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MINAS INTERAGINDO EM LIBRAS

Livro do Aluno

MATERIAL NÃO CONSUMÍVEL

Minas Gerais

2013
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

Governador
Antonio Augusto Anastasia

Secretária de Educação
Ana Lúcia Almeida Gazzola

Secretária Adjunta de Educação


Maria Sueli de Oliveira Pires

Chefe de Gabinete
Maria Cláudia Peixoto Almeida

Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica


Raquel Elizabete de Souza Santos

Superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais de Ensino


Soraya Hissa Hojrom de Siqueira

Diretora de Educação Especial


Ana Regina de Carvalho

FICHA TÉCNICA

Elaboração:
Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e
de Atendimento às Pessoas com Surdez - CAS Belo Horizonte.

Diagramação e Ilustrações:
Snap Design Ltda.

Minas Gerais, Secretaria de Estado de Educação


Minas Interagindo em Libras - Livro do Aluno
Belo Horizonte, 2013
Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Este livro foi elaborado pensando em você que se in-


teressou pela Língua Brasileira de Sinais, a Libras, e
está iniciando seu aprendizado. As atividades foram
elaboradas com o objetivo de serem desenvolvidas
em sala de aula, juntamente com seu professor de
Libras e seus colegas. Lembre-se que para aprender
qualquer língua é preciso interagir.

Além do livro, você poderá contar também com o


DVD do Aluno que traz vídeos em Libras, para você
assistir e realizar as atividades em sala de aula e/ou
em casa, conforme orientações de seu professor.
Por você estar aprendendo uma língua diferente,
alguns desafios surgirão. Mas, esperamos que seu
professor e as atividades propostas aqui possam
ajudá-lo a superar esses desafios e a aprender cada
vez mais a Libras.

Bons estudos,

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

Sumário

Unidade I
1 APRENDENDO UMA LÍNGUA ESPAÇO-VISUAL
- pg.13

Unidade II
2 FALANDO DE ROTINA - pg. 39

Unidade III
3 CONVIVENDO EM FAMÍLIA - pg. 65

Unidade IV
4 INTERAGINDO NA ESCOLA - pg. 91

Unidade V
5 PASSEANDO PELO BRASIL - pg. 107

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

Minas
Interagindo
em Libras

INTRODUÇÃO

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

Introdução
Desde a implantação do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de
Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) em dezembro de 2002, o Governo do
Estado de Minas Gerais tem oferecido cursos básicos de Libras (Língua Brasileira
de Sinais), com o objetivo primário de capacitar os profissionais da educação
para o atendimento às pessoas surdas.

O Minas Interagindo em Libras surge, então, como um material didático a ser uti-
lizado nesses cursos básicos de Libras, orientando o trabalho do professor surdo,
nos diversos municípios mineiros. Vale ressaltar que o material busca adequar-se
às especificidades dos cursos oferecidos pelo Governo de Minas e apresentar a
Libras em seu dialeto mineiro1.

1- Motivação para a elaboração do material didático

A realização de cursos de formação e de capacitação de instrutores de Libras no


CAS-BH possibilitou maior contato entre a equipe do CAS e instrutores surdos de
Libras, oriundos de várias cidades do interior de Minas Gerais. Durante a realiza-
ção desses cursos, os instrutores relatavam que muitos alunos ouvintes, após
concluírem o Curso Básico de Libras, não apresentavam o desenvolvimento es-
perado na língua, nem o domínio básico dos diferentes usos e significados dos
sinais em situações e contextos específicos.

Esse quadro desafiou-nos a refletir acerca de diversas questões relacionadas às


abordagens de ensino da Libras como segunda língua (L2), à formação oferecida
aos instrutores e professores surdos e, principalmente, aos recursos didáticos
utilizado para o ensino dessa língua. Assim, nos propusemos a elaborar um ma-
terial didático de ensino de Libras como L2 para ouvintes. O resultado desse tra-
balho se concretiza neste livro didático.

2- Especificidades do processo de aprendizagem de uma Língua de Sinais

As pesquisas em ensino de línguas estrangeiras em geral podem nos auxiliar na


compreensão do processo de aprendizagem da Libras como L2. Alguns pes-
quisadores (TAUB, GALVAN, PIÑAR, MATHER, 2006; SILVA, RODRIGUES, 2007;
entre outros) confirmam que os aprendizes de uma língua de sinais passam por
processos semelhantes aos aprendizes de uma língua oral como L2.

Como aspecto semelhante, podemos apontar, por exemplo, os fatores psicos-


sociais que influenciam a aprendizagem, tais como motivação, socialização, etc.
(BRASIL, 2002, p.74). Outro fator que é comum entre aprendizes de L2 – oral ou
sinalizada – é a forma como o indivíduo lida com a L1 no processo de aprendiza-
1
Assim como as línguas orais, a Libras apresenta variações diatópicas, ou seja, regionalismos e falares locais.

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

gem da L2. Apesar de poucas pesquisas, podemos dizer, a partir da observa-


çãode aprendizes de Libras, que esses são “influenciados” pela língua portugue-
sa no processo de aprendizagem, o que é visível na forma como sinalizam na
ordem gramatical da língua portuguesa.

No entanto, apesar dessas semelhanças, podemos apontar algumas diferenças


relativas à modalidade da Libras – uma língua espaço-visual (TAUB, GALVAN, PI-
ÑAR, MATHER, 2006; SILVA, RODRIGUES, 2007, entre outros). Podemos apontar,
por exemplo, a aprendizagem da sintaxe espacial da língua como um desses
elementos, além do uso de expressões não-manuais (expressões faciais e ex-
pressões corporais) e dos classificadores. Assim, buscamos contemplar neste
material didático o uso desses elementos espaciais e visuais da Libras, levando
o aluno a “aprender a ver”, como nos apontam Wilcox e Wilcox:

Entrar em uma terra estrangeira nunca é fácil. O primeiro passo


deve ser o de aprender a língua e a cultura das pessoas que
vivem lá. Para os estudantes que desejam visitar o mundo das
pessoas Surdas, as aulas de ASL2 são a porta – aprender a ver
é a chave. (WILCOX, WILCOX, 2005, p.17).

3- O público alvo deste material

Um elemento importantíssimo a se considerar na preparação do material didático


são os alunos que utilizarão o material por meio da mediação do professor de
Libras. No caso dos CAS-MG, o público privilegiado dos cursos de Libras são os
profissionais da educação, especialmente os professores. É importante refletir
que esses professores buscam o curso de Libras com determinadas expectati-
vas. Talvez, a principal delas seja justamente a de receber uma formação que o
possibilite atuar em meio às demandas do processo de inclusão, especialmente
no atendimento a alunos com surdez.

Outro ponto importante é a abordagem de temáticas que interessem a esses


aprendizes e que possibilitem a comunicação básica em Libras em diferentes
contextos, tais como escola, família, lazer, entre outros, temáticas essas contem-
pladas em diferentes unidades do livro do aluno.

4- Descrição do Material do Aluno

O material do aluno contém:

• Livro do aluno;
• DVD do aluno (textos em Libras e atividades).

O Minas Interagindo em Libras é composto por cinco unidades, com diferentes


temas. A seguir, apresentamos a estrutura dessas unidades.
2
Língua de Sinais Americana (ASL).

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

Esquema das Unidades


O livro é composto por 5 unidades, com diferentes temas. Antes de começar a
utilizar seu livro, conheça como as unidades são estruturadas.

As unidades iniciam-se com um texto teórico so-


bre temas relacionados à Libras ou à Educação
de Surdos. Esse texto deverá ser lido pelo aluno
individualmente.

Após o texto teórico, são apresentadas atividades práticas de Libras com dife-
rentes objetivos. O professor ou instrutor de Libras dará orientações sobre como
realizar cada uma das atividades.

Vejamos alguns exemplos.

Como no exemplo ao lado, há atividades em que


apresentamos imagens para que você e seus co-
legas possam criar histórias ou situações utilizan-
do a Libras.

Há atividades em que você irá assistir a um vídeo


e, em seguida, responder perguntas de múltipla
escolha, marcando as respostas em um gabarito.

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

Outras atividades têm o objetivo de desenvolver o vocabulário, relacionando ima-


gens e sinais.
Entre as atividades práticas, será apresentado um texto
sobre algumas características da Libras.
Esse texto deve ser lido individualmente pelo aluno.

Ao final da unidade, há
uma síntese dos temas e
conteúdos abordados nas
atividades.

1)
2)
3)

Ícones

atividade orientada pelo


leitura individual atividade escrita
professor

atividade em vídeo recorte colagem

atividade em dupla atividade em grupo síntese

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

Minas
Interagindo
em Libras

UNIDADE I
Aprendendo uma
língua espaço visual

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Minas Interagindo em Libras | Curso Básico - Livro do Aluno

UNIDADE 1
APRENDENDO UMA LÍNGUA ESPAÇO-VISUAL

A palavra regras aqui não diz


A Língua de Sinais Brasileira – Libras – é a lín- respeito à norma (à definição de
gua da comunidade surda que vive, principal- “certo” e “errado”), mas às regras
mente, em centros urbanos do Brasil. É uma internalizadas por todo falante
língua espaço-visual, que se utiliza de sinais fei- nativo que definem como uma
tos no espaço e percebidos através da visão. língua é usada naturalmente.
Assim como as línguas orais (português, inglês,
japonês, etc), ela possui regras de estruturação
e funcionamento.

Ao contrário do que muitos pensam, não há


uma língua de sinais universal. Cada comuni- Surdo francês e professor de sur-
dade surda desenvolveu a sua própria língua de dos, formado pelo Instituto de
sinais. Assim, existem várias línguas de sinais: Paris, viveu de 1822 a 1882, ex-
BSL – Língua de Sinais Britânica, ASL – Língua diretor do Instituto de Surdos-Mu-
de Sinais Americana, LGP – Língua Gestual Por- dos de Bourges.
tuguesa, LIS – Língua de Sinais Italiana, JSL – Lín-
gua de Sinais Japonesa, etc.

Não se sabe ao certo quando as línguas de


sinais começaram a ser utilizadas pelas diferen-
tes comunidades surdas espalhadas por todo
o mundo. Alguns afirmam que quando os pri-
meiros surdos começaram a conviver entre si,
as línguas de sinais se formaram e se difundiram Com o apoio do Imperador
gradativamente por vários lugares. Pedro II, do Dr. Manoel Pacheco
Silva, reitor do Colégio Pedro II, e
Com a vinda de Huet para o Brasil em 1856 e de uma Comissão Inspetora che-
a consequente fundação, em 1857, do Instituto fiada pelo Marquês de Abrantes,
Nacional de Educação de Surdos – INES, a Li- Huet fundou, em 1857, no Rio de
bras constitui-se e ganha visibilidade. A partir de Janeiro, o Instituto de Educação
então, a Língua de Sinais Brasileira difundiu-se de Surdos-Mudos, atual Instituto
por todo o Brasil tornando-se a “bandeira’ da co- Nacional de Educação de Surdos
munidade surda brasileira em sua luta em prol – INES.
de seus direitos.

Como consequência dessa luta e da difusão de


pesquisas linguísticas sobre as línguas de sinais A Lei 10.436 de 24 de abril de
no Brasil e no mundo, a Libras foi reconhecida, 2002 oficializou a Libras como
em 2002, como língua oficial das pessoas sur- língua da comunidade surda
das. brasileira. E o Decreto 5.626 de
22 de dezembro de 2005 a regu-
lamentou.

Visite o site do Instituto Nacional de Educação de Surdos | www.ines.org.br

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Atividade 1

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Atividade 2

1 2

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Atividade 3
1 2

3 4

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Parada para
reflexão...
Nas aulas anteriores, você realizou com seu (sua) professor(a) atividades relativas
ao sinal de identificação de cada pessoa. Provavelmente você já tem um sinal
que foi dado por um surdo da comunidade surda ou por seu professor de Libras.
Mas se você ainda não tem um sinal, peça aos surdos com quem convive ou a
seu professor para “batizarem” você com um sinal. Agora vamos conhecer o sig-
nificado do sinal de identificação pessoal na comunidade surda.

SINAL DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL

Em língua de sinais, temos uma maneira espe-


cífica de nomearmos as pessoas. Lembre-se
de que a língua de sinais é uma língua espaço-
visual. Assim, para se referir a alguém, ao invés
de usar o alfabeto manual para soletrar o nome,
utiliza-se seu sinal de identificação pessoal.

Assim que um surdo ou ouvinte começa a con- Caso a característica que originou
viver com a comunidade surda, ou com um o sinal mude ou deixe de existir,
grupo de surdos ou, até mesmo, com um único o sinal não se modifica (cabelos
surdo, ele recebe o seu sinal. É comum que grandes que são cortados, apa-
este “sinal de batismo” seja dado pelos surdos. relhos que são retirados, manias
que deixam de existir, etc.).
É importante saber que o sinal não é uma
“tradução” do nome, mas tem a mesma função
do nome na comunidade surda. O sinal relacio-
na-se às características marcantes da pessoa,
às situações vivenciadas, às manias, ao olhar
do surdo sobre a pessoa que será “batizada”,
etc. Algumas vezes esse sinal é composto pela
letra inicial do nome da pessoa.

Cada sinal de identificação pessoal, assim como As pessoas muito conhecidas no


o nosso nome de batismo, tem sua história. Te- Brasil e no mundo (artistas, gover-
mos muitas histórias interessantes sobre a ori- nantes, cantores etc.) recebem da
gem de sinais de identificação pessoal. comunidade surda um sinal mes-
mo que nunca tenham tido con-
Sempre que você tiver um novo amigo ou co- tato com um surdo.
lega surdo, pergunte pra ele a história do seu
sinal. É uma forma de você interagir com ele e
conhecê-lo melhor.

Visite o site da Editora Arara Azul | www.editora-arara-azul.com.br

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Atividade 4

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Atividade 5A

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Atividade 5B

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Atividade 6

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Atividade 7

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Atividade 8
PARTE 01

A.

B.

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PARTE 02

C.

D.

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Atividade 9

Tirinha 01

Tirinha 02

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Tirinha 03

Tirinha 04

Tirinha 05

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Atividade 10

1.

2. 3.

4. 5.

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7. 8.

9. 10.

11. 12.

13. 14.

15.

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Atividade 11

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Atividade 12
1. 2.

3. 4.

5. 6.

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Atividade 13
1.

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Atividade 14
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Atividade 15

1. [ ]

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Atividade 16

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Nesta primeira unidade,


você aprendeu:

1) SINAL DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL - através de um sinal pessoal,os surdos


são nomeados em língua de sinais. Esse sinal equivale ao nome da pessoa e
está relacionado a características marcantes, a situações vivenciadas, a manias,
ao olhar do surdo sobre a pessoa que será “batizada”, etc.

2) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS - através de determinadas expressões corporais e


faciais, podemos falar das características físicas das pessoas em língua de sinais.

3) CLASSIFICADORES - através de formas das mãos e de expressões corporais,


você pode se referir a pessoas, objetos, situações, mostrando suas característica
e/ou ações.

4) APRESENTAÇÃO E CUMPRIMENTOS - da mesma forma que na língua portu-


guesa temos expressões e formas de nos apresentar e cumprimentar, na Libras
também temos sinais específicos para essas situações.

5) VOCABULÁRIO - você aprendeu algumas expressões e sinais básicos rela-


cionados a diferentes situações e usos da Libras (características físicas e
psicológicas; apresentações; cumprimentos; sinais relacionados ao ambiente es-
colar).

6) CONHECIMENTOS TEÓRICOS - você aprendeu o que são as línguas de sinais,


algumas características culturais da comunidade surda (uso de uma língua es-
paço-visual e de um sinal de “identificação pessoal”) e um pouco da história da
Libras.

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Minas
Interagindo
em Libras

UNIDADE II
Falando de rotina

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UNIDADE 2
FALANDO DE ROTINA
Na primeira unidade, aprendemos a usar alguns elementos visuais e espaciais da Libras e carac-
terísticas culturais da comunidade surda. Já nesta unidade, você terá a oportunidade de aprender
os sinais relacionados a diferentes atividades rotineiras. Esteja atento aos novos sinais e a seus
diferentes usos. Apresentamos também um pouco da história da Surdez. Veja o texto abaixo e
boa leitura!
História da Surdez
1
Historicamente, pode-se pen-
Na Antiguidade, os surdos eram considerados sar em momentos distintos da
doentes, impossibilitados de se casar, de rece- participação das pessoas com
ber herança, incapazes de conviver em socie- deficiência(s) na sociedade: (1)
dade e, até mesmo, eram vistos como castiga- exclusão; (2) segregação; (3) inte-
dos pelos deuses. Enfim, os surdos não eram gração e (4) inclusão.
considerados humanos e, portanto, não tinham
nenhum direito, sendo excluídos da convivên-
cia social.
No Período Medieval, essa mesma visão sobre
os surdos permaneceu1. E uma visão religiosa
sobre os surdos foi reforçada, fazendo com
que a surdez passasse a ser entendida como 2
O trabalho desenvolvido, no sé-
um castigo divino ou uma presença demoníaca. culo XVI, por um monge benedi-
Entretanto, essa visão religiosa inspirou ações tino que viveu no Monastério de
de caridade em relação aos surdos. Muitos reli- San Salvador, na Espanha, Pe-
giosos viram-se desafiados a fazer com que os dro Ponce de León (1510–1584),
surdos falassem, pois só poderiam receber a pode ser considerado um marco
salvação se confessassem a Cristo. Além disso, na aceitação da natureza educá-
muitos nobres queriam que seus filhos recebes-
vel dos surdos. Para ensinar os
sem e administrassem a herança da família2. E
surdos a falar e ler lábios, ele te-
para isso precisavam aprender a falar para ser-
em educados.
ria desenvolvido uma metodolo-
No início da Modernidade3, religiosos e famili- gia de ensino que englobava a
ares submeteram alguns surdos a um rigoroso escrita, a oralização e a datilolo-
treinamento para o desenvolvimento da lingua- gia.
gem oral. Assim, os surdos que aprenderam
a falar eram apresentados ao público. A cada
apresentação, o público se convencia de que
os surdos poderiam ser de fato educados.
Desde então, educadores de surdos fundaram
institutos de educação de surdos e iniciaram um 3
Na segunda metade do século
trabalho educacional que empregava uma mes-
XVIII, o Abade L’Epée criou a pri-
cla de língua de sinais, chamada de mímica,
meira Escola Pública para Sur-
com língua oral. Nascia um novo tempo educa-
cional para os surdos, no qual, gradativamente, dos em Paris: o Instituto Nacional
a língua de sinais foi sendo empregada, aceita e de Surdos-Mudos. A fundação
reconhecida como língua dos surdos. dessa instituição teria contribuído
Na atualidade, as novas perspectivas educacio- com a difusão de uma nova per-
nais inclusivas e o reconhecimento do status lin- spectiva educacional em relação
guístico das línguas de sinais têm estabelecido aos surdos, e fortalecido o pro-
um novo cenário para a educação de surdos. cesso de criação e organização
Cada vez mais surdos estão participando da so- das comunidades surdas, tanto
ciedade e tendo acesso à educação, inclusive na Europa quanto em diversos
ao ensino superior e à pós-graduação. países da América.

Visite o site | http://www.surdo.org.br

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Atividade 1

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Atividade 2A

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Atividade 2B

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Atividade 3

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Atividade 4

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Atividade 5

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Atividade 6
1.

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2.

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Atividade 7
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Atividade 8

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Atividade 9

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Atividade 10

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Atividade 11

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Parada para
reflexão...
Nas aulas anteriores, você realizou atividades relacionadas à rotina e pôde aprender
como é importante em Libras o uso das expressões faciais e corporais e do espaço.
Você pôde observar também que alguns sinais “se parecem” com a ação ou com o
objeto que representam. Essa “semelhança” entre os sinais e as ações ou objetos
que representam é uma característica da Libras. Vamos aprender mais sobre esse
assunto lendo o texto abaixo.

Características da Libras - Iconicidade

Como vimos no capítulo I, a Libras é uma língua As línguas são dividas em dois
espaço-visual, que tem uma estrutura bastante tipos: línguas espaço-visuais (Li-
diferente das línguas orais. Uma das característi- bras, Língua de Sinais Francesa,
cas que mais chamam a atenção nas línguas de Língua de Sinais Americana, etc)
sinais é a semelhança entre os sinais e os objetos e línguas orais-auditivas (portu-
aos quais se referem. Essa semelhança é chama- guês, francês, inglês, etc.)
da de iconicidade.

Em Libras, o sinal que significa “casa”, por exem-


plo, lembra o teto de uma casa. O sinal referente
à “árvore” remete ao tronco e aos galhos de uma
árvore. Mas, a Libras não é completamente icôni-
ca. Temos sinais que não guardam nenhuma se-
melhança com o objeto ou com a ação aos quais
se referem. Além disso, se as línguas de sinais A questão da “iconicidade” é dis-
fossem completamente icônicas, os sinais coin-
cutida por Lucinda F. Brito no
cidiriam mais de um país para o outro.
livro “Educação e Integração de
Surdos” (1993) e por Ronice M.
Um exemplo para pensarmos sobre isso, seria o
sinal referente a “não” em Libras:
Quadros e por Lodenir B. Kar-
nopp no livro “Estudos Linguísti-
cos” (2004).

Este mesmo sinal, em Língua de Sinais Ameri-


cana (ASL), significa “onde”. Cada povo usuário de
uma língua seleciona um aspecto que será mais
evidente no sinal. Outro exemplo seriam os sinais
referentes a cachorro em Libras e em ASL: em
Libras, o sinal lembra o focinho do cachorro; em
ASL, lembra uma pessoa chamando um cachor-
ro, batendo, inicialmente, a mão na cintura e, em
seguida, fazendo um ruído com os dedos.

Não só as línguas de sinais têm elementos icôni-


cos. As línguas orais também podem apresentar
palavras que se parecem com determinados sons
de objetos ou ações, ou seja, palavras com mo- Visite o site da pesquisadora Ronice
tivação icônica. Os exemplos mais simples de
compreender são as “onomatopéias”, que são
Quadros
palavras que representam sons, tais como au-au,
toc-toc, entre outros. www.ronice.cce.prof.ufsc.br

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Atividade 12A

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Atividade 12B

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Nessa segunda unidade,


você aprendeu:

1) ATIVIDADES ROTINEIRAS - através de classificadores e sinais referentes a ativi-


dades diárias, você aprendeu a contar em Libras os acontecimentos e ações
presentes em sua rotina.

2) EXPRESSÕES FACIAIS E CORPORAIS - as expressões faciais e corporais são


elementos distintivos dos sinais e nos permitem comunicar diversos sentimen-
tos, posturas e intenções. Através delas você pode expressar as ações comuns
do dia-a-dia, alterar o significado dos sinais, enfatizar alguma informação ou, até
mesmo, se referir a diferentes personagens.

3) VOCABULÁRIO - você aprendeu alguns sinais básicos relacionados a diferen-


tes situações e usos, tais como rotina, semana, alimentos, bebidas, horários, etc.

4) CONHECIMENTOS TEÓRICOS - você aprendeu sobre a História da Surdez e


sobre algumas características da Libras, com destaque para a iconicidade.

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Minas
Interagindo
em Libras

UNIDADE III
Convivendo em família

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UNIDADE 3
CONVIVENDO EM FAMÍLIA
Nas unidades anteriores, aprendemos sobre história da surdez, características da Libras e aspectos
culturais da comunidade surda. Além disso, vimos expressões faciais e corporais e diversos sinais re-
lacionados a características físicas, atividades rotineiras, alimentos, bebidas, objetos, saudações etc.
Nesta unidade, você vai refletir sobre as abordagens educacionais mais conhecidas na educação de
surdos e conhecer um pouco mais sobre a Libras, usando-a para identificar e descrever uma família,
falar sobre sua história de vida, sobre seus relacionamentos, etc.

Abordagens Educacionais O imaginário da sociedade do


Desde que se reconheceu que os surdos eram século XVI estava marcado pela
educáveis, no século XVI, diversos educadores ideia de que a linguagem oral
começaram a dedicar-se à educação de surdos, era o cerne da aprendizagem e
acreditando que eles poderiam conviver social- do desenvolvimento humano.
mente e desenvolver-se como qualquer outra Portanto, foram exatamente as
pessoa considerada, na época, como normal. demonstrações oralistas de sur-
Esses educadores, fundamentados nas ideias dos usando a língua oral, falada
de seu momento histórico sobre o aprendizado
e escrita, que possibilitaram uma
de língua e desenvolvimento de linguagem, as-
mudança nesse imaginário. Pas-
sumiram posturas diferentes em sua prática edu-
sou-se então a aceitar, pouco a
cativa.
pouco, a possibilidade de os sur-
A primeira abordagem que se destacou na edu- dos serem educados, visto que
cação de surdos tinha como objetivo ensinar conseguiam usar a linguagem
aos surdos a falar e a ler os lábios, assim como oral.
a ler e escrever. Acreditava-se que os surdos só
poderiam desenvolver-se se eles dominassem a
fala oral. Essa abordagem educacional executa-
da através de diferentes métodos e perspectivas
ficou conhecida como Oralismo.

Na mesma época, encontravam-se também


aqueles que acreditavam que os surdos apren- O Abade L’Epée, embora acei-
deriam melhor a leitura e a escrita através do uso tasse a língua de sinais como
da “linguagem dos gestos”. Esses educadores língua dos surdos, acreditava
se apropriaram da forma de comunicação espa- que ela era incompleta, ou seja,
ço-visual dos surdos e passaram a utilizá-la, com que faltavam preposições, arti-
algumas modificações, durante suas aulas. Essa
gos e etc.
outra abordagem educacional ficou conhecida
como Gestualismo.

Nos últimos duzentos anos, essas duas aborda-


gens deram origem a três filosofias educacio-
nais: o Oralismo (que defende o ensino da língua
oral aos surdos sem o uso da língua de sinais); a
Comunicação Total (que defende o uso de qual-
Até 1960, não se reconheciam
quer recurso durante o processo educacional
as línguas de sinais como lín-
dos surdos – gestos, mímica, língua de sinais,
guas. Elas eram tratadas como
imagens, etc.); e o Bilinguismo (que reconhece a
língua de sinais como língua do processo educa- simples linguagem de gestos ou
cional dos surdos e defende o ensino da língua mímica.
oral, escrita e/ ou falada, e da língua de sinais
separadamente, respeitando as especificidades
e características de cada uma).

Visite o site da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - www.feneis.com.br

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Atividade 1

01

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Atividade 2

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Atividade 3

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5 6 7

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Atividade 4

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PARADA PARA REFLEXÃO...

Nas aulas anteriores, você realizou com seu (sua) professor(a) atividades com o tema “família”,
aprendendo a identificar e descrever pessoas, além de aprender a narrar alguns acontecimentos
cotidianos. Agora vamos refletir sobre a estrutura da Libras, conhecendo seus Parâmetros.

Os Parâmetros da Libras

Quando se iniciaram os primeiros estudos


científicos sobre as línguas de sinais, os pes-
quisadores começaram a perceber que, nos Na década de 1960, a publicação
sinais, havia “partes” assim como nas palavras de trabalhos de Willian C. Sto-
há diferentes sons. Essas partes constituintes koe e de outros pesquisadores
dos sinais são chamadas de Parâmetros Lin- sobre a Língua de Sinais Ameri-
guísticos. cana impulsionou um novo olhar
Atualmente consideramos que há cinco prin- sobre os surdos e a surdez.
cipais parâmetros das Línguas de Sinais: (1)
Configuração de Mão, (2) Ponto de Articulação/
Locação, (3) Movimento, (4) Orientação e Dire-
cionalidade e (5) Expressões não-manuais (ex-
pressões faciais e corporais). Vamos observar
o sinal abaixo:
Este sinal tem: (1) a configuração de mão, ou O movimento é um parâmetro
seja, o formato da mão com complexo que pode envolver
o dedo polegar e o mindinho várias formas e direções como,
abertos; (2) o ponto de ar- por exemplo, os movimentos in-
ticulação, ou seja, a área do ternos da mão, os movimentos
corpo na qual ou próxima da do pulso e os movimentos dire-
qual fazemos o sinal, está no cionais no espaço.
queixo; (3) o movimento que
realizamos ao fazer o sinal
é retilíneo; (4) a orientação
desse sinal é em direção ao
queixo da pessoa que sinaliza e (5) a expressão
facial que fazemos é neutra.
Esses sons, chamados de fone-
Cada uma dessas partes são muito impor-
mas, são considerados “uni-
tantes. Se mudamos um
dades mínimas” que formam as
único parâmetro, podemos
palavras nas línguas orais.
mudar o significado do sinal.
Vejamos, por exemplo, o si-
nal referente a “triste/ tristeza/
infelicidade”. Mudamos a ex-
pressão facial, de uma ex-
pressão neutra passamos a
uma expressão triste.
Todos os sinais da Libras apresentam esses
parâmetros tendo sua organização assim como
as palavras são compostas por sons especí-
ficos da língua. Esses parâmetros são impor-
tantes para compreendermos a Libras não só
na formação de sinais, mas de frases, de tex- Visite o Portal de Libras
tos, etc. Http://www.libras.org.br

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Atividade 5

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Atividade 6

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Atividade 7

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Atividade 8

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Atividade 9

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Atividade 10
1. ( )

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PARADA PARA REFLEXÃO...

Nas aulas anteriores, você realizou com seu (sua) professor(a) atividades com o tema “família”,
aprendendo a usar o espaço na sinalização. O uso do espaço está relacionada a uma das carac-
terísticas marcantes da Libras, a simultaneidade. Vamos aprender mais sobre esse tema...

Características da Libras - Simultaneidade

Outra característica importante da Libras é a Si- Nas línguas de sinais, podemos


multaneidade, que seria a realização simultânea identificar nas frases alguns ele-
de vários elementos linguísticos, como ocorre mentos linguísticos que ocorrem
com os parâmetros. Vejamos um exemplo de simultaneamente: a expressão
sinal: facial, o olhar ou a direção do
Ao mesmo olhar, o movimento das mãos e
tempo em seu formato, a direção que da-
que fazemos mos às mãos, entre outros.
uma deter-
minada con-
figuração de
mão, posicio-
namos uma
mão frente à outra, movimentamos os dedos
e fazemos a expressão facial. Todos esses el- Apesar de a Simultaneidade ser
ementos são importantes na constituição do si- uma característica marcante das
nal e influem no significado. línguas de sinais, ela também
acontece nas línguas orais. Por
Numa frase em Libras, também podemos en- exemplo: ao conversarmos com
contrar elementos simultâneos. Se queremos alguém, ao mesmo tempo em
dizer, em Libras, que não conhecemos uma que articulamos os sons que for-
pessoa, podemos fazer o sinal referente a “con- mam as palavras, vamos dando
hecer”, balançar a cabeça em sinal de negativa, determinada entonação a nos-
enquanto direcionamos o olhar para a pessoa sa fala. Essa entonação da fala
que não conhecemos. Todos esses elementos pode indicar ironia, polidez, etc.
estão ocorrendo simultaneamente: o sinal, o
balançar da cabeça e a direção do olhar.

Um elemento simultâneo muito importante é a


expressão facial, que nos ajuda a marcar a “en-
tonação” das frases na Libras: podemos dizer a
mesma frase em Libras com os mesmos sinais,
mas, se mudamos a expressão facial, essa fra-
se pode se transformar num pedido ou numa
ordem, pode ser irônica ou não.
Visite o site e use o
Para quem está aprendendo a Libras, a coor- dicionário
denação de todos esses elementos parece ser
difícil. No entanto, quanto mais contato com www.acessobrasil.
usuários dessa língua, mais nos acostumamos org.br/libras
com a simultaneidade e a organização espacial
da Libras.

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Atividade 11

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Atividade 13

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Nesta terceira unidade,


você aprendeu:

1) FAMÍLIA E HISTÓRIA DE VIDA – você aprendeu a se comunicar em situações


que envolvem os temas família e história de vida.

2) CLASSIFICADORES – você aprendeu a representar, através de classificado-


res, características físicas, vestimentas, brincadeiras, ações e situações com o
bebê, etc.

3) VERBOS COM FLEXÃO – você aprendeu como, em alguns verbos em Libras,


usamos o espaço para indicar, por exemplo, a concordância dos verbos.

4) VOCABULÁRIO – você aprendeu algumas expressões e sinais básicos rela-


cionados a diferentes situações e usos da Libras (membros da família, relações
de parentesco, situações vivenciadas em família, fases da vida e relacionamen-
tos, etc.).

5) INDICAÇÃO DE TEMPO – você aprendeu a situar as ações no tempo (passa-


gem de anos, futuro, passado, etc.).

6) CONHECIMENTOS TEÓRICOS – você aprendeu sobre a educação de surdos,


principalmente sobre as filosofias educacionais: Oralismo, Comunicação Total
e Bilinguismo, além de refletir sobre as características da Libras, tais como os
parâmetros e a simultaneidade.

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Minas
Interagindo
em Libras

UNIDADE IV
Interagindo na escola

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UNIDADE 4
INTERAGINDO NA ESCOLA
Nas unidades anteriores, aprendemos sobre história da surdez, características da Libras, tais
como os Parâmetros da Libras e a Simultaneidade, além de aspectos culturais e questões educa-
cionais da comunidade surda. Além disso, aprendemos também a nos comunicar em situações
relacionadas aos temas família e história de vida e a usar os verbos com flexão e alguns indica-
dores de tempo em Libras.
Nesta unidade, você vai refletir sobre a Educação Bilíngue de Surdos, além de conhecer outras
características da Libras, tal como o uso do espaço na sinalização.

Educação Bilíngue
Dentre essas transformações
Diversas transformações ocorridas na segunda podem-se citar: (1) o surgimen-
metade do século XX, tanto no campo educa- to dos estudos culturais, (2) as
cional quanto no político-social, contribuíram pesquisas linguísticas sobre as
significativamente para a construção de uma línguas de sinais, (3) os movi-
nova maneira de se pensar a educação das mentos sociais surdos, (4) o sur-
pessoas surdas e sua inclusão social. Até essa gimento dos estudos surdos, (5)
época, os surdos eram considerados deficien- o desenvolvimento do paradig-
tes, inaptos e incapazes de aprender e de se ma social da inclusão e (6) diver-
comunicar. sos avanços legislativos.
Vistos, então, como falantes de uma língua es-
paço-visual e como um grupo cultural distinto,
os surdos movimentaram-se em prol de uma
educação que de fato respeitasse sua diferença
linguística e cultural. Nesse sentido, a educa-
ção bilíngue surge, no final do século XX, como A educação bilíngue é uma
uma maneira de se garantir aos surdos seu abordagem que objetiva não
desenvolvimento cognitivo e linguístico, bem somente transformar a esco-
como sua inclusão social e educacional. larização para surdos, que era
Nos últimos anos, a educação bilíngue vem marcada pelo fracasso esco-
sendo entendida e aplicada das mais diversas lar, mas também combater
formas. Entretanto, pode-se afirmar que sua as práticas pedagógicas e às
base é o uso da língua de sinais, reconhecida metodologias defendidas por
como língua independente da língua portugue- abordagens educacionais que
sa, na educação das crianças surdas, seguido dirigiram e ainda podem ser
do ensino da língua portuguesa como segunda vistas na educação de surdos.
língua. Como vimos anteriormente, a educação
bilíngue opõe-se a outras propostas educacio-
nais, tais como o oralismo, que defende o uso
somente da língua oral na educação das crian-
ças surdas, e a comunicação total, que defende
o uso de qualquer língua ou recurso com o ob-
jetivo de estabelecer a comunicação. Conheça um pouco mais sobre
Atualmente, pesquisas têm comprovado a im- a Pedagogia Surda. Leia o texto:
portância da educação bilíngue no processo “Surdos: cultura e pedagogia” no
de inclusão social dos surdos e os surdos têm livro a Invenção da Surdez II.
buscado, cada vez mais, a construção de uma
verdadeira “pedagogia surda”.

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Atividade 1

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Atividade 2

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Atividade 3
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Atividade 4
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PARADA PARA REFLEXÃO...

Nas aulas anteriores, você realizou com seu (sua) instrutor(a) atividades com o tema “escola”,
aprendendo a identificar e descrever espaços, ações e pessoas no ambiente escolar. Você pôde
observar que, quando usamos a Libras, exploramos bastante o espaço, situando elementos em
determinados pontos a nossa frente quando sinalizamos. Agora vamos aprender um pouco mais
sobre isso.

Ronice Quadros e Lodenir Karn-


nop, no livro “Libras: Estudos
Linguísticos” (2004), apontam
vários mecanismos de uso no
espaço. (ver página 128).

Características da Libras – Uso do espaço A espacialidade é extremamente importante


nas línguas de sinais. Quanto mais nos acos-
Como aprendemos anteriormente, a Libras é tumamos com o fato de a Libras ser uma lín-
uma língua de modalidade espaço-visual. As- gua visual e espacial, mais conseguimos nos
sim, os elementos espaciais nessa língua são comunicar de forma fluente com os surdos.
importantíssimos no processo de interação. No entanto, muitas vezes temos dificuldades
Um exemplo que vimos na unidade III foram as de usar o espaço, pois estamos acostumados
frases com verbos com flexão, em que os ele- mais com a “linearidade” da língua portuguesa.
mentos da frase (sujeito e objeto) são posiciona-
dos no espaço e os verbos são “direcionados” Vamos ver um exemplo: ao dizermos, por exem-
de acordo com a posição desses elementos. plo, “João entregou o livro a Antônio que pegou
o livro e o colocou na estante”, podemos ob-
Na sinalização, quando colocamos, por exem- servar a importância da “ordem dos elementos
plo, um personagem da nossa fala do nosso na frase”: “Foi João que entregou a Antônio”; se
lado direito, podemos apontar para ele, como colocarmos em ordem diferente, pode mudar o
se disséssemos “ele ou ela” em Libras. Algumas significado – Antônio entregou o livro a João. O
vezes, ao invés de apontarmos um dado ponto, pronome “que” remete a Antônio, compreende-
podemos simplesmente olhar para um determi- mos que foi Antônio que pegou o livro... Já na
nado espaço em que situamos um elemento Libras, teríamos que localizar os personagens
anteriormente para que a pessoa com quem no espaço (João à direita, Antônio à esquerda,
interagimos saiba de que estamos falando. ou vice-versa), realizarmos o verbo “entregar”,
partindo do lugar no espaço referente a João em
Há outros mecanismos de uso do espaço. Vi- direção ao espaço em que supostamente situa-
mos, nesta unidade, a descrição do espaço de mos Antônio. Poderíamos também representar
uma escola, observando como há elementos na num terceiro ponto, próximo a Antônio – por ex-
língua que nos permitem descrever um determi- emplo, a estante na qual será colocada o livro.
nado lugar, localizando pessoas, objetos, etc. Assim, estamos explorando de diversas formas
a espacialidade.

Visite o Site do curso de Letras Libras


www.libras.ufsc.br
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Atividade 5

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Atividade 6
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Atividade 7

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Atividade 8

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Nesta quarta unidade,


você aprendeu:

1) Escola e rotina escolar: você aprendeu a se comunicar em situações que en-


volvem os temas escola e rotina escolar, além de sinais de esportes e números
ordinais.

2) Vocabulário: Você aprendeu algumas expressões e sinais básicos relaciona-


dos a diferentes situações e usos da Libras (disciplinas escolares, ações realiza-
das na escola, pessoas e profissionais da escola, números ordinais e prática de
esportes).

3) Conhecimentos teóricos: você aprendeu sobre educação bilíngue e explora-


ção do espaço na língua de sinais.

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Minas
Interagindo
em Libras

UNIDADE V
Viajando pelo Brasil

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UNIDADE 5
PASSEANDO PELO BRASIL
Nas unidades anteriores, aprendemos sobre as Abordagens Educacionais e Educação Bilíngue
para surdos, características da Libras, tal como o uso do espaço na sinalização, além de aspectos
culturais e questões educacionais da comunidade surda. Além disso, aprendemos também a
nos comunicar em situações relacionadas aos temas rotina, família e escola.
Nesta unidade, você vai refletir sobre a Inclusão Educacional de Surdos, além de conhecer outras
características da Libras, tais como os classificadores.
Inclusão Educacional dos Surdos

A inclusão é um processo que envolve uma


transformação completa da sociedade. Não há Nesse modelo, concebe-
inclusão sem mudanças, pois ela pressupõe se a deficiência como uma
uma alteração na arquitetura, na atitude, na condição inerente ao humano
política, na tecnologia, na forma de pensar, de e se defende o reconhecimen-
se comunicar e de interagir. Na inclusão é pre- to e o respeito à diferença e à
ciso (re)aprender a lidar com a diversidade e diversidade como o caminho
a diferença do humano sem desconsiderar as para a inclusão social da pes-
particularidades de cada pessoa. soa.
Na inclusão de surdos, é importante saber que
reconhecer e respeitar a surdez de uma pessoa
não é supervalorizar o déficit auditivo descon-
siderando a própria pessoa. A pessoa não é a
Reconhecem-se como Surdos
deficiência. Além disso, devemos saber que
(no sentido cultural do termo),
cada pessoa com surdez é única, devendo ser
na medida em que valorizam a
tratada como tal.
experiência visual e se apropri-
De forma geral, considerando a visão sócio-
am da Língua de Sinais como
antropológica da surdez podemos falar de
meio “natural” de comunicação
Surdos (com “S” maiúsculo) e de pessoas com
e expressão. Reúnem-se com
deficiência auditiva (D.A’s). Portanto, os surdos
seus pares e partilham mo-
(pessoas com alguma perda de audição) não
dos de ser, agir e pensar, bem
são todos iguais. Nesse sentido, a inclusão
como uma identidade cultural
educacional deve levar em conta a diferença
comum.
entre o grupo de Surdos e o de pessoas com
deficiência auditiva.
Na inclusão educacional, os Surdos (sinaliza-
dores) precisam ter garantido o seu acesso à Rejeitam sua condição de
língua de sinais, desde a infância, o contato surdez, na medida em que
com a Comunidade Surda, a presença de intér- tentam resgatar a experiência
pretes de língua de sinais para a interação com auditiva por meio de próteses
os ouvintes e com as pessoas com deficiência e implantes e rejeitam a Lín-
auditiva, o ensino da língua portuguesa como gua de Sinais, buscando co-
segunda língua, bem como metodologias, re- municar-se na língua oral com
cursos, tecnologias e políticas adequadas às o auxílio da leitura labial. Fre-
suas especificidades linguísticas e culturais. Já quentam grupos de ouvintes e
as pessoas com deficiência auditiva apresen- não se identificam com os sur-
tam outras necessidades, bem diferentes das dos sinalizadores – usuários
dos surdos. da Língua de Sinais.

Visite o site da Sociedade Inclusiva e baixe textos


www.sociedadeinclusiva.pucminas.br
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Atividade 1

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Atividade 2

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Atividade 3
A

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Atividade 4
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Atividade 5

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Atividade 6

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PARADA PARA REFLEXÃO...

Nas aulas anteriores, você realizou com seu (sua) instrutor(a) atividades com o tema “lazer e via-
gem”, aprendendo a identificar e descrever lugares e a relatar viagens. Você pôde observar que,
quando usamos a Libras, recorremos bastante a elementos da Libras mais icônicos, chamados
classificadores. Vamos conhecer um pouco mais esses elementos!

Classificadores da Libras
Os classificadores são elementos muito impor-
tantes na língua de sinais e podem ser respon-
sáveis pela formação de novos sinais na língua.
Dizemos que os classificadores são partes (for-
matos da mão, por exemplo) de um sinal usa-
dos para se referir a um substantivo, mostran-
do uma ação ou a localização desse objeto.
Com certeza, ao longo de seu curso, você e
seu instrutor utilizaram vários classificadores.

Há classificadores que são mais icônicos e


rapidamente descobrimos do que se trata. Os
classificadores “de corpo”, por exemplo, nos
permitem usar partes de nosso próprio corpo
para indicar algo. Por exemplo, se dizemos que
a pessoa foi atingida por uma pedra numa parte
do corpo, podemos representar a pedra atingin-
do nosso próprio corpo enquanto sinalizamos.
Bernardino (2007) divide
Há outros ainda que são os classificadores em:
mais abstratos e que pre- 1. Especificadores de tamanho e forma
cisam ser contextualizados 2. Classificadores semânticos
para que compreendamos 3. Classificadores de instrumento
o elemento que está repre- 4. Classificadores de corpo
sentando. Vejamos, por exem- 5. Classificadores de partes do corpo.
plo, o seguinte classificador.

Esse classificador pode representar várias


coisas ou pessoas. Podemos utilizá-lo, por
exemplo, para indicar uma pessoa caminhan-
do. Podemos realizá-lo nas duas mãos e movi-
mentando indicar o encontro entre duas pessoas.
Um bom livro com explica-
Em outra situação, podemos utilizar o mes-
ções introdutórias sobre os
mo classificador para se referir, por exem-
classificadores é o livro de
plo, a um poste. Usamos antes, por exem-
Lucinda Ferreira Brio – Por
plo, os sinais referentes a poste e a carro e
uma Gramática da Língua de
podemos indicar com o movimento e o con-
Sinais (1995).
tato das mãos um carro batendo no poste.

Os classificadores são um importante recurso


da língua. Como aprendizes da língua de sinais,
precisamos observar como os surdos os uti- Visite o site
lizam e usá-los em nossa comunicação.
www.dicionariolibras.com.br
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Atividade 10

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Nesta quinta unidade,


você aprendeu:

1) VIAGEM E LAZER – você aprendeu a se comunicar em situações de lazer e


diversão e falar sobre essas situações.

2) CLASSIFICADORES – você aprendeu a usar classificadores para pessoas,


meios de transporte, animais, entre outros.

3) VOCABULÁRIO – locais públicos e lazer, viagem, estados brasileiros, pontos


turísticos, documentos, animais, etc.

4) CONHECIMENTOS TEÓRICOS – você aprendeu sobre a Inclusão Educacional


dos Surdos e sobre os Classificadores da Libras.

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Referências Bibliográficas
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997.
BRASIL/ MEC/ SEE. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: caminhos para a
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