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Sistema Complemento

ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
Nome Complemento deriva dos experimentos de Charles Bordet :
Sistema Complemento:

• Conjunto de proteínas no soro e de superfície celular que interagem de modo altamente

regulado com moléculas do Sistema Imune.

• Circulam sob forma inativa.

• A ativação envolve proteólise seqüencial de proteínas gerando fragmentos

biologicamente ativos.

• As vias clássica e alternativa diferem no modo de geração de C3b, convergindo para


uma via citolítica comum.
PRODUÇÃO DAS PROTEÍNAS DO COMPLEMENTO

hepatócitos

Fagócitos mononucleares
Sistema Complemento (SC)
3 Vias de ativação:

Alternativa Clássica Lectinas

Via Citolítica: formação do


complexo de ataque à
membrana (MAC)
Via Alternativa

• Mecanismo efetor da Imunidade Inata

• Ativação consiste da proteólise de C3 para geração de produtos ativos


e subseqüentemente ligados à superfície microbiana (C3b) sem a
presença do Ag

• Normalmente, C3 é clivado em baixas concentrações no plasma,


gerando C3b = processo chamado de ‘tickover’
Quebra de moléculas de C3
com exposição da ligação
interna de tioéster

Na fase fluida, o C3b Ligação de C3b à polissacarídeos na


é inativado por hidrólise sup. do patógeno pela ligação tioéster
Seqüência de eventos da Via Alternativa

• Clivagem espontânea de C3
Hidrólise
Superfície
microbiana

• Clivagem do fator B pelo D


e estabilização pela Properdina
Fator D

Convertase de C3
• Clivagem de C3 adicionais
pela convertase de C3

• Ligação de C3b à superfície


do patógeno e a formação de
C3bBb (convertase de C5)

Convertase
de C5
• Clivagem de C5 (passos
subsequentes de ativação)
Formação do complexo de ataque à membrana (MAC)
Via Clássica

- Mecanismo efetor da Imunidade Humoral;


- Inicia-se com a ligação do complexo Ag-Ac.
Ligação de C1
ao complexo Ag-Ac

Formação da
convertase de C3

Convertase
de C3
Clivagem de C3
pela C3 convertase

Ligação de C3b à superfície


do Ag e ligação ao
complexo C4b2a

Convertase de C5
Formação do complexo de ataque à membrana (MAC)
Estrutura da molécula de C1
(C1q, C1r e C1s)
Ligação de C1 às porções Fc das moléculas de IgM e IgG
Formação do complexo de ataque à membrana (MAC)
Visão morfoló
morfológica dos
poros formados na
membrana da cé
célula-
lula-
alvo
Receptores para o fragmento C3b

Receptor Ligante Distribuição celular Funções

• Receptor do tipo 1 C3b>C4b>iC3b fagócitos, eritrócitos, - fagocitose


do complemento céls dendríticas foliculares - retirada IC
(CR1,CD35) eosinófilos, céls T e B e - dissociação da
neutrófilos da convertase
C3 (C3b,C4b)

• Receptor do tipo 2 C3d/C3dg>iC3b céls. B - ativação de


do complemento céls dendríticas céls. B
(CR2,CD21) foliculares - receptor EVB

• Receptor do tipo 3 iC3b, ICAM-1 fagócitos - fagocitose


do complemento (CR3, céls. NK - adesão de
Mac-1 e CD11c/CD18 ) neutrófilos leucócitos

• Receptor do tipo 4 iC3b fagócitos - fagocitose


do complemento (CR4, céls. NK - adesão
CD11c/, CD18) neutrófilos
Principais reguladores de ativação do Sistema Complemento

Proteína Interação com: Funções

C1- INH C1r, C1s Inibidor de serinoprotease (C1r e C1s )

Fator I C4b, C3b Serinoprotease que cliva C3b e C4b pelo Fator
H, MCP, C4BP ou CR1 como cofatores

Fator H C3b Liga C3b e dissocia Bb, clivagem de C3b


mediada pelo Fator I

Proteína ligadora C4b Liga C4b e dissocia C2, clivagem de C4b


de C4 (C4BP) mediada pelo Fator I

Proteína ligadora C3b, C4b Clivagem de C3b e C4b


de membrana MCP mediada pelo Fator I

Fator de aceleração C4b2a, C3bBb Separa C2 de C4b e Bb de C3b


decaimento (DAF)

CD59 C7 e C8 Bloqueia a ligação de C9 e evita a formação do


MAC
Papel do inibidor de C1 ( C1-INH) na inibição de sua ativação

C1q se liga ao complexo Ag-Ac resultando C1-INH evita que C1r2 s 2 se tornem
na ativação de C1r2 s 2 ativos
Reguladores de membrana de ativação do Complemento

Formação do complexo DAF, MCP e CR1


C4b2a (convertase deC3) deslocam C2a de C4b

Via
Clá
Clássica

Formação do complexo DAF e CR1 deslocam


C3bBb (convertase deC3) Bb de C3b

Via
Alternativa

Clivagem de C3b mediada pelo Fator I


Regulação da formação do Complexo
de Ataque a Membrana
Funções Biológicas do Complemento

⇐ opsonização e fagocitose

⇐ estímulo de reações inflamatórias

⇐ citólise
Funções Biológicas do Complemento

⇐ Solubilização de imunocomplexo

⇐ ativação das células B


ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO

Angioedema Hereditário é uma doença decorrente da deficiência de inibidor de C1 esterase (C1


INH), com herança autossômica dominante, determinada no Cromossomo 11.

Ocorre com uma frequência estimada entre 1:10000 e 1:50000.

Angioedema Hereditário tipo I: com deficiência quantitativa da síntese de C1 INH.


Angioedema Hereditário tipo II: com deficiência funcional desta proteína.

Manifestações clínicas: primeiros sintomas podem surgir em qualquer idade.


- edema de pele e mucosas, trato gastrointestinal e trato respiratório.
- asfixia por edema de laringe ocorre em 25-40% dos pacientes não tratados.
DEFICIÊNCIA DE C3
infecção piogênica recorrente

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