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OABEIROS DO
XXXII EXAME
DE ORDEM
PACOTE
ANTICRIME
– Comparativo de antes e depois
– Breve anotações das principais mudanças
#timedosaprovadosdavicio
@viciodeumaestudante
Material elaborado por Ana Clara Fernandes
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REQUISITOS DO LIVRAMENTO
CONDICIONAL
Redação anterior Redação dada pelo Pacote Anticrime
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional
condicional ao condenado a pena privativa de ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde superior a 2 (dois) anos, desde que:
que:
III – comprovado:
III - comprovado comportamento satisfató rio
a) bom comportamento durante a execuçã o da pena;
durante a execuçã o da pena, bom desempenho no
trabalho que lhe foi atribuı́do e aptidã o para prover b) não cometimento de falta grave nos últimos 12
à pró pria subsistê ncia mediante trabalho honesto; (doze) meses;
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuı́do; e,
d) aptidã o para prover à pró pria subsistê ncia mediante
trabalho honesto;
CONFISCO ALARGADO
Redação anterior Redação dada pelo Pacote Anticrime
Sem previsão Art. 91-A. Na hipó tese de condenaçã o por infraçõ es à s
quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis)
anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como
produto ou proveito do crime, dos bens
correspondentes à diferença entre o valor do
patrimônio do condenado e aquele que seja
compatível com o seu rendimento lícito.
OBS: juiz determina a perda da diferença entre os
valores/bens declarados e os bens efetivos do condenado.
§ 1o Para efeito da perda prevista no caput deste artigo,
entende-se por patrimô nio do condenado todos os bens:
I - de sua titularidade, ou em relaçã o aos quais ele tenha
o domı́nio e o benefı́cio direto ou indireto, na data da
infraçã o penal ou recebidos posteriormente; e
II - transferidos a terceiros a tı́tulo gratuito ou mediante
contraprestaçã o irrisó ria, a partir do inı́cio da atividade
criminal.
§ 2o O condenado poderá demonstrar a inexistê ncia da
incompatibilidade ou a procedê ncia lı́cita do
patrimô nio.
OBS: A lei aqui faz uma presunção em favor do Estado de
que essa diferença é proveniente do crime. Cabe o agente
provar que os valores/bens não são proveitos do crime.
Há, portanto, inversão do ônus da prova.
§ 3o A perda prevista neste artigo deverá ser requerida
expressamente pelo Ministé rio Pú blico, quando do
oferecimento da denú ncia, com indicaçã o da diferença
apurada.
§ 4o Na sentença condenató ria, o juiz deve declarar o
valor da diferença apurada e especificar os bens cuja
perda for decretada.
§ 5o Os instrumentos utilizados para a prática de
crimes por organizações criminosas e milícias
deverã o ser declarados perdidos em favor da União
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ESTELIONATO
Redação anterior Redação dada pelo Pacote Anticrime
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilı́cita,
ilı́cita, em prejuı́zo alheio, induzindo ou mantendo em prejuı́zo alheio, induzindo ou mantendo algué m em
algué m em erro, mediante artifı́cio, ardil, ou erro, mediante artifı́cio, ardil, ou qualquer outro meio
qualquer outro meio fraudulento: fraudulento:
§ 5o Somente se procede mediante representação,
salvo se a vítima for:
I– a Administração Pública, direta ou indireta;
II– criança ou adolescente;
III– pessoa com deficiência mental; ou
IV – maior de 70 (setenta) anos ou incapaz.
OBS: a regra geral passa a ser que ação penal é
OBS: a regra era ser de ação pública incondicionada. pública CONDICIONADA a representação, salvo nas
hipóteses dos incisos, em que a ação vai ser pública
incondicionada.
OBS: norma processual penal mista (engloba
aspectos penais e processuais penais), portanto,
somente retroage se for mais benéfica ao réu.
Aqui como a ação passa, em regra, a ser condicionada a
representação, se torna mais benéfica ao réu. Por isso,
deve atingir em investigações criminais e processos em
andamentos.
CONCUSSÃO
Redação anterior Redação dada pelo Pacote Anticrime
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da funçã o ou antes de indiretamente, ainda que fora da funçã o ou antes de
assumi-la, mas em razã o dela, vantagem indevida: assumi-la, mas em razã o dela, vantagem indevida:
Pena - reclusã o, de dois a oito anos, e multa. Pena – Reclusã o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
OBS: novatio legis in pejus – prejudicial ao réu – não
retroage!
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Art. 310. Ao receber o auto de prisã o em flagrante, o Art. 310. Apó s receber o auto de prisã o em flagrante, no
juiz deverá fundamentadamente: prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após
a realização da prisão, o juiz deverá promover
Pará grafo ú nico. Se o juiz verificar, pelo auto de
audiência de custódia com a presença do acusado,
prisã o em flagrante, que o agente praticou o fato nas
seu advogado constituído ou membro da defensoria
condiçõ es constantes dos incisos I a III do caput do
pública e o Membro do Ministério Público e, nessa
art. 23 do Decreto- Lei no 2.848, de 7 de dezembro
audiência, o juiz deverá fundamentadamente:
de 1940 - Có digo Penal, poderá ,fundamentadamente,
conceder ao acusado liberdade provisó ria, mediante OBS: Audiência de custódia é prevista no Pacto de San
termo de comparecimento a todos os atos José da Costa Rica e no Tratado de Direitos Civis e
processuais, sob pena de revogaçã o. Políticos, ou seja, era prevista e aceita no
ordenamento jurídico, mas ainda não tinha previsão
no CPP – lei em sentido estrito.
A Resolução 213 CNJ disciplinava o procedimento, mas
alguns não aplicam a audiência de custódia pois não era
prevista em lei em sentido estrito.
O CPP trouxe menção a audiência de custódia, mas
não detalhou todo o procedimento. Dessa forma, a
Resolução 213 CNJ ainda está valida!
§ 1o Se o juiz verificar, pelo auto de prisã o em flagrante,
que o agente praticou o fato em qualquer das condiçõ es
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do
Decreto-Lei no 2.848, de 1940 (Có digo Penal), poderá ,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento
obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de
revogaçã o.
§2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que
integra organização criminosa armada ou milícia,
ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá
denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas
cautelares.
Será que viola o princípio da individualização da pena?
Aqui existe a proibição em abstrato da liberdade
provisória. A tendência é que seja considerado
inconstitucional.
§ 3o A autoridade que deu causa, sem motivaçã o idô nea,
à nã o realizaçã o da audiê ncia de custó dia no prazo
estabelecido no caput deste artigo, responderá
administrativa, civil e penalmente pela omissã o.
§ 4o Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas apó s o
decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a
não realização de audiência de custódia, sem
motivação idônea, ensejará também a ilegalidade da
prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem
prejuı́zo da possibilidade de imediata decretaçã o de
prisã o preventiva.
PRISÃO PREVENTIVA
Redação anterior Redação dada pelo Pacote Anticrime
Art. 311. Em qualquer fase da investigaçã o policial Art. 311. Em qualquer fase da investigaçã o policial ou do
ou do processo penal, caberá a prisã o preventiva processo penal, caberá a prisã o preventiva decretada
decretada pelo juiz, de ofı́cio, se no curso da açã o pelo juiz a requerimento do Ministé rio Pú blico, do
penal, ou a requerimento do Ministé rio Pú blico, do
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§ 2o (Revogado).
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar § 3o Existindo indı́cios de que o preso exerce
diferenciado o preso provisó rio ou o condenado sob liderança em organizaçã o criminosa, associaçã o
o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento criminosa ou milı́cia privada, ou que tenha atuaçã o
ou participaçã o, a qualquer tı́tulo, em organizaçõ es criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federaçã o,
criminosas, quadrilha ou bando o regime disciplinar diferenciado será
obrigatoriamente cumprido em estabelecimento
prisional federal.
§ 4o Na hipó tese dos pará grafos anteriores, o regime
disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano,
existindo indı́cios de que o preso:
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal de origem ou da
sociedade;
II - manté m os vı́nculos com organizaçã o criminosa,
associaçã o criminosa ou milı́cia privada, considerado
també m o perfil criminal e a funçã o desempenhada
por ele no grupo criminoso, a operaçã o duradoura do
grupo, a superveniê ncia de novos processos criminais
e os resultados do tratamento penitenciá rio;
§ 5o Na hipó tese do § 3o deste artigo, o regime
disciplinar diferenciado deverá contar com alta
segurança interna e externa, principalmente no que
diz respeito à necessidade de se evitar contato do
preso com membros de sua organizaçã o criminosa,
associaçã o criminosa ou milı́cia privada, ou de grupos
rivais.
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