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DISCIPLINA: EDUCAÇÃ FÍSICA – PROF.

SUSI
ALUNO (A): Karlos Daniel de Araújo Freitas TURMA: 3ª Série “A” - Nutrição

AULA

1.4 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Hoje, existem inúmeros instrumentos capazes de avaliar um indivíduo e indicar se ele está apto ou não
fisicamente. Dentre os instrumentos capazes de averiguar a aptidão física do indivíduo, estão os da aptidão física
relacionada à saúde e os de aptidão da performance motora relacionada às habilidades motoras. Fazem parte dos
componentes da aptidão física relacionada à saúde: composição corporal, flexibilidade, resistência cardiorrespiratória e
resistência muscular localizada, já na aptidão da performance motora, além dos já citados, fazem parte dos
componentes: a agilidade, velocidade, equilíbrio, resistência anaeróbia, potência, ritmo e coordenação.
Para analisar esses componentes, sejam eles da saúde ou das habilidades motoras, há testes que foram
criados e validados, para serem realizados tanto em laboratório quanto em campo. Em se tratando da saúde, algumas
das avaliações mais realizadas é a composição corporal (através das dobras cutâneas, por exemplo), a qual é capaz
de dividir o peso corporal em massa gorda, magra, vísceras e ossos, e a capacidade cardiorrespiratória (através de
testes de pista ou esteira), a qual é capaz de averiguar o condicionamento físico do indivíduo.

1.4.1 ANTROPOMETRIA
A Antropometria é um conjunto de técnicas utilizadas para se medir o corpo humano como um todo ou em
partes. As medidas antropométricas mais empregadas na avaliação da composição corporal são: peso, altura,
circunferências e dobras cutâneas.
Em se tratando das medidas de dobras cutâneas é importante ressaltar que estas medem, indiretamente, a
espessura do tecido adiposo subcutâneo. Ela é uma medida da espessura de duas camadas de pele e a gordura
subcutânea adjacente. E, devido a existência de uma relação entre a gordura subcutânea e a gordura corporal total, a
soma de várias dobras cutâneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal total, utilizando-se de protocolos.
Infelizmente a prática dessas medidas se torna inviável para nós, uma vez que é necessário o uso de um instrumento
chamado adipômetro ou compasso de dobras, responsável pela pinça das dobras cutâneas e a sua técnica é um
pouco mais complexa. Lembrando que em aula anterior já estudamos outra medida antropométrica bastante
conhecida, o IMC.
Nesta aula vamos tratar novamente da avaliação da composição corporal, porém a nossa prática ocorrerá no
estudo das medidas antropométricas de circunferências, pois não é invasivo, é de fácil execução, baixo custo, e
simples. Circunferência é o perímetro dos diversos segmentos corporais, como braços, pernas, cintura, quadril, tórax e
pescoço (Guedes & Guedes, 1998).

VAMOS PRATICAR? Para a mensuração das circunferências aí vai algumas dicas:

1. Identifique cuidadosamente os locais antropométricos para a


mensuração.
2. Utilize uma fita médtrica antropométrica (no seu caso, pode ser
uma fita de costureira mesmo).
3. A tensão a ser aplicada pela fita não deve comprimir a pele ou o
tecido subcutaneo.
4. Não deixe o dedo entre a fita e a pele.
5. Medir sempre em um ponto fixo.
6. Realizar tres medidas e calcular a média se achar preciso
CIRCUNFERÊNCIAS - PROTOCOLOS

· peitoral ou tórax: esta medida é


diferenciada segundo o sexo, estando o
· braço forçado ou fletido: com o avaliado em avaliador em posição ortostática. Em
PO, braço elevado à frente no nível do ombro;
homens: coloca-se a fita em um plano
com o antebraço esquerdo, segura-se,
horizontal, passando por cima da cicatriz
internamente, o punho direito, de modo a opor
resistência a este. A um sinal do avaliador o mamilar. Em mulheres, coloca-se a fita em
avaliado realiza uma contratação da um plano horizontal, passando por baixo
musculatura flexora do braço. Mede-se, então, a das linhas axilares ou em cima do
maior circunferência estando a fita em ângulo processo xifóide.
reto em relação ao eixo do braço.

· coxa proximal: com o avaliado


· cintura: o avaliado permanece em posição em posição ortostática, com as
· abdômen: com o avaliado em
ortostática, com abdômen relaxado. No ponto pernas levemente afastadas,
posição ortostática, coloca-se a fita
de menor circunferência, abaixo da última coloca-se a fita logo abaixo da
em um plano horizontal, passando
costela, coloca-se a fita em um plano horizontal. prega glútea, em um plano
por cima da cicatriz umbilical.
horizontal. As medidas são
tomadas lateralmente
· panturrilha: com o avaliado
em posição ortostática e as
pernas levemente afastadas,
coloca-se a fita no plano
horizontal, no ponto de maior
circunferência.
.

· quadril: com o avaliado em posição


ortostática, braços levemente afastados e
pés juntos, coloca-se a fita um plano
horizontal no ponto de maior
circunferência das nádegas. As medidas
são tomadas lateralmente.

OBSERVAÇÃO:
- Os profissionais usam as medidas para fazer comparações de antes e depois, quando reavaliam o aluno, através da
circunferência podem informar se ouve aumento ou redução da medida, indicando uma alteração da composição
corporal.
- As medidas então servem para o acompanhamento, predição e estimativa.

1.4.2 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA

A circunferência da cintura (CC) é o método mais comumente usado para avaliar a adiposidade visceral, por
sua simplicidade, facilidade de execução, baixo custo e reprodutibilidade. 
O ponto de corte determinado pela OMS é de 94 cm e 80 cm, como medida de risco metabólico aumentado
(nível 1) para homens e mulheres, respectivamente, e 102 cm e 88 cm, como indicação de risco metabólico muito
elevado (nível 2) para morbidades associadas à obesidade . Estudos recentes têm apontado que a medida isolada da
circunferência de cintura independe da altura correlaciona-se fortemente com o IMC.

Tabela 1

1.4.2 RELAÇÃO CINTURA QUADRIL (RCQ)


A circunferência da cintura e do quadril é um método utilizado para adultos (20 a 69 anos), de ambos os
sexos. Este método utiliza um índice para também classificar os indivíduos para o risco de desenvolvimento de
doenças crônicas associadas à obesidade.
A relação das medidas da cintura e quadril (RCQ) é a medida de adiposidade mais utilizada e está fortemente associada
à gordura visceral, a gordura que envolve os órgãos intra-abdominais. Prediz o risco aumentado para o desenvolvimento de
doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos como diabetes, dislipidemias, etc. É obtida através da seguinte fórmula:
RCQ = cintura/quadril
Para interpretar o valor do RCQ , as tabela abaixo são utilizadas como referência ou classificação, considerando o sexo e
a faixa etária.

Importante!

Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=l4qbHVzy_WQ.

Lembre-se!
Ser saudável é muito mais do que ter boas medidas. Algumas análises só são viáveis por meio de exames
laboratoriais, como nível de glicose, triglicerídeos, colesterol. Uma pessoa pode estar com o peso adequado, ter uma
alimentação balanceada e, ainda assim, ter diabetes, por exemplo. Não deixe de buscar orientação com um
profissional de saúde.

ATIVIDADE

1. Faça uma tabela de anotações das medidas


2. Realize cada um dos protocolos em algum adulto da sua casa, seu pai, sua mãe ou irmãos. Ok?
3. Anote cada uma das medidas na tabela. Coloque as iniciais do nome, o sexo e a idade da pessoa.
4. Verifique o risco de complicações metabólicas associados à obesidade na tabela 1.
5. Calcule o RCQ (Relação Cintura Quadril) e classifique de acordo com as tabelas.
6. Compare os dois resultados.
7. De acordo com o resultado do RCQ, indique o tipo de atitude que essa pessoa deverá adotar na sua vida para
ter uma melhor saúde.
RESPOSTAS
1, 2 e 3 –

4 – De acordo com a tabela 1, a pessoa cujos dados foram retirados não está em risco de obesidade.

5 – O RCQ da mesma é 0,74, onde de acordo com a tabela se encontra em risco moderado.

6 – Em ambos resultados, ela encontra-se longe de desenvolver doenças relacionas à obesidade, tendo em vista
que na primeira tabela a circunferência de sua cintura não se encontra nos números mínimos da tabela e na
segunda o seu RCQ está classificado como moderado.

7 – Apesar da mesma se encontrar em níveis um pouco distantes para o desenvolvimento de doenças que
intimamente ligadas à obesidade, é necessário que ela procure sempre realizar alimentações de forma saudável,
fazer atividades físicas e manter a sua saúde sempre em boa qualidade, para talvez até mesmo deixar a
classificação de risco “moderado” para “baixo”.

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