez que eu venho aqui
Por Equipe Nova Catedral
A necessidade de pertencimento é um termo relativamente novo,
sendo definida como uma motivaçã o que seres humanos tê m para pro-
curar e manter laços sociais profundos, positivos e recompensadores.
Desta forma, ela se refere nã o só à necessidade de estar inserido em um
grupo, mas à qualidade dos laços estabelecidos com outros indivıd ́ uos.
Estamos construindo um presente para a nossa e para as futuras
geraçõ es, assim como nossos antepassados fizeram com a maioria dos
templos (paró quias e capelas) que frequentamos.
Neste ú ltimo dia 22, comemoramos o dia de Sã o Joã o Paulo II, um
grande santo recente da nossa Igreja, que tem uma ligaçã o muito grande
com a nossa obra de fé , já que Dom Carlos Alberto Navarro apresentou
nosso projeto duas vezes a ele. A primeira, durante uma visita do entã o
Papa ao Brasil, que abençoou a pedra fundamental e o projeto como um
todo.
Na segunda vez, durante uma ida perió dica ao Vaticano (que os
Bispos de todo mundo tê m que realizar), aconteceu um fato interessante.
O desenho da Nova Catedral Sã o Joã o Batista havia sido alterado
completamente, de modo a atender à demanda de 5000 pessoas
internamente e, també m, para incorporar elementos das insı́gnias
episcopais no formato (como podemos enxergar a mitra e o solidé u).
Ao ver o novo desenho da catedral, Sã o Joã o Paulo II disse algo
como “nossa, como os fié is dessa Arquidiocese sã o generosos, já estã o
construindo uma segunda catedral em tã o pouco tempo!”. Foi entã o que
Dom Carlos explicou que ainda se tratava do primeiro projeto, mas com
um formato totalmente diferente.
E Sã o Joã o Paulo II abençoou novamente nosso projeto, e tenho
certeza de que continua intercedendo por nó s, nessa jornada, cada vez
que participamos de uma missa na Capela ao lado do terreno, com sua
relı́ q uia exposta, ou cada vez que nas paró quias e capelas,
principalmente no 4º domingo do mê s, rezamos pela Nova Catedral.
Pedimos que ele desperte no coraçã o de mais fié is essa alegria de
pertencer a algo tã o importante que estamos construindo. Um templo
que atrairá pessoas do mundo inteiro, pelo apelo religioso ou
arquitetô nico; e aqueles que vierem somente pelo segundo motivo,
teremos oportunidade de evangelizar e converter.
E que você , que já é benfeitor, possa ser instrumento, atravé s do
testemunho, para que mais pessoas entendam o que de fato estamos
construindo e se tornem, també m, benfeitores da Nova Catedral Sã o Joã o
Batista.
Diário da Obra
Continuamos atuando nas estruturas do perım ́ etro do espa-
ço celebrativo, levantando vigas, paredes, blocos e lajes de sub-
solo (por onde passarã o as instalaçõ es), alé m de estacas fora
desse perım
́ etro, que adiantamos, por conta da pandemia.
Ao todo, nos meses de agosto, setembro e outubro, foram
concluıd ́ os:
- 24 blocos de sustentaçã o de laje
- 10 vigas
- 6 paredes estruturais
- 5 lajes de subsolo
- 38 estacas
Você pode acompanhar com mais detalhes o andamento da
obra, acessando nossos perfis nas redes sociais:
Facebook/novacatedralniteroi,
instagram/novacatedralniteroi ou o canal Nova Catedral
Niterói no Youtube.

ESPIRITUALIDADE
Luis
Marcelo
B.
Damasceno
O que levamos
desta vida?
Olá Amigos, Paz e Avivar! Nã o nos
foi possıv́el ter nosso encontro no
mê s passado, mas nos permite o
Bom Deus estarmos juntos neste
mê s! Iniciamos nossa jornada cele-
brando a Solenidade de Todos os
Santos e no dia seguinte, fizemos
memó ria de Todos os Fié is Defun-
tos. Em ambas as celebraçõ es, me
detive na reflexã o que trouxe como
tıt́ulo deste nosso Artigo e desejo
compartilhar com você s. Nã o pre-
tendo esgotar a pergunta, pois creio
que a mesma també m ressoará em
sua mente e coraçã o e assim, lhe
fazer um grande bem, como a mim
fez! Vamos meditar?

Ensina-nos o Autor da Carta
aos Hebreus: "Aliás, não temos resposta: Levamos desta vida exa-
aqui cidade permanente, mas tamente a vida que levamos! Veja
vamos em busca da futura. (He-
breus 13, 14)" Essa passagem nos
impulsiona à reflexã o! De fato, vive-
mos em um tempo em que falar de
“morte” ou até mesmo refletir sobre
ela é algo quase que proibido, ou até
mesmo detestá vel para alguns. Se
pararmos para pensar no porquê
dessa rejeiçã o chegaremos a pontos
que os pensamentos modernos
insistem que sejam enraizados em
nossas mentes, tais como: a rejeiçã o
a todo e qualquer tipo de sofrimen-
to, o viver o momento, sem maiores
preocupaçõ es (carpem diem), a reje-
içã o da existê ncia de algo apó s a
morte ou ainda, a febre insana de
possuir o má ximo de bens, o acumu-
lar sem escrú pulos, o viver intensa-
mente todos os prazeres dessa vida.
Doce ilusã o que vivem os que se
preenchem desses pensamentos...
Santa Teresa de Jesus nos
adverte: “Eu quero ver Deus, e mos um dia estarmos juntos no
para isso é necessário morrer. Coro dos Bem Aventurados, a cantar
Não morro, mas entro na vida.”
Meus caros Amigos, a Morte nã o é o
fim! Creia! Ela é apenas nossa pas-
sagem para a VIDA, para nossa “Ci-
dade Permanente”! Tudo o que o
BOM DEUS nos proporciona viver
nessa vida, sejam os bens, sejam os
Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
NITERÓI
CATÓLICO 07
SAÚDE
Juliana
Montesso

Nutricionista
Mestre
em
Saúde
Pública

Imunidade,
entenda o que é.
E rotineiro se falar, especialmen- como macró fagos, natural killer,
te neste momento de pandemia, em neutró filos e cé lulas dendrı́ticas,
baixa imunidade, em melhorar a sã o elementos que conferem essa
resposta do sistema imunoló gico,
mas afinal o que é imunidade e
como podemos aumentá -la?
Você adoece com frequê ncia?
proteçã o.
A resposta inata ocorre sempre da
mesma forma, independentemente
de quem seja o agente agressor.
Basta uma simples chuva e já pega
um grande resfriado no dia seguin-
te? Isso pode estar atrelado à imuni-
dade. A baixa imunidade faz com
que o corpo fique mais fragilizado e,
Como mecanismos da imunidade
inata, podemos citar a fagocitose
realizada por algumas cé lulas do
sistema imune, a resistê ncia da pele
e a liberaçã o de mediadores infla-
assim, adoecemos com mais fre- mató rios.
males, é para que aprendamos a quê ncia. Imunidade é o mecanis- A imunidade adquirida ou adap-
crescer em “... estatura, sabedoria mo de defesa do organismo contra tativa, por sua vez, é especıf́ica e
e graça, diante de Deus e dos substâ ncias estranhas (antıǵenos). desenvolve-se durante a vida do
homens.” (cf. Lc 2,52) Viver as Bem O sistema imunoló gico é o sistema indivıd ́ uo, à medida que ele entra
Aventuranças (cf. Mt 5, 3-12), pro- responsá vel por desencadear esse
grama de vida da cada Cristã o, nos em contato com os agentes invaso-
processo de defesa e manter, res. Ela entra em açã o quando a
faz despertar para realidades que assim, o equilıb́ rio e o bom funcio-
vã o alé m do que possamos adquirir inata nã o é suficientemente, eficien-
namento do organismo. te, para garantir a proteçã o do cor-
nessa terra. Por isso que Jesus nos
exorta: "“Não ajunteis para vós Diariamente, o corpo humano é po. Quando o indivıd ́ uo entra em
tesouros na terra, onde a ferru- exposto a uma ampla gama de estı-́ contato com o agente invasor, uma
gem e as traças corroem, onde os mulos, com potencial para compro- sé rie de eventos ocorrem, levando à
ladrões furtam e roubam. (São meter a saú de e o bem-estar. A expo- ativaçã o de cé lulas especıf́icas e à
Mateus 6, 19)" siçã o a vıŕus, bacté rias, estresse e produçã o de anticorpos. Essa imu-
Assim, possuı́mos elemen- poluiçã o do ar, por exemplo, pode nidade pode ser classificada em
tos para nos questionarmos: O que contribuir para um risco aumenta- humoral e celular.
levamos desta vida? Podemos de do de infecçõ es e de doenças. E ai A imunidade do corpo é constitu-
maneira simples dar uma inicial que o sistema imunoló gico passa a ıd
́ a por diversas atitudes diá rias de
ser fundamental, por exemplo, para hábitos saudáveis. Fazer atividade
remover cé lulas que começam a fıśica alinhada à boa alimentaçã o é a
que bela citaçã o de nossa querida acumular mutaçõ es para se desen- fó rmula para que o sistema imuno-
Santa Teresa de Calcutá : “No volver em um tumor. Esse sistema é ló gico esteja forte, para evitar as
momento da morte, não seremos composto pelos leucó citos, també m gripes e infecçõ es. Alimentar-se de
julgados pela quantidade de tra- conhecidos como gló bulos brancos frutas e verduras diariamente, e
balho que temos feito, mas pelo e que podem possuir diversos tipos, vitaminas, é essencial para quem
tanto de amor que colocamos em tamanhos e formas, alé m de ganha- tem a imunidade baixa. Alguns ali-
nossos trabalhos.” O tempo em que rem nomes diferentes, como neu-
vivemos nos convida à revisã o, a mentos sã o ricos em micronutri-
tró filos, mastó citos, linfó citos, eosi- entes, como, por exemplo, cobre,
repensarmos nossa forma de con- nó filos e basó filos. Sim, os mesmos
duzir nossas vidas. Que legado zinco e magné sio. Estes atuam
que você vê no exame de sangue! como cofatores de enzimas, envolvi-
vamos deixar para os nossos? Ape-
nas bens? O maior bem que posso e Podemos classificar a imunidade das na resposta imune e maturida-
devo deixar para os que amo deve em inata ou adquirida (ou adaptati- de de cé lulas de defesa. As fontes
ser o BOM DEUS! Ele é o maior va). A imunidade inata é aquela desses nutrientes sã o, principal-
tesouro! Encerro, com essa bela que o organismo apresenta desde o mente: nozes, amê ndoas, castanha-
frase de meu querido Sã o Pio de seu nascimento, sendo completa- do-pará , farelo e gé rmen de trigo,
PIetrelcina: “Oh morte, eu não sei mente inespecıf́ica. A barreira mecâ - fıǵado, frutos do mar, banana, uva,
quem pode temê-la, já que por ti, a nica do nosso corpo e as cé lulas, espinafre e ovo.
vida se abre para nós.” Nã o tema-
mos a morte! Desejemos a vida! A
vida eterna que existe! O Paraıśo
que é nossa meta final! Vivamos
santamente hoje, para que possa-
eternamente: "“Santo, Santo,
Santo é o Senhor Deus, o Domina-
dor, o que é, o que era e o que deve
voltar”. (cf. Ap 4, 8 in fine)
Boa leitura, até o pró ximo
Artigo!
Do seu Irmã o menor
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
08 NITERÓI
CATÓLICO

Advento é uma palavra latina que significa apro-
ximar-se, vir chegando aos poucos. Durante as
quatro semanas do Advento, nos preparamos
para o Natal. No Advento, ouvimos as vozes sem-
pre atuais dos profetas bıb ́ licos, anunciando a
vinda do Messias. També m ouvimos a voz de Joã o
Batista e do pró prio Jesus, anunciando a proximi-
dade do Reino de Deus.
O Advento é tempo de alegre expectativa. O
tempo do Advento é para toda a Igreja, momento
de forte mergulho na liturgia e na mıśtica cristã . E
tempo de espera e esperança, de estarmos aten-
tos e vigilantes, preparando-nos alegremente
para a vinda do Senhor, como uma noiva que se
enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo,
seu amado.
ORIGEM DO ADVENTO
Há relatos de que o Advento começou a ser
vivido entre os sé culos IV e VII, em vá rios lugares
do mundo, como preparaçã o para a festa do Natal.
No final do sé culo IV, na Gá lia (atual França) e na
Espanha, tinha cará ter ascé tico, com jejum, absti-
nê ncia e duraçã o de 6 semanas como na Quares-
ma (quaresma de S. Martinho). Este cará ter ascé -
tico para a preparaçã o do Natal se devia à prepa-
raçã o dos catecú menos para o batismo, na festa
da Epifania.
Somente no final do sé culo VII, em Roma, é
acrescentado o aspecto escatoló gico do Advento,
recordando a segunda vinda do Senhor. Só apó s a
reforma litú rgica é que o Advento passou a ser
celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definiti-
va do Senhor e a preparaçã o para o Natal, manten-
do a tradiçã o das 4 semanas.
TEOLOGIA DO ADVENTO
“Encontramos em Sã o Justino e Sã o Clemen-
te de Alexandria, do sé culo II, a ideia de que nas
filosofias pagã s há certa presença do Verbo, do
Logos, uma certa luz divina que ilumina os
homens e lhes comunica a parte de verdade que
há neles.
Para Santo Irineu, o plano de Deus foi sem-
Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
Advento
Tempo de Preparação
pre o mesmo, isto è : Deus jamais teve outro desıǵ-
nio que nã o fosse “instaurar todas as coisas em
Cristo”. Assim Deus, como um pedagogo, prepa-
rou a humanidade para receber a revelaçã o divi-
na, para estar, de certa maneira, amadurecida
para o Cristo que, segundo a Escritura, chegou na
plenitude dos tempos. Era necessá ria uma prepa-
raçã o e que o Cristo viesse no momento em que
ela atingisse o auge.”
O Advento recorda a dimensã o histó rica da
salvaçã o, evidencia a dimensã o escatoló gica do
misté rio cristã o e nos insere no cará ter missioná -
rio da vinda de Cristo. Jesus, que de fato se encar-
na e se torna presença salvıf́ica na histó ria, confir-
mando a promessa e a aliança feita ao povo de
Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o
tempo (Gal 4,4) e torna pró ximo o Reino (Mc 1,15)
.
ELE JÁ VEIO
Temos esta certeza: Ele já veio e continua
entre nó s. “Jesus Cristo tinha a condiçã o Divina
mas nã o se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo
contrá rio, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a
condiçã o de servo e tornando-se semelhante aos
homens. Assim, apresentou-se como simples
homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se
obediente até a morte e morte de cruz! (Fil 2,6-8).
O Advento recorda també m o Deus da reve-
laçã o, Aquele que é , que era e que vem (AP 1,4-8),
que está sempre realizando a salvaçã o, mas cuja
consumaçã o se cumprirá no "dia do Senhor", no
final dos tempos.
ESPIRITUALIDADE DO ADVENTO
Deus é fiel à s suas promessas: o Salvador
virá ; daı́ a alegre expectativa, que deve, nesse tem-
po, nã o só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo
que se espera acontecerá , com certeza. Portanto,
nã o se está diante de algo irreal, fictıćio, passado,
mas diante de uma realidade concreta e atual. A
esperança da Igreja é a esperança de Israel, já rea-
lizada em Cristo, mas que só se consumará , defini-
tivamente, na parusia do Senhor. Por isso, o brado
NITERÓI
CATÓLICO 09
CATEQUESE
da Igreja, caracterıśtico nesse tempo, é "Maranat-
ha"! Vem, Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança,
porque Cristo é a nossa esperança (1Tm 1, 1);
“Procuremos descobrir seus traços nos
pequeninos, nos pobres e doentes. Porque nã o há
nada mais espantoso e maravilhoso do que o pró -
prio Pai Celeste enviar seu Filho para nos salvar.
A encarnaçã o redentora veio refazer a figu-
ra divina em nó s pela desfiguraçã o do Filho de
Deus no Calvá rio.
E o vitral se refaz de pedacinho em pedaci-
nho, de luz em luz, de pincelada em pincelada, até
que um dia o Sol divino, incindindo sobre ele,
possa recolher na “luz da sua luz” sua imagem
inefá vel.
A Santıśsima Trindade acha que vale a pena
“a obra de Suas mã os”, por isso:
O Pai faz < criaçã o
O Filho refaz < redençã o
O Espıŕito Santo refaz < perfeiçã o
O Misté rio da encarnaçã o é a verdade cen-
tral do cristianismo. E o ponto culminante e o cum-
primento absoluto da Histó ria da Salvaçã o.
Devemos nos preparar para a vinda do
Senhor, para o Seu dia. Lembremo-nos de que
toda verdade que nã o se transforma em vida, todo
conhecimento que nao se transforma em amor
sã o valores perdidos. Em nosso caminhar, esse
horizonte eterno, esse arco-ıŕis atrá s do monte de
Siã o, iluminam nossos caminhos, fortalecem nos-
sos passos, direcionam nossos mais profundos
desejos, impedindo que nos dispersemos. De que
adianta conhecermos todas as ruas, praças, planı-́
cies e vales e montanhas se nã o tivermos um ende-
reço:
Jesus é o endereço para a casa do Pai, é o
Caminho, a Verdade e a Vida”.
VEM SENHOR JESUS! (Me Maria Helena
Cavalcanti)
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
10 NITERÓI

MISSÃO
CATÓLICO

Fotos: arquivo IAM

IAM celebra Dia Mundial das Missões

com seu 3º Congresso Arquidiocesano
"Fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e percebemos estar no mesmo barco, como pessoas frágeis
e desorientadas, mas também importantes e necessárias. Todos nós somos chamados a remar juntos”.
Trecho da Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões 2020.

O Dia Mundial das Missões, neste ano, borar com a reflexã o, a Novena Missioná ria refle- O 3º Congresso Arquidiocesano da IAM
tem como tema: “Eis-me aqui, envia-me”. Este dia, te, durante os nove dias, o tema “A vida é missã o” foi com o DMM, tendo o mesmo tema proposto
comemorado no terceiro domingo de outubro, que se desdobra na vida missioná ria. (POM Brasil) para o Mê s Missioná rio, “A vida é missã o”.
mê s das Missõ es, foi instituıd
́ o pelo Papa Pio XI, O Conselho Missionário Regional do No domingo, dia 18 de outubro, os assesso-
em 1926: um dia de oraçã o pela evangelizaçã o Leste 1 (Rio de Janeiro) e a Infância e Adoles- res da IAM participaram da Santa Missa pelo Dia
dos povos, cujo objetivo é incentivar a cooperaçã o cência Missionária deste Regional realizaram a Mundial das Missões e da Santa Infância, na
missioná ria no mundo e o contributo dos missio- Novena Missionária deste ano, entre os dias 09 e paró quia Nossa Senhora das Graças, Porto Velho -
ná rios. (Vaticano News) 17 de outubro. Rezando e refletindo a vida e o tes- Sã o Gonçalo, celebrada pelo Pá roco Padre Carlos
Neste sentido, a Campanha Missionária, temunho dos diferentes sujeitos da missã o que, Eduardo (Cadu). Pô de ser acompanha por todos,
em 2020 quer ser um sinal de esperança para com ousadia e a seu modo, pronunciam: “Eis-me ao vivo, atravé s da transmissã o no canal YouTube
tantas vidas doadas de forma solidá ria. O tema aqui, envia-me” (Is 6,8). da paró quia.
escolhido “A vida é missão” e o lema “Eis-me aqui, Nossos encontros aconteceram ao vivo, pelo Como preparaçã o para o 3º Congresso, a
envia-me” (Is 6,8) irã o nos ajudar no crescimento canal do YouTube do Comite Leste 1 e estã o dis- IAM promoveu a Gincana Missionária, com desa-
da consciê ncia missioná ria. Mesmo vivendo um ponıv́eis para assistir quando quiserem. A IAM da fios iniciados no dia 1º de outubro. Para partici-
tempo diferente, em que o mundo passa por uma Arquidiocese Niterói participou do 5º dia, que par, foi necessá rio pré via inscriçã o dos grupos da
pandemia, que mudou nossas relaçõ es. Para cola- abordou o tema “A vida missioná ria da IAM”. IAM.

DESAFIOS
1. Gesto concreto: arrecadaçã o de alimentos, posteriormente doa- Paró quia Nossa Senhora de Naza-
dos à s suas respectivas paró quias. Cada alimento tinha sua pró pria pontua- reth - Saquarema
çã o. No total, cerca de 150 kg de alimentos, alé m de descartá veis e itens de
higiene pessoal foram doados. 4º Lugar - 750 PONTOS
]2. Curtidas e compartilhamentos: na pá gina do Facebook da IAM Grupo Semeadores da Alegria
Arquidiocese de Niteró i foram postadas fotos dos grupos inscritos, contendo Paró quia Nossa Senhora de Fá ti-
#3CongressoIAMarqnit e #DMM2020. As pontuaçõ es foram feitas de acordo ma - Itaipuaçu
com a quantidade de curtidas e compartilhamentos que cada grupo conse-
guiu. 5º Lugar - 600 PONTOS
3. QUIZ Missionário: cada grupo recebeu um questioná rio e foram Grupo Missioná rios do Sagrado
pontuados conforme a quantidade de acertos. Paró quia Sagrado Coraçã o de Jesus - Mutondo

No dia 18/10, à s 13h, realizamos uma LIVE no nosso canal do YouTube, Apó s a nossa LIVE de apuraçã o, participamos das atividades promovi-
para apuraçã o da Gincana Missioná ria. Confira a classificaçã o dos grupos: das pelo COMIRE Leste 1, em seu canal do YouTube. Representada pelas ado-
lescentes Marcella Griffo e Larah Anahi, que falaram sobre o carisma da IAM.
1º Lugar - 1350 PONTOS O encerramento da programaçã o do DMM foi com a Adoraçã o ao Santıś-
Grupo IAM simo, seguida da Santa Missa pela Evangelização dos Povos, presidida pelo
Paró quia Nossa Senhora Aparecida - Galo Branco Padre Jovane, realizada à s 19h, na Paró quia Nossa Senhora da Imaculada Con-
ceiçã o, em Raiz da Serra.
2º Lugar - 975 PONTOS
Grupo Pequenos Missioná rios Conhecendo para amar:
Paró quia Nossa Senhora da Conceiçã o - Pacheco Estamos no Facebook, Instagram e YouTube como IAM ArqNit.

3º Lugar - 925 PONTOS Dúvidas, sugestões ou quer conversar sobre a missão? Nosso
Grupo Nossa Senhora da Conceiçã o WhatsApp “Fala Missionário” (21) 98155-5858 aguarda a sua mensagem.
 Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
NITERÓI
CATÓLICO 11

DNJ 2020 totalmente online

leva presença de Deus a igreja doméstica
Por João Dias Foto: Reprodução

Os jovens dos seis vicariatos que compõ em
a Arquidiocese puderam acompanhar shows,
momentos de oraçã o, Santa Missa e Adoraçã o
Eucarıśtica, no domingo, 18 de outubro, total-
mente online. Esta é a primeira vez que o Dia Naci-
onal da Juventude (DNJ) foi de forma virtual, devi-
do à pandemia do coronavirus. As transmissõ es
aconteceram do Seminá rio Arquidiocesano Sã o
José , e os jovens puderam acompanhar pelas
Redes Sociais do Setor Juventude ou pelas Redes
Sociais da Arquidiocese de Niteró i.
Com o tema: “Eu sou uma Missã o nessa ter-
ra”, o DNJ 2020 reuniu a Igreja domé stica nã o só
de Niteró i, mas de todo o planeta. A Live da Arqui-
diocese e a Rá dio Anunciadora transmitiram o
maior evento jovem da Arquidiocese de Niteró i,
como uma programaçã o especial.
antecipadamente, com a divisã o de tarefas bem
definida e uma boa avaliaçã o ao final.
O perıo
́ do de existê ncia do DNJ tem sido um
tempo de discussõ es fé rteis entre os grupos de
todo o Brasil, na intençã o de promover o protago-
nismo juvenil, defender a vida da juventude, anun-
ciar sinais de vida e denunciar sinais de morte.
A realizaçã o do DNJ acontece todos os anos,
no ú ltimo domingo do mê s de outubro, exceto em
ano eleitoral, quando se antecipa ou é celebrada
em domingo posterior.
Foto: Íngrid Bianchini

HISTÓRIA DO DNJ

O Dia Nacional da Juventude (DNJ) surgiu

em 1985, durante o Ano Internacional da Juventu-
de, promovido pela Organizaçã o das Naçõ es Uni-
das. Estava evidente que a juventude precisava
mobilizar-se e construir espaços de participaçã o,
para pensar e repensar uma nova sociedade.
Todos os anos organiza-se um dia de festa da
juventude, sempre com um tema importante a ser
debatido e trabalhado com grupos.
O DNJ é o principal evento do Setor Juventu-
de e acontece em todo o paıś, em todos os estados.
Foi pensado como um dia em mutirã o, planejado

“No dia de hoje, 2 de novembro, a Indulgê ncia Plená ria pode ser alcan-

“...a morte não é çada para um defunto, com a visita piedosa a uma igreja ou capela e ali rezar o
“Pai-Nosso”, o “Credo”, nas intençõ es do Papa, participando da comunhã o e
tendo se confessado recentemente. A norma també m estabelece que pode ser

o fim de tudo. transferida para o pró ximo domingo ou para outro dia do mê s de novembro, à
livre escolha de cada fiel.”.
“Os idosos, os doentes e todos aqueles que nã o podem sair de casa, por

Não é o fracasso exemplo, por causa da pandemia, poderã o obter a Indulgê ncia Plená ria para
um fiel defunto desde que, unindo-se espiritualmente a todos os outros fié is,
completamente distantes do pecado e com a intençã o de cumprir o mais rá pi-

da vida.” do possıv́el as trê s condiçõ es habituais (confissã o sacramental, Comunhã o

Dom José Francisco
O Arcebispo Metropolitano de Niteró i, Dom José Francisco, celebrou a
Santa Missa pelos Fié is Defuntos, na Matriz de Sã o Gonçalo, no centro da cida-
de de Sã o Gonçalo. O dia 2 de novembro é um dia em que fazemos memó ria e
rezamos pelos falecidos, nos cemité rios. Neste ano, para evitar aglomeraçõ es,
o Arcebispo sugeriu que as oraçõ es acontecessem nas paró quias e capelas,
devido à pandemia.
O Arcebispo encerrou a sua homilia, lembrando que “Este ano, devido à
pandemia, o Decreto que nos veio de Roma, sobre as Indulgê ncias Plená rias
aplicadas à s almas do Purgató rio foi ampliado. A norma existente estabelece
que as pessoas que visitam um cemité rio, de 1° a 8 de novembro, e rezam
pelos defuntos, podem alcançar a graça da Indulgê ncia Plená ria para um fiel
defunto, cumprindo as exigê ncias de confissã o sacramental, comunhã o euca-
rıśtica, uma oraçã o nas intençõ es do Papa, e a oraçã o do Credo. Neste ano,
devido à pandemia, em todos dias do mê s de novembro, pode-se alcançar
essa indulgê ncia.”.
eucarıśtica e oraçã o segundo as intençõ es do Santo Padre), rezem oraçõ es
piedosas pelos falecidos, diante de uma imagem de Jesus ou da Bem-
aventurada Virgem Maria, como por exemplo, o Terço Mariano, o Terço da
Divina Misericó rdia, outras oraçõ es pelos mortos queridos dos fié is. Façam a
leitura meditada de uma das passagens evangé licas propostas pela liturgia
dos defuntos ou uma obra de misericó rdia, oferecendo a Deus as dores e difi-
culdades da pró pria vida.”.
“Nã o percamos a oportunidade de rezar e alcançar a graça da indulgê n-
cia plená ria em favor de um irmã o falecido, para que alcance a graça da vida
eterna junto de Deus”, frisou o Arcebispo de Niteró i.
Retornando à homilia do Arcebispo Metropolitano, em outro trecho
especifico, Dom José Francisco, nos lembra que devemos “...lembrar nossos
mortos, nã o apenas nos recordarmos deles, mas refazermos dentro de nó s a
fé na vida eterna, a fé na comum uniã o que existe entre nó s, os mortos, os san-
tos e Deus: somos todos a famıĺia de Deus. Uma famıĺia viva de um Deus vivo.
Dizendo isso, nã o nos esquecemos da dor, da saudade que sentimos com a
separaçã o, pela morte bioló gica. Cristo chorou a morte de seu amigo Lá zaro.
Cristo suou sangue diante da pró pria morte, no Jardim das Oliveiras (Lc
22,44). Poré m, a morte nã o é o fim de tudo. Nã o é o fracasso da vida”, destacou
Dom José Francisco.

12 NITERÓI
CATÓLICO
Dom José concede
Juniorato às Irmãs
Maria Suzilene e
Maria Verivânia
Por João Dias
Informações: Irmã Ana Carla
Durante a Solenidade de Todos os Santos,
no dia 1º de novembro, o Arcebispo Metropolitano
de Niteró i, Dom José Francisco, concedeu o Junio-
rato à s Irmã s Maria Suzilene e Maria Verivâ nia,
numa celebraçã o lindı́ssima, no Instituto das
Irmã s de Nossa Senhora do Bom Conselho, no Cen-
tro de Maricá , que devido a pandemia, aconteceu
de forma reservada e com transmissã o pelas Redes
Socias da Arquidiocese e pela Rá dio Anunciadora.
O Juniorato é a etapa apó s o Noviciado, que
compreende o tempo dos Votos Temporá rios, reno-
vados anualmente, num perıo ́ do de seis a nove
anos. Nesse perıo ́ do, a Irmã Juniorista, mesmo
fazendo parte das atividades do Instituto, continua
sua formaçã o, progredindo na vivê ncia das virtu-
des pró prias da vida Religiosa e do Carisma.
Este perıo ́ do encerra-se com a decisã o de
Professar os Votos de modo definitivo, sendo con-
sagrada ao Senhor para sempre. Segundo a Irmã
Ana Clara, “elas professaram por um ano”, e expli-
cou que “sã o trê s profissõ es antes da Perpé tua”,
informando que esta foi a primeira Profissã o e
ainda haverá outras duas, no perıo ́ do de seis a nove
anos, quando ocorrerã o os Votos Perpé tuos, possi-
velmente no ano de 2026.
Dom José Francisco, em sua homilia, desta-
cou que “Hoje celebramos a solenidade de Todos
os Santos, nossos companheiros, que nos chamam
a buscar a amizade com Cristo, como eles a vive-
ram. Neles, celebramos a resposta generosa ao
chamado de Cristo. Neles, celebramos o chamado
que Deus nos faz, para que nos deixemos santificar
pelo misté rio de Cristo. Neles, recordamos todos
os homens e mulheres que passaram por este
mundo e souberam amar e confiar em Deus, até o
fim. A maioria desconhecida da grande multidã o,
os santos ao pé da porta, como nos lembra o Papa
Francisco, mas que sã o conhecidos pelo coraçã o de
Deus”, frisou o Arcebispo Metropolitano.
Sobre a concessã o dos Primeiros Votos, Dom
José Francisco disse: “E como sinal da busca de
Ano 56 / NOVEMBRO 2020 / Nº 653
santidade, nó s vamos testemunhar o compromis-
so dos primeiros votos que as Irmã s Verivâ nia e
Suzilene vã o assumir, desejando corresponder ao
chamado à santidade em Cristo. Quero expressar
minha alegria de estar aqui, presidindo esta cele-
braçã o, e testemunhando esse compromisso, em
nome da Igreja”, destacou o Metropolita.
Ainda em sua homilia, o Arcebispo descreveu
o sentido da vocaçã o: “Na caminhada da vida, as
Irmã s Verivâ nia e Suzilene escutaram o chamado
de Jesus. Elas foram crescendo no conhecimento
de sua pessoa, foram discernindo e percebendo as
exigê ncias do seu discipulado. Foram descobrindo
a profundidade de sua missã o salvadora, e aceita-
ram o convite de Jesus para serem suas discıp ́ ulas-
missioná rias. Hoje, elas querem traduzir essa res-
posta, assumindo os conselhos evangé licos de
pobreza, castidade e obediê ncia, por causa do
Reino dos Cé us”, destacou o Dom José Francisco.
“No mundo que busca o ter, o comprar, o acu-
mular riquezas, mesmo à s custas dos sofrimentos
e morte dos irmã os, as consagradas, pelo voto de
POBREZA, procuram revelar o Cristo pobre, nada
possuindo para si. Os bens que elas usam sã o para
o serviço da comunidade e dos irmã os, mostrando
que a ú nica e verdadeira riqueza está em Deus.”
“No mundo marcado pela busca do prazer, da
comodidade e do bem-estar, pelo voto de
CASTIDADE, as consagradas testemunham o Cris-
to casto, que se doou inteiramente pela causa de
Deus e dos irmã os. Elas se tornam esposas de Cris-
to, para cultivar o amor profundo ao Evangelho e
irradiá -lo no serviço concreto aos irmã os”.
“No mundo marcado pela luta do poder, do
sucesso, as consagradas, pelo voto de
OBEDIENCIA, testemunham o Cristo obediente,
que veio ao mundo nã o para fazer a sua vontade,
mas a vontade do Pai”, explicou Dom José Francisco
sobre os Votos das Irmã s.
O Arcebispo Metropolitano de Niteró i, Dom
José Francisco Rezende Dias, finalizou a sua homi-
Fotos: Irmã Ana
Carla
lia, dirigindo palavras à Madre Conceiçã o e aos
pais e familiares das Irmã s Verivâ nia e Suzilene.
Disse o Arcebispo: “Aos pais e familiares das Irmã s
Verivâ nia e Suzilene, deixo os cumprimentos e a
gratidã o em nome da Igreja e do Instituto das
Irmã s do Bom Conselho, pela filha que, generosa-
mente, doam para o serviço do Senhor. (…) Cum-
primentamos, na pessoa da Madre Conceiçã o, a
famıĺia das Irmã s do Bom Conselho, que acolhe
essas jovens, para continuar anunciando o carisma
que lhes é pró prio, e peço a Deus que continue a
abençoá -las com santas vocaçõ es”, agradeceu Dom
José .
E sobre ser Santo, o Arcebispo aconselhou
aos que acompanhavam a Santa Celebraçã o, “que
esta celebraçã o toque os coraçõ es de todos nó s,
para que busquemos a santidade em Cristo e nos
tornemos mais disponıv́eis e comprometidos com
a Igreja e com o serviço aos irmã os mais necessita-
dos”, finalizou Dom José Francisco.
No momento da Sagrada Eucaristia, as Irmã s
Maria Suzilene e Maria Verivâ nia, leram a Fó rmula
da Profissã o Religiosa do Instituto das Irmã s de
Nossa Senhora do Bom Conselho, que diz: “… ainda
que indigna de Vossa Divina Presença, mas confia-
da na Vossa misericó rdia, faço votos por um ano de
Pobreza, Castidade e Obediê ncia, no Instituto de
Nossa Senhora do Bom Conselho, de acordo com as
Constituiçõ es do mesmo Instituto. Consagro-vos
ainda a minha pessoa, com todas as oraçõ es, açõ es
e sofrimentos, em espıŕito de Imolaçã o pela santi-
ficaçã o dos Sacerdotes. Recebei, Senhor, este meu
holocausto e dai-me a Vossa graça, para fielmente
o cumprir. Assim Seja…”.
Apó s a bê nçã o final da Santa Missa, o Arce-
bispo, as Irmã s e todos os presentes se dirigiram
em procissã o até o tú mulo da Madre Fundadora,
Maria Bernadete, onde foi realizado um momento
de Oraçã o.