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La Famille Bélier. Direção: Eric Lartigau. França: Paris Filmes, 2014.

Utorrent.

Lauanda Oliveira Maia

RESENHA CRÍTICA “A FAMÍLIA BÉLIER”

O filme A Família Bélier, dirigido por Eric Lartigau com lançamento em 2014, conta
a história de uma jovem chamada Paula, que tem pais e irmão portadores de deficiência
auditiva. Paula é intérprete e tradutora para a sua família, logo ela está sempre por perto deles.
Ela também administra os negócios da fazenda, assim não vendo outra possibilidade de futuro,
até que descobre ter um dom para o canto e uma proposta de crescimento, estudar em uma
escola renomada em Paris.

No filme pode-se logo perceber o quanto a família de Paula é dependente dela já que
pouquíssimas pessoas fazem uso da língua de sinais para se comunicar com eles, e essa
dependência fez seus pais se sentirem inseguros quando souberam da proposta de Paula estudar
em Paris. E a mesma se vê sem opção, pensando em desistir da sua grande oportunidade de
construir sua própria vida, para cuidar da sua família e da fazenda. Mas seu professor de canto
insiste, acreditando no seu potencial.

Além de poucas pessoas saberem se comunicar pela língua de sinais, muitos se


mostram espantados quando percebem as condições da família de Paula, não sabendo como
agir. Isso nos mostra nossa realidade, como ficamos desajeitados nessas condições e de como
seria importante que fosse inserido obrigatoriamente no currículo escolar o ensino da língua de
sinais, para assim inserir pessoas surdas na sociedade. É possível analisar essa necessidade
quando os pais de Paula se colocam frente a televisão para assistir ao jornal e Paula tem que
traduzir para que eles possam entender, seria muito importante que nessa rede de comunicação
houvessem intérpretes para que pudesse atender os demais públicos.

Pode-se analisar os obstáculos para que os deficientes auditivos possam participar


ativamente na sociedade quando o pai de Paula decide se candidatar a prefeito e seus únicos
intérpretes são sua filha, que já tem seus compromissos e seu conhecido, que segundo o pai, é
desmiolado, mais uma vez vemos quão importante é a inserção da língua de sinais para que
possamos ser uma sociedade mais inclusiva e menos excludente.

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