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Constantino Santana
Isanilde da Tifane Jafeth
Ludovina Natália Alberto
Salvador Maurício Quirimo
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Angelina Gaudêncio Cuaeila
Constantino Santana
Isanilde da Tiffany Jafete
Ludovina Natália Alberto
Salvador Maurício Quirimo
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Metodologia .................................................................................................................. 3
1.Generalidades ................................................................................................................ 4
Conclusão ....................................................................................................................... 17
Bibliografia ..................................................................................................................... 18
3
Introdução
O presente trabalho é inerente a cadeira de Direito de Energia e esta subordinado ao
seguinte tema: Política Energética e Sector de Petróleo no ordenamento jurídico
moçambicano.
Objectivos do trabalho
Objectivos Geral
Compreender as políticas energéticas do sector do petróleo no ordenamento
moçambicano.
Objectivos Específicos
Descrever as políticas energéticas relacionadas com o sector de petróleo;
Abordar sobre a protecção de recursos petrolíferos;
Descrever as rendas de cobranças de receitas;
Apresentar os projectos de desenvolvimento de recursos;
Analisar e apresentar as deficiências da legislação do petróleo,
Discutir as lacunas da legislação do petróleo.
Metodologia
Para a concretização dos nossos objectivos, usar-se-ia os seguintes métodos:
bibliográfico, na medida em que vamos recolher informação existe nas diversas revistas
e sites electrónico; dedutivo, na medida em que partiremos em pensamentos maiores
para firmar a nossa ideia (menor) e; interpretativo, no sentido de interpretar a legislação
de petróleo para igualmente fortificar a nossa posição em torno da estrutura processual
ora vigente.
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1.Generalidades
O Petróleo é a mais importante fonte de energia da actualidade, pois é através dele que
se possibilita a realização de inúmeras actividades. Ele é utilizado principalmente na
forma de combustíveis automotivos, como a gasolina e o óleo diesel, e também sendo
queimado no funcionamento das usinas termoeléctricas. Além disso, ele é uma
importante matéria-prima utilizada na fabricação de plásticos, tintas, borrachas
sintéticas e alguns outros produtos (SERRA, 2005, p. 12).
Para entendimento de Serra (2005, p. 13) apesar de seu consumo ter diminuído ao longo
dos últimos anos, o petróleo ainda é considerado o recurso básico da sociedade
industrial contemporânea. É responsável por cerca de 35% do total de consumo de
energia no mundo, o que lhe garante a liderança em relação a outras fontes de energia.
Por conta de sua importância vital para o abastecimento de energia que garante o
funcionamento das sociedades, o petróleo é considerado um recurso natural extramente
estratégico. Isso significa que aqueles que o possuem, além de uma fonte de renda,
adquirem também um certo domínio de poder, pois muitas nações do mundo desejarão
adquirir esse recurso para abastecimento interno.
participação dos Estados Unidos da América (EUA), que são bastante dependentes do
petróleo para se desenvolverem1.
Os EUA estão entre os maiores produtores de petróleo, mas são também aqueles que
mais consomem, de modo que sua produção interna não é capaz de dar conta de todo o
seu consumo, o que o faz intervir politicamente em outras regiões a fim de conseguir
melhores acordos comerciais para garantir a compra com preços menos elevados.
O elevado potencial de Moçambique encontra-se, assim, por explorar, sendo uma das
bases da estratégia do sector energético do país o incitamento ao investimento em
projectos de reconhecimento, pesquisa e produção de hidrocarbonetos, ajudando a
sustentar o decréscimo da pobreza nacional nomeadamente através da criação de infra-
estruturas para o fornecimento de energia a centros populacionais, também o
desenvolvimento da indústria de refinação no país, evitando a elevada importação de
combustíveis, com efeitos negativos na balança económica nacional, que se tem
verificado . Esta actuação procura a diversificação da matriz energética.
1
De acordo com estudo disponível em https://escolakids.uol.com.br/geografia/petroleo.htm
6
Aliás, a mesma ideia é também estabelecida no art. 6 da lei de petróleos que Todos os
recursos petrolíferos enquanto recursos naturais situados no solo e no subsolo, nas águas
interiores, no mar territorial, na plataforma continental e na zona económica exclusiva,
são propriedade do Estado
Não só, a política energética para o sector de petróleo tem o seguinte fundamento:
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Com relação à escassez, deve-se ter em mente que o petróleo é um recurso não-
renovável, ou seja, que não possui um ciclo natural de renovação em um horizonte de
tempo finito. Assim sendo, ele representa um estoque de capital à disposição da
sociedade. À medida que a produção petrolífera ocorre, esse estoque se deteriora
fisicamente (depleta-se). Desta forma, a captura de rendas do petróleo a partir da
cobrança de royalties representa uma compensação, ao proprietário de um activo, pela
depreciação do seu estoque de capital, conforme a produção se desenrola. A apropriação
deste tipo de compensação também é justificada como forma de garantia do bem estar
intergeracional, visto que os recursos depletados não estarão à disposição das gerações
futuras.
Serra (2005, p. 134) e Bregman (2007, p. 178) defendem ainda a utilização de rendas
governamentais para a captura das rendas extraordinárias muito comuns na indústria
petrolífera e que, na inércia do poder concedente, serão apropriadas pelas empresas
concessionárias.
De acordo com art. 37 da lei de petróleo a Capitalização das receitas cabe à Assembleia
da República, cabendo este órgão, definir um mecanismo de gestão sustentável e
transparente das receitas provenientes da exploração dos recursos petrolíferos do país,
tendo em conta a satisfação das necessidades presentes e as das gerações vindouras.
b) O projecto da área 4, liderado pela Eni East Africa, ao preço variável de USD 8,93
a USD 10,99 por milhar de pés cúbicos (mpc), poderá gerar receitas entre USD 2,56 mil
milhões e USD 8,37 mil milhões nos primeiros 16anos de funcionamento. Os custos
operacionais estarão entre USD 370 milhões e USD 600 milhões, enquanto o
investimento total do projecto poderá atingir USD 55 mil milhões. USD 1,5 mil milhões
e o investimento total do projecto é de USD 32,8 mil milhões.
Recorrendo aos dois cenários de receitas e despesas dos projectos, o Standard Bank
estimou que Moçambique poderá receber em impostos, comissões e bónus até cerca de
USD 211 mil milhões no primeiro projecto e USD 100 mil milhões no segundo projecto
(Standard Bank, 2014, pp. 52–58, 2019, pp. 22–25).
Segundo a revista IDeIAS do IESE (2020) a soma das receitas fiscais dos dois
projectos permite prever uma receita global de cerca de USD 200 mil milhões para o
tempo de vida útil dos projectos aos preços previstos de 12 USD/mcp e 8-11 USD/mpc
para o primeiro e o segundo projecto, respectivamente. Assumindo que a exploração do
gás poderá decorrer por um período de 30 anos, os USD 200 mil milhões permitem
prever uma receita anual média de USD 6,6 mil milhões para o Estado. Este valor
corresponde a 132% do actual despesa do Estado que já conta com um défice de cerca
de USD 1,5 mil milhões. Visto que, pela proposta do FS, 50% das receitas do gás
poderão ser alocadas ao orçamento público e a outra metade para a poupança (FS),
pode-se inferir que o FS poderá ter receitas médias anuais de quase USD 3,3 mil
milhões. Este montante, durante 30 anos corresponde a uma receita total de quase USD
99 mil milhões.
descobertos cerca de 128 Bilhões de pés cúbicos de Gás Natural, o que torna
Moçambique na 3ª Maior Reserva do Continente Africano2.
2
Disponível em https://superbrands.co.mz/o-avanco-da-exploracao-e-producao-de-oleo-e-gas-natural-
em-mocambique-contribuicao-das-marcas-que-operam-no-pais/
12
Desde 2010, Moçambique tem vindo a assistir um novo cenário no que diz respeito à
pesquisa de hidrocarbonetos. Com o início das primeiras descobertas de gás na Bacia do
Rovuma, através da marca americana Anadarko e posteriormente pela marca italiana
ENI, cujos recursos estão actualmente na ordem dos 180Tpc (trilhões de pés cúbicos de
gás), Moçambique foi colocado na lista dos maiores produtores de Gás no Mundo.
▪ ONGC Videsh Ltd (OVL), é uma empresa do grupo indiano ONGC. A empresa
possui actualmente cerca de 38 projectos de petróleo e gás em 17 países, incluindo
Moçambique, Vietnã, Rússia, Sudão, Sudão do Sul, Irã, Iraque, Líbia, Mianmar, Síria,
Brasil, Colômbia, Venezuela, Cazaquistão, Azerbaijão, , Bangladesh e Nova Zelândia.
Em Moçambique a empresa pretende investir mais 3 mil milhões de dólares na
exploração e aproveitamento de gás natural na Área 1.
Segundo o estudo da UNEP (2018, p. 31) em Moçambique, bem como em muitos países
onde a indústria de petróleo e gás tem uma importância estratégica desproporcional, é
importante que seja criada legislação específica, orientada especialmente para a
indústria. A presença da referida legislação específica implica que os legisladores
reconheceram a importância da questão, por conseguinte, isso permite aos funcionários
públicos usar a disposições legais como justificação para buscarem recursos adicionais e
apoio político para implementar as acções constantes na legislação.
Como se pode denotar da lista de quadros legais (Tabela 1), Moçambique tem um
quadro legal abrangente para apoiar a gestão ambiental no sector de petróleo e gás. As
principais lacunas dizem respeito a:
Muitas das empresas sujeitam-se aos padrões internacionais para poderem satisfazer os
requisitos das instituições de crédito, tais como os requisitos estabelecidos pela
Corporação Financeira Internacional (CFI).
De acordo com os estudos, houve consenso, segundo o qual a legislação, pese embora
faltem alguns aspectos, no geral é abrangente, e em alguns casos, muito efectiva.
Ademais, foi planeada uma actualização do Governo, particularmente em relação as
directrizes para os resíduos de perfuração e água produzida, de modo a acompanhar a
nova legislação (UNEP, 2018, p.35). Entretanto, outras áreas de jurisdição e/ou
operações são actualmente inadequadamente cobertas com o ambiente marinho,
particularmente relevante para as operações de petróleo e gás offshore, sobre
disposições para espécies migratórias e biodiversidade importante fora das áreas
protegidas. Existe alguma preocupação com muitos aspectos sócio económicos, para
além dos regulamentos para o reassentamento, estarem igualmente cobertos de forma
ténue.
O alcance prático das disposições relativamente novas, tais como a Lei dos Petróleos,
não será exaustivamente conhecidas até que sejam aprovadas, por decreto, directrizes
3
UNEP. (2018). Avaliação das necessidades de capacitação institucional para fortalecimento da gestão
ambiental no sector de petróleo e gás em Moçambique. p. 34
16
Este exemplo específico, foi citado várias vezes durante o estudo de ANC. O MAGTAP
(MIREME, 2017) identificou igualmente a necessidade de revisão e actualização da
legislação relativa ao sector de petróleo e gás.
Conclusão
Chegado até este ponto, depois de ter vista o quadro teórico importa destacar
essencialmente que, o legislativo do sector de petróleo não corresponde a nova dinâmica
da sociedade. Diga-se que, é um quadro relativo já o ultrapassado, com visões um pouca
atenorarias.
Mas embora, o quadro legislativo na acompanhe a dinâmica social ele é bastante amplo,
ele prevê por exemplo na política e estratégia energética, situações legitimas e
igualmente apresenta uma visão bastante abrangente que reflecte a verdadeira
necessidade do sector de petróleo.
Pois se, se optar pelo contrário que esta acima exposta, então, é entregar a sua sorte os
recursos naturais no geral que são de muita impotência para desenvolvimento do país.
Bibliografia
Doutrina
Legislação