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Queremos através deste pequeno estudo ilustrar os pontos importantes desta matéria importante
para o Direito das Obrigações. É imprescindível destacar deste então que, fontes das obrigações
não é diferente de fontes de direito das obrigações. Pois o primeiro refere a fonte como criadora
das relações obrigacionais como é caso do contrato e o segundo é fonte como criadora da norma
que constitui o ordenamento jurídico do direito das obrigações, como é o caso do código civil.
Também releva referenciar que está matéria é umas das mais importante deste ramo de direito
razão pela qual é merecedora de toda atenção. E por ser uma matéria vasta, não é nossa intenção
abordar de forma esgotada está matéria, razão pela qual iremos tratar de tocar os pontos mais
importantes.
Objetivos do Trabalho
Objetivo Geral
Objetivos específicos
Metodologia de pesquisa
Para a realização dos objetivos acima expostos, recorreu-se ao método bibliográfico que
consistiu na recolha de conteúdo encontrado nos diversos manuais, revistas e sites informáticos
que estão devidamente referenciados na bibliografia deste trabalho.
Se
Para Prof. Menezes Leitão deverá adoptar-se o seguinte esquema de sistematização das fontes de
obrigações:
1) Fontes das obrigações baseadas no princípio da autonomia privada: contratos e negócios
unilaterais
2) Fontes das obrigações baseadas no princípio do ressarcimento dos danos:
responsabilidade por factos ilícitos, responsabilidade pelo risco, responsabilidade pelo sacrifício.
O Contratos
Noção
A principal fonte das obrigações é constituída pelos contratos. Diz-se contrato o “acordo
vinculativo, assente sobre duas ou mais declarações de vontade (oferta ou proposta, de um lado;
aceitação, do outro), contrapostas mas perfeitamente harmonizáveis entre si, que visam
estabelecer uma composição” (ANTUNES VARELA); ou seja, “o contrato, ou negócio jurídico
bilateral, é formado por duas ou mais declarações de vontade, de conteúdo oposto mas
convergente, que se ajustam na sua comum pretensãde produzir resultado jurídico unitário”
(MOTA PINTO).
Classificação
A mais importante classificação dos contratos é a que se faz entre contratos unilaterais e
contratos bilaterais.
Princípios fundamentais dos contratos
- Princípio da autonomia privada: no âmbito dos contratos, assume a forma da liberdade
contratual, que é um princípio estrutural e fundamental. Reconduz-se à faculdade que as partes
têm, dentro dos limites da lei, de fixar, de acordo com a sua vontade, o conteúdo dos contratos
que realizarem, celebrar contratos diferentes dos prescritos no Código ou incluir nestes as
cláusulas que lhes aprouver (art. 405.º).
- Princípio da confiança (pacta sunt servanda): os contratos são para cumprir pontualmente, em
conformidade com as cláusulas, por força da protecção da legítima expectativa criada nos
contraentes.Este princípio encotra fundumentos nos (art. 236.º, 238.º e 239.º e 230.º).
- Princípio da utilidade: diz-nos que os contratos devem ser úteis, ou seja, proporcionar
utilidades que satisfaçam os interesses das partes.
Contratos Mistos
Noção
Diz-se misto o contrato no qual se reúnem elementos de dois ou mais negócios, total ou
parcialmente regulados na lei. As partes, porque os seus interesses o impõem, celebram por
vezes contratos com prestações de natureza diversa ou com uma articulação de prestações
diferente da prevista na lei, mas encontrando-se ambas as prestações ou todas elas
compreendidas em espécies típicas directamente reguladas na lei.
ii) União ou coligação de contratos: aqui, o nexo que une os contratos não é puramente exterior
ouacidental, mas sim um vinco substancial, uma vez que se cria uma relação de interdependência
entre eles.
No contrato misto, pelo contrário, há a fusão, num só negócio, de elementos contratuais distintos
que, além de perderem a sua autonomia no esquema negocial unitário, fazem simultaneamente
parte do conteúdo deste.
Contrato-Promessa
Noção
O contrato-promessa é a convenção pela qual alguém se obriga a celebrar certo negócio
jurídico (art. 410.º/1: apesar de este preceito de referir apenas a "contrato", devemos estender a
noção para abranger também os negócios unilaterais).
- Contrato-promessa para pessoa a nomear (arts. 452.º e segs.), quer relativamente à própria
promessa, quer com referência à obrigação de celebrar o contrato prometido ou definitivo.
Pacto de preferência
1. Noção
O pacto de preferência, previsto no art. 414.º e segs., é o contrato pelo qual alguém assume a
obrigação de, em igualdade de condições, escolher determinada pessoa (a outra parte ou
terceiro) como seu contraente, no caso de se decidir a celebrar determinado negócio. Os pactos
de preferência são admitidos em relação à compra e venda (art. 414.º), mas também
relativamente a todos os contratos onerosos em que faça sentido a opção por certa pessoa sobre
quaisquer outros concorrentes (art. 423.º).
Quanto à forma do pacto de preferência, a lei estabelece os mesmos requisitos que para o
contrato promessa, art. 415.º): se a preferência respeitar a contrato para cuja celebração a lei
exija documento autêntico ou particular, o pacto só é válido se contar de documento escrito,
assinado pelo obrigado.
Modalidades
O pacto de preferência pode ter fonte na lei – preferência legal – ou num contrato – preferência
convencional. Dentro da preferência convencional, esta pode ter, como vimos, eficácia real ou
obrigacional.
A responsabilidade civil pode ser classificada em responsabilidade por culpa, pelo risco ou pelo
sacrifício, consoante o título de imputação a que recorra para transferir o dano da esfera do
lesado por outrem.
Na responsabilidade por culpa, que é a regra geral (483.º/1), a responsabilização do agente
pressupõe um juízo moral da sua conduta, que leve a efectuar uma censura ao seu
comportamento.
Na responsabilidade pelo risco, admitida só nos casos previstos na lei (483.º/2 e 499.º e ss.),
prescinde-se desse juízo de desvalor, efectuando-se a imputação de acordo com critérios
objectivos de distribuição do risco.
Já na responsabilidade pelo sacrifício, também se prescinde de um juízo de desvalor da conduta
do agente, sendo a imputação baseada numa compensação ao lesado, justificada pelo sacrifício
suportado.
A responsabilidade civil pode ainda ser classificada em responsabilidade civil delitual (ou
extracontratual) e responsabilidade obrigacional (ou contratual).
O nosso CC tratou separadamente estas duas categorias de responsabilidade nos arts 483.º e ss. e
798.º e ss., ainda que tenha sujeitado a obrigação de indemnização delas resultante a um regime
unitário (arts 562.º e ss.).
O enriquecimento sem causa como fonte das obrigações
A cláusula geral do art.º 473.º n.º 1 permite o exercício da acção de enriquecimento sempre que
alguém obtenha um enriquecimento, à custa de outrem, sem causa justificativa. Teríamos então
os seguintes pressupostos constitutivos do enriquecimento sem causa (ESC):
a) existência de um enriquecimento;
O enriquecimento por prestação: respeita a situações em que alguém efectua uma prestação a
outrem, mas se verifica uma ausência de causa jurídica para que possa ocorrer por parte deste a
recepção dessa prestação.
O enriquecimento por intervenção: O 473.º n.º 2 omite, mas deve ser considerada como
situação de ESC, o caso da ingerência não autorizada no património alheio, como sucederá nos
casos de uso, consumo, fruição ou disposição de bens alheios.
Gestao de Negocios
Conceito e função da gestão de negócios
A gestão de negócios (GN) consiste num instituto jurídico destinado a permitir a realização de
uma colaboração não solicitada entre sujeitos privados, sem descurar a protecção da esfera
jurídica do titular contra intervenções prejudiciais. Daí a circunstância de a lei ponderar
simultaneamente a protecção dos interesses do dono do negócio, através da imposição de deveres
ao gestor, bem como a sua eventual responsabilidade pelos danos que causar, bem como a
atribuição de uma compensação ao gestor pelas despesas suportadas e prejuízos sofridos.
Pressupostos da gestão de negócios
Análise geral
A referência aos pressupostos da Gestao de Negocios (GN) encontra-se no art.º 464.º, donde se
retiram três:
Assunção da direcção de negócio alheio;
No interesse e por conta do dono do negócio;
Falta de autorização
A alienidade do negócio
Relativamente à alienidade do negócio, parece possível estabelecer uma distinção entre duas
categorias:
A dos negócios objectivamente alheios: correspondem às situações em que a GN implica uma
ingerência na esfera jurídica do dominus.
A dos negócios subjectivamente alheios: correspondem a situações em que o gestor não efectua
qualquer ingerência numa esfera jurídica alheia, mas em que é possível visualizar, a partir da sua
intenção, que pretende actuar para outrem.
A lei exige que a gestão seja assumida no interesse e por conta do dominus. A maioria da
doutrina, como Galvão Telles, Antunes Varela, Almeida Costa, Rui de Alarcão, interpreta esta
expressão como referida exclusivamente à intenção de gestão. Na sequência de Pessoa Jorge e
Menezes Cordeiro, Menezes Leitão defende, porém, que nessa expressão se abrange não apenas
a intenção de gestão, mas também a utilidade da gestão. Efectivamente, a tutela dos interesses
do dominus exige que não se possa considerar atribuída ao gestor a possibilidade de exercer a
gestão, quando não existe qualquer utilidade para o dominus nessa gestão. Será o caso, por
exemplo, quando o dominus se encontre a exercer ele próprio essa gestão ou tenha proibido a
intervenção do gestor.
Deveres do gestor para com o dono do negócio
O art.º 465.º refere-se aos deveres do gestor para com o dono do negócio, sendo mencionada no
art.º 466.º a constituição do gestor em responsabilidade para com o dono do negócio. Estas
normas levantam muitas questões.
A responsabilidade do gestor
Relativamente à responsabilidade do gestor, o art.º 466.º vem prever que o gestor é responsável
tanto pelos danos que causar com culpa sua no exercício da gestão como com a injustificada
interrupção desta, considerando-se culposa a sua actuação sempre que ele agir em
desconformidade com o interesse ou a vontade real ou presumível do dono do negócio.
5 Deveres do dono do negócio para com o gestor
Os deveres do dono do negócio em face do gestor, variam consoante se trate de uma gestão
regular ou irregular.
Se a gestão é regular, o que significa que foi exercida em conformidade com o interesse e a
vontade, real ou presumível, do dono do negócio, o gestor tem direito a ser reembolsado de todas
as despesas suportadas e indemnizado dos prejuízos que haja sofrido (art.º 468.º n.º 1). Não é
atribuída nenhuma remuneração pela sua actuação, a menos que tal corresponda à sua actividade
profissional (art.º 470.º).
Conclusão
Depois ser realizado este pequeno estudo que foi guiado pelo tema Fontes das obrigações, é
importante aqui, uma vez estando no capítulo conclusivo referenciar que as fontes das obrigações
é uma matéria de extrema importância para o ramo de direito civil-das obrigações. Razão pela
qual o seu estudo merece ser profundo e cauteloso, até porque isso foi evidente ao longo do
trabalho.
O nosso código civil apresenta uma enumeração taxativa das fontes das obrigações, das quais:
contrato (art. 405), negócios unilaterais (arts 457 e sgs.), Gestão de Negócios (arts. 464 e sgs),
enriquecimento sem causa (arts. 473 e sgs) e por último, a responsabilidade civil (arts. 483 e
sgs).
Sobre a necessidade de não se confundir o nosso tema (Fontes das Obrigações) com fontes do
Direito das Obrigações foi logo tratado aquando introdução deste trabalho, aliás, como podemos
ver ao longo de trabalho, fontes das obrigações se refere necessariamente aos contratos, a
responsabilidade civil entre outras fontes descritas ao longo do presente trabalho.
Sobre o contrato, pelo estudo trazido aqui, notou se que é a maior fonte das obrigações, ou dito
doutro modo, a maioria das relações que geram posteriormente geram obrigações são resultantes
de contrato seja ele com eficácia real, promessa ou então qualquer outro.
Mas isso não significa que as outras fontes das obrigações não sejam importantes. Pois mostrou
se que mesmo o a responsabilidade civil seja ela por acto ilícito/lícito ou então
contratual/extracontratual assume grande importância no campo sol estudo das fontes de
obrigações, pois tal como o contrato, ela geram relações obrigacionais.
Bibliografia
LEITÃO, Mineses, Direito das Obrigações, Vol. I, Universidade de Lisboa, Lisboa. 2006