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Arquivo compilado por Renato Figueiredo

Tipos de Rapé – História e Uso Medicinal

Tipos de Rapés

Hoje podemos encontrar um numero imenso de rapés sendo vendidos por aí,
são as mais diversas misturas e nomes. A fim de orientar um pouco mais sobre qual
utilizar, confiar e escolher para si, farei algumas ponderações sobre eles.

Os historiadores atuais encontraram indícios do uso do rapé em várias tribos


indígenas na época da colonização das regiões da América Central e Norte da América
do Sul, porem também temos a tradição espalhada nas tribos indígenas da região
central da América do Sul.

Fica bem evidente que entre as variedades de plantas medicinais misturadas ao


tabaco na constituição do rapé, as mais antigas em uso é o Pau-Pereira, conhecido
como Tsunu, o Murici, Cumaru e Yopo. Além destes o rapé de Samauma é também
muito respeitado e utilizado pelos indígenas há muito tempo, porém não citado na
história mitológica como os anteriormente apontados neste texto.

Junto a estes 5 rapés o Mulateiro, Jurema (ou Jurema Preta), Aroeira, Cacto e
Caneleiro formam os 10 principais rapés que em uma tribo ou em várias tribos são
encontrados com mais frequência. Importante ressaltar que para cada tribo existe os
seus principais rapés dependendo da sua localização e as plantas de poder (medicinais)
que ali existem. Além disso a cada feitio (ato de confeccionar o rapé) as tribos podem,
e fazem pequenas alterações de um para outro lote de rapé.

Outra característica comum é a mistura de duas ou mais ervas medicinais junto


ao tabaco, elaborando assim rapés especiais e únicos. Quando esta mistura tem boa
aceitação pelos pajés ela acaba sendo batizada com um nome e repetida, criando então
um novo tipo de rapé dentro da tribo.

Disso tudo até agora podemos considerar que:

1- Existem rapés extremamente tradicionais em suas receitas e que estas não


mudam a milhares de anos.
2- Há feitios de características únicas, fazendo daquele lote uma novidade que
poderá ser repetida de acordo com as orientações dos pajés.
3- Podemos encontrar misturas de duas ou mais ervas junto ao tabaco.
4- Adaptar uma nova “receita” de acordo com a necessidade momentânea da
tribo é uma forma de curar a tribo feita pelos pajés.

Sobre as misturas é muito importante que não haja equívocos entre as ervas,
pois não se deve misturar ervas quentes com ervas frias. Na duvida não adquira
misturas, prefira os rapés simples (de uma única erva junto ao tabaco).

As novas misturas de ervas foram sendo elaboradas em uma história mais


recente tanto nas tribos quanto pelos “não indígenas” que iniciaram o feitio nos centros
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urbanos formulando uma grande quantidade de diferentes rapés. Essas novas receitas
são exemplos do potencial dinâmico que é a Medicina do Rapé, ou seja, atender as
necessidades de saúde da população regional/local.

Se eu for querer citar todos os rapés tenho grandes chances deste texto ficar
desatualizado em questão de semanas. Portanto abaixo irei colocar os 10 já
mencionados acima e mais alguns que com certeza serão facilmente encontrados nas
rodas de rapés e nos locais de venda.

1. Samauma 16. Camomila e Rosa Branca


2. Cumaru 17. Angico Vermelho (feito da
3. Caneleiro ou Canela de casca da arvore)
Velho 18. Chichá
4. Tsunu 19. Emburana ou Imburana
5. Cacto 20. Jatobá
6. Murici 21. Cacau
7. Mulateiro 22. Menta ou Mentolado
8. Jurema Preta (normalmente é o Tsunu com
9. Yopo Menta)
10. Aroeira 23. Savia
11. Bashawa 24. Artemisia
12. Anis Estrelado 25. Pixuri
13. Mulungu 26. Jagube
14. Cravo da Índia 27. Sanun
15. Catuaba

Cada um deles carrega a medicina de suas ervas. Medicinas estas que pode
tanto trazer cura física, como espiritual e mental, pois devemos saber que a base
medicinal do rapé é um tripé onde o Tabaco atua no corpo físico, as cinzas no espirito
e o sopro atua na mente.

Importante relacionarmos a cura de um mau não apenas em seu aspecto físico,


mas também atrelar as características energéticas da doença em questão.

Chakras

Aos Chakras temos vários apontamentos que os rapés atuam em um ou outro


com mais intensidade, e muitas vezes existem controversas entre estas citações. Os
desencontros de informações ocorrem principalmente porque os índios nativos não têm
em sua tradição os chakras como conhecemos vindo das tradições orientais e hinduísta,
para relacionar os rapés com os centros de energia de nosso corpo. Porem com a
popularização da cultura xamânica, vários espiritualistas que possuem conhecimento
dos chakras, ao adentrar no conhecimento xamânico em conjunto dos pajés das tribos
começaram a correlacionar tipos de rapés e chakras. Deste assunto temos duas
vertentes, a primeira diz que a energia do rapé é inteligente e sempre irá atuar no ponto
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em que mais precisa, sendo ele físico, mental ou espiritual, portanto não temos que nos
preocupar com a relação chakra e rapé. A segunda estudou as energias das ervas e
sua atuação no corpo espiritual e fez a seguinte correlação:

Chakra Coronário – Samauma / Yopo

Chakra Frontal – Cumaru / Yopo

Chakra Laríngeo – Caneleiro / Yopo

Chakra Cardíaco – Tsunu / Cacto / Jatobá

Chakra do Plexo Solar – Caneleiro / Aroeira / Jurema Preta

Chakra Esplênico ou Umbilical – Murici / Jurema Preta

Chakra Básico – Mulateiro / Jurema Preta

Eu, em particular, creio nas duas linhas de pensamento. Minhas experiencias


com o uso do rapé tanto já me mostrou que ela é sim uma medicina inteligente e atuou
onde precisava, como também intensificou as energias especificas de algum chakra.

Outras relações do rapé e características de cura estão citadas no quadro


abaixo, quadro que foi elaborado por mim baseado em citações na internet e em cursos
do assunto.
Chakras /
Rapé Características Tratamento Espiritual Elemento Contraindicação
Energia forte,
vibração elevada,
Cicatrizante, antigripal, abre intuição,
Bashawa Gripe, resfriado, bronquite Coronário, frontal
depurativo, antioxidante, conexão mental,
estomáquica aumenta clareza de
circulação pensamentos.
Diabetes, tendinite, bursite, Força média a forte,
Caneleiro,
Anti-inflamatório, analgésica, coluna, estomago, intestino, equilibra mente,
Canela de Umbilical, Fogo
antimicrobiana, diminui ansiedade, angustia e emoção e físico. Bom
Velho
antiulcerogênica, antioxidante, depressão. para iniciantes.
Intensidade forte.
Firmeza e Coronário,
Mulateiro Libera tensões da cabeça, Dor de Cabeça concentração da Frontal, Todos
regenera a pele, cura mente no trabalho Elementos
desbloqueios energéticos, espiritual.
Trata distúrbios respiratórios, Reumatismo, Gastrite,
Frontal e
Aroeira antinflamatorio, antitérmico, Bronquite, Diarreia, Sífilis e
Laríngeo
diurético, cicatrizante. outras.
Antisséptica; aromática; bronquites; cansaço; digestão;
calmante; digestiva; diurética; doenças da bexiga; gases;
estimulante; estomáquico; hérnia; inflamação; lumbago;
expectorante; náuseas; tosses; eructações; Energizador e
Anis Lactante, Gestante,
antiespasmódico; vaso dores abdominais; reumatismo; Equilibrador para Coronário
Estrelado Hipertireoidismo
dilatador; anti-inflamatório; diarreias com dor abdominal Mediunidade.
antidiarreico; alergênico; espástica; resfriados; gripes;
analgésico; antibacteriano; rico em anetol que combate
broncosecretolítico; H1N1; fermentação intestinal;
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estrogênico; fungicida; cólica biliar, estomacal, uterina


inseticida; pediculicida; e intestinal; desconforto pós-
mutagênico; galactagogo; prandial; evita desmaios; azia;
aperiente. insônia; estimulante
circulatório; halitose; dores nas
costas; regula menstruação;
pediculose; mãos frias;
dispepsias; flatulências;
anemia; anorexia; artroses;
congestão; prisão de ventre;
cólicas; disenteria; dispepsia;
entrose; frigidez; hérnia; ;
matinal; dores; paralisia; aflição
estomacal; retenção de
líquidos; dores de garganta.
Sementes dão origem a Aumenta energia
baunilha. anti-inflamatória, física. Ativa os
Alívio de tosses, bronquite,
cicatrizante, bronco dilatadora, chacras da cabeça,
enfisema pulmonar; úlceras,
Cumaru aromática, antiespasmódica. acalmando o pensar, Coronário, frontal
cólicas, cólicas menstruais e
Suas folhas são ricas em abrindo as
aftas
safrol, eucalyptol, alfa-terpineol percepções
e eugenol. extrafísicas.
Antioxidante, tônico, fortalece
fígado, anti nicotina, calmante, Tratamento de
Combate estres e ansiedade,
antiasmática, analgésica, estados emocionais
inibe fumo, reduz tensão
diurética, expectorante, como histeria,
arterial, estabiliza sistema
hipnótica, hipotensiva, insônia, neurose,
nervoso central, regula ritmo
Mulungu narcótica, sedativa, ansiedade, agitação,
cardíaco, hepatite, esclerose,
tranquilizante, antidepressiva, depressão, ataques
pressão alta, cistite, epilepsia,
hepatoprotetora, hipotensiva, de pânico,
insuficiência urinária, gengivite
antibacteriana, compulsão, distúrbio
ou bronquite asmática.
antiespasmódica, tônica e anti- de sono
inflamatória.
Atua no físico
limpando as energias
Diarreia, Febre, Inflamação,
Anti-inflamatório, inibidor de do baixo ventre.
resfriado, corrimento nasal, Básico - Terra,
Murici febre, trato gastrointestinal e Relaxamento
ansiedade, depressão, Umbilical - Fogo.
no combate à diarreia corporal, estres,
angustia.
Meditações
Profundas.
Depressão, ansiedade,
Concentração com
Possui mescalina, auxilia concentração, contra
Cacto planos espirituais,
serotonina alcoolismo, articulações,
visões.
dentes, pele
Ajuda Clarividência e
Jurema
Forte, intenso, profundo Limpeza energética desenvolvimento Coronário
Preta
Mediúnico
Tuberculose, Faringite, falta de
Angico
apetite, asma, bronquites, Fraqueza orgânica,
Vermelho
catarro
Estomatite, ansiedade,
calmante, relaxante mental,
Camomila Tabaco orgânico, cinzas de
diminui a hiperatividade, alivia o Frontal e
com Rosa chicá, camomila e Rosa
estresse, alivia cólicas e enjoo, Cardíaco
Branca Branca
equilíbrio da mente, clareza nos
pensamentos.
Usado pelas tribos da América
do Sul, trato espiritual e de
cura, experiencias fortes e
visionarias, cria grande Desloca da realidade, Coronário e
Yopo Limpeza energética
desconforto nos primeiros traz conhecimento. Frontal
minutos tanto nas vias
respiratórias quanto náuseas e
enjoos.
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Faringite, Coqueluche, doenças Cardíaco,


Angico Alivia problemas de pulmões,
sexuais, uterinos, reumatismo, umbilical e
Branco asma e bronquites.
fígado, diarreia e desinteira. básico.
Malária, má digestão, tontura, Coronário e
Tsunu Pau Pereira
prisão de ventre, febres umbilical.

Rapé Caracterisiticas

Bashawa Cicatrizante, antigripal, depurativo, antioxidante, estomáquica


aumenta circulação
Caneleiro, Canela Anti-inflamatório, analgesica, antimicrobiana, antiulcerogênica,
de Velho, Fava do Campo antioxidante,
Mulateiro Libera tensões da cabeça, regenera a pele, cura desbloqueios
energétios,

Aroeira Trata disturbios respiratórios, antinflamatorio, antitermico,


diurético, cicatrizante.
Anis Estrelado anti-séptica; aromática; calmante; carminativo; digestiva;
diurética; estimulante; estomáquico; expectorante; antiespasmódico;
vaso dilatador; anti-inflamatório; antidiarréico; alergênico; analgésico;
antibacterial; broncosecretolítico; estrogênico; fungicida; inseticida;
pediculicida; mutagênico; galactagogo; aperiente.

Cumaru Sementes dão origem a baunilha. anti-inflamatória, cicatrizante,


broncodilatadora, aromática, antiespasmódica. Suas folhas são ricas
em safrol, eucalyptol, alfa-terpineol e eugenol.

Mulungu Antioxidante, tonico, fortalece figado, anti nicotina, calmante,


antiasmática, analgésica, diurética, expectorante, hipnótica,
hipotensiva, narcótica, sedativa, tranquilizante, antidepressiva,
hepatoprotetora, hipotensiva, antibacteriana, antiespasmódica, tônica e
anti-inflamatória.
Cravo da Índia

Murici anti-inflamatório, inibidor de febre, trato gastrointestinal e no


combate à diarreia

Cacto Possui mescalina, auxilia serotonina

Catuaba com
Canela
Jurema Preta Forte, intenso, profundo

Angico Vermelho
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Camomila com Rosa Tabaco organico, cinzas de chicá, camomila e Rosa Branca
Branca
Yopo Usado pelas tribos da America do Sul, trato espiritual e de cura,
experiencias fortes e visionarias, cria grande desconforto nos primeiros
minutos tanto nas vias respiratorias quanto nauseas e enjoos.

Angico Branco Alivia problemas de pulmões, asma e bronquites.

Tsunu Pau Pereira

O rapé e sua relação com a Cura

Falamos entre os estudiosos e praticantes do xamanismo que usar o rapé é


consagra-lo, portanto é comum utilizarmos o verbo “consagrar” ao invés do verbo “usar”.
Isso se dá principalmente porque é uma pratica sagrada e devemos respeita lá como
tal.

Nas tribos, não raramente vimos os índios utilizar do rapé sem nenhum tipo de
ritual que antecede, mas temos que compreender que nesses casos o ritmo de vida e a
forma como esses povos vivem é bem diferente da nossa em centros urbanos, a
quantidade de poluição mental que carregamos no dia a dia é muito superior aquelas
que os indígenas normalmente têm. Reservar um tempo especifico e fazer o uso da
medicina do rapé agregando um pequeno ritual onde alinhamos mente, corpo e espirito
em harmonia contribui muito para que essa medicina trabalhe a favor de nossa saúde.

A medicina do rapé é baseada em um tripé de ação bastante claro, sendo eles:

- Corpo Físico

- Mente

- Espírito

O corpo físico pode eliminar certas impurezas e aos poucos mudar hábitos não
saudáveis como o vício do cigarro, álcool, aumentar a concentração e o foco em resolver
ou encarar problemas, etc. Nesse caso pode ocorrer vómitos, diarreias, urticarias e suor
excessivo, tanto iniciando logo em seguida como também horas ou nos dias seguintes.
Na pratica essas limpezas são curtas e rápidas.

A mente é influenciada pelo estado mental que se alcança logo em seguida ao


uso, onde a paz, o vazio e os sentimentos de amor, vivenciados após o uso, são as
principais ferramentas que provocam mudanças futuras no comportamento mental.
Muitos passam a vida inteira em agitação e confusão, vivendo verdadeiras tormentas
mentais, o que ocasiona não raramente doenças com o passar dos anos e o avanço da
idade. Quando se vivencia a consagração do rapé de maneira bem intensa é comum
experimentarmos esses sentimentos benéficos criando em nós novos padrões mentais
mais saudáveis.
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O espirito, também podemos entender que seja todo corpo etéreo, fluídico,
energético, etc.. guarda mazelas, angustias, e vários outros sentimentos ruins, e fica
aderido neste corpo sutil as nossas vibrações de baixa densidade que nós mesmos
criamos (via pensamentos e atitudes) como as vezes também captamos do meio em
que convivemos essas vibrações de padrões inferiores que nos fazem mal. A medicina
atual elevando e limpando esse corpo espiritual nos reequilibrando novamente. Devo
alertar que pode ocorrer com isso algumas limpezas através de vómitos e diarreia. O
choro, em alguns casos surge como uma forma alternativa de limpeza quando já afetado
os campos emocionais do ser.

Falando em emoção, devemos entender que a medicina do rapé não é focada


na cura direta das emoções, pois as emoções são um conjunto de sentimentos criados
pela Mente, Espírito ou até mesmo Corpo Físico, portando um subproduto que para se
curado devemos ir direto ao causador, e é isto que o Rapé fará, irá buscar a causa e
iniciar a cura.

Quando é consagrado com certa frequência podemos dar continuidade no


tratamento e alcançar resultados de cura intensa. Apenas são necessários alguns
cuidados que explicarei mais adiante.

Algo muito comum de se ouvir é que para cada um a experiência é única, então
o descrito acima é um padrão mais comum, mas não se nenhuma

A consagração – Formas de uso

O primeiro contato com o rapé normalmente é feito através de alguém já


experiente aplicando através do sopro em nossas narinas. É muito raro a primeira
consagração ser feita através da auto aplicação, porem nada impede de ocorrer.

Esse é um ato muito importante e devemos prestar grande atenção ao


irmão/irmã que irá passar o rapé para nós.

Porque isto é importante? Para responder esta questão precisamos entender o


método de aplicação.

O instrumento utilizado para isto é o Tipí ou também chamado Tepí,


confeccionado de vários tipos de materiais como por exemplo o bambu, trata-se de um
cano onde uma extremidade é colocada na entrada de um orifício nasal e a outra ponta
na boca de quem irá assoprar o rapé que já está dentro do Tipí. Este ato de soprar é
feito um de cada vez em ambas narinas.

Quando soprado o rapé, junto deste pó irá o ar que está dentro de quem aplica
e micropartículas de água que também estão nas vias respiratórias do aplicador, sendo
assim a saúde do aplicador é de fundamental importância, pois é de sua
responsabilidade evitar de transmitir qualquer doença física. Podemos imaginar também
que a “energia” do aplicador irá ser transmitida junto neste momento e por isso é
imprescindível que quem faz a aplicação já tenha realizado a iniciação do rapé. E
sempre que este aplicador for realizar a consagração em alguém ele deve fazer a auto
aplicação no momento anterior para que a sua própria energia também esteja
adequada.
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Caso não sinta segurança em quem irá soprar é recomendado não aceitar.

Para que serve a iniciação? Ela é um ritual diário de auto aplicação para que os
ensinamentos da medicina fiquem fixados e este aprenda como realizar os sopros e
transmitir a quem irá receber da melhor maneira possível.

Na auto aplicação utilizamos um instrumento chamado Kuripe, ele é de uso


pessoal e jamais deve ser compartilhado.

A consagração diária deve ser respeitada algumas recomendações, entre elas


estão:

 Consagrar em horários mais frescos do dia, nunca sob sol.


 Não alternar tipos de rapés diferentes em sequência, salvo se já há
experiência suficiente.
 Jamais consumir álcool ou drogas no mesmo dia, ideal é um jejum destas
substancias por 3 dias.
 Não ultrapassar 28 dias seguidos de consagração.
 Sempre seja aconselhado por alguém que já tenha experiência na
medicina.

Uso constante do rapé não é aconselhável, faça intervalos entre uma pequena
sequência e outra, assim o aprendizado e a cura do rapé virão com mais clareza e força.
Nele há o tabaco, e mesmo em pequenas quantidades pode haver a possibilidade de
vicio.

Este texto não tem a intenção de ensinar realizar a iniciação, a auto aplicação
nem os tipos de sopros, mas sim orientar os irmãos e irmãs que estão tendo os primeiros
contatos com a medicina.

Agradeço a todos que de uma forma direta ou indireta contribuíram com este
conhecimento.

Ahow!

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