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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE
CAMPUS NATAL-CENTRAL

ANDREA DE SOUZA SANTOS


MARCO ANTONIO LIMA DA COSTA GALVÃO

TCC – ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICO, ELÉTRICO E


HIDRÁULICO ATRAVÉS DO MÉTODO BIM - PROJETO DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

Natal-RN
2021
ANDREA DE SOUZA SANTOS
MARCO ANTONIO LIMA DA COSTA GALVÃO

TCC – ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICO, ELÉTRICO E


HIDRÁULICO ATRAVÉS DO MÉTODO BIM - PROJETO DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

Projeto de Instalações Elétricas e


Hidrossanitária Residencial Unifamiliar térreo
apresentado ao curso de Edificações do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), em
cumprimento às exigências legais como
requisito para obtenção de notas para a
disciplina Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC). Docente: Lenilson Xavier e
João Carmo

Natal-RN
2021
1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Esta parte do trabalho destina-se a especificação do projeto arquitetônico utilizado na


execução do projeto de instalação elétrica e hidráulico. Portanto, este projeto é constituído por
uma residência unifamiliar de alto padrão, com uma área construída de 189,00m², com os
seguintes cômodos: dois dormitórios, sendo uma suíte com closet, lavabo, sala de estar e jantar,
cozinha, circulação e área de serviço, garagem, jardim, área gourmet e uma clínica de estética.
Na primeira parte do trabalho será tratado sobre o projeto elétrico e na segunda parte o projeto
hidráulico de água fria e esgoto. Tendo como fundamentação para elaboração do projeto de
instalações elétricas as determinações da NBR 5410:2004 - Instalações elétricas de baixa tensão,
para o projeto de água fria a NBR - 5626: Sistemas prediais de água fria e água quente —
Projeto, execução, operação e manutenção e
Figura 1: Representação da planta baixa da residência unifamiliar de alto padrão do projeto.
2 DIMENSIONAMENTO E QUANTITATIVO

Nesta parte do trabalho apresentaremos os resultados obtidos com a execução do projeto


de instalações elétricas, como também, discutiremos esses resultados conforme o admissível pela
NBR 5410:2004. Portanto, serão descritos os procedimentos e critérios adotados para elaboração
deste projeto. Serão detalhados explicitamente, todos os cálculos referentes a:
- Iluminação;
- Tomadas de uso geral e específico;
- Fator de potência;
- Demandas previstas;
- Fator de demanda;
- Padrão de entrada;
- Cálculo do circuito de distribuição;
- Seções dos condutores;
- Correntes nominais dos dispositivos de proteção;
- Diâmetro do Eletroduto;
2.1 – Iluminação

Para o levantamento da carga de iluminação deve-se ter como fundamento as


recomendações da NBR 5410:2004. Na qual determina condições necessárias para se estabelecer
a quantidade mínima de pontos de luz, determinados em razão da área do cômodo da residência,
portanto, sendo previstos em cada cômodo ou dependência pelo menos um ponto de luz fixo no
teto, comandado por interruptor. A norma também determina condições necessárias para se
estabelecer a potência mínima de iluminação. Dessa forma, a carga de iluminação é determinada
em razão da área do cômodo da residência. Para tanto, são adotados os seguintes critérios:
 Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m², deve ser prevista uma
carga mínima de 100VA;
 Em cômodo ou dependências com área superior a 6m², deve ser prevista uma carga
mínima de 100VA para os primeiros 6m², acrescida de 60VA para cada aumento de 4m²
inteiros.” (NBR 5410:2004, p.183).
Atentar para as sobras de áreas inferiores a 4 m², devendo não ser consideradas nos
cálculos para determinação das potências mínimas de iluminação.
Prevendo a carga de iluminação da planta residencial unifamiliar utilizada neste projeto,
temos:

Iluminação:
Tabela 1: Cálculo de potência e quantidade de pontos de iluminação
Quantidade de Pontos
Potência de
Ambiente Área (m²) Cálculo de Iluminação
Iluminação (VA)
Considerados
6+4+4+4+4+4 2x(150)
Entrada 33,86 460
+ 4 + 3,86 1X(160)
Garagem 15,00 6+4+4+1 220 2x(110)
2x(20)
Recepção 7,76 6 + 1,76 100
1x(60)
Circulação Clínica 5,45 __________ 100 1x(100)

S. de Atendimento 7,55 6 + 1,55 100 1x(100)

Consultório 7,55 6 + 1,55 100 1x(100)


Lavabo 3,75 __________ 100 1x(100)
Lavabo (Vaso) 2,00 __________ 100 1x(100)
6+4+4+4+4+
Sala de Estar 23,5 340 2x(170)
1,5
1x(100)
Sala de Jantar 10,73 6 + 4 + 0,73 160
1x(60)
Área Livre 18,95 6 + 4 + 4 + 4 + 0,95 280 2x(140)

Circulação 4,00 __________ 100 1x(100)


Circulação 3,92 __________ 100 1x(100)

Cozinha 13,33 6 + 4 + 3,33 160 1x(160)

Quarto Bebê 10,2 6 + 4 + 0,2 160 1x(160)


Suíte 14,0 6+4+4 220 1x(220)
Closet 6,0 __________ 100 1x(100)
Banheiro 6,0 __________ 100 1x(100)
Área de Serviço 3,3 __________ 100 1x(100)
2x(90)
Área Gourmet 21,7 6 + 4 + 4 + 4 + 3,17 280
1x(100)
6+4+4+4+4+4
Área Verde 34,16 520 4x(130)
+ 4 + 4 + 0,16

Jardim Suíte 9,8 6 + 3,8 100 1x(100)

Jardim 10,73 6 + 4 + 0,73 160 1x(160)


2.2 – Tomadas de uso geral - TUG’s

Para o levantamento da carga de tomadas de uso geral deve-se ter como fundamento as
recomendações da NBR 5410:2004. Na qual determina condições necessárias para se estabelecer
a quantidade mínima de pontos de tomadas de uso geral. Dessa forma, segundo a NBR
5410:2004, os pontos de TUG’s são determinados “em função da destinação do local e dos
equipamentos elétricos que podem ser utilizados” (p.183), considerando o perímetro da área do
cômodo ou dependência da residência, observando-se no mínimo os seguintes critérios:
 Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao
lavatório;
 Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço,
lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada
para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia
devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou
em pontos distintos;
 Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;
 Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para
cada 5 m, ou fração, de perímetro;
 Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m² no mínimo um ponto
de tomada. (NBR 5410, 2004, p.183- 184).

A NBR 5410:2004 também determina condições necessárias para se estabelecer a


potência mínima de pontos de tomadas de uso geral. Dessa forma, segundo a NBR 5410:2004, os
pontos de TUG’s são determinados também em função das indicações citadas anteriormente,
para determinação das quantidades de pontos de TUG’s. Adotando como critérios mínimos:
 Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100
VA por ponto para os excedentes;
 Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.
No caso do levantamento das cargas dos pontos de tomadas as sobras de áreas inferiores a
3,5 ou 5 m, devem ser consideradas para fins de cálculos na determinação das potências mínimas
de tomadas.
Prevendo a carga de TUG’s da planta residencial unifamiliar utilizada neste projeto,
temos:
Tomadas de uso geral - TUG’s:
Tabela 2: Cálculo de potência e quantidade de pontos de TUG’s
Quantidade de
Potência das Quantidade de Potência das
Ambiente Perímetro (m) Cálculo PTUG's
PTUG's (VA) PTUE's PTUE's (W)
Considerados
5+5+5+5+5
Entrada 31,30 700 0 0 __________
+ 5 + 1,3
Garagem 16,00 5+5+5+1 400 2x(100) 0 __________

Recepção 12,10 5 + 2,76 200 2x(100) 0 __________

Circulação Clínica 12,90 5 + 5 + 2,90 300 1x(100) 0 __________


3,5 + 3,5 + 3,5 +
S. de Atendimento 11,00 400 4x(100) 1 1600
0,5
Consultório 11,00 5+5+1 300 3x(100) 1 1600
Lavabo 8,00 3,5 + 3,5 + 1 1800 1x(600) 0 __________
Lavabo (Vaso) 5,70 3,5 + 2,2 1200 0 0 __________

Sala de Estar 19,40 5 + 5 + 5 + 4,4 400 4x(100) 0 __________

Sala de Jantar 13,20 5 + 5 + 0,73 300 3x(300) 0 __________


5+5+5+5+
Área Livre 20,42 500 3x(100) 0 __________
0,42
Circulação 9,62 5 + 4,62 200 2x(100) 0 __________
Circulação 10,37 5 + 5 + 0,37 300 2x(100) 0
3,5 + 3,5 + 3,5 + 3x(600)
Cozinha 14,68 2000 1 2500
3,5 + 0,68 2x(100)
Quarto Bebê 12,87 5 + 5 + 2,87 300 3x(100) 0 __________
Suíte 15,32 5 + 5 + 5 + 0,32 400 4x(100) 1 1600
Closet 10,00 5+5 200 2x(100) 0 __________
Banheiro 10,00 3,5 + 3,5 + 3,0 1800 1x(600) 1 5000
Área de Serviço 7,23 3,5 + 3,5 + 0,23 1800 3x(600) 1 1000
3,5 + 3,5 + 3,5 + 3x(600)
Área Gourmet 18,83 2100 0 __________
3,5 + 3,5 + 1,33 3x(100)
5+5+5+5+5
Área Verde 30,00 600 0 0 __________
+5
3.5 + 3,5 + 3,5 + 3x(600)
Jardim Suíte 17,20 0 0 __________
3,5 + 3,2 2x(100)
3.5 + 3,5 + 3,5 + 3x(600)
Jardim 17,30 0 0 __________
3,5 + 3,3 2x(100)

2.3 – Tomadas de uso específico - TUE’s

Para o levantamento da carga de tomadas de uso específicos deve-se ter como


fundamento as recomendações da NBR 5410:2004. Na qual determina condições necessárias
para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de TUE’s, sendo estabelecida pelo número de
aparelhos de utilização que estarão fixos ou estacionários em uma dada posição no ambiente,
como é o caso do chuveiro elétrico, máquina de lavar roupas, ar-condicionado, entre outros.
Dessa forma, as condições para se estabelecer a potência dos pontos de TUE’s, deve-se ter como
critério a potência nominal do equipamento a ser alimentado.
Portanto, foram determinados dois pontos de TUE’s para este projeto de instalação
elétrica residencial unifamiliar:
Tomadas de uso específico - TUE’s:
 Máquina de lavar roupa – 1000 W
 Chuveiro elétrico – 5.500 W
 Ar-condicionado – 3x (1600 W)
 Torneira elétrica – 2500 W
 Potência ativa de TUE’s: 13.800W, somando 06 pontos de TUE’s.
 Soma das Potências aparentes dos pontos de iluminação e pontos de tomadas:
 Iluminação = 4.160VA
 Tomada de uso geral – TUG’s = 10.700VA

A tabela abaixo apresenta uma síntese dos cálculos realizados anteriormente, acerca da
área, perímetro, iluminação e tomadas:
Tabela 3: Cálculo de potência de iluminação e tomadas – TUG’s E TUE’s do projeto.

POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO E DE TUG'S E TUE'S

Potência de Potência das Quantidade de Potência das


Ambiente Área (m²) Perímetro (m)
Iluminação (VA) PTUG's (VA) PTUE's PTUE's (W)

Entrada 33,86 460 31,30 700 0 __________

Garagem 15,00 220 16,00 400 0 __________

Recepção 7,76 100 12,10 200 0 __________

Circulação Clínica 5,45 100 12,90 300 0 __________


Área
S. de Livre
Atendimento 18,95
7,55 280
100 20,42
11,00 500
400 0
1 __________
1600
Circulação 4,00 100 9,62 200 0 __________
Consultório 7,55 100 11,00 300 1 1600
Circulação 3,92 100 10,37 300 0 __________
Lavabo 3,75 100 8,00 1800 0 __________
Cozinha
Lavabo (Vaso) 13,33 160 14,68 2000 1 2500
2,00 100 5,70 1200 0 __________
Quarto Bebê 10,2 160 12,87 300 0 __________
Sala de Estar 23,5 340 19,40 400 0 __________
Suíte 14,0 220 15,32 400 1 1600
Closet 6,0 100 10,00 200 0 __________
Sala de Jantar
Banheiro 10,73
6,0 160
100 13,20
10,00 300
1800 0
1 __________
5500
Área de Serviço 3,3 100 7,23 1800 1 1000

Área Gourmet 21,7 280 18,83 2100 0 __________

Área Verde 34,16 520 30,00 600 0 __________

3x(600)
Jardim Suíte 9,8 100 17,20 0 __________
2x(100)
3x(600)
Jardim 10,73 160 17,30 0 __________
2x(100)

Total 273,24 4160 334,44 __________ __________ 13800


Os resultados se demonstraram satisfatório, uma vez que, estão condizentes ao que
determina a norma. De maneira geral, o resultado total do cálculo referente a área, potência de
iluminação, potência de TUG’s, é de respectivamente, 189,00 m², 4.160 VA, 10.700 VA. Além
disso, também é possível verificar na tabela o resultando do cálculo da potência ativa da TUE’s,
que é de 13.800 W.
Dessa forma, foram estabelecidos para o projeto da residência 36 pontos de iluminação, ,
sendo comandadas por 22 interruptores, 41 pontos de TUG’s e 06 pontos de TUE’s,
representados na figura a seguir.
Figura 2: Representação gráfica da planta com pontos de iluminação e tomada do projeto.
2.4 - Cálculo das potências ativas

Para o cálculo das potências ativas é necessário transformar em potência ativa (W), as
cargas estabelecidas no levantamento das potências aparentes (VA) dos pontos de iluminação e
TUG’s. Para tanto, é necessário multiplicar seu valor pelo fator de potência correspondente.
Sendo assim, a NBR 5410:2004, determina para os pontos de potência de iluminação utilizar um
fator de potência de 1,0 e para as potências de TUG’s utilizar 0,80. Já para as potências de
TUE’s não é necessário a transformação, pois já é dada em potência ativa.
 Cálculo da potência ativa de iluminação e pontos de tomadas de uso geral
(PTUG’s): multiplicar seu valor pelo fator de potência.
 Potência de Iluminação: 4.160VA
Fator de potência: 1,0
Potência Ativa: 4.160VA * 1,0 = 4.160 W
 Potência de TUG’s: 10.700VA
Fator de potência: 0,80
Potência Ativa: 10.700VA * 0,80 = 8.560 W

 Cálculo da potência ativa total: soma-se os valores de potência ativa dos pontos de
iluminação, pontos de tomadas de uso geral e específicos e circuitos reservas.
 Potência ativa de iluminação: 4.160 W
 Potência ativa de TUG’s: 8.560 W
 Potência de PTUE’s: = 13.800W
 Carga Total Instalada: 26.520 W ou 26,520 KW

2.5 - Determinação do tipo de fornecimento e tensão

A determinação do tipo de fornecimento e tensão são obtidos através da carga total


instalada em quilowatts (KW), e as diretrizes estabelecidas pela a concessionária local. Dessa
forma, a carga total instalada da residência unifamiliar deste projeto foi de 26,520 KW, na qual a
concessionária local, no caso Cosern, determina que uma ligação será monofásica quando a
carga total instalada for igual ou inferior a 15 KW, e seus equipamentos com uma tensão de
220V entre fase e neutro e com o neutro aterrado, e trifásica quando superior a 15 KW e inferior
a 75 KW, ou se forem instalados máquinas e/ou equipamentos com tensão de 380/220 V.
Tabela 2: Tipo de fornecimento e tensão (Cosern)
TENSÃO SISTEMA CARGA INSTALADA
(Volts) (KW)
220 Monofásico com neutro aterrado (fase e neutro) Até 15 KW
380/220 Trifásico, estrela com neutro aterrado (3 fases e neutro) De 15 até 75 KW

Partindo desse pressuposto, a ligação para esta residência será trifásica, uma vez que a
carga total instalada é superior a 15 KW e os circuitos terminais com tensão de 220V e o circuito
de distribuição com 380V entre 3 fase e neutro com neutro aterrado.
 Tipo de tensão: Trifásica;
 Carga total instalada (KW): 26,520 KW.

2.6 – Ramal de ligação e Padrão de entrada

A determinação do ramal de ligação e padrão de entrada também são obtidos através da


carga total instalada em quilowatts (KW), e as diretrizes estabelecidas pela a concessionária
local. Uma vez determinados o tipo de fornecimento e tensão, pode-se determinar também o
ramal de ligação e padrão de entrada.
A tabela a seguir, demonstra os requisitos e recomendações estabelecidas pela Cosern em
relação ao ramal de ligação e padrão de entrada.

Tabela 3: Tipo de fornecimento, tensão, ramal de ligação e padrão de entrada do projeto.

Fonte: Cosern.

Esses dados apresentados, determinam os tipos de ligação, com base na carga instalada,
que com base no nosso projeto, é de 26,520 KW. Com esse resultado, e possível descobrir a
seção do condutor de cobre, do ramal de ligação. Em relação ao padrão de entrada, se
determinada a seção do condutor de cobre, o diâmetro do eletroduto, a corrente nominal do
disjuntor e o aterramento.

1. Ramal de ligação:
 Condutor de cobre:
o Com seção de 10mm² para as 3 fases e neutro.
2. Padrão de entrada:
 Ramal de distribuição:
o O condutor de cobre com seção de 16(16) mm². (Fase e neutro).
 Eletroduto de entrada em PVC:
o Com diâmetro de 40 mm.
 Disjuntor:
o Com corrente nominal de 63 A.
 Aterramento:
o Com condutor de cobre com seção de 10 mm² (Terra).
o Eletroduto em PVC com diâmetro de 20 mm.
Uma vez pronto o padrão de entrada, a concessionária instala e liga o medidor e o ramal
de serviço, dessa forma, a energia elétrica estará disponível para ser utilizada.
Figura 3: Padrão de entrada

2.7 – Circuito Elétrico

Uma instalação elétrica residencial apresenta dois tipos de circuitos: circuito de


distribuição e os circuitos terminais. O circuito de distribuição é responsável por levar energia do
quadro de medição para o quadro de distribuição. É do quadro de distribuição que partem os
circuitos terminais que irão alimentar diretamente os pontos de iluminação e pontos de tomadas
de uso geral e específico, nele também podemos encontrar os dispositivos de proteção.
 Cálculo da potência do circuito de distribuição
Para o cálculo da potência do circuito de distribuição foram estabelecidos os seguintes
passos para o cálculo:
1. Realizou-se a soma das potências ativas de iluminação e dos pontos de tomada de
uso geral:
 Potência de iluminação = 4.160 W
 Potência de TUG’s = 8.560 W
 Soma da potência ativa de iluminação e PTUG’s: 4.160 W + 8.560 W = 12.720 W

2. Multiplica-se o valor calculado (12.720 W) pelo fator de demanda correspondente a


esta potência.
Segundo o manual do Prysmian (2006) “Fator de demanda representa uma porcentagem
do quanto das potências previstas serão utilizadas simultaneamente no momento de maior
solicitação da instalação.” Nesse sentido, o fato de demanda é determinado para não
superdimensionar os componentes dos circuitos de distribuição.
A partir do cálculo da soma da potência ativa de iluminação e das TUG’s, o presente
projeto apresenta um resultado de 12.720 W, com isso, é possível determinar na tabela abaixo, o
fator de demanda.
Tabela 3: Fatores de demanda para iluminação e PTUG’s.
Fatores de demanda para iluminação e
pontos de tomadas de uso geral (PTUG's)
Potência (W) Fator de demanda
0 a 1000 0,86
1001 a 2000 0,75
2001 a 3000 0,66
3001 a 4000 0,59
4001 a 5000 0,52
5001 a 6000 0,45
6001 a 7000 0,40
7001 a 8000 0,35
8001 a 9000 0,31
9001 a 10000 0,27
acima de 10000 0,24

Fonte: Manual Prysmian

A soma das potências de iluminação e PTUG’s é de 12.720 W, o valor obtido


corresponde a faixa acima de 10000 W, sendo o fator de demanda utilizado equivalente a 0,24.
Sendo assim a demanda máxima dos circuitos de iluminação e de tomada de 3.052,8 W e dos
circuitos reserva de 2700 W.
 Fator de demanda = 0,24
12.720 W * 0,24 = 3.052,8 W

3. Multiplicam-se as potências dos pontos de tomadas de uso específico (PTUE’s) pelo


fator de demanda correspondente.

O fator de demanda para as PTUE’s é obtido em função do número de circuitos de


PTUE’s previstos no projeto. Foram determinados para a residência 6 circuitos, sendo: chuveiro
elétrico, máquina de lavar roupa, torneira elétrica e 3 ar-condicionado, portanto o fator de
demanda utilizado de acordo com a tabela será de 0,65.
Tabela 5: Fatores de demanda para tomadas de PTUE’s.
Números de
FD
circuitos PTUE's
1 1,00
2 1,00
3 0,84
4 0,76
5 0,70
6 0,65
7 0,60
8 0,57
9 0,54
10 0,52

Fonte: Manual Prysmian.

Dessa forma, somam-se as potências de TUE’s, portanto, chuveiro elétrico: 5500 W,


máquina de lavar roupa: 1000 W, torneira elétrica: 2500 W e 3 ar-condicionado: 1600 W,
obtendo um total de potência ativa de TUE’s igual a 13.800 W, sendo multiplicada pelo fator de
potência correspondente.
 Fator de demanda = 0,65
13.800 W * 0,65 = 8.970 W

4 Somam-se os valores das potências ativas de iluminação, de PTUG’s e de PTUE’s já


corrigidos pelos respectivos fatores de demandas.

 Potência ativa de iluminação e PTUG’s: 3.052,8 W


 Potência ativa de PTUE’s: 8.970 W
 Total da potência ativa: 3.052,8 + 8.970 = 12.022,80 W
5 Divide-se o valor obtido pelo fator de potência médio de 0,95, obtendo-se assim o
valor da potência do circuito de distribuição.

12.022,80 / 0,95 = 12.655,58 VA


Potência do circuito de distribuição: 12.655,58 VA

6 Cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição

Fórmula: I = P / U*√3
P = 12.655,58 VA
U = 380 V
I = 12.655,58 VA / (380*√3)
I = 19,29 A
Com correção do fator de agrupamento que é 1 e do fator de temperatura (40°c) que será
0,77 a corrente corrigida de projeto será:
Fórmula: Ip = I/(FCA*FCT)

Ip = 19,29/(1*0,77)

Ip = 24,97 A

Dessa forma, para este projeto nossa proteção ocorrerá através de um disjuntor trifásico
de 30 A.
A tabela a seguir, refere-se ao circuito de distribuição, e apresenta uma síntese dos
resultados obtidos nos cálculos anteriores.

Tabela 6: Cálculo da corrente do circuito de distribuição do projeto.


Corrente N° de circuitos Corrente corrigida Seção dos Proteção
N° Circuito Tensão (VA) Local Potência (VA) FCA FCT(40°C)
(A) agrupados de projeto (A) condutores (mm²) Tipo Corrente
Quadro de
distribuição
Distribuição 380 12.655,58 19,23 1 1 0,77 24,97 4 DTM 30
Quadro de
medidor

Os dados apresentados na tabela, determinam resumidamente, os cálculos em relação a


tensão, potência, corrente, n° de circuitos agrupados, seção dos condutores e o tipo de proteção e
o disjuntor que irá ter o circuito. Os resultados obtidos foram satisfatórios, uma vez que, estão
conforme se determinada a norma vigente.
 Determinação dos circuitos terminais

A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos terminais, uma vez
que essa divisão facilitará a manutenção e redução de interferências. Para tanto, devem ser
adotados os critérios estabelecidos pela NBR 5410:2004, a qual determina:
 Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de pontos de tomadas de uso
geral (PTUG’s);
 Prever circuitos específicos, exclusivos para cada equipamento com corrente nominal
superior a 10 A;
 Os pontos de tomadas de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviços,
lavanderias e locais semelhantes devem ser alimentados por circuitos destinados
unicamente a estes locais.
Além disso, a NBR 5410:2004 orienta nos circuitos de iluminação e pontos de tomadas
de uso geral, limitar a corrente a 10 A. Para tanto, deve-se multiplicar a tensão da rede (220 V)
pela corrente máxima de 10 A.
Ainda, deve-se considerar o melhor trajeto do Eletroduto, bem como o limite de 10
condutores por ele distribuído. Assim sendo, aplicando esses critérios foram determinados,
quinze circuitos terminais, com 5 saídas do Eletroduto do quadro de distribuição.

1a Saída – Eletroduto do quadro de distribuição:


 Circuito 1 – Iluminação 01: (Garagem: 220VA) + (Terraço 460VA) + (Recepção:
100VA) + (Consultório: 100VA) + (S. de atendimento: 100VA) + (Circulação
clínica: 100VA) + (Lavabo: 100VA) + (Lavabo vaso: 100VA) = 1.280 VA
 Circuito 5 – PTUG’s: (Clínica: 1100VA) + (Lavabo: 600VA) = 1.700 VA
 Circuito 13 – PTUE’s: (Ar-condicionado 01: 1600W) = 1.600 W
 Circuito 15 – PTUE’s: (Ar-condicionado 02: 1600W) = 1.600 W
2a Saída - Eletroduto do quadro de distribuição:
 Circuito 2 – Iluminação 02: (Sala de Jantar: 160VA) + (Estar: 340VA) + (Jardim:
160VA) + (Cozinha: 160VA) + (Á. de Serviço: 100VA) + (Circulação: 100VA) +
(Área livre: 280VA) = 1.300 VA
 Circuito 6 – PTUG’s: (Sala de Jantar: 400VA) + (Estar: 300VA) + (Garagem:
200VA) + (Circulação: 200VA) + (Área livre: 300VA) = 1.400 VA
 Circuito 7 – PTUG’s: (Cozinha: 2000VA) = 2.000 VA
 Circuito 11 – PTUG’s: (Área de Serviço: 1800VA) = 1.800 VA
3a Saída - Eletroduto do quadro de distribuição:
 Circuito 3 – Iluminação 03: (Quarto bebê: 160VA) + (Circulação: 100VA) + Suíte:
220VA) + (Closet: 100VA) + (BWC: 100VA) + (Área Gourmet: 280VA) + (Área
Verde: 520VA) + (Jardim Suíte: 100VA) = 1.580 VA
 Circuito 8 – PTUG’s: (Quarto bebê: 300VA) + (Circulação: 200VA) + (Suíte:
400VA) + (Closet: 200VA) + (Banheiro: 600VA) = 1.700 VA
 Circuito 12 – PTUE’s: (Ar-condicionado 03: 1600W) = 1.600 W
 Circuito 14 – PTUG’s: (Área Gourmet: 2100VA) = 2.100 VA
4a Saída - Eletroduto do quadro de distribuição:
 Circuito 9 – PTUE’s: (Chuveiro elétrico: 5500W) = 5.500 W
5a Saída - Eletroduto do quadro de distribuição:
 Circuito 4 – PTUE’s: (Máquina de lavar roupa: 1000W) = 1.000 W
 Circuito 10 – PTUE’s: (Torneira elétrica: 2500W) = 2.500 W
3.1.9 - Dimensionamento das correntes dos circuitos

Para este projeto elétrico, os valores das potências de iluminação e tomadas – TUG’s e
TUE’s - de cada circuito terminal já foram previstos e a sua tensão já está determinada. Dessa
forma, para o cálculo da corrente dos circuitos foi utilizada a fórmula descrita abaixo:
Fórmula: P = U x I

Cabe atentar para o fato de que para o cálculo da corrente do circuito de distribuição,
deve-se conhecer o valor da potência deste circuito. Dessa forma, seguindo os critérios
determinados e conhecendo os valores de potência e tensão, os valores das correntes dos
circuitos foram determinados.
 Cálculo da corrente (A):
 Circuito 1 – 1280/220 = 5,82 A
 Circuito 2 – 1300/220 = 5,91 A
 Circuito 3 – 1580/220 = 7,18 A
 Circuito 4 – 1000/220 = 4,55 A
 Circuito 5 – 1700/220 = 7,73 A
 Circuito 6 – 1400/220 = 6,36 A
 Circuito 7 – 2000/220 = 9,09 A
 Circuito 8 – 1700/220 = 7,73 A
 Circuito 9 = 5.500/220 = 25,00 A
 Circuito 10 = 2500/220 = 11,36 A
 Circuito 11 = 1800/220 = 8,18 A
 Circuito 12 = 1600/220 = 7,27 A
 Circuito 13 = 1600/220 = 7,27 A
 Circuito 14 = 2100/220 = 9,55 A
 Circuito 15 = 1600/220 = 7,27 A

3.2.1 - Dimensionamento das correntes de projeto corrigida

O cálculo preciso das correntes dos circuitos se faz relevante, uma vez que o
agrupamento de condutores em um mesmo eletroduto, poderão sofrer superaquecimento,
causando o risco de curto-circuito ou princípio de incêndio. Sendo assim, é necessário fazer um
novo dimensionamento da corrente levando em consideração o agrupamento de circuito nos
eletrodutos. Dessa forma, para o cálculo de projeto corrigida dos circuitos foi utilizada a fórmula
descrita abaixo:
Fórmula: Icp = I /(FCA*FCT)
Sendo,
FCA = Fator de correção por agrupamento
FCT = Fator de correção por temperatura
Cabe atentar para o fato de que para o cálculo de projeto corrigida dos circuitos, deve-se
conhecer o agrupamento que cada circuito faz nos eletrodutos que é determinado pela maior
quantidade de circuitos no mesmo eletroduto para se obter o FCA. Já para o FCT é a temperatura
ambiente que se encontra-se e o material do eletroduto que nesse caso será de PVC e a
temperatura de 35°C.
Tabela 7: Fator de correção por temperatura

Fonte: NBR – 5410/2004


Tabela 8: Fator de correção por agrupamento

Fonte: NBR – 5410/2004

 Cálculo das correntes de projeto corrigida (A):


 Circuito 1 – 5,82/(0,65*0,94) = 9,53 A
 Circuito 2 – 5,91/(0,65*0,94) = 9,67 A
 Circuito 3 – 7,18/(0,65*0,94) = 11,75 A
 Circuito 4 – 4,55/(0,7*0,94) = 6,91 A
 Circuito 5 – 7,73/(0,65*0,94) = 12,65 A
 Circuito 6 – 6,36/(0,65*0,94) = 10,42 A
 Circuito 7 – 9,09/(0,65*0,94) = 14,88 A
 Circuito 8 –7,73/(0,65*0,94) = 12,65 A
 Circuito 9 – 25,00/(1*0.94) = 26,60 A
 Circuito 10 – 11,36/(0,8*0,94) = 15,11 A
 Circuito 11 – 8,18/(0,65*0,94) = 13,39 A
 Circuito 12 – 7,27/(0,65*0,94) = 11,90 A
 Circuito 13 – 7,27/(0,65*0,94) = 11,90 A
 Circuito 14 – 9,55/(0,65*0,94) = 15,62 A
 Circuito 15 – 7,27/(0,65*0,94) = 11,90 A

2.8 - Determinação das seções mínimas dos condutores

Para elaboração deste projeto foram utilizados condutores com diferentes seções e
representações de cores, as quais foram determinadas seguindo as recomendações da NBR
5410:2004, estabelecendo que os condutores utilizados nas instalações elétricas residenciais
deverão ser de cobre ou de alumínio, com isolamento em PVC, ou outros materiais
recomendados, e o tipo de instalação classificada de B1. Todos os condutores deste projeto serão
com isolamento de PVC e deverão respeitar os padrões de cores da norma brasileira. Isto posto,
temos que, por norma, a cor do condutor terra é definida, devendo ser obrigatoriamente nas cores
verde/amarela ou somente verde, o mesmo se aplica aos condutores neutros, os quais têm sua cor
definida pela norma, determinando que esse tipo de condutor deverá ser utilizado na cor azul.
Dessa forma, para este projeto os condutores foram representados pelas seguintes cores:
 Condutor terra: verde;
 Condutor neutro: azul;
 Condutor fase: vermelho;
 Condutor de retorno: preto.
2.9 – Determinação dos disjuntores dos circuitos

Na elaboração de um projeto de instalações elétricas deve-se atentar para os dispositivos


de segurança, os quais deverão estar presentes no projeto. Nesse sentido, esses dispositivos
devem ser instalados no quadro de distribuição, sendo os dispositivos mais utilizados o disjuntor
termomagnético, disjuntor diferencial residual e o interruptor diferencial residual. Para este
projeto foram determinados disjuntor termomagnético e interruptor diferencial residual.
Dessa forma, no mercado são disponibilizados diferentes tipos de disjuntores
termomagnéticos e interruptores diferencial residual. Para este projeto foram utilizados
respectivamente os tipos bipolares.
Para tanto, a NBR 5410:2004 determina recomendações e exigências para utilização de
proteção diferencial residual (disjuntor ou interruptor) em circuitos terminais que sirvam a:
 Pontos de tomadas de corrente de uso geral e específico, e pontos de iluminação
em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, a
todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens;
 Pontos de tomadas de corrente em áreas externas;
 Pontos de tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam
alimentar equipamentos de uso em áreas externas;
 Pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro.
Aplicando-se as recomendações e exigências da NBR 5410:2004 ao projeto, o tipo de
proteção a ser empregado foi determinado como disjuntor termomagnético mais interruptor
diferencial residual, ambos do tipo bipolar.

2.10 - Dimensionamentos dos condutores e disjuntores do circuito

O dimensionamento dos condutores de um circuito é determinado através da sua seção


padrão, de forma a garantir que a corrente calculada para ele possa circular pelos cabos, sem que
ocorra superaquecimento. Enquanto o dimensionamento do disjuntor de proteção é determinado
pelo valor da corrente nominal do disjuntor, garantindo aos condutores que não sejam
danificados por superaquecimento, provocado por sobrecorrente ou curto-circuito.
Dessa forma, para o dimensionamento dos condutores e disjuntores do circuito deve-se
seguir algumas etapas:
 Etapa 1 – Número de circuitos agrupados
Consultar a planta com a representação gráfica da fiação e observar o maior número de
circuitos agrupados para cada um dos circuitos do projeto.
O maior número de circuitos agrupados para cada circuito do projeto está representado
na tabela 9 e na figura 4, abaixo.
Tabela 9: Número de circuitos agrupados do projeto.

Nº do Nº de circuitos
Tipo
circuito agrupados

1 Iluminação 01 4
2 Iluminação 02 4
3 Iluminação 03 4
4 PTUE'S 3
5 PTUG'S 4
6 PTUG'S 4
7 PTUG'S 4
8 PTUG'S 4
9 PTUE'S 1
10 PTUE'S 2
11 PTUG'S 4
12 PTUE'S 4
13 PTUE'S 4
14 PTUG'S 4
15 PTUE'S 4

Após feito a análise na planta baixa, vimos que no circuito 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 11, 12, 13,
14 e 15 têm 4 circuitos agrupados, o circuito 4 tem três circuito agrupado, o circuito 9 tem 1
circuito agrupado e por fim o circuito 10 que tem 2 circuitos agrupados

 Etapa 2 – Seção do condutor e disjuntores do circuito


Determinar a seção adequada do condutor e o disjuntor apropriado para cada um dos
circuitos. Para tanto, utiliza-se o número de circuitos agrupados e o valor da corrente dos
circuitos, através da tabela abaixo, obtendo a seção do condutor e o valor da corrente nominal
dos disjuntores.
Tabela 8: Correte nominal do disjuntor (A).

Fonte: Prysmian.
Desta forma, aplicando-se os critérios mencionado para todos os circuitos, foram
determinadas as seções dos condutores de cada circuito e seus respectivos disjuntores,
representados na tabela abaixo.
Tabela 9: Seção dos condutores e disjuntores dos circuitos do projeto.

Corrente de
Potência Total N° de Seção dos
N° Circuito projeto Disjuntores
(VA) agrupamento condutores (mm²)
corrigida (A)
1 Iluminação 01 1280 4 1,5 9,52 10
2 Iluminação 02 1300 4 1,5 9,67 10
3 Iluminação 03 1580 4 2,5 11,75 15
4 PTUE's 1000 3 2,5 6,91 15
5 PTUG's 2000 4 2,5 14,88 15
6 PTUG's 1700 4 2,5 12,65 15
7 PTUG's 1400 4 2,5 10,42 15
8 PTUG's 1700 4 2,5 12,65 15
9 PTUE's 2500 2 4 15,11 25
10 PTUE's 5500 1 4 26,60 30
11 PTUG's 1800 4 2,5 13,39 15
12 PTUE's 1600 4 2,5 11,90 15
13 PTUE's 1600 4 2,5 11,90 15
14 PTUG's 2100 4 4 15,62 20
15 PTUE's 1600 4 2,5 11,90 15

Sendo assim, os resultados obtidos das seções dos circuitos foram de 1,5 mm² para os
circuitos de iluminação, 2,5 mm² para as TUG’s e para a TUE da máquina de lavar roupa e por
fim a de 4 mm² que se refere a TUE do chuveiro elétrico. Já os disjuntores, obtivemos um
disjuntor de 10 A para os circuitos de iluminação, para as TUG’s e TUE da máquina de lavar, o
resultado obtido foi de 15 A, e por último, o resultado da TUE do chuveiro elétrico foi de 30 A.
 Dimensionamento dos dispositivos DR
Segundo o manual da Prysmian (2006) para dimensionar o dispositivo DR deve-se
determinar o valor da corrente nominal e da corrente diferencial-residual nominal de atuação,
garantindo a proteção das pessoas contra choques elétricos que possam colocar em risco as suas
vidas.
Para este projeto foram determinados interruptores diferenciais residuais, devendo ser
escolhidos com base na corrente nominal dos disjuntores termomagnéticos, de acordo com as
determinações da tabela 11, abaixo.
Tabela 11: Corrente nominal mínima do IDR (A).

Fonte: Prysmian.
Desse modo, para os circuitos com corrente nominal do disjuntor de 10,15,20 e 25 A,
serão considerados uma corrente mínima do IDR de 25 A, e para os circuitos com 30 ou 40 A,
terão uma corrente mínima do IDR de 40 A. como representado na tabela 12, a seguir.

Tabela 12: Instalações elétricas – Painel: QDC do projeto


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: PAINEL QDC
Localização: Circulação OBS.:
FP: Fator de Potência Ib: Corrente de Projeto Corrigida(A) (Ib < In < Iz)
Alimentador: MED Alimentação:380/220 V Trifásica (3F + N + T) FCA:Fator de Correção por Agrupamento In:Corrente Nominal do Disjuntor (A)
Montagem: Embutido FCT:Fator de Correção por Temperatura Iz: Capacidade de condução de corrente do condutor(A)

Notas:

Ib: Corrente de Seção e Iz: Capacidade Proteção


Tensão Potência Total Potência total Corrente N° de
N° Circuito Esquema Local FP FCA FCT(35°C) projeto corrigida de condução de In: Corrente Fase A Fase B Fase C
(V) (VA) (W) Nominal (A) agrupamento Tipo
(A) corrente (mm²) nominal
Garagem; Terraço; Recepção; Consultório;
10
1 Iluminação 01 220 FN S. de atendimento; Circulação clínica; 1280 1 1280 5,82 4 0,65 0,94 9,52 1,5 (17,5) DTM + IDR 1280
25
Lavabo
Sala de Jantar e Estar; Jardim; Cozinha; Á. 10
2 Iluminação 02 220 FN 1300 1 1300 5,91 4 0,65 0,94 9,67 1,5 (17,5A) DTM + IDR 1300
de Serviço; Circulação 25
Dormitório Bebê; Circulação; BWC; Á. 15
3 Iluminação 03 220 FN 1580 1 1580 7,18 4 0,65 0,94 11,75 2,5 (17,5A) DTM + IDR 1580
Gourmet; Suíte; Jardim; Closet; Á. Verde 25
15
4 PTUE's 220 FNT Máquina de Lavar Roupa 1000 1 1000 4,55 3 0,7 0,94 6,91 2,5 (24A) DTM + IDR 1000
25
15
5 PTUG's 220 FNT Cozinha 2000 0,8 1600 9,09 4 0,65 0,94 14,88 2,5 (24A) DTM + IDR 2000
25
15
6 PTUG's 220 FNT Clínica e Lavabo 1700 0,8 1360 7,73 4 0,65 0,94 12,65 2,5 (24A) DTM + IDR 1700
25
Sala de Jantar e Estar; Garagem; 15
7 PTUG's 220 FNT 1400 0,8 1120 6,36 4 0,65 0,94 10,42 2,5 (24A) DTM + IDR 1400
Circulação 25
15
8 PTUG's 220 FNT Dormitório Bebê; BWC; Suíte; Closet 1700 0,8 1360 7,73 4 0,65 0,94 12,65 2,5 (24A) DTM + IDR 1700
25
25
9 PTUE's 220 FNT Torneira Elétrica 2500 1 2500 11,36 2 0,8 0,94 15,11 4 (32A) DTM + IDR 2500
25
30
10 PTUE's 220 FNT Chuveiro Elétrico 5500 1 5500 25,00 1 1 0,94 26,60 4 (32A) DTM + IDR 5500
40
15
11 PTUG's 220 FNT Área de Serviço 1800 0,8 1440 8,18 4 0,65 0,94 13,39 2,5 (24A) DTM + IDR 1800
25
15
12 PTUE's 220 FNT Ar Condicionado 03 1600 1 1600 7,27 4 0,65 0,94 11,90 2,5 (24A) DTM + IDR 1600
25
15
13 PTUE's 220 FNT Ar Condicionado 01 1600 1 1600 7,27 4 0,65 0,94 11,90 2,5 (24A) DTM + IDR 1600
25
20
14 PTUG's 220 FNT Área Gourmet 2100 0,8 1680 9,55 4 0,65 0,94 15,62 4 (24A) DTM + IDR 2100
25
15
15 PTUE's 220 FNT Ar Condicionado 02 1600 1 1600 7,27 4 0,65 0,94 11,90 2,5 (24A) DTM + IDR 1600
25

TOTAL 28660 _____ 26520 130,27 _______ _____ _____ 194,87 _______ _______ 10780 8900 8980
Dessa forma, a iluminação 01 e 02 com um disjuntor de 10 A, terá um disjuntor de
proteção de 25 A. As TUG’s e a TUE da máquina de lavar roupa, um disjuntor de 15 A, terá uma
proteção 25 A, e por fim, a TUE do chuveiro elétrico com 30 A, terá a proteção 40 A.

2.11 - Dimensionamentos dos Eletrodutos

No que se refere o diâmetro do Eletroduto, é obrigatório que os condutores não ocupem


mais que 40% da área útil desses. Partindo desse pressuposto, o dimensionamento dos
eletrodutos deverá seguir as recomendações que sugerem o conhecimento quanto ao número de
condutores e maior seção deles no eletroduto. De posse destes dados, consulta-se tabela
específica para obter os tamanhos nominais de cada eletroduto por trecho dimensionado.

Tabela 13: Número de condutores no Eletroduto

Fonte: Prysmian.

Para este projeto os eletrodutos foram dimensionados seguindo as recomendações da


NBR 5410:2004. Assim sendo, a representação quanto ao dimensionamento de cada eletroduto
presente no projeto elétrico, está descrito na planta baixa do projeto e na tabela a quantidade de
eletroduto utilizados.
Figura 3: Eletrodutos do projeto
Tabela 14: Legenda Planta Baixa

Tabela 15: Quantidade de eletroduto

Com os dados apresentados na tabela, vimos que foram utilizados três diâmetros
diferentes, sendo que o eletroduto de 16 mm foi utilizado, aproximadamente, 230,57 m, o de 20
mm 107,26 m, e por último o de 25 mm que obteve 35,49 m e por último o de 25 mm de PEAD
que foi de 53,69 m.

2.12 – Diagrama Unifilar e QDC


O diagrama unifilar é um componente do projeto de uma instalação elétrica, o qual
representa graficamente uma instalação elétrica. Indicando a entrada de serviços, os quadros de
distribuição, a divisão dos circuitos, a caracterização dos condutores e dos dispositivos de
proteção.
O diagrama unifilar é peça fundamental para o profissional que está realizando as
instalações e/ou manutenção da infraestrutura elétrica. É no diagrama unifilar que o profissional
vai encontrar as especificações e divisões dos circuitos, encontrara ainda as especificações de
seção dos condutores de cada circuito.
Figura 4: Diagrama Unifilar

Figura 5: QDC
2.13 - Relação de quantitativo dos materiais necessários para este projeto

Para a execução de um projeto elétrico residencial, é necessário realizar, previamente, o


levantamento dos materiais a serem utilizados no projeto, portanto, se faz necessário realizar a
medição, contagem e somatório de todo o material a ser utilizado no desenvolvimento prático do
projeto. Desse modo, o manual da Prysmian (2006) orienta sobre os procedimentos a serem
desenvolvidos para realização desse passo no projeto elétrico. Isto posto, inicia-se o
procedimento da relação do quantitativo dos materiais necessários para o projeto, através da
análise da representação gráfica do projeto residencial em planta, no qual é possível medir e
determinar quantos metros de eletrodutos e condutores, serão necessários para a execução do
projeto, bem como a contagem do número de caixas, curvas, luvas, arruela e buchas; tomadas,
interruptores, conjuntos e placas de saída de condutores, entre outros.
Por conseguinte, são feitas as medições dos eletrodutos e condutores através do plano
horizontal, utilizando-se do auxílio de uma régua ou outro instrumento em unidade de medida
linear, após a realização de todas as medidas dos condutores e eletrodutos, efetua-se a devidas
convenções no que se refere a medida representada na escala da planta para o valor de medida
real. Partindo desse pressuposto, deve-se considerar o posicionamento e o caminho seguido pelo
eletroduto no projeto, assim sendo, considera-se as medidas dos eletrodutos que descem –
desconta-se a medida do pé direito mais a espessura da laje da residência – a altura da caixa de
passagem, deve-se também considerar os eletrodutos que sobem – somam-se a medida da altura
da caixa mais a espessura do contrapiso – até as caixas de passagem.
No que se refere, a contagem e relação dos materiais como caixas, curvas, luvas, arruela e
buchas; tomadas, interruptores, conjuntos e placas de saída de condutores, entre outros. Também
são efetuadas através da análise da representação gráfica do projeto residencial em planta. Desse
modo, considerando o projeto elétrico desenvolvido para este trabalho, têm-se a listagem dos
materiais a seguir:
Tabelas 16: Lista dos materiais que compõem o projeto.
3 INSTALAÇÕES HIDRAÚLICA DE ÁGUA FRIA

Especificações da residência
 Configuração arquitetônica da residência:
Dois dormitórios, sendo uma suíte
 Jardim:
Dimensões: 20,52m²
 Garagem:
1 automóvel
 Tipo de fornecimento:
Contínuo
 Capacidade de reserva:
2 dias
 Velocidade da água nas tubulações:
1m/s
 Tipo de construção e consumo médio (litros/dia):
o Residência: 150 L/pessoa;
o Jardins: 1,5m²;
o Garagem: 50 por automóvel;
o Clínica: 50 litros per capita.

3.1 DADOS DA RESIDÊNCIA


 Quarto;
 Suíte;
 Lavabo;
 Área Gourmet;
 Área de Serviço;
 Cozinha;
 1 vaga de garagem;
 20,52m² de Jardim;
 Clínica de estética.
3.2 CONSUMO DIÁRIO DE ÁGUA (CD)
Verifica-se a taxa de ocupação de acordo com o tipo de uso do edifício e o consumo per
capita (por pessoa). O consumo diário (CD) pode ser calculado pela seguinte fórmula:

CD = N × CIND.

Onde:

CD = consumo diário (litros/dia);

N = população que ocupará a edificação;

CIND = estimativa de consumo predial diário (litros/dia).

O número de habitantes (hab.) foi definido para o projeto através da quantidade de


quartos, que consiste na multiplicação do número de dormitórios x número de pessoas por
dormitório. Obs.: 1 dormitório = 2 pessoas. Dessa forma, utilizamos da tabela a seguir para servir
como base, para determinação da taxa de ocupação por ambiente habitando.

Figura 17 - Taxa de ocupação de acordo com o local habitado.

Sendo assim, podemos encontrar a população através da fórmula:


N = número de dormitórios x número de pessoas por dormitório.
Portanto:
N = 2Q x 2 hab.
N = 4 hab.
Para estar em conformidade com a norma NBR 5626:1998, utiliza- se para o cálculo o mínimo 5
habitantes.

Nessa perspectiva, através da tabela 18, determinamos a estimativa do consumo predial


diário, obtendo o consumo médio diário (litros/dia) por tipo de construção. Para este projeto foi
dimensionada uma residência unifamiliar, sendo estabelecida por meio da tabela 18, o consumo
individual diário residencial que será de 150 (litros/dia) por pessoa, com jardim 1,5 (litros/dia)
por m², 50 (litros/dia) por automóveis e para clínica de estética será de 50 per capita. Dessa
maneira, o consumo diário desta residência será:

Tabela 18 – Estimativa de consumo predial diário.


1. Residências:
CDR = N x CIND
CDR = 5 hab. X 150 litros/dia
CDR = 750 litros/dia
CDR = 750/1000
CDR = 0,75 m³
2. Jardins:
CDJ = N x CIND
CDJ = 1,5 x 20,52
CDJ = 30,78 litros/dia
CDJ = 30,78/1000
CDJ = 0,031 m³
3. Garagem:
CDG = N x CIND
CDG = 1 x 50
CDG = 50 litros/dia
CDG = 50/1000
CDG = 0,05 m³
Para cálculo da clínica utilizou-se a tabela 17 para descobrir qual era a taxa de ocupação,
assim considerou-se uma pessoa a cada 6m².

4. Clínica

CDC = N x CIND

CDC = 4 x 50

CDC = 200 litros

CDC = 200/1000

CDC = 0,2 m³

5. Consumo diário total

CDT = CDR + CDJ + CDG + CDC

CDT = 750 + 30,78 + 50 + 200

CDT = 1030,78 litros/dia

CDT = 1030,78/1000

CDT = 1,031 m³

3.2.1 Cálculo do volume a reservar, altura da lâmina d’agua, altura do Extravasor altura
útil do reservatório.

VRESERVAR = 2 x CDT
VRESERVAR = 2 x 1030,78

VRESERVAR = 2061,56 litros

VRESERVAR = 2061,56/1000

VRESERVAR = 2,062 m³

3.2.2 Altura da lâmina d’agua

V=axbxh

2,062 = 1,30 x 2,35 x h

hL= 0,67m ou 0,70m

3.2.3 Altura útil do reservatório

Altura útil = 0,70 + 0,20 (altura atmosférica)

ARESERVATÓRIO = 0,90m

3.2.4 Altura do Extravasor

AEXTRAVASOR = 0,70 + 0,05

AEXTRAVASOR = 0,75 m

3.3 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAL PREDIAL E ALIMENTADOR


PREDIAL
Ramal predial: Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e
a extremidade a montante do alimentador predial ou de rede predial de distribuição.

O diâmetro do ramal predial e hidrômetro/cavalete pode ser calculado através do


consumo diário estimado da edificação, através da seguinte tabela 19 que apresentam as
dimensões utilizadas no projeto para os elementos de alimentação.
Figura 19 – Dimensionamento dos elementos de alimentação

Ao exposto, o ramal predial terá uma tubulação de diâmetro externo de 20 mm, enquanto
o cavalete será de 19 mm. Já o alimentador predial, tubulação que liga a fonte de abastecimento
ao reservatório de água de uso doméstico, terá o dimensionamento do seu diâmetro determinado
através da tabela 20 a seguir.

Tabela 20 – Alimentador Predial

O alimentador predial terá um diâmetro igual ao ramal predial que DE é 25 mm. O


diâmetro do extravasor como a norma prevê deve ter no mínimo um diâmetro maior que o
alimentador predial, porém para fins de projeto vai ser utilizado um diâmetro de 32 mm e assim
como para o de limpeza.

3.4 DIMESIONAMENTOS DOS RAMAIS, SUB-RAMAIS, TUBULAÇÃO


TRONCO

Por se trata de uma residência unifamiliar, será utilizado o método do consumo máximo
possível que considera o uso de todas as peças ao mesmo tempo para dimensionar os ramais,
sub-ramais e a tubulação tronco dos ambientes molhados.

Os valores dos pesos relativos de cada peça foram retirados da tabela 21 e para o
diâmetro dos tubos utilizou-se o ábaco abaixo como referência.

Tabela 21 – Pesos Relativos das peças (NBR – 5626)

Tabela 22 – Ábaco de diâmetros e vazões em função dos pesos

3.4.1 DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS

Trecho que corresponde a tubulação que liga o ramal a peças de utilização, para o seu
dimensionamento obtém o peso relativo da peça de acordo com a tabela 4 e verifica no ábaco
qual o diâmetro de tubo equivalente.

Os valores mensurados para os ambientes da residência podem ser observados nos


quadros abaixo. Sendo que para o Sub-ramal do chuveiro apesar de pelo o ábaco determinar o
diâmetro externo de 20mm, será utilizado o diâmetro de 25mm.
Sub-Ramais (BWC)
Pes
Aparelhos DE (mm)
o
Lavatório duplo 0,6 20

Bacia c/ descarga 0,3 20

Chuveiro 0,4 25
Total 1,3 -

Sub-Ramais (Lavabo)
Pes
Aparelhos DE (mm)
o
Lavatório duplo 0,6 20

Bacia c/ descarga 0,3 20

Total 0,9 -

Sub-Ramais (Cozinha)
Aparelhos Peso DE (mm)
Pia 0,7 20
Total 0,7 -

Sub-Ramais (Area de serviço)


Aparelhos Peso DE (mm)
Tanque 0,7 20

Máquina de lavar 1 20

Total 1,7 -

Apesar de alguns trechos apresentarem um DE de 20mm, com objetivo de facilita o


processo de execução os valores a ser a adotados para todos os sub-ramais será de 25mm.

3.4.2 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS

Trecho que se deriva da coluna de distribuição e destina-se a alimentação dos sub-ramais,


para se descobrir o diâmetro externo do ramal se faz a soma de todos os pesos relativos dos
aparelhos de cada ambiente. No quadro abaixo os valores que serão utilizados no projeto.
Ramal
Ambiente Peso DE (mm)
BWC 1,3 25
Área de serviço 1,7 25

Lavabo 0,9 25
Cozinha 0,7 25
Total 4,6 - 

OBS.: As colunas de distribuição terão os mesmos diâmetros dos ramais.

3.4.3 DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO TRONCO

Trecho que corresponde a tubulação que alimenta as colunas de distribuição, para


descobrir o diâmetro soma-se todos os pesos dos ramais. Os valores a admitidos estão
representados no quadro a seguir.

Tubulação tronco
Ambiente Peso DE (mm)
BWC 1,3 25

Área de serviço 1,7 25

Lavabo 0,9 25

Cozinha 0,7 25
Jardim 0,8 20
Total 5,4 32

4 DIMENSIONAMENTO DA ALTURA MINIMA PARA ÁREA DO


BARRILETE

Cálculo realizado para garantir que no ponto de consumo mais desfavorável da residência
chegue à pressão disponível de 1 mca. No caso dessa residência o ponto de consumo mais
desfavorável será o chuveiro da suíte.

4.1 CÁLCULO DA PRESSÃO ADMISSÍVEL

Por norma, todos os pontos de consumo devem ter pelo menos 1,0 mca (metro por coluna
d’agua) de pressão disponível para o funcionamento adequado de todos os aparelhos
hidrossanitários. Dessa forma, a pressão disponível em qualquer ponto de consumo é realizada
através do resultado da diferença entre a altura piezométrica (+) e as perdas de cargas (-), cuja
fórmula é a seguinte.
Pd Ponto + desfavorável = Apiez - hf

 Apiez – É a distância em projeção vertical, entre a saída da tubulação tronco


(reservatório) e o ponto de consumo considerado.

 hf – Perdas de cargas são perdas de pressão disponível provocadas por obstáculos ao


fluxo de água.

Existem dois tipos de perdas de pressão que são: a perda de carga distribuída e a perda de
carga concentrada.

A perda de carga distribuída, consiste na perda ao longo das tubulações pela ação do
atrito entre o fluxo de água e as paredes dos tubos. Essa perde é calculada pela seguinte fórmula.

hfdist = 5% do comprimento real das tubulações

Já a perda de carga concentrada, são perdas pontuais que ocorrem nas mudanças de
sentido ou obstáculos específicos ao fluxo de água. Essa perda é calculada pela seguinte fórmula.

hfconc = 5% do comprimento equivalente das conexões

Cálculo:

1. Altura Piezométrica = 0,12 + HB + 0,20 + 2,6 – 2,1

Altura Piezométrica = 0,82 + HB

2. Comprimento real das tubulações = 0,12 + HB + 0,45 + 0,20 + (2,60 - 0,60) + 1,30 +
(2,10 - 0,60)

Comprimento real das tubulações = HB + 4,07

3. Comprimento Equivalente: Para fins de cálculo foi utilizada a tabela a seguir para o
dimensionamento dos comprimentos equivalentes a perdas localizadas, expressos em
metros de canalização retilíneo.
 Entrada normal (1¨) =0,3

 Registro de esfera (1¨) =0,1

 Joelho de 90° (1¨) = 0,7

 Tee (1¨) =2,0

 Tee (3/4¨) =1,2

 Joelho de 90° (3/4¨) = 0,7

 Registro de gaveta (3/4¨) = 0,1

 Registro de pressão (3/4¨) = 0,1

 Saída da canalização (1/2¨) = 0,5

Total 5,70 m

4. Cálculo de altura mínima para barrilete

HB + 0,82 - (0,05 x (HB + 4,07)) - (0,05 x 5,7) = 1,0

HB + 0,82 - 0,204 - 0,05 x HB - 0,285 = 1

0,95HB = 0,669

HB = 0,70m
OBS.: Para que haja uma margem de segurança, nesse projeto área de barrilete
terá uma altura de 0,80m, assim os pontos de consumo terão a pressão adequada.

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