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IMPERMEABILIZAÇÃO
PALMAS-TO, 2021
JONAS FEITOSA DOS SANTOS
IMPERMEABILIZAÇÃO
PALMAS-TO, 2021
1 INTRODUÇÃO
A impermeabilização é de suma importância na construção civil devendo ser feita em
todos os locais que sofrem com a presença de fluídos. A impermeabilização é uma operação
efetuada em todo local de uma construção sujeito a penetração de fluidos. A principal
incumbência dessa camada é inibir a atuação deletéria da umidade e de todas as substâncias que
podem ocasionar a degradação das estruturas da edificação.
O sistema de impermeabilização é um item indispensável para a durabilidade da
construção. A ação da umidade e de outros fluidos presentes na atmosfera possuem a capacidade
de provocar danos irreversíveis a estrutura da edificação. Sendo assim a aplicação do
impermeabilizante evitar custos econômicos relacionados a manutenção ou até a construção de
toda a estrutura devido ao seu estado irreversível de deterioração. Diante disso é possível inferir
que que impermeabilização é item imprescindível para a segurança da edificação e para a
integridade física do usuário.
A impermeabilização é indispensável para integridade de uma construção. A implantação
do sistema requer um planejamento minucioso, isso é importante porque qualquer detalhes
assumem um papel importante e onde a mínima falha, mesmo localizada, pode comprometer todo
o serviço. Para evitar qualquer equívoco que possa comprometer a integridade da edificação e
garantir o êxito dessa operação, a impermeabilização deve ser planejada e incluída já no projeto
da construção. O projeto deve ser elaborado por um engenheiro civil que tenha capacitação na
área e a impermeabilização deve ser executada por profissionais qualificados.
A escolha do sistema de impermeabilização deve ser efetuada considerando as
características do local aonde essa operação será implantada. Uma construção é feita com
inúmeros materiais, aonde cada um possui uma determinada capacidade de absorver a umidade e
outros fluidos que comprometem a integridade da edificação. Diante disso o impermeabilizante
escolhido deve ser capaz de impedir a infiltração de fluidos que acarretam a deterioração das
estruturas da construção.
Os sistemas de impermeabilização costumam serem classificados em rígidos e flexíveis.
O primeiro não tolera a movimentação da estrutura, devido a esse fato esse tipo de
impermeabilização costumam ser adotada em estruturas não sujeitas à fissuração ou a grandes
deformações. O segundo é empregado principalmente em estruturas que estejam sujeitas a
fissuração ou grandes deformações. Esse tipo de impermeabilização é adequado para essa
situação por causa de sua capacidade de se alongar em função da exigência estrutural
e de absorver a fissuração se forem adequadamente especificados.
2 IMPERMEABILIZAÇÃO
De acordo com a NBR 9575 ( 2003) o sistema de impermeabilização é o “Conjunto de
produtos e serviços destinados a conferir estanqueidade as partes de uma construção.”, sendo esta
estanqueidade definida, na referida norma, como a ”Propriedade de um elemento (ou conjunto de
componentes) de impedir a penetração ou passagem de fluidos através de si”. A
impermeabilização é uma camada de proteção feita de um conjunto de componentes e serviços
que possuem a finalidade de proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores
e da umidade.
De acordo com Picchi (1986) a implantação de um sistema de impermeabilização requer
preparo e experiência. Isso é importante porque qualquer detalhes assumem um papel importante
e onde a mínima falha, mesmo localizada, pode comprometer todo o serviço. A operação de
impermeabilização é importante e sua concepção e execução deve ser efetuada por mão de obra
qualificada.
A impermeabilização é um item importante para a durabilidade das construções, pois os
agentes trazidos pela água e os poluentes existentes no ar causam danos irreversíveis a estrutura
e prejuízos financeiros difíceis de serem contornados. A impermeabilização é fator
importantíssimo para a segurança da edificação e para a integridade física do usuário.
A escolha do sistema de impermeabilização deve ser efetuada conhecendo todos os
parâmetros técnicos e ações físicas e químicas envolvidas no processo. Esse sistema possui um
custo baixíssimo de implantação, em edificações esse gasto representa em torno de 1 a 3% do
custo total da obra. A impermeabilização é feita geralmente sobre outros materiais
complementares, como argamassa e pisos cerâmicos, caso ocorra uma falha na
impermeabilização, acaba-se por perder todos os materiais complementares cujos custos superam,
e muito, o custo original, sem se considerar os custos de recuperação estrutural.
A execução do sistema de impermeabilização requer um acompanhamento de um
profissional qualificado para que a obra atenda aos requisitos mínimos de qualidade e conforto.
Essa operação deve ser efetuada durante a obra devido ao custo econômico inferior do que depois
da obra concluída, quando surgirem os inevitáveis problemas com a umidade, os quais tornam os
ambientes insalubres e com aspecto desagradável, apresentando eflorescências, manchas, bolores,
oxidação das armaduras e outros.
2.1 Mecanismos de atuação da água nas edificações
Soares ( 2015, p.16) afirma que:
“ A umidade sempre foi um grande desafio para a construção civil, desde muitos anos
atrás, o homem procura constantemente combatê-la. As edificações sofrem com o fenômeno do
intemperismo, que causa a intermitência cíclica (ora mais carbono, ora mais oxigênio) causando a
deterioração do mesmo. Com isso essa situação é agravada água da chuva, que traz elementos
agressivos (iônicos, aniônicos, básicos, ácidos) pela atmosfera depois que ela é lavada pela água.”
De acordo com Soares ( 2015) os inúmeros materiais empregados numa construção dispõe de
capacidades distintas de absorções de umidade. Essa umidade é caracterizado pela presença de
água nos poros que se locomover por toda dimensão do material, fazendo com que o ambiente
fique com teor de água fora do normal, ou seja, úmido.
“A água é um dos maiores causadores de patologias, de forma direta ou indireta, quer se
encontre no estado de gelo, no líquido ou mesmo enquanto vapor de água. Pode ser vista como
um agente de degradação ou como meio para a instalação de outros agentes”. (QUERUZ, 2007).
Com isso existem diversos tipos de umidades, cujos principais são:
• Umidade de infiltração
A infiltração é forma mais corriqueira de umidade encontrada numa edificação. A
ocorrência desse fenômeno está diretamente relacionados com à forma e a facilidade dessa
patologia se desenvolver, seja por água proveniente de chuvas, ou por fluídos decorrentes de
dentro da própria construção. Queruz ( 2007, p.88 ) afirma que:
A umidade passa das áreas externas às internas por pequenas trincas, pela alta capacidade
dos materiais absorverem a umidade do ar ou mesmo por falhas na interface entre elementos
construtivos, como planos de parede e portas ou janelas. Em geral, é ocasionada pela água da chuva
e, se combinada com o vento, pode agravar a infiltração com o aumento da pressão de infiltração.
• Umidade ascensional
A umidade ascensional é um processo marcado pela subida da água proveniente do solo
para a estrutura da edificação. Essa umidade é proveniente tanto por fenômenos sazonais de
aumento de umidade quanto por presença permanente de umidade de lençóis freáticos
superficiais. Esse fenômeno é visualizado em interiores de paredes e pisos e água pode atingir
até 0,8m de altura.
A ascensão da água em paredes ocorre pela existência do fenômeno de capilaridade. Os
vasos capilares pequenos permitem a água subir até o momento em que entra em equilíbrio com a
força da gravidade. A altura que a água ascende pelo vaso capilar depende principalmente do seu
diâmetro: quanto menor, maior a altura. ( QUERUZ, 2007, p.88 ).
Fonte: SOARES
• Umidade de obra
Queruz (2007) caracteriza como a umidade que ficou interna aos materiais por ocasião
de sua execução e que acaba por se exteriorizar em decorrência do equilíbrio que se estabelece
entre material e ambiente. Essa situação ocorre através de umidade retida em materiais no
processo de execução da obra, como exemplo a umidade da argamassa que acaba sendo
transferida para o interior da alvenaria.
• Umidade acidental
A umidade acidental é acarretada devido a falhas nos sistemas de tubulações, como
águas pluviais, esgoto e água potável, e que geram infiltrações. A existência de umidade com esse
tipo de origem tem uma importância especial quando se trata de edificações que já possuam um
longo tempo de existência, pois pode haver presença de materiais com tempo de vida já excedido,
que não costumam ser contempladas em planos de manutenção predial.
.
Fonte: SABINO, Rafaela. - 2014
2.2 Sistemas Impermeabilizantes
O principal intuito dos sistemas de impermeabilização é proteger as edificações
dos malefícios de infiltrações, eflorescências e vazamentos causados pela água. Segundo
a NBR 9575/2003, os sistemas impermeabilizantes podem ser divididos em rígidos e
flexíveis, que estão relacionados às partes construtivas sujeitas ou não a fissuração.
2.3 Impermeabilização rígida
De acordo com a NBR 9575/2003, é chamada impermeabilização rígida como o
conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas não sujeita à
fissuração. Isso ocorre devido sua baixa capacidade de absorver deformações da base da
estrutura a ser impermeabilizada, principalmente deformações concentradas como
fissuras e trincas (SOARES, 2014)
A impermeabilização rígida, por não suportar a movimentação da estrutura, é
utilizada em estruturas não sujeitas a grandes deformações como exemplos: subsolos,
muros de arrimo, piscinas e reservatórios de água que sejam enterradas e baldrames.
Dentre os tipos de impermeabilização rígida, três se destacam, sendo eles: argamassa
polimérica, argamassa impermeável com aditivo e cristalizantes.
2.3.1 Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo
É um método de impermeabilização de argamassa de cimento que adquirem
propriedades impermeáveis, com a mistura de aditivos que repelem a água. A DENVER
(2010) define como “Aditivo líquido e de pega normal impermeabilizante por
hidrofugação, indicado para uso em concretos e argamassas.
Esse impermeabilizante é formado por sais metálicos e silicatos que promovem a
redução da permeabilidade e absorção capilar, através do preenchimento de vazios nos
capilares na pasta de cimento hidratado, tornando os concretos e argamassas
impermeáveis à penetração de água e umidade. (SIKA, 2008)
De acordo com Cunha e Neumann (1979) a aplicação do aditivo hidrófugo é
efetuada em argamassas de revestimento que esteja livre de movimentações estruturais,
que ocasionariam a formação de trincas e fissuras. Esse sistema não é indicado para locais
com exposição ao sol que possa ocorrer algum tipo de dilatação no substrato.
Para RIGHI (2009) “A principal desvantagem é que deve ser aplicado em
conjunto com outro sistema impermeabilizante, assim garante-se a estanqueidade, pois
esse sistema é muito suscetível a movimentações dos elementos”
O aditivo deve ser dissolvido na água de amassamento a ser utilizada. A aplicação
da argamassa aditivada deve ser feita em duas ou três camadas de aproximadamente 1 cm
de espessura, desempenando a última camada, cuidando para não alisar com
desempenadeira de aço ou colher de pedreiro (SIKA, 2008).
Figura 6 – Preparação da argamassa com o aditivo hidrófugo.
Plastoméricas: São mantas que apresentam a adição de plastômeros em sua massa. Usualmente é
usado APP (Polipropileno Atático)
Oxidado: São mantas de asfalto oxidado, policondensado, ou com a adição de uma mistura genérica
de polímeros.