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PONTA GROSSA
2018
BRUNA REGINA AVELAR
EDUARDO CARREÃO FREIRE
PONTA GROSSA
2018
2
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Ponta Grossa
Departamento Acadêmico de Engenharia Química
TERMO DE APROVAÇÃO
por
Bruna Regina Avelar
Eduardo Carreão Freire
3
RESUMO
Há muitos anos, a soja está presente e consolidada em todo o mundo, tanto para
consumo na alimentação, pois tem um alto índice de proteínas e outros nutrientes,
quanto como matéria-prima para outros produtos, como o próprio óleo de soja,
tintas, detergentes e até mesmo biocombustíveis. Para o Brasil, a soja tem um
destaque ainda maior, pois é uma das culturas mais importantes economicamente,
sendo o país um dos maiores produtores e exportadores do mundo, e estes dados
tendem a ser ainda mais favoráveis ao longo dos próximos anos, visto que o Brasil
tem grande potencial para expandir sua cultura e atender a crescente demanda
mundial. No processamento da soja, resultando em farelo e óleo de soja, são
necessárias algumas etapas industriais, das quais a etapa de dessolventização-
tostagem é onde geralmente ocorre uma grande perda de solvente e,
consequentemente, perda financeira para o processo em geral. Assim, o objetivo
desse trabalho foi desenvolver uma pesquisa e testes com as variáveis que
interagem nesta etapa e propor uma redução nas perdas do solvente utilizado. Para
isso, foram analisados alguns fatores, alterando o valor da temperatura de setpoint
do dessolventizador-tostador. Os dados foram avaliados e a temperatura
anteriormente usada foi alterada para a que obteve um melhor desempenho nos
testes, tornando possível, assim, uma economia de mais de 20 mil reais ao mês.
4
ABSTRACT
For many years, the soybean has been present and consolidated in the whole world,
not only for the alimentation consume, due to the high level of proteins and other
nutrients, but also as raw material for other products like the own soybean oil, inks,
detergents and even biofuels. In Brazil, soybean has an even bigger emphasis, since
it is one of the most economically important cultures, Brazil being one of the largest
producers and exporters in the world, and these data tend to be even more favorable
over the next few years, since Brazil has great potential to expand its culture and
meet the growing world demand. In soybean processing, that results in soybean
meal and oil, some industrial steps are required, of which the desolventization-
toasting stage is where a large loss of solvent usually occurs and, therefore, financial
loss to the process in general. Thus, the main objective of this paper was to develop
a research and some variable tests and propose a reduction in the losses. For this
purpose, some factors were analyzed, changing the values of the desolventizer-
toaster’s setpoint temperature. The data were assessed and the temperature
previously used was changed for the one which had the best performance in the
tests, making it possible to save more than 20 thousand reais per month.
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 3 – Dessolventizador-Tostador.......................................................................28
5
LISTA DE GRÁFICOS
5
LISTA DE QUADROS
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 2 - Dados de receita de vendas (em milhões) da soja em grão do Brasil, por
país importador ......................................................................................................... 22
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
2. OBJETIVOS ................................................................................................ 14
2.1 OBJETIVO GERAL ...........................................................................................14
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................14
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 15
3.1 A SOJA .............................................................................................................15
3.2 HISTÓRICO ......................................................................................................16
3.3 EXPLORAÇÃO DE MERCADO ........................................................................17
3.3.1 Produção de soja ............................................................................................17
3.3.2 Oferta e demanda ...........................................................................................19
3.3.3 Exportação ......................................................................................................20
3.4 PROCESSAMENTO DA SOJA .........................................................................23
3.4.1 Recebimento ...................................................................................................24
3.4.2 Preparação .....................................................................................................24
3.4.3 Extração ..........................................................................................................26
3.4.3.1 Extrator .......................................................................................................26
3.4.3.1.1 Farelo Desengordurado ............................................................................28
3.4.3.1.1.1. Farelo Tostado .....................................................................................29
3.4.3.1.1.2. Mistura de gases ..................................................................................29
3.4.3.1.2 Miscela ......................................................................................................30
4. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 32
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 35
5.1 AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS DEPENDENTES ..............................................35
5.2 RESULTADOS DOS TESTES ..........................................................................36
5.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS ........................................................38
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 49
10
1. INTRODUÇÃO
11
O processo de extração do óleo da soja ocorre, principalmente, através da
extração por solvente. Um dos solventes mais utilizados nos dias de hoje, por
possuir um dos melhores custos/benefícios e interagir de forma vantajosa com o
óleo, é o hexano, um derivado de petróleo, tóxico e altamente inflamável. Sendo
assim, o interesse em evitar as perdas deste solvente não é estritamente
econômico, mas também para evitar danos ambientais e à saúde.
1.1 JUSTIFICATIVA
12
Desta forma, desencadeou-se uma motivação para analisar e determinar
alguns fatores que podem ser modificados e/ou adaptados para contribuir
significativamente com um melhor aproveitamento do solvente hexano na etapa de
extração do óleo de soja, mais especificamente no dessolventizador-tostador, em
uma indústria de extração de óleo de soja, instalada na Região dos Campos Gerais -
PR.
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2. OBJETIVOS
14
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 A SOJA
O Portal da EMBRAPA Soja enuncia que “em média, a soja possui 40% de
proteínas, 20% de lipídios (óleo), 5% de minerais e 34% de carboidratos (açúcares
como glicose, frutose e sacarose, fibras e os oligosacarídeos como rafinose e
estaquiose)”. Também destaca que em 100 gramas de grãos de soja estão
presentes entre 160 a 470 miligramas de cálcio, uma média de 580 mg de fósforo,
9,4 mg de ferro, 1900 mg de potássio, entre outros compostos.
15
culturas para a vida humana na terra, especialmente pela sua capacidade de
produzir grandes quantidades de proteínas de excelente qualidade para a
alimentação animal e de óleo para consumo humano”. Além de ter outras
aplicabilidades, como por exemplo em biocombustíveis.
3.2 HISTÓRICO
17
Gráfico 1 – Grandes produtores mundiais de soja (1960/2017 – Mt)
18
safra 2016/2017. Em segundo lugar, aparece o estado do Paraná, com 17,15% do
total, seguido por Rio Grande do Sul, representando 16,43% do total produzido no
país.
Além disso, o fato da soja poder ser usada como matéria-prima de outras
indústrias, como a de tintas, vernizes, detergentes, etc, também contribui para essa
alta na demanda. Um forte exemplo é o biodiesel, obtido através das sementes de
oleaginosas, pois, como enuncia Silva (2017), a volatilidade do preço do petróleo e
a, cada vez maior, preocupação com a emissão de gases como o CO2 na atmosfera
19
está impulsionando a produção de biocombustíveis como alternativa para os
combustíveis fósseis.
Desta forma, há uma tendência muito forte de que o Brasil, já a curto prazo,
se torne o maior produtor global de soja. “Além de possuir área abundante para
aumentar sua produção, o Brasil, também, domina a tecnologia para produzir a soja
em climas tropicais” (DALL’AGNOL, 2017).
3.3.3 Exportação
20
aponta que a soja “reina no lugar que já foi da cana-de-açúcar (Brasil Colônia) e do
café (Brasil Império/República)”, sendo o destaque do agronegócio nacional.
Tabela 2 - Dados de receita de vendas (em milhões de dólares) da soja em grão do Brasil, por
país importador
22
3.4 PROCESSAMENTO DA SOJA
Para ter como produtos farelo e óleo, a soja passa por várias etapas de
processamento, cada uma tendo a sua finalidade. Este processo pode ser dividido
em 3 etapas: recebimento, preparação e extração. A Figura 1, contendo um
fluxograma, explica, de forma simplificada, as etapas de recebimento e preparação
dos grãos de soja.
Figura 1 - Fluxograma do Processamento da Soja
23
Já da etapa de extração, que é mais complexa, será explicada, mais adiante,
apenas o que é fundamental para o entendimento do projeto e seus objetivos.
3.4.1 Recebimento
3.4.2 Preparação
Depois dos laminadores, os flocos de soja vão para as expanders, que são
responsáveis por comprimir estes flocos, transformando-os em uma massa ainda
mais suscetível à extração. Dentro do equipamento, os flocos são arrastados por
uma rosca helicoide enquanto recebem vapor direto. No final do equipamento, existe
um cone que comprime o material em alta pressão. Após o cone, o material volta
novamente à pressão atmosférica, e essa queda brusca de pressão faz com que a
água presente na massa, vinda do vapor direto injetado no equipamento, evapore
instantaneamente, resultando em poros na massa. Essa massa porosa tem maior
área superficial e facilita a passagem do solvente na etapa da extração.
25
Após as expanders, a massa expandida passa uma esteira resfriadora, que
resfria a massa até uma temperatura de 58 a 62 °C através de ventiladores. Então, a
massa é enviada à Extração.
3.4.3 Extração
3.4.3.1 Extrator
26
Figura 2 - Extrator Rotocel
Fonte: http://oil-expeller.net
27
3.4.3.1.1 Farelo Desengordurado
Figura 3 – Dessolventizador-Tostador
Fonte: http://www.bustamantemaquetes.com.br
28
Guarienti (2009) explica que, nos 3 primeiros pisos, o farelo tem contato
somente com vapor indireto, que passa pelo piso. Esta parte é responsável pela
maior parte da dessolventização do farelo. Já os 4 últimos pesos utilizam vapor
direto e indireto para retirar o restante de solvente do farelo e para tostá-lo.
Após sair do DT, a mistura de gases passa por um lavador de gases, onde
entra por baixo do equipamento em fluxo ascendente, enquanto recebe um jato de
água quente em fluxo descendente. Como a água do lavador trabalha em circulação,
ela se encontra praticamente na mesma temperatura que os gases. O jato de água
retém a maior parte do conteúdo de sólidos que foram arrastados do DT.
29
Os gases que não foram condensados no 1º evaporador seguem para os
condensadores, que são responsáveis por condensar o hexano e enviá-lo para o
tanque separador, onde o hexano é armazenado e enviado novamente para o
processo de extração. Porém, a condensação não é completa. Por este motivo, o
resto da mistura dos gases é enviado para o sistema de óleo mineral, que é
composto de duas colunas de óleo mineral e trocadores de calor. O óleo mineral, por
interagir de forma vantajosa com o hexano, é utilizado para absorvê-lo da mistura e
depois ser separado novamente, recuperando, desta forma, a grande maioria do
hexano utilizado na extração.
3.4.3.1.2 Miscela
30
equipamento aquece a miscela até a temperatura necessária para que o próximo
equipamento possa funcionar de forma adequada e os resultados esperados em
relação à evaporação do hexano sejam alcançados. A temperatura final de
aquecimento é obtida com a regulagem da pressão de vapor no equipamento.
Então, o óleo, já com um residual quase nulo de hexano, vai para o secador
de óleo, de nomenclatura 506, onde é retirado a maior parte da água que foi
incorporada pelo óleo ao se utilizar o vapor direto. Tem-se, então, o óleo bruto.
31
4. MATERIAIS E MÉTODOS
32
ser evaporado, quase em sua totalidade, e separado do farelo resultante. Para se
evaporar este solvente, utiliza-se vapor direto e indireto.
Assim, para iniciar a pesquisa, o processo será avaliado para se obter quais
são as variáveis que interagem com a mudança de parâmetro proposta pelo projeto.
Após obtidas as variáveis, serão testados diferentes setpoints da temperatura de
saída dos gases no equipamento DT, o que, consequentemente, alterará somente a
quantidade de vapor direto utilizada. Para a realização dos testes, foi estabelecido
um cronograma. Serão testados 4 valores de temperatura de setpoint dos gases de
saída do DT e serão realizadas 3 análises para cada temperatura.
As coletas das amostras para análise serão sempre realizadas nas quartas-
feiras, quintas-feiras e sextas-feiras, de 09:00 às 10:00 horas da manhã, desde que
o processo esteja estabilizado. As análises das amostras serão realizadas pela
equipe de laboratório da própria empresa no período da tarde do mesmo dia da
coleta. A equipe de laboratório é composta por 4 analistas júnior, divididos em 4
turnos, 1 analista pleno, 1 supervisor de qualidade e 1 estagiário, estes 3 últimos em
horário administrativo. O cronograma é mostrado na Tabela 3:
33
Tabela 3 – Cronograma de testes
T dos Gases do
Dia Variável 1 Variável 2 ... Variável n
DT (°C)
7/2 79
8/2 79
9/2 79
14/2 78
15/2 78
16/2 78
21/2 77
22/2 77
23/2 77
28/2 76
1/3 76
2/3 76
34
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Aqui, atingimos nosso primeiro objetivo, que é “avaliar quais variáveis têm
influência direta no processo de dessolventização-tostagem do farelo de soja”.
35
5.2 RESULTADOS DOS TESTES
Consumo de Vapor -
Supervisório -
DT [ton/dia]
Consumo de Vapor
Auxiliar - 18A Supervisório -
[ton/dia]
Residual de Hexano
Válvula na saída do
no Óleo Bruto - 506 Cromatografia
506
[ton/dia]
36
cada temperatura de setpoint e, após a última coleta, a temperatura era diminuída
em 1 °C, até que fosse alcançada a temperatura de 76 °C. Os resultados dos testes
se encontram na Tabela 5.
Consumo Residual
T dos Temperatura Residual de Consumo
de Vapor de Hexano
Gases do Farelo - Hexano no de Vapor -
Dia Auxiliar - no Óleo
do DT DT Farelo - DT DT
60A Bruto - 506
[°C] [°C] [ppm] [ton/dia] [ton/dia] [ton/dia]
7/2 79 106,0 465,1 314,8 0,0 89,1
8/2 79 105,3 438,5 312,2 0,0 88,5
9/2 79 105,5 459,2 310,6 0,0 88,6
14/2 78 106,3 446,4 295,9 4,8 89,6
15/2 78 104,6 430,7 293,2 5,0 90,1
16/2 78 105,1 440,1 299,8 4,5 88,9
21/2 77 106,1 470,4 282,2 9,0 89,8
22/2 77 105,0 452,0 284,7 10,1 90,4
23/2 77 104,9 486,2 282,5 10,3 90,9
28/2 76 105,8 488,2 270,3 14,9 91,2
1/3 76 106,1 501,4 269,0 15,6 92,0
2/3 76 105,3 496,9 273,9 15,9 91,6
37
Tabela 6 – Médias dos resultados das análises
Residual Consumo
T dos Consumo Residual
T do Farelo de Hexano de Vapor - de Vapor de Hexano
Gases do Auxiliar - no Óleo
- DT [°C] no Farelo – DT
DT [°C] 60A Bruto - 506
DT [ppm] [ton/dia] [ton/dia] [ton/dia]
38
Quadro 2 – Desvio Padrão dos resultados
Desvio Padrão
Temperatura do Farelo - DT
0,20000
[°C]
Residual de Hexano no Farelo -
24,07087
DT [ppm]
Consumo de Vapor - DT
17,80771
[ton/dia]
Consumo de Vapor Auxiliar -
4,60904
18A [ton/dia]
Residual de Hexano no Óleo
1,22636
Bruto - 506 [ton/dia]
39
Quadro 3 – Variáveis x Temperatura de melhor resultado
Temperatura com
Variável Melhor Resultado
[°C]
Residual de Hexano
78
no Farelo - DT [ppm]
Consumo de Vapor -
76
DT [ton/dia]
Consumo de Vapor
Auxiliar - 18A 79
[ton/dia]
Residual de Hexano
no Óleo Bruto - 506 79
[ton/dia]
𝑅𝐹,ℎ = 𝑚̇ 𝐹 × 𝐶𝐹 × 𝑣 𝐻
onde:
𝑅𝑂,ℎ = 𝑚̇ 𝑂 × 𝐶𝑂 × 𝑣 𝐻
40
onde:
41
Tabela 7 – Perda de Hexano residual no farelo do DT
T dos
Gases do 𝑹𝑭,𝒉 𝑹𝑭,𝒅 𝑹𝑭,𝒎
DT (°C) [𝑳⁄𝒉] [𝑳⁄𝒅𝒊𝒂] [𝑳⁄𝒎ê𝒔]
T dos
Gases do 𝑹𝑶,𝒉 𝑹𝑶,𝒅 𝑹𝑶,𝒎
DT (°C) [𝑳⁄𝒉] [𝑳⁄𝒅𝒊𝒂] [𝑳⁄𝒎ê𝒔]
42
A partir destes dados, foram calculadas as perdas totais de hexano residual
por mês para cada temperatura de setpoint, pela equação a seguir:
T dos
Gases
𝑹𝑭,𝒎 𝑹𝑶,𝒎 𝑹𝑻,𝒎 [𝑳⁄
do DT
(°C) [𝑳⁄𝒎ê𝒔] [𝑳⁄𝒎ê𝒔] 𝒎ê𝒔]
𝑉𝑚̇ = 𝑉𝑑 × 30
onde:
43
𝑉𝑚̇ = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚̇𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑚̇ê𝑠.
𝑅$4.140.604,0
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑟 1 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 = 0 = 𝑅$35,66⁄𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟
116.099,81 𝑡𝑜𝑛
T dos
Gases Custos de Custos de Custo
𝑹𝑻,𝒎 [𝑳⁄ 𝑽𝒎 [𝑳⁄
do DT Hexano [R$] Vapor [R$] Total [R$]
[°C] 𝒎ê𝒔] 𝒎ê𝒔]
45
76 °C é a que gerou menos custos para o processo, ou seja, se fossem levados em
46
conta apenas os fatores econômicos, esta seria a temperatura ideal de trabalho.
Porém, se analisarmos a Tabela 5, é possível observar que em uma das análises
realizadas, foi obtido um resultado de 501,4 ppm de residual de hexano no farelo do
DT. Como o máximo de residual de hexano permitido no farelo do DT é de 500 ppm,
devemos descartar esta temperatura. Apesar de haver a possibilidade de,
eventualmente, análises obterem resultados acima de 500 ppm para outras
temperaturas maiores que 76 °C, é possível levar em consideração os resultados
dos testes realizados devido à boa precisão dos mesmos.
47
6. CONCLUSÃO
48
O estudo em questão traz benefícios não somente para a indústria, levando
em consideração a economia alcançada, mas também para a vida acadêmica e para
a sociedade. Realizar um trabalho deste porte traz muito conhecimento e
experiência para nós, acadêmicos, além de nos instigar a buscar melhorias para os
processos com os quais temos contato todos os dias.
Este projeto demonstra que estudos que visam melhorias e economia no
processo são sempre válidos, mesmo que não alcancem os resultados esperados.
Através de estudos como este, há um maior entendimento do processo em si e das
variáveis que influenciam a qualidade dos produtos.
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REFERÊNCIAS
50
D’ARCE. M. A. B. R. 2006. O processamento industrial do óleo vegetal e do
farelo. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va05-
agronegocio04.pdf>. Acesso em: 23 mai. 2018.
51
GOMES, J. R. Brasil exporta recorde de 68 mi t de soja em 2017; venda de
milho chega a quase 30 mi t. 2018. Disponível em:
<https://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKBN1ER1K7-OBRDN>. Acesso
em: 20 mai. 2018.
52
MENDES, C. Oferta x Demanda: Consumo de soja tem potencial para absorver
oferta maior. 2017. Diponível em:
<https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/soja/188628-potencial-da-demanda-
global-deve-absorver-aumento-da-oferta-de-soja.html#.WwVSG-4vzcs>. Acesso em:
06 mai. 2018
53
SANTOS, C. S. Processamento da soja (Glycine max (L.) Merrill): Um enfoque
na qualidade de fabricação do óleo comestível. Tese (Engenharia de Produção) -
Faculdade de Engenharia de Produção, Universidade de Rio Verde. Rio Verde,
2015.
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