Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OBSERVA‚ÌO IMPORTANTE
AULA 15
Ol‡ pessoal!
SUMÁRIO
Vamos l‡?!
2§ 4º & É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I & parcelamento ou edificação compulsórios;
II & imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III & desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
MODALIDADES DE INTERVENÇÃO
pode o Estado faz•-lo em rela•‹o aos bens da Uni‹o. Por outro lado
(desde que haja autoriza•‹o legislativa), a Uni‹o pode instituir servid‹o
em rela•‹o a bens estaduais e municipais, e o Estado em rela•‹o a bens
municipais. Na verdade, essa regra de ÒhierarquiaÓ entre os entes
federados vale para todas as modalidades de interven•‹o que podem
incidir sobre bens pœblicos.
As servid›es administrativas podem ser institu’das por meio de
acordo administrativo ou por senten•a judicial. Por essa raz‹o, diz-se
que, na servid‹o administrativa, n‹o h‡ autoexecutoriedade.
Pelo acordo administrativo, o Poder Pœblico e o particular
propriet‡rio do im—vel celebram um acordo formal permitindo que o
Estado utilize a propriedade para determinada finalidade de interesse
pœblico. Esse acordo deve ser sempre precedido da declara•‹o de
necessidade pœblica de instituir a servid‹o por parte do Estado. Essa
declara•‹o Ž feita por meio de decreto do Chefe do Executivo.
Quando n‹o h‡ acordo entre as partes, a servid‹o pode ser institu’da
por senten•a judicial. O mais comum Ž o Poder Pœblico entrar com a•‹o
contra o propriet‡rio. Mas tambŽm pode ocorrer o contr‡rio, ou seja, o
propriet‡rio entrar com a•‹o contra o Poder Pœblico caso, por exemplo, o
Estado passe a usar sua propriedade sem a institui•‹o formal da servid‹o
e, consequentemente, sem lhe pagar a devida indeniza•‹o.
Por falar em indeniza•‹o, ela s— Ž devida para ressarcir os danos
ou preju’zos causados pelo Poder Pœblico durante o uso. Afinal, n‹o
h‡ transfer•ncia de propriedade. Portanto, se o Poder Pœblico n‹o
provocar nenhum dano ou preju’zo ao im—vel, o propriet‡rio n‹o far‡ jus a
qualquer indeniza•‹o. Por outro lado, se houver preju’zo, o propriet‡rio
dever‡ ser indenizado em montante equivalente ao preju’zo. E o ™nus da
prova Ž do propriet‡rio, ou seja, Ž ele quem deve demonstrar que o
Poder Pœblico danificou seu im—vel e, por isso, lhe deve a indeniza•‹o.
O prazo de prescri•‹o para o particular pleitear indeniza•‹o no caso
de servid‹o administrativa Ž de cinco anos, contados da efetiva restri•‹o
imposta pelo Poder Pœblico (Decreto-lei 3.365/1941, art. 10, par‡grafo
œnico).
Sendo a servid‹o administrativa um direito real em favor do Poder
Pœblico sobre a propriedade alheia, cabe inscrev•-la no Registro de
Im—veis para produzir efeitos erga omnes, ou seja, para assegurar o
conhecimento do fato por terceiros interessados.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
7 Há casos em que a ocupação temporária incide sobre terrenos vizinhos a obras públicas vinculadas ao
processo de desapropriação. Nestes casos, a ocupação temporária será sempre indenizada,
independentemente de dano. É o que dispõe o art. 36 do Decreto 3.365/1941, que trata da desapropriação
por utilidade pública: “É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de
terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização”.
LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
TOMBAMENTO
8 Carvalho Filho ensina que a legislação federal e estadual poderá ser suplementada, no que couber, pela
legislação municipal, por força do art. 30, II da CF.
14. (Cespe – MPE/PI 2012) Assinale a opção correta a respeito dos efeitos do
tombamento.
a) O proprietário de coisa tombada sem recursos para proceder às obras de
conservação e reparação que a coisa requerer deverá entrar com pedido de
concessão de crédito no BNDES, de acordo com o disposto na lei de incentivo à
cultura, e levar ao conhecimento do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional a necessidade das mencionadas obras, sob pena de desapropriação do
bem.
b) As coisas tombadas que pertençam à União, aos estados ou aos municípios
somente poderão ser alienadas e transferidas de uma à outra das referidas
entidades, e, uma vez feita a transferência, dela deve o adquirente dar imediato
conhecimento ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
c) Sem que seja protocolado o pedido de uso comercial do bem tombado ou que
seja obtida autorização posterior do Conselho Consultivo Nacional do Patrimônio
Histórico, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção ou
introduzir objeto que lhe impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios
ou cartazes, sob pena de se mandar destruir a obra ou retirar o objeto, impondoPse
ao agente, nesse caso, a multa de 50% do valor da obra ou do objeto.
d) As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço de
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que, por meio dos agentes da fiscalização
patrimonial do Ministério da Cultura, poderá inspecionáPlas sempre que conveniente,
não podendo os respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à
inspeção, sob pena de multa.
e) A coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto prazo, sem
transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Comentário: Mais uma questão literal do DecretoRlei 25/37. Vamos lá.
a) ERRADA. Nos termos do art. 19 do DecretoRlei 25/37, o “proprietário de
coisa tombada, que não dispuser de recursos para proceder às obras de
conservação e reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das
mencionadas obras, sob pena de multa correspondente ao dobro da
importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma coisa”. Ou seja,
não há previsão de financiamento do BNDES e nem de desapropriação do
bem.
b) ERRADA. Segundo o art. 11 do DecretoRlei 25/37, as coisas tombadas
pertencentes aos entes federativos somente poderão ser transferidas (e não
alienadas). Vejamos:
DESAPROPRIAÇÃO
PROCEDIMENTO
11Há na doutrina quem defenda que a declaração expropriatória do Poder Legislativo não deve ser feita
por meio de lei, e sim por decreto legislativo. A diferença fundamental é que, se o ato for um decreto
legislativo, não precisa passar pelo crivo do Poder Executivo para fins de sanção ou veto.
13O autor da ação de desapropriação poderá ser a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios,
uma entidade da administração indireta ou um concessionário ou permissionário de serviço público, estes
últimos quando autorizados em lei ou contrato.
INDENIZAÇÃO
14Carvalho Filho (2014, p. 880). O autor ensina que, no caso de hipoteca ou penhor, a desapropriação
acarreta o vencimento antecipado da dívida. Dessa forma, caso, por exemplo, o imóvel expropriado
estivesse hipotecado como garantia de um financiamento imobiliário, o proprietário, ao receber a
indenização, teria que quitar a dívida ou constituir uma nova garantia.
15Segundo a Súmula 618 do STF, “na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juros
compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano”. Na ADI 2.332/DF, o STF fixou o entendimento de
que a base de cálculo dos juros compensatórios deve corresponder à diferença entre 80% do preço
ofertado pelo Poder Público e o valor fixado na sentença. Ademais, na mesma ação, o STF entendeu
que os juros compensatórios são devidos independentemente de o imóvel produzir renda.
DESAPROPRIAÇÃO SANCIONATÓRIA
16Maria Sylvia Di Pietro ensina que não é correto afirmar que a desapropriação de imóveis rurais é
sempre competência da União; somente o é quando o imóvel rural se destine à reforma agrária. Nesse
sentido, podem os Estados e Municípios desapropriar imóveis rurais para fins de utilidade pública; não
podem, frisefse, para fins de reforma agrária, privativa da União.
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
17 STF – RE 543.974/MG
DIREITO DE EXTENSÃO
TREDESTINAÇÃO
RETROCESSÃO
Gabarito: Errado
20. (Cespe – AGU 2012) O ato de a União desapropriar, mediante prévia e justa
indenização, para fins de reforma agrária, imóvel rural que não esteja cumprindo a
sua função social configura desapropriação por utilidade pública.
Comentário: A desapropriação de imóvel rural para fins de reforma
agrária configura desapropriação por interesse social, e não por utilidade
pública.
Gabarito: Errado
requisição administrativa.
b) ERRADA. De fato, o STJ possui uma Súmula a respeito do prazo
prescricional para que o proprietário vítima da desapropriação indireta ajuíze a
ação visando à indenização pelas perdas e danos dela decorrentes. TrataRse da
Súmula 119, que diz: “a ação de desapropriação indireta prescreve em
vinte anos”. Portanto, o item erra ao falar em cinco anos. Não obstante,
ressalteRse que a referida Súmula foi editada com base no Código Civil antigo,
de 1916, aplicando por analogia o prazo prescricional de vinte anos então
previsto para a ação de usucapião extraordinário. O Código Civil atual, de
2002, reduziu esse prazo para dez anos, razão pela qual a jurisprudência do
STJ tem evoluído para considerar que a ação de desapropriação indireta
prescreve em dez, e não em vinte anos. Esse tema, porém, ainda não está
pacificado na jurisprudência.
c) ERRADA. A hipoteca não impede o prosseguimento do procedimento
de desapropriação. No caso de ônus reais (ex: hipoteca, penhor e anticrese),
esses ficam subRrogados no preço da indenização.
d) CERTA, nos exatos termos do art. 8º do DecretoRlei 3.365/1941:
Art. 8o O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo,
neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação.
22. (Cespe – DP/DF 2013) Os juros compensatórios, que podem ser cumulados
com os moratórios, incidem tanto sobre a desapropriação direta quanto sobre a
indireta, sendo calculados sobre o valor da indenização, com a devida correção
monetáriac entretanto, independem da produtividade do imóvel, pois decorrem da
perda antecipada da posse.
Comentário: A indenização pela desapropriação deve ser justa e prévia.
Ou seja, o pagamento deve ser realizado, em regra, antes da imissão na posse
pelo Poder Público. No entanto, desde que haja declaração de urgência pelo
Poder Público e depósito prévio, é possível ocorrer a chamada imissão
provisória na posse, isto é, o expropriante passa a ter a posse provisória do
bem antes da finalização da ação de desapropriação. Assim, se ocorrer a
imissão provisória na posse pelo Poder Público, serão devidos juros
compensatórios como forma de ressarcir a perda da posse pelo proprietário
JURISPRUDÊNCIA
$ Procedimento da desapropriação:
# Fase declaratória: por decreto do Poder Executivo ou por lei do Poder Legislativo. A declaração fixa o
estado do bem para fins de indenização. Caduca em 5 anos (se for por interesse social, caduca em 2 anos).
# Fase executória: pode ser promovida pelas entidades da administração indireta e pelas delegatárias de
serviços públicos (estas, se autorizadas por lei ou contrato). Pode ser administrativa ou judicial. No
processo judicial só se discute o valor da indenização ou vício processual.
$ Indenização:
! Justa, prévia e em dinheiro (regra).
! Pode ser em títulos da dívida pública, no caso de desapropriação por descumprimento do plano diretor do
Município ou em títulos da dívida agrária, no caso de desapropriação rural para reforma agrária (neste
último caso, benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro).
! Abrange o valor total do bem, assim como danos emergentes, os lucros cessantes, juros moratórios e
compensatórios, atualização monetária, despesas judiciais e honorários advocatícios.
! Ônus reais (penhor, hipoteca) ficam sub^rogados no preço.
! Benfeitorias feitas após a declaração: cobrirá apenas as necessárias e, se autorizadas, as úteis; jamais as
voluptuárias.
$ Imissão provisória na posse: desde que haja declaração de urgência pelo Poder Público e depósito prévio. Dá
direito a juros compensatórios.
$ Desapropriação indireta: desapropriação sem observância do devido processo legal, que gera uma situação
fática irreversível. Dá direito a indenização por perdas e danos. Prazo de prescrição, segundo o STJ: 10 anos.
$ Direito de extensão: em caso de desapropriação parcial, quando a parte não expropriada do bem se torna
inútil ou sem valor econômico. Pode pedir que a desapropriação seja estendida a todo o bem.
$ Tredestinação: dar ao bem expropriado uma destinação diferente da prevista no ato expropriatório.
# Lícita: a destinação é diferente, mas não deixa de observar o interesse público; não dá direito a retrocessão.
# Ilícita: a destinação é diferente e não atende o interesse público (desvio de finalidade).
$ Retrocessão: é o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel caso o Poder Público não dê a
ele o destino que motivou a sua desapropriação, nem outro destino que atenda o interesse público. O
proprietário, para reaver o bem, deve pagar o seu valor atual (e não o valor que recebeu de indenização).
1. (Cespe – AGU 2009) Servidão administrativa é um direito real de gozo que independe
de autorização legal, recaindo sobre imóvel de propriedade alheia. Sejam públicas ou
privadas, as servidões se caracterizam pela perpetuidade, podendo, entretanto, ser extintas
no caso de perda da coisa gravada ou de desafetação da coisa dominante. Em regra, não
cabe indenização quando a servidão, incidente sobre imóvel determinado, decorrer de
decisão judicial.
4. (Cespe – DPU 2010) O poder público pode intervir na propriedade do particular por
atos que visem satisfazer as exigências coletivas e reprimir a conduta antissocial do
particular. Essa intervenção do Estado, consagrada na Constituição Federal, é regulada por
leis federais que disciplinam as medidas interventivas e estabelecem o modo e a forma de
sua execução, condicionando o atendimento do interesse público ao respeito às garantias
individuais previstas na Constituição. Acerca da intervenção do Estado na propriedade
particular, julgue o item subsequente.
No caso de requisição de bem particular, se este sofrer qualquer dano, caberá indenização
ao proprietário.
8. (Cespe – DPU 2010) O poder público pode intervir na propriedade do particular por
atos que visem satisfazer as exigências coletivas e reprimir a conduta antissocial do
particular. Essa intervenção do Estado, consagrada na Constituição Federal, é regulada por
leis federais que disciplinam as medidas interventivas e estabelecem o modo e a forma de
sua execução, condicionando o atendimento do interesse público ao respeito às garantias
individuais previstas na Constituição. Acerca da intervenção do Estado na propriedade
particular, julgue o item subsequente.
De acordo com a lei, denominaPse ocupação temporária a situação em que agente policial
obriga o proprietário de veículo particular em movimento a parar, a fim de utilizar este na
perseguição a terrorista internacional que porta bomba, para iminente detonação.
10. (Cespe – TJDFT 2016) Assinale a opção correta, segundo a qual a modalidade de
intervenção na propriedade privada sujeita o bem, cuja conservação seja de interesse
11. (Cespe – TJ/PI Juiz – 2012) O tombamento pode ser voluntário ou compulsório,
provisório ou definitivo, conforme a manifestação da vontade ou a eficácia do ato.
12. (Cespe – AGU 2009) O instituto do tombamento provisório não é uma fase
procedimental antecedente do tombamento definitivo, mas uma medida assecuratória da
eficácia que este último poderá, ao final, produzir. A caducidade do tombamento provisório,
por excesso de prazo, não é prejudicial ao tombamento definitivo.
13. (Cespe – MPE/TO 2012) No que se refere ao tombamento, assinale a opção correta.
a) O tombamento definitivo dos bens de propriedade particular deve ser, por iniciativa do
órgão competente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, transcrito, para os
devidos efeitos, em livro a cargo dos oficiais do registro de imóveis e averbado ao lado da
transcrição do domínio. No caso de transferência de domínio desses bens, o adquirente
deve, dentro do prazo de dois anos, contado a partir da data do depósito, fazêPla constar do
registro, ainda que se trate de transmissão judicial ou causa mortis.
b) As coisas tombadas poderão, se o proprietário ou possuidor efetuar a compensação
patrimonial do bem atingido, ser destruídas, demolidas ou mutiladas sem prévia autorização
do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
c) As coisas tombadas pertencentes à União, aos estados ou aos municípios só podem ser
alienadas por intermédio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
d) As obras históricas ou artísticas tombadas pertencentes a pessoas naturais ou jurídicas
de direito privado não se sujeitam a nenhum tipo de restrição.
e) A coisa tombada não pode ser levada para fora do país, senão por curto prazo, sem
transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho Consultivo
do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
14. (Cespe – MPE/PI 2012) Assinale a opção correta a respeito dos efeitos do
tombamento.
a) O proprietário de coisa tombada sem recursos para proceder às obras de conservação e
reparação que a coisa requerer deverá entrar com pedido de concessão de crédito no
BNDES, de acordo com o disposto na lei de incentivo à cultura, e levar ao conhecimento do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das mencionadas obras,
sob pena de desapropriação do bem.
b) As coisas tombadas que pertençam à União, aos estados ou aos municípios somente
poderão ser alienadas e transferidas de uma à outra das referidas entidades, e, uma vez
feita a transferência, dela deve o adquirente dar imediato conhecimento ao Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
c) Sem que seja protocolado o pedido de uso comercial do bem tombado ou que seja obtida
autorização posterior do Conselho Consultivo Nacional do Patrimônio Histórico, não se
poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção ou introduzir objeto que lhe
impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de se
mandar destruir a obra ou retirar o objeto, impondoPse ao agente, nesse caso, a multa de
50% do valor da obra ou do objeto.
d) As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, que, por meio dos agentes da fiscalização patrimonial do
Ministério da Cultura, poderá inspecionáPlas sempre que conveniente, não podendo os
respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção, sob pena de multa.
e) A coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto prazo, sem transferência de
domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
15. (Cespe – TJ/RR 2013) No que se refere ao tombamento, assinale a opção correta.
a) A partir do tombamento, o bem tornaPse inalienável.
b) A partir do tombamento, o bem somente poderá ser alienado à União, se ela for a
instituidora do gravame.
c) O tombamento de bens de valor histórico ou artístico é de competência privativa da
União.
d) A partir do tombamento, o bem somente poderá ser alienado depois de exercido o direito
de preferência pela União, pelos estados e pelos municípios, nessa ordem.
e) Os bens móveis públicos não são passíveis de tombamento.
16. (Cespe – TJ/PI Juiz – 2012) A União pode desapropriar bens dos estados, do DF e
dos municípios, tendo os estados e os municípios, por sua vez, o poder de desapropriar
bens entre si, mas não bens da União.
17. (Cespe – MPOG 2012) Com base na Lei n.º 3.365/1941 e suas alterações, bem como
nos instrumentos de controle urbanístico, julgue o item consecutivo.
A construção de um estádio está prevista no corpo da lei como caso de utilidade pública,
podendo ser feita desapropriação para a execução da obra. Ao Poder Legislativo caberá
decretar e tomar medidas de desapropriação, e ao Judiciário, analisar e decidir se o caso de
utilidade pública se caracteriza ou não.
20. (Cespe – AGU 2012) O ato de a União desapropriar, mediante prévia e justa
indenização, para fins de reforma agrária, imóvel rural que não esteja cumprindo a sua
função social configura desapropriação por utilidade pública.
21. (Cespe – TJ/BA 2012) Considerando a disciplina que rege a desapropriação, assinale
a opção correta.
a) A União poderá desapropriar bens para atendimento de necessidades coletivas, urgentes
e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de
irrupção de epidemias.
b) Conforme entendimento sumulado pelo STJ, o prazo prescricional da ação de
desapropriação indireta é de cinco anos.
c) Caso recaia hipoteca sobre o imóvel a ser desapropriado, o poder público ficará impedido
de dar início ao processo expropriatório.
d) O Poder Legislativo pode tomar a iniciativa da desapropriação, cabendo, nesse caso, ao
Executivo praticar os atos necessários à sua efetivação.
e) Um município é competente para, presentes os requisitos legais, desapropriar bens de
empresa pública federal.
22. (Cespe – DP/DF 2013) Os juros compensatórios, que podem ser cumulados com os
moratórios, incidem tanto sobre a desapropriação direta quanto sobre a indireta, sendo
calculados sobre o valor da indenização, com a devida correção monetáriac entretanto,
independem da produtividade do imóvel, pois decorrem da perda antecipada da posse.
26. (Cespe – AGU 2013) Caracteriza desapropriação por utilidade pública, entre outras,
aquela que o Estado promove para a preservação e conservação dos monumentos
históricos e artísticos, assim como para a criação de estádios, aeródromos ou campos de
pouso para aeronaves.
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões comentadas.
Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Júnior, C. F; Bernardes, S. H. Licitações e Contratos. Rio de Janeiro: Elsevier: 2008
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23f51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 40ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.