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Aula 04

Direito Processual Civil p/ TJDFT - Técnico Judiciário (Área Administrativa)

Professor: Gabriel Borges


Direito Processual Civil TJDFT
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ TJDFT - TÉCNICO JUDICIÁRIO -


ÁREA ADMINISTRATIVA

AULA 04: MINISTÉRIO PÚBLICO.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Capítulo V: Ministério Público. 02

2. Resumo 22

3. Questões comentadas 24

4. Lista das questões apresentadas 56

5. Gabarito 68

CAPÍTULO V: DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e o Ministério Público


dos Estados. Sendo que o MPU ramifica-se em quatro: Ministério Público Federal,
Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios.

Ministério Público

Ministério Público dos Ministério Público da


Estados União

MPF MPT MPM MPDFT

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1. NOÇÕES GERAIS

O Ministério Público exerce, no Processo Civil, o direito de ação nos casos


previstos em lei, cabendo-lhe os mesmos poderes e ônus que às partes. Ao Ministério
Público compete intervir nas causas em que há interesses de incapazes; nas causas
concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento,
declaração de ausência e disposições de última vontade; nas ações que envolvam litígios
coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há interesse público
evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público tem vista dos autos depois das
partes, sendo intimado de todos os atos do processo; pode juntar documentos e
certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao
descobrimento da verdade.

A não intimação do Ministério Público, quando a lei considera obrigatória sua


intervenção, pode ser causa de nulidade do processo (art. 84, CPC). Ademais, o órgão do
Ministério Público será civilmente responsável quando, no exercício de suas funções,
proceder com dolo ou fraude.

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 127, CF 1988).

Por princípio da inércia da jurisdição, determina-se que a justiça


só agirá quando provocada. Para defesa dos direitos individuais, o
indivíduo afetado toma as providências para provocar a Justiça. E
quanto à defesa dos interesses públicos, quem deve agir? Nesses
casos, é o Ministério Público que atuará. A seu cargo fica a
responsabilidade pela defesa dos direitos sociais e coletivos e a
fiscalização da lei (custus legis).

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2. PRINCÍPIOS E GARANTIAS

Nos termos constitucionais, há três princípios institucionais que regem o Ministério


Público: o princípio da unidade, em que o Ministério Público possui caráter uno, ou seja, é
um organismo único que atua de maneira sistêmica; o princípio da indivisibilidade, o
Ministério Público não se divide internamente em seus membros e o último princípio é o
da independência funcional.

A Constituição Federal também outorgou aos membros do Ministério Público


algumas garantias:

a) Autonomia funcional e administrativa;

b) Estruturação em carreiras;

c) Ingresso: mediante concurso de provas e títulos, bacharelado em direito, no


mínimo, três anos de atividade jurídica;

d) Vitaliciedade, após dois anos de exercício, só perderá o cargo por sentença


transitada em julgado;

e) Inamovibilidade; e

f) Irredutibilidade de vencimentos.

3. OBJETIVOS

No Processo Civil, a função processual do MP jamais será a de representante da


parte material. Ele ocupa a posição jurídica de substituto processual. Defende direitos
alheios, mas em nome próprio. Isso leva à conclusão de que o MP, atuando como parte
principal ou substituto processual, será parte quando estiver em juízo; não sendo, porém,
procurador ou mandatário de terceiros.

O Ministério Público tem legitimidade, em regra, ativa; contudo, em caráter


eventual, assume a defesa de terceiros, como na interdição. Por sua vez, quando atua
como fiscal da lei, deve somente defender a prevalência da ordem jurídica e do bem
comum. Nesse caso, não tem nenhum compromisso com a parte ativa nem passiva da
relação processual.

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Em suma, no ambiente cível, a atividade do MP deve ser entendida, quanto ao


conteúdo estrutural, sob duas óticas: da natureza de atuação, que pode ser extrajudicial
ou judicial, e em relação à legitimação, em que o Ministério Público se manifesta como
parte ou como fiscal da lei.

4. ATRIBUIÇÕES EXTRAJUDICIAIS

A partir da Constituição de 1988, o Ministério Público passou a se destacar não só


como titular da ação penal, mas também como guardião da sociedade, em especial dos
direitos transindividuais – coletivos, difusos e individuais homogêneos. O art. 129 da
Constituição Federal enfatiza o papel essencial do Ministério Público na tomada de
iniciativa para ações, medidas e providências em benefício da sociedade.

4.1. FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

a) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

b) Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de


relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas
necessárias a sua garantia;

c) O inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público


e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

d) A ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção


da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

e) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

f) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,


requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;

g) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei


complementar mencionada no artigo anterior;

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h) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial,


indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

i) Outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas.

As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da


carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do
chefe da instituição. O ingresso na carreira do Ministério Público faz-se mediante
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados
do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito no mínimo três anos de
atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.

Aos membros e servidores do MP é fundamental que tenham a preocupação de


que, além da atuação clássica e histórica no Poder Judiciário, representam e defendem a
coletividade. Para isso, devem interagir com a sociedade civil por meio dos instrumentos
democráticos de captação dos anseios do povo, como reuniões, audiências públicas.
Ademais, devem fiscalizar a implementação de políticas públicas, saúde, educação, meio
ambiente, assim como a probidade administrativa, o controle externo da atividade policial.

São instrumentos essenciais à atuação ministerial no âmbito extrajudicial: ofícios,


reuniões, audiências públicas, recomendação administrativa (RA) e termos de
ajustamento de conduta (TAC). A atuação do MP pode ser classificada em demandista,
quando busca o poder judiciário, e resolutiva, quando resolve internamente determinado
problema a partir de seus instrumentos e prerrogativas sem a necessidade de provocação
de prestação jurisdicional.

5. ATRIBUIÇÕES JUDICIAIS

5.1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é o


principal expediente de atuação do parquet na condição de parte. A ação pública sujeita-
se a inúmeras variações no seu conteúdo material de acordo com a matéria tratada:
responsabilidade por ato de improbidade administrativa, defesa do meio ambiente, defesa

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dos hipossuficientes – idosos, crianças, portadores de deficiência física.

5.1.1. RESPONSABILIDADE POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Há três espécies de ato de improbidade administrativa: enriquecimento ilícito,


dano ao erário e violação de princípios da administração pública. Entre eles, existe
decrescente ordem de relevância e subsidiariedade de dano ao patrimônio público, uma
vez que todo enriquecimento ilícito implica dano ao erário, assim como todo dano ao
erário implica violação dos princípios da administração pública.

A conduta de improbidade administrativa é um ilícito civil que se forma a partir da


verificação de situação ou atitude ímproba descrita e individualizada no âmbito objetivo
(desvio de recursos públicos, nulidade de procedimento licitatório) e subjetivo (nexo de
imputação a título de dolo ou culpa em relação aos agentes).

A causa de pedir demanda objetividade, uma vez que deve permitir correta
compreensão da situação a ser julgada.

5.1.2. EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, que é um bem


de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações (art. 225 da CF).

São instrumentos relevantes para a defesa do meio ambiente: o princípio do


poluidor-pagador, que consiste em impor ao poluidor a responsabilidade pelos custos da
reparação do dano ambiental, e o processo de inversão do ônus da prova em questões
ambientais (por exemplo, o dano ambiental em propriedade particular impõe ao
proprietário prova de que ele não é responsável pelo dano).

5.1.3. EM DEFESA DO CONSUMIDOR

Sendo o direito do consumidor fundamental e regido pelo princípio da ordem

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econômica, deve ser tutelado pelo Ministério Público. São princípios do Direito do
Consumidor: a ideia de hipossuficiência do consumidor ou sua vulnerabilidade e a
racionalização dos processos de melhoria do serviço público.

Os direitos básicos do consumidor são a informação clara e adequada; proteção


contra publicidade enganosa e abusiva; acesso à justiça; prevenção e reparação de
danos patrimoniais e morais individuais, coletivos e difusos.

De acordo com o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público pode ajuizar


Ação Civil Pública em defesa dos consumidores, mas não pode ajuizar ACP em defesa
dos contribuintes, para garantir o não pagamento de tributo, pois, nesse caso, não há
relação de consumo (Lei no 7.347/1985, art. 1o, II, e art. 5o, I).

6. MINISTÉRIO PÚBLICO COMO PARTE

O Ministério Público, como parte, pode agir nos seguintes casos: na ação de
nulidade de casamento; na ação de dissolução da sociedade civil; ADIN; no pedido de
interdição; na ação civil pública, para defesa de interesses difusos, coletivos, individuais
homogêneos.

Ao atuar como parte, o Ministério Público utiliza-se da ação civil pública (Lei
7.347/1985). Sendo, nesse caso, obrigado a atuar segundo os arts. 127 e 129 da CF. São
assegurados ao Ministério Público, quando age como parte, os privilégios de não se
sujeitar ao pagamento antecipado de custas – esse privilégio também se aplica ao
Ministério Público quando exerce a função de custus legis; e de possuir o prazo de
recorrer contado em dobro e, para contestar, contado em quádruplo.

Art. 188: Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para


recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

6.1. MINISTÉRIO PÚBLICO COMO FISCAL DA LEI

O Ministério Público, como fiscal da lei, age nas causas em que há interesse de
incapazes, nas causas que se referem ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade, nas

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ações de litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há
interesse público.

Se o interesse em litígio é público, a intervenção do fiscal da lei é de conveniência


intuitiva. No entanto, há casos de direitos privados em que o processo versa sobre bens
colocados sobre a tutela especial do Estado. Nesses casos, o litígio passa a atingir,
igualmente, interesse público, legitimando a atuação do Ministério Público como sujeito
especial do processo.

É uma obrigação legal do Ministério Público atuar como fiscal da lei na ação civil
pública. O MP tem legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar (art. 5 o da
Lei 7.347/1985). Ele poderá, ainda, acompanhar a demanda de modo remoto e, em
alguns casos, assumir a condução da própria demanda.

Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação


legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa (§3 o, art.
5o da Lei no 7.347/1985).

Ainda que atuando somente como fiscal da lei, o Parquet tem legitimidade para
recorrer.

Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público.

§ 1° Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu


interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.

§ 2° O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em


que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.

O tema foi cobrado 2012.

(TRT 11ª Região 2012) É correto afirmar que o Ministério Público

a) não pode atuar num mesmo processo como parte e como fiscal da lei.

b) deve estar presente como fiscal da lei em todos os processos em que o Estado estiver

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presente na relação processual.

c) pode recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, mesmo que não haja
recurso da parte.

d) só pode juntar documentos e certidões quando estiver atuando como parte, não
podendo fazê-lo como fiscal da lei.

e) pode, como fiscal da lei, ampliar os limites da lide, suscitando questões a respeito das
quais a lei exige a iniciativa da parte.

Resposta correta letra “c”.

Agora, façam a leitura do dispositivo a baixo e vejam como foi cobrado em prova:

Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:

I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo;

II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer


medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade.

(TRE PE 2011) No processo “B” o Ministério Público está intervindo como fiscal da
Lei. Neste caso,

a) poderá juntar documentos e certidões, bem como produzir prova em audiência,


mas não poderá requerer outras diligências uma vez que estas competem
especificamente às partes.

b) poderá juntar documentos e certidões, mas não poderá produzir prova em


audiência.

c) o Ministério Público terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado apenas
dos principais atos processuais previstos no Código de Processo Civil.

d) não poderá juntar documentos e certidões, mas poderá produzir prova em


audiência.

e) o Ministério Público terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de
todos os atos do processo.

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Resposta correta letra “e”.

Percebam que bastante do conhecimento do Processo Civil vem da leitura


continuada dos dispositivos do CPC e de leis esparsas relacionados à matéria de prova.

A ausência de intimação para acompanhar o feito causará nulidade do


processo, nos casos em que a lei determina a obrigatoriedade da participação do
Ministério Público. Essa anulação afetará todos os atos, a partir da intimação
omitida.

Por conta disso, ainda é conferido ao Ministério Público a prerrogativa de


propor ação rescisória de sentença, nos casos em que não foi ouvido no processo
de intervenção de custus legis obrigatória.

 O art. 81 atribui ao Ministério Público os mesmos poderes e ônus das


partes quando este exercer o direito de ação.

 O art. 82 do CPC versa sobre os casos de intervenção obrigatória do


Ministério Público:

a) Interesses de incapazes (hipossuficientes).

b) Ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição,


casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade.

c) Em litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em


que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Vejam como o tema foi abordado em 2012.

(MPE AP 2012) No processo civil, compete ao Ministério Público

a) exercer o direito de ação nos casos legalmente previstos, com inversão do ônus
probatório a seu favor, gozando, também, de prazo em dobro para oferecimento de

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contestação nos autos.

b) pleitear, em ação civil pública, a indenização decorrente do seguro obrigatório por


acidentes de veículos (DPVAT) em benefício do segurado.

c) intervir nas ações possessórias em geral, bem como nas demandas relativas a
dano social e estético.

d) intervir nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas
demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou
qualidade da parte.

e) ter vista dos autos, para manifestação, antes das partes, com eventual novo
pedido de vista após estas se manifestarem, a fim de ratificar ou apresentar
acréscimos às formulações anteriores.

Gabarito: D

PRINCIPAL EXPEDIENTE DE ATUAÇÃO DO PARQUET – DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é o


principal expediente de atuação do Parquet (Ministério Público) na condição de parte. A
ação pública sujeita-se a inúmeras variações no seu conteúdo material de acordo com a
matéria tratada.

Exemplos: responsabilidade por ato de improbidade administrativa, defesa do


meio ambiente, defesa dos hipossuficientes – idosos, crianças, portadores de deficiência
física.

A Lei 7.347/85 – da ACP – inseriu verdadeira expansão da tutela coletiva. A partir


dela, a defesa dos interesses jurídicos ganhou novo contorno, com grande ampliação dos
direitos coletivos sob seu guarda-chuva.

A ACP é o instrumento jurídico que tem como objetivo a tutela coletiva para
garantir a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,

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histórico, ou qualquer outro interesse difuso e coletivo. É uma ação constitucional de


natureza cível, sendo um instrumento residual, que tutela um campo amplo de lesões
supra-individuais, ou seja, tem como objetivo a proteção dos direitos difusos, coletivos
ou individuais homogêneos.

Como bem vimos, portanto, os bens tutelados pela ACP são diversos – direitos
difusos, coletivos, individuais homogêneos. Dessa forma, a lista elencada na Lei 7.347/85
é meramente exemplificativa:

l - ao meio-ambiente;

II- ao consumidor;

III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

V - por infração da ordem econômica e da economia popular;

VI - à ordem urbanística.

Devemos ter muita atenção às pretensões jurídicas excluídas do cabimento da


ACP:

Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam
tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -
FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser
individualmente determinados.

Devemos lembrar que é permitida a cumulação de pedidos em sede de ação civil


pública – poderá o autor coletivo requerer do réu a condenação em dinheiro ou o
cumprimento de fazer ou não fazer. O STJ tem entendido que a conjunção 'ou' deve ser
interpretada como 'e', ou seja, conjunção aditiva, em vez de alternativa.

1. LEGITIMIDADE

Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

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III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao


consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja


manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela
relevância do bem jurídico a ser protegido.

ATENÇÃO

1) O Ministério Público deve intervir na ACP: se não intervier no processo como


parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei.

2) Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos


deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes, dessa forma poderão,
desde que não sejam demandantes iniciais no processo, ingressar no curso do processo
tanto como autores ou réus, podendo formar litisconsórcio ativo ou passivo.

3) Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação


legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. Isso
ocorrerá somente no caso de associações! Não que se falar em substituição dos outros
legitimados nem da defensoria.

4) Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União,


do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos objeto da ACP.
Assim, poderá o Ministério Público Federal juntamente com o Ministério Público dos
Estados interporem ACP, desde que tenham o mesmo objetivo.

5) Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso


de ajustamento de conduta às exigências legais, mediante cominações, que terão eficácia

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de título executivo extrajudicial. Formação de TAC – Termo de Ajustamento de Conduta: é


um instrumento legal destinado a colher do causador do dano ao meio ambiente, entre
outros interesses difusos e coletivos, um título executivo de obrigação de fazer e não
fazer, mediante o qual, o responsável pelo dano assume o dever de adequar a sua
conduta às exigências legais, sob pena de sanções fixadas no próprio termo.

1.1. INDICAÇÃO DE FATOS

Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-


lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os
elementos de convicção.

Veja bem a diferença entre o servidor público e “qualquer pessoa”: o servidor


público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações
sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de
convicção. Ou seja, o servidor público tem o dever e não a opção de provocar o MP.

Igualmente, se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem


conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças
ao Ministério Público para as providências cabíveis.

2. COMPETÊNCIA DO JULGAMENTO

Regra geral, a competência para julgar a ação civil pública é definida pelo local do
dano. Elas serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá
competência funcional para processar e julgar a causa. A Lei determinou “o foro o local
onde ocorreu o dano” baseando-se na característica de proximidade física do evento, pois
torna mais fácil a averiguação dos fatos e o seu julgamento.

A propositura da ação prevenirá (tornar prevento = definir como competente para


ações futuras) a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. Assim, essas ações serão
conduzidas ao mesmo juízo da que causou a prevenção.

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3. INQUÉRITO CIVIL, LIMINAR E SENTENÇA NA ACP

3.1. INQUÉRITO CIVIL

Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes


as certidões e informações que julgar necessárias. Essas deverão ser fornecidas em um
prazo de 15 dias. Somente nos casos de sigilo, poderá ser negada certidão ou
informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles
documentos, cabendo ao juiz requisitá-los.

O inquérito civil na ACP não é obrigatório, a Lei faculta essa possibilidade ao MP:

O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou


requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames
ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias úteis.

Mas o que vem a ser o inquérito civil? Nada mais é do que um procedimento
administrativo inquisitivo, cuja instauração e presidência são exclusivas do MP, ou seja,
visa colher provas a serem levadas ao Órgão Jurídico, por meio da ACP.

Uma vez esgotadas todas as diligências, e o MP se convencer da inexistência de


fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do
inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. No entanto, para
que os autos do inquérito civil ou das peças de informação sejam arquivadas é necessário
serem remetidos ao Conselho Superior do Ministério Público, no prazo de 3 dias, sob
pena de incorrer-se em falta grave.

A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho


Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. Deixando o
Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde
logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.

Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa, a


recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da
ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público.

3.2. LIMINAR

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Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em


decisão sujeita a agravo.

A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar


grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do
Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da
liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas
julgadoras, no prazo de 5 dias a partir da publicação do ato.

A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado


da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver
configurado o descumprimento.

Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá


a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que
participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade,
sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados. Enquanto o fundo não
for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em
conta com correção monetária.

Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de


discriminação étnica, a prestação em dinheiro reverterá diretamente ao fundo e será
utilizada para ações de promoção da igualdade étnica, conforme definição do
Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, na hipótese de extensão nacional,
ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses
de danos com extensão regional ou local, respectivamente.

3.3. SENTENÇA

Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem


que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
facultada igual iniciativa aos demais legitimados.

A sentença civil fará coisa julgada erga omnes (contra todos, ou seja, produz
efeitos que alcança a todos), nos limites da competência territorial do órgão prolator,
exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que

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qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de
nova prova.

Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis


pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e
ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.

 Agora, comentaremos a ação civil pública de responsabilidade por ato de


improbidade administrativa, ação civil pública em defesa do meio ambiente e ação
civil pública em defesa do consumidor.

A) Ação civil pública de responsabilidade por ato de improbidade


administrativa.

Há três espécies de ato de improbidade administrativa: enriquecimento ilícito,


dano ao erário e violação de princípios da administração pública. Entre eles existe
decrescente ordem de relevância e subsidiariedade de dano ao patrimônio público, uma
vez que todo enriquecimento ilícito implica dano ao erário, assim como todo dano ao
erário implica violação dos princípios da administração pública.

O enunciado nº 209 da Súmula do STJ prevê que em casos de improbidade


administrativa, quando se tratar de verbas federais já incorporadas pelo Município, a
competência para julgar os atos do prefeito seja da Justiça Estadual.

STJ Súmula nº 209 - 27/05/1998 - DJ 03.06.1998 Competência - Processo e


Julgamento - Prefeito - Desvio de Verba Transferida e Incorporada ao Patrimônio
Municipal

Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba


transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

Vejamos uma questão de 2012 que cobrou conhecimento desse enunciado da


Súmula STJ:

(MPE TO 2012) Se o prefeito de um município desviar, para fins particulares, verba


pública federal incorporada ao patrimônio da municipalidade, o MP poderá pleitear a
condenação do prefeito pelo referido ilícito administrativo. Nesse caso, para encaminhar

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seu pleito, o MP deverá ajuizar

a) ACP por improbidade administrativa na justiça federal.

b) mandado de segurança na justiça estadual de primeiro grau.

c) mandado de segurança no respectivo tribunal de justiça estadual.

d) ação popular na justiça estadual de primeiro grau.

e) ACP por improbidade administrativa na justiça estadual.

Gabarito: E

DICA

 Os atos de improbidade administrativa podem ser divididos em dois grupos: o


primeiro envolve a violação das normas de probidade e o segundo diz respeito à
ineficiência funcional do gestor ou responsável.

 A conduta de improbidade administrativa é um ilícito civil que se forma a partir da


verificação de situação ou atitude ímproba descrita e individualizada no âmbito
objetivo (desvio de recursos públicos, nulidade de procedimento licitatório) e
subjetivo (nexo de imputação a título de dolo ou culpa em relação aos agentes).

 Segue rito especial.

 A causa de pedir demanda objetividade, uma vez que deve permitir correta
compreensão da situação a ser julgada.

B) Ação civil pública em defesa do meio ambiente

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso


comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
(art. 225 da CF).

ATENÇÃO

O candidato deve estar atento às questões ambientais atuais, como: gestão de


resíduos sólidos, recursos hídricos, áreas legalmente protegidas, transgênicos.

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Espera-se que o candidato tenha um conhecimento multidisciplinar:

 Compreenda, por exemplo, o princípio do poluidor-pagador, que consiste em impor


ao poluidor a responsabilidade pelos custos da reparação do dano ambiental.

 Entenda os aspectos processuais relevantes, como o processo de inversão do


ônus da prova em questões ambientais. Por exemplo, o dano ambiental em
propriedade particular impõe ao proprietário prova de que não é responsável pelo
dano.

C) Ação civil pública de defesa do consumidor

Sendo o direito do consumidor fundamental e regido pelo princípio da ordem


econômica, deverá ser tutelado pelo MP.

Princípios do Direito do Consumidor:

a) A ideia de hipossuficiência do consumidor ou sua vulnerabilidade,

b) Racionalização dos processos de melhoria do serviço público.

DICA

 São direitos básicos do consumidor: informação clara e adequada, proteção contra


publicidade enganosa e abusiva, acesso à justiça, prevenção e reparação de
danos patrimoniais e morais individuais, coletivos e difusos.

 De acordo com o STF, o Ministério Público pode ajuizar ACP em defesa dos
consumidores, mas não pode ajuizar ACP em defesa dos contribuintes, para
garantir o não pagamento de tributo, pois nesse caso não há relação de consumo
(Lei n° 7347/85, art. 1°, II, e art. 5°, I).

ACP em Informativos recentes do STJ

Informativo nº 0483

Período: 12 a 23 de setembro de 2011. Primeira Turma CONSUMIDOR. AÇÃO CIVIL


PÚBLICA. TELEFONIA MÓVEL. NEGATIVA. ACESSO. INADIMPLÊNCIA

Entre outras questões julgadas neste processo, foi decidido que o MP possui legitimidade

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ativa para propor ação civil pública a fim de tutelar direitos individuais homogêneos,
porque caracterizado o relevante interesse social, inclusive quando decorrentes da
prestação de serviços públicos – habilitação de linha telefônica móvel. Por outro lado, a
Lei n. 9.472/1997, ao criar a Agência Nacional de Telecomunicações – (Anatel), órgão
regulador das telecomunicações, conferiu-lhe, entre outras, a competência para expedir
normas sobre prestação de serviços de telecomunicações. Contudo, esse poder
regulamentador encontra limites nos preceitos normativos superiores, cabendo ao Poder
Judiciário negar a sua aplicação toda vez que contrariar tais preceitos. Portanto, não se
pode confundir a competência para expedir normas – que o acórdão a quo não infirmou –
com a legitimidade da própria norma editada no exercício daquela competência, essa sim
negada pelo acórdão. In casu, o MP ajuizou ação civil pública, por considerar abusiva a
prática de condicionar a habilitação de celular pós-pago (cuja tarifa é menor que a do
pré-pago) à inexistência de restrição do crédito dos consumidores ou à apresentação de
comprovante de crédito (cartão de banco ou cartão de crédito). O juiz monocrático
indeferiu o pedido do Parquet, porém o tribunal de origem reformou a sentença,
impedindo as empresas de telecomunicações de condicionar a habilitação de linha
celular no plano de serviço básico à apresentação de comprovantes de crédito ou à
inexistência de restrição creditícia em nome do interessado, salvo a relacionada a dívidas
com a própria concessionária (...) REsp 984.005-PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki,
julgado em 13/9/2011.

Informativo nº 0469

Período: 11 a 15 de abril de 2011. Quinta Turma BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.


IDOSA. INTERVENÇÃO. MP.

Discute-se no REsp a obrigatoriedade de intervenção do Ministério Público (MP) em


processos em que idosos capazes sejam parte e postulem direito individual disponível.
Nos autos, a autora, que figura apenas como parte interessada no REsp, contando mais
de 65 anos, ajuizou ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para ver
reconhecido exercício de atividade rural no período de 7/11/1946 a 31/3/1986. A
sentença julgou improcedente o pedido e o TJ manteve esse entendimento. Sucede que,
antes do julgamento da apelação, o MPF (recorrente), em parecer, requereu preliminar

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de anulação do processo a partir da sentença por falta de intimação e intervenção do


Parquet ao argumento de ela ser, na hipótese, obrigatória, o que foi negado pelo TJ. Daí
o REsp do MPF, em que alega ofensa aos arts. 84 do CPC e 75 da Lei n. 10.741/2003
(Estatuto do Idoso). Destacou o Min. Relator que, no caso dos autos, não se discute a
legitimidade do MPF para propor ação civil pública em matéria previdenciária; essa
legitimidade, inclusive, já foi reconhecida pelo STF e pelo STJ. Explica, na espécie, não
ser possível a intervenção do MPF só porque a parte autora é idosa, pois ela é dotada de
capacidade civil, não se encontra em situação de risco e está representada por advogado
que interpôs os recursos cabíveis. Ressalta ainda que o direito à previdência social
envolve direitos disponíveis dos segurados. Dessa forma, não se trata de direito
individual indisponível, de grande relevância social ou de comprovada situação de risco a
justificar a intervenção do MPF. Diante do exposto, a Turma negou provimento ao
recurso. REsp 1.235.375-PR, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 12/4/2011.

RESUMO DA AULA

- O MP ocupa a posição jurídica de substituto processual. Defende direitos alheios, mas


em nome próprio.

- O MP, atuando como parte principal ou substituto processual, será parte quando
estiver em juízo.

- O MP como fiscal da lei, deverá somente defender a prevalência da ordem jurídica e


do bem comum.

- Atribuições Extrajudiciais: Antes da CF/88: titular da ação penal; a partir da CF/88:


guardião da sociedade, em especial dos direitos transindividuais.

- O papel essencial do MP na tomada de iniciativa para ações, medidas e providências


em benefício da sociedade – representar e defender a coletividade.

- Interagem com a sociedade civil por meio dos instrumentos democráticos de


captação dos anseios do povo, como reuniões, audiências públicas.

- Devem fiscalizar a implementação de políticas públicas, saúde, educação, meio


ambiente, assim como a probidade administrativa, o controle externo da atividade policial.

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- A atuação do MP pode ser classificada em demandista ou resolutiva.

- Atribuições Judiciais: na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação


civil pública é o principal expediente de atuação do parquet na condição de parte.

- O Ministério Público quando atua como parte pode agir nos seguintes casos: na ação
de nulidade de casamento; na ação de dissolução da sociedade civil; ADIN; no pedido de
interdição; na ação civil pública, para defesa de interesses difusos, coletivos, individuais
homogêneos.

- O Ministério Público como fiscal da lei age nas causas em que há interesse de
incapazes, nas causas que se referem ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade, nas
ações de litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há
interesse público

- Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é o principal
expediente de atuação do Parquet na condição de parte

- Bens tutelados pela ACP são diversos – direitos difusos, coletivos, individuais
homogêneos. Dessa forma, a lista elencada na Lei 7.347/85 é meramente exemplificativa:

l - ao meio-ambiente;

II- ao consumidor;

III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

V - por infração da ordem econômica e da economia popular;

VI - à ordem urbanística.

- Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (TRT 1ª Região 2008) De acordo com o CPC, intervindo como fiscal da lei, o
Ministério Público:

a) terá vista dos autos antes das partes sempre que algum documento relevante for
juntado.

b) poderá determinar a realização de diligências imprescindíveis à correta apuração


dos fatos.

c) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo.

d) não poderá juntar documentos e certidões, já que não é parte.

e) somente poderá se manifestar nos autos após a manifestação das partes nas
alegações finais.

COMENTÁRIOS:

Nessa questão, mais uma vez a banca utilizou-se do texto da lei. Reparem
que é bastante parecida com a questão anterior. Novamente a alternativa correta está no
art. 83 do CPC: Intervindo como fiscal da lei, o MP terá vista dos autos depois das partes,
sendo intimado de todos os atos do processo (inciso I, do art. 83 do CPC).

Gabarito: C

02. (MPE-RN 2010) Sobre a atuação do Ministério Público no Processo Civil, é


correto afirmar:

a) Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, caberá


ao juiz promover a sua intimação.

b) Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público não poderá juntar documentos
nem produzir prova em audiência.

c) Compete ao Ministério Público intervir, dentre outros casos, nas ações que
envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural.

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d) Em hipótese alguma o órgão do Ministério Público será responsabilizado


civilmente pela sua atuação no processo.

e) Intervindo como fiscal da Lei, o Ministério Público terá vista dos autos depois do
autor e antes do réu.

COMENTÁRIOS:

Deixamos isso bem claro na nossa aula! Vamos relembrar:

O art. 82 do CPC versa sobre os casos de intervenção obrigatória do


Ministério Público:

1) Interesses de incapazes (hipossuficientes).

2) Ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento,


declaração de ausência e disposições de última vontade.

3) Em litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em


que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Gabarito: C

03. (MPE-SE Ministério Público 2009) Em ação de anulação de casamento, a


intervenção do Ministério Público

a) em nenhuma hipótese é obrigatória, porque não há interesse público.

b) só ocorrerá se o juiz entender presente algum interesse público.

c) só será obrigatória se houver filhos incapazes.

d) é obrigatória, porque se trata de ação concernente ao estado da pessoa.

e) não será obrigatória, se as partes estiverem representadas por advogados


constituídos, mas será obrigatória se pelo menos uma delas for representada pela
Defensoria Pública.

COMENTÁRIOS:

Mais uma vez a banca cobrou o art. 82 do CPC que versa sobre os casos de
intervenção obrigatória do Ministério Público.

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II – Ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição,


casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade (art.82, inciso II,
CPC).

Gabarito: D

04. (MPE-SE Ministério Público 2009) Considere as seguintes assertivas a respeito


do Ministério Público:

I. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público poderá juntar documentos e


certidões e produzir prova em audiência.

II. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, a parte


promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo.

III. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público terá vista dos autos antes das
partes, sendo intimado de todos os atos do processo.

IV. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos previstos em lei,
cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes.

De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, está correto o que se afirma
APENAS em

a) II, III e IV.

b) II e IV.

c) I, II e III.

d) I, II e IV.

e) I e IV.

COMENTÁRIOS:

I – Certo. Art. 83, inciso II, CPC permite que o MP, intervindo como fiscal da
lei, juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou
diligências necessárias ao descobrimento da verdade.

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II – Certo. Art. 84. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do


Ministério Público, a parte promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo.

III – Errado. Vejam a resposta da questão nº 10.

IV – Certo. Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos
previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes.

Gabarito: D

05. (TRT 9ª Região 2007) A respeito das partes e da intervenção do Ministério


Público no processo civil, julgue o item a seguir.

Se a pessoa incapaz não possuir representante legal, ou se os interesses deste


representante são colidentes com os do representado, o juiz deverá nomear um
curador especial a esse incapaz, para representá-lo nos atos da vida civil, bem
como em juízo.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Reparem que o erro da questão está em dizer que o curador especial,


nomeado pelo juiz, irá representar a o incapaz nos atos da vida civil.

O art. 7º e ss do CPC refere-se à capacidade de estar em juízo.

Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade
para estar em juízo (art. 7º).

Art. 8º Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais,


tutores ou curadores, na forma da lei civil.

Art. 9º O juiz dará curador especial:

I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste


colidirem com os daquele;

II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.

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Gabarito: Errado

06. (TRT 9ª Região 2007) Em todas as ações nas quais incapazes sejam partes, é
obrigatória a intervenção do Ministério Público para representá-los ou assisti-los.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Nesses casos o Ministério Público não atuará como representante ou assistente,


mas como custus legis (fiscal da lei).

Se a questão terminasse em Ministério Público estaria corretíssima, inclusive,


com redação bastante parecida com o caput do art. 82 e seu inciso I.

Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:

I - nas causas em que há interesses de incapazes

Gabarito: Errado

07. (TJDFT 2013) Ao atuar na defesa do interditando, o Ministério Público (MP) age
como representante da parte, e não como custos legis.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

O Ministério Público atua em nome próprio, mesmo ao defender interesses


alheios, jamais será representante de alguma das partes. Além disso, a questão também
erra ao desconsiderar a intervenção do MP como fiscal da lei (custos legis) em ações
relativas a estado da pessoa (II, artigo 82, CPC).

Gabarito: Errado

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Em relação à defesa judicial dos interesses transindividuais, notadamente pela via


da ação civil pública, é correto afirmar que:

08. (Analista Judiciário 2004) A ação civil pública compete exclusivamente a entes
públicos, seja o Ministério Público ou entidades vinculadas à União, Estados ou
Municípios. Nesse último caso, desde que, entre suas finalidades institucionais,
esteja a defesa do meio ambiente, o patrimônio artístico, histórico e paisagístico, o
consumidor e a economia popular.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Têm legitimidade para propor ação principal e ação cautelar (art. 5º, Lei 7.347/85):

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao


consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: Errado

09. (Analista Judiciário MPU 2004) Ainda que a legitimação para a ação civil pública
seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do Ministério Público,
fornecendo informações que fundamentem a propositura. Já os servidores públicos
têm essa prerrogativa como dever funcional. E os juízes, conhecendo tais
informações, devem remetê-las ao Ministério Público para que esse tome as
providências cabíveis.

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a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Cópia do texto dos arts. 6º e 7º da Lei 7.347/85:

Art. 6º: Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa
do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da
ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.

Art. 7º: Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem


conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças
ao Ministério Público para as providências cabíveis.

Gabarito: Certo

10. (TJ RJ FGV 2014) No tocante à atuação do Ministério Público no processo civil,
é INCORRETO afirmar que:

a) lhe é assegurada a prerrogativa da intimação pessoal dos atos processuais,


mediante a abertura de vista dos autos;

b) lhe é assegurada a prerrogativa do prazo quadruplicado para apresentar


contestação;

c) a sua intervenção, como custos legis, é obrigatória nas causas concernentes ao


estado da pessoa, sob pena de nulidade do processo;

d) lhe é assegurada a faculdade de interpor recursos caso funcione como órgão


agente, mas não como custos legis;

e) lhe é assegurada a possibilidade de produzir provas, ainda que funcione como


custos legis.

COMENTÁRIOS:

Citemos os dispositivos do CPC que respondem à questão:

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Letra A. “Art. 236. [...] § 2o A intimação do Ministério Público, em qualquer caso


será feita pessoalmente.”

Letra B. “Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em


dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.”

Letra C. Nos termos do artigo 82, inciso II é obrigatória a intervenção do Ministério


Público “nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade”.
Enquanto o artigo 84 determina: “Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do
Ministério Público, a parte promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo.”

Letra D. Opção incorreta. Esta é a resposta à questão. “Art. 499. O recurso pode
ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. [...] §
2º O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte,
como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.”

Letra E. “Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos
previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes.”
Este dispositivo reponde à questão sobre sua atuação como parte, uma vez que lhe
caibam os mesmos poderes e ônus, poderá produzir provas. Ao agir como fiscal da lei
também poderá produzir provas pelo que impõe o artigo 83: “Intervindo como fiscal da lei,
o Ministério Público: [...] II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em
audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade.”

Gabarito: D

11. (TRT 9ª Região – FCC 2010) Intervindo no processo como fiscal da lei, o
Ministério Público

a) não poderá requerer diligências necessárias ao descobrimento da verdade.

b) não poderá produzir prova em audiência.

c) terá vista dos autos antes das partes.

d) poderá juntar documentos e certidões.

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e) será intimado dos principais atos processuais, a critério do juiz.

COMENTÁRIOS:
Para responder a essa questão devemos verificar o artigo 83 do CPC:
intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos
do processo;
II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e
requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade.
Desse modo:
Alternativa A. Errada. Poderá requerer diligências necessárias ao
descobrimento da verdade (inciso II, art. 83),
Alternativa B. Errada. Poderá produzir prova em audiência (também inciso II,
art. 83),
Alternativa C. Errada. Terá vista dos autos depois das partes, sendo
intimado de todos os atos do processo (inciso I, art. 83),
Alternativa D. Correta. Poderá juntar documentos e certidões (inciso II),
Alternativa E. Errada. Será intimado de todos os atos do processo (inciso I).
Gabarito: D

12. (MPE-RN Agente administrativo – FCC 2010) No processo civil, as despesas dos
atos processuais efetuados a requerimento do Ministério Público interveniente
serão

a) pagas a final pelas partes, proporcionalmente.

b) pagas pelo Ministério Público antes da realização do ato.

c) suportadas pela Fazenda Pública.

d) pagas a final pelo vencido.

e) dispensadas de pagamento porque o Ministério Público é órgão do Estado.

COMENTÁRIOS:
De acordo com o art. 27 do CPC: As despesas dos atos processuais, efetuados a
requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo
vencido.

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Reparem como a FCC utiliza o texto da lei em suas questões. Fiquem atendo aos
artigos mencionados nas aulas e os leiam com bastante atenção.

Gabarito: D

13. (MPE-SE Analista do ministério Público – FCC 2009) Intervindo o Ministério


Público como fiscal da lei no processo,

a) não poderá requerer diligências, se as partes delas se desinteressarem, mas


poderá requerer a produção de provas.

b) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos.

c) somente será intimado da sentença, para fins de interposição de eventual


recurso.

d) terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo.

e) não poderá requerer a produção de provas, se as partes também não houverem


requerido.

COMENTÁRIOS:
Bem, vamos analisar cada um dos itens da questão.

a) Errado, pois no art. 83, inciso II, CPC permite que o MP, intervindo como fiscal
da lei, juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou
diligências necessárias ao descobrimento da verdade.

b) Item correto. O MP será intimado DEPOIS das partes.

I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo (art. 83, inciso I, CPC).

c) Questão errada: o MP será intimado de todos os atos do processo.

d) Questão errada: o MP terá vista dos autos depois das partes e não antes como
a questão afirma.

e) Errado. Veja a explicação do item “a”.

Gabarito: B

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14. (TJ-PI Técnico Judiciário – FCC 2009) Deve o Ministério Público intervir, como
fiscal da lei, dentre outras, nas causas de interesse de

a) pessoas jurídicas constituídas há menos de um ano.

b) pessoas capazes, mas beneficiárias da gratuidade judicial.

c) pessoas capazes, mas revéis.

d) estrangeiros, residentes ou não no território nacional.

e) incapazes e naquelas concernentes ao estado da pessoa.

COMENTÁRIOS:
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:

I - nas causas em que há interesses de incapazes;

II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,


interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade.

Gabarito: E

15. (MPE CE – FCC 2012) No processo civil, o Ministério Público

a) age sempre facultativamente, em obediência a seu poder discricionário.

b) no exercício de suas funções, não poderá ser responsabilizado civilmente, mas


somente nos âmbitos administrativo e criminal.

c) poderá produzir prova em audiência, mas não juntar documentos e certidões, o


que é privativo das partes.

d) intervirá nas causas em que haja interesses de incapazes, relativas ao estado da


pessoa, declaração de ausência e disposições de última vontade.

e) deverá manifestar-se nas ações que envolvam litígios coletivos e individuais pela
posse da terra urbana e rural.

COMENTÁRIOS:
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:

I - nas causas em que há interesses de incapazes;

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II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,


interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade.

Gabarito: D

16. (TJDFT Cespe 2013) Ao atuar na defesa do interditando, o Ministério Público


(MP) age como representante da parte, e não como custos legis.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:
O Ministério Público atua em nome próprio, mesmo ao defender interesses
alheios, jamais será representante de alguma das partes. Além disso, a questão também
erra ao desconsiderar a intervenção do MP como fiscal da lei (custos legis) em ações
relativas a estado da pessoa (II, artigo 82, CPC).

Gabarito: Errado

17. (INSS FUNRIO 2013/Adaptada) No tocante a nulidade no Código do Processo


Civil, é errado afirmar que

É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o


feito em que deva intervir.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:
Correta. Disposição do CPC: “Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério
Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.”

Gabarito: Certo

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18. (TC DF Cespe 2013) Acerca da trilogia estrutural, dos princípios gerais e das
partes que podem atuar em um processo, julgue os itens a seguir.

As causas relacionadas ao estado da pessoa são exemplo de causas nas quais o


MP deve atuar como custos legis.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: [...] II - nas causas concernentes
ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de
ausência e disposições de última vontade.

Gabarito: Certo

19. (DPE AC – Cespe 2012/Adaptada) Se intervier na causa, ainda que na condição


de fiscal da lei e não em nome próprio, o MP poderá juntar documentos e certidões,
produzir prova em audiência e requerer medidas ou diligências, inclusive perícias,
necessárias ao descobrimento da verdade.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Essa questão está em conformidade com o que dispõe o art. 83 do CPC:

Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:

I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo;

II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer


medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade.

Percebam que o examinador reproduziu o exato conteúdo do inciso II.

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Gabarito: Certo

20. (TRE ES - Cespe 2011) Com relação a intimação do Ministério Público,


suspeição do juiz e prazo para contestar, julgue os itens subsecutivos.

Se o Ministério Público não intervier em processo que envolva interesse de incapaz,


ainda que seja intimado, ocorrerá a nulidade do processo.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Uma vez que o MP seja intimado, atendida está a exigência do art. 84 do CPC:
“Art. 84. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, a parte
promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo.”

Mas isso não resolve a questão, já que será causa de nulidade processual,
igualmente, a situação em que o MP deixe de cumprir seu papel de intervir em causa que
envolva interesse de incapaz, salvo nos casos em que a parte que deveria receber
suporte do MP sagre-se vencedora. Pois, não há nulidade sem prejuízo.

Reparem, portanto, que o erro da questão está em colocar a nulidade como uma
consequência inevitável em virtude da omissão do MP, quando, na verdade, estará
afastada em caso de o incapaz sair-se vencedor.

Gabarito: Errado

A Constituição de 1988 apresentou uma nova tábua axiológica de valores jurídicos.


À sociedade foram concedidas condições mínimas para uma vida humana digna
(artigo 1º, III), inspirada em princípios sociais e humanos. Nesse contexto, foram
criados mecanismos ágeis que pudessem servir para tutelar os direitos e garantir a
celeridade do processo. O Ministério Público ampliou sua atuação na defesa dos
interesses sociais e coletivos.

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À luz do texto acima e de seus conhecimentos sobre a atuação do Ministério


Público responda os itens seguintes.

21. (Inédita) O MP, mais do que simples agente de justiça, tem o dever de
representar e defender a sociedade, incluindo a interação com esta. Para tanto lhe
cabe, entre muitos outros, o uso de instrumentos democráticos; como a
participação em reuniões e audiências públicas, que lhe permita ouvir os anseios
populares.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Atenção! A multidisciplinaridade é característica marcante nas provas do Cespe.


Mesmo que não tenha relação direta com o Direito Processual Civil, pode sim ser cobrada
questão com esse conteúdo.

O Ministério Público passou por verdadeira evolução como órgão defensor dos
interesses da coletividade e individuais indisponíveis, desde a Constituição de 1988. A
interação com a sociedade é característica essencial para sua atuação na defesa dos
mencionados direitos.

Gabarito: Certo

22. (Inédita) No exercício de suas funções, o órgão do Ministério Público será


civilmente responsável quando proceder com dolo ou fraude.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

O órgão do Ministério Público será civilmente responsável quando, no exercício


de suas funções, proceder com dolo ou fraude.

Gabarito: Certo

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23. (MP RR – Cespe 2008) No processo em que o interesse em litígio é privado, de


expressão econômica, em que há interesse de pessoa relativamente incapaz, ainda
que esta tenha representante legal ou curador à lide, é obrigatória a intervenção do
Ministério Público no feito, na qualidade de custos legis.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:
O MP terá que intervir nas causas em que há interesses de incapazes.

Art. 82 do CPC. Compete ao Ministério Público intervir:

I - nas causas em que há interesses de incapazes.

Gabarito: Certo

24. (TRE MT Cespe 2010) Com relação à atuação do Ministério Público (MP) no
processo civil, assinale a opção correta.

a) Compete ao MP atuar como substituto processual do réu preso ou do revel


citado por edital.

b) O membro ministerial será civilmente responsável quando, no exercício de suas


funções, proceder com culpa, dolo ou fraude.

c) Sendo as partes maiores e capazes, não há necessidade de intervenção


ministerial nas causas que versem acerca do estado da pessoa.

d) O interesse público que legitima o MP a intervir na causa pode ser evidenciado


tanto pela natureza da lide, como pela qualidade da parte.

e) Quando intervém como parte, o MP tem vista dos autos e é intimado de todos os
atos do processo. Quando intervém como fiscal da lei, tem vista dos autos depois
das partes, mas não é intimado de todos os atos do processo.

COMENTÁRIOS:

A letra “a” está incorreta porque não compete ao MP, será o juiz que dará curador
especial ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.

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Letra “b” incorreta. O membro ministerial será civilmente responsável quando, no


exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude.

Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: [...] II - nas causas concernentes
ao estado da pessoa (independente de seres maiores e capazes), pátrio poder, tutela,
curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade.

A letra “d” está correta. De acordo com o artigo 82 do CPC: Compete ao


Ministério Público intervir: [...] III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da
terra rural e nas demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da
lide ou qualidade da parte.

A letra “e” está incorreta. Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério
Público:

I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo.

Gabarito: D

25. (MPE RR Cespe 2008) Acerca da atuação do Ministério Público no processo


civil, julgue os itens subsequentes.

Quando o Ministério Público atua no processo em defesa de direito de incapaz, o


faz como assistente litisconsorcial, ou seja, age autorizado por lei, podendo praticar
todos os atos que, em tese, seriam em benefício do assistido.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:
Nesses casos o Ministério Público não atuará como representante ou assistente,
mas como custus legis (fiscal da lei).

Gabarito: Errado

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Em relação à defesa judicial dos interesses transindividuais, notadamente pela via


da ação civil pública, é correto afirmar que:

26. (Analista Judiciário ESAF 2004) A ação civil pública compete exclusivamente a
entes públicos, seja o Ministério Público ou entidades vinculadas à União, Estados
ou Municípios. Nesse último caso, desde que, entre suas finalidades institucionais,
esteja a defesa do meio ambiente, o patrimônio artístico, histórico e paisagístico, o
consumidor e a economia popular.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Têm legitimidade para propor ação principal e ação cautelar (art. 5º, Lei 7.347/85):

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao


consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: Errado

27. (Analista Judiciário MPU ESAF 2004) Ainda que a legitimação para a ação civil
pública seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do Ministério
Público, fornecendo informações que fundamentem a propositura. Já os servidores
públicos têm essa prerrogativa como dever funcional. E os juízes, conhecendo tais
informações, devem remetê-las ao Ministério Público para que esse tome as
providências cabíveis.

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a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Cópia do texto dos arts. 6º e 7º da Lei 7.347/85:

Art. 6º: Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa
do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da
ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.

Art. 7º: Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem


conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças
ao Ministério Público para as providências cabíveis.

Gabarito: Certo

28. (MPE RR Cespe 2008) O Ministério Público deverá promover, obrigatoriamente,


a execução da sentença condenatória proferida na ação civil pública quando o
prazo fixado em lei se extinguir e a autora da ação, ou os demais colegitimados,
não promoverem tal execução.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

De acordo com a Lei 7.347/85: Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado


da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá
fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados.

Gabarito: Certo

29. (DPE AL Cespe 2009) A ação civil pública não pode ter por objeto a condenação
em dinheiro.

a) Certo

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b) Errado

COMENTÁRIOS:

A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de


obrigação de fazer ou não fazer (art. 3º, da Lei 7.347/85).

Gabarito: Errado

30. (DPE AL Cespe 2009) É cabível ação civil pública para veicular pretensões que
envolvam contribuições previdenciárias cujos beneficiários possam ser
individualmente determinados.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Art. 1º, Parágrafo único, Lei 7.347/85: Não será cabível ação civil pública para
veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos
beneficiários podem ser individualmente determinados.

Gabarito: Errado

31. (DPE AL Cespe 2009) Sociedade de economia mista não tem legitimidade para
propor ação civil pública.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Art. 5º, Lei 7.347/85: Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação
cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

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III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao


consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: Errado

32. (DPE AL Cespe 2009) Se houver desistência infundada ou abandono da ação por
associação legitimada, o DP ou outro legitimado assume a titularidade ativa da ação
civil pública.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

Art. 5º, § 3°, Lei 7.347/85: Em caso de desistência infundada ou abandono da


ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a
titularidade ativa. Veja na questão anterior os legitimados ativos.

Gabarito: Certo

33. (AGU Cespe 2007) É facultado ao poder público habilitar-se como litisconsorte
de qualquer das partes na ação civil pública.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

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Art. 5º, § 2º, Lei 7.347/85: Fica facultado ao Poder Público e a outras associações
legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das
partes.

Gabarito: Certo

34. (TCU Cespe 2013) Não é cabível a ação civil pública por improbidade
administrativa cuja finalidade exclusiva seja a obtenção de ressarcimento ao erário.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIOS:

A Lei da Ação Civil Pública (Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985) prevê que ela
possa ser ajuizada por danos morais e patrimoniais causados a qualquer interesse difuso
ou coletivo (art. 1º, inciso IV), e o artigo 3º da mesma lei dispõe que: A ação civil poderá
ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou
não fazer.

Gabarito: Errado

35. (TJ AL Cespe 2008) A respeito da ação civil pública, assinale a opção correta.

a) Se o MP não intervier no processo como parte, atuará como fiscal da lei se


houver interesse público relevante.

b) Ocorrendo dano em mais de uma comarca, é competente o juízo de qualquer


uma delas, de modo que não há prevenção do juízo no caso de ajuizamento de mais
uma ação com o mesmo objeto.

c) Tendo em conta os fins da administração, é lícito ao poder público habilitar-se


como litisconsorte ativo, mas não como litisconsorte passivo.

d) Juiz que, no exercício das suas funções, tiver conhecimento de fatos que
possam ensejar a propositura da ação civil pública deverá remeter as peças à
procuradoria estadual ou municipal, para as providências cabíveis.

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e) Em ação proposta por associação para reparação de dano ao meio ambiente,


caso haja desistência desprovida de qualquer fundamento adequado, assumirá a
titularidade ativa o MP ou qualquer legitimado.

COMENTÁRIOS:

O erro da alternativa “a” está em dizer “se houver interesse público relevante”,
sendo que a intervenção do MP é obrigatória como fiscal da lei, se não atuar como
parte (§1º, art. 5º da Lei nº 7.347/85 - LACP).

Para a letra “b”, aplica-se a regra de prevenção: A propositura da ação


prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto (Parágrafo único do art. 2º da Lei
nº 7.347/85).

O art. 7º da LACP invalida a alternativa “d”, já que: se, no exercício de suas


funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a
propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências
cabíveis

O § 2º, art. 5º, da LACP invalida a opção “c”: Fica facultado ao Poder Público e
a outras associações legitimadas nos termos deste artigo [5º] habilitar-se como
litisconsortes de qualquer das partes.

Segundo o art. 5º, em seu §3º, em caso de desistência infundada ou abandono


da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a
titularidade ativa; de modo que está certa a letra”e”.

Gabarito: E

36. (TJ AL Cespe 2008) Assinale a opção correta a respeito da ação civil pública.

a) O Ministério Público é o único legitimado a firmar extrajudicialmente o


compromisso de ajustamento de conduta lesiva às exigências legais do causador
do dano a um dos bens protegidos, visando prevenir o ajuizamento da ação civil
pública.

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b) Na ação civil pública, com exceção do Ministério Público, todos os outros


legitimados, em caso de improcedência do pedido, serão condenados nos ônus da
sucumbência, consistentes nas despesas e custas processuais e honorários
advocatícios.

c) Se for julgado improcedente o pedido na ação civil pública e não constar da


sentença revogação expressa da liminar, esta subsistirá até o julgamento do
recurso de apelação.

d) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública proposta por algum


colegitimado, o Ministério Público assumirá a legitimidade ativa, devendo
prosseguir na ação até a prolação da sentença de mérito, por ser indisponível o seu
objeto.

e) Se determinado dano ecológico atingir uma vasta região, envolvendo várias


comarcas de um mesmo estado, qualquer um dos foros do local do dano será
competente para processar e julgar a ação civil pública para responsabilizar os
causadores do dano, fixando-se a competência pela prevenção.

COMENTÁRIOS:

As ações previstas na LACP serão propostas no foro do local onde ocorrer o


dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. Quando
houver dano em mais de um lugar, aquele em que primeiro houver propositura da ação,
prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas, desde que
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto (parágrafo único do art. 2º da
LACP).

Gabarito: E

37. (STM Cespe 2011) Julgue os itens que se seguem, relativos a atos
administrativos, improbidade administrativa e processo administrativo disciplinar.

Os pré-requisitos para a ação civil pública incluem a ocorrência ou a ameaça de


dano ao patrimônio público.

a) Certo

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b) Errado

COMENTÁRIOS:

A ACP cabe tanto contra dano quanto contra ameaça de lesão, sendo que há a
possibilidade de ACP cautelar, pelos seguintes órgãos: I - o Ministério Público; II - a
Defensoria Pública; III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV - a
autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; V - a associação
que cumpra os requisitos do art. 5º da LACP. Ou seja são os mesmos possíveis autores
da ação principal.

Gabarito: Certo

38. (MPE PI Cespe 2012) Com relação à ACP para a defesa de direitos coletivos em
sentido amplo, assinale a opção correta.

a) De acordo com a concepção tripartite estabelecida legalmente para a


caracterização dos interesses e direitos coletivos, os critérios identificadores
desses interesses e direitos residem no pedido e na causa de pedir.

b) O arquivamento de inquérito civil induz os efeitos da preclusão e de coisa


julgada e impede a propositura de ACP.

c) A legitimidade para a propositura da ACP é concorrente e disjuntiva, todavia,


verificando-se pertinência temática do objeto litigioso aos fins institucionais de
mais de um ente legitimado, forma-se litisconsórcio ativo necessário.

d) Na ACP, admite-se a dedução de pedido reconvencional pelo réu.

e) A ACP segue procedimento especial definido na Lei de Ação Civil Pública.


Entretanto, se existir, para o pedido, procedimento especial definido no CPC,
prevalecem as disposições da legislação processual civil, por expressa previsão
legal.

COMENTÁRIOS:

A letra “a” é a resposta à questão. O Código de Defesa do Consumidor adota a


teoria tripartite, especificamente no parágrafo único do artigo 81 está previsto que:

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“Art. 81. [...] Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os


transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e
ligadas por circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código,


os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe
de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os


decorrentes de origem comum.”

Os critérios que identificam esses interesses e direitos são definidos no pedido e


na causa de pedir.

O erro da letra “b” está em considerar que o arquivamento do inquérito civil induza
os efeitos da preclusão e de coisa julgada, sendo que o inquérito, um procedimento
administrativo, sequer seja requisito necessário para a propositura de ACP.

Erra a letra “c” ao prever a formação de litisconsórcio ativo necessário, quando,


na verdade, o polo ativo da ACP pode ser formado por qualquer dos legitimados
independentemente, conforme suas atribuições funcionais ou em litisconsórcio facultativo.
A legitimação ativa para ações coletivas é disjuntiva, uma vez que qualquer dos
legitimados legais pode propor ação coletiva independentemente da presença dos
demais; e concorrente, porque todos os legitimados podem propor ações coletivas de
modo conjunto ou separadamente.

Erra a letra “d” ao considerar possível a reconvenção na ACP, quando a natureza


coletiva da ação, em que os legitimados ativos defendem interesse da coletividade, não
se coaduna com o pedido reconvencional.

O erro da letra “e” está em considerar que para a ACP prevaleceria uma previsão
do CPC sobre disposição contraditória da Lei n. 7.347/1985 (LACP). A LACP por ser mais
específica e atual teria, em verdade, prevalência nas disposições referentes a Ação Civil
Pública.

Gabarito: A

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39. (TCE BA FGV 2013) Com relação à ação civil pública, analise as afirmativas a
seguir.

I. A ação civil pública é um importante instrumento de promoção da tutela coletiva


de direitos.

II. A propositura de uma ação civil pública é restrita aos casos expressamente
previstos em lei.

III. O cidadão, de modo amplo e irrestrito, tem legitimidade para ajuizar uma ação
civil pública.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

COMENTÁRIOS:

Item I. Correta. A Ação Civil Pública visa à proteção de valores e bens da


coletividade, artigos 1° e seguintes da Lei n° 7437/1985 – LACP.

Item II. Este item pode ser questionado, mas ao considerá-lo correto tem-se o
adequado entendimento de que a ACP, por seus efeitos de alcance geral/coletivo, não
pode substituir a ação direta de inconstitucionalidade nem pode alcançar o campo de
atuação dos advogados, sob risco de violação do art. 133 da Carta Magna, que dispõe
sobre a indispensabilidade do advogado. CF/1988: Art. 133. O advogado é indispensável
à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei.

Item III. Errado. A Ação Civil Pública pode ser proposta pelo Ministério Público,
pela Defensoria, pela União, pelos Estados e pelos Municípios, por autarquias, empresas
públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações interessadas, pré-

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constituídas há pelo menos um ano (art. 5° da Lei n° 7437/1985 – LACP). A ACP não
serve a causas individuais.

Gabarito: D

40. (MPE RN – FCC 2010) De acordo com a Lei nº 7.347/85, NÃO tem legitimidade
para a propositura da ação civil pública:

a) a Sociedade de Economia Mista.

b) a Defensoria Pública.

c) o Distrito Federal.

d) a Associação que inclua entre suas finalidades institucionais a proteção ao meio


ambiente, constituída há seis meses.

e) a União.

COMENTÁRIOS:

A letra “d” traz uma afirmativa parcialmente incorreta, pois só terá legitimidade
para propor ACP as associações constituídas há pelo menos um ano, como aduz o inciso
V, a, do art. 5°:

(...) V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao


consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: D

41. (TJ AP – FCC 2011) É parte legítima para a propositura de ação civil pública

a) o Ministério Público e a Defensoria Pública, apenas.

b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, apenas.

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c) a associação que, concomitantemente, esteja constituída há pelo menos 1 (um)


ano nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

d) a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista, desde


que esteja constituída há pelo menos 6 (seis) meses nos termos da lei civil e inclua,
entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor,
à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

e) a associação ou sociedade que, concomitantemente, esteja constituída há pelo


menos 6 (seis) meses nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades
institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à
livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.

COMENTÁRIOS:

Ótima questão para lembrarmos quem possui legitimidade para propor a ACP!

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao


consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: C

42. (TCE GO – FCC 2009) Na ação civil pública,

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a) a Defensoria Pública não pode figurar no polo ativo.

b) a pretensão poderá versar sobre cobrança de contribuições previdenciárias em


atraso.

c) o Ministério Público poderá assumir a titularidade ativa, no caso de desistência


infundada ou abandono por associação legitimada.

d) o juiz poderá conceder mandado liminar em decisão irrecorrível.

e) a execução da multa cominada liminarmente não depende do trânsito em julgado


da sentença.

COMENTÁRIOS:

Art. 5° Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

(...)

§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por


associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade
ativa.

Gabarito: C

43. (Advogado – FCC 2011) Na ação civil pública,

a) não cabe formular na petição inicial pretensão que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de não fazer.

b) a multa cominada liminarmente só será exigível após o trânsito em julgado da


decisão favorável ao autor.

c) a pretensão do autor poderá versar sobre questão que envolva tributos ou


contribuições previdenciárias.

d) se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, somente o


Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se
de prova nova.

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e) as associações legalmente legitimadas para a ação principal não podem ajuizar


ação cautelar, o que só poderá ser feito pelo Ministério Público ou pela Defensoria
Pública.

COMENTÁRIOS:

Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia,
em decisão sujeita a agravo.

§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em


julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver
configurado o descumprimento.

Gabarito: B

44. (TRF 1ª Região – FCC 2011) Considere as seguintes Associações:

Associação Brasil Limpo: constituída há 14 meses e possui entre suas finalidades a


proteção à livre concorrência.

Associação Viver Adequadamente: constituída há sete meses e possui entre suas


finalidades a proteção ao consumidor.

Associação Leis Claras: constituída há vinte e quatro meses e possui entre suas
finalidades a proteção ao patrimônio estético.

Associação Natureza Bela: constituída há seis meses e possui entre suas


finalidades a proteção ao meio ambiente.

De acordo com a Lei n° 7.347/85 têm legitimidade para propor a ação civil pública as
Associações indicadas SOMENTE em:

a) I, II e IV.

b) III e IV.

c) I e III.

d) II e IV.

e) I, II e III.

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COMENTÁRIOS:

A resposta à questão está no art. 5°, inciso V e suas duas alíneas, da Lei n°
7.347/85, que assim dispõem:

Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

(...)

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente,


ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

De modo que, podemos eliminar todas que não estão constituídas há pelo menos
um ano. Restam a Associação Brasil Limpo (I) e a Associação Leis Claras (III).

Observem que quanto à finalidade, todas as associações se enquadram no que


dispõe o art. 5° da Lei da ACP, portanto, esse critério não exclui nenhuma, permanecem
os números “I” e “III” – resposta: “C”.

Gabarito: C

45. (MPE RN – FCC 2010) Sobre a ação civil pública, disciplinada pela Lei nº
7.347/85, é INCORRETO afirmar que

a) qualquer cidadão tem legitimidade para sua propositura.

b) em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação


legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.

c) o Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará


obrigatoriamente como fiscal da lei.

d) é facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas habilitar-se


como litisconsortes de qualquer das partes.

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e) a ação poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de


obrigação de fazer ou não fazer.

COMENTÁRIOS:

A banca tenta confundir o candidato misturando os legitimados da AP com os da


ACP. A letra “a” está incorreta, uma vez que versa sobre ação popular e não sobre ACP.
Os legitimados para propor ACP estão elencados no art. 5° da Lei nº 7.347/85.

Gabarito: A

QUESTÕES DA AULA

01. (TRT 1ª Região 2008) De acordo com o CPC, intervindo como fiscal da lei, o
Ministério Público:
a) terá vista dos autos antes das partes sempre que algum documento relevante for
juntado.
b) poderá determinar a realização de diligências imprescindíveis à correta apuração
dos fatos.
c) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo.
d) não poderá juntar documentos e certidões, já que não é parte.
e) somente poderá se manifestar nos autos após a manifestação das partes nas
alegações finais.

02. (MPE-RN 2010) Sobre a atuação do Ministério Público no Processo Civil, é


correto afirmar:
a) Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, caberá
ao juiz promover a sua intimação.
b) Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público não poderá juntar documentos
nem produzir prova em audiência.
c) Compete ao Ministério Público intervir, dentre outros casos, nas ações que
envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural.
d) Em hipótese alguma o órgão do Ministério Público será responsabilizado
civilmente pela sua atuação no processo.
e) Intervindo como fiscal da Lei, o Ministério Público terá vista dos autos depois do
autor e antes do réu.

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03. (MPE-SE Ministério Público 2009) Em ação de anulação de casamento, a


intervenção do Ministério Público
a) em nenhuma hipótese é obrigatória, porque não há interesse público.
b) só ocorrerá se o juiz entender presente algum interesse público.
c) só será obrigatória se houver filhos incapazes.
d) é obrigatória, porque se trata de ação concernente ao estado da pessoa.
e) não será obrigatória, se as partes estiverem representadas por advogados
constituídos, mas será obrigatória se pelo menos uma delas for representada pela
Defensoria Pública.

04. (MPE-SE Ministério Público 2009) Considere as seguintes assertivas a respeito


do Ministério Público:
I. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público poderá juntar documentos e
certidões e produzir prova em audiência.
II. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, a parte
promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo.
III. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público terá vista dos autos antes das
partes, sendo intimado de todos os atos do processo.
IV. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos previstos em lei,
cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes.
De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, está correto o que se afirma
APENAS em
a) II, III e IV.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) I e IV.

05. (TRT 9ª Região 2007) A respeito das partes e da intervenção do Ministério


Público no processo civil, julgue o item a seguir.
Se a pessoa incapaz não possuir representante legal, ou se os interesses deste
representante são colidentes com os do representado, o juiz deverá nomear um
curador especial a esse incapaz, para representá-lo nos atos da vida civil, bem
como em juízo.
a) Certo
b) Errado

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06. (TRT 9ª Região 2007) Em todas as ações nas quais incapazes sejam partes, é
obrigatória a intervenção do Ministério Público para representá-los ou assisti-los.
a) Certo
b) Errado

07. (TJDFT 2013) Ao atuar na defesa do interditando, o Ministério Público (MP) age
como representante da parte, e não como custos legis.
a) Certo
b) Errado

Em relação à defesa judicial dos interesses transindividuais, notadamente pela via


da ação civil pública, é correto afirmar que:
08. (Analista Judiciário 2004) A ação civil pública compete exclusivamente a entes
públicos, seja o Ministério Público ou entidades vinculadas à União, Estados ou
Municípios. Nesse último caso, desde que, entre suas finalidades institucionais,
esteja a defesa do meio ambiente, o patrimônio artístico, histórico e paisagístico, o
consumidor e a economia popular.
a) Certo
b) Errado

09. (Analista Judiciário MPU 2004) Ainda que a legitimação para a ação civil pública
seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do Ministério Público,
fornecendo informações que fundamentem a propositura. Já os servidores públicos
têm essa prerrogativa como dever funcional. E os juízes, conhecendo tais
informações, devem remetê-las ao Ministério Público para que esse tome as
providências cabíveis.
a) Certo
b) Errado

10. (TJ RJ FGV 2014) No tocante à atuação do Ministério Público no processo civil,
é INCORRETO afirmar que:
a) lhe é assegurada a prerrogativa da intimação pessoal dos atos processuais,
mediante a abertura de vista dos autos;
b) lhe é assegurada a prerrogativa do prazo quadruplicado para apresentar
contestação;
c) a sua intervenção, como custos legis, é obrigatória nas causas concernentes ao
estado da pessoa, sob pena de nulidade do processo;

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d) lhe é assegurada a faculdade de interpor recursos caso funcione como órgão


agente, mas não como custos legis;
e) lhe é assegurada a possibilidade de produzir provas, ainda que funcione como
custos legis.

11. (TRT 9ª Região – FCC 2010) Intervindo no processo como fiscal da lei, o
Ministério Público
a) não poderá requerer diligências necessárias ao descobrimento da verdade.
b) não poderá produzir prova em audiência.
c) terá vista dos autos antes das partes.
d) poderá juntar documentos e certidões.
e) será intimado dos principais atos processuais, a critério do juiz.

12. (MPE-RN Agente administrativo – FCC 2010) No processo civil, as despesas dos
atos processuais efetuados a requerimento do Ministério Público interveniente
serão
a) pagas a final pelas partes, proporcionalmente.
b) pagas pelo Ministério Público antes da realização do ato.
c) suportadas pela Fazenda Pública.
d) pagas a final pelo vencido.
e) dispensadas de pagamento porque o Ministério Público é órgão do Estado.

13. (MPE-SE Analista do ministério Público – FCC 2009) Intervindo o Ministério


Público como fiscal da lei no processo,
a) não poderá requerer diligências, se as partes delas se desinteressarem, mas
poderá requerer a produção de provas.
b) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos.
c) somente será intimado da sentença, para fins de interposição de eventual
recurso.
d) terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo.
e) não poderá requerer a produção de provas, se as partes também não houverem
requerido.

14. (TJ-PI Técnico Judiciário – FCC 2009) Deve o Ministério Público intervir, como
fiscal da lei, dentre outras, nas causas de interesse de
a) pessoas jurídicas constituídas há menos de um ano.

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b) pessoas capazes, mas beneficiárias da gratuidade judicial.


c) pessoas capazes, mas revéis.
d) estrangeiros, residentes ou não no território nacional.
e) incapazes e naquelas concernentes ao estado da pessoa.

15. (MPE CE – FCC 2012) No processo civil, o Ministério Público


a) age sempre facultativamente, em obediência a seu poder discricionário.
b) no exercício de suas funções, não poderá ser responsabilizado civilmente, mas
somente nos âmbitos administrativo e criminal.
c) poderá produzir prova em audiência, mas não juntar documentos e certidões, o
que é privativo das partes.
d) intervirá nas causas em que haja interesses de incapazes, relativas ao estado da
pessoa, declaração de ausência e disposições de última vontade.
e) deverá manifestar-se nas ações que envolvam litígios coletivos e individuais pela
posse da terra urbana e rural.

16. (TJDFT Cespe 2013) Ao atuar na defesa do interditando, o Ministério Público


(MP) age como representante da parte, e não como custos legis.
a) Certo
b) Errado

17. (INSS FUNRIO 2013/Adaptada) No tocante a nulidade no Código do Processo


Civil, é errado afirmar que
É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o
feito em que deva intervir.
a) Certo
b) Errado

18. (TC DF Cespe 2013) Acerca da trilogia estrutural, dos princípios gerais e das
partes que podem atuar em um processo, julgue os itens a seguir.
As causas relacionadas ao estado da pessoa são exemplo de causas nas quais o
MP deve atuar como custos legis.
a) Certo
b) Errado

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19. (DPE AC – Cespe 2012/Adaptada) Se intervier na causa, ainda que na condição


de fiscal da lei e não em nome próprio, o MP poderá juntar documentos e certidões,
produzir prova em audiência e requerer medidas ou diligências, inclusive perícias,
necessárias ao descobrimento da verdade.
a) Certo
b) Errado

20. (TRE ES - Cespe 2011) Com relação a intimação do Ministério Público,


suspeição do juiz e prazo para contestar, julgue os itens subsecutivos.
Se o Ministério Público não intervier em processo que envolva interesse de incapaz,
ainda que seja intimado, ocorrerá a nulidade do processo.
a) Certo
b) Errado

A Constituição de 1988 apresentou uma nova tábua axiológica de valores jurídicos.


À sociedade foram concedidas condições mínimas para uma vida humana digna
(artigo 1º, III), inspirada em princípios sociais e humanos. Nesse contexto, foram
criados mecanismos ágeis que pudessem servir para tutelar os direitos e garantir a
celeridade do processo. O Ministério Público ampliou sua atuação na defesa dos
interesses sociais e coletivos.
À luz do texto acima e de seus conhecimentos sobre a atuação do Ministério
Público responda os itens seguintes.
21. (Inédita) O MP, mais do que simples agente de justiça, tem o dever de
representar e defender a sociedade, incluindo a interação com esta. Para tanto lhe
cabe, entre muitos outros, o uso de instrumentos democráticos; como a
participação em reuniões e audiências públicas, que lhe permita ouvir os anseios
populares.
a) Certo
b) Errado

22. (Inédita) No exercício de suas funções, o órgão do Ministério Público será


civilmente responsável quando proceder com dolo ou fraude.
a) Certo
b) Errado

23. (MP RR – Cespe 2008) No processo em que o interesse em litígio é privado, de


expressão econômica, em que há interesse de pessoa relativamente incapaz, ainda
que esta tenha representante legal ou curador à lide, é obrigatória a intervenção do
Ministério Público no feito, na qualidade de custos legis.

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a) Certo
b) Errado

24. (TRE MT Cespe 2010) Com relação à atuação do Ministério Público (MP) no
processo civil, assinale a opção correta.
a) Compete ao MP atuar como substituto processual do réu preso ou do revel
citado por edital.
b) O membro ministerial será civilmente responsável quando, no exercício de suas
funções, proceder com culpa, dolo ou fraude.
c) Sendo as partes maiores e capazes, não há necessidade de intervenção
ministerial nas causas que versem acerca do estado da pessoa.
d) O interesse público que legitima o MP a intervir na causa pode ser evidenciado
tanto pela natureza da lide, como pela qualidade da parte.
e) Quando intervém como parte, o MP tem vista dos autos e é intimado de todos os
atos do processo. Quando intervém como fiscal da lei, tem vista dos autos depois
das partes, mas não é intimado de todos os atos do processo.

25. (MPE RR Cespe 2008) Acerca da atuação do Ministério Público no processo


civil, julgue os itens subsequentes.
Quando o Ministério Público atua no processo em defesa de direito de incapaz, o
faz como assistente litisconsorcial, ou seja, age autorizado por lei, podendo praticar
todos os atos que, em tese, seriam em benefício do assistido.
a) Certo
b) Errado

Em relação à defesa judicial dos interesses transindividuais, notadamente pela via


da ação civil pública, é correto afirmar que:
26. (Analista Judiciário ESAF 2004) A ação civil pública compete exclusivamente a
entes públicos, seja o Ministério Público ou entidades vinculadas à União, Estados
ou Municípios. Nesse último caso, desde que, entre suas finalidades institucionais,
esteja a defesa do meio ambiente, o patrimônio artístico, histórico e paisagístico, o
consumidor e a economia popular.
a) Certo
b) Errado

27. (Analista Judiciário MPU ESAF 2004) Ainda que a legitimação para a ação civil
pública seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do Ministério
Público, fornecendo informações que fundamentem a propositura. Já os servidores
públicos têm essa prerrogativa como dever funcional. E os juízes, conhecendo tais

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informações, devem remetê-las ao Ministério Público para que esse tome as


providências cabíveis.
a) Certo
b) Errado

28. (MPE RR Cespe 2008) O Ministério Público deverá promover, obrigatoriamente,


a execução da sentença condenatória proferida na ação civil pública quando o
prazo fixado em lei se extinguir e a autora da ação, ou os demais colegitimados,
não promoverem tal execução.
a) Certo
b) Errado

29. (DPE AL Cespe 2009) A ação civil pública não pode ter por objeto a condenação
em dinheiro.
a) Certo
b) Errado
30. (DPE AL Cespe 2009) É cabível ação civil pública para veicular pretensões que
envolvam contribuições previdenciárias cujos beneficiários possam ser
individualmente determinados.
a) Certo
b) Errado

31. (DPE AL Cespe 2009) Sociedade de economia mista não tem legitimidade para
propor ação civil pública.
a) Certo
b) Errado

32. (DPE AL Cespe 2009) Se houver desistência infundada ou abandono da ação por
associação legitimada, o DP ou outro legitimado assume a titularidade ativa da ação
civil pública.
a) Certo
b) Errado

33. (AGU Cespe 2007) É facultado ao poder público habilitar-se como litisconsorte
de qualquer das partes na ação civil pública.
a) Certo
b) Errado

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34. (TCU Cespe 2013) Não é cabível a ação civil pública por improbidade
administrativa cuja finalidade exclusiva seja a obtenção de ressarcimento ao erário.
a) Certo
b) Errado

35. (TJ AL Cespe 2008) A respeito da ação civil pública, assinale a opção correta.
a) Se o MP não intervier no processo como parte, atuará como fiscal da lei se
houver interesse público relevante.
b) Ocorrendo dano em mais de uma comarca, é competente o juízo de qualquer
uma delas, de modo que não há prevenção do juízo no caso de ajuizamento de mais
uma ação com o mesmo objeto.
c) Tendo em conta os fins da administração, é lícito ao poder público habilitar-se
como litisconsorte ativo, mas não como litisconsorte passivo.
d) Juiz que, no exercício das suas funções, tiver conhecimento de fatos que
possam ensejar a propositura da ação civil pública deverá remeter as peças à
procuradoria estadual ou municipal, para as providências cabíveis.
e) Em ação proposta por associação para reparação de dano ao meio ambiente,
caso haja desistência desprovida de qualquer fundamento adequado, assumirá a
titularidade ativa o MP ou qualquer legitimado.

36. (TJ AL Cespe 2008) Assinale a opção correta a respeito da ação civil pública.
a) O Ministério Público é o único legitimado a firmar extrajudicialmente o
compromisso de ajustamento de conduta lesiva às exigências legais do causador
do dano a um dos bens protegidos, visando prevenir o ajuizamento da ação civil
pública.
b) Na ação civil pública, com exceção do Ministério Público, todos os outros
legitimados, em caso de improcedência do pedido, serão condenados nos ônus da
sucumbência, consistentes nas despesas e custas processuais e honorários
advocatícios.
c) Se for julgado improcedente o pedido na ação civil pública e não constar da
sentença revogação expressa da liminar, esta subsistirá até o julgamento do
recurso de apelação.
d) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública proposta por algum
colegitimado, o Ministério Público assumirá a legitimidade ativa, devendo
prosseguir na ação até a prolação da sentença de mérito, por ser indisponível o seu
objeto.
e) Se determinado dano ecológico atingir uma vasta região, envolvendo várias
comarcas de um mesmo estado, qualquer um dos foros do local do dano será

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competente para processar e julgar a ação civil pública para responsabilizar os


causadores do dano, fixando-se a competência pela prevenção.

37. (STM Cespe 2011) Julgue os itens que se seguem, relativos a atos
administrativos, improbidade administrativa e processo administrativo disciplinar.
Os pré-requisitos para a ação civil pública incluem a ocorrência ou a ameaça de
dano ao patrimônio público.
a) Certo
b) Errado

38. (MPE PI 2012) Com relação à ACP para a defesa de direitos coletivos em sentido
amplo, assinale a opção correta.
a) De acordo com a concepção tripartite estabelecida legalmente para a
caracterização dos interesses e direitos coletivos, os critérios identificadores
desses interesses e direitos residem no pedido e na causa de pedir.
b) O arquivamento de inquérito civil induz os efeitos da preclusão e de coisa
julgada e impede a propositura de ACP.
c) A legitimidade para a propositura da ACP é concorrente e disjuntiva, todavia,
verificando-se pertinência temática do objeto litigioso aos fins institucionais de
mais de um ente legitimado, forma-se litisconsórcio ativo necessário.
d) Na ACP, admite-se a dedução de pedido reconvencional pelo réu.
e) A ACP segue procedimento especial definido na Lei de Ação Civil Pública.
Entretanto, se existir, para o pedido, procedimento especial definido no CPC,
prevalecem as disposições da legislação processual civil, por expressa previsão
legal.

39. (TCE BA FGV 2013) Com relação à ação civil pública, analise as afirmativas a
seguir.
I. A ação civil pública é um importante instrumento de promoção da tutela coletiva
de direitos.
II. A propositura de uma ação civil pública é restrita aos casos expressamente
previstos em lei.
III. O cidadão, de modo amplo e irrestrito, tem legitimidade para ajuizar uma ação
civil pública.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.

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d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

40. (MPE RN – FCC 2010) De acordo com a Lei nº 7.347/85, NÃO tem legitimidade
para a propositura da ação civil pública:
a) a Sociedade de Economia Mista.
b) a Defensoria Pública.
c) o Distrito Federal.
d) a Associação que inclua entre suas finalidades institucionais a proteção ao meio
ambiente, constituída há seis meses.
e) a União.

41. (TJ AP – FCC 2011) É parte legítima para a propositura de ação civil pública
a) o Ministério Público e a Defensoria Pública, apenas.
b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, apenas.
c) a associação que, concomitantemente, esteja constituída há pelo menos 1 (um)
ano nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
d) a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista, desde
que esteja constituída há pelo menos 6 (seis) meses nos termos da lei civil e inclua,
entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor,
à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.
e) a associação ou sociedade que, concomitantemente, esteja constituída há pelo
menos 6 (seis) meses nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades
institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à
livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.

42. (TCE GO – FCC 2009) Na ação civil pública,


a) a Defensoria Pública não pode figurar no polo ativo.
b) a pretensão poderá versar sobre cobrança de contribuições previdenciárias em
atraso.
c) o Ministério Público poderá assumir a titularidade ativa, no caso de desistência
infundada ou abandono por associação legitimada.
d) o juiz poderá conceder mandado liminar em decisão irrecorrível.

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e) a execução da multa cominada liminarmente não depende do trânsito em julgado


da sentença.

43. (Advogado – FCC 2011) Na ação civil pública,


a) não cabe formular na petição inicial pretensão que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de não fazer.
b) a multa cominada liminarmente só será exigível após o trânsito em julgado da
decisão favorável ao autor.
c) a pretensão do autor poderá versar sobre questão que envolva tributos ou
contribuições previdenciárias.
d) se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, somente o
Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se
de prova nova.
e) as associações legalmente legitimadas para a ação principal não podem ajuizar
ação cautelar, o que só poderá ser feito pelo Ministério Público ou pela Defensoria
Pública.

44. (TRF 1ª Região – FCC 2011) Considere as seguintes Associações:


Associação Brasil Limpo: constituída há 14 meses e possui entre suas finalidades a
proteção à livre concorrência.
Associação Viver Adequadamente: constituída há sete meses e possui entre suas
finalidades a proteção ao consumidor.
Associação Leis Claras: constituída há vinte e quatro meses e possui entre suas
finalidades a proteção ao patrimônio estético.
Associação Natureza Bela: constituída há seis meses e possui entre suas
finalidades a proteção ao meio ambiente.
De acordo com a Lei n° 7.347/85 têm legitimidade para propor a ação civil pública as
Associações indicadas SOMENTE em:
a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.

45. (MPE RN – FCC 2010) Sobre a ação civil pública, disciplinada pela Lei nº
7.347/85, é INCORRETO afirmar que
a) qualquer cidadão tem legitimidade para sua propositura.

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Direito Processual Civil TJDFT
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

b) em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação


legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
c) o Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará
obrigatoriamente como fiscal da lei.
d) é facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas habilitar-se
como litisconsortes de qualquer das partes.
e) a ação poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de
obrigação de fazer ou não fazer.

GABARITO

01 C 10 D 19 Certo 28 Certo 37 Certo

02 C 11 D 20 Errado 29 Errado 38 A

03 D 12 D 21 Certo 30 Errado 39 D

04 D 13 B 22 Certo 31 Errado 40 D

05 Errado 14 E 23 Certo 32 Certo 41 C

06 Errado 15 D 24 D 33 Certo 42 C

07 Errado 16 Errado 25 Errado 34 Errado 43 B

08 Errado 17 Certo 26 Errado 35 E 44 C

09 Certo 18 Certo 27 Certo 36 E 45 A

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