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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 05
Olá pessoal!
SUMÁRIO
Agentes públicos.............................................................................................................................................................. 3
Normas constitucionais sobre agentes públicos ........................................................................................ 11
Cargo, emprego e função......................................................................................................................................... 11
Acesso a cargos, empregos e funções públicas .............................................................................................. 16
Concurso público........................................................................................................................................................ 19
Cargos em comissão e funções de confiança .................................................................................................. 37
Contratação temporária .......................................................................................................................................... 40
Direito de associação sindical dos servidores públicos ............................................................................. 44
Direito de greve dos servidores públicos......................................................................................................... 44
Sistema remuneratório dos agentes públicos ................................................................................................ 48
Administração fazendária e servidores fiscais .............................................................................................. 63
Acumulação de cargos, empregos e funções públicas ................................................................................ 64
Mandatos eletivos ...................................................................................................................................................... 71
Regime jurídico ........................................................................................................................................................... 73
Estabilidade .................................................................................................................................................................. 76
Regime de previdência dos servidores públicos estatutários ................................................................. 80
Questões de prova ....................................................................................................................................................... 95
RESUMÃO DA AULA ...................................................................................................................................................133
Jurisprudência da aula ............................................................................................................................................136
Questões comentadas na aula .............................................................................................................................162
Gabarito ...........................................................................................................................................................................175
AGENTES PÚBLICOS
Agentes delegados
Agentes credenciados
Agentes políticos
São os ocupantes dos primeiros escalões do Poder Público, aos
quais incumbe a elaboração de normas legais e de diretrizes de atuação
governamental, assim como as funções de direção, orientação e
supervisão geral da Administração Pública.
São agentes políticos:
Chefes do Executivo (Presidente da República, governadores e
prefeitos).
Auxiliares imediatos dos chefes do Executivo (ministros,
secretários estaduais e municipais).
Membros do Poder Legislativo (senadores, deputados e
vereadores).
Quanto aos Conselheiros dos Tribunais de Contas, vale saber que o STF, pelo menos
uma vez, se manifestou classificando-os como agentes administrativos, haja vista
que exercem a função de auxiliar do Legislativo no controle da Administração
Pública2. Por conta desse entendimento, o Supremo considerou que a nomeação dos
Conselheiros dos Tribunais de Contas deve se submeter aos preceitos da
Súmula Vinculante nº 13, que veda a prática de nepotismo, mas não alcança a
nomeação de agentes políticos.
Agentes administrativos
São todos aqueles que se vinculam aos órgãos e entidades da
Administração Pública por relações profissionais e remuneradas,
sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela
entidade estatal a que servem. Essa terminologia também se deve ao fato
de desempenharem atividades administrativas.
Podem ser assim classificados:
2 Rcl 6.702/PR
Agentes honoríficos
São cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar,
transitoriamente, determinados serviços relevantes ao Estado, em
razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória
capacidade profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou
estatutário e, normalmente, sem remuneração.
Exemplos de agentes honoríficos são os jurados, os mesários
eleitorais, os membros dos Conselhos Tutelares dentre outros.
Agentes delegados
São particulares que recebem a incumbência da execução de
determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome
próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob
sua permanente fiscalização. A remuneração que recebem não é paga
pelos cofres públicos, e sim pelos usuários do serviço.
Nessa categoria encontram-se os funcionários das concessionárias e
permissionárias de obras e serviços públicos, os leiloeiros, os que exercem
serviços notariais e de registro, os tradutores e intérpretes públicos e
demais pessoas que colaboram com o Poder Público (descentralização por
colaboração).
Esses agentes, sempre que lesarem interesses alheios no exercício da
atividade delegada, sujeitam-se à responsabilidade civil objetiva (CF,
art. 37, §6º) e ao mandado de segurança (CF, art. 5º, LXIX). Ademais,
também se enquadram como “funcionários públicos” para fins penais.
Agentes credenciados
São os que recebem a incumbência da Administração para
representa-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica,
mediante remuneração do Poder Público credenciante. Como exemplo,
pode-se citar determinada pessoa de renome que tenha sido designada
para representar o Brasil em um evento internacional (ex: Pelé e Ronaldo
na organização da Copa do Mundo).
Agentes de fato
Afora as categorias anteriormente apresentadas, a doutrina costuma
dar destaque aos agentes de fato, isto é, aqueles que se investem da
função pública de forma emergencial ou irregular. A nomenclatura
“agentes de fato” é empregada justamente para distingui-los dos “agentes
de direito”4.
3 A expressão funcionários públicos é usada no Código de Processo Penal com o mesmo sentido de
agentes públicos
4 Carvalho Filho (2014, p. 597).
7. (Cespe – TRE/MS 2013) É possível que um indivíduo, mesmo sem ter uma
investidura normal e regular, execute uma função pública em nome do Estado.
Comentário: Em homenagem ao princípio da proteção à confiança, é
possível que um indivíduo, mesmo sem ter uma investidura normal e regular,
execute uma função pública em nome do Estado. A doutrina classifica essas
pessoas como agentes de fato, pois praticam atos administrativos sem serem
agentes de direito. Como exemplo, pode-se citar o agente investido de forma
irregular que recebe tributos pagos por contribuintes. Ora, os contribuintes
são terceiros de boa-fé e fizeram os pagamentos a alguém que tinha
efetivamente a aparência de servidor legitimamente investido. Sendo assim, as
quitações são consideradas válidas, devendo a Administração convalidar os
atos praticados pelo agente de fato.
Gabarito: Certo
Leitura obrigatória:
CF, art. 37 a 41
6Ressalte-se, porém, que os empregados públicos não possuem estabilidade, direito reservado aos
servidores estatutários. Eles podem, inclusive, ser demitidos sem justa causa, desde que haja a devida
motivação e lhes seja garantido o contraditório e a ampla defesa.
10. (Cespe – MIN 2013) Nas empresas públicas e sociedades de economia mista,
não existem cargos públicos, mas somente empregos públicos.
Comentários: O quesito está correto. Os cargos públicos, de provimento
efetivo ou em comissão, ocupados por servidores públicos estatutários, estão
presentes nos órgãos e entidades de direito público (administração direta,
autarquias e fundações públicas). Já os empregos públicos, ocupados por
empregados públicos celetistas, estão presentes nas entidades
administrativas de direito privado (empresas públicas, sociedades de
economia mista e fundações públicas de direito privado).
Por oportuno, saliente-se que os dirigentes das empresas estatais
(diretores e membros do conselho de administração) não são empregados
públicos celetistas. Eles constituem uma categoria à parte, regidos por leis
específicas, como o Código Civil e a Lei 6.404/1976 (Lei das S/A).
Gabarito: Certo
7 RE 544.655/MG
8 AI 590.663/RR
9 RE 528.684/MS
10 AgRg no RMS 41.515/BA e RMS 44.127/AC
CONCURSO PÚBLICO
13 ARE 685.870-AgR
Nos termos do art. 37, inciso II, o concurso público deve ser sempre
de “provas” ou de “provas e títulos”. Portanto, não se admite concurso
público em que não se realize provas, vale dizer, que sejam baseados
apenas na análise de títulos ou currículos. Ou o concurso é só de provas
ou é de provas e títulos.
Para ser considerado de “provas e títulos”, os títulos devem servir
como critério de classificação, e não apenas como requisito de
habilitação. Por exemplo, é de “provas e títulos” um concurso que
apresente fase específica de atribuição de pontos a cada título de
mestrado, doutorado ou de proficiência em língua estrangeira apresentado
14 Os conselhos de fiscalização profissional, posto que autarquias criadas por lei e ostentando
personalidade jurídica de direito público, exercendo atividade tipicamente pública, qual seja, a fiscalização
do exercício profissional, submetem-se às regras encartadas no art. 37, II, da CB/1988, quando da
contratação de servidores (RE 539.224, julgamento em 22-5-2012) No mesmo sentido: MS 26.424,
julgamento em 19-2-2013. Ou seja, os conselhos profissionais devem realizar concurso público.
15 ADI 3.522/RS
16Lei 8.112/1990, art. 11: O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em
duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas .
19 Sumula 15 do STF: Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à
todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação
obtida.
23 RE 440.988/DF
24 Art. 42. A publicação do resultado final do concurso será feita em duas listas, contendo, a primeira, a
Ademais, a cota para negros somente será aplicada nos concursos com 3 ou mais
vagas. O arredondamento na hipótese de quantitativo fracionado poderá ser para
mais ou para menos, a depender se a fração for maior ou menor que 0,5,
respectivamente. Diferentemente, no caso dos portadores de deficiência, o
arredondamento é sempre para mais.
Por fim, a Constituição Federal (art. 37, §2º) estabelece que a não
observância da exigência de concurso público ou do seu prazo de validade
“implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos
termos da lei”. Sendo assim, os atos administrativos de nomeação ou
contratação para cargos ou empregos efetivos que não tenham sido
precedidos de concurso público, ou que tenham ocorrido após o transcurso
do prazo de validade do certame, são eivados de ilegalidade e, assim,
poderão ser anulados pela própria Administração ou pelo Poder
Judiciário, implicando o desligamento das pessoas ilegalmente
admitidas. Saliente-se, contudo, que a remuneração recebida por essas
pessoas em razão do serviço efetivamente prestado não precisará ser
devolvida, sob pena de enriquecimento sem causa do Estado25.
25 Da mesma forma, o empregado público admitido ilegalmente sem concurso, desde que tenha recebido
salário, tem direito ao depósito do FGTS mesmo quando reconhecida a nulidade da contratação
(RE 596.478/RR).
26 RE 598.099/MS
27 ARE 675.202/PB.
28 RMS 32.105/DF
29 RMS 33.426/RS (Informativo 481 do STJ)
30 RE 837.311
31 AI 820.065/GO
32 RMS 24.551/DF
33 MS 27.160/DF
34 RE 352.258/BA
35 RE 486.184/SP
36 RMS 23.432/DF
37 AI 735.389/DF
38 RMS 39.580/PE
39 RE 630.733
40 RE 606.728/DF
41 RMS 32.732/DF
42 RE 898450/SP
14. (Cespe – PC/BA 2013) Para que ocorra provimento de vagas em qualquer
cargo público, é necessária a prévia aprovação em concurso público.
Comentário: Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou em
43 MS 30.859/DF
44 RE 434.708/RS
45 MS 30.860/DF
15. (Cespe – PRF 2013) A nomeação para cargo de provimento efetivo será
realizada mediante prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e
títulos ou, em algumas situações excepcionais, por livre escolha da autoridade
competente.
Comentário: O quesito está errado. A nomeação para cargo de
provimento efetivo sempre requer a aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos. O provimento efetuado por livre escolha da
autoridade competente refere-se aos cargos em comissão.
Gabarito: Errado
Gabarito: Certo
17. (Cespe – Suframa 2014) É possível que edital de concurso público preveja a
participação de concorrentes de determinado sexo em detrimento do outro.
Comentário: O item está correto. A discriminação de gênero em concurso
público deve ser vista como exceção, mas é possível, desde que exista
justificativa razoável e previsão em lei. É o caso, por exemplo, dos concursos
públicos para agentes penitenciários em presídios femininos, em que se
mostra razoável restringir o acesso a pessoas do sexo feminino.
Gabarito: Certo
19. (Cespe – TRT5 2013) A administração pública tem ampla liberdade para
escolher o limite de idade para a inscrição em concurso público.
Comentário: O item está errado. Eventual restrição de idade para acesso
ao serviço público deve estar prevista em lei, ou seja, não é o tipo de decisão
sujeita à ampla discricionariedade da Administração. Dessa forma, o edital de
um concurso público não pode impor tal restrição sem que tenha amparo em
alguma lei. Ademais, vale relembrar ainda a Súmula 683 do STF, pela qual “o
limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do
art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido”.
Gabarito: Errado
47Na esfera federal, ainda não existe uma lei geral aplicável a todas as carreiras. Existe apenas a Lei
11.415/2006, aplicável ao Ministério Público da União, a qual prescreve que no mínimo 50% dos cargos
em comissão devem ser destinados aos servidores das carreiras do MPU. No âmbito do Executivo Federal,
há o Decreto 5.497/2005, que estabelece percentuais para provimento dos cargos comissionados DAS 1 a
DAS 6.
48 RE 365.368/SC (Informativo STF 468)
49ADI 2.997/RJ
50O Decreto 7.203/2010 regulamenta a proibição ao nepotismo no âmbito da Administração Pública
Federal. Vale a pena dar uma olhada nele!
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA
Por este último item, o STF veda que a Administração, por má gestão
e falhas de planejamento, se utilize da contratação temporária de pessoal
para o exercício de atividades permanentes, normais, usuais, regulares do
órgão ou entidade contratante (ex: contratar médicos para hospital e
professores para escolas). Veja, porém, que não há uma vedação
absoluta. O que a jurisprudência do Supremo diz é que, para ser
legítima, a necessidade de contratação temporária para o exercício de
atividades ordinárias e permanentes do órgão ou entidade deve decorrer
de situações fáticas, previamente descritas na lei, realmente
53 ADI 3.430/ES
54 Informativo STF 740
temporário com base em lei local não se traduz, por si só, em ato de
improbidade administrativa56:
Gabarito: Errado
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica;
58 RE 226.966/RS
59 RE 456.530/SC
24. (ESAF – DNIT 2013) São direitos dos trabalhadores da iniciativa privada
constitucionalmente estendidos aos servidores públicos, exceto:
a) remuneração do trabalho noturno superior ao diurno.
b) repouso semanal remunerado.
c) décimo terceiro salário.
d) FGTS.
e) redução de riscos inerentes ao trabalho.
Comentários: Além dos direitos à sindicalização e à greve, o art. 39, §3º
da CF estende aos servidores ocupantes de cargo público, ou seja, aos
servidores estatutários, uma série de outros direitos assegurados aos
trabalhadores urbanos e rurais da iniciativa privada, previstos em
determinados incisos do art. 7º da Carta Magna. São eles:
IV - salário mínimo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII - salário-família;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais;
XV - repouso semanal remunerado;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta
por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
XVIII - licença à gestante;
XIX - licença-paternidade;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
26. (Cespe – Câmara dos Deputados 2012) O direito de greve dos servidores
públicos será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar
federal.
Comentário: Nos termos do art. 37, VII da CF, “o direito de greve será
exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”, o que nos
remete a uma lei ordinária, e não a uma lei complementar, daí o erro. Ressalte-
se que tal lei ainda não editada, razão pela qual o STF deixou assente que,
enquanto perdurar a omissão do legislador, as greves dos servidores públicos
serão disciplinadas pela legislação que regulamenta a matéria na iniciativa
privada.
Gabarito: Errado
Teto remuneratório
O art. 37, XI da CF, normal autoaplicável, estabelece a regra
conhecida como teto constitucional, que nada mais é que um limite
máximo ao valor da remuneração e do subsídio dos servidores públicos:
61 O do art da CF determina que Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de
que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei .
62 CF, art. 27, §2º: o subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os
Deputados Federais observado o que dispõem os arts II III e I
CF, art. 32, §3º: aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art
63 RE 558.258/SP
Membros do Judiciário
Estadual Subsídio dos Ministros do STF
(Juízes)
Subsídio do Prefeito
Municipal Executivo e Legislativo
(teto único)
27. (FGV – AFRE/RJ 2008) Não se computa para efeitos dos limites
remuneratórios dos servidores públicos a seguinte parcela:
a) gratificação.
b) adicional de insalubridade.
c) adicional por tempo de serviço.
d) adicional de periculosidade.
e) ajuda de custo.
Comentários: Para a contabilização do teto constitucional, devem ser
incluídas todas e quaisquer vantagens remuneratórias, inclusive as de caráter
pessoal. Entretanto, nos termos do art. 37, §11 da CF, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei não serão computadas para efeitos do teto.
Para os servidores da esfera federal, as “parcelas de caráter
indenizatório” estão previstas no art. 41 da Lei 8.112/1990. São elas: ajudas de
custo, diárias, auxílio-transporte e auxílio moradia.
Vê-se, portanto, que só a alternativa “e” corresponde a uma indenização
prevista na lei. Todas as demais opções constituem gratificações e adicionais
sujeitas ao teto.
Gabarito: alternativa “e”
65 AI 1.785/RS
66 RE 563.708/MS (Informativo STF 694)
67 MS 24.580/DF
68 ARE 705.174/PR
69 RMS 25.959/RJ
70 RMS 28.644/AP
Por oportuno, vale saber que o art. 117, parágrafo único, inciso I da
Lei 8.112/1990 apresenta uma outra hipótese de acumulação, pois
permite a participação de servidores públicos em “conselhos de
administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União
detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em
sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros”.
Por exemplo, um servidor do Ministério da Fazenda não pode ocupar um
emprego público no Banco do Brasil, em virtude da vedação presente no
art. 37, XVI e XVII da CF, mas, segundo a Lei 8.112/1990, ele pode ser
designado como membro do Conselho de Administração da estatal.
cargos em comissão.
29. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que o trabalho seja fundamental para
a dignidade da pessoa humana, é correto afirmar que a acumulação de cargos
públicos é regra na legislação brasileira, devendo-se observar apenas a
compatibilidade de horários.
Comentário: Ao contrário do que afirma o quesito, a acumulação de
cargos não é regra, e sim exceção na legislação brasileira, só podendo ocorrer
nas situações expressamente previstas na Constituição (art. 37, XVI: dois
cargos de professor; um de professor e outro técnico ou científico; ou dois
cargos na área de saúde), e desde que haja compatibilidade de horários. Deve
ser ressaltado que, nas hipóteses em que a Constituição admite a acumulação,
o teto remuneratório deve ser observado.
Gabarito: Errado
30. (Cespe – PM/CE 2014) A proibição de acumular cargos públicos alcança todos
os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, não se estendendo
apenas aos empregos situados nas empresas públicas, sociedades de economia
mista e suas subsidiárias, cujo pessoal está submetido a regime jurídico de direito
privado.
Comentários: O quesito está errado. A proibição de acumular é tão ampla
que não se resume aos órgãos da administração direta, autárquica e
fundacional; ela se estende, inclusive, a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista,
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo
poder público (CF, art. 37, CVII). Diferentemente da regra do teto
remuneratório, em relação à acumulação de cargos não importa se as
empresas públicas e sociedades de economia mista recebam ou não recursos
da fazenda pública para custeio ou gastos de pessoal: a vedação atinge
qualquer entidade.
Gabarito: Errado
32. (Cespe – TRF/5 Juiz – 2006) Suponha que Pedro seja professor em uma
universidade pública. Nesse caso, ele poderá acumular o seu cargo de professor
com um cargo de analista judiciário, área meio, em tribunal regional federal.
Comentário: Uma vez que Pedro ocupa cargo de analista judiciário na
área meio, não exerce atribuições de natureza técnica ou científica; portanto,
ele não se enquadra na regra que permite acumulação de “um cargo de
professor com outro técnico ou científico”.
Gabarito: Errado
MANDATOS ELETIVOS
71 RE 451.267/RS
REGIME JURÍDICO
72 ADI 2135/DF
ESTABILIDADE
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.
Efeitos da estabilidade
A estabilidade no cargo é uma garantia constitucional que protege o
servidor de ser livremente exonerado ou demitido do cargo.
Como visto, o servidor estável só poderá perder o cargo nas
hipóteses expressamente previstas na Constituição que, basicamente, se
referem à condenação, após o devido processo legal, pela prática de
crimes, atos de improbidade ou infrações funcionais graves ou, ainda,
como última solução para adequar os gastos de pessoal aos limites da
LRF.
Todavia, isso não significa que o servidor investido em cargo efetivo
que ainda não tenha alcançado a estabilidade possa ser livremente
afastado, como se fosse um cargo em comissão. Não é isso. Mesmo que
se trate de servidor não estável, o ato de demissão ou exoneração do
servidor deve ser necessariamente motivado, além de efetivado
73Súmula 21 do STF funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade
74 Lucas Furtado (2014, p. 776).
75 Súmula 22 do STF: o estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e
solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
76 CF, art. 40, §13: Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
regime geral de previdência social .
77 Na esfera federal, a contribuição da União, de suas autarquias e fundações para o custeio do regime
Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso
II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo
Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas
da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal.
78 A Lei 8.112/1990 indica, ainda, as moléstias que legitimam a aposentadoria por invalidez com
proventos integrais: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira
posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia
irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de
Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar,
com base na medicina especializada.
75 anos de idade
79Ressalte-se, contudo, que os servidores que ingressaram no serviço público antes da EC 41/2003 ainda
fazem jus à aposentadoria com proventos integrais. Ademais, na esfera federal, as aposentadorias por
invalidez permanente também podem gerar proventos integrais nos casos de doença grave, contagiosa e
incurável.
80Na proporção 30/35 do exemplo, o numerador é o tempo efetivo de contribuição do servidor e o
denominador é o tempo de contribuição que seria necessário para a aposentadoria voluntária por tempo
de contribuição.
81 RE 591.467/SP
82 ADI 3.105/DF
83 ARE 727.541/MS
84 MI 1.481/DF
85 RE 572.884/GO e REsp 1.372.058/CE
86 Pet 9.156-RJ (Info 542)
formalizada; e para ser prévia, a opção deve ser feita antes da inclusão do
servidor no sistema, e não antes da implantação do regime87.
Na esfera federal, a Lei 12.618/2012 instituiu o regime de
previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de
cargo efetivo, incluindo-se os servidores de autarquias e fundações, e os
membros do Poder Judiciário, do Ministério Público da União e do Tribunal
de Contas da União.
A referida lei autorizou a criação das seguintes entidades fechadas de
previdência complementar:
Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público
Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), para os servidores do
Poder Executivo;
QUESTÕES DE PROVA
36. (ESAF – ANAC 2016) A respeito das normas afetas aos servidores públicos,
analise as afirmativas abaixo classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas ( F). Ao
final, assinale a opção que contenha a sequência correta.
( ) O servidor público eleito para o cargo de vereador poderá, caso haja
compatibilidade de horários, acumular o exercício da vereança com seu cargo,
função ou emprego público.
( ) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão aplica-se o Regime
Geral da Previdência Social.
( ) Os cinco anos de exercício no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria do
servidor necessitam ser exercidos ininterruptamente.
( ) Compete à lei ordinária especificar as enfermidades graves, contagiosas ou
incuráveis que ensejam aposentadoria por invalidez permanente com direito a
proventos integrais.
a) F, V, F, F
b) F, V, V, V
c) F, V, F, V
d) V, V, V, V
e) V, V, F, V
Comentários: vamos analisar cada item:
I) VERDADEIRO, nos termos do art. 38, III da CF:
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
Como se nota, caso haja compatibilidade de horários, o servidor investido
no mandato de vereador poderá acumular as remunerações dos seus cargos
efetivo e eletivo.
II) VERDADEIRO, nos termos do art. 40, §13 da CF:
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de
emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.
III) FALSO. Segundo a jurisprudência do STF (RE 591.467/SP), os 5 anos
de exercício no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria não precisam ser
ininterruptos.
37. (ESAF – ANAC 2016) A respeito dos cargos públicos e das funções de
confiança, assinale a opção incorreta.
a) A existência do cargo público está condicionada à adoção de regime jurídico
estatutário.
b) Quando o agente público tem sua relação jurídica com o poder público definida
diretamente por lei, o lugar a ser ocupado pelo agente, independentemente de se
tratar de agente político ou de servidor público, dentro da estrutura da administração
pública estatal, será um cargo público.
c) Todo cargo tem função, há situações excepcionais, todavia, em que o agente
público poderá desempenhar função sem ocupar cargo público.
d) Desde que o servidor ocupe cargo efetivo, ele pode ser nomeado para exercer
função de confiança.
e) Os ocupantes dos cargos em comissão são servidores públicos.
Comentários: vamos analisar cada alternativa:
a) CERTO. Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos,
submetidos a regime de direito público, o que necessariamente pressupõe a
adoção do regime jurídico estatutário. Nos casos em que é adotado o regime
de direito privado, ou seja, o regime celetista, não se trata de cargo público, e
sim de emprego público.
b) CERTO. O cargo público pressupõe vínculo jurídico estabelecido por
lei, e não por contrato. É o caso, por exemplo, dos servidores públicos regidos
pela Lei 8.112/90 e dos magistrados regidos pela LC 35/1979.
c) CERTO. Todo cargo tem função, ou seja, todo cargo possui um
conjunto de atribuições que lhe são inerentes. Por exemplo, o cargo de Auditor
da Receita Federal possui, entre outras funções, a atribuição de arrecadar os
tributos da União. Entretanto, há situações excepcionais em que o agente
público poderá desempenhar função sem ocupar cargo público, como é o
caso, por exemplo, das funções exercidas por servidores temporários e pelos
agentes honoríficos.
d) ERRADO. O erro está no detalhe: se o servidor já ocupa um cargo
efetivo, então ele poderá ser “designado”, e não nomeado, para exercer função
de confiança. Lembre-se de que as funções de confiança só podem ser
ocupadas por servidores efetivos, os quais já foram “nomeados” nos seus
cargos após a aprovação no concurso público. Assim, para ocuparem função
de confiança, eles não passam por nova nomeação, e sim por uma designação.
e) CERTO. Segundo o art. 2º da Lei 8.112/90, servidor é a pessoa
legalmente investida em cargo público, sendo que os cargos públicos podem
ser para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Logo, é correto
afirmar que os ocupantes dos cargos em comissão são servidores públicos.
Gabarito: alternativa “d”
COLUNA I COLUNA II
( ) Toda pessoa física que manifesta, por algum
tipo de vínculo, a vontade do Estado, nas três
(1) Servidor Público
esferas de governo, nos três poderes do
Estado.
( ) Sob o regime contratual, mantém vínculo
(2) Agente Público funcional permanente com a Administração
Pública.
( ) É a expressão utilizada para identificar
aqueles que mantém relação funcional com o
(3) Empregado Público
Estado em regime legal. São titulares de cargos
públicos.
a) 2 / 3 / 1
b) 1 / 2 / 3
c) 3 / 2 / 1
d) 2 / 1 / 3
e) 1 / 3 / 2
Comentários: A questão é simples e de correlação direta.
Em suma, agente público é toda pessoa física incumbida do exercício de
alguma função estatal, ainda que transitoriamente ou sem remuneração.
39. (ESAF – STN 2013) João, servidor público federal até o dia 27/12/12,
completou 70 (setenta) anos naquela data, oportunidade em que seus colegas de
trabalho, sabendo que João não possuía nenhum parente próximo, organizaram
uma comemoração não somente pela passagem de seu aniversário, mas em
agradecimento a tantos anos de serviços prestados, já que se encerrava ali o seu
vínculo como servidor ativo da União.
No dia 28/12/12, João dirigiu-se ao trabalho no mesmo horário de sempre e, já sem
o crachá de identificação, argumentou com o vigilante da portaria que iria retirar seus
pertences pessoais.
Tratando-se do último dia útil do ano, João encontrou seus colegas de trabalho
muito atarefados e, ainda possuindo as senhas de acesso aos sistemas
corporativos, não hesitou em ajudá-los praticando vários atos vinculados em nome
da União, inclusive recebendo documentos e atestando tal recebimento a terceiros.
Tendo em mente a situação concreta acima narrada, assinale a opção que contenha
a classificação utilizada pelo Direito Administrativo a pessoas que agem como João,
bem como o tratamento dado pela Administração aos atos por ele praticados.
a) Agente público/revogação.
b) Agente político/anulação.
c) Agente de fato/convalidação.
d) Agente público/convalidação.
e) Agente de fato/ revogação.
Comentários: Á época da prova, o servidor público se aposentava
compulsoriamente ao completar 70 anos de idade. Atualmente, a partir da
edição da LC 152/2015, a aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos (CF,
art. 40, §1º, II). Nos termos do art. 187 da Lei 8.112/1990, a aposentadoria
compulsória será automática, com vigência a partir do dia imediato àquele em
que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo. Portanto,
na situação descrita, ao praticar atos administrativos vinculados, como
receber documentos e atestar tal recebimento a terceiros, João executou
funções públicas em nome da União sem estar investido regularmente no
cargo (João já era um servidor aposentado). Contudo, os terceiros que
entregaram documentos a João certamente não tinham condições de avaliar a
regularidade da situação funcional do agente e tomaram o ato por ele
praticado como válido. Ou seja, “na aparência”, João era um agente público,
um agente de fato, embora não fosse um agente de direito.
Segundo a doutrina, os agentes de fato podem ser classificados em
necessários e putativos. Agentes necessários são aqueles que praticam atos e
executam atividades em situações excepcionais, como, por exemplo, as de
emergência, em colaboração com o Poder Público. Agentes putativos, por sua
vez, são os que desempenham uma atividade pública na presunção de que há
legitimidade, embora não estejam legalmente investidos no cargo. É o caso de
João, servidor aposentado que praticou ato administrativo como se ainda
estivesse investido no cargo ativo.
A doutrina ensina que alguns atos praticados pelos agentes putativos
podem até ser questionados internamente na Administração, mas
externamente devem ser convalidados, em homenagem ao princípio da
proteção à confiança, evitando que terceiros de boa-fé sejam prejudicados
pela falta de investidura legítima. Fala-se aqui na teoria da aparência,
significando que para o terceiro há uma fundada suposição de que o agente é
de direito. Na hipótese da questão, são válidos os atestes promovidos pelo
agente de fato João, razão pela qual a Administração deve convalidar tais atos.
Gabarito: alternativa “c”
disponibilidade apenas na hipótese de o cargo ter sido extinto (CF, art. 41, §3º;
Lei 8.112/1990, art. 28).
c) ERRADA. Nos termos do art. 40, §1º, I da CF, a aposentadoria por
invalidez, em regra, resulta em proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. Na
esfera federal, a Lei 8.112/1990 (art. 186, §1º) define que a aposentadoria por
invalidez decorrente de “acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
grave, contagiosa ou incurável” se dará com proventos integrais.
d) CERTA. Questão polêmica. A assertiva trata da regra da paridade, hoje
aplicável apenas aos servidores que ingressaram no serviço público antes da
EC 41/2003. Essa emenda suprimiu a regra que constava no art. 40, §8º da CF
que garantia a paridade entre os proventos de aposentadoria e pensão com a
remuneração recebida pelos servidores ativos do mesmo cargo. Assim, quem
ingressou no serviço público após a EC 41/2003 não faz jus à paridade. A
assertiva não faz nenhuma menção à EC 41/2003; ao contrário, dá a entender
que qualquer servidor teria direito à paridade, o que não é verdade. Ademais,
mesmo em relação àqueles que realmente fazem jus ao benefício da regra, a
jurisprudência do STF informa que apenas são estendidas aos servidores
aposentados as gratificações de natureza geral, pagas indistintamente a todos
os servidores ativos; ademais, a regra da paridade não incide sobre as
gratificações vinculadas ao efetivo desempenho das atribuições do cargo,
justamente porque os servidores aposentados não mais as desempenham.
e) ERRADA. Nos termos do art. 40, §9º da CF:
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para
efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de
disponibilidade.
Portanto, o tempo de serviço será contado apenas para efeito de
disponibilidade; já para aposentadoria, o que vale é o tempo de contribuição.
Gabarito: alternativa “d”
Menor de 21 3
Entre 21 e 26 6
Entre 27 e 29 10
Entre 30 e 40 15
Entre 41 e 43 20
Maior de 44 Vitalícia
43. (ESAF – STN 2013) Pode-se afirmar que o fundamento da função pública e da
relação entre administração e servidor efetivo reside no (a):
a) Vontade das partes.
b) Estatuto.
c) Ato administrativo.
d) Locação de serviço.
e) Imperatividade.
Comentários: A doutrina ensina que função pública corresponde ao
conjunto de atribuições conferidas por lei ao agente público. Portanto, o
“fundamento da função pública” é a lei ou, em outras palavras, o estatuto
legal.
Aqui vale abrir um parêntesis para explicar que a todo cargo será
atribuída uma função, vale dizer, todo cargo se caracteriza pela existência de
um conjunto de atribuições públicas definidas em lei. O contrário, porém, não
é verdadeiro, pois existem situações em que o agente público poderá
desempenhar função pública sem ocupar cargo público, a exemplo dos
servidores temporários.
Já a “relação entre administração e servidor efetivo” também possui
fundamento na lei, ou no estatuto legal. Com efeito, os servidores ocupantes
de cargos públicos se submetem ao regime estatutário, significando que sua
relação funcional com a Administração é disciplinada por lei (na esfera federal
é a Lei 8.112/1990). O regime estatutário dos servidores públicos se contrapõe
ao regime contratual ou trabalhista dos empregados públicos, cujo vínculo
com a Administração possui fundamento em contratos de trabalho, regidos
pela CLT.
Portanto, pode-se afirmar que tanto a “função pública” como a “relação
entre administração e servidor” reside no estatuto (opção “b”).
Gabarito: alternativa “b”
44. (ESAF – MIN 2012) Não há exigência constitucional a que recebam por meio
de subsídio
a) os detentores de mandato eletivo.
b) os policiais ferroviários federais.
c) os membros dos Corpos de Bombeiros Militares.
d) os responsáveis pela atividade de magistério em entidades públicas de ensino
superior.
e) os defensores públicos.
Comentário: Das alternativas da questão, apenas os “responsáveis pela
atividade de magistério em entidades públicas de ensino superior” não são
obrigatoriamente remunerados por subsídio. Não obstante, ressalte-se que os
professores poderão receber por subsídio, desde que sejam organizados em
carreira (CF, art. 39, §8º).
Quanto às demais alternativas, vamos ver os dispositivos constitucionais
que exigem a remuneração por subsídio:
Art. 39 (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e
os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III
[advocacia-pública e defensoria pública] deste Capítulo serão remunerados na
forma do art. 39, § 4º.
Art. 144 (...)
§ 9º A remuneração dos servidores policiais [polícia federal, polícia rodoviária
federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias militares e corpos de
bombeiros militares] integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na
forma do § 4º do art. 39.
47. (ESAF – CGU 2012) A respeito da contratação, por tempo determinado, para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, de que trata a
Lei n. 8.745/93, é correto afirmar que
a) a contratação, para atender às necessidades decorrentes de calamidade pública,
de emergência ambiental e de emergências em saúde pública, prescindirá de
processo seletivo.
b) considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público a atividade
didático-pedagógica em escolas de governo e em fundações de apoio das
Universidades públicas.
c) contratados por tempo determinado podem ser considerados estatutários de
regime próprio.
d) o recrutamento do pessoal será feito mediante processo seletivo simplificado que
dispensa publicidade em Diário Oficial da União, prescindindo concurso público.
88 AgRg no CC 38.459/CE
e) o pessoal contratado nos termos desta Lei poderá ser nomeado, na qualidade de
substituto, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa à luz da Lei 8.745/1993:
a) CERTA, nos termos do art. 3º da lei:
Art. 3º O recrutamento do pessoal a ser contratado, nos termos desta Lei, será feito
mediante processo seletivo simplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive através
do Diário Oficial da União, prescindindo de concurso público.
§ 1o A contratação para atender às necessidades decorrentes de calamidade
pública, de emergência ambiental e de emergências em saúde pública
prescindirá de processo seletivo.
b) ERRADA. Nos termos do art. 2º, inciso VI, “l” da lei, são consideradas
necessidade temporária de excepcional interesse público as atividades
didático-pedagógicas em escolas de governo, não em fundações de apoio das
universidades públicas, as quais não integram a Administração Pública formal
(são entidades de apoio, espécie de entidades paraestatais). A Lei 8.745/1993
aplica-se somente aos órgãos da Administração Federal direta, às autarquias e
às fundações públicas.
c) ERRADA. Os agentes temporários exercem função pública, mas não
ocupam cargo ou emprego público, não estando, portanto sujeitos a regime
estatuário nem a regime celetista.
d) ERRADA. Nos termos do art. 3º acima transcrito, é correto que os
agentes temporários serão contratados mediante processo seletivo
simplificado, dispensando o concurso público. Todavia, o processo seletivo
simplificado será sujeito a ampla divulgação, inclusive através o diário Oficial
da União, daí o erro.
e) ERRADA. Nos termos do art. 9º da lei:
Art. 9º O pessoal contratado nos termos desta Lei não poderá:
I - receber atribuições, funções ou encargos não previstos no respectivo contrato;
II - ser nomeado ou designado, ainda que a título precário ou em substituição,
para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
III - ser novamente contratado, com fundamento nesta Lei, antes de decorridos 24
(vinte e quatro) meses do encerramento de seu contrato anterior, salvo nas hipóteses
dos incisos I e IX do art. 2o desta Lei, mediante prévia autorização, conforme
determina o art. 5o desta Lei.
A inobservância do disposto neste artigo importará na rescisão do
contrato nos casos dos incisos I e II, ou na declaração da sua insubsistência,
no caso do inciso III, sem prejuízo da responsabilidade administrativa das
autoridades envolvidas na transgressão.
Gabarito: alternativa “a”
50. (ESAF – MIN 2012) Em sentido amplo, a partir da redação atual de nossa
Constituição Federal, é possível reconhecer apenas as seguintes espécies
remuneratórias aos servidores (em sentido amplo) na ativa:
a) vencimentos, remuneração em sentido estrito e salário.
b) remuneração em sentido amplo e salário.
c) subsídios, vencimentos e salário.
d) proventos, vencimentos e subsídios.
e) subsídios, proventos e salário.
52. (ESAF – CGU 2012) São direitos deferidos aos servidores públicos federais,
além do vencimento e das vantagens, conforme requisitos estabelecidos em lei,
exceto
a) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas.
b) fundo de garantia do tempo de serviço.
c) adicional noturno.
d) gratificação natalina.
e) gratificação por encargo de curso ou concurso.
Comentários: Nos termos do art. 61 da Lei 8.112/1990:
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos
servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
II - gratificação natalina;
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.
Portanto, apenas o “fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS)” não
aparece no dispositivo, razão pela qual é o gabarito da questão. Vale notar que
o FGTS é direito dos trabalhadores da iniciativa privada, previsto no art. 7º, III
da CF, juntamente com outras tantas garantias. O art. 39, §3º estendeu uma
série desses direitos aos servidores públicos estatuários, mas não incluiu o
FGTS.
Gabarito: alternativa “b”
54. (ESAF – CGU 2012) São beneficiários de pensão vitalícia do servidor público,
exceto
a) o cônjuge.
b) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica.
c) os filhos.
d) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como
entidade familiar.
e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de
deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor.
Nos termos do art. 217 da Lei 8.112/1990, são beneficiários das pensões:
I - vitalícia:
a) o cônjuge;
b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de
pensão alimentícia;
c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como
entidade familiar;
d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;
e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de
deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor;
II - temporária:
a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se inválidos,
enquanto durar a invalidez;
b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;
c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez,
que comprovem dependência econômica do servidor;
d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21
(vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.
Como se vê, apenas o indicado na alternativa “c” (filhos) não possui
direito a pensão vitalícia, mas apenas a pensão temporária, nas condições
previstas na lei.
No mais, veja o comentário à questão 40 acerca das novas regras sobre
pensão introduzidas na Lei 8.112/90 pela Lei 13.125/2015.
Gabarito: alternativa “c”
A Lei 8.112/1990 contém dispositivo com o mesmo sentido. A lei diz que o
servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão tem direito apenas
ao benefício da assistência à saúde do Plano de Seguridade dos servidores:
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.
§ 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente,
ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e
fundacional não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com
exceção da assistência à saúde.
Nos termos do art. 230 da lei, a assistência à saúde do servidor será
prestada: (i) pelo SUS; (ii) diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver
vinculado o servidor ou mediante convênio ou contrato; ou (iii) na forma de
auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor,
58. (ESAF – PGFN 2012) No que se refere ao chamado Regime Jurídico Único,
atinente aos servidores públicos federais, é correto afirmar que:
a) tal regime nunca pôde ser aplicado a estatais, sendo característico apenas da
Administração direta.
b) tal regime, a partir de uma emenda à Constituição Federal de 1988, passou a ser
obrigatório também para as autarquias.
c) consoante decisão exarada pelo Supremo Tribunal Federal, a obrigatoriedade de
adoção de tal regime não mais subsiste, tendo-se extinguido com a chamada
Reforma Administrativa do Estado Brasileiro, realizada por meio de emenda
constitucional.
b) Salvo nos casos previstos na CF, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado
nem ser substituído por decisão judicial.
c) O ato administrativo simples deriva da manifestação de vontade ou declaração
jurídica de apenas um órgão, sendo possível, portanto, apenas na forma singular.
d) A expressa previsão editalícia de que serão providas, além das vagas previstas
no edital, outras que vierem a existir durante o prazo de validade do certame não
confere direito líquido e certo à nomeação ao candidato aprovado fora das vagas
originalmente determinadas, mas dentro das surgidas no decurso do prazo de
validade do concurso.
e) Cabe mandado de segurança para a revisão de penalidade imposta em processo
administrativo disciplinar sob o argumento de ofensa ao princípio da
proporcionalidade.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Segundo o STJ, é possível a acumulação dos proventos de
duas aposentadorias no serviço público, ainda que os cargos fossem
inacumuláveis na ativa, desde que ambas – e não apenas a segunda – tenham
sido constituídas anteriormente à reforma introduzida pela emenda de 1998.
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. JULGAMENTO DE MÉRITO.
ÓBICES PROCESSUAIS SUPERADOS. PROVENTOS DE APOSENTADORIA.
ACUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. DIREITO CONSTITUÍDO ANTES DA EC N. 20/98.
RECURSO PROVIDO.
1. Ao se julgar o mérito recursal, subentende-se terem sido ultrapassados os requisitos
de admissibilidade do recurso especial.
2. Restou pacificado nesta Corte a possibilidade de duas aposentadorias no
serviço público, ainda que os cargos fossem inacumuláveis na ativa, desde que
constituídas anteriormente à reforma introduzida pela emenda de 1998.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1.143.304/RJ,
10/4/2014)
Ressalte-se, fora dessa hipótese, o art. 40, §6º da CF veda a percepção de
mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência dos servidores
estatutários, ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
acumuláveis.
b) CERTA, nos exatos termos da Súmula Vinculante nº 4 do STF:
Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substituído por decisão judicial.
c) ERRADA. Os atos administrativos simples decorrem da manifestação
de apenas um órgão (monocrático ou colegiado). No entanto, o ato
regime deve ser adotado (se estatutário ou celetista), mas apenas impede que
existam regimes jurídicos diversos nos órgãos e entidades de direito público
de um mesmo ente político. Na esfera federal, adota-se como regime jurídico
único o regime estatutário previsto na Lei 8.112/1990.
b) ERRADA. O art. 59 da Lei 9.784/1999 (lei do processo administrativo
federal), estabelece que “salvo disposição legal específica, é de dez dias o
prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência
ou divulgação oficial da decisão recorrida”. A assertiva, erroneamente, informa
que o prazo de 10 dias será contado a partir da “intimação”.
c) CERTA. A Lei 12.618/2012, que instituiu o regime de previdência
complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo,
autorizou a criação de entidades fechadas de previdência complementar com a
finalidade de administrar e executar planos de benefícios do regime (Funpresp-
Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud). Segundo a lei, tais entidades devem ser
estruturadas na forma de fundação pública com personalidade jurídica de
direito privado. Ademais, o art. 7º da lei define que o regime jurídico de pessoal
das entidades fechadas de previdência complementar será o “previsto na
legislação trabalhista”, isto é, o regime celetista.
d) ERRADA. Sinceramente, não vejo erro. O item está em conformidade
com o art. 37, XVI da CF. É fato que a CF prevê outras hipóteses de
acumulação além das apresentadas no quesito (ex: servidor eleito como
vereador), porém, não há nada indicando que a assertiva deve ser tomada
como exaustiva. Talvez o erro considerado pela banca é que não há menção à
necessidade de se observar, em qualquer caso, o teto remuneratório; ou,
ainda, que não foi mencionado o fato de que os cargos ou empregos privativos
de profissionais de saúde devem ser de “profissões regulamentadas”.
Gabarito: alternativa “c”
*****
Ufa!!! Por hoje é só pessoal! Mas ainda tem o resumo e a
jurisprudência, beleza?
Bons estudos!
Erick Alves
RESUMÃO DA AULA
AGENTES PÚBLICOS:
Agentes políticos: elaboram políticas públicas e dirigem a Adm; atuam com liberdade funcional (ex: chefes
do Executivo, ministros e secretários, membros do Legislativo, juízes, membros do MP e do TCU).
Agentes administrativos: exercem atividades administrativas (ex: servidores públicos, empregados
públicos e agentes temporários).
Agentes honoríficos: prestam serviços relevantes ao Estado; em regra, não recebem remuneração
(ex: mesários e júri).
Agentes delegados: particulares que atuam em colaboração com o Poder Público; podem ser pessoas
jurídicas (ex: concessionárias de serviços públicos, tabeliães, leiloeiros).
Agentes credenciados: representam a Administração em atividade específica (ex: pessoas de renome).
Agentes de fato: pessoas investidas na função pública de forma emergencial (necessários) ou irregular
(putativos). Seus atos devem ser convalidados (teoria da aparência).
NORMAS CONSTITUCIONAIS:
CARGOS PÚBLICOS EMPREGOS PÚBLICOS
Provimento efetivo (concurso público) ou em Provimento mediante concurso público.
comissão (livre nomeação e exoneração). Ocupados por empregados públicos.
Ocupados por servidores públicos. Regime jurídico celetista.
Regime jurídico estatuário. Órgãos e entidades de direito privado (EP, SEM e
Órgãos e entidades de direito público (adm. fundações de direito privado).
direta, autarquias e fundações públicas) -> RJU
Os casos excepcionais devem estar previstos em lei; o prazo de contratação deve ser
predeterminado; a necessidade deve ser temporária; e o interesse público deve ser
Contratações excepcional.
temporárias Pode ser feita sem concurso público, mediante processo seletivo simplificado.
Os agentes temporários exercem função pública, mas não ocupam cargo, nem emprego
público -> firmam contrato de direito público com a Administração.
Mandatos eletivos:
Federal, estadual ou distrital: afastado do cargo e recebe remuneração do cargo eletivo;
Prefeito: afastado do cargo e pode optar pela remuneração;
Vereador: pode acumular e receber ambas as remunerações, desde que haja compatibilidade de horários.
Requisitos para estabilidade (servidores estatutários efetivos; não se aplica aos empregados públicos):
Investidura em cargo efetivo, mediante prévia aprovação em concurso público;
Três anos de efetivo exercício no cargo;
Aprovação em avaliação especial de desempenho.
O servidor estável só perderá o cargo se for condenado em processo judicial ou administrativo ou, ainda,
como última solução para adequar os gastos de pessoal aos limites da LRF.
Modalidades de aposentadoria:
Por invalidez permanente: proventos proporcionais, exceto doença grave, contagiosa ou incurável;
Compulsória aos 75 (na forma de LC) anos de idade: proventos proporcionais;
Voluntária, desde que cumpridos 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo:
Por tempo de contribuição, com proventos calculados a partir da média das maiores remunerações
utilizadas como base para as contribuições aos regimes próprio e geral:
Homem: aos 60 anos de idade e 35 anos de contribuição.
Mulher: aos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição.
Por idade, com proventos proporcionais:
Homem: aos 65 anos de idade.
Mulher: aos 60 anos de idade.
Aposentadorias especiais:
Professor(a) da educação infantil e do ensino fundamental e médio: o tempo de contribuição e o
limite de idade são reduzidos em 5 anos.
Portadores de deficiência; atividades de risco ou em condições especiais: na forma de leis
complementares -> enquanto não forem editadas, aplica-se as normas do RGPS.
Militares: regime de aposentadoria disciplinado em lei própria,
JURISPRUDÊNCIA DA AULA
2. O art. 5º, II, da Lei estadual 7.990/2001 (Estatuto dos Policiais Militares do
Estado da Bahia) aponta a idade como um dos critérios a serem observados no
ingresso na Polícia Militar baiana.
EMENTA Concurso público. Criação, por lei federal, de novos cargos durante
o prazo de validade do certame. Posterior regulamentação editada pelo
Tribunal Superior Eleitoral a determinar o aproveitamento, para o preenchimento
daqueles cargos, de aprovados em concurso que estivesse em vigor à data da
publicação da Lei. 1. A Administração, é certo, não está obrigada a
prorrogar o prazo de validade dos concursos públicos; porém, se novos
cargos vêm a ser criados, durante tal prazo de validade, mostra-se de
todo recomendável que se proceda a essa prorrogação. 2. Na hipótese de
haver novas vagas, prestes a serem preenchidas, e razoável número de
aprovados em concurso ainda em vigor quando da edição da Lei que
criou essas novas vagas, não são justificativas bastantes para o
indeferimento da prorrogação da validade de certame público razões de
política administrativa interna do Tribunal Regional Eleitoral que
realizou o concurso. 3. Recurso extraordinário provido.
STF – RE 837.311 (9/12/2015)
Informativo 811 - Concurso público: direito subjetivo à nomeação e
surgimento de vagas - 4
(...)
3. Conforme a jurisprudência desta Corte: "Cargo científico é o conjunto
de atribuições cuja execução tem por finalidade investigação coordenada
e sistematizada de fatos, predominantemente de especulação, visando a
ampliar o conhecimento humano. Cargo técnico é o conjunto de
atribuições cuja execução reclama conhecimento específico de uma área
do saber." (RMS 7.550/PB, 6.ª Turma, Rel. Min. LUIZ VICENTE CERNICCHIARO,
DJ de 02/03/1998.)
4. O cargo de Oficial da Polícia Civil do Estado do Amapá não tem
natureza técnica ou científica, de modo que mostra-se inviável sua
cumulação com o de Professora daquela Unidade Federativa, na forma
prescrita no art. 37, inciso XVI, alínea b, da Constituição Federal.
5. Recurso ordinário em mandado de segurança conhecido e desprovido.
*****
1. (Cespe – MDIC 2014) Os particulares, ao colaborarem com o poder público, ainda que
em caráter episódico, como os jurados do tribunal do júri e os mesários durante as eleições,
são considerados agentes públicos.
5. (Cespe – CNJ 2013) Considere que determinado cidadão tenha sido convocado como
mesário em um pleito eleitoral. Nessa situação hipotética, no exercício de suas atribuições,
ele deve ser considerado agente político e, para fins penais, funcionário público.
6. (Cespe – TRE/MS 2013) Considera-se agente público aquele que exerce, mesmo que
transitoriamente, cargo, emprego ou função pública, sempre mediante remuneração pelo
serviço prestado.
7. (Cespe – TRE/MS 2013) É possível que um indivíduo, mesmo sem ter uma investidura
normal e regular, execute uma função pública em nome do Estado.
10. (Cespe – MIN 2013) Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, não
existem cargos públicos, mas somente empregos públicos.
12. (Cespe – TRE/MS 2013) Os litígios que envolvam os servidores públicos estatutários
e celetistas devem ser dirimidos na Justiça do Trabalho, especializada em dirimir conflitos
entre trabalhadores e empregadores.
14. (Cespe – PC/BA 2013) Para que ocorra provimento de vagas em qualquer cargo
público, é necessária a prévia aprovação em concurso público.
15. (Cespe – PRF 2013) A nomeação para cargo de provimento efetivo será realizada
mediante prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos ou, em
algumas situações excepcionais, por livre escolha da autoridade competente.
17. (Cespe – Suframa 2014) É possível que edital de concurso público preveja a
participação de concorrentes de determinado sexo em detrimento do outro.
18. (Cespe – TRT5 2013) É prescindível a previsão legal do exame psicotécnico para fins
de habilitação de candidato em concurso público.
19. (Cespe – TRT5 2013) A administração pública tem ampla liberdade para escolher o
limite de idade para a inscrição em concurso público.
20. (Cespe – PC/BA 2013) É vedado à candidata gestante inscrita em concurso público o
requerimento de nova data para a realização de teste de aptidão física, pois, conforme o
princípio da igualdade e da isonomia, não se pode dispensar tratamento diferenciado a
candidato em razão de alterações fisiológicas temporárias.
21. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Segundo entendimento firmado pelo STJ, o
candidato aprovado fora das vagas previstas originariamente no edital, mas classificado até
o limite das vagas surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui direito líquido e
certo à nomeação se o edital dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas, as
outras que vierem a existir durante a validade do certame.
22. (Cespe – MPU 2013) Admite-se a realização, pela administração pública, de processo
seletivo simplificado para contratar profissionais por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
23. (Cespe – PC/BA 2013) A contratação temporária de servidores sem concurso público
bem como a prorrogação desse ato amparadas em legislação local são consideradas atos
de improbidade administrativa.
24. (ESAF – DNIT 2013) São direitos dos trabalhadores da iniciativa privada
constitucionalmente estendidos aos servidores públicos, exceto:
a) remuneração do trabalho noturno superior ao diurno.
25. (Cespe – TCDF 2012) O direito à livre associação sindical é aplicável ao servidor
público civil, mas não abrange o servidor militar, já que existe norma constitucional expressa
que veda aos militares a sindicalização e a greve.
26. (Cespe – Câmara dos Deputados 2012) O direito de greve dos servidores públicos
será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal.
27. (FGV – AFRE/RJ 2008) Não se computa para efeitos dos limites remuneratórios dos
servidores públicos a seguinte parcela:
a) gratificação.
b) adicional de insalubridade.
c) adicional por tempo de serviço.
d) adicional de periculosidade.
e) ajuda de custo.
29. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que o trabalho seja fundamental para a
dignidade da pessoa humana, é correto afirmar que a acumulação de cargos públicos é
regra na legislação brasileira, devendo-se observar apenas a compatibilidade de horários.
30. (Cespe – PM/CE 2014) A proibição de acumular cargos públicos alcança todos os
órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, não se estendendo apenas aos
empregos situados nas empresas públicas, sociedades de economia mista e suas
subsidiárias, cujo pessoal está submetido a regime jurídico de direito privado.
32. (Cespe – TRF/5 Juiz – 2006) Suponha que Pedro seja professor em uma
universidade pública. Nesse caso, ele poderá acumular o seu cargo de professor com um
cargo de analista judiciário, área meio, em tribunal regional federal.
33. (Cespe – Polícia Federal 2013) O dispositivo constitucional que admite o afastamento
do servidor do cargo, do emprego ou da função para o exercício de mandato é aplicável ao
34. (Cespe – MIN 2013) Consoante decisão do Supremo Tribunal Federal, os servidores
da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas devem sujeitar-se
a regime jurídico único.
35. (Cespe – MDIC 2014) Um homem que, em dezembro de 2013, mediante aprovação
em concurso público, tiver tomado posse em cargo regido pelo regime estatutário poderá se
aposentar, com proventos integrais e paridade com os servidores ativos, em dezembro de
2023, caso possua, nesse ano, cinquenta e cinco anos de idade e dez anos de serviço
público ininterrupto.
36. (ESAF – ANAC 2016) A respeito das normas afetas aos servidores públicos, analise
as afirmativas abaixo classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas ( F). Ao final, assinale a
opção que contenha a sequência correta.
( ) O servidor público eleito para o cargo de vereador poderá, caso haja compatibilidade de
horários, acumular o exercício da vereança com seu cargo, função ou emprego público.
( ) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão aplica-se o Regime Geral da
Previdência Social.
( ) Os cinco anos de exercício no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria do servidor
necessitam ser exercidos ininterruptamente.
( ) Compete à lei ordinária especificar as enfermidades graves, contagiosas ou incuráveis
que ensejam aposentadoria por invalidez permanente com direito a proventos integrais.
a) F, V, F, F
b) F, V, V, V
c) F, V, F, V
d) V, V, V, V
e) V, V, F, V
37. (ESAF – ANAC 2016) A respeito dos cargos públicos e das funções de confiança,
assinale a opção incorreta.
a) A existência do cargo público está condicionada à adoção de regime jurídico estatutário.
b) Quando o agente público tem sua relação jurídica com o poder público definida
diretamente por lei, o lugar a ser ocupado pelo agente, independentemente de se tratar de
agente político ou de servidor público, dentro da estrutura da administração pública estatal,
será um cargo público.
c) Todo cargo tem função, há situações excepcionais, todavia, em que o agente público
poderá desempenhar função sem ocupar cargo público.
d) Desde que o servidor ocupe cargo efetivo, ele pode ser nomeado para exercer função de
confiança.
38. (ESAF – DNIT 2013) Correlacione os termos da Coluna I com as definições da Coluna
II. Ao final, escolha a opção que contenha a sequência correta para a coluna II.
COLUNA I COLUNA II
a) 2 / 3 / 1
b) 1 / 2 / 3
c) 3 / 2 / 1
d) 2 / 1 / 3
e) 1 / 3 / 2
39. (ESAF – STN 2013) João, servidor público federal até o dia 27/12/12, completou 70
(setenta) anos naquela data, oportunidade em que seus colegas de trabalho, sabendo que
João não possuía nenhum parente próximo, organizaram uma comemoração não somente
pela passagem de seu aniversário, mas em agradecimento a tantos anos de serviços
prestados, já que se encerrava ali o seu vínculo como servidor ativo da União.
No dia 28/12/12, João dirigiu-se ao trabalho no mesmo horário de sempre e, já sem o crachá
de identificação, argumentou com o vigilante da portaria que iria retirar seus pertences
pessoais.
Tratando-se do último dia útil do ano, João encontrou seus colegas de trabalho muito
atarefados e, ainda possuindo as senhas de acesso aos sistemas corporativos, não hesitou
em ajudá-los praticando vários atos vinculados em nome da União, inclusive recebendo
documentos e atestando tal recebimento a terceiros.
Tendo em mente a situação concreta acima narrada, assinale a opção que contenha a
classificação utilizada pelo Direito Administrativo a pessoas que agem como João, bem
como o tratamento dado pela Administração aos atos por ele praticados.
a) Agente público/revogação.
b) Agente político/anulação.
c) Agente de fato/convalidação.
42. (ESAF – Ministério da Fazenda 2014) São beneficiários da pensão vitalícia, exceto:
a) O cônjuge.
b) O companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade
familiar.
c) A mãe ou pai que comprove dependência econômica do servidor.
d) A pessoa portadora de deficiência, designada, que viva sob a dependência econômica do
servidor.
e) O menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade
43. (ESAF – STN 2013) Pode-se afirmar que o fundamento da função pública e da relação
entre administração e servidor efetivo reside no (a):
a) Vontade das partes.
44. (ESAF – MIN 2012) Não há exigência constitucional a que recebam por meio de
subsídio
a) os detentores de mandato eletivo.
b) os policiais ferroviários federais.
c) os membros dos Corpos de Bombeiros Militares.
d) os responsáveis pela atividade de magistério em entidades públicas de ensino superior.
e) os defensores públicos.
46. (ESAF – CGU 2012) Acerca da contratação temporária, assinale a opção incorreta.
a) O regime de previdência aplicável aos contratados temporários é o Regime Geral da
Previdência Social − RGPS.
b) A discussão da relação de emprego entre o contratado temporário e a Administração
Pública deve se dar na justiça comum.
c) Nem sempre é exigido processo seletivo simplificado prévio para a efetivação da
contratação temporária.
d) O requisito da temporariedade deve estar presente na situação de necessidade pública e
não na atividade para a qual se contrata.
e) O regime jurídico dos servidores contratados por tempo determinado é o trabalhista.
47. (ESAF – CGU 2012) A respeito da contratação, por tempo determinado, para atender
à necessidade temporária de excepcional interesse público, de que trata a Lei n. 8.745/93, é
correto afirmar que
48. (ESAF – PGFN 2012) Sobre a acumulação de cargos públicos, assinale a opção
correta.
a) Admite-se, excepcionalmente, que o servidor tenha exercício simultâneo em mais de um
cargo em comissão.
b) A proibição de acumular não se estende a funções em estatais vinculadas a outro ente da
Federação, desde que haja compatibilidade de horários.
c) Via de regra, o servidor pode ser remunerado pela participação em órgãos de deliberação
coletiva.
d) A legislação pátria não admite que o servidor que acumule dois cargos efetivos possa
investir-se de cargo de provimento em comissão.
e) Como regra, a proibição de acumular não se estende à acumulação de proventos da
inatividade com a percepção de vencimentos na ativa.
50. (ESAF – MIN 2012) Em sentido amplo, a partir da redação atual de nossa Constituição
Federal, é possível reconhecer apenas as seguintes espécies remuneratórias aos servidores
(em sentido amplo) na ativa:
a) vencimentos, remuneração em sentido estrito e salário.
b) remuneração em sentido amplo e salário.
c) subsídios, vencimentos e salário.
d) proventos, vencimentos e subsídios.
e) subsídios, proventos e salário.
51. (ESAF – CGU 2012) Quanto ao sistema remuneratório do servidor público, assinale a
opção incorreta.
a) Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado
em lei.
b) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei.
c) O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é
irredutível.
d) Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.
e) Em nenhuma hipótese poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de
terceiros, sendo o vencimento, a remuneração e os proventos do servidor público
impenhoráveis.
52. (ESAF – CGU 2012) São direitos deferidos aos servidores públicos federais, além do
vencimento e das vantagens, conforme requisitos estabelecidos em lei, exceto
a) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas.
b) fundo de garantia do tempo de serviço.
c) adicional noturno.
53. (ESAF – MPOG 2012) Considerando o disposto nos regimes jurídicos correlatos
especialmente, na forma de provimento e nos direitos e deveres dos servidores e
empregados públicos, assinale a assertiva correta.
a) Com o advento do novo regime, a única forma de provimento em cargo público dá-se
mediante aprovação em concurso público.
b) O regime jurídico da Lei n. 8.112/90 rege os cargos e empregos públicos do pessoal da
administração federal direta, autárquica e fundacional.
c) O contrato de trabalho, por prazo indeterminado, do empregado público, não pode ser
rescindido por ato unilateral da Administração Pública pela prática de falta grave prevista no
art. 482, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
d) O servidor investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado do
cargo até a data da posse no cargo eletivo, devendo requerer sua exoneração após a
posse.
e) Caracteriza-se como dever do servidor público representar contra ilegalidade, omissão ou
abuso de poder.
54. (ESAF – CGU 2012) São beneficiários de pensão vitalícia do servidor público, exceto
a) o cônjuge.
b) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica.
c) os filhos.
d) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade
familiar.
e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência,
que vivam sob a dependência econômica do servidor.
55. (ESAF – CGU 2012) No tocante ao Plano de Seguridade Social do servidor público
federal e de sua família, é incorreto afirmar que:
a) ao servidor ocupante de cargo em comissão, ainda que não seja, simultaneamente,
ocupante de cargo ou emprego efetivo na Administração Pública direta, autárquica e
fundacional, são assegurados todos os benefícios do Plano de Seguridade Social.
b) o Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o
servidor e sua família e compreende um conjunto de benefícios e ações.
c) ao servidor público são garantidos, entre outros, os benefícios da aposentadoria, do
auxílio-natalidade, do salário-família e da licença por acidente em serviço.
d) ao dependente do servidor público são garantidos os benefícios de pensão vitalícia e
temporária, auxílio funeral, auxílio-reclusão e assistência à saúde.
56. (ESAF – CGU 2012) Quanto à aposentadoria do servidor público, pode-se afirmar
corretamente que
a) a aposentadoria por invalidez permanente dar-se-á com proventos integrais.
b) aos oitenta anos de idade, o servidor será aposentado compulsoriamente com proventos
proporcionais.
c) ao servidor aposentado não é devida a gratificação natalina.
d) a aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data do pedido feito pelo
servidor.
e) a aposentadoria compulsória é automática e tem vigência a partir do dia imediato àquele
em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo.
57. (ESAF – CGU 2012) Para os efeitos da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, não
são servidores públicos
a) os que se sujeitam ao regime jurídico estatutário.
b) os ocupantes de cargos nas autarquias públicas.
c) os funcionários das empresas públicas.
d) os ocupantes de cargo de provimento em comissão.
e) os que tiverem sido nomeados e empossados em caráter efetivo.
58. (ESAF – PGFN 2012) No que se refere ao chamado Regime Jurídico Único, atinente
aos servidores públicos federais, é correto afirmar que:
a) tal regime nunca pôde ser aplicado a estatais, sendo característico apenas da
Administração direta.
b) tal regime, a partir de uma emenda à Constituição Federal de 1988, passou a ser
obrigatório também para as autarquias.
c) consoante decisão exarada pelo Supremo Tribunal Federal, a obrigatoriedade de adoção
de tal regime não mais subsiste, tendo-se extinguido com a chamada Reforma
Administrativa do Estado Brasileiro, realizada por meio de emenda constitucional.
d) tal regime sempre foi aplicável também às autarquias.
e) tal regime, que deixou de ser obrigatório a partir de determinada emenda constitucional,
passou a novamente ser impositivo, a partir de decisão liminar do Supremo Tribunal Federal
com efeitos ex nunc.
59. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Em relação aos agentes públicos, assinale a opção
correta.
61. (Cespe – TRT5 2013) No que se refere ao servidor público e ao ato administrativo,
assinale a opção correta de acordo com a CF, a jurisprudência dos tribunais superiores e a
doutrina.
a) Segundo o STJ, ressalvadas as hipóteses constitucionais de acumulação de proventos de
aposentadoria, não é mais possível, após o advento da Emenda Constitucional n.º 20/1998,
a cumulação de mais de uma aposentadoria à conta do regime próprio de previdência, salvo
se o ingresso do servidor no cargo em que obteve a segunda aposentação tenha ocorrido
antes da referida emenda.
b) Salvo nos casos previstos na CF, o salário mínimo não pode ser usado como indexador
de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado nem ser substituído
por decisão judicial.
62. (Cespe – TRF2 2013) A respeito de servidores públicos federais, regimes jurídicos e
previdenciários e processo administrativo e disciplinar, assinale a opção correta.
a) Na administração pública direta, é possível estabelecer regimes jurídicos diversos no
mesmo órgão, ou seja, regimes celetista e estatutário, sendo que, para isso, a lei deverá
observar a natureza, o grau de responsabilidade e complexidade dos cargos.
b) Salvo disposição legal, será de dez dias o prazo para a interposição de recurso
administrativo, contado a partir da intimação ou divulgação oficial da decisão recorrida.
c) Conforme dispõe a lei pertinente, o regime jurídico de pessoal das entidades fechadas de
previdência complementar será o regime celetista.
d) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando, havendo
compatibilidade de horários, caracterizar-se uma das seguintes situações: dois cargos ou
empregos privativos de profissionais de saúde; dois cargos de professor; ou um cargo de
professor com outro de natureza técnica ou científica.
*****
GABARITO
2) E 3) E 4) C 5) E
1) C
7) C 8) C 9) E 10) C
6) E
12) E 13) E 14) E 15) E
11) E
17) C 18) E 19) E 20) E
16) C
22) C 23) E 24) d 25) C
21) C
27) e 28) E 29) E 30) E
26) E
32) E 33) E 34) C 35) E
31) C
37) d 38) a 39) c 40) a
36) e
42) e 43) b 44) d 45) e
41) d
47) a 48) a 49) a 50) c
46) e
52) b 53) e 54) c 55) a
51) e
57) c 58) e 59) d 60) e
56) e
62) c
61) b
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo: Método,
2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
Borges, C.; Sá, A. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo: Método, 2015.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista Digital
de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 41ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.