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Apostila: Contabilidade Geral – por Maria Cristina Moreira Siqueira da Cunha
Apostila de Contabilidade
Assunto:
CONTABILIDADE GERAL
Autor:
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Alexandre e Fernanda (pessoas físicas) resolveram constituir uma sociedade (pessoas jurídica)
a que decidiram denominar Felicidade Com. & Ind. Ltda. Assinam um Contrato Social e
disponibilizam à sociedade, cada um, o valor de $1.000, que passam a constituir o Capital
Social da nova entidade.
A pessoa jurídica Felicidade Com. & Ind. Ltda.
deve ( é devedora da )
pessoa física Alexandre $1.000
pessoa física Fernanda $1.000
A pessoa física Alexandre
tem direito de receber da ( é credora da )
pessoa jurídica Felicidade Com. & Ind. Ltda. $1.000
A pessoa física Fernanda
tem direito de receber da ( é credora da )
pessoa jurídica Felicidade Com. & Ind. Ltda. $1.000
O patrimônio da sociedade Felicidade Com. & Ind. Ltda. será representado da seguinte forma:
PATRIMÔNIO
( + ) ( - )
BENS OBRIGAÇÕES
Dinheiro 2.000 Capital Social
Alexandre 1.000
Fernanda 1.000 2.000
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O patrimônio da sociedade Felicidade Com. & Ind. Ltda. passará a ser demonstrado da
seguinte forma:
PATRIMÔNIO
( + ) ( - )
BENS OBRIGAÇÕES
Dinheiro 500
Capital Social
DIREITOS Alexandre 1.000
Fernanda 1.000 2.000
Depósito em Caderneta de
Poupança 1.500
OBSERVAÇÕES
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3. No lado esquerdo ( + ) está indicado em que a empresa aplicou os recursos: manteve uma quantia
em dinheiro ($500) e o restante depositou na Poupança ($1.500); no lado direito está indicada a
origem desses recursos: o Capital Social.
Equipamentos; e
Uma dívida, por ter comprado a máquina a prazo.
Ocorreria troca se a empresa tivesse pago os equipamentos a vista (trocaria dinheiro pelos
Equipamentos).
PATRIMÔNIO
( + ) ( - )
BENS OBRIGAÇÕES
Dinheiro 500 Fornecedor 500
DIREITOS
Depósito em Caderneta de
Poupança 1.500 Capital Social
Alexandre 1.000
Equipamentos 500 Fernanda 1.000 2.000
4º CASO: RECEITA
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No final do mês, o Banco pagou à sociedade juros no valor de $300, referentes ao dinheiro
depositado em Caderneta de Poupança.
Os juros correspondem, portanto, a um ganho que a empresa teve. Não é um Bem, não é um
Direito, nem uma Obrigação. Trata-se de uma Receita.
Receitas, em contabilidade, são valores que a empresa gera, produz, como fonte de recursos
financeiros ( dinheiro ), para atender aos seus gastos e manter as suas atividades.
5º CASO: DESPESA
Para comemorar e divulgar o início das suas atividades, a empresa ofereceu um coquetel que
lhe custou $ 200.
O coquetel corresponde a um gasto que a empresa teve. Não constitui um Bem, um Direito,
uma Obrigação ou uma Receita. Trata-se de uma Despesa.
Despesas, em contabilidade, são valores que a empresa necessariamente gasta para manter sua
atividade e gerar receitas.
Receitas e Despesas são computadas em separado pela contabilidade, para depois serem
incluídas no patrimônio.
Uma empresa tem lucro ou prejuízo independentemente do patrimônio que possui. As receitas
e despesas não são demonstradas no gráfico patrimonial, mas num gráfico à parte, denominado
resultado operacional
RESULTADO OPERACIONAL
+ -
DESPESAS 20 RECEITAS 30
As despesas são colocadas sempre do lado esquerdo ( + ), indicando em que foi aplicado (
gasto ) o dinheiro da empresa: em despesas com luz, água, produtos de limpeza, etc.
As receitas são colocadas sempre do lado direito ( - ), indicando a origem dos ganhos da
empresa: as vendas, as aplicações na poupança, etc.
Quando um fato representa uma despesa ou receita, ele poderá alterar ao mesmo tempo o gráfico do
patrimônio e o do resultado operacional:
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DIREITO RECEITAS
S
DESPESAS BENS
Vamos ver quando e como o resultado das operações de uma empresa é integrado ao seu
patrimônio.
Chama-se de exercício ao período que a contabilidade toma como base para fazer um Balanço
Ggeral de tudo aquilo que ela realizou, avaliando a situação do patrimônio e apurando o resultado
operacional (lucro ou prejuízo).
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Ele tem , geralmente, a duração de 12 meses e coincide com o nosso ano civil, que começa
em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro.
Logo, tanto o lucro como o prejuízo apurados devem estar juntos do Capital Social,
elevando-o, se houver lucro, ou diminuindo-o, se houver prejuízo.
PATRIMÔNIO
(+) (-)
BENS OBRIGAÇÕES
Dinheiro 300 Fornecedor Equipamentos 500
Equipamentos 500 800
DIREITOS CAPITAL SOCIAL
Depósito em Cad. Poupança 1.800 Alexandre 1.000
Fernanda 1.000
Resultado Operacional 100 2.100
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$ $
A EMPRESA TEM:
BENS. 800
DIREITOS 1.800 2.600
A EMPRESA DEVE:
FORNECEDOR 500
CAPITAL SOCIAL 2.000
LUCRO 100 2.600
A empresa somente pode pagar o que deve com o que tem. o primeiro passo, portanto, é
liquidar as dívidas que possui com terceiros, deixando por último a devolução do capital social aos
sócios, acrescido dos lucros ou diminuído dos prejuízos.
Assim:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
É separado das obrigações normais da empresa, tendo em vista que ele só será exigido se a
empresa encerrar suas atividades ou se algum sócio se retirar da sociedade.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES
REGIMES DE CONTABILIDADE
Imaginemos que estivéssemos em 20X0 com uma Receita de $100 cujo recebimento seria em
20X1; em qual período deveremos considerar essa Receita? X0 ou X1 ?
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações a escrituração das empresas será mantida em
registros permanentes, com obediência aos seus preceitos e da legislação comercial e, ainda, aos
Princípios Fundamentais de contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis
uniformes no tempo (consistência) e registrar as mudanças do patrimônio segundo o Regime de
Competência.
REGIME DE COMPETÊNCIA; e
REGIME DE CAIXA.
Na questão acima, a RECEITAde $100 seria computada no período contábil X0, não obstante
o fato do seu efetivo recebimento ocorrer em X1. Assim, a RECEITAcompete ao período X0.
A Receita é reconhecida no período contábil em que foi gerada. O fato gerador, normalmente,
é identificado quando os bens e serviços são transferidos aos compradores em troca de dinheiro
(Receita a Vista), de direitos a receber (Receita a Prazo) ou ainda outro item do Ativo (permuta).
Consiste no ato de que, no momento em que a Receita é reconhecida, ela é associada com a
Despesa e o Custo verificados para a sua obtenção. Deste confronto é que surge o Resultado do
Exercício.
exercício são aquelas incorridas nesse período (não importando se forem pagas dentro do
período).
INTRODUÇÃO
“Quando uma pessoa controla o dinheiro pelo canhoto do talão de cheques, procurando
equilibrar os depósitos com os débitos, está fazendo um dos tipos mais simples de contabilidade
pessoa física. Também é contabilidade o controle que a dona de casa faz das contas do mercado e
das demais despesas, para chegar ao fim do mês sem débito. Numa grande empresa, a
contabilidade envolve processos complicados e sofisticados, que exigem um grande número de
pessoas, entre as quais especialistas em legislação tributária, contadores, advogados. Porém, no caso
de uma microempresa, quando o empreendedor tem o dinheiro contado para a operação do negócio
e não sobra muito para pagar serviços de terceiros, a área contábil ganha uma dimensão
diferente.” (Fonte: MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade
empresarial. São Paulo: Atlas, 2001 p.117).
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
O Princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes, independente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, a uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por
conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos sócios ou
proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou
agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade
de natureza econômico-contábil.”
Entende-se como “Entidade Contábil”, qualquer indivíduo, empresa, grupo de empresas ou
entidades, que efetue movimentações quantificáveis monetariamente, desde que haja necessidade de
manter Contabilidade. Os registros contábeis deverão ser mantidos destacando a Entidade Contábil
como pessoa distinta das pessoas dos sócios ou acionistas.
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
“A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida estabelecida ou provável,
deve ser considerada quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, qualitativas e
quantitativas.
A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou
o vencimentos dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo
determinado, previsto ou previsível.
A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do
Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos
componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a
capacidade futura de geração de resultado.”
Contabilmente, as Entidades são consideradas empreendimentos em prosseguimento (em
operação, em continuidade, em andamento). Com base na continuidade a empresa realiza grandes
investimentos, constrói prédio, adquire tecnologia, contrai financiamentos, etc.
No caso de detectar a impossibilidade de prosseguimento do empreendimento
(descontinuidade), por meio de dados que evidenciem, por exemplo, prejuízos constantes,
liquidação extrajudicial etc., o contador deverá informar aos usuários dos relatórios contábeis tal
situação. Neste caso, a avaliação adequada dos bens da empresa seria o preço de venda (quanto a
empresa vale para um comprador).
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
Como resultado da obrigatória observância do Princípio da OPORTUNIDADE:
desde que, tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito
mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;
registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos
físicos e monetários; e
registro deve ensejar o conhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da
ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações
úteis ao processo decisório da gestão.”
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O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do
ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas
para a quantificação das mutações patrimoniais que alteram o patrimônio líquido.
O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio
líquido, quando se apresentarem opções igualmente aplicáveis diante dos demais Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores
relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau
variável.”
Embora as convenções não tenham sido contempladas pela Resolução n.º 750/93 do CFC,
vamos estudar as Convenções universalmente aceitas, em virtude da importância que representam
para os registros contábeis.
Numa situação onde não haja documento para suporte da contabilização, poder-se-ia convocar
peritos em avaliação que, por intermédio de laudos, forneceriam um valor objetivo para o contador
desenvolver a sua contabilidade de maneira imparcial.
De acordo com a Convenção da Objetividade, o contador não deve ser subjetivo em suas
avaliações, mas sim imparcial, neutro (impessoal) junto aos usuários da Contabilidade. Assim,
sempre que o contabilista tiver mais de uma opção de valores para atribuir a um bem, como um
documento original de compra e um laudo pericial de avaliação do respectivo bem, deverá optar
pelo mais objetivo, nesse exemplo, pelo documento.
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3. DA OPORTUNIDADE ------------------------------------------------------
4. DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL DO CUSTO COMO BASE DE VALOR
(Princípio)
5. DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ------------------------------------------------------
6. DA COMPETÊNCIA REALIZAÇÃO DA RECEITA (Princípio)
DO CONFRONTO DAS DESPESAS COM AS
RECEITAS E COM OS PERÍODOS
CONTÁBEIS (Princípio)
7. DA PRUDÊNCIA DO CONSERVADORISMO (Convenção)
----------------------------------------------------- DA CONSISTÊNCIA (Convenção)
---------------------------------------------------- DO DENOMINADOR COMUM
MONETÁRIO (Princípio)*
----------------------------------------------------- DA OBJETIVIDADE ( Convenção)
----------------------------------------------------- DA MATERIALIDADE (Convenção)
O QUE É CONTABILIDADE?
Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem como finalidades controlar
o patrimônio das entidades, apurar o resultado das entidades e prestar informações sobre o
patrimônio e o resultado das entidades aos diversos usuários da informação contábil.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Entidades econômico-administrativas, também chamadas de aziendas. Essas entidades, para
atingir seus objetivos, sejam eles econômicos ou sociais, se utilizam de bens patrimoniais e
necessitam de um órgão administrativo que execute os atos necessários a seus fins.
TÉCNICAS CONTÁBEIS
Escrituração consiste no registro dos fatos patrimoniais de forma contínua e metódica,
tendo como apoio a documentação relativa a esses fatos.
Demonstração é o processo de informações úteis, oportunas e adequadas, conforme as
necessidades específicas dos usuários.
Auditoria é a inspeção que se realiza sobre a escrituração contábil, com a finalidade de se
verificar a exatidão quanto aos registros e demonstrações e, também, quanto à adequação dos
fatos administrativos ocorridos aos objetivos sociais da entidade.
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EXERCÍCIO SOCIAL
A gestão econômica denomina-se exercício social, que consiste no espaço de tempo em que,
ao seu término, as entidades apuram e demonstram seus resultados, podendo coincidir ou não com o
ano calendário, conforme dispuser o estatuto ou contrato social da entidade.
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
A Contabilidade pode ser considerada como sistema de informação destinado a prover seus
usuários de dados para ajudá-los a tomar decisão.
Os usuários podem ser internos à empresa (gerentes, diretores, administradores, funcionários
em geral) ou externos a empresa (acionistas, instituições financeiras, fornecedores, governo,
sindicatos).
O objetivo principal da Contabilidade, portanto, é o de permitir a cada grupo principal de
usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem
como fazer inferências sobre suas tendências futuras.
OBJETO DA CONTABILIDADE
O patrimônio das entidades econômico-administrativas. Patrimônio é o conjunto de elementos
necessários à existência de uma entidade. É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a
uma entidade, num determinado momento.
DIREITOS
Em Contabilidade entende-se por Direito ou Direito a Receber o poder exigir alguma coisa.
São valores a receber, títulos a receber, contas a receber, etc.. Depositando determinada quantia
num Banco você tem direito de sacar esse depósito a qualquer momento. Assim, dinheiro
depositado em Bancos é um direito.
Em relação à empresa. O direito a receber mais comum decorre das vendas a prazo, ou seja,
quando se vendem mercadorias a outras empresas, e o pagamento não é efetuado no ato, mas no
futuro, a empresa vendedora emite uma duplicata como um documento comprobatório. Esse direito
ficará registrado na Contabilidade como Duplicatas a Receber.
OBRIGAÇÕES
São dívidas com outras pessoas. Na Contabilidade tais dívidas são denominadas exigíveis,
isto é, compromissos que serão reclamados, exigidos: pagamento na data do vencimento.
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Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra de mercadorias a prazo
(exatamente o contrário de Duplicatas a Receber): ao comprar a prazo a empresa fica devendo ao
fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é registrada na Contabilidade como
Fornecedores, embora também possa ser denominada Duplicatas a Pagar.
Outras obrigações exigíveis são: com os funcionários – Salários a Pagar; com o governo –
Imposto a Pagar; com a financeiras – Financiamentos; com a Previdência Social e FGTS –
Encargos Sociais a Pagar; com o locador do prédio – Aluguéis a Pagar; diversas contas de luz, água,
gás etc.. – Contas a Pagar etc..
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio por si só não mede a efetiva riqueza de uma empresa. Na verdade, é necessário
conhecer a riqueza líquida da pessoa ou empresa: somam-se os bens e os direitos e, desse total,
subtraem-se as obrigações. O resultado é a riqueza líquida, ou seja, a parte que sobra do patrimônio
para a pessoa ou empresa denominada Patrimônio Líquido ou Situação Líquida.
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BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo e Patrimônio Líquido
Ativo
É o conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa. São os itens positivos do
patrimônio. Trazem benefícios, proporcionam ganho para a empresa.
Passivo
Representa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas que serão cobradas,
reclamadas a partir da data do seu vencimento. É denominado, também, de Passivo Exigível,
procurando-se neste caso dar ênfase ao aspecto da exigibilidade.
EQUAÇÃO PATRIMONIAL
Considerando os elementos integrantes do patrimônio, podemos apresentar a seguinte equação
patrimonial:
(B+D)>Obrigações Exigíveis
PL Positivo
Sendo o Ativo maior que o Passivo Exigível, ou seja, o valor dos bens e direitos superando o
total das obrigações exigíveis, diz-se que a Situação Líquida do patrimônio ou Patrimônio Líquido é
positivo, favorável, superavitário, ou ainda, que existe riqueza própria.
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Bens +
Direitos Obrigações Exigíveis
Patrimônio
Líquido Negativo
(B+D)<Obrigações Exigíveis
PL Negativo (Passivo a descoberto)
Quando o total dos bens e direitos é menor que o total das obrigações exigíveis, ou seja, o Ativo é
menor do que o Passivo Exigível, diz-se que a Situação Líquida ou Patrimônio Líquido é negativo,
desfavorável, deficitário, não existindo riqueza própria, caracterizando que o Passivo está a
descoberto.
Bens
+ Obrigações Exigíveis
Direitos
(B+D)=Obrigações Exigíveis
PL Nulo
Se o total do Ativo for exatamente igual ao total das obrigações exigíveis, diz-se que a
Situação Líquida ou Patrimônio Líquido é nulo ou equilibrado, não existindo riqueza própria.
ORIGENS x APLICAÇÕES
Todos os recursos que entram numa empresa passam pelo Passivo e Patrimônio Líquido. Os
recursos (financeiros ou materiais) são originados dos proprietários (PL), fornecedores, governo,
bancos, financeiras, etc. Que representam origens de recursos. Por intermédio do Passivo e do
Patrimônio Líquido, portanto, identificam-se as origens de recursos.
O Ativo, por sua vez, evidencia todas as aplicações de recursos: aplicação no caixa, em
estoque, em máquinas, em imóveis etc..
A empresa, na verdade, só pode aplicar (Ativo) aquilo que tem origem (Passivo e PL).
Evidentemente, havendo origem de $ 2,96 milhões, a aplicação deve ser de $ 2,96 milhões. Dessa
forma, fica simples entender porque o Ativo será sempre igual ao Passivo Exigível mais
Patrimônio Líquido.
$$$$$$$$
Ativo P e PL (origens)
$$$
20 $
De terceiros
Aplicações $$$$$$$$ $$$$$$$$ $
e próprio
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Aplicações = Origens . Parte-se da idéia de uma balança de dois pratos, onde sempre
encontraremos a igualdade. O termo patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja,
conjunto de bens, direitos e obrigações, daí chamar-se patrimonial. Juntando-se as palavras, obtém-
se balanço patrimonial, equilíbrio do patrimônio, igualdade patrimonial. Em sentido amplo, o
balanço evidencia a situação patrimonial da empresa em determinada data.
Em qualquer transação, no registro contábil, pelo menos duas contas são afetadas. Isto é
explicado pelo fato de, em qualquer operação, sempre haver uma origem (fonte) e uma aplicação
de recursos.
Uma origem de recursos não significa necessariamente, apenas aumento de Passivo ou
Patrimônio Líquido. No caso, por exemplo, em que a empresa adquire, à vista (em cheque) um
prédio para se estabelecer ocorre uma aplicação de recursos: aquisição de imóveis, que teve como
origem de recursos a conta Bancos, que é típica de Aplicação, tornando-se fonte de recursos quando
são efetuados os pagamentos com cheques.
Temos, então, que:
Operação 1 Operação 2
Capital
Origem 1 Aplicação 2
Bancos c/Movimento
Origem 3 Aplicação 4
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Aumento de Obrigações
Aumento de Direitos
Diminuição de Direitos
Aumento de Bens Imóveis
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FATOS CONTÁBEIS
Os fenômenos ocorridos no âmbito de uma entidade, quer tenham sido consentidos ou não
pela sua administração, são classificados como atos administrativos ou como fatos administrativos.
Os atos administrativos são aqueles eventos que não afetam o patrimônio da entidade, tal
como selar uma carta, redigir um telegrama, atender um telefonema, etc. Como estes
acontecimentos não afetam o patrimônio da entidade, a Contabilidade não se preocupa com eles.
Os fatos administrativos são os acontecimentos que de alguma forma alteram o patrimônio
das entidades, quer sob o aspecto qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. Como a
Contabilidade tem por objeto o patrimônio das entidades, os fatos administrativos são
exaustivamente por ela estudados, e, por isso, tais eventos são também chamados de fatos
contábeis. Portanto, fatos administrativos ou fatos contábeis são os que modificam o patrimônio das
entidades, mesmo que não tenham o consentimento ou a autorização da administração.
razão pela qual são classificados em fatos modificativos aumentativos e fatos modificativos
diminutivos.
Os fatos modificativos aumentativos são aqueles que alteram o patrimônio da entidade,
aumentando o seu Patrimônio Líquido.
Exemplos: - integralização do capital social pelos sócios;
- realização de receitas de aluguel;
- realização de receitas de juros.
c) Fatos Mistos - fatos contábeis mistos são aqueles que combinam fatos contábeis
permutativos e modificativos. Por isso, os fatos mistos também são classificados em fatos mistos
aumentativos, quando combinam fatos permutativos e fatos modificativos aumentativos, e fatos
mistos diminutivos, quando combinam fatos permutativos e fatos modificativos diminutivos.
Exemplos: - venda de mercadorias com lucro - trocam-se mercadorias por dinheiro,
aumentando o Patrimônio Líquido pelo lucro auferido na operação (fato misto aumentativo).
- venda de mercadorias com prejuízo - trocam-se mercadorias por dinheiro,
porém o Patrimônio Líquido fica diminuído em virtude do prejuízo ocorrido (fato misto
diminutivo).
- pagamento de uma duplicata com juros - troca-se dinheiro Por obrigação,
reduzindo o Patrimônio Líquido pela despesa de juros incorrida (fato misto diminutivo).
- recebimento de uma duplicata com juros - trocam-se direitos por dinheiro,
aumentando o Patrimônio Líquido pelo valor da receita de juros realizada (fato misto aumentativo).
CONTAS
Em contabilidade, contas são denominações contábeis que identificam e controlam os
elementos contábeis de natureza semelhante.
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TEORIA PERSONALISTA
Para esta escola, as contas representam pessoas que se relacionam com a entidade em termos
de débito e crédito.
Esta escola classifica as contas nos seguintes grupos:
contas dos proprietários - compreendem todas as contas do Patrimônio Líquido, inclusive
as suas variações como as receitas e as despesas;
contas dos agentes consignatários - compreendem aquelas que representam bens;
contas dos agentes correspondentes - compreendem aquelas que representam direitos e
obrigações.
TEORIA MATERIALISTA
Para esta escola a relação entre as contas e a entidade é uma relação material e não pessoal.
As contas são classificadas em dois grupos, a saber:
Contas Integrais - são aquelas representativas de bens, direitos e obrigações exigíveis;
Contas Diferenciais - são aquelas que representam o Patrimônio Líquido, além das
Receitas e das Despesas.
TEORIA PATRIMONIALISTA
Para esta escola o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades e a sua finalidade é o
controle do patrimônio, a apuração dos resultados e a prestação de informações sobre o patrimônio
e o resultado das entidades.
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RAZONETES
Contas do Ativo Contas Passivo e PL
Débito Crédito Débito Crédito
Regras Gerais
1ª Regra: Acréscimos nas contas do Ativo são lançados no lado esquerdo do Razonete (T): debita-
se.
2ª Regra: Diminuições na contas de Ativo são lançadas no lado direito do Razonete (T): credita-se.
3ª Regra: Acréscimos nas contas de Passivo e PL são lançados no lado direito do Razonete (T):
credita-se.
4ª Regra: Diminuições nas contas de Passivo e PL são lançadas no lado esquerdo do Razonete (T):
debita-se.
5ª Regra: As Receitas aumentam o PL, assim, elas serão sempre creditadas e, portanto, lançadas no
lado direito do razonete.
6ª Regra: As Despesas diminuem o PL, assim, elas serão sempre debitadas e, portanto, lançadas no
lado esquerdo do razonete.
ATIVO PASSIVO e PL
+
+ (-) (-) + +
+ Aumenta Diminui Diminui Aumenta +
+ +
+ +
+ +
+ CRÉDITO +
DÉBITO
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BALANÇO
BALANÇO PATRIMONIAL
PATRIMONIAL
Contas de Ativo Contas de Passivo e PL
Qualquer
Qualquer Conta
Conta de
de Ativo
Ativo Qualquer
Qualquer Conta
Conta de
de Passivo
Passivo ee PL
PL
Débito
Débito Crédito
Crédito Débito
Débito Crédito
Crédito
Aumento
Aumento de Diminuição
de Diminuição Diminuição
Diminuição Aumento
Aumento
conta
conta de
de de
de conta
conta de conta de
de conta de de
de conta
conta de
de
Ativo
Ativo de Ativo
de Ativo Passivo e PL Passivo e PL
Passivo e PL Passivo e PL
REGISTROS CONTÁBEIS
Escrituração é a técnica utilizada para o registro dos fatos contábeis ocorridos em uma
entidade, visando o controle do patrimônio, a apuração do resultado dos exercícios sociais e a
prestação de informações aos diversos usuários da informação contábil.
O registro de um fato contábil é chamado de lançamento. O lançamento segue o MÉTODO
DAS PARTIDAS DOBRADAS. Por este método, para cada débito efetuado em uma ou mais
contas, deve corresponder um crédito em uma ou mais contas, de tal forma que o total debitado seja
sempre igual ao total creditado.
D
D XXXX
XXXX C
C D
D YYY
YYY C
C
vvvv
vvvv vvvv
vvvv
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ATIVO PASSIVO e PL
900.000 900.000
Conclusões: a) Toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo serão lançados, por convenção,
no lado esquerdo do razonete.
b) Toda conta de Passivo ou Patrimônio Líquido, bem como os acréscimos, por
convenção, serão lançados no lado direito do razonete.
Os fatos administrativos aumentam ou diminuem os saldos dos elementos contábeis por eles
envolvidos. Para registrar estes aumentos e reduções faz-se os lançamentos a débito ou a crédito das
respectivas contas, conforme o mecanismo de débito e crédito apresentado a seguir:
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Uma outra opção para se identificar que conta será debitada e que conta será creditada é pela
análise da origem x aplicação (já estudado). Adotando essa opção, o raciocínio do débito e do
crédito torna-se simples, mas é necessário saber que todo fato administrativo ocorre em forma de
troca, sendo envolvidos pelo menos dois elementos que possuem valores idênticos, denominados
recursos. Desta forma, um dos elementos representa a origem dos recursos, ou seja, de onde a
entidade retirou o respectivo valor, e o outro elemento representa a aplicação do recursos, ou seja,
em que a empresa investiu esse valor.
Assim, teremos:
Aplicação de recursos = Débito.
Origem de recursos = Crédito.
LIVROS CONTÁBEIS
Basicamente são dois: Razão e Diário.
RAZÃO: por muito tempo foi facultativo. Hoje é obrigatório para a área fiscal (IR e INSS). É
indispensável em qualquer tipo de empresa: é o instrumento mais valioso para o desempenho da
Contabilidade.
Consiste no agrupamento de valores em contas de mesma natureza e de forma racional. Em
outras palavras, o registro no Razão é realizado em contas individualizadas, assim, teremos um
controle por conta. Por exemplo, abrimos uma conta Caixa, e registramos todas as operações que,
evidentemente, afetam o Caixa, nesta conta, debitando ou creditando e, a qualquer tempo, apuramos
o saldo.
Pela descrição acima podemos concluir que o Razão e o Razonete são as mesmas coisas. Na
realidade, o Razonete deriva do Razão; o Razonete é uma forma simplificada, uma forma didática
do Razão.
DIÁRIO: é um livro obrigatório (exigido por lei) em todas as empresas. Registra os fatos
contábeis em partidas dobradas na ordem rigorosamente cronológica do dia, mês e ano.
O livro Diário deve ser encadernado com folhas numeradas seguidamente, sendo que os
registros deverão ser feitos diariamente. Quem empregar escrituração mecanizada (o que é mais
comum) poderá substituir o Diário por fichas seguidamente numeradas (mecânica ou
tipograficamente). Assim, a adoção do Diário e do Razão em fichas permite a escrituração
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simultânea e mais rápida de ambos os livros. Esta combinação dos livros é denominada Diário-
Razão.
Os livros ou fichas (Diário) deverão conter termos de abertura e de encerramento, a ser
submetidos à autenticação do órgão do registro do Comércio. O atraso na escrituração do Diário não
poderá ultrapassar 180 dias, sob pena de multa prevista pelo Imposto de Renda.
Cada lançamento no Diário ou cada partida de Diário deverá ter:
Local e data da operação.
Título da conta de “débito”.
Título da conta de “crédito” – precedida da preposição “a”.
Histórico – alguns dados fundamentais sobre a operação em registro: nº da Nota Fiscal,
Cheque, Terceiros envolvidos etc..
Valor da operação em reais.
Não poderá haver um lançamento do Diário (Partidas de Diário) em que não haja estes cinco
requisitos, nesta ordem.
Nas empresas encontramos vários outros livros que não são propriamente contábeis e, sim,
fiscais, sociais e, ainda, por necessidade administrativa.
Como Livros Sociais, exigidos para as Sociedades Anônimas, temos:
Registro de Atas de Assembléias Gerais.
Registro de Presença de Acionistas.
Registro de Atas de Reuniões da Diretoria.
Registro de Ações Nominativas.
Registro de Transferência de Ações Nominativas.
Registro de Partes Beneficiárias.
Registro de Debêntures etc.
Como Livros Fiscais obrigatórios exigidos pela legislação do IR, IPI, ICMS e ISS
destacamos:
Inventário.
Apuração do Lucro Real.
Razão Auxiliar.
Registro de Entrada de mercadorias.
Registro de Saída de mercadorias.
Registro de Controle de Produção e do Estoque.
Registro de Impressão de Documentos fiscais.
Registro de Apuração do ICMS.
Registro de Apuração do IPI.
Registro de Apuração do ISS etc.
Outros livros:
Caixa.
Registro de Duplicatas.
Registro de Empregados etc.
FÓRMULAS DE LANÇAMENTO
Os lançamentos no livro Diário são efetuados segundo quatro tipos ou fórmulas, de acordo
com a quantidade de contas necessárias para o registro do fato contábil.
1ª) fórmula simples ou de 1ª fórmula – Há uma única conta de Débito e uma única conta de
Crédito.
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2ª) fórmula composta ou de 2ª fórmula – Uma conta de Débito e duas ou mais contas de
Crédito num mesmo lançamento.
Exemplo: compra de uma estante por R$ 300,00, pagando R$ 200,00 com cheque do Banco
do Brasil e aceitando uma duplicata pelo restante no valor de R$ 100,00.
Móveis e Utensílios
a Diversos
a Bancos c/ Movimento R$ 200,00
a Duplicatas a Pagar R$ 100,00 R$ 300,00
3ª) fórmula composta ou de 3ª fórmula – Diversas contas (duas ou mais) de Débito e uma
conta de Crédito num mesmo lançamento.
Exemplo: integralização do capital social no valor de R$ 15.000,00, sendo R$ 5.000,00 em
Móveis e Utensílios e R$ 10.000 em dinheiro.
Diversos
a Capital Social
Caixa................................... R$ 10.000,00
Móveis e Utensílios............ R$ 5.000,00 R$15.000,00
4ª) fórmula complexa ou de 4ª fórmula - quando mais de uma conta é debitada e mais de uma
conta é creditada.
Exemplo: pagamento do aluguel do mês no valor de R$ 600,00 e de uma duplicata no valor
de R$ 300,00, com a utilização de R$ 200,00 em dinheiro e R$ 700,00 em cheque.
Débito Crédito
Diversos
a Diversos
Despesa de Aluguel...............R$ 600,00
Duplicatas a Pagar................R$ 300,00
a Caixa..............................................................R$ 200,00
a Bancos c/Movimento ................................. R$ 700,00
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Depois de efetuados os lançamentos nos razonetes, apura-se os saldos de todas as contas, pela
diferença entre o total dos débitos e o total dos créditos lançados em cada conta contábil. Neste
momento faz-se uma pausa na seqüência dos lançamentos contábeis para averiguação de sua
exatidão. Periodicamente (diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente,...), os
responsáveis pela Contabilidade devem verificar se os lançamentos contábeis realizados no período
estão corretos.
Uma técnica bastante utilizada para atingir tal objetivo é o Balancete de Verificação. Este
instrumento, embora de grande utilidade, não detectará, entretanto, todos os erros que possam
existir nos lançamentos contábeis. Como essa peça contábil tem como base o método das partidas
dobradas: “não haverá débito(s) sem crédito(s) correspondente(s)”, se, por um lado, somarmos
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todos os débitos e, por outro, todos os créditos, deveremos ter o mesmo total. Verificamos, assim, se
os lançamentos a débito e a crédito foram realizados adequadamente.
O Balancete de Verificação relaciona cada conta com o respectivo saldo devedor ou credor,
de tal forma que, se os lançamentos foram corretamente efetuados nos razonetes, o total da coluna
dos saldos devedores é igual ao total da coluna dos saldos credores. Havendo diferenças entre os
totais, podemos afirmar que pelo menos um lançamento está errado, devendo-se revisar cada
registro até que os erros sejam localizados.
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Contas Saldos
Devedores Credores
Total
PLANO DE CONTAS
O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do
setor de Contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. É um instrumento de
grande importância no desenvolvimento do processo contábil de uma empresa.
Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas, tendo em vista suas peculiaridades.
Assim, tendo em vista o porte, o ramo de atividade da empresa e a quantidade de informações
exigidas pelos usuários, o Plano de Contas poderá conter um número maior ou menor de
informações.
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A – CONTAS PATRIMONIAIS
1 - ATIVO 2 - PASSIVO
10. ATIVO CIRCULANTE 20. PASSIVO CIRCULANTE
10.1 Caixa 20.1 Fornecedores
10.2 Bancos conta Movimento 20.2 Duplicatas a Pagar
10.3 Duplicatas a Receber 20.3 Promissórias a Pagar
10.4 Promissórias a Receber 20.4 FGTS a Recolher
10.5 Estoque de Mercadorias 20.5 Salários a Pagar
10.6 Estoque de Material de Expediente 20.6 Impostas e Taxas a Recolher
11. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 21. PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
11.1 Duplicatas a Receber 21.1 Duplicatas a Pagar
11.2 Promissórias a Receber 21.2 Promissórias a Pagar
12. ATIVO PERMANENTE 22. RESULTADOS DE EXERCÍCIOS
12.1 Imóveis de Renda FUTUROS
12.2 Instalações 23. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
12.3 Máquinas e Equipamentos 23.1 Capital
12.4 Móveis e Utensílios 23.2 Reserva Legal
12.5 Veículos 23.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados
12.6 Despesas de Reorganização
B – CONTAS DE RESULTADO
3 - DESPESAS 4 - RECEITAS
30. DESPESAS OPERACIONAIS 40. RECEITAS OPERACIONAIS
30.1 Água e Esgoto 40.1 Receitas de Serviços
30.2 Combustíveis 40.2 Descontos Obtidos
30.3 Juros Passivos 40.3 Juros Ativos
30.4 Fretes e Carretos 40.4 Receitas Eventuais
30.5 Despesas Bancárias
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A Lei das S/A estabelece que ao fim de cada período social, a diretoria fará elaborar (e deverá
publicar) com base na escrituração contábil, as demonstrações contábeis (ou demonstrações
financeiras) abaixo:
Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração do Resultado do Exercício (antiga Lucros e Perdas) (DRE);
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BALANÇO PATRIMONIAL
Reflete a posição financeira em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um
período prefixado.
O Balanço Patrimonial (BP) é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito,
denominada Passivo (Obrigações Exigíveis) e Patrimônio Líquido e a coluna do lado esquerdo
denominada Ativo.
Ativo são todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente,
que representem benefícios presentes ou benefícios futuros para a empresa. Para que seja
evidenciado no Ativo o item patrimonial tem que possuir, simultaneamente essas quatro
características.
O bem de propriedade da empresa é aquele sobre o qual ela tem domínio. Quando o bem está
em nosso poder, dizemos que há posse sobre ele. Nem toda posse, entretanto, significa propriedade:
podemos alugar (leasing) um veículo e ter posse sobre ele, muito embora não tenhamos a
propriedade (domínio). Portanto, tal veículo não é ativo para a empresa.
Se a empresa tiver em estoque mercadorias deterioradas, sem perspectiva de comercialização,
este estoque não deverá permanecer como ativo da empresa (embora sejam bens de sua
propriedade), pois não representa benefícios presentes ou benefícios futuros (não trará vantagens
para a empresa).
Existem certos itens que, embora representem um potencial para a obtenção de benefícios
futuros, não serão evidenciados no ativo da empresa, pois não são avaliáveis em dinheiro. O caso de
marcas e produtos, por exemplo, representa algo inestimável para a empresa, mas quase nunca
aparece nos ativos. A razão principal é que se torna difícil avaliar quanto vale uma marca para a
empresa. Não seríamos objetivos se assim o fizéssemos, salvo quando se negocia uma marca (neste
caso, há um valor objetivo de mercado: houve a negociação).
Desta forma, uma marca é um bem (embora intangível: não se pode pegar, não tem
consistência física); é propriedade da empresa (só a empresa pode trabalhar com a sua marca);
proporciona benefícios presentes e futuros para a empresa; porém não será evidenciado no ativo,
pois não atende à quarta característica do mesmo: mensurável monetariamente (não se pode medir,
avaliar objetivamente em dinheiro).
O Passivo (obrigação exigível) evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com
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Outra forma bastante conhecida para denominar o Passivo (ou obrigações exigíveis) é Capital
de Terceiros, isto é, recursos de indivíduos ou entidades emprestados à empresa (Fonte Externa de
Capital). Desta forma, dívidas com os Bancos, Financeiras, Fornecedores de mercadorias, Governo
(impostos) ... representam capital de terceiros. O Patrimônio Líquido é também denominado
Capital Próprio, ou seja, recursos dos próprios acionistas ou sócios (Fonte Interna de Capital).
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O
O Balanço
Balanço Patrimonial
Patrimonial divide-se
divide-se em
em grupos
grupos dede contas,
contas, de
de características
características
semelhantes,
semelhantes, facilitando, dessa forma, a sua leitura, interpretação e análise.
facilitando, dessa forma, a sua leitura, interpretação e análise.
Circulante Circulante
Compreende contas que estão Compreende obrigações exigíveis que serão
constantemente em giro - em movimento, liquidadas no próximo exercício social: nos
sua conversão em dinheiro ocorrerá, no próximos 365 dias após o levantamento do
máximo, até o próximo exercício social. balanço.
Diferido
São aplicações que beneficiarão
resultados de exercícios futuros.
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GRUPOS DE CONTAS
As contas do Ativo são agrupadas de acordo com a sua rapidez de conversão em dinheiro: de
acordo com o seu grau de liquidez.
Em primeiro lugar, agrupam-se as contas que já são dinheiro (Caixa, Bancos, etc.) com
aquelas que se converterão em dinheiro rapidamente (Títulos a Receber, Estoques etc.). A este
grupo de contas denominamos Ativo Circulante, grupo de elevado grau de liquidez.
Em segundo lugar, serão agrupadas aquelas contas que se transformarão em dinheiro mais
lentamente. São Ativos de menor grau de liquidez (Valores a Receber, mas que levam muito tempo
para serem recebidos), este grupo de contas chama-se Ativo Realizável a Longo Prazo.
Em terceiro lugar, serão agrupados os itens que dificilmente serão transformados em dinheiro,
que normalmente não são vendidos, mas são utilizados como meio de consecução dos objetivos
operacionais da empresa. Praticamente são itens sem nenhuma liquidez. Fazem parte deste grupo
itens patrimoniais utilizados pela empresa por vários anos – vida útil longa (prédios, máquinas etc.),
por isso são denominados Ativo Permanente.
As contas do Passivo e Patrimônio Líquido são agrupadas de acordo com o seu vencimento,
isto é, aquelas a serem liquidadas mais rapidamente serão destacadas daquelas a serem pagas num
prazo mais longo.
Em primeiro lugar, são agrupadas as contas que serão pagas mais rapidamente (Salários a
Pagar, Impostos, etc.), este grupo é chamado de Passivo Circulante.
Em segundo lugar, as contas que serão pagas num prazo mais longo (Financiamentos etc.).
Este grupo é chamado de Passivo Exigível a Longo Prazo.
Em terceiro lugar, as contas que, praticamente, não serão pagas. São as obrigações não
exigíveis. Este grupo é chamado de Patrimônio Líquido.
GRUPO CIRCULANTE
Tanto o Ativo Circulante quanto o Passivo Circulante, são constituídos de contas que estão
constantemente em movimento durante o ciclo operacional da empresa. São as contas em giro, em
circulação, seus saldos são freqüentemente alterados. Por isso o grupo dessas contas é denominado
Circulante.
Exemplos de contas que compõem o Ativo Circulante:
Caixa e Estoques (bens); e
Duplicatas a Receber e bancos (direitos).
Exemplos de contas que compõem o Passivo Circulante:
Fornecedores, Salários a Pagar, Contas a Pagar, Aluguel a Pagar, Empréstimos Bancários
a Pagar, Impostos a recolher, Juros a Pagar e outros.
CICLO OPERACIONAL
CR VV Caixa
Fornecedor
Fornecedor
PA PP VV
CR
INDÚSTRIA Venda
COMÉRCIO
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ATIVO PASSIVO E PL
CIRCULANTE
CIRCULANTE 600
1.000
400 CCL
PATRIMÔNIO
1.400
1.000 PERMANENTE LÍQUIDO
ATIVO PERMANENTE
Também conhecido como Ativo Fixo. Integram este grupo de contas, os itens que não se
destinam à venda, seus valores não são alterados freqüentemente, não existe uma conotação de giro.
São bens e direitos de vida útil longa.
Antes mesmo que a Mercearia Boa Vista iniciasse suas atividades, efetuaram-se as seguintes
despesas necessárias à sua constituição:
Despesas com propaganda, conforme recibo nº 891, pagas em dinheiro à Rádio Itaipu:
R$1.000.
Despesas com despachantes, conforme Nota Fiscal de Serviços nº 173: R$400.
Despesas com registros, pagas ao Escritório Contábil do Joca, conforme Nota Fiscal de
Serviços nº 429: R$500.
Total de despesas: R$1.900,00.
Contabilização:
Despesas de Organização (Ativo Diferido)
a Caixa
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Histórico: Nosso pagamento, nesta data, de despesas com a organização da firma, como
segue:
Propagandas, conf. Recibo nº 891, à Rádio Itaipu..R$1.000
Despesas com despachantes, conf. NF nº 173.......R$ 400
Despesas contábeis, conf. NF nº 429....................R$ 500 R$1.900
Estas despesas estão sujeitas à AMORTIZAÇÃO
No Ativo Circulante
Duplicatas a Receber – a parcela estimada pela empresa que não será recebida em
decorrência dos maus pagadores deve ser subtraída de Duplicatas a Receber, com o título
Provisão para Devedores Duvidosos.
Parte das Duplicatas a Receber, negociadas com as instituições financeiras com o objetivo
da realização financeira antecipada daqueles títulos, deve ser subtraída de Contas a Receber
com o título de Duplicatas Descontadas.
As provisões retificadoras do Ativo são constituídas debitando-se uma conta de despesa e
creditando-se uma conta patrimonial que represente a respectiva provisão. A conta de despesa
influirá negativamente no Resultado do Exercício e a conta que representa a Provisão figurará no
Balanço Patrimonial como redutora da conta do Ativo, com base na qual foi constituída.
Exemplo de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), também conhecida como Provisão
para Créditos de Liquidação Duvidosa:
Suponhamos que uma determinada empresa, no exercício de x1, tenha deixado de receber 6%
do valor das duplicatas que tinha para receber em 1º de janeiro do mesmo ano; no exercício de x2,
essa perda correspondeu a 5%; no exercício de x3, a 1%. Temos:
6% + 5% + 1% = 4%
3
Em 31DEZx4, o percentual a ser utilizado para fins de cálculo desta provisão será de 4%. A
legislação tributária poderá fixar os limites e critérios para cálculo desse percentual.
Exemplo:
Suponhamos que, em 31 de dezembro de x1, uma determinada empresa possua em seu Ativo
Circulante a conta Duplicatas a Receber, com saldo de R$500.000. Imaginemos que o percentual
obtido para cálculo da provisão tenha sido de 4%. A constituição da provisão será efetuada por
meio do seguinte lançamento:
a) Constituição:
Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa
a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
Provisão que se constitui na base de 4% sobre Duplicatas a Receber, conf.
cálculos.........R$20.000
b) Utilização:
Suponhamos que no mês de fevereiro de x2, R$8.000 de duplicatas tenham sido considerados
incobráveis. A baixa dessas duplicatas será efetuada por meio do seguinte lançamento:
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
a Duplicatas a receber
Baixa de duplicatas consideradas incobráveis... R$8.000
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c) Reversão:
No último dia do exercício de x2 a empresa deverá constituir nova provisão com base no novo
saldo da conta Duplicatas a Receber. Como há saldo remanescente da provisão constituída no
exercício anterior, ele deverá ser revertido para Receita por meio do seguinte lançamento:
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
a Resultado do Exercício
Reversão que se processa do saldo não utilizado....R$12.000
Depois de efetuada a reversão, faz-se novo cálculo para constituição da provisão de x2. A
nova provisão poderá ser constituída pelo método da compensação, ou seja, o valor a ser
contabilizado será obtido pela diferença entre o valor da nova provisão e o saldo remanescente na
conta Provisão.
DESCONTO DE DUPLICATAS
No desconto, a empresa transfere ao banco o direito de recebimento dos títulos. Neste tipo de
transação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação de tais títulos
descontados.
A empresa endossante desconta títulos e recebe do banco o valor nominal (constante dos
títulos), suportando os juros correspondentes ao prazo que falta decorrer para o vencimento dos
títulos negociados.
Exemplo:
Uma empresa desconta, no banco Urupês S/A dez duplicatas de sua emissão, conforme
relação (borderô), no valor nominal total de R$1.000. O Banco cobra juros, no valor de R$150,
comissões e taxas no valor de R$30.
Neste caso, temos:
Valor Nominal dos títulos...R$1.000
Valor suportado pela empresa para descontos (juros, comissões,
taxas)..............................................R$180
Líquido a Receber.................R$820
Contabilização:
a) Pela remessa dos títulos e respectiva operação de desconto:
Diversos
a Duplicatas Descontadas
Bancos Conta Movimento...R$820
Juros Passivos a Vencer......R$150
Despesas Bancárias............R$ 30 R$1.000
Observações:
Debitamos a conta Bancos em R$820 para registrar o valor líquido da operação.
Debitamos a conta Juros Passivos a Vencer (do Ativo Circulante) em R$150
referentes ao valor dos juros cobrados antecipadamente.
Debitamos a conta Despesas Bancárias (Despesas Financeiras) em R$30 referentes
ao valor das comissões e taxas cobradas sobre as Duplicatas Descontadas.
Creditamos a conta Duplicatas Descontadas (conta de obrigação que figurará no
Balanço Patrimonial, no Ativo Circulante, como redutora da conta Duplicatas a Receber pelo valor
da obrigação que a empresa terá para com o Banco, caso os devedores das Duplicatas não as quitem
junto ao Banco).
todas as Duplicatas e comunique o fato à empresa por meio de aviso bancário. Neste caso temos os
seguintes lançamentos contábeis:
Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber.....R$1.000
Juros Passivos
a Juros Passivos a Vencer.....R$150
Observações:
No 1º lançamento, baixamos a Obrigação, que estava registrada na conta
Duplicatas Descontadas, contra a baixa dos Direitos que estavam registrados na conta Duplicatas a
Receber.
No 2º lançamento, apropriamos a Despesa com os juros que, cobrados
antecipadamente, tinham sido contabilizados anteriormente na conta Juros Passivos a Vencer.
DEPRECIAÇÃO
Depreciar consiste em considerar, como despesa ou custo do período, uma parte do valor
gasto na compra dos bens de uso da empresa. Os bens de consumo duráveis que serão utilizados
pela empresa para desenvolver suas atividades normais por vários anos serão depreciados ao longo
do tempo de vida útil para que o valor gasto na sua aquisição seja distribuído proporcionalmente
para compor o custo ou o valor das despesas dos exercícios durante os quais esse bem foi utilizado.
Causas: desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência (bem ultrapassado, antiquado,
fora de moda).
A depreciação alcança somente os bens materiais classificados no Ativo Imobilizado.
Métodos de depreciação: existem vários, como Linear ou em Linha Reta, Soma dos Dígitos,
Horas de Trabalho, etc.
Método Linear ou em Linha reta é o mais usado no Brasil e consiste em fixar taxas constantes
de depreciação ao longo do tempo de vida útil do bem.
Se o bem a ser depreciado tiver como tempo de vida útil 5 anos, a taxa constante de
depreciação será de 20% ao ano, ao final de 5 anos, a 20% ao ano, o bem terá sido totalmente
depreciado.
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Exemplo:
Calcular o valor da quota de depreciação da conta Veículos, que tem saldo de R$50.000, pela
taxa de 20% ao ano.
20% de R$50.000 = R$ 10.000
Contabilização:
Depreciação
a Depreciação Acumulada
Quota de depreciação calculada pela taxa de 20% sobre veículos..R$10.000
Observação:
A conta Depreciação é conta de Despesa ou de Custo do período, e a conta
Depreciação Acumulada é retificadora do Ativo, que figurará no Balanço Patrimonial como
redutora da conta Veículos.
Anualmente, essa conta receberá, a crédito, os valores das quotas de depreciação
durante o tempo de vida útil do referido veículo, até que seu valor se iguale ao valor do respectivo
bem depreciado.
AMORTIZAÇÃO
Compreende a importância correspondente à recuperação do capital aplicado em bens
intangíveis, ou dos recursos aplicados em despesas que contribuam para a formação do resultado de
mais de um exercício social, a ser lançada como custo ou encargo, em cada exercício.
Bens Intangíveis sujeitos à Amortização (Ativo Permanente Imobilizado ou Diferido):
Marcas e Patentes
Softwares
Recursos Florestais (direitos contratuais de exploração)
Fórmulas ou processos de fabricação, direitos autorais, autorização ou concessões
Ponto Comercial, Fundo de Comércio
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Exemplo:
Despesas Pré-Operacionais
Saldo da Conta: R$120.000,00
Início da Amortização: 10 de abril de 19x0
Prazo de Amortização: 5 anos
Percentual de Amortização: 20% ao ano
As Reservas não devem ser confundidas com as Provisões pelas seguintes razões:
As Reservas são contabilizadas em contas do grupo Patrimônio Líquido, enquanto as
Provisões são contabilizadas em contas retificadoras do Ativo e em contas de Obrigações.
As Reservas, quando constituídas, sempre têm, como contrapartida no débito, uma conta
patrimonial. As Provisões, quando constituídas, têm como contrapartida, no débito, uma
conta de despesa, reduzindo o resultado do Exercício. As Provisões para Contribuição
Social e para o Imposto de Renda não são constituídas tendo a débito uma conta de
despesa, mas sim a própria conta Resultado do Exercício, cujo saldo fica diminuído dos
valores das respectivas provisões.
As Reservas, em geral, visam manter a integridade do Capital da sociedade, enquanto as
Provisões têm como objetivo cobrir perdas prováveis ou o cumprimento das
exigibilidades
As Reservas são acréscimos ao Patrimônio Líquido que, quase sempre, são utilizados para
aumento de Capital. As Reservas não têm qualquer característica de Passivo, ou seja, não há
nenhum indício de que se tornem exigibilidades, pois, se assim fosse, deveríamos classificá-las
como Passivo Exigível. Normalmente as Reservas originam-se de contribuições dos acionistas, de
doações, de lucros não distribuídos aos proprietários etc.
As reservas podem se de três tipos:
Reservas de Lucros;
Reservas de Capital; e
Reservas de Reavaliação.
Reservas de Lucros – são extraídas do lucro líquido do exercício e podem ser:
Reserva Legal – obrigatória para as sociedades anônimas. Corresponde a 5% do Lucro
Líquido do Exercício antes de qualquer outra destinação. Tem por fim assegurar a integridade do
Capital Social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Reservas Estatutárias – são as reservas estabelecidas pelo estatuto da empresa, destinada
a fins específicos, tais como reserva para renovação de equipamentos, reserva para pesquisa de
novos produtos etc.
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Exemplo: A Cia Acumulada que obteve um lucro de $20.000 tem no seu estatuto a fixação de
uma reserva para renovação de equipamentos à base de 10% sobre o Lucro Líquido. Logo, a
Reserva Estatutária da Cia será de $2.000 (10% de $20.000).
Reservas para Contingências – A Assembléia Geral poderá, por proposta dos órgãos da
administração, destinar parte do Lucro Líquido à formação de reserva com a finalidade de
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo
valor possa estimado.
As Reservas para Contingências poderão ser mais freqüentes nas empresas agrícolas para
fazer frente a possíveis perdas com geadas, granizos, pragas, secas, cheias, inundações etc. Também
outras empresas (não agrícolas) estarão sujeitas a estas intempéries: empresas comerciais ou
industriais que dependam dos produtos agrícolas como matéria-prima; empresas que estão sediadas
em locais de enchentes, inundações etc.
Reservas de Lucros para Expansão (Reservas Orçamentárias) – são as reservas
destinadas à expansão do Ativo Circulante ou Permanente prevista e aprovada em orçamentos.
Reservas de Lucros a Realizar – refere-se a lucros economicamente existentes, mas
financeiramente não realizados. O objetivo é evitar a distribuição de dividendos sobre esta parcela
e, até mesmo, evitar o pagamento do Imposto de renda.
Reservas de Capital – não se originam do Lucro da Companhia. Poderão ser utilizadas
para absorver prejuízos e incorporação ao Capital. Na existência de prejuízo este será absorvido
em primeiro lugar por Lucros Acumulados e Reservas de Lucros, sendo que a última a ser usada
será sempre a Reserva Legal. Se ainda assim persistir saldo na conta prejuízo, aí então poderão
ser utilizadas as Reservas de Capital . São classificadas como reservas de Capital as contas que
registrarem:
Ágio na Emissão de Ações – quando uma Companhia aumenta o seu capital, emitindo
novas ações, ela pode vendê-las ao público pelo seu valor nominal (ou pelo fixado na emissão) ou
com um lucro. A este lucro, ou excedente, denominamos Ágio. A contribuição do subscritor de
ações que ultrapassar o valor nominal será considerada como uma Reserva de Capital, com o título
de Ágio na Emissão de Ações.
Exemplo: A Cia Vale Salgado, conforme deliberação de sua administração, aumentará seu
Capital de $50 para $70 milhões, com a emissão de 20 milhões de ações, cujo valor nominal será
de$1,00 por ação. Dado o interesse do público pelas ações, foi resolvido que se cobraria um Ágio de
$0,20 por ação. Assim, cada ação foi colocada à venda por $1,20. Registro da operação:
Capital: 20 milhões de ações x $1,00 = $20 milhões(novo valor do Capital $70 milhões).
Reserva de Capital: Ágio na emissão de ações - 20 milhões de ações a $0,20 cada uma = $4
milhões.
Exemplo: A Cia Leviana sempre emitiu Partes Beneficiárias gratuitamente. Porém, no início
do período, foram lançados, para funcionários da empresa 10.000.000 de títulos que serão alienados
a $1,80 cada um, dando aos seus titulares uma participação de 5% ao ano no Lucro. Esta
participação anual no Lucro Líquido aparece na DRE no grupo Participações.
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Exemplo: A Cia Brilhante, muito conhecida no mercado, sabe que suas debêntures são
bastante atraentes, uma vez que as condições (juros, correção monetária, participação no lucro e
conversão em ações) favorecem demasiadamente o comprador (debenturista). Assim, na emissão de
novas 50 mil debêntures com o valor nominal de $600 cada uma, cobra um prêmio de $50 por
debênture.
Reserva de Capital $2.500.000 (50.000 x $50)
Patrimônio Líquido
Capital Social 2.800.000 ações x $1,00 = $2.800.000
(-) Ações em Tesouraria 800.000 ações x $1,00 = $ 800.000
Capital Líquido $2.000.000
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1
D.R.E
Receita
(-) Despesa/Custo
Lucro Líquido
2
D.L.P.Ac.
Capital de Terceiros
(outras fontes) Saldo de Ano(s)
Anterior(es)
3 + Lucro Líquido deste
exerc.
Balanço Patrimonial
Dividendos
ATIVO PASSIVO
Aplicacões
de P. Líquido Lucro Retidos
Recursos
Investidores
(sócios / acionistas)
A cada exercício social ou período contábil (que será no máximo 12 meses) a empresa apurará
o resultado de suas operações. O resultado pode ser positivo – Lucro (superávit) ou negativo
(déficit).
O resultado é a diferença entre as Receitas e as Despesas.
Receitas (-) Despesas = Resultado Lucro se as Receitas > Despesas
Prejuízo se as Receitas < Despesas
A Receita sempre aumenta o Ativo, embora nem todo aumento de Ativo signifique Receita
(Empréstimos bancários, Financiamentos, etc. aumentam o Caixa - Ativo da empresa e não são
Receitas). A Receita pode ser classificada em Operacional e Não Operacional.
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REGIMES DE CONTABILIDADE
Regime de Competência - diante do Regime de Competência dos Exercícios, a Contabilidade
considera a Receita gerada em determinado exercício social, não importando o recebimento da
mesma. O importante é o período em que a Receita foi ganha (fato gerador) e não o seu
recebimento.
Com relação à Despesa, o raciocínio é o mesmo: importa a despesa consumida (incorrida) em
determinado período contábil, sendo irrelevante o período de pagamento.
A Lei das Sociedades por Ações estabelece que a escrituração da empresa será mantida em
registros permanentes, com obediência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, devendo
observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo (consistência) e registrar as mudanças
do patrimônio segundo o Regime de Competência.
Este regime é universalmente adotado, aceito e recomendado pelo Imposto de Renda.
Evidencia o resultado da empresa (lucro ou prejuízo) de forma mais adequada e completa. As regras
básicas para a contabilidade pelo regime de competência são:
A receita será contabilizada no período em que for gerada, independentemente do seu
recebimento. Assim, se a empresa vendeu a prazo em dezembro do ano T1 para receber
somente em T2 ; pelo Regime de Competência, considere-se que a receita foi gerada em T1;
portanto, ela pertence a T1 .
A despesa será contabilizada como tal no período em que for consumida, incorrida,
utilizada, independentemente do pagamento. Assim, se em 10 de janeiro de T2 a empresa
pagar seus funcionários (que trabalharam em dezembro de T1), a despesa compete a T1,
pois nesse período ela incorreu efetivamente.
O lucro será apurado, portanto, considerando-se determinado período, normalmente um ano:
toda a despesa gerada no período (mesmo que ainda não tenha sido paga) será subtraída do total da
receita, também gerada no mesmo período (mesmo que ainda não tenha sido recebida).
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Apesar de não aceito oficialmente pela nossa legislação, o Regime de Caixa, é desenvolvido
nas empresas como uma contabilidade auxiliar, adaptado ao livro Caixa ou a outros processos,
como um valioso instrumento de controle e de decisão.
O Regime de Caixa é comum nas empresas sem fins lucrativos (associações religiosas,
filantrópicas etc.) e nas pequenas empresas dispensadas da obrigatoriedade do Regime de
Competência.
Exemplo de Regime de Caixa e de Regime de Competência: A Cia Ventríloca vendeu em
20X1, $20.000 e só recebeu $12.000 ( o restante receberá no futuro). Teve como despesa incorrida
$16.000 e pagou até o último dia do ano $10.000. Temos os seguintes resultados pelos dois
regimes:
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Despesa Financeira > Receita Financeira Despesa Financeira < Receita Financeira
Despesas Financeiras 280.000 Despesas Financeiras 280.000
Receitas Financeiras (80.000) Receitas Financeiras (390.000)
Despesas/Receitas Financeiras 200.000 Despesas/Receitas Financeiras (110.000)
Despesas Operacionais Despesas Operacionais
De Vendas 300.000 De Vendas 300.000
Administrativas 400.000 Administrativas 400.000
Financeiras 200.000 Financeiras (110.000)
900.000 590.000
VARIAÇÕES MONETÁRIAS
São classificadas num subgrupo de Despesas Operacionais. São despesas relacionadas com
variações cambiais sobre obrigações. Exemplo:
Uma empresa contrai um empréstimo de 100.000 dólares, no início do ano onde cada dólar
está cotado a R$1,60; sua dívida corresponde a R$ 160mil (100.000 x R$1,60). Com a
desvalorização do real, um dólar pode estar cotado a R$1,90 no final do período. Dessa forma, a
dívida corresponde a R$ 190 mil (100.000 dólares x R$1,90) no fim do exercício, havendo uma
variação cambial de R$30 mil (estes R$30 mil são despesas para a empresa) Variações
Monetárias.
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e. LUCRO LÍQUIDO
É a sobra líquida à disposição dos sócios ou acionistas. Após a apuração do “Lucro Depois do
Imposto de Renda” são deduzidas as participações previstas nos estatutos, de debêntures, de
empregados, administradores e partes beneficiárias e as contribuições para instituições ou fundos de
assistência ou previdência de empregados.
Participações no Lucro:
das Debêntures: como visto anteriormente, as Companhias podem solicitar
empréstimos ao público em geral, pagando juros periódicos e concedendo
amortizações regulares. Para tanto, elas emitirão títulos a longo prazo com garantias:
são as debêntures. A debênture poderá assegurar ao seu titular, além de juros e
correção monetária, participação no lucro da companhia (dedutível para o Imposto
de Renda);
de Empregados e Administradores: é um complemento à remuneração de
empregados e administradores. Normalmente, é definido no estatuto ou contrato
social um percentual sobre o lucro. Constitucionalmente, a participação de
empregados é obrigatória. Observamos que a participação aos administradores é
desestimulada pela nossa legislação uma vez que não é permitida a sua dedução para
efeito de cálculo do Imposto de Renda (Lucro Real). A participação aos empregados é
dedutível dentro de certos limites.
das Partes Beneficiárias: normalmente, são concedidas às pessoas que tiveram
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EXEMPLO DE ENCERRAMENTO
Consideremos as seguintes contas de resultado:
Encerram-se agora essas contas, igualando-se o saldo a zero (assim, para o ano seguinte,
inicia-se a acumulação de despesas e receita novamente). Para encerrar as contas de despesas, basta
creditar idêntico valor (a contrapartida será débito de ARE-Apuração de Resultado do Exercício).
Para encerrar a conta receita, basta debitar valor idêntico - $ 45.000 (a contrapartida será crédito de
ARE).
16.000 45.000
7.000
Lucros Acumulados
Desp.Mat.Escritório
22..000
7.000 7.000
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BALANÇO PATRIMONIAL
Face Ltda.
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Origens
Lucro do Exercício (2001) 24.000
(+) Depreciação 10.000
34.000
Recebimentos de Coligadas (empréstimos + alienação) 20.000
Novos financiamentos 50.000
Aumento de capital 40.000
Total das origens 144.000
Aplicações
Dividendos (14.000)
Excesso de origem/aplicação 130.000
CCL = AC – PC
CCL 00 = 580.000 – 340.000 240.000
CCL 01 = 650.000 – 280.000 370.000
Acréscimo no CCL 130.000
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Modelo indireto:
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Empresa FACE Ltda. – Exercício de 2001
a) Atividades Operacionais
Lucro Líquido 24.000
(+) Despesas Econômicas (não afetam o caixa):
Depreciação 10.000
34.000
Ajuste por mudança no Capital de Giro(aumento ou redução durante o ano)
Ativo Circulante
Duplicatas a Receber – aumento (reduz o caixa) (70.000)
Estoque de Lingeries – aumento (reduz o caixa) (30.000)
(100.000)
Passivo Circulante
Fornecedores – aumento (melhora o caixa) 20.000
Salários a Pagar – aumento (melhora o caixa) 10.000
Impostos a Recolher – redução (piora o caixa) (54.000)
(24.000) (124.000)
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (90.000)
b) Atividades de Investimento
Não houve variação do Imobilizado —
Vendas de Ações de Coligadas 10.000
Recebimento de Empresas Coligadas 10.000
20.000
c) Atividades de Financiamentos
Novos Financiamentos 50.000
Aumento de Capital em dinheiro 40.000
Dividendos (50.000)
40.000 60.000
Redução de Caixa no ano (30.000)
Saldo inicial do Caixa 40.000 40.000
Saldo final do Caixa 10.000 10.000
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Se há redução de imposto a recolher, o dinheiro que seria usado para essa finalidade pode sê-
lo para outros pagamentos.
Como regra geral, temos:
Os aumentos no Ativo Circulante provocam uso de dinheiro (caixa); as reduções do
Ativo Circulante produzem caixa (origem de caixa);
Os aumentos do Passivo Circulante evitam saída de mais dinheiro, aumentando o caixa;
as reduções do Passivo Circulante significam que o pagamento foi feito, reduzindo o
caixa (uso de caixa);
Para calcular as variações líquidas, basta subtrair o saldo anterior do saldo atual das
contas do Circulante (Ativo e Passivo).
Atividades de Investimentos
Referem-se ao Não Circulante da empresa. Quando uma empresa compra máquinas, ações,
prédios etc., reduz o caixa. Quando a empresa vende esses itens, aumenta o caixa.
Atividades de Financiamentos
Os financiamentos poderão vir dos proprietários (aumento de Capital em dinheiro) ou de
terceiros (financiamentos, bancos etc.).
Modelo direto
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Empresa FACE Ltda. – Exercício de 2001
Saldo Inicial em 31-12-98 40.000
Entradas
Receita Operacional Recebida 730.000
Receitas Financeiras 10.000
Recebimentos de Coligadas 10.000
Vendas Investimentos 10.000
Novos Financiamentos 50.000
Aumento de Capital em $ 40.000 (850.000)
(Saldo anterior em $)
Saídas
Compras Pagas (660.000)
Despesas de Vendas Pagas (30.000)
Despesas Administrativas (50.000)
Despesas Financeiras (30.000)
Imposto de Renda (60.000)
Dividendos Pagos (50.000) (880.000)
Saldo final em 31-12-99 10.000
Conforme modelo internacional, destacando os fluxos das operações dos financiamentos e dos
investimentos.
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Bibliografia
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial, 8 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 5 ed.. São Paulo: Atlas,
2000.
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