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Sistema complemento
Definição: É um conjunto de pequenos peptídeos produzidos pelo fígado e lançados na corrente
sanguínea em forma de zimogênio que são pré-enzimas ou enzimas inativas. Uma dessas enzimas
vai ativar-se a partir de um start (ligação com subunidades), e uma enzima que foi ativada é
responsável por ativar a próxima enzima e assim por seguinte
Quando é liberado um peptídeo no sangue já entende-se que e uma molécula de fácil de degradação,
pois as proteases do plasma fazem a degradação facilmente. Peptídeos então tem meia vida curta e
logo sua ação após uma ativação logo é muito local
• via clássica
• via alternativa
• via da lecitina
Via clássica
é uma rota da imunidade adaptativa, que tem presença de IGM e IGG durante o processo de
ativação. Exige o encontro de 3 componentes, anticorpo -IGG/IGM-, antígeno-INVASOR e peptídeos
do sistema complemento disponível na corrente sanguínea,-C1 o encontro desses 3 componentes
ativa a via clássica, mas se um deles já não estiver presente a ativação não ocorre. A formação desse
trio tem que ser em alta intensidade (muito de cada elemento)
Na via clássica do sistema complemento precisamos que os anticorpos IGM mostrem seus
sítios de ligação para os C1, e para isso eles precisam ligar-se aos antígenos. Ou seja, o sítio
de ligação que serve para a conexão do sistema complemento (c1) só aparece depois da
ligação do IGM com o antígeno
Lourdes Maria XLIV
O IGG já apresenta o sítio sempre exposto, mas como é muito pequeno são necessárias duas
unidades de IGG paralelos para sustentar a ligação do sistema complemento. Essa
sustentação não ocorre na corrente sanguínea visto que ela tem turbulência e durante seu
transporte as moléculas não vão mover-se de forma paralela. Ou seja, para o sistema
complemento acoplar-se ao IGG são necessárias duas moléculas
Uma das subunidades é o C1, cujo substrato vai ser o c2 e o c4. Uma vez ativado sobre o anticorpo, o
C1 terá uma atividade enzimática de clivagem que vai quebrar c2 e c4 em duas partes: A e B.
Veremos que c1 fará a clivagem de c2 e c4, e depois c2 e c4 farão clivagem de outras moléculas que
também vão se dividir em parte A e B, e com isso pode-se perceber que em maioria dos casos a
fração A é a fração da molécula anafilática que extravasa para os líquidos corporais- favorece
vasodilatação, quimiotaxia, intensifica o processos inflamatório que é gerado naquele desafio
antigênico, e que a fração B vai constituir a próxima enzima do sistema complemento- estrutural.
Porém, apenas na clivagem do do C2 ocorre uma exceção: a fração B que será anafilática e a fração A
vai será a estrutural.
Seguindo o raciocínio, a subunidade do sistema complemento C1, que funciona como enzima, irá
fazer a clivagem de C2 e C4, ambos irão se dividir em porção A e B, porém enquanto a porção B do
C4 vai ser a que vai constituir a próxima enzima do sistema complemento, vai ser a porção A do C2
que irá fazer isso:
C2
Porção B: fração da molécula anafilática que extravasa para os líquidos corporais- favorece
vasodilatação
C4
Porção A: fração da molécula anafilática que extravasa para os líquidos corporais- favorece
vasodilatação
Como o C4B e o C2A serão componentes enzimáticos, eles irão se unir para formar então a próxima
enzima do sistema complemento: C4B2A ou C3 convertase visto que seu substrato será a subunidade
C3
Como visto, a exceção ocorre apenas para o C2 então, assim como o C4, a fração A do C3 será
anafilática e a fração B estrutural- A porção estrutural, que irá compor a próxima enzima do sistema
complemento irá juntar-se a C4B2A e formar a C4B2A3B ou c5 convertase pois irá clivar a subunidade
c5 em C5A e C5B
Lourdes Maria XLIV
O C5B como previsto terá atividade estrutural que é ajudar no posicionamento das próximas
moléculas do sistema complemento, a partir do C5B só há complemento de polipeptídios, sem mais
clivagens. O fato de o C5B ser lipofílico faz com que ele tenha afinidade com a membrana e ligue-se a
ele, o C5 chama o C6 que chama o c7 e o C8, e todas essas unidades lipofílicas (quanto mais lipofílico
mais enraizado na membrana), o c8 é tão lipofílico que já chega a ser transmembranico. O C8 por
conseguinte vai chamar várias unidade de c9 que é ainda mais lipofílico que o c8. Com o
posicionamento do c9 será formado um polímero na forma de um anel, e no meio desse anel há a
formação de um poro, fazendo com que frustre o papel de seletividade dos envoltórios, então
quando esse poro se forma automaticamente ocorre uma indução de lise celular, visto que os
envoltórios são essenciais para vida da célula, e com essa janela aberta não há mais diferenciação
entre o LIC e o LEC, gerando a morte da célula. Esse polímero que termina de se formar com o
posicionamento de c9 chama-se de complexo de ataque a membrana.
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Via alternativa
Inicia com a ligação da fração c3b ao antígeno, sem participação de anticorpos.
Via que utiliza ferramentas inatas (enquanto via clássica utiliza ferramentas adaptativas, pois
anticorpo é resposta humoral). Esta via ocorre tanto em parelelo com a via clássica quanto com a da
lecitina, uma delas tem que estar ativadas para que a alternativa pegue mais velocidade. É chama de
Alça de Amplificação, pois apenas potencializa a ativação do complemento.
Esta via reconhece PAMP’s. Uma das moleculas capazes de reconhecer esses PAMP’s é a molecucla
de lecitina, ou seja, um conjunto de lecitinas é capaz de se ligar a PAMP’s e dar início à via do sistema
complemento.
Via da Lecitina
OBS.: na via alternativa a clivagem de C3 não tem como única origem a ação de C1 ou da lecitina.
Pois pode ocorrer a clivagem espontânea de C3 por hidrólise, desde que tenha na corrente sanguínea
um fato chamado fator B/C3(H2O)Bb – que também vem do fígado. O fator B possui mecanismos de
clivagem para formar a fração b e, junto da água, vai continuar clivando o C3 de forma a dar origem a
uma nova C3-convertase que aumenta ainda mais a quantidade de C3 excedente das outras vidas. A
fração C3bBb junto do fator D e da properdina, terá a mesma ação da C3-convertase e pode formar
uma nova C5-convertase.
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A partir do ponto onde se tem a C5-convertase todas as vias se tornam uma via comum, pois C5b não
possui ação enzimática, mas sim lipofílica, servindo de ancora para C6, C7, C8, C9 até chegar ao MAC
– Complexo que Ataque à Membrana – que faz a lise do patógeno.
Opsonização
Terceira, e última, função do sistema complemento é a opsonização, significa revestir. Os patógenos
que invadem o organismo serão completamente revestidos de fator C3b. A vantagem é que, como
praticamente todas as células sanguíneas possuem receptores de C3b, patógenos opsionizados pelo
sistema complemento serão capturados por essas células, as quais passam por dentro de órgãos
linfoides, como baço e linfonodos, os quais filtrarão e reterão esses patógenos. Ou seja, ainda que o
sistema complemento não consiga fazer a lise desses patógenos, ele terá a capacidade de sinalizar
através desses órgãos o que deverá ser retido.
C8, de forma semelhante ao c7, se insere na bicamada lipídica das membranas celulares, e acomoda
o c9
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4. Receptores do complemento
Cr1: presente em células sanguíneas e em células dendríticas dos órgãos
linfóides secundários; favorece o arraste e a fagocitose de antígenos
opsonizados
. Funções
Opsonização
Complexo de ataque à membrana
Anafilaxia
. Regulação
Várias proteínas circulantes na corrente sanguínea e de
membrana celular, atuam na regulação e são chamadas
reguladoras da atividade do complemento (RAC), com
dois objetivos:
- Parede celular muito espessa ou encapsulados; são patógenos com uma maior resistência.