Você está na página 1de 33

Sistema imune inato

Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação


Professora Ana Paula Peconick
Tutor Karlos Henrique Martins Kalks

Lavras/MG
2011

1|Página
Ficha catalográfica preparada pela Divisão de Processos
Técnicos da Biblioteca Central da UFLA

Espaço a ser preenchido pela biblioteca


[A ser preenchido posteriormente]

Espaço a ser preenchido pelo CEAD


______________Sistema imune inato______________

Índice

UNIDADE 3 ............................................................................ 6

3.1 Introdução....................................................................... 7

3.2 Imunidade inata .............................................................. 8

3.2.1 Padrões de reconhecimento na resposta imune inata10

3.2.2 Receptores solúveis ................................................. 12

3.2.2.1 As colectinas ..................................................... 12


3.2.2.2 Cascata complemento ........................................ 13
3.2.2.3 Pentraxinas ....................................................... 15
3.2.2.4 Proteínas ligadas ao lipopolissacarídeos e CD14 15

3.2.3 Receptores associados a células .............................. 15

3.2.3.1 Receptores Toll-like ........................................... 15


3.2.3.3 Receptores de peptídeos formil.......................... 19

3.2.4 Receptores intracelulares ........................................ 19

3.3 Citocinas e quimiocinas.................................................. 20

3.4 Células do sistema inume inato ...................................... 22

3.4.1 Mucosa epitelial – primeira linha de defesa .............. 22

3.4.2 Células fagocitárias: neutrófilos e macrófagos ......... 24

3.4.3 Células dendríticas (DCs) ......................................... 26

3.4.4 Células natural killers (NK) ...................................... 28

3.4.5 Mastócitos ............................................................... 30

3.5 Conclusão ...................................................................... 31

3.6 Bibliografia .................................................................... 32

4|Página
______________Sistema imune inato______________

5|Página
______________Sistema imune inato______________

UNIDADE 3

OBJETIVO: Conhecer o sistema imunológico inato, destacando seus


componentes, funções e interações.

6|Página
______________Sistema imune inato______________

3.1 Introdução

Imunidade refere-se à habilidade global de um


hospedeiro resistir à ação predatória de micróbios que
podem prejudicá-lo. A própria definição da palavra
patógeno, organismo que pode superar as defesas do
corpo e induzir alterações deletérias, demonstra a
importância da existência de mecanismos eficazes de
proteção do hospedeiro. Dois sistemas constituem a
defesa do corpo contra a ação de patógenos. Eles podem
ser divididos por uma linha evolucionária germinal antiga,
na qual um, o mais antigo desenvolveu-se para
proporcionar uma resposta rápida (inespecífica) à invasão
pelos microrganismos. Já o outro, de evolução mais
tardia, responde mais lentamente a infecção, porém de
forma específica. Esses dois sistemas imunes que dão
proteção ao organismo são conhecidos como imunidade
inata e imunidade adaptativa (adquirida),
respectivamente.
A imunidade inata surgiu com os primeiros seres
multicelulares, sendo que o benefício da sua existência é
destacado pelo fato da maioria dos organismos, sobre
nosso planeta, sobreviver apenas com este tipo de
imunidade, como por exemplo, as plantas e os insetos. Já
a imunidade adaptativa surgiu com os vertebrados
mandibulados, e possui como principal vantagem
reconhecer praticamente qualquer antígeno existente,
além da geração de memória imunológica, diferentemente
do sistema inato, que reconhece apenas um número
limitado de antígenos.
Apesar desta divisão entre os tipos de imunidade,
ocorre um contínuo entre estes dois sistemas. Assim

7|Página
______________Sistema imune inato______________

sendo, existem complexos mecanismos de interação entre


a imunidade inata e a adaptativa. O que faz com que as
duas trabalhem em conjunto para a defesa do organismo.

3.2 Imunidade inata

A imunidade inata é primeira linha de defesa do


hospedeiro contra patógenos. Ela é constituída
principalmente por elementos mecânicos, químicos e
celulares. A epiderme e as mucosas estão entre os
elementos mecânicos que funcionam como barreiras para
a entrada do patógeno. Associadas a elas estão
propriedades fisiológicas como baixo pH do estômago, a
ação ciliar, motilidade, descamação e a secreção de
muco, produção da saliva e da lágrima que contém
lisozima. Elementos químicos podem ser divididos em três
subcomponentes: moléculas de reconhecimento de
padrões, as quais podem ser solúveis ou associadas às
células; proteínas ou peptídeos que hidrolisam micróbios;
e citocinas e quimiocinas que regulam a resposta
imunológica. Já o elemento celular é constituído por
células epiteliais, mastócitos, células dendríticas, células
fagocitárias como os macrófagos e granulóctios, células
Natural killers e células Tγδ.
A imunidade inata é responsável pela construção da
resposta inflamatória. Esta é ocasionada em uma primeira
instância por macrófagos, leucócitos polimorfonucleares e
mastócitos através de receptores nestas células
relacionados à resposta imune inata. O agente
inflamatório age sobre os tecidos e induz a liberação de
mediadores químicos que sobre tais receptores, produzem
aumento da permeabilidade vascular e exsudação de

8|Página
______________Sistema imune inato______________

plasma e células sanguíneas para o interstício. Dessa


forma este mecanismo possibilita a defesa contra muitos
agentes agressores. Contudo, a reação inflamatória pode
em alguns casos levar a processos fisiológicos que
causam dano ao tecido do hospedeiro.

Utilizando várias fontes de pesquisa, escreva as principais


diferenças entre sistema imune inato e sistema imune
adaptativo na tabela abaixo. Compare sua pesquisa com a de
outros colegas.

Tabela 1. Principais diferenças entre imunidade inata e


adquirida.
Imunidade inata Imunidade adquirida

9|Página
______________Sistema imune inato______________

3.2.1 Padrões de reconhecimento na resposta


imune inata

Após o patógeno aderir à superfície epitelial


causando danos, sinais são gerados ocasionando a
produção de quimiocinas, citocinas, prostaglandinas e
leucotrienos pelo epitélio. Estas substâncias indicam dano
no tecido. Células dendríticas e macrófagos também
interagem com o microrganismo invasor, através da
detecção do patógeno por moléculas nestas células
especializadas no reconhecimento de estruturas padrões
presentes nos patógenos. Este mecanismo de
reconhecimento é a base da ativação do sistema imune
inato.
Patógenos são caracterizados por arranjos
específicos de moléculas chaves chamados de padrões
moleculares associados aos patógenos (PAMPs) que são
reconhecidos pelos receptores de reconhecimento de
padrões (PRRs). Diferentes PRRs reagem com específicos
PAMPs mostrando distintos padrões de expressão e vias
de sinalização ativas específicas, o que gera distintas
respostas a diferentes patógenos.
Os PAMPs são estruturas vitais das células
microbianas, as quais têm alterado pouco durante a
evolução. Assim, representam os principais alvos no
reconhecimento do sistema imune inato. Dentre estas
estruturas destacam-se os lipopolissacarídeos e ácidos
teicólicos que estão presentes nas células bacterianas
gram-negativas e gram-positivas, respectivamente; os
motivos não metilados CpGs, os quais caracterizam DNAs
de células bacterianas; RNA de fita-dupla representando a

10 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

assinatura estrutural de vírus de RNA; e os polímeros de


manose que são componentes da parede celular de
células de leveduras. Nenhuma dessas estruturas são
sintetizadas pelo organismo hospedeiro e todas elas são
compartilhadas por grandes grupos de patógenos e são
essenciais para a sua fisiologia.
Os PRRs são encontrados sobre muitas das células
do sistema imune inato incluindo células epiteliais
macrófagos, monócitos, granulócitos, mastócitos e células
dendríticas. Eles podem ser expressos sobre a superfície
das células, em compartimentos intracelulares, ou
secretados na circulação sanguínea e fluídos teciduais. As
principais funções dos PRRs incluem opsonização,
ativação do sistema complemento e casacata de
coagulação, fagocitose, ativação de vias sinalizatórias da
inflamação e indução da apoptose. Existem diferentes
famílias de PRRs como os receptores scavenger,
receptores Toll-like (TLR), receptores de peptídeos formil,
receptores de manose e glicanos, receptores do
complemento (CR3) e CD14.
Outra maneira do sistema imune inato perceber a
presença de patógenos é detectar os DAMPs (padrões
moleculares associados ao perigo), os quais são
metabólicos comuns em conseqüência da inflamação e
infecção. A figura 1 esquematiza as principais formas de
detecção de PAMPs pelo sistema imune inato e suas
conseqüências.

11 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

Figura 1. Receptores padrões de reconhecimento e seus papéis


na resposta imune inata e adaptativa (modificado de BASSET
et al., 2003).

3.2.2 Receptores solúveis

3.2.2.1 As colectinas

A família das colectinas inclui proteínas surfactantes


A, D (SP-A, SP-D) e lecitina ligada a manose (MBL). Estes
receptores se ligam ao glicoconjugados bacterianos e
atuam como opsoninas. SP-A e SP-D, primeiramente,
foram relacionadas a homeostase lipídica, mas agora
sabe-se que elas interagem com um grande número de
estruturas bacterianas e fúngicas.
As colectinas são caracterizadas pela presença de
uma região colágena e um domínio lecitina tipo C (CTL).
Tipicamente elas formam receptores oligoméricos.

12 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

3.2.2.2 Cascata complemento

As proteínas associadas a MBL, ligam-se a


polímeros de manose das paredes celulares microbianas e
são membros da família das colectinas. As lecitinas têm
um importante papel na ativação da cascata complemento
e elas determinam uma das três vias de ativação do
complemento, chamada via das lecitinas. As outras duas
vias são: via clássica, ativada por complexos antígeno-
anticorpo e a via alternativa, desencadeada pela ativação
do composto C3 na superfície de patógenos, esta última
via também importante como mecanismo imediato de
defesa do organismo contra agentes infecciosos, logo
fazendo parte da resposta imune inata.
Quando ligadas a resíduos de manose, MBL sofre
uma alteração conformacional que resulta na clivagem
dos compostos C4 e C2 para formar o complexo
convertase C4b2a. Por ação deste o C3 é clivado em dois
fragmentos C3a e C3b. C3b se liga ao C5 fixando-o junto
a membrana do agente agressor. Então uma convertase
chamada C3/C5 cliva o C5 em dois novos fragmentos
(C5a e C5b). C5b possui dois sítios de ligação um que liga
ao C6 e outro que se liga a membrana. O complexo C5b6,
liga-se ao C7 gerando C5b67 que se liga ao C8, formando
um complexo que induz a polimerização do C9. Assim,
este último forma um complexo polimérico de 12 a 16
unidades que constituem canais anfipáticos, hidrofóbicos
externamente e hidrofílicos internamente, também
conhecido como complexo de ataque a membrana,
reponsável pela morte do patógeno sobre o qual ele foi
ativado.

13 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

Na via alternativa de ativação do sistema


complemento o composto C3b é o agente desencadeador
da cascata. Este composto pode ser gerado de maneira
espotânea porém em baixas proporções. Quando ligado a
superfície do patógeno ele se mantém estável, dessa
forma, possibilita a ligação ao fator B pela ação catalítica
do fator D, produzindo assim o complexo C3bBb, outro
tipo de convertase sobre a superfície do patógeno. O
C3bBb clica o C3 em C3a e C3b, que pode continuar a
cascata de reações com C5, C6, C7, C8 e C9 como
descrito no parágrafo acima. Em termos da “limpeza” do
organismo, a presença de C3b sobre a superfície do
patógeno pode fazê-lo atuar como uma opsonina,
aumentando a absorção pelo fagócitos através de seus
receptores de C3b.
A via clássica de ativação do sistema complemento
requer a presença de anticorpos para ativação,
caracterizando-a como parte do sistema imune
adaptativo. Contundo, ela também pode ser ativada pela
proteína reativa C (CRP) e assim também ser considerada
como parte da resposta imune inata. Existem também os
anticorpos naturais que são IgM secretadas
espontaneamente e que com freqüência reagem com
polissacarídeos microbianos. Estes anticorpos também
podem ser caracterizados como componentes da resposta
imune inata.

Revise o sistema complemento. Procure identificar seus


componentes e a forma de atuação de cada um deles.

14 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

3.2.2.3 Pentraxinas

A característica básica desta família é a estrutura


pentamérica cíclica de suas moléculas. Ela inclui proteínas
curtas como a proteína reativa C e soro amilóide P (SAP)
e grandes pentraxinas. CRP e SAP atuam como
opsoninas, além de poderem ativar o componente C1q da
via clássica do sistema complemento por se ligarem a ele.
Longas pentraxinas são produzidas por uma variedade de
células imunológicas e epiteiais.

3.2.2.4 Proteínas ligadas ao


lipopolissacarídeos e CD14

As proteínas ligadas a lipopolissacarídeos (LBP)


estão dispersas no soro e rapidamente se ligam aos LPS,
facilitando a transferência deles para o receptor CD14
sobre os macrófagos. Contudo, este receptor não possui
um domínio intracitoplasmático, sendo necessário então a
associação a uma outro receptor o TLR4 (Toll-like
receptor 4) o qual é responsável pela sinalização
intracelular que levará a secreção de citocinas pelos
macrófagos.

3.2.3 Receptores associados a células

3.2.3.1 Receptores Toll-like

Durante os anos noventa foi desmonstrado que a


proteína Toll em espécies de Drosophila está envolvida na

15 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

defesa destes insetos contra infecções causadas por


fungos. Desde então proteínas similares foram descritas
em mamíferos. Estas diferem de cada outra na
especificidade dos ligantes, padrões de expressão, e nos
genes alvos que podem induzir. Muitas TLRs estão
envolvidas no reconhecimento de uma variedade de
PAMPs.
Receptores Toll-like existem como proteínas
diméricas (heterodímeros ou homodímeros). Os
ectodomínios de TLRs são compostos de motivos
repetidos ricos em leucina, enquanto o componente
citosólico, chamado Toll/IL-1 receptor-like domain (TIR),
está envolvido na sinalização. Após a ligação de produtos
microbianos com os TLRs ocorre a sinalizações
metabólicas como a ativação de fator nuclear κβ, ativação
da proteína 1, fator 3 regulador de interferon, e outros
fatores transcripcionais. Dessa forma, ocorre a produção
de citocinas proinflamatórias, maturação de células
dendríticas e outras respostas imunológicas. Os TLRs
também são capazes de reconhecer sinais endógenos
como proteínas do choque térmico e produtos da necrose
celular, assim podem estar envolvidos na auto-imunidade
ou ativação do reparo tecidual.
TLRs são expressos sobre uma variedade de células
do sistema imune, incluindo macrófagos, células
dendríticas (DCs), células B, tipos específicos de células T
e até mesmo sobre células não imunológicas como
fibroblastos e células epiteliais. A expressão dos TLRs não
é estática. É modulada rapidamente em resposta a
presença de patógenos, uma variedade de citocinas e o
estresse ambiental. Além do mais eles podem ser
expressos intra e extracelularmente. Enquanto certos

16 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

TLRs (TLRs 1,2,4,5 e 6) são expressos sobre a superfície


celular, outros (TLRs 3,7,8 e 9) são encontrados
exclusivamente em compartimentos intracelulares como
endossomos, e seus ligantes, principalmente ácidos
nucléicos, devem ser internalizados nos endossomos
antes da sinalização ser possível.

Utilizando várias fontes de pesquisa, descreva os principais


TLRs indicando seus locais de expressão e o componente alvo
do seu reconhecimento. Utilize o espaço seguinte para sua
pesquisa.

17 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

Após a ligação dos TLRs com seus respectivos


componentes alvos, ocorre a ativação de uma cascata
metabólica, que levará a ativação de genes envolvidos na
defesa do hospedeiro conta ação de microrganismos. Para
isso, após a ligação, os TLRs dimerizam-se e submetem-
se a alterações conformacionais requeridas para o
recrutamento de moléculas adaptadoras contendo o
domínio TIR para o domínio TIR dos TLRs. Existem quatro
moléculas adaptadoras chamadas My88D, proteína
associada a TIR (TIRAP)/My88D-adaptor-like (MAL),
proteína adaptadora contendo domínio TIR indutora de
IFN-β(TRIF)/molécula 1 contendo domínio TIR (TICAM1),
e molécula adaptadora relacionada a TIRF (TRAM). As
diferentes respostas mediadas por distintos ligantes aos
TLRs podem ser explicadas em parte pelo uso seletivo
dessas moléculas adaptadoras. My88D e TIRF são
responsáveis pela ativação de distintas vias sinalizatórias,
levando à produção de citocinas pró-inflamatórias e IFNs
do tipo I, respectivamente (Figura 2).

Figura 2. Vias de sinalização dos TLRs (modificado de AKIRA et


al., 2006)

18 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

3.2.3.2 Receptores Scavenger

Os macrófagos possuem receptores glicoprotéicos


transmembranas triméricos identificados como SR-AI, SR-
AII e MARCO. Esses são denominados como receptores
Scavenger. Eles se ligam a lipídios de baixa densidade,
LPS e ácido lipoteicólico. Sendo assim, estão envolvidos
na detecção de bactérias atuando como receptores para a
fagocitose.

3.2.3.3 Receptores de peptídeos formil

São encontrados na membrana de neutrófilos e


monócitos. Eles ligam-se a formil-meiotionina-leucina-
felnilalanina (fMLF) e são em parte responsáveis pela
quimiotaxia de neutrófilos para a área infectada. Eles
também podem estar envolvidos na modulação da
resposta inflamatória através da detecção de ligantes
endógenos para estes recpetores.

3.2.4 Receptores intracelulares

Dois receptores intracelulares têm sido estudados


com grande interesse. O PKR (proteína quinase ativada –
RNA dupla-fita - dsRNA) que reconhece RNA dupla-fita
presente na célula infectada e favorece a ativação do NF-
κβ (fator nuclear κβ) e do MAP quinase
ína (prote
ativadora da mitose) os quais estão envolvidos na inibição
ou ativação da apoptose em células infectadas por vírus,
ou por células em estresse metabólico.
19 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

Recentemente, descobertas têm indicado que


famílias de proteínas com o domínio de oligomerização
ligante de nucleotídeos (NOD) possuem um importante
papel na detecção de bactérias intracelulares. O NOD1 foi
originalmente identificado como uma molécula
estruturalmente relacionada ao regulador de apoptose
Apaf-1. Ele reconhece o γ-D-glutamil-meso-ácido
diaminopimélico. Já o NOD2, mostra similaridade
estrutural com NOD1, contudo ele reconhece o muramil
dipeptídeo MurNac-L-Ala-pisoGln (MDP). Ambas
estruturas reconhecidas pelo receptores NOD estão
presentes nas camadas de PGN (peptídeosglicanos) de
bactérias.

3.3 Citocinas e quimiocinas

Citocinas e quimiocinas são ambas moduladoras das


respostas imune inata e adaptativa. Elas podem ser
produzidas por uma variedade de células incluindo células
do sistema imunológico e células das paredes epiteliais e
endoteliais. Na imunidade inata as principais fontes de
citocinas são os macrófagos, neutrófilos, células natural
killers e keratinócitos. Quimiocinas e citocinas podem
desempenhar suas funções tanto localmente como
sistemicamente. O perfil gerado destas substâncias na
resposta imune inata que determinará o balanço Th1 ou
Th2 da resposta imune adquirida. O que demonstra a
ligação entre resposta imune inata e a adquirida.
Pela definição da palavra, citocinas são proteínas
secretadas pelas células do sistema imune inato e
adaptativo, que modulam muitas das funções dessas
células. Já quimiocinas são uma grande família proteínas

20 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

homólogas estruturalmente das citocinas que estimulam


os movimentos dos leucócitos e regulam a migração dos
leucócitos do sangue para os tecidos.
Citocinas e quimiocinas são importantes na
maturação das células dendríticas, recrutamento de
células efetoras nos locais de infecção, estimulação da
resposta inflamatória aguda e limitação do espalhamento
do patógeno. Dentre as várias citocinas e quimiocinas
geradas na resposta imune podem-se destacar: TNF-α,
IL-1, IL-4, IL-6, IL-8, IL-12 e os IFNs.
Como forma de escape do sistema imunológico
patógenos podem quebrar a rede de citocinas e
quimiocinas da resposta imunológica em três vias:
inibição da síntese ou liberação, interferência com os
receptores de ligação ou pelo uso de subtâncias
antagônicas. Muitos vírus têm a habilidade de inibir as
citocinas pro-inflamatórias ou estimular aquelas anti-
inflamatórias. É interessante também citar que algumas
bactérias podem modular a rede de citocinas e
quimiocinas pela produção de proteases que clivam essas
substâncias tornando-as inativas.

O livro Imunologia Celular e Molecular possui um


capítulo que trata apenas das citocinas e quimiocinas. Como
sugestão leia este capítulo.

21 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

3.4 Células do sistema inume inato

3.4.1 Mucosa epitelial – primeira linha de


defesa
A primeira linha de defesa do organismo contra
invasões de patógenos é representada por barreiras
físicas que impedem os microrganismos de infectar o
ambiente estéril interno do hospedeiro. Fazem parte
desta primeira barreira as superfícies mucosas do trato
respiratório, gastrointestinal, genitário e a pele. Todas
estas barreiras contêm também inúmeras outras formas
de defesa do organismo como células especializadas e
compostos químicos específicos, os quais diferem para
cada localização anatômica.
Os órgãos mais susceptíveis aos ataques de
patógenos são os pulmões e o intestino. Isso se deve ao
fato desses órgãos possuírem uma grande superfície de
contado com o ambiente externo.
Processos fisiológicos como o movimento ciliar,
secreção de uma camada de muco constituído de mucinas
(glicoproteínas), auxiliam na eliminação dos patógenos
que tentam se aderir às superfícies epiteliais do
hospedeiro. Outras defesas como a secreção de IgA e
lactoferrina também podem inibir essa adesão. Nos
intestinos a flora microbiana comensal auxilia na proteção
inibindo muitas vezes o desenvolvimento de
microrganismos patogênicos neste órgão. Ambiente
desfavorável a proliferação dos patógenos também é
encontrado no estômago, devido a secreção de ácido
clorídrico o qual diminui o pH, provocando a morte dos
agentes infecciosos presentes na lúmen deste órgão.

22 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

Várias enzimas e peptídeos secretados nas superfícies


mucosas também podem auxiliar a matar microrganismos
invasores. Lisozima é um exemplo de enzima capaz de
degradar a parede celular de bactéria. A lactoferrina
possui grande afinidade por ferro, isso possibilita a
inibição do desenvolvimento de microrganismos que
dependem deste componente para sobrevivência. Já a
lactoperoxidase produz superóxidos que matam bactérias.
Apesar de todos estes mecanismos já citados,
patógenos podem evadir-se e alcançar o ambiente interno
das superfícies epiteliais. Ocorrendo isso, as células
epiteliais possuem mecanismos de percepção da presença
desses microrganismos tanto em suas faces apical, baso-
lateral e intracelular. Vias metabólicas específicas são
ativadas quando receptores ligam-se aos seus ligantes
sobre os microrganismos ou seus produtos. Assim sendo,
ocorre a secreção de citocinas e quimiocinas que atuaram
no recrutamento de tipos celulares que executam a
resposta imunológica, assim como ativam fatores
transcripcionais que levarão a vias de resolução da
infecção. Muitas quimiocinas têm sido relacionadas ser
secretadas pelas células epiteliais: IL-8, ENA 78, gro-α,
MIP-2e MCP-1. A interleucina 8 (IL-8) é relacionada com o
recrutamento de neutrófilos para a região baso-lateral.
Monócitos/macrófagos têm seu recrutamento facilitado
pela expressão de receptores ICAM-1 sobre as superfícies
das células.
Peptídeos como as defensinas, catelicidinas e
histatinas têm demonstrado ser secretados pelas células
epiteliais e possuem importante papel na defesa do
hospedeiro (humanos). As defensinas ligam-se as
membranas de organismos carregados negativamente

23 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

levando a desestabilização desta. Catelicidinas como as


defensinas podem-se ligar aos LPS e inativam sua função
biolológica. Histatinas estão presentes na saliva humana e
sua ação antimicrobiana é particulamente efetiva contra
fungos.
No intestino, a presença de células epiteliais, células
M e células dendríticas as quais são especializadas na
tomada dos patógenos do lúmen transpondo-os para o
interior do epitélio, em regiões denominadas placas de
Peyer, facilitam o desenvolvimento da resposta
imunológica contra estes patógenos. Esta resposta pode
ser dada localmente ou ser amplificada e tornar-se uma
resposta sistêmica.

3.4.2 Células fagocitárias: neutrófilos e


macrófagos

A principal função das células fagocitárias é realizar


a fagocitose dos agentes infecciosos antes que eles
possam espalhar pelo organismo hospedeiro. Uma função
função secundária, porém não menos importante, é
executada pelos macrófagos. Eles são capazes de
funcionar como células apresentadoras de antígenos,
sendo assim, são umas das ligações entre a resposta
imune inata e a resposta imune adaptativa.
As primeiras células reativas ao patógeno invasor
são os macrófagos residentes nos tecidos epiteliais.
Neutrófilos são recrutados posteriormente aos sítios de
infecção pela expressão de citocinas, quimiocinas e sinais
de perigo, que fazem com que estas células abandonem a
corrente sanguínea e migrem para os locais de ação.

24 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

Tantos macrófagos como neutrófilos possuem muitos


receptores responsáveis pelo reconhecimento dos
patógenoss. Após fagocitados os microrganismos são
internalizados em fagossomos. Através da atuação de
enzimas contidas nos lisossomos que se fundem ao
fagossomo, o conteúdo fagocitado é digerido por
mecanismos que envolvem reações oxidativas e não-
oxidativas.
Os neutrófilos são leucócitos também conhecidos
como polimorfonucleares devido a aparência de seu
núcleo através da microscopia. Seu núcleo é segmentado
em três a cinco porções. Eles possuem grânulos que
contêm agentes microbianos oxidativos e não-oxidativos
que são liberados no fagolisossomo. Entre estes agentes
incluem-se: defensinas, proteínas aumentadora da
permeabilidade bactericida (B/PI), proteínas catiônicas
que se ligam ao LPS, fosfolipases, lisozimas, lactoferrinas
e catepsina G. Algumas dessas subtâncias também são
importantes na regulação da resposta imune. O
hipoclorito é o principal oxidante bactericida produzido
pelos macrófagos. Ele também é responsável pelo dano
tecidual do hospedeiro. Assim como espécies de oxigênio
reativo que são liberadas pelo neutrófilo e estão
relacionadas com a inflamação crônica nas quais ocorre a
persistência dos neutrófilos no tecido que foi infectado.
Os macrófagos são originários da hematopoese na
medula óssea. Eles são primeiramente definidos como
monócitos quando ganham a circulação sanguínea ainda
não tendo completado seu desenvolvimento. Uma vez
completado seu desenvolvimento recebem o nome de
macrófago apesar de existirem variações dependendo do
local onde são encontrados. Por exemplo, quando são

25 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

encontrados no sistema nervoso central recebem o nome


de células da micróglia, quando encontrados nos pulmões,
macrófagos alveolares; no fígado, células de Kupffer; e na
medula quando apresentam múltiplos núcleos,
osteoclastos. Como os neutrófilos os macrófagos podem
responder a presença de patógenos nos sítios de infecção.
Contudo eles apresentam a característica de não serem
completamente diferenciados, o que possibilita sua
divisão nos sítios de infecção possibilitando sua maior
permanência durante a inflamação. Os macrófagos são
principais células nos estágios precoces da infecção.

3.4.3 Células dendríticas (DCs)

Entre os componentes celulares identificados no


sistema imune inato as células dendríticas têm sido
identificadas como o principal tipo celular para
apresentação de antígenos, sendo então classificadas
como células apresentadoras profissionais. Estas células
são capazes de reconhecer muitos padrões antigênicos
através de vários receptores padrões de reconhecimento
expressos por elas como os TLRs. Tem sido demonstrado
que células dendríticas estão presentes em quase todos
órgãos periféricos e tecidos linfóides, fato este que
contribui para sua ação contra agentes infecciosos, pois
virtualmente elas estão presentes em todos possíveis
sítios de entrada dos antígenos. Recentemente têm-se
sugerido que estas células também estão envolvidas em
processos de indução e manutenção da tolerância
antigênica.

26 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

O ciclo de vida das células dendríticas inicia com as


células precursoras (incluindo monócitos), as quais
circulam na circulação sanguínea e são continuamente
geradas pelos progenitores na medula óssea. A migração
para órgãos não linfóides induz a diferenciação das células
precursoras das células dendríticas em células dendríticas
que tornam-se residentes nos tecidos celulares (interstício
dos órgãos periféricos e pele). Contudo, estas células
encontram-se nesses locais em um estado (fenótipo)
imaturo. Sua maturação ocorre através do
reconhecimento de PAMPs por estas células somados a
um ambiente ideal de moléculas (citocinas, quimiocinas,
DAMPs, etc) que auxiliam no seu desenvolvimento. A
ativação das células dendríticas leva a apresentação de
antigênica através de moléculas do complexo principal de
histocompatibilidade da classe II (MHC-II) de peptídeos
derivados do processamento do antígeno fagocitado.
Células dendríticas maturas são capazes de secretar
uma variedade de citocinas, dentre elas IL-12p40 e p70,
TNF-α, IL-1β, IL-6 e óxido nítrico. Estas citocinas estão
envolvidas no desenvolvimento e manutenção de
processos inflamatórios relacionados à resposta resposta
imune inata. Ela também secreta a IL-2 que é uma
molécula chave na indução da imunidade T dependente
(imunidade adquirida) ou na efetivação de mecanismos
tolerogênicos.
O processo de maturação das células dendríticas,
após ativado, faz com que estas células alterem o padrão
de moléculas receptoras de quimiocinas. Sendo assim,
elas adquirem a capacidade de migrar dos tecidos
periféricos para os vasos linfáticos onde ganham a
circulação linfática e posteriormente os linfonodos, onde

27 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

atuaram como apresentadoras de antígeno estimulando a


resposta imune adquirida. Para isso ocorre uma regulação
negativa para a expressão de CCR1 e CCR5, e positiva
para CCR7 o qual direciona as DCs via quimiocinas CCL19
e CCL21.

Figura 3. Revisão das DCs e suas principais


características como células apresentadoras de antígenos
(modificado de ADAMS et al., 2005).

3.4.4 Células natural killers (NK)

Células natural killers são derivadas dos mesmos


precursores linfóides de linfócitos T. Essas células contêm
importantes moléculas chamadas perforinas e granzimas,
as quais são liberadas durante o contato célula-célula e
são responsáveis por matar células tumorais e aquelas
infectadas por vírus. Células NK também podem atuar
através da via Fas/FasL e são a principal fonte de IFN-γ
que ativa os macrófagos para matar patógenos. Já os
macrófagos secretam IL-12 que é essencial para a
atividade citotóxica das células natural killers.

28 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

Diferentemente de células T citotóxicas, células NK


não reconhecem especificamente os antígenos, seus
receptores não são codificados por genes que sofrem
recombinação somática que determinam a especificidade,
assim elas diferem das células relacionadas ao sistema
imune adaptativo, representando um braço da resposta
imune inata. Contudo, quando analisadas as bases de
suas relações de linhagem, repertório de receptores e
funções efetoras, células NK parecem ser um tipo células
que interliga os sistemas imune inato e adaptativo.
Através do reconhecimento dos patógenos por seus
receptores elas respondem rapidamente ativando sua
funções efetoras. Uma variedade de receptores são
expressos pelas células naturais killers, dentre estes
destacam-se CD2, CD69, CD226 (DNAM-1), CD44 e Ly6,
alguns destes envolvidos com a atividade citotóxica da
células NK e outros envolvidos com a produção de
citocinas que atuam como reguladoras da resposta
imunológica. Uma família de receptores denominada KIR
(receptores parecidos com imunoglobulinas) possui
funções ativadoras e inibitórias. O KIR inibitório
reconhece células que expressam níveis normais de MHC-
I protegendo-as da função lítica das NKs. Células que
expressam baixa quantidade de MHC-I são então lisadas.
Já o receptor KIR ativador possui a função de regular as
funções das células NKs.
Alguns estudos citam sobre a possibilidade que
células NK podem interagir diretamente com células T
CD4+. Isso é sugerido pelo fato das células NK humanas
possuirem MHC-II. Estudos recentes têm demonstrado
que a ativação de células NK humanas por citocinas
“inatas” (IL-12, IL-15) é suficiente para a expressão de

29 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

CD86 sobre essas células. Assim sendo, a expressão do


CD86 que é o ligante do CD28 (potente receptor
coestimulatório) possibilita a ativação de células T CD4+,
o que demonstra a interligação entre os sistemas inato e
adaptativo através das células NK.
Existem um pequeno número de células do sistema
imune que compartinham características com as células
naturais killers e as células T. Essas são denominadas
células NK-T. Elas constituem uma conservada
sublinhagem compropriedades únicas, incluindo
reatividade para glicolipídeos apresentado por Cd1d,
expressão de um receptor células T (TCR) cadeia α, e um
requerimento não usual para seleção tímica. Essas células
produzem rapidamente citocinas que influenciam a
resposta imunológica e processos patogênicos.

3.4.5 Mastócitos

Células mastócitos (MCs) têm sua origem na


medula óssea. Elas circulam no sangue em baixa
concentração e são encontradas em todos os tecidos, mas
são especialmente abundantes nos limites entre o
organismo e o ambiente, como nas mucosas das vias
aéreas e intestino, e na pele. Este tipo celular possui uma
espectativa de vida de 1 a 6 meses.
MCs respondem diretamente e indiretamente aos
patógenos, tornando estas células importantes sentinelas
do sistema imunológico. Elas podem então iniciar
mecanismos importantes da resposta imune inata ao
patógeno. Entretanto, células mastócitos também podem
trabalhar como influenciadoras de uma boa resposta

30 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

adaptativa, pois contribuem com a maturação, migração e


função das células dendríticas, além de interagirem com
os linfócitos T e B.
Como células do sistema inume inato, MCs
produzem importantes compostos com função bactericida
como as catelicidinas, além de substâncias pro-
inflamatórias como heparina, histamina e fatores
quimiostáticos para eosinófilos. Elas também podem
contribuir no controle da reposta através da ação de
proteases que degradam mediadores endógenos, os quais
são super-regulados durante a infecção. A resposta das
células matócitos não é restringida às bactérias, elas
também são reativas a muitos patógenos como parasitas
e vírus.

3.5 Conclusão

O sistema inume inato constitui a primeira linha


defesa do organismo, através de barreiras físicas,
químicas e elementos celulares. A interação entre estes
componentes possibilita o reconhecimento e muitas vezes
a eliminação do patógeno invasor através de mecanismos
próprios. Como resultado do reconhecimento, o sistema
imune inato é capaz de influenciar outro mecanismo
imunológico do hospedeiro, conhecido como resposta
imune adaptativa. Existem vários componentes do
sistema imune inato que são importantes para esta
interação, contudo três componentes se destacam, sendo
eles, os TLRs, as células dendríticas e as citocinas. Esta
interação entre dois braços da reposta imunológica
possibilita o organismo do hospedeiro combater
eficientemente o patógeno.

31 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

3.6 Bibliografia

ABBAS, A. K.; LICHTMANA, A. H.; PILLAI, S. Imunologia


Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Elsevier, 6ed. 2008.

ADAMS, S.; O’NEILL, D. W.; BHARDWAJ, N. Recent


Advances in Dendritic Cell Biology. Journal of Clinical
Immunology, v.25, n.2, p.87-98, 2005.

AKIRA, S.; UEMATSU, S.; TAKEUCHI, O. Pathogen


Recognition and Innate Immunity. Cell, v.124, p.783–
801, 2006.

ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; WALTER, P. Biologia


molecular da célula. São Paulo: Artmed, 4ed. 2004.

BASSET, C.; HOLTON, J.; O’MAHONY, R.; ROITT, I. Innate


immunity and pathogen–host interaction. Vaccine, v.21,
p.s2/12-s2/23, 2003.

FILHO, G. B. Bogliolo Patologia Geral. Belo Horizonte:


Guanabara Koogan, 3ed. 2003.

JANEWAY, JR. C. A.; MEDZHITOV, R. Innate immune


recognition. Annu. Rev. Immunol., v.20, p. 197-216,
2002.

LEE, H. K.; IWASAKI, A. Innate control of adaptive


immunity: Dendritic cells and beyond. Seminars in
Immunology, v.19, p.48-55, 2007.

MEDZHITOV, R. Toll-like receptors and innate immunity.


Nature reviews Immunology, v.1, p.135-145, 2001.

MEDZHITOV, R.; JANEWAY JR., C. A. Innate immunity:


impact on the adaptive immune response. Current
Opinion in Immunology, v.9, p.4-9, 1997.

32 | P á g i n a
______________Sistema imune inato______________

TEGNÉR, J.; NILSSON, R.; BAJIC, V. B.; BJÖRKEGREN, J.;


RAVASI, T. Systems biology of innate immunity. Cellular
Immunology, v.244, p.105–109, 2006.

TURVEY, S. E.; BROIDE, D. H. Innate immunity. American


Academy of Allergy, Asthma and Immunology. p.s24-s32,
2010.

WILSON, N. S.; VILLADANGOS, J. A. Lymphoid organ


dendritic cells: beyond the Langerhans cells paradigm.
Immunology and Cell Biology, v.82, p.91-98, 2004.

WONG, S. Y. C. Innate immune trouble detectors. Trends


in Immunology, v.22, n.5, p.235-236, 2001.

33 | P á g i n a

Você também pode gostar