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{i Módulo V - Psicossociologio do Trobolho

3.4. Como lidar com o stresse relacionado com o trabalho

De acordo com a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho aqui ficam

alguns conselhos para as partes envolvidas.

3.4.1.Conselhos para o Trabalhador:

Entre os factores a ter em conta no contexto do stresse relacionado com o trabalho


contam-se:

. A atmosfera (ou "cultura") no seu local de trabalho e a forma como o stresse é

encarado;
. As solicítações que lhe são feitas e os riscos a que está exposto;

. O controlo que tem sobre a forma como executa o seu trabalho;

. A consciência clara das suas funções;

. O apoio recebido da parte de colegas e chefias, e

. A formação que lhe foi ministrada para executãr o seu trabalho.

Entre os sintomas de stresse relacionado com o trabalho a que deve estar atento

\-_- destacam-se:

. Mudanças de humor ou de comportamento, como problemas com colegas,


irritabilidade ou dificuldade em tomar decísões, ou ainda dificuldades no
desempenho profissional;
. Dificuldade em fazer face às tarefas ou descontrolo;
. Consumo de maiores quantidades de álcool ou de tabaco, ou utilização de
drogas ilegais, e

' Queixas de saúde, como dores de cabeça frequentes, insónias e problemas


digestivos.

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A entidade patronal tem o dever legal de proteger a sua saúde e segurança no


trabalho, nomeadamente de proteger o trabalhador contra os efeitos do stresse. A sua
entidade patronal deve identificar as causas do stresse relacionado com o trabalho,
avaliar os riscos e tomar medidas preventivas antes que adoeça.

O Trabalhador deve ser consultado sobre eventuais mudanças a introduzir no local de

trabalho que afectem a sua saúde e segurança, incluindo as susceptíveis de gerar


stresse no trabalho. Você pode contribuir, identificando problemas e possíveis
soluções.

Há medidas que pode tomar para não vir a sofrer de stresse:

Pedir maior responsabilidade na planificação do seu próprio trabalho;

Pedir para participar nas decisões sobre a sua área de trabalho;

Falar com o seu chefe, com o representante dos trabalhadores ou com outros

colegas que se mostrem disponíveis se achar que está a ser alvo de assédio, e

manter um registo do que aconteceu;


Falar com o seu chefe se as suas responsabilidades não estiverem bem
definidas;

Solicitar formação, se a considerar necessária, e

Falar com o seu chefe ou representante dos trabalhadores se começar a sentir


que não é capaz de fazer face às suas obrigações.

Além disso, melhorar o seu estilo de vida também ajuda: não resolve o problema, mas

ajuda a evitar ou a reduzir os danos. Essa melhoria passa por uma alimentação mais
saudável, pela realização de mais exercício, pelo respeito das orientações relativas ao

consumo de álcool por reduzir o fumo ou por deixar de fumar e pelo convívio com a

família e os amigos.

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3.4.2. Conselhos para as entidades patronais

As entidades patronais têm a obrigação de gerir o stresse relacionado com o trabalho,

através da Directiva 89/391/CEE, relativa à saúde e à segurança na UE. Esta directiva, e

a correspondente legislação de transposição adoptada ao nível dos Estados-Membros,

colocam inquestionavelmente o stresse no domínio jurídico da saúde e da segurança


no trabalho. Demonstram a clara expectativa de que o stresse seja abordado da

mesma forma lógica e sistemática que qualquer outra questão relacionada com a

saúde ea segurança no trabalho ao aplicarem o modelo de gestão dos riscos,


colocando a tónica nas medidas preventivas.

O stresse relacionado com o trabalho pode ser prevenido, e os custos das medidas
tendentes a reduzi-lo podem ser altamente compensadores. Não há dois locais de
trabalho iguais pelo que as práticas de trabalho e as soluções para os problemas
devem ser adaptadas a cada caso mediante a realização de uma avaliação de riscos.

Uma avaliação dos riscos de stresse assenta nos princípios e processos básicos
aplicados aos demais perigos no local de trabalho - identificação dos perigos, decisão
sobre as medidas a tomar, comunicação dos resultados da avaliação e revisão do
processo com a regularidade adequada. A participação dos trabalhadores e dos seus

representantes neste processo é crucial para o seu êxito.

Entre os factores a ter em conta no que respeita ao stresse contam-se:

A carga de trabalho excessiva ou exposição a perigos físicos;

O controlo exercido pelos trabalhadores sobre a forma como executam o seu

trabalho;

A boa compreensão, por parte dos trabalhadores, do papel que desempenham;

o relacionamento - onde se incluem questões como o assédio e a violência.

O apoio que os trabalhadores recebem dos colegas e das chefias, e

A formação de que os trabalhadores necessitam para executar o seu trabalho.

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A 'gestão do stresse' tem, tendencialmente, valorizado mais os indivíduos do que as

organizações. Não obstante, o mais importante para prevenir o stresse relacionado


com o trabalho e os riscos psicossociais é a organização e a gestão do trabalho. Mais
vale prevenir as consequências do stresse relacionado com o trabalho do que procurar

remediá-las depois de terem ocorrido.

Entre as medidas eficazes de prevenção do stresse relacionado com o trabalho


contam-se:

. Conceder aos trabalhadores tempo suficiente para executarem as suas tarefas;


. Definir claramente as suas tarefas;
. Recompensar os trabalhadores pelo bom desempenho;
. Permitir que os trabalhadores se queixem e apreciar as suas queixas com
seriedade;
. Dar aos trabalhadores controlo sobre o seu trabalho;

. Minimizar os riscos físicos;


r Permitir que os trabalhadores participem nas decisões que os afectam;
. Adequar a carga de trabalho às capacidades e recursos de cada trabalhador;
. Conceber as tarefas de modo a torná-las interessantes;
. Definir claramente papéis e responsabilidades;
. Criar oportunidades de interacção social, e
r Evitar ambiguidades em matéria de segurança de emprego e de perspectivas
de carreira.

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3.4.3. conselhos para especialistas em saúde e segurança no trabalho

A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no trabalho faculta acesso a uma vasta

gama de trabalhos de investigação sobre a eficácia das diferentes abordagens de


prevenção e tratamento do stresse relacionado com o trabalho, no intuito de ajudar as

pessoas com interesse profissional no assunto.

Em particular, a investigação identificou uma série de factores como relevantes para o

êxito das intervenções de prevenção do stresse no local de trabalho, nomeadamente:

. Uma análise de riscos adequada;


. Uma planificação exaustiva e uma abordagem faseada;
. Uma combinação de medidas orientadas para a organização do trabalho e para

os próprios trabalhadores;

. Soluções específicas para cada local de trabalho;

' Médicos experientes e intervenções definidas com base em factos concretos;


. Diálogo, parceria e participação dos trabalhadores, e
. Uma prevenção sustentada, com o apoio da administração.

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Oito Degraus para Gerir os Sintomas de Stresse no


Trabalho:

l.eDegrau: ldentifique os sintomas de stress no Trabalho.

2e Degrau: ldentifique as fontes de Stress no Trabalho.

3e Degrau: ldentifique a forma de responder aos seus


stressores específicos.

4e Degrau: crie formas de responder com eficiência aos


seus stressores no trabalho.

5e Degrau: Motive-se.

6e Degrau: Mude a sua forma de pensar.

7e Degrau: Quando estiver em situação de conflito, saiba

e permíta-se a negociar.

8e Degrau: Regule-se e equilibre-se.

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Artigos sobre Stresse / Burnoat

Sobre estresse, suicídios e finalidade da vida

O estresse da vida urbana e mais ainda daqueles que ocupam altos cargos, como
executivos de grandes empresas, é tema bem conhecido dos tempos modernos e pós-
modernos, As pessoas se sentem como laranjas chupadas de todo o seu suco vital e
jogadas fora como bagaço, após terem sido sugadas até o último estertor de vida.

As consequências são a depressão, mal do século XXI que atinge até crianças,
nervosismo, angústia, consultórios psiquiátricos cheios etc. Mas ainda não se havia
visto caso de suicídios em série devido ao estresse a que uma empresa submete seus
empregados. Parece que isso também passou a ser realidade.

Nas últimas semanas, a France Telecom, empresa estatal francesa, esteve às voltas
com o suicídio de vários de seus altos executivos. Para cometer o gesto radical de pôr
fim à vida, os funcionários - homens e mulheres -, alegavam não aguentar mais
trabalhar onde estavam, ou a perspectiva de serem transferidos para outro
departamento' Enfim, justificativas sempre relacionadas diretamente à empresa em
questão.

O maior acionista da France Telecom - o Estado francês - preocupou-se e mandou


especialistas em Recursos Humanos estudarem em profundidade as condições de
trabalho ali enfrentadas. Mesmo que se consiga deter a avalanche de gestos extremos,
o problema permanece, tão ou mais grave do que antes. Não é concebível nem crível
que funcionários de uma empresa do porte da France Telecom, que procuraram
a
justamente por ambicionarem ganhar um bom salário, ascender postos
a que lhes
proporcionassem melhores condições de vida e maior poder aquisitivo,
comecem a
suicidar-se como mendigos que morrem de fome.

Parece que os altos salários e os "fringe benefits" não estão satisfazendo


nem têm sido
suficientes para manter o equilíbrio de pessoas que perdem o sentido da
vida e
decidem que é melhor acabar com ela do que enfrentar certas situações. Há
algo
errado e podre no reino desta Dínamarca furibunda em que se converteu a vida
moderna. A corrida atrás de dinheiro e de status ocupa cada vez mais espaço
e toma a
frente de todos os demais valores.

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As pessoas parecem ter desaprendido como é importante descansar, contemplar.


Perderam o rumo e o caminho da gratuidade, o jeito de bem viver. Trabalhar passou a
ser uma compulsão e uma doença, e não um tempo criativo para se construir e edificar
o futuro para as gerações que virão. Não sobra mais tempo para nada. Não se tem
coragem de enfrentar os fracassos. Não se suporta conviver com chefes que humilham
e pisoteiam sem dó nem piedade, pâra garantir os bônus milionários do final do ano.

E então se pula da janela aos 32 anos, como a jovem gerente que deixou um bilhete
para o pai: "Te amo, papai. Você não tem culpa nenhuma. Estou me suicidando só
porque não suporto a ideia de ter que trabalhar na seção para onde me transferiram."
Banal a concepção do que seja uma carreira profissional, do que seja a vida, para que
fomos e somos criados a cada minuto por um Criador que trabalhou e trabalha
incessantemente para gerar-nos e manter-nos em vida. Mas que no sétimo dia - o
sábado - descansa, contempla o que fez e se rejubila: "É tudo muito bom!"

Pelo visto, para os executivos de hoje nunca será sábado. Nunca será tempo de
contemplar, agradecer, fazer nada a não ser acariciar a pessoa amada, os filhos,
extasiar-se diante da natureza. Só produzir, correr,fazer... e quando o ritmo se tornar
insuportável, esfaquear-se, pular da janela... Enfim, acabar com a vida, dom maior que
se tornou fardo pesado e asqueroso.

Nunca tivemos tantos meios... e tão poucos fins. Nunca nossas possibilidades foram
tão grandes... e nossos horizontes tão pequenos. Que a tragédia da France Telecom
nos sirva de alerta... antes que a janela seja nossa última e fatal paisagem.

MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER

Teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da pUC-Rio

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3. Stress

"O Stress relacionado com o trabalho ocupa o 2e lugar em termos de


queixas mais frequentes dos trabalhadores e é factor decisivo no
desenvolvimento de acidentes de trabalho. Em que circunstância(s)
podemos afirmar que um individuo esta em situação potencialmente
indutora de stresse."

Os ambientes de trabalho estão a atravessar mudanças significativas devido à


aplicação de novas tecnologias, materiais e processos de trabalho. As alterações ao
nível da concepção, organização e gestão do trabalho podem criar novas áreas de risco

susceptíveis de gerar um maior nível de stress e, em última análise, originar uma grave

deterioração da saúde mental e física. Segundo o relatório da Agência Europeia para a

Segurança e a Saúde no Trabalho, os principais riscos psicossociais estão relacionados

com novas formas de contratos de trabalho, insegurança no emprego, intensificação


do trabalho, exigências emocionais elevadas, violência no trabalho e difícil conciliação
entre a vida profissionale a vida privada.

Jukka Takala, Director da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho


(EU-osHA) afirmou: "A vida profissionat na Europa está a mudar a um ritmo cada vez

mais acelerado.S insegurança no emprego, a necessidade de ter vários empregos e a

odotr locar em risco a saúde


dos trabalhadores. É necessário monitorizar e melhorar constantemente os ambientes
!-----

de trabalho a nível psicossocial a fim de criar empregos de qualidade e assegurar o


bem-estar dos trabalhadores."

O stress profissional é um dos maiores desafios que a Europa enfrenta no domínio


da
segurança e saúde no trabalho (SST), prevendo-se o aumento do número de pessoas

afectadas por doenças relacionadas com stress provocadas ou agravadas pelo


trabalho. O stress é o segundo problema de saúde relacionado com o trabalho mais
comum na Europa.
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As pessoas sofrem de stresse quando sentem que há um delqquilíbrio entre as.

solicitações que lhes são feitas e os recursos de que dispõem para responder a essas
solicitacões.
---i-

Recursos
Trabalhos activos

Trabqlhos alto stress

Exigências

Embora seja psicológico, o stresse afecta igualmente a saúde física do indivíduo.

Entre os factores de risco mais comuns do stresse relacionado com o trabalho contam-

se a falta de controlo sobre o trabalho, rglgEqçQellgCqqrrdrs e fglgaglgggignor


parte dos colegas e das chefias.

O stresse é provocado por um desajustamento entre nós e o trabalho, por problemas

de relacionamento, pela presença de violência psicológica ou física no local de trabalho

ou ainda pela exístência de conflitos entre o nosso papel no trabalho e fora dele.

Diferentes pessoas podem percepcionar as condições de trabalho e experienciar o


stresse de forma distinta, de tal maneira que para o indivíduo a exigência suplementar

na quantidade de trabalho pode ser interpretada como um desafio enquânto para


outro indivíduo tal situação pode ser desorganizadora. Sendo que umas pessoas
reagem melhor do que outras à pressão de muitas solicitações, não sendo possível

determinar com base exclusivamente na situação o stresse que esta pode provocar.
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3.1. Stresse Favorável e Stresse Desfavorávet

A distinção entre stresse favorável e stresse


desfavorável depende dos resultados da
acção dos srressores e da medida em que
ultrapassam ou não as capacidades de
adaptação individuais.

considera-se que existe um nível de stresse


favorável na medida em que ajuda o
indivíduoareagirdepressaperante,,.,ffi,apermanecermaisalertae
a actuar perante situações crítica, que
requerem resposta rápida e eficaz.

A mobilização da capacidade realizadora do profissional


e â sua orientação para
resultados são resuttados muito favoráveis
induzidos pero stress.

ultrapassando um patamar óptimo e com


a aproximação de situações limite não

não há desempenho adicionar por força
da sua acção como também passa a haver
interferência nos processos de pensamento
(anárise e tomada de decisões),
nas
emoções (instabilidade emocional) e
nos comportamentos, com efeitos negativos
no
próprio rendimento.

Desempênho

I
Aiio

desempenho
óplimo

crioÍívídode
colmo tensõo
morcl boixo kritobítido
obsenlismo lnsónio
kroixo
môÍivoçõo outo - êslirns
ênêrgio êlêvodo êros
subcorgo nívêl óptimo sobrecorgo
de corgo
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As respostas do indivíduo a situações de pressão acrescida, passam por um conjunto

de mecanismos e de etapas estruturadas da seguinte forma:

a)ng@Ene:Fasedeactivaçãodosmecanismosdedefesa,emqueo
individuo se prepara para enfrentar as questões profissionais suscitadas ou
então para as evitar. Tendo como sinais característicos a preocupação,
ansiedade e irritabilidade persistentes, insónias, dificuldade de concentração.

b) Lesistência ou adaptação: Fase marcada pelo confronto continuado com a

fonte de pressão, que exige um esforço prolongado (resistência) ou que conduz


a uma progressiva habituação do profissional (adaptação) á situação de
trabalho particular, desenvolvendo formas apropriadas de lidar com a pressão
tais como a organização do tempo, trabalho extra... Enquanto na fase de
adaptação o indivíduo revela-se organizado, na fase de resistência são típicos
os comportamentos de absentismo, de atraso para o trabalho, cansaço e fadiga

sem razão aparente entre outros.

c) Verifica-se sempre que há colapso dos mecanismos adaptativos e o


E§o,
individuo esgotou a sua capacidade de continuar a enfrentâr os problemas
profissionais, quer pela sua continuidade, quer pelo facto de estar a trabalhar

no limite e ter necessidade de se afastar das situações e de restaurar a sua


energia.

t@1. uma das consequências mais marcantes do estresse profissional,


caracterizando-se geralmente por elaustão emocional, avaliação negativa de si

E.!Lo, depressão e insensibilidade com relaÇãg a quase tudo e todos (até como
defesa emocional).

o esgotamento (não apenas profissional) das pessoas, causado por sua ocupação ou
actividade é uma situação cada vez mais comum.

|at*noutvaialémdostress,..r,"fr-ffii.o'|asensaçãodeexaustãoda
pessoa acometida. Sendo geralmente desenvolvida como resultado
de um período de
esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação, mas
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alguns consideram que trabalhadores com determinados traços de personalidade


(especialmente de neuroses) são mais susceptíveis a adquirir a síndrome.

Para que se produza burnout, é necessário a interacção entre a percepção individual

do trabalhador ao stresse e a pressão laboral em ambiente de trabalho.

3.2. Causas
.--_ do Stresse

As causas de Stresse são muito diversificadas, e conforme mencionado anteriormente,

duas pessoas não respondem da mesma forma aos sfressores, nomeadamente os de

natureza profissional.

AS situações de trabalho são vivenciadas como indutores de Stresse quando são


percebidas como envolvendo exigências que não condizem com o conhecimento do

trabalhador ou com as suas necessidades (sobrecarga ou subcarga quantitativa ou


qualitativa), especialmente quando os trabalhadores têm a percepção de suporte
social ou de controlo insuficiente.

As características do trabalho com potencial para originar reacções de Stresse estão

relacionadas com o contexto de trabalho ou com o seu conteúdo, constituindo


possíveis factores de risco:

(alspectos relacionados com a , como sejam:


- Comunicação Deficiente;

- Baixo nível de suporte pâra resolução de problemas e para


desenvolvimento pessoal;
- Falta definição de objectivos.

@n ambisuidade do pa l (informação inadequada sobre uma função);

@a"r* !! rrpqis, que ocorre quando um trabalhador tem que efectuar tarefas que
entram em conflito com os seus valores ou quando tem que exercer vários papéis
incompatíveis uns com os outros;

Funções atribuídas in,suficientes, em que a organização não utiliza por completo as


@
capacidades e/ou competências do traba lhador;
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Falta de participação nalernada de decisêo relativamente ao trabalho do próprio,

no que respeita ao planeamento do seu trabalho, ao controlo da sua carga de trabalho


e ás decisões relativamente aos problemas considerados prioritários;

@As deficientes relações inter-pessoais com os superiores, com os subordinados ou

com os colegas;

ffi)çxposição á violência no trabalho;

@ D,fi.rldrd"r ."r r e a disponibilidade


",
limitada a nível de horas de lazer para o próprio;

@e*".,çãodetarefasrepetitivase@,afaltadeoportunidadedeaprender;
1?)r.tt. de reconhecimento pelo trabalho:
-
@i ntensificação do trabalho com a imposição de prazos rigorosos e o aumento do
ritmo de trabalho;
Grandes volumes de trabalho e os lloriirjqs de trabalho inflexíveis (dificultam
conciliação com vida particular)

@o trabalho precário que em termos gerais se define como o emprego mal


remunerado e de baixa qualidade, com poucas oportunidades de formação e de
progressão na carreira. Os trabalhadores com contratos precários tendem a efectuar

os trabalhos mais perigosos, trabalham em piores condições e recebem menos


formação em matéria de segurança e saúde no trabalho. Trabathar em condições
instáveis pode gerar insegurança no emprego, o QUê, por sua vez, agrava
significativamente stress profissional.
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3.3. Sintomas de stresse relacionado com o trabalho

O stresse pode alterar a forma como uma pessoa sente, pensa e se comporta. Entre os

sintomas de stresse contam-se:

A nível individual:

Reacções emocionais (irritabilidade, ansiedade, perturbações do sono,


depressão, hipocondria, alienação, esgotamento, problemas ao nível das

relações familiares);
. Reacções cognitivas (difículdades de concentração, de memória, de

aprendizagem e de decisão);
. Reacções comportamentais (abuso de drogas, álcool e tabaco; comportamento

destrutivo) e

pépticas, problemas ca rdíacos, h ipertensão).

Ao nÍvel da organizaÇão:
s
. Absentismo, elevada rotatividade do pessoal, incumprimento de horários,
problemas disciplinares, assédio, produtividade reduzida, acidente, erros e

agravamento dos custos de compensação ou de saúde.

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