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As vias alternativas e das lectinas são mecanismos efetores da imunidade inata, ao

passo que a via clássica é um dos principais mecanismos de imunidade humoral


adaptativa.

O SC participa da fagocitose, opsonização, quimiotaxia de leucócitos, liberação de


histamina dos mastócitos e basófilos e de espécies ativas de oxigênio pelos leucócitos,
vasoconstrição, contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade dos vasos,
agregação plaquetária e citólise.

Sistema complemento: Via clássica

É desencadeada por uma molécula de anticorpo ligada a antígenos. Como temos vários
anticorpos livres no corpo, este não ativa o SC, pois se a via se ativasse ao se ligar a um
anticorpo não ligado a antígeno, viveríamos em um estado de inflamação persistente.

A ativação da via clássica do SC é iniciada pela ligação de C1q à porção Fc (fragment


crystalline) de um anticorpo. O anticorpo ainda possui a porção Fab, que é a porção
variável, aquela que reconhece o antígeno.

A ligação de C1q a regiões Fc leva à ativação enzimática do C1r associado, que cliva e
ativa C1s. C1s ativado cliva a proteína seguinte na cascata, C4, para gerar C4a e C4b.
C4a, que sai da via, possui potencial de induzir inflamação.

O produto C4b realiza a clivagem de C2. A proteína C2 é a única do complemento que


ao ser clivada forma a porção a, que é a maior e fica – C2a – e a porção b, que é a
menor e sai – C2b.

C4b e C2a formam o complexo C3 convertase, que cliva C3 em C3a e C3b. Algumas
moléculas de C3b fazem a opsonização os microrganismos, mas algumas outras se
ligam ao complexo C3 convertase (C4bC2a), formando, dessa forma, a C5 convertase.
A função da C5 convertase é clivar C5 em suas frações C5a e C5b e inicia as etapas
terminais da ativação do complemento.

Sistema complemento: Via alternativa


A via alternativa é ativada continuamente na fase fluida em pouca intensidade, ou
seja, o C3 não é clivado apenas no processo iniciado por C1, sendo clivado em pequena
escala o tempo inteiro na nossa corrente sanguínea. Na presença de um ativador
exógeno, esta via alternativa é amplificada.

Para essa clivagem em larga escala é formada uma C3 convertase, a partir do C3b
ligado à membrana do microrganismo junto com uma proteína chamada de Bb. Esse
Bb advém da clivagem do Fator B pelo Fator D em Ba e Bb. Como usualmente ocorre
nas vias do complemento, Bb fica na via e Ba sai. Formada a C3 convertase (C3bBb), há
uma clivagem em larga escala de C3 em C3a e C3b.

C3a deixa a via e vai promover a inflamação, enquanto C3b opsoniza mais
microrganismos e leva às etapas finais da ativação, ao formar a C5- convertase na
superfície celular.

Sistema complemento: Via da lectina

A diferença da via lectina para clássica é que, ao invés de se ter um anticorpo que será
reconhecido por C1, temos nessa via o reconhecimento dos resíduos de manose na
superfície da bactéria pela lectina ligadora de manose. As MASP1 e MASP2 são as
responsáveis por clivar as proteínas do complemento nesta via.

Há a formação da C3-convertase por C4b e C2a – C4 e C2 foram clivadas pelos MASPs.


A C3-convertase cliva C3 em C3a e C3b. Tudo acontece igualmente com C3b
opsonizando e se ligando à C3-convertase para a formação da C5-convertase e
continua-se com as etapas finais da ativação do complemento.

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