Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/327633352
CITATIONS READS
0 7,115
3 authors:
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Dynamic Light Filters: Smart Materials Applied to Textile Design View project
All content following this page was uploaded by Paulo Flores on 13 September 2018.
Universidade do Minho
Escola de Engenharia
Guimarães 2018
ÍNDICE
Figura 2.1 – Exemplos de papel de uso frequente nas representações em desenho técnico.
Para apagar os desenhos executados com lápis ou lapiseira deve utilizar-se uma
borracha branca, macia e compatível com o trabalho a realizar, de tal modo que não
se danifique a folha de papel durante o apagamento. Deve chamar-se a atenção para o
facto de a borracha dever estar sempre limpa e que aquela apenas elimina, com su-
cesso, os traços leves. Na utilização da borracha, devem estar presentes as técnicas e
regras básicas ensinadas na escola primária, designadamente no que diz respeito ao
fixar e esticar da folha de papel. A figura 2.3 mostra uma borracha de uso frequente
em desenho técnico. Deve evitar-se o uso de borrachas de tinta, uma vez que apre-
sentam elevada abrasividade e, por isso, facilmente danificam o papel de desenho.
(a) (b)
Figura 2.5 – Principais instrumentos de medição utilizados em desenho técnico: (a) Régua
graduada de 20 cm; (b) Transferidor semicircular.
Figura 2.6 – Esquadro de uso corrente em desenho técnico em ambiente de sala de aula.
(a) (b)
Figura 2.8 – (a) Computador; (b) Impressora para grandes formatos.
A0 (1 m2) A0
A1
A1
y
A2
A3
A3
A2
A4
A4
x x x
Como regra geral, os desenhos técnicos devem ser executados no formato de pa-
pel mais pequeno possível da série A, sem, no entanto, descurar a clareza e arruma-
ção da representação. À exceção do formato A4, os demais formatos supramenciona-
dos devem ser utilizados na horizontal, vulgo ao baixo, isto é, com o lado maior na
horizontal. O formato A4 só deve, pois, ser utilizado ao alto (Morais, 2009).
As normas relativas aos formatos de papel fixam ainda os formatos das séries B e
C. Estas séries existem porque nos formatos da série A há uma diferença significati-
va entre dois formatos consecutivos. Pode, por isso, dizer-se que os formatos das
séries B e C são formatos intermédios. Na verdade, as dimensões dos formatos da
série B obtêm-se pela média geométrica das dimensões de dois formatos consecuti-
vos da série A. Por seu turno, as dimensões dos formatos da série C resultam da mé-
dia geométrica de dois formatos consecutivos das séries A e B. Nas séries B e C apli-
cam-se as mesmas regras da série A. Deve reforçar-se a ideia de que em desenho
técnico usam-se, em geral, os formatos da série A (Cunha, 2008; Morais, 2009).
Para além dos formatos da série A, a norma NP EN ISO 5457:2002 preconiza a
existência de folhas de desenho no formato alongado, as quais são obtidas pelo alon-
gamento do lado maior dos formatos da série A. Por outras palavras, os formatos
alongados são obtidos por combinação dos formatos A3, A2 ou A1 (Morais, 2009).
A figura 2.10 exemplifica o alongamento do formato A3. Assim, A3.2 refere-se ao
alongamento do formato A3 combinado com o formato A2 (Costa, 2018).
420
A2
297
A3 A3.2
0
420 594
Figura 2.10 – Formato alongado A3.2, o qual combina o formato A3 com o formato A2.
DRG DRG
(a) (b)
Figura 2.11 – Tipos de escrita normalizada recomendada no âmbito do desenho técnico:
(a) Escrita vertical ou direita; (b) Escrita inclinada ou cursiva (Costa, 2018).
d a e
b
c
20
20
20
20 20 20
Finalmente, deve chamar-se a atenção que o uso de linhas guia é fundamental para
o sucesso de escrita normalizada. Em alternativa pode utilizar-se um pequeno retân-
gulo de película fina e transparente como auxílio na escrita normalizada em desenho
técnico (Morais, 2009). Deve ainda referir-se que com a proliferação dos sistemas
CAD, a execução da escrita em desenho técnico tornou-se numa tarefa mais simples
e fácil para os engenheiros e projetistas. A norma NP EN ISO 3098-5:2002 estabele-
ce as principais indicações relativas a escrita em sistemas CAD do alfabeto latino, de
algarismos e sinais.
A figura 2.14 diz respeito a uma representação onde se pode observar e identificar
os principais tipos de linhas e traços a utilizar em desenho técnico. Naquela represen-
tação estão linhas a traço contínuo grosso que materializam contornos visíveis. A
linha a traço interrompido fino refere-se a um contorno oculto. A linha a traço misto
fino diz respeito a linhas de eixo. A linha a traço contínuo fino à mão livre é relativa
ao limite do corte considerado. Finalmente, as linhas a traço contínuo fino materiali-
zam o tracejado de corte, linhas de chamada ou de extensão e linhas de cota. Atente-
se desde já para o facto de linhas a traço interrompido ou descontínuo serem absolu-
tamente distintas do tracejado. Este último tipo de traço tem um significado preciso,
sendo materializado por um conjunto de traços contínuos finos e paralelos entre si
que evidenciam uma superfície (Cunha, 2008).
Ø20
Linha de cota
As espessuras dos traços a usar em desenho técnico devem ser adequadas e execu-
tados em função dos objetos a representar e do formato de papel utilizado. Em todo o
caso, os traços grossos devem ter uma espessura igual ao dobro da dos traços finos.
As espessuras previstas pelas normas para os traços são as seguintes 0,13; 0,18; 0,25;
0,35; 0,5; 0,7; 1,0; 1,4 e 2,0. Deve chamar-se a atenção que a razão entre duas espes-
suras sucessivas é igual a 1 / 2 . Na prática, para desenhos técnicos executados em
folhas A3 e A4 pode usar-se 0,35 mm (2d) e 0,18 mm (d) para os valores das espes-
suras dos traços grossos e finos, respetivamente. Por seu turno, os intervalos nos tra-
ços interrompidos e nos traços mistos devem ser iguais ao triplo da espessura do tra-
ço fino (3d). Os traços longos nas linhas mistas devem ser iguais a 24d, sendo que os
respetivos traços curtos devem ser iguais a 6d (Costa, 2018). Por seu lado, o espaço
mínimo entre duas linhas paralelas deve ser o dobro da espessura do traço grosso, ou
seja, 4d (Morais, 2009). O cruzamento ou interseção de linhas e traços, bem como a
sua precedência, sendo aspetos bastante importantes em desenho técnico, serão obje-
to de estudo detalhado oportunamente.
20 10
A3 (297420)
Esquadria
Marca de centragem
0,7
LEGENDA
10
Figura 2.17 – Exemplo de uma legenda com lista de peças do desenho de conjunto rela-
tivo a uma união cardan.
12. Diga qual é a espessura da linha grossa recomendada pelas normas para dese-
nhos executados no formato A4.
20. Descreva como é feita a dobragem dos desenhos técnicos executados no for-
mato A3.