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Produção Textual – 9º ano


1) Sobre o texto dissertativo, é correto afirmar que:

a) Trata-se de um tipo de texto que descreve com palavras o que se viu e se observou. Tipo textual
desprovido de ação, em que o ser, o objeto ou o ambiente são mais importantes. Valorização do
substantivo e do adjetivo, que ocupam lugar de destaque na frase.

b) Tem como principal objetivo contar uma história, seja ela real ou fictícia e até mesmo mesclando dados
reais e imaginários. Apresenta uma evolução de acontecimentos, ainda que sem linearidade ou relação
com o tempo real.

c) Tipo de redação escrita em prosa sobre determinado tema, sobre o qual deverão ser apresentados
argumentos, provas e exemplos a fim de que se chegue a uma conclusão para os fatos abordados.

d) Tipo de texto que indica para o leitor os procedimentos a serem realizados. Nesse tipo de texto, as
frases, geralmente, estão no modo imperativo.

A revolução digital
Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.
Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação.
Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de
tarde.
O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia
condicionada à produção de celulose.
Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as
nuvens de elétrons.
A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de
enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.
E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos
olhos, o texto inunda de imagens a alma.
Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro,
produzindo uma circulação de ideias que gera novos textos.
A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores. Podemos
visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios.
Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de
correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te
uma carta qualquer dia desses”.
Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a
popularização crescente do correio eletrônico.
O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era
digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos
pressionando a tecla “enter”.
SOUZA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo, São Paulo, Caderno Brasil, p. 2.
2) Com base na leitura feita, é correto afirmar que o objetivo do texto é:

a) defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos.

b) discutir as implicações da era digital no uso da escrita.

c) descrever as vantagens e as desvantagens da internet na atualidade.


d) narrar a história do papel e do texto desde a antiguidade.

3) São características da dissertação:

a) Defesa de uma tese através da organização de dados, fatos, ideias e argumentos em torno de um ponto
de vista definido sobre o assunto em questão. Nela, deve haver uma conclusão, e não apenas exposição
de argumentos favoráveis ou contrários sobre determinada ideia.

b) Os eventos são organizados cronologicamente, com uma estrutura que privilegia os verbos no pretérito
perfeito e predicados de ação relativos a eventos que se referem à primeira ou à terceira pessoa. Presença
de enunciados que sugerem ação e novos estados.

c) Predominância de caracterizações objetivas (físicas, concretas) e subjetivas (dependem do ponto de


vista de quem as descreve) e uso de adjetivos. Os tipos de verbos mais comuns na estrutura do texto são
os verbos de ligação.

d) Tipo textual marcado por uma linguagem simples e objetiva, sendo que um dos recursos linguísticos
marcantes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, típicos de uma atitude coercitiva.

SAÚDE PÚBLICA: POR ONDE COMEÇAR O TRATAMENTO?

Meu município, Remígio, está localizado no brejo paraibano. É uma cidadezinha interiorana calma e
considerada uma cidade-pólo, tendo em vista sua ótima localização, que dá acesso a vários outros
municípios. Entretanto, um grave problema maltrata os remigenses há mais de 10 anos: a falta de um
hospital público. Os “vários” pequenos postos de atendimento da família (PSF) só nos servem para
vacinação e receitas de remédios; em casos mais graves, somos obrigados a nos humilharmos em
hospitais das cidades circunvizinhas.
O caos da saúde pública do nosso país parece-nos até muito normal. Vemos qualquer notícia de pessoas
morrendo em corredores dos hospitais públicos ora por falta de atendimento, ora por falta de remédios.
Desde que o Brasil é Brasil que as pessoas sofrem com esse problema. Dinheiro para investir nisso nós
sabemos que há. Os estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014 comprovam isso. O que
falta é uma tonelada de vergonha na cara, interesse, comprometimento e planejamento daqueles que são
responsáveis por administrar o dinheiro público dos nossos impostos. A corrupção e o péssimo eleitorado
brasileiro são em quem nós devemos por a culpa.
Minha cidade apesar de muito conhecida no estado por ser uma cidade-pólo, por suas festas de
vaquejadas e emancipação política, sofre com essa crueldade. Há anos que esse município não sabe o
que é ter um filho originalmente nascido na sua terra. Quantos idosos e crianças já adoeceram nas
madrugadas e foram obrigados a negociar com a sorte, pedindo um pouco mais de calma enquanto
chegassem a algum hospital em Campina Grande (36 km - 40 minutos de viagem)? Porém, em épocas de
campanha política a saúde pública é um dos projetos mais prometidos pelos atônitos candidatos. O
interessante é que o tempo que faz que não nasce uma criança em Remígio é o mesmo em que o povo
vive iludido numa esperança utópica da nossa situação mudar.
A culpa disso na maior parte sabemos que é nossa mesmo. O povo deve ter o político que merece. Nós
eleitores ainda estamos anos-luz de distância de saber escolher os candidatos dignos e honestos para nos
representarmos. Na maioria das vezes, vê-se tanto eleitores quanto candidatos em busca de interesses
particulares e não no bem comum. Os políticos fazem uma “promessinha” de emprego para um aqui; uma
“carradinha” de tijolos para outro ali; pagam umas contas de água e luz para outro acolá; e esses mesmos
beneficiados de um dia, sofrem por décadas afins, pois a politicagem é hereditária.
Enfim, discutir problemas públicos não tem como fugir de política. Segundo nossa Constituição Federal
saúde é um direito que deve ser garantido para a população. O problema é que faltou concordar isso com
as pessoas que escolhemos como responsáveis. O Brasil precisa de gente honesta. O povo precisa de
uma (re) educação eleitoral. Quem mais sofre com isso é meu município, meu Brasil.

4) Sobre o texto acima, responda: NO CADERNO OU VERSO DA FOLHA.

a)    Que gênero textual é esse que acabamos de ler?


b)    Para que serve um texto como esse?
c)    Onde encontramos textos assim?
d)    Qual o tema tratado nesse texto?

5) NÃO é característica do artigo de opinião:


a)    Linguagem culta.
b)    Título subjetivo.
c)    Utilização de argumentos.
d)    O autor não se posiciona criticamente.
e)    Reflete sobre temas atuais.

6) NÃO faz parte da estruturação de um artigo de opinião:

a)    Contextualização do tema abordado.


b)    Deixar claro a posição defendida do autor.
c)    Utilizar argumentos de autoridade.
d)    Utilizar exemplos, dados estatísticos sem apresentar a fonte de onde foram retirados.

 7) Sobre o gênero dissertativo-argumentativo no ENEM é INCORRETO afirmar que:

a)   Esse gênero textual exige que se construa e defenda um ponto de vista. Deve propor uma tese inicial.
b)  O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que
ele irá desenvolver.
c)  Não é obrigatoriamente necessário os parágrafos terem relação entre si, pois cada parágrafo é uma
nova ideia e não precisam ter nada a ver com o que foi dito antes.
d) Na conclusão, o autor deve apresentar uma proposta de intervenção para o problema.

8) Pesquise no livro ou internet e elenque as características do gênero Artigo de Opinião.

REALIZE UM MAPA MENTAL SOBRE O GÊNERO - ARTIGO DE OPINIÃO. SUGESTÕES

Márcia Santos

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