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Tema III: .

Ética e profissionalismo
do Consultor
3.1 Codigo de conduta do consultor
3.2 Aspectos éticos e antiéticos do profissionalismo do consultor
Ética em serviços de consultoria
A palavra É ética significa de modo geral a forma ser.
• O significado vale tanto para indivíduos como para grupos dentro da
sociedade.
• De um modo geral a ética diz respeito a organização da vida da
pessoa, da família, das instituições e da sociedade como um todo e
pode ser de dois tipos:

• Ética pessoal: diz respeito a acção individual ( consciência ou


caracter).
• Ética Pública: diz respeito a responsabilidade da sociedade como um
todo pelo BEM COMUM (ética política, ética empresarial, ética
profissional, etc.)
A ética esta a tornar se um tema fundamental em todas as esferas da
sociedade.
Ética aplicada aos Serviços de Consultoria
• O sucesso de qualquer consultoria fundamenta-se no grau de confiança
entre o cliente e o consultor.
• Desde o primeiro momento em que se iniciam os primeiros contactos, o
cliente precisa de confiar no desempenho do papel de visionário,
inovador, conselheiro, solucionador, etc.
• O consultor carrega no seu dia a- dia do trabalho a responsabilidade
profissional e social que se inspiram num código de comportamento, que
representa uma garantia de transparência e honestidade aos clientes dos
serviços.
• Os códigos éticos desenvolvidos por entidades relacionadas com o sector
das consultorias incidem no aspecto de relacionamento de confiança entre
consultor e cliente, nos aspectos que promovem acções que asseguram e
fortalecem uma relação honesta, sobretudo que garanta o êxito das
relações cliente-consultor.
Principais requisitos a respeitar
• Confidencialidade: Tratar a informação do cliente de forma confidencial e nunca
tirar proveito pessoal ou aos terceiros;
• Expectativas não realistas: Não pode dar promessas ou expectativas não realistas
;
• Comissões: Não pode aceitar comissões, remunerações nem outros benefícios de
terceiros para fazer recomendações a seus clientes;
• Contratos: Só aceita encargos para os quais tenha conhecimento para os realizar;
• Conflitos: Evitar actuar simultaneamente em conflitos que potencialmente pode
ser conflictivos sem informar a todas as partes;
• Acordos com clientes: Assegurar que antes de aceitar o trabalho tenha acordo
mutuo nos objectivos , alcance, plano de trabaho e honorários;
• Oferta de trabalho aos funcionários dos clientes: Não pode, de maneira
nenhuma, convidar os funcionários dos seus clientes para que considerem
alternativas de trabalho sem o consentimento do cliente;
• Enfoque: Manter um enfoque completamente profissional na sua relação com o
cliente, colaboradores e com toda a sociedade;
Alguns pontos a discutir sobre a Etica/Honestidade
• Algumas empresas/consultores que prometem ter que transferir todos os seus conhecimentos e
experiencia na realização das suas tarefas para o funcionamento dos serviços para os quais foi contratado,
sem dolo ou omitir algo que poderá tornar o cliente dependente do seu trabalho, (algumas se baseiam
tercializando nela por toda a eternidade como outsourcing);
• A honestidade também passa pelo binómio consultoria/ valor cobrado.( O preço do trabalho deve espelhar
a soma do valor de mercado, o volume de trabalho oferecido, o tempo que o cliente dispõe para atender a
consultoria, grau de incapacidade que o cliente tem para aceitar novas estratégias de acção);
• Consultores que trabalham para duas organizações concorrentes que actuam no mesmo ramo de mercado.
( deve relevar esta situação);
• O respeito pelas normas e cultura empresarial vigentes na organização do cliente soma-se ao código de
conduta e as actividades do consultor. (mudar os princípios que regem uma empresa nem, a distância,
tentar impor os seus princípios, normas ou convicções, porém deve sugerir ideias e acções concretas com
resultados visíveis.
• Uma vez o consultor inserido no contexto organizacional ele deve indentificar -se com ela de modo a
encarnar a imagem positiva e assumir o espirito de pertença. É desta forma que a postura profissional do
consultor poderá ganhar credibilidade no mercado.
• A actividade de consultoria não se compatibilizam com comportamentos públicos pouco dignificantes ou
que possam gerar conflitos de interesse ou descredibilizar a profissão de consultor.
• Nos países subdesenvolvidos existem algumas situações de divulgação de relatórios de consultorias ,
particularmente das instituições públicas, que reflectem a cumplicidade entre o consultor/cliente ,
sobretudo quando se trata de relatórios de consultorias que envolvem sub -esquemas políticos.
Regulamento Moçambicano de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto no 54/2005, de 13 de Dezembro( nuances não –éticas):

• a) “prática corrupta” significa oferecer, dar, receber ou solicitar algo de valor para
influenciar o acto de um funcionário publico no procedimento de contratação ou na
execução de Contrato;
• b) “prática fraudulenta” significa uma deturpação ou omissão dos factos, a fim de
influenciar o procedimento de contratação ou a execução de um Contrato em prejuízo da
Entidade Contratante;
• c) “prática de colusão” significa a pratica conivente entre Consultores, com ou sem o
conhecimento da Entidade Contratante, realizada para estabelecer preços de propostas
em níveis artificiais, não competitivos e privar a Entidade Contratante dos benefícios da
competição livre e aberta; e
• d) “prática de coerção” significa ameaça ou tratamento ameaçador a pessoas ou seus
familiares para influenciar a sua participação no procedimento de contratação ou na
execução do contrato.
• Estas nuances éticas apenas estão incorporadas como anexos nos Cadernos de Encargos,
facto que revela a falta de um Código de Conduta para os profissionais de Consultorias.
Além disto, mesmo os profissionais devidamente credenciados tomam os primeiros
contactos com os princípios éticos quando recebem os Cadernos de encargos ou quando
são seleccionados para a lista-curta.
Exemplos de código de Ética
• CÓDIGO DE ÉTICA DO CONSULTOR (Aprovado em AGO
17/05/90):Instituto Brasileiro de Consultores de Organizacões;
• Código de Conduta dos Consultores da Federaçâo Panamericana de
Consultores (A ASSEMBLÉIA GERAL DA FEDERAÇÃO PANAMERICANA
DE CONSULTORES – FEPAC)

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