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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
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AULA 11
Olá pessoal!
SUMÁRIO
1 Não confunda com a responsabilidade dos agentes públicos (pessoas físicas), que pode ser
administrativa, penal e civil, como vimos na aula sobre o regime jurídico dos servidores públicos.
Responsabilidade do
Obrigação de reparar danos causados a terceiros
Estado
EVOLUÇÃO
IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO
I 23800474646
2 Carvalho Filho denomina de fato administrativo, assim considerado como qualquer forma de conduta,
art.21, XXIII, “d” 4 ), uma vez que, nessa hipótese, ficaria afastada
qualquer possibilidade de alegações de excludentes pelo Estado5.
Outra hipótese de aplicação da teoria do risco integral aceita pela
doutrina e pela jurisprudência é a responsabilidade por
4 Art. 21. Compete à União:
(...)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares
e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
(...)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
5 O tema, porém, não é pacífico. Existem autores que pensam não existir distinção entre a
responsabilidade por dano nuclear e as demais hipóteses de responsabilidade civil do Estado, ou seja, o
dano nuclear também ensejaria a responsabilidade civil objetiva na modalidade risco administrativo.
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6 REsp 1.346.430-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 18/10/2012. (Informativo de
Jurisprudência nº 507).
Responsabilidade
com culpa (civilista) Só existe quando o agente público atua
- responsabilidade com culpa e pratica atos de gestão
subjetiva
Teorias da Culpa
responsabilidade administrativa Basta comprovar a falta ou má qualidade do
do Estado - responsabilidade serviço (culpa do Estado e não do agente)
subjetiva
Risco
Basta o nexo de causalidade entre a ação
administrativo
estatal e o dano. A Administração pode
- responsabilidade
alegar excludentes de responsabilidade
objetiva
Gabarito: Errado
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Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo .
7Conforme ensina Hely Lopes Meirelles, a atuação ilícita do servidor não exclui a responsabilidade
objetiva da Administração. Antes, a agrava, porque tal atuação traz ínsita a presunção de má escolha do
agente público para a missão que lhe fora atribuída.
8 STF RE 291.035/SP
9 STF RE 363.423.
10 STF AI 473.381/AP
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De direito público
Todas: administração direta,
autarquias e fundações
Alcança pessoas
jurídicas De direito privado prestadoras
de serviço público
Responsabilidade civil
objetiva do Estado EP, SEM, fundações e
delegatárias de serviço público
(CF, art. 37, §6º)
Como visto, segundo o art. 37, §6º da CF, além das pessoas jurídicas
de direito público (administração direta, autarquias e fundações
públicas), as empresas públicas e as sociedades de economia mista
prestadoras de serviço público (ex: Correios e Infraero), entidades de
direito privado, também se submetem à responsabilidade de natureza
objetiva, na modalidade risco administrativo.
Ressalte-se que não estão abrangidas pelo art. 37, §6º da CF as
empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de
atividade econômica (ex: Banco do Brasil e Petrobras). Estas
respondem pelos danos que seus agentes causarem a terceiros da mesma
forma que qualquer empresa privada, nos termos do direito civil e
comercial; ou seja, a responsabilidade das empresas estatais exploradoras
de atividade econômica é de natureza subjetiva (teoria civilista ou culpa
comum – depende da demonstração de culpa do agente).
Responsabilidade
Direito Público
objetiva
Entidades Prestadoras de
administrativas serviços públicos Responsabilidade
objetiva
Ex: Infraero, ECT
Direito Privado
Exploradoras de
atividades econômica Responsabilidade
subjetiva
Ex: BB, Petrobras
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11 É o que dispõe o art. 25 da Lei 8.987/1995: incumbe à concessionária a execução do serviço concedido,
cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros,
sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade.
12 RE 591.874/MS
11. (Cespe – PC/BA 2013) O corte de energia elétrica por parte da concessionária
de serviço público presume a existência de dano moral, sendo desnecessária a
comprovação dos prejuízos sofridos à honra objetiva de empresa ou usuário afetado
pela interrupção do serviço.
Comentário: Para restar configurada a responsabilidade civil objetiva da
concessionária de serviço público, é necessário que se demonstre a existência
do dano, do ato da empresa e do nexo causal entre um e outro. Portanto, ao
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13Não obstante, a detecção do agente causador da omissão é importante para o Estado, para que possa
apurar as devidas responsabilidades, e, assim, acionar o agente público em sede de ação regressiva, mas
essa é outra história, que veremos daqui a pouco.
14 STF RE 695.887/PB; STJ RE 602.102
15 RE 633.138/DF
que seja agredido no horário de aula por outro aluno ou por pessoa
estranha à escola. Nestas situações haverá a responsabilidade objetiva
do Estado, mesmo que o prejuízo não decorra de ação direta de um
agente do Poder Público, e sim de uma omissão. Para se livrar da
responsabilidade, a Administração terá que provar (o ônus da prova é
dela) a ocorrência de algum excludente dessa responsabilidade, como um
evento de força maior.
Segundo a doutrina, a responsabilidade objetiva nesses casos decorre
de uma omissão específica do Estado, que possibilitou a ocorrência do
dano, a qual, para efeito de responsabilidade civil, equipara-se à conduta
comissiva.
A omissão específica, que enseja a responsabilidade objetiva
para a Administração, difere da omissão genérica, que gera a
responsabilidade subjetiva.
Ressalte-se que a omissão específica está presente, em especial,
quando há pessoas sob custódia do Estado (ex: presidiários, pessoas
internadas em hospitais públicos, estudantes de escolas públicas), casos
em que a responsabilidade civil da Administração, como dito, é do tipo
objetiva, na modalidade risco administrativo, dada a sua omissão
específica com relação às pessoas sob sua guarda (não há necessidade de
provar a culpa da Administração).
Nos demais casos, que não envolvam pessoas sob custódia do
Estado, a omissão é genérica e enseja a responsabilidade civil subjetiva
da Administração, na modalidade culpa administrativa. O prejudicado é
que terá de provar que houve omissão culposa do Estado.
Subjetiva
Regra geral
(culpa administrativa)
Responsabilidade civil
por omissão
Pessoas sob a guarda do Estado
Objetiva
(alunos, presidiários,
(risco administrativo)
hospitalizados)
12. (Cespe – TCDF 2012) A responsabilidade do Estado por danos causados por
fenômenos da natureza é do tipo subjetiva.
Comentário: Nos danos decorrentes de caso fortuito ou força maior –
como se pode classificar os fenômenos da natureza – sem que haja conduta
comissiva da Administração Pública, esta somente será responsabilizada caso
se comprove que a adequada prestação do serviço estatal obrigatório teria
evitado ou reduzido o resultado danoso. Nesses casos, a responsabilidade do
Estado, se houver, é subjetiva, baseada na teoria da culpa administrativa.
Gabarito: Certo
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE
adutora durante a manutenção ou a falha de uma peça mecânica num veículo oficial
em trânsito.
Para os autores, somente as situações de força maior eximem a responsabilidade
objetiva civil da Administração Pública, mas não os eventos internos enquadrados
como caso fortuito.
Isso porque, nas situações de força maior, o dano não decorre de atuação do
Estado, mas do próprio evento externo, de modo que não há um nexo causal entre
alguma atividade estatal e o dano sofrido pelo particular (a menos que haja alguma
omissão culposa da Administração, é claro).
15. (Cespe – MIN 2013) Considere que um particular, ao avançar o sinal vermelho
do semáforo, tenha colidido seu veículo contra veículo oficial pertencente a uma
autarquia que trafegava na contramão. Nessa situação, o Estado deverá ser
integralmente responsabilizado pelo dano causado ao particular, dado que, no
Brasil, se adota a teoria da responsabilidade objetiva e, de acordo com ela, a culpa
concorrente não elide nem atenua a responsabilidade do Estado de indenizar.
Comentário: De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva, na
hipótese de culpa concorrente, a responsabilidade do Estado será atenuada,
ou seja, o valor da indenização que terá de pagar será reduzido
proporcionalmente, na medida de sua culpa. Como o particular também teve
culpa, parte do prejuízo será suportado por ele.
Gabarito: Errado
Supremo no RE 318.725/RJ:
DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE
EXTRACONTRATUAL DO ESTADO. SUICÍDIO DE PACIENTE EM HOSPITAL
PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CAUSAL ENTRE O EVENTO E A
ATUAÇÃO DO ENTE PÚBLICO. 1. A discussão relativa à responsabilidade
extracontratual do Estado, referente ao suicídio de paciente internado em hospital
público, no caso, foi excluída pela culpa exclusiva da vítima, sem possibilidade de
interferência do ente público. 2. Agravo regimental improvido.
*****
Em frente!
Na prova, portanto, não se deve descartar logo de cara alguma alternativa que
afirme ser possível acionar diretamente o agente público; o melhor é verificar se o
enunciado faz referência à doutrina, pois, se fizer, o item poderá ser considerado
correto.
Não obstante, deve-se tomar como REGRA GERAL (caso o enunciado não cite a
doutrina ou apenas peça o posicionamento do STF) que a ação de reparação deverá
ser intentada contra a pessoa jurídica causadora do dano, e não contra o agente,
não se admitindo sequer o litisconsórcio passivo (entre a pessoa jurídica e o
servidor) em tal situação.
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16 Art. 1o-C. Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de
pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços
públicos.
17 STJ Resp 816.209
18. (Cespe – PGE/BA 2014) Suponha que viatura da polícia civil colida com
veículo particular que tenha ultrapassado cruzamento no sinal vermelho e o fato
ocasione sérios danos à saúde do condutor do veículo particular. Considerando essa
situação hipotética e a responsabilidade civil da administração pública, julgue o item
subsequente.
No caso, a ação de indenização por danos materiais contra o Estado prescreverá em
vinte anos.
Comentário: A ação de indenização contra o Estado prescreverá em
cinco anos, e não em vinte.
Gabarito: Errado
Vale anotar que, mesmo que não se consiga provar a culpa ou dolo
do agente público, a obrigação da Administração perante o particular não
muda, vale dizer, o insucesso da ação de regresso não tem impacto algum
19 O dolo ocorre quando o agente tem a intenção de provocar o dano, enquanto a culpa ocorre quando o
agente, embora não tenha a intenção do dano, não toma os cuidados necessários, ou faz algo para o qual
não está apto, englobando a negligência, a imperícia e a imprudência.
Dano
decidir se intenta ou não ação regressiva contra o agente causador do dano, ainda
que este tenha agido com culpa ou dolo.
Comentário: A doutrina majoritária é no sentido de que a ação regressiva
é obrigatória. Afinal, é a integridade do erário que está jogo, não podendo o
agente público abrir mão, a seu critério, de um patrimônio que é de todos.
Tanto é assim que a Lei 4.619/1965 estipula o prazo de 60 dias para
ajuizamento da ação regressiva, a contar da data em que transitar em julgado a
condenação imposta ao Estado. O não cumprimento desse prazo pelos
procuradores responsáveis por impetrar a ação constitui falta no exercício do
dever. Lembrando que a ação de regresso é imprescritível.
Gabarito: Errado
23. (Cespe – MTE 2014) O servidor que, por descumprimento de seus deveres
funcionais, causar dano ao erário, ficará obrigado ao ressarcimento, em ação
regressiva.
Comentário: O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições. Nos termos do art. 122 da Lei
8.112/1990, “a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo,
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros”. Assim, na
hipótese de um ato do servidor causar dano ao erário, ele responderá na
esfera civil diretamente, ficando obrigado ao ressarcimento. A ação regressiva
ocorre para os casos de danos a terceiros, daí o erro.
Gabarito: Errado
DENUNCIAÇÃO À LIDE
20 REsp 1089955/RJ
EXCEÇÕES:
Responsabilidade civil por
Atos legislativos: leis de efeitos concretos e
atos legislativos e judiciais
leis inconstitucionais.
Atos judiciais: erro judiciário na esfera
penal.
ATOS LEGISLATIVOS
ATOS JUDICIAIS
21 RE 429.518/SC
22 RE 385.943
25. (Cespe – DP/DF 2013) Considere que o Poder Judiciário tenha determinado
prisão cautelar no curso de regular processo criminal e que, posteriormente, o
cidadão aprisionado tenha sido absolvido pelo júri popular. Nessa situação
hipotética, segundo entendimento do STF, não se pode alegar responsabilidade civil
do Estado, com relação ao aprisionado, apenas pelo fato de ter ocorrido prisão
cautelar, visto que a posterior absolvição do réu pelo júri popular não caracteriza, por
si só, erro judiciário.
Comentário: A questão apresenta corretamente o entendimento do STF
acerca do assunto, no sentido de que a prisão preventiva, por si só, não é
suficiente para atrair a responsabilidade civil objetiva do Estado nos casos em
que o réu, ao final da ação penal, venha a ser absolvido ou tenha sua sentença
condenatória reformada na instância superior.
Gabarito: Certo
27. (Cespe – TJDFT 2013) Suponha que o TJDFT, por intermédio de um oficial de
justiça, no exercício de sua função pública, pratique ato administrativo que cause
dano a terceiros. Nessa situação, não se aplicam as regras relativas à
responsabilidade civil do Estado, já que os atos praticados pelos juízes e pelos
CASOS ESPECIAIS
Responsabilidade
Não importa o
Só fato da obra civil objetiva do
executor
Estado
Danos decorrentes
Responsabilidade
de obras públicas Execução a cargo da
civil objetiva do
própria Administração
Estado
Má execução
da obra
Responsabilidade
Execução a cargo de
civil subjetiva do
particular contratado
contratado
25 RE 518894 AgR / SP
26 REsp 1087862 / AM
****
É isso pessoal. Terminamos aqui a parte teórica. Como já é de praxe,
vamos resolver mais algumas questões de prova
27 Os eventos correlatos incluem greves, tumultos, comoções civis, distúrbios trabalhistas, ato malicioso,
29. (Cespe – DPU 2015) A responsabilidade civil do servidor público pela prática,
no exercício de suas funções, de ato que acarrete prejuízo ao erário ou a terceiros
pode decorrer tanto de ato omissivo quanto de ato comissivo, doloso ou culposo.
Comentário: Para caracterizar a responsabilidade civil ou extracontratual
do Estado, basta que haja um dano (patrimonial e/ou moral) causado a terceiro
por comportamento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo de agente
público. A responsabilidade civil impõe ao Estado a obrigação de reparar
(indenizar) esse dano.
Nos termos do art. 122 da Lei 8.112/1990, “a responsabilidade civil
decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros”.
Gabarito: Certo
30. (Cespe – DPU 2016) Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica
de direito público tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um
dos seus servidores. Assertiva: nessa situação, o direito de regresso poderá ser
exercido contra esse servidor ainda que não seja comprovada a ocorrência de dolo
ou culpa.
Comentário: o art. 37, § 6º, da Constituição Federal, dispõe o seguinte:
6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
31. (Cespe – CGE/PI 2015) De acordo com a teoria do risco integral, é suficiente a
existência de um evento danoso e do nexo de causalidade entre a conduta
administrativa e o dano para que seja obrigatória a indenização por parte do Estado,
afastada a possibilidade de ser invocada alguma excludente da responsabilidade.
Comentário: Na teoria do risco integral, o Estado funciona como um
segurador universal, que deverá suportar os danos sofridos por terceiros em
qualquer hipótese. A característica do risco integral é que não são admitidas
as hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do Estado. De fato, para se
aduzir a responsabilidade do Estado, seria suficiente demonstrar o dano e o
(Cespe – TRE/GO 2015) Rafael, agente público, chocou o veículo que dirigia, de
propriedade do ente ao qual é vinculado, com veículo particular dirigido por Paulo,
causando-lhe danos materiais. Acerca dessa situação hipotética, julgue os seguintes
itens.
37. (Cespe – TRT10 2013) A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo
e qualquer dano, independentemente de a vítima ter concorrido para o seu
aperfeiçoamento.
Comentário: A teoria do risco integral responsabiliza o Estado pelos
danos que seus agentes causarem a terceiros sem admitir qualquer excludente
39. (Cespe – Anatel 2012) De acordo com a teoria do risco administrativo, o ônus
da prova de culpa do particular por eventual dano que tenha sofrido, caso exista,
cabe sempre à administração pública.
Comentário: A teoria do risco administrativo admite a exclusão (total ou
parcial) da responsabilidade da Administração caso fique comprovada a culpa
da vítima. No caso, o ônus da prova cabe à Administração. Lembrando que,
diversamente, nos casos de omissão administrativa, em que a
responsabilidade do Estado é subjetiva, cabe ao particular provar que essa
omissão lhe causou algum dano. 23800474646
Gabarito: Certo
41. (Cespe – MPU 2013) Considere que veículo oficial conduzido por servidor
público, motorista de determinada autoridade pública, tenha colidido contra o veículo
de um particular. Nesse caso, tendo o servidor atuado de forma culposa e provados
43. (Cespe – MIN 2013) Considere que determinado prefeito municipal, abusando
de seu poder ao exercer suas atribuições, execute ato que cause prejuízo
patrimonial a terceiros. Nessa situação, caberá ao município restaurar o patrimônio
diminuído.
Comentário: A responsabilidade para ressarcir os danos causados a
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46. (Cespe – PM/CE 2014) A responsabilidade civil do servidor público por dano
causado a terceiros, no exercício de suas funções, ou à própria administração, é
subjetiva, razão pela qual se faz necessário, em ambos os casos, comprovar que ele
agiu de forma dolosa ou culposa para que seja diretamente responsabilizado.
Comentário: A responsabilidade civil do servidor público, quando atua
nessa qualidade, pode decorrer de duas situações: (i) por dano causado a
terceiros; ou (ii) por dano causado à própria Administração, ou seja, ao erário.
Em ambas as hipóteses, a responsabilidade civil do servidor é subjetiva,
ou seja, ele só responde se tiver agido com dolo ou culpa. A peculiaridade é
que, no caso de dano causado a terceiros, o servidor responde mediante ação
regressiva. É isso que prevê a Lei 8.112/1990:
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso
ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será
liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a
execução do débito pela via judicial.
§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a
Fazenda Pública, em ação regressiva.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será
executada, até o limite do valor da herança recebida.
Gabarito: Certo
47. (Cespe – Bacen 2013) Os efeitos da ação regressiva movida pelo Estado
contra o agente que causou o dano transmitem-se aos herdeiros e sucessores, até o
limite da herança, em caso de morte do agente.
Comentário: Por ser uma ação de natureza cível (indenizatória), a ação
regressiva transmite-se aos sucessores (herdeiros) do agente causador do
dano, os quais ficarão responsáveis por promover a reparação mesmo após a
morte do agente. O limite até o qual os sucessores responderão é o valor do
patrimônio transferido, como herança, pelo agente público falecido. Nesse
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56. (Cespe – Bacen 2013) A responsabilidade civil objetiva do Estado não abrange
as empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade
econômica.
Comentário: De fato, a responsabilidade civil objetiva do Estado, prevista
no art. 37, §6º da CF, não abrange as empresas públicas e sociedades de
economia mista exploradoras de atividade econômica. A responsabilidade
dessas entidades pelos danos causados a terceiros por seus agentes é de
natureza subjetiva (teoria civilista ou culpa comum – depende da
demonstração de culpa do agente).
Gabarito: Certo
57. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O caso fortuito e a força maior não
possibilitam a exclusão da responsabilidade do poder público, visto ser objetiva a
responsabilidade do Estado.
Comentário: A responsabilidade civil objetiva na modalidade risco
administrativo admite a arguição de excludente de responsabilidade para
afastar o dever de indenizar do Estado. Como excludentes de
responsabilidade, a doutrina geralmente cita a culpa exclusiva da vítima, o
caso fortuito e força maior e o fato exclusivo de terceiros. Detalhe é que o
ônus da prova em relação à presença do excludente de responsabilidade é da
própria Administração (afinal, ela é que será beneficiada com a exclusão).
Gabarito: Errado
59. (Cespe – PGE/BA 2014) Suponha que viatura da polícia civil colida com
veículo particular que tenha ultrapassado cruzamento no sinal vermelho e o fato
ocasione sérios danos à saúde do condutor do veículo particular. Considerando essa
situação hipotética e a responsabilidade civil da administração pública, julgue o item
subsequente.
Sendo a culpa exclusiva da vítima, não se configura a responsabilidade civil do
Estado, que é objetiva e embasada na teoria do risco administrativo.
Comentário: A culpa exclusiva da vítima é uma excludente de
responsabilidade admitida na teoria do risco administrativo que afasta
totalmente a responsabilidade civil do Estado. Na situação descrita no item, a
culpa exclusiva da vítima seria caracterizada se a Administração conseguisse
b) 2
c) 3
d) 1
e) 5
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
I) ERRADA. O Distrito Federal não responde pelos danos que seus
servidores, nessa qualidade, causarem a terceiro por culpa exclusiva da
vítima. A culpa exclusiva da vítima é um excludente de responsabilidade.
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JURISPRUDÊNCIA
art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional (e-STJ fls. 363).” 4. Agravo
Regimental a que se nega provimento.
nega provimento.
*****
Bons estudos!
Erick Alves
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RESUMÃO DA AULA
TEORIAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Teoria da irresponsabilidade: o Estado não pode ser responsabilizado (Estados absolutistas; jamais existiu no
Brasil).
Responsabilidade subjetiva: a responsabilidade do Estado depende da comprovação de culpa.
Teoria da culpa comum ou civilista: o Estado poderá ser responsabilizado se comprovada a culpa do seu
agente. Apenas atos de gestão, mas não atos de império.
Teoria da culpa administrativa: o Estado poderá ser responsabilizado se comprovada a culpa da
Administração (falta do serviço). Aplicável nos casos de omissão na prestação de serviço público.
Responsabilidade objetiva: a responsabilidade do Estado independe da comprovação de culpa. Basta existir o
dano, o fato do serviço e o nexo causal entre eles:
Teoria do risco administrativo: admite excludentes -> aplicada como regra
Teoria do risco integral: não admite excludentes -> apenas casos excepcionais: danos nucleares,
ambientais e ataques terroristas a aeronaves brasileiras.
A responsabilidade do Estado é objetiva: o Estado responde pelos danos causados por seus agentes
independentemente de culpa.
A responsabilidade do agente é subjetiva: agente responde ao Estado, em ação regressiva, só se agir com
dolo ou culpa.
pessoas jurídicas
Estatais exploradoras de atividade econômica não!
A ação regressiva depende da condenação da pessoa jurídica a indenizar a vítima (trânsito em julgado);
STF: os agentes não podem responder diretamente perante o lesado, nem mesmo em litisconsórcio, só
podendo vir a responder em ação regressiva, perante o Estado.
Doutrina: o agente pode responder diretamente, inclusive em litisconsórcio passivo.
Não é cabível a denunciação à lide do agente público (posição majoritária).
Em regra, não há responsabilidade civil do Estado unicamente pela prisão preventiva de acusado que,
depois, venha a ser absolvido na sentença final (a menos que haja alguma ilegalidade na prisão).
Responsabilidade civil dos notários (tabeliães):
STF: a responsabilidade objetiva é do Estado, cabendo ação de regresso contra o tabelião;
STJ: a responsabilidade objetiva é do tabelião, e, conforme o caso, subsidiária do Estado, cabendo
direito de regresso contra os prepostos.
5. (FGV – OAB 2011) Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando
estava na frente da sua casa, de bermuda e sem camisa, discute com um transeunte e
acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera.
Com base no relatado acima, é correto afirmar que o Estado
(A) será responsabilizado, pois Norberto é agente público pertencente a seus quadros.
(B) será responsabilizado, com base na teoria do risco integral.
(C) somente será responsabilizado de forma subsidiária, ou seja, caso Norberto não tenha
condições financeiras.
(D) não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não atuou
nessa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser imputada ao Ente Público.
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7. (Cespe – PC/CE 2012) A responsabilidade civil do Estado exige três requisitos para a
sua configuração: ação atribuível ao Estado, dano causado a terceiros e nexo de
causalidade.
11. (Cespe – PC/BA 2013) O corte de energia elétrica por parte da concessionária de
serviço público presume a existência de dano moral, sendo desnecessária a comprovação
dos prejuízos sofridos à honra objetiva de empresa ou usuário afetado pela interrupção do
serviço.
12. (Cespe – TCDF 2012) A responsabilidade do Estado por danos causados por
fenômenos da natureza é do tipo subjetiva.
14. (Cespe – TJDFT 2013) Se um particular sofrer dano quando da prestação de serviço
público, e restar demonstrada a culpa exclusiva desse particular, ficará afastada a
responsabilidade da administração. Nesse tipo de situação, o ônus da prova, contudo,
caberá à administração.
15. (Cespe – MIN 2013) Considere que um particular, ao avançar o sinal vermelho do
semáforo, tenha colidido seu veículo contra veículo oficial pertencente a uma autarquia que
trafegava na contramão. Nessa situação, o Estado deverá ser integralmente
responsabilizado pelo dano causado ao particular, dado que, no Brasil, se adota a teoria da
responsabilidade objetiva e, de acordo com ela, a culpa concorrente não elide nem atenua a
responsabilidade do Estado de indenizar.
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17. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Caso ocorra o suicídio de um detento dentro de
estabelecimento prisional mantido pelo Estado, a administração pública, segundo
entendimento recente do STJ, estará, em regra, obrigada ao pagamento de indenização por
danos morais.
18. (Cespe – PGE/BA 2014) Suponha que viatura da polícia civil colida com veículo
particular que tenha ultrapassado cruzamento no sinal vermelho e o fato ocasione sérios
19. (Cespe – TRT10 2013) Todos os anos, na estação chuvosa, a região metropolitana de
determinado município é acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus
moradores. Estudos no local demonstraram que os fatores preponderantes causadores das
enchentes são o sistema deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas
vias públicas.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Caso algum cidadão pretenda ser ressarcido de prejuízos sofridos, poderá propor ação
contra o Estado ou, se preferir, diretamente contra o agente público responsável, visto que a
responsabilidade civil na situação hipotética em apreço é solidária.
20. (Cespe – GDF 2013) Aplica-se a prescrição quinquenal no caso de ação regressiva
ajuizada por autarquia estadual contra servidor público cuja conduta comissiva tenha
resultado no dever do Estado de indenizar as perdas e danos materiais e morais sofridos
por terceiro.
21. (Cespe – MDIC 2014) Considere que o motorista de um veículo oficial de determinado
ministério, ao trafegar em velocidade acima do limite legal, tenha colidido contra um veículo
de particular que estava devidamente estacionado. Nessa situação, embora o Estado seja
obrigado a indenizar o dano, somente haverá o direito de regresso do Estado caso se
comprove o dolo específico na conduta do servidor.
22. (Cespe – TCDF 2014) De acordo com o sistema da responsabilidade civil objetiva
adotado no Brasil, a administração pública pode, a seu juízo discricionário, decidir se intenta
ou não ação regressiva contra o agente causador do dano, ainda que este tenha agido com
culpa ou dolo.
23. (Cespe – MTE 2014) O servidor que, por descumprimento de seus deveres funcionais,
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25. (Cespe – DP/DF 2013) Considere que o Poder Judiciário tenha determinado prisão
cautelar no curso de regular processo criminal e que, posteriormente, o cidadão aprisionado
tenha sido absolvido pelo júri popular. Nessa situação hipotética, segundo entendimento do
STF, não se pode alegar responsabilidade civil do Estado, com relação ao aprisionado,
apenas pelo fato de ter ocorrido prisão cautelar, visto que a posterior absolvição do réu pelo
júri popular não caracteriza, por si só, erro judiciário.
26. (Cespe – TCDF 2014) Incidirá a responsabilidade civil objetiva do Estado quando, em
processo judicial, o juiz, dolosamente, retardar providência requerida pela parte.
28. (ESAF – PGFN 2007) Caberá ao Ministro de Estado da Fazenda definir as normas
para a operacionalização da assunção, pela União, de responsabilidades civis perante
terceiros no caso de atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos.
29. (Cespe – DPU 2015) A responsabilidade civil do servidor público pela prática, no
exercício de suas funções, de ato que acarrete prejuízo ao erário ou a terceiros pode
decorrer tanto de ato omissivo quanto de ato comissivo, doloso ou culposo.
30. (Cespe – DPU 2016) Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de
direito público tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus
servidores. Assertiva: nessa situação, o direito de regresso poderá ser exercido contra esse
servidor ainda que não seja comprovada a ocorrência de dolo ou culpa.
31. (Cespe – CGE/PI 2015) De acordo com a teoria do risco integral, é suficiente a
existência de um evento danoso e do nexo de causalidade entre a conduta administrativa e
o dano para que seja obrigatória a indenização por parte do Estado, afastada a possibilidade
de ser invocada alguma excludente da responsabilidade.
32. (Cespe – CGE/PI 2015) As pessoas jurídicas de direito público responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável apenas nos casos de dolo.
(Cespe – TRE/GO 2015) Rafael, agente público, chocou o veículo que dirigia, de
propriedade do ente ao qual é vinculado, com veículo particular dirigido por Paulo,
causando-lhe danos materiais. Acerca dessa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
33. Rafael pode ser responsabilizado, regressivamente, se for comprovado que agiu com
dolo ou culpa, mesmo sendo ocupante de cargo em comissão, e deve ressarcir a
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administração dos valores gastos com a indenização que venha a ser paga a Paulo.
35. (Cespe – TRE/GO 2015) Caso Rafael seja empregado de empresa terceirizada,
contratada pela administração para a prestação de serviços de transporte de materiais, a
responsabilidade do ente público será objetiva, porém subsidiária.
36. (Cespe – TRE/GO 2015) A responsabilidade da administração pode ser afastada caso
fique comprovada a culpa exclusiva de Paulo e pode ser atenuada em caso de culpa
concorrente.
38. (Cespe – TCE/ES 2012) Para efeito de responsabilidade do Estado, no caso de lesão
a terceiro, é fundamental estabelecer se o agente público, no exercício de suas funções,
atuou de forma dolosa ou culposa, bem como se os poderes de que se tenha valido
correspondiam ou não às suas atribuições específicas.
39. (Cespe – Anatel 2012) De acordo com a teoria do risco administrativo, o ônus da
prova de culpa do particular por eventual dano que tenha sofrido, caso exista, cabe sempre
à administração pública.
40. (Cespe – TRE/MS 2013) Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção
correta.
a) Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do dano
deve ser servidor público estatutário e possuir vínculo direto com a administração.
b) Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do prejuízo
a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele
atuar dentro, fora ou além de sua competência legal.
c) Considerando que os atos judiciais são invioláveis, não se admite a responsabilização ao
Estado pelos danos que deles emergirem.
d) A responsabilidade civil do Estado é objetiva, sendo obrigatória configuração da culpa
para a eclosão do evento danoso.
e) É inconstitucional o dispositivo da Lei de Licitações e Contratos que prevê que a
administração pública não se responsabilizará pelo pagamento dos encargos trabalhistas
inadimplidos dos empregados de empresa terceirizada contratada.
41. (Cespe – MPU 2013) Considere que veículo oficial conduzido por servidor público,
motorista de determinada autoridade pública, tenha colidido contra o veículo de um
particular. Nesse caso, tendo o servidor atuado de forma culposa e provados a conduta
comissiva, o nexo de causalidade e o resultado, deverá o Estado, de acordo com a teoria do
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42. (Cespe – MIN 2013) Na hipótese de a explosão em uma pedreira, cujo funcionamento
fora irregularmente licenciado, causar danos a terceiros, deverão ser responsabilizados
civilmente por esses danos não só os responsáveis pelo empreendimento, mas também o
município que concedeu a licença.
43. (Cespe – MIN 2013) Considere que determinado prefeito municipal, abusando de seu
poder ao exercer suas atribuições, execute ato que cause prejuízo patrimonial a terceiros.
Nessa situação, caberá ao município restaurar o patrimônio diminuído.
46. (Cespe – PM/CE 2014) A responsabilidade civil do servidor público por dano causado
a terceiros, no exercício de suas funções, ou à própria administração, é subjetiva, razão pela
qual se faz necessário, em ambos os casos, comprovar que ele agiu de forma dolosa ou
culposa para que seja diretamente responsabilizado.
47. (Cespe – Bacen 2013) Os efeitos da ação regressiva movida pelo Estado contra o
agente que causou o dano transmitem-se aos herdeiros e sucessores, até o limite da
herança, em caso de morte do agente.
50. (Cespe – Bacen 2013) Se uma professora concursada, ao ministrar aula em uma
escola pública, for ferida por um tiro disparado por um aluno, a responsabilidade do Estado
pelo dano causado à professora será objetiva.
52. (Cespe – PC/CE 2012) As empresas públicas e as sociedades de economia mista que
exploram atividade econômica respondem pelos danos que seus agentes causarem a
terceiros conforme as mesmas regras aplicadas à demais pessoas jurídicas de direito
privado.
54. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Por ostentarem natureza pública, apenas as
pessoas jurídicas de direito público responderão objetivamente pelos danos que seus
agentes causarem a terceiros.
55. (Cespe – GDF 2013) Segundo a atual posição do STF, é subjetiva a responsabilidade
de empresa pública prestadora de serviço público em relação aos danos causados a
terceiros não usuários do serviço.
56. (Cespe – Bacen 2013) A responsabilidade civil objetiva do Estado não abrange as
empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica.
57. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O caso fortuito e a força maior não possibilitam
a exclusão da responsabilidade do poder público, visto ser objetiva a responsabilidade do
Estado.
59. (Cespe – PGE/BA 2014) Suponha que viatura da polícia civil colida com veículo
particular que tenha ultrapassado cruzamento no sinal vermelho e o fato ocasione sérios
danos à saúde do condutor do veículo particular. Considerando essa situação hipotética e a
responsabilidade civil da administração pública, julgue o item subsequente.
Sendo a culpa exclusiva da vítima, não se configura a responsabilidade civil do Estado, que
é objetiva e embasada na teoria do risco administrativo.
60. (ESAF – GDF 2013) A respeito da Responsabilidade Civil do Estado, analise os itens
a seguir: 23800474646
I. O Distrito Federal responde pelos danos que seus servidores, nessa qualidade, causarem
a terceiro por culpa exclusiva da vítima;
II. A responsabilidade civil do agente público, em face de ação regressiva perante a
Administração Pública, é objetiva;
III. De acordo com recente decisão do Superior Tribunal de Justiça, reconheceu-se culpa
exclusiva da vítima, que foi atropelada em linha férrea, utilizando passagem clandestina
aberta no muro sem conservação e sem fiscalização da empresa ferroviária;
IV. Haverá responsabilidade civil objetiva do Estado, de acordo com posicionamento do
Superior Tribunal de Justiça, no caso de presidiário que se suicidou no estabelecimento
prisional, tendo em vista que é dever do Estado proteger seus detentos, inclusive contra si
mesmo;
62. (Cespe – TJ/RR 2013) Considerando que um oficial registrador tenha reconhecido
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firma de uma assinatura falsa e que esse ato tenha causado prejuízo a terceiro, assinale a
opção correta com base no disposto no ordenamento jurídico e na jurisprudência sobre
responsabilidade civil do Estado.
a) Havendo sucessão na titularidade da serventia, o sucessor responderá pelo ato ilícito
praticado pelo sucedido, antigo titular.
b) A responsabilidade do notário e do ente estatal é, nesse caso, objetiva.
c) Aplica-se, nessa situação, a teoria do risco integral.
d) O referido notário somente será responsabilizado se houver demonstração de culpa e
nexo causal.
e) O Estado e o cartório notarial podem figurar no polo passivo da ação de responsabilidade
64. (Cespe – DP/AC 2012) Em uma escola pública localizada no interior de determinado
estado da Federação, um aluno efetuou disparo de arma de fogo, dentro da sala de aula,
contra a professora, ferindo-a em um dos ombros.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que se refere aos danos
causados à professora.
a) Não há responsabilidade civil do Estado, por terem sido os referidos danos causados por
terceiro.
b) Não há responsabilidade civil do Estado, dada a não configuração de dano direto.
c) Há responsabilidade civil objetiva do Estado.
d) Há responsabilidade civil subjetiva do Estado.
e) Há responsabilidade civil indireta do Estado.
65. (Cespe – Bacen 2013) Para que se configure a responsabilidade objetiva do Estado, é
necessário que o ato praticado seja ilícito.
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GABARITO
2) E 3) E 4) E 5) d
1) E
7) C 8) C 9) E 10) C
6) C
12) C 13) C 14) C 15) E
11) E
17) C 18) E 19) E 20) E
16) C
22) E 23) E 24) E 25) C
21) E
27) E 28) C 29) C 30) E
26) E
32) E 33) C 34) C 35) E
31) C
37) C 38) E 39) C 40) b
36) C
42) C 43) C 44) E 45) C
41) C
47) C 48) E 49) E 50) C
46) C
52) C 53) C 54) E 55) E
51) E
57) E 58) C 59) C 60) d
56) C
62) b 63) c 64) c 65) E
61) d
Referências:
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Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros,
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Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de
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Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
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Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.