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Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 25 de Julho de 2011. Edição 17 e-mail: contato@jornaldeumbanda.com.br

Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 17


Índice de Matérias 26 de Julho, dia de Nanã

EDITORIAL
300.000 Um feito Espartano (Rodrigo Queiroz) pág 02
Orixá Nanã (Alan Levasseur) pág 03
DOUTRINA
Obsessão (Valéia) pág 07
Os inimigos do conhecimento (Celso A. Souza Junior) pág 08
Conversa com Exu (Pai Fabio Marques) pág 09
Ciganos na Umbanda (Mauro Cavichiollo) pág 10
Cambone de Umbanda (Sheila Nascimento) pág 11
PSICOGRÁFIAS
Julgamento (Juliana Rachel Velico) pág 13
BALUARTES DA UMBANDA
Tenda Umbandista Pai Cipriano (Pai Dalton Micieli) pág 15
Associação Cacique Cobra Coral (Pai Edson de Oxossi) pág 20
OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA
Vick Vaporub nos pés (Internet) pág 23 ... A Orixá Nanã rege sobre a maturidade e
A erva que cura (Wagner Duarte) pág 23 seu campo preferencial de atuação é o
Livros Falados (Christiane Blume) pág 24 racional dos seres. Atua decantando os
CADERNO DO LEITOR seres emocionados e preparando-os para
Quem é o “velho” (Alexandre Cumino) pág 25 uma nova "vida", já mais equilibrada. Pág.03
Ser Mago é (Eden Carlos da Silva) pág 26
1º Arraial do Portinho (Ogã Anderson) pág 27
DEPOIMENTOS DOS LEITORES - NOVO LIVRO DO MÊS:
Fragmentos de uma Historia (Valdete Ap. Sandes) pág 28
Agradecimento (Suzicleide Oliveira) pág 29
Logunam - O Trono Feminino da Fé (Alexandre Cumino) pág 27
As Limitações do Espirito Humano (Mãe Lurde C. Vieira) pág 28
ÚLTIMA PÁGINA
Intolerância Religiosa (Rubens Saraceni) pág 30

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MAGIA DIVINA DOS 7 ELEMENTOS SAGRADOS


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EDITORIAL
300.000 – UM FEITO ESPARTANO!
Por Rodrigo Queiroz
“Honre o coração (Εστιαν τιμα)”

O título deste texto é uma alusão à Batalha das Termópilas (Gregos e Persas), em que o
comandante espartano Leônidas, sabendo-se perdido, ordenou a retirada de todos os não
espartanos, ficando apenas com 300 compatriotas à espera do último combate, que fatalmente foi o
fim daquele grupo.
Mas o que cabe nessa referência é o sentido de coragem e honra. Leônidas não voltaria
fracassado, seguindo seu coração tornou-se mártir. Sei que este preâmbulo parece trágico, pois do
que estamos falando está longe de ser uma história de guerra e morte.
Pelo contrário, estamos comemorando neste texto uma grande conquista, mais uma grande
conquista liderada pelo Pai e Mestre Rubens Saraceni, que há alguns meses lançou o Jornal
Nacional da Umbanda, um jornal virtual, distribuído pela internet a fim de alcançar sem fronteiras
tantos quantos Umbandistas quisessem. No entanto, foi surpreendente a imediata aceitação e o
crescente número diário de assinaturas. E, portanto, nesta edição comemoramos a superação de
300.000 leitores ativos, ou melhor, cadastrados. Imaginamos que com os não cadastrados nos
aproximamos de um milhão.
Estes números nos conscientizam de que somos muitos, a Umbanda é grande, nosso corpo
religioso é imenso, é preciso que todos tenhamos essa consciência para melhor nos organizarmos,
nos fortalecermos e ocuparmos nosso legítimo espaço na sociedade, bem como nos meios de
comunicação.
Pai Rubens Saraceni há décadas vem contribuindo sem medir esforços para uma nova
realidade da Umbanda, se não bastasse ter mais de 50 títulos publicados, sabemos que mais um
tanto deste virá a ser publicado. Ainda assim ele mantém muitos cursos presenciais, o terreiro com
atendimento ao público e diversas iniciativas também no mundo virtual.
É de fato uma grande inspiração que vem agregando ao longo desses anos milhares de
pessoas com as mesmas intenções: “Levar ao mundo inteiro a Bandeira de Oxalá”.
O objetivo é esclarecer a comunidade, contribuir para a quebra de tabus e paradigmas que por
muito tempo mantiveram a religião na inércia doutrinária e consciencial. Alimentando
comportamentos aprisionadores e infundados, campo fértil aos charlatões e aproveitadores que se
ocultam na sombra dos incautos, vaidosos e odiosos.
Que todos nós nos juntemos na continuidade deste Jornal, em sua divulgação, alimentando-o
com bons textos e experiências.
Somos Umbanda, somos um nesta banda que chamamos de religião Umbanda Sagrada.
Pai Rubens Saraceni, ao honrar seu coração, honra a todos nós, honra os Orixás e os Mestres
da Luz, os Guias Espirituais.
Constante lição de superação e incentivo pense você o que pode fazer para contribuir para
uma realidade melhor da Umbanda.
E como começamos este texto, encerro incentivando você para que sempre “Honre o
Coração”.
Grande abraço, saravá!
www.rodrigoqueiroz.blog.br
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ORIXÁ NANÃ
Rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de
atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres
emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais
equilibrada.
A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois
elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica pois
seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que,
quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a
terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que
tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais. Nanã forma
com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na
passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no
adormecimento do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omulu são regidos por
magnetismos “terra pura”, enquanto Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos “terra-
água”. Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também
absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação
elemental telúrica, que se torna “úmida”. Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve
essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após
fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.
Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e,
com processos inversos, regem a evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o
espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo
energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está
sendo gerado.
Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado
desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiyê,
que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única,
que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para
uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é
associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas
que vivenciou na sua vida carnal. Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos
seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles
não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum
estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim
está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos. Nas “linhas da vida”,
encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da
vida dos seres.
Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque
onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível nem sempre é o
principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares
com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra”. Já em seus
aspectos negativos, bem, como a Umbanda não lida com eles, que os comente quem lidar, certo?

LENDAS SOBRE NANÃ

“RESPEITO É IMPORTANTE!”
No inicio dos tempos os pântanos cobriam quase toda a terra. Faziam parte do reino de Nanã
Buruquê e ela tomava conta de tudo com mãos de ferro como boa soberana que era. Quando todos
os reinos foram divididos por Olorun e entregues aos orixás uns passaram a adentrar nos domínios
dos outros e muitas discórdias passaram a ocorrer.
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E foi dessa época que surgiu esta lenda. Ogum precisava chegar ao outro lado de um grande
pântano, uma guerra estava prestes a ocorrer e sua presença era solicitada com urgência. Resolveu
então atravessar o lodaçal para não perder tempo. Ao começar a travessia que seria longa e penosa
ouviu atrás de si uma voz autoritária:
- Volte já para o seu caminho rapaz! - Era Nanã com sua majestosa figura matriarcal que não
admitia contrariedades - Para passar por aqui tem que pedir licença!
- Como pedir licença? Sou um guerreiro, preciso chegar ao outro lado urgente. Há um povo
inteiro que precisa de mim.
-Não me interessa o que você é e sua urgência não me diz respeito. Ou pede licença ou não
passa. Aprenda a ter consciência do que é o respeito ao alheio.
Ogum riu com escárnio: - O que uma velha pode fazer contra alguém jovem e forte como eu?
Irei passar e nada me impedirá!
Nanã imediatamente deu ordem para que a lama tragasse Ogum para impedir seu avanço. O
barro agitou-se e de repente começou a se transformar em grande redemoinho de água e lama.
Ogum teve muita dificuldade para se livrar da força imensa que o sugava. Todos seus músculos
retesavam-se com a violência do embate. Foram longos minutos de uma luta sufocante. Conseguiu
sair, no entanto, não conseguiu avançar e sim voltar para a margem. De lá gritou:
-Velha feiticeira, você é forte não nego, porém também tenho poderes. Encherei esse barro
que chamas de reino com metais pontiagudos e nem você conseguirá atravessa-lo sem que suas
carnes sejam totalmente dilaceradas. E assim fez. O enorme pântano transformou-se em uma
floresta de facas e espadas que não permitiriam a passagem de mais ninguém. Desse dia em diante
Nanã aboliu de suas terras o uso de metais de qualquer espécie. Ficou furiosa por perder parte de
seu domínio, mas intimamente orgulhava-se de seu trunfo: - Ogum não passou!
Saravá Nanã Buruquê!
Saluba Vovó

“COMO NANÃ AJUDOU NA CRIAÇÃO DO HOMEM”


Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o
Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem
logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa
foi pior.
Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi
então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava
ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro.
Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um
dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã.
Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.
Nanã Buruku se correlaciona com as Onze Energias Cósmicas e é íntima delas
compreendidas na religião de Umbanda. É até considerada por muitos como a “Avó de todos os
Orixás”. . Nada acontece de novo sem que ela não esteja alerta, sempre presente, desde a criação
incessante do Universo até o desenrolar contínuo da atividade existencial de todos os Seres e
Elementos que compõem o organismo vivo do nosso pequeno e valioso Planeta.
Neblinosamente, compadese com outras Energias para, juntas, comporem a forma do mais
sutil e perpiscaz Orixá.

Um pouco sobre Nanã


A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao
lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por
ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu
símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com
búzios.
Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma
limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
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Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o
ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água
da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da
criação do mundo.

Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.


O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
O Movimento adquire Estrutura.
Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez
parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao
primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da
existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que
se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora
praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido,
principalmente ressentido.
Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser
Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente
diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de
Oxum seria uma filha de Nanã "escondida".
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral,
as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem
possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os
acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos
mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos
familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através
dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer
para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a
responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da
Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma
brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como
testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um
compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a
invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.
Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no
adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o
material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao
tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado
desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o
"Senhor das Passagens" de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única,
que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para
uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é
associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas
que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o
raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino
traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum
estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim
está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
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Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da
família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma
criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos
Pratos.

ORIGEM
Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela
mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) ,
assimilando sua cultura e incorporando.
Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito
igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos
filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade
essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não
existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que
se mostra anterior à descoberta do fogo).
Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus
filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá. É neste contexto, a primeira esposa
de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluaiê) e Oxumarê.

ATRIBUIÇÕES
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres.
Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada.

Cor - Roxa ou Lilás


Ervas - Erva Quaresma (Flor ou Folha); Manjericão; Babosa; Jasmim; Carqueja; Jurema, entre
outras.
Símbolo - Chuva
Pontos da Natureza - Lago, Águas profundas, Lama, Cemitérios e
Pantânos.
Flores - Todas as flores roxas
Pedras - Ametista, cacoxenita, tanzanita
Metal - Latão ou Níquel
Dia da Semana - Sábado (Em algumas casas: Segunda)
Elemento - Água
Sincretismo - Nossa Senhora Santana
Saudação - Saluba Nanã
Data Comemorativa - 26 de Julho
Por: Alan Levasseur
E-mail: alan@hakanaa.com

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por nossa religião, venha juntar-se a nós, que
nada mais queremos além de ver a Umbanda
crescer e de valorizar nossas práticas
religiosas e nosso sacerdócio.
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Fone: (11) 2954-7014
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DOUTRINA
OBSESSÃO
O QUE É A OBSESSÃO: É a ação persistente que um espírito (encarnado ou desencarnado)
exerce sobre outro espírito (encarnado ou desencarnado).
GRADAÇÃO DAS OBSESSÕES: Em geral, a obsessão se instala gradativamente. De início
é sutil e, aos poucos, vai dominando a vítima, induzindo-a a cometer pequenos erros, até chegar ao
ponto de dominá-la por completo. Allan Kardec, através dos seus estudos classificou a obsessão por
seus estágios, sendo que por isso mesmo, não tem um caráter definitivo, servindo apenas como
parâmetro para estudo, uma vez que a obsessão é muito variada em seus aspectos, sendo difícil
estabelecer onde uma fase termina e começa outra.

OS GRAUS DE OBSESSÃO SÃO:


SIMPLES - É a influência sutil na atitude do espírito, encarnado ou desencarnado.
FASCINAÇÃO - É a ação direta de um espírito sobre o pensamento de outro.
SUBJUGAÇÃO - É a paralisação através da ação mental, que um espírito determina sobre a
vontade de outro.

TIPOS DE OBSESSÕES:
- Encarnado p/ Encarnado;
- Desencarnado p/ Desencarnado;
- Encarnado p/ Desencarnado;
- Desencarnado p/ Encarnado;
- Auto- Obsessão.

O QUE PREDISPÕE À OBSESSÃO: Podemos dizer que a Obsessão é resultado de dívidas


passada, porém é provocada pela não vigilância do obsidiado, que abre as portas para a instalação
da obsessão.
NÃO VIGILÂNCIA: A PORTA PARA A OBSESSÃO: As causas cármicas (débitos do
passado) aproximam o cobrador, mas o que lhe dá condição de agir sobre o obsidiado é a não
vigilância do mesmo, que ao se conduzir e permanecer no erro vai aos poucos criando as condições
para o ataque do obsessor implacável.
A ESCRAVIZAÇÃO DO PENSAMENTO: Pensamento é força. Quando se aceita um
pensamento ruim, emitido pelo obsessor, cria-se as condições para, cada vez mais, ser dominado
até a subjugação.
PROCESSO OBSESSIVO / CONSEQUÊNCIAS DA OBSESSÃO: Quando a vítima se mostra
desprotegida e vacilante, o cobrador inicia seu ataque de forma contínua e persistente e assim vai
dominando-a pouco a pouco. Pode ser um processo lento ou rápido, dependendo do estado da
vítima. Como consequência do ataque implacável a vítima passa a viver sob o domínio quase total
do obsessor, podendo esta ação causar inclusive problemas orgânicos nela.
OBSIDIADO: Pessoa assediada pelo obsessor.
A CRIANÇA OBSIDIADA: Geralmente é um espírito que já sofria perseguição na
erraticidade. Com o reencarne, o sofrimento é atenuado, porém, sofre desde cedo com estas
influencias.
QUEM É OBSESSOR: É alguém como nós, sujeito a erros e acertos, que, por não ter
perdoado seu agressor e por estar ainda preso ao sentimento de revolta ou raiva, ataca sua vítima e
tenta de todas as formas subjugá-la.
MODO DE AÇÃO DO OBSESSOR: Age nas brechas morais que encontra na vítima e utiliza-
se de todos os meios que dispuser para atingir seu objetivo. Algumas vezes se une a outros
espíritos e trabalham em conjunto para cercar a vítima de todos os lados.
ACESSOS À OBSESSÃO:- Ideias profundamente negativas - Depressão / Desânimo -
Revolta - Medo - Irritação / Cólera - Vícios / fumo / tóxicos / álcool - Desregramento sexual -
Maledicência - Ciúme - Avareza/Egoísmo - Ociosidade - Remorso
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PARASITOSE ESPIRITUAL: Quando o espírito desencarna ele conserva suas qualidades e


seus defeitos, assim, se era um viciado, vai procurar alguém que lhe dê as condições de suprir suas
necessidades referentes àquele vício que possuía e passa a viver como hospedeiro.
A OBSESSÃO PROLONGADA PODE CAUSAR:- Desordens patológicas (doenças) -
Loucura - Morte Física
Estudo baseado na obra: Obsessão / Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica Espírita.
Autora: SUELY CALDAS SCHUBERT
Enviado por: Valeria
E-mail: valeria.schalch@hotmail.com

OS INIMIGOS DO
CONHECIMENTO Alguns dirigentes, por possuírem dons
naturais maravilhosos, acham que só isso
sustentará a Umbanda, mas se esquecem de
Fuçando no Orkut, encontrei um dos que dons não são passados para outras
milhares de comunidades sobre Umbanda, e pessoas, é algo intransferível.
numa delas estava sendo discutido sobre os Já os conhecimentos de uma Religião
autores que lançam livros e cursos com o intuito são a certeza de sua continuidade.
de trazer um pouco de conhecimento à nossa Outra coisa que eu gostaria de esclarecer: --
religião (que valoriza muito mais a pratica do Nenhum guia ensina tudo o que sabe para o
que o estudo), nessa discussão um irmão seu médium.
dirigente disse: É como se você fosse ao médico com
algum problema de saúde e perguntasse a ele
"Não devemos estudar por livros ou cursos, um monte de coisas sobre medicina. Ele logo
somente os guias podem ensinar alguma iria dizer:
coisa”. -“Bom se você quiser saber tanto quanto
Com certeza nossos guias ensinam eu, então matricule-se num curso de medicina,
muitas praticas e magia, que podemos usar no aqui eu só posso te curar e explicar o básico, o
dia a dia para nos beneficiar e ajudar outras que for avançado você vai ter que se esforçar
pessoas, mas eles não ensinam sobre os pra aprender, assim como eu me esforcei.”.
mecanismos da mediunidade, sobre teologia, Taí o grande problema daqueles que criticam os
sobre a ciência dos Orixás nem sobre a que buscam o conhecimento: falta esforço para
interpretação das lendas à luz da razão, e o aprender.
porquê de se usar certos elementos dentro dos Lembrei-me de uma passagem do Livro
rituais, etc. Lendas da Criação, onde num dialogo, Obá, que
Isso e outras coisas são e sempre foram é a Mãe do Conhecimento, diz:
ensinadas, sejam em livros ou em cursos e só "O conhecimento é algo que se
não aprende quem não quer ou é preguiçoso. adquire com dedicação, afinco, segurança,
Sabemos que muitos pais de santos não paciência, objetividade, concentração, inteli-
gostam que os seus filhos de santo aprendam, gencia e estudo, muito estudo!"
pois têm medo de se sentirem ofendidos por Baseado no que nossa Mãe Obá disse,
algum filho mais novo que aprenda mais coisas você Umbandista, que é contra o estudo da sua
em menos tempo do que eles, que gastaram própria religião, acha que seus guias vão
vários anos no aprendizado. Muitos dirigentes ensinar-lhe tudo de mão beijada?
se julgam autossuficientes no conhecimento da Acha que eles, que se esforçaram e
Umbanda e, não só NÃO RECOMENDAM a aprenderam através de séculos de encarnações
leitura aos seus filhos, como proíbem que eles vão simplesmente falar tudo o que você quiser
leiam algum livro sobre Umbanda, alegando que saber, bastando chamá-los em terra?
isso atrapalhará seus desenvolvimentos O estudo da religião de Umbanda é
mediúnicos. importante para que possamos desenvolver
Uma religião precisa do auxilio de uma uma consciência religiosa, pois até hoje a
literatura para se perpetuar no tempo, no Umbanda é vista apenas como um "pronto
coração e na mente das pessoas. Vejam por socorro" e mais nada.
exemplo a Bíblia, o Alcorão, o Bagavadguitá, o Outro irmão fez o seguinte comentário:
Dhammapada, etc...
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“UMBANDA é para ser vivenciada em que a entidade disse, pelo contrário, expande o
conga, dentro do TERREIRO e os maiores entendimento sobre o assunto.
ensinamentos estão com nossos GUIAS Será que dá para entender onde o estudo
ESPIRITUAIS”. se encaixa no dia a dia do terreiro?
É obvio que a Umbanda primeiramente deve ser Não é correto criticar quem vai à busca de
vivenciada nas praticas do terreiro, mas o conhecimento sobre sua própria religião, alias
estudo e compreensão das nossas praticas é todas elas tem seus tratados de teologia,
feito somente pelos livros/cursos/palestras, filosofia e etc. E qual o problema do iniciante na
etc., são eles que dão um sentido ao que Umbanda buscar aprender mais?
fazemos dentro do terreiro. Muitas religiões, no passado, ocultaram o
Lembro bem de um caso que ilustra isso conhecimento sobre os seus mistérios deixando
muito bem: apenas para os seus sacerdotes e alguns
--Há muito tempo atrás numa gira de "escolhidos" o privilégio de conhecerem mais
desenvolvimento, incorporou a entidade Chico sobre sua própria doutrina, afinal, é muito mais
Baiano da nossa dirigente. Numa questão fácil influenciar quem não sabe nada, não é
levantada por um dos irmãos sobre ponto verdade?
riscado, a Entidade disse: O nosso país está tão bagunçado
“Meus fios, mais respeito com os pontos justamente porque o governo não investe em
riscados, eles são a língua dos Orixás.” educação. Não façamos o mesmo com nossa
Nessa pequena frase está um grande querida religião.
ensinamento, mas como interpretar isso Bibliografia: Livro Lendas da Criação, Teologia
corretamente? de Umbanda, Código de Umbanda.
Só compreendi melhor isso quando li os
livros “Código da Escrita Mágica” e “Tratado http://lei-e-conhecimento.blogspot.com/
Geral de Umbanda”. Nesses livros esta tudo o Enviado por: Celso Alves de Souza Junior.
E-mail: celsoadsjr@gmail.com
que o baiano disse, só que de forma mais
detalhada. Neles não tem nada que desminta o

CONVERSA COM EXÚ


Em uma terça feira, estava eu com os meus afazeres quando se iniciou esta conversa:
- Salve Menino! Pode escrever umas linhas pra mim?
- Salve senhor! Sim senhor, estou à sua disposição.
Segue abaixo o que ele me passou:
“--Saravá a todos”!
Em minhas andanças descobri que as pessoas são sempre iguais. Iguais em suas soberbas,
em suas magnanimidades, em suas megalomanias, em suas arrogâncias, em seus achismos. Isso
porque todos se “acham” detentores da verdade absoluta. Detentores do único caminho que leva ao
Deus Único. Hipócritas!
Nestas minhas andanças, prestei serviço em diversas casas de cultos, terreiros, igrejas,
templos budistas, reuniões espirituais, casas de oração, casas de rezadeiras, sempre realizando a
minha função na Criação, sem ninguém encarnado nunca nem saber que eu estava ali.
De alguns séculos pra cá, infelizmente, as pessoas resolveram nomear a caridade, nomear o
Amor de Deus. Começaram dizendo que as rezadeiras eram bruxas. Depois começaram a falar que
os índios não tinham fé e, ou se convertiam ou eram mortos, começaram a se armar e guerrear em
nome de Deus, tudo em nome de um poder leviano e transitório.
Muitos me amam, outros tantos me odeiam, outros me temem, outros entendem que sou um
demônio. Pensem o que quiser. Quando desencarnarem, estarei lá para atendê-los, como atendo a
todos os meus irmãos que, por ignorância, se perdem na senda luminosa de retorno ao DIVINO
CRIADOR.
Quem eu sou?
Sou Exu.
Sou eu trabalhando por vocês nas trevas da ignorância, no embaixo, por amor a Deus e à
Sua Criação.
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Sou eu trabalhando no meio, por amor a Deus e à Sua Criação.


Sou eu trabalhando no Alto, por amor a Deus e à Sua Criação.
Sou eu, sou Exu! Sou uma criação trabalhando pelo seu Criador e por suas criaturas.
Querem me nomear, então que me nomeiem. Querem me rotular, que me rotulem, pois vou
continuar trabalhando.
Senhor Guardião Tranca Ruas das Almas, guardião da Luz nas Trevas.

Enviado por: Pai Fabio Marques


E-mail: fpmarquessp@ig.com.br

CIGANOS NA UMBANDA
Neste último dia 30 de junho de 2011 realizou-se a aula dos ciganos sob a
regência do amigo Lázaro, que trouxe excelente material de consulta por ele
pesquisado.
Suas explicações se deram de forma bem simples e objetiva o que facilitou
o melhor entendimento de todos.
Foi abordado que: A linha dos Ciganos é muito antiga dentro da nossa amada
Umbanda, porém ganhou força há pouco tempo. Hoje podemos presenciar várias
casas operando com estes abnegados irmãos que propagam o amor, a alegria, a
fartura e o desapego às coisas superficiais. Por muito tempo trabalharam em conjunto com os
guardiões e chegaram até mesmo a serem confundidos com eles. Persistem ainda hoje
denominações como Cigana das Almas, do Cruzeiro, Sarita, Rosa, entre outros, operando tanto na
linha de ciganos como na dos Guardiões o que evidencia uma forte ligação de irmandade entre eles.
Foi através de seus trabalhos que lograram êxito e conquistaram um lugar de importância
dentro do contexto espiritual.
Existem diversas lendas sobre sua origem e elas fortificam a necessidade de conhecê-los e
respeitá-los, pois, ao contrário do que se pensa, os espíritos ciganos reinam em suas correntes
dentro do plano da luz, trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro
que dentro do critério de merecimento.
O Povo Cigano tem um dom: --O de saber olhar profundamente nos olhos e interagir com a
mente e a alma do outro. A partir daí, conseguem se integrar ao campo vibracional e verificar o
passado, o presente e o futuro do consulente. Esta arte é muito útil para os ciganos, que já têm seus
espíritos esclarecidos, para trabalharem no astral junto com os Benfeitores da Luz.
Usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de vibração no plano
espiritual. Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida, mas a de
trabalho deve sempre ser conhecida para a prática volitiva das velas, roupas, acessórios, etc.·.
Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos
encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas certas
em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.
Gostam muito de festas. Todas elas devem acontecer com bastante música, danças, frutas e
flores sem espinhos. Apreciam vinho tinto com um pouco de mel e ainda podem fatiar pães do tipo
broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel.
Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das
salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada Ser.
Serão sempre caminhantes e nossos companheiros, ligados por compromissos cármicos e
evolutivos, nos auxiliando, nos dando apoio e Força, em sua maneira peculiar de nos mostrar o
caminho e nos fazer observar muito mais que proferir muitas palavras.
Após esta explanação de nosso interlocutor Lázaro, feita através de pesquisas, fomos
agraciados com a presença de Pablo (espírito missionário cigano), que demonstrando toda sua
elevação espiritual elevou sua voz ao alto e solicitou permissão ao Pai Maior, Oxalá e todos os
Orixás da Umbanda para estar presente e para irradiar suas vibrações aos que assistiam à aula da
noite.
“Pablo” pegou uma tábua, pembas, velas coloridas e imediatamente começo a riscar um
ponto contendo uma espécie de vórtice redondo, flores, punhal, estrela e sol. Acendeu uma vela
branca, uma amarela, uma marrom e uma vermelha e as colocou no ponto riscado. Pegou dois
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melões cortados ao meio, sem as sementes e colocou um pouco de mel em seus interiores, dispôs
um em cada lado da tábua do ponto, jogou algumas moedas no trabalho e voltou-se aos presentes,
discorrendo o seguinte: Queridos amigos, através da magia das velas, do ponto e das forças da
natureza, solicitei permissão ao Pai Maior para abrir estes trabalhos na intenção do amor, da saúde,
da prosperidade e do dinheiro necessário para a sobrevivência. Gostaria que todos fizessem seus
pedidos particulares e os pedidos para aqueles que julguem merecedores. Coloquem cada pedido
dentro de cada melão correspondente e saibam que grande parte da magia vem da forma e do
interior de quem o faz. Estamos criando ondas de auxílio e uma forte corrente de forças para que
todos os pedidos sejam entregues aos benfeitores de Olorum e realizem-se da melhor forma.
Acredito que para fortalecer ainda mais este magístico momento do astral, “Pablo” evocou
outros três ciganos da espiritualidade e uma cigana. Tão logo estes se fizeram presentes, se
dirigiram para onde os trabalhos eram realizados e começaram a irradiar fortes correntes de amor e
sabedoria, perceptíveis por todos os presentes.
Discretamente, um exu Marabô também compareceu e firmou proteção na casa para que
nada viesse a prejudicar os bons andamentos vibracionais, e trouxe com ele alguns amigos para
auxiliar em todo o processo e discorreu o seguinte: Somos irmãos e gostamos muito deste povo de
amor e profunda sabedoria. Trabalhamos muitas vezes com eles e nos sentimos agraciados por este
convívio de profunda harmonia. Sempre deixei bem claro que amo este povo e sempre que possível
estarei ao lado deles.
Todos os presentes puderam sentir em seus corações a verdadeira fonte de união entre todos os
povos e a necessidade de viver em sintonia e corrente de irmandade.
O cigano que se encontrava em sintonia com Osneri falou: Irmãos de fé, este trabalho se estende
para todos que frequentam esta casa e serve de referencia da União Maior que nosso Pai deseja
para todos os povos deste planeta. Muitos da corrente não estão presentes, todavia estão
recebendo na medida de seus merecimentos. Tudo que é feito com fé e amor se propaga no
universo.
Meus amigos, estamos vivenciando fortes evidências de que Deus Pai quer que todos
estejam ligados num mesmo ciclo de energias voltadas ao crescimento espiritual e temos que nos
preparar dia após dia para sermos merecedores deste imenso amor.
Os trabalhos se estenderam por mais alguns minutos em forma de irradiações e profundas
palavras de sabedoria que não consigo expressar na escrita com fidelidade.
Nossa humilde casa está muito feliz com tudo o que vem aprendendo e oportunizando. Cada
membro da corrente está pesquisando, estudando e se dedicando e terá a oportunidade de se
manifestar com suas aulas e com seus amigos obreiros da espiritualidade. Todos da casa são
alunos e professores!
Nosso próximo encontro de aulas será em agosto e ministrada pelo membro José Luís, que
apresentará estudos sobre São Francisco de Assis, sua corrente dentro da Umbanda e sobre outros
Santos sincretizados nesta amada religião Umbanda.
Muito obrigado e muito amor a todos!
Enviado por: Mauro Cavichiollo
E-mail: mcavichiollo@globo.com

CAMBONE DE UMBANDA
Gostaria de abordar um trabalho de extrema importância no terreiro que é o de cambone, mas
sem deixar de lembrar-se de uma passagem curiosa:
- Quando eu era pequena o meu pai sempre tinha o costume de desmontar os relógios da
casa na intenção de “melhorar seu desempenho”, relógios do tipo à corda, e sempre era a mesma
estória, ele desmontava, “lubrificava” e montava novamente, mas sempre sobravam peças, e lógico
o relógio não funcionava, ai começava a discussão com minha mãe que argumentava o erro em não
saber remontar e ele dizia que eram peças “dispensáveis”, mas ora o relógio não funcionava ou
então funcionava com problemas.
O trabalho de Umbanda no atendimento ao consulente também funciona como um relógio,
que tanto no astral com na parte material depende do bom funcionamento de sua engrenagem.
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Parte importante, como todas as outras é justamente a do cambone, já tão bem abordada aqui no
JUS em outras oportunidades, mas nesta, coloco a visão de um cambone.
Existe toda uma expectativa no início dos trabalhos, cada casa tem seu ritmo, mas o que não
muda é aquela adrenalina e ansiedade (benéfica) à espera da linha de trabalho a ser chamada,
muitas vezes por tempo de trabalho, por dedicação e afinidade o cambone se sente um misto de
peça importante com o de um filho de todas as entidades que na casa se manifestam.
Muitas vezes eu, como muitos outros, temos este sentimento de atenção com tudo: preparar
o espaço para a chegada dos Guias Espirituais, pembas, blocos de anotação, velas, charutos, tudo
tem de estar a contento, a assistência, ansiosa, tem que ser bem recebida e conduzida aos Guias,
todo o trabalho transcorre numa dinâmica de atenção, concentração e doação, dependendo muito
do amor e da dedicação de todos, inclusive de nós cambones, ai entra também o sentimento de ser
filho de cada um dos Guias espirituais que, com o tempo, só de olhar sabem como estamos: como
um pai que olha o filho pequeno.
Os cumprimentos e o abraço de um, a palavra do outro, a “chamada” de um terceiro, e ai a
gente vai crescendo como crianças dentro de uma grande família de sábios, anciões, companheiros,
pais e mães espirituais.
Chegando até mesmo um ponto em que, no meio de inúmeros Guias, o cambone ouvir
mentalmente o chamado de um ou outro Guia Espiritual mais afinado com ele, solicitando sua
presença ali ao seu lado.
Isso não tem preço!
Não digo que a cada dia de trabalho tem um aprendizado, mas sim, que a cada atendimento,
sendo este ligado apenas a um médium e suas entidades ou como também os cambones que
atendem vários médiuns, todos aprendem.
Muito depende do funcionamento de cada casa, mas o trabalho de ser cambone é uma
escola, um aprendizado sem fim que, aos atentos, faz aumentar a fé, descobrir-se e sentir-se amado
e especial.
Existem dias em que o cansaço e eventuais dificuldades atrapalham, mas são nesses dias
que a espiritualidade te recompensa com um abraço de um pai querido, um ramo de alecrim
imantado ou uma rosa para despachar.
Enfim, é importante cada gesto dessa grande corrente, formada não só de pais e mães
espirituais, mas também dos “colegas”, irmãos de trabalho que se ajudam e muitas vezes, sob a
coordenação de um guia espiritual fazem o revezamento de descarregos para os mais necessitados
da corrente.
Ser cambone é ser importante para o bom funcionamento do trabalho, exige ser atento,
concentrado, estudar, aprende e se incorporar à dinâmica de trabalho da Umbanda, estar preparado
para todo um esforço físico, mental e espiritual de trabalho e, acima de tudo, amar a Deus e o que
faz.
Hoje, de um modo geral, por todo o trabalho de doutrina, esclarecimento e preparação, nós
cambones somos vistos como parte importante da engrenagem de funcionamento de uma casa,
mas apelo aos irmãos, colegas de trabalho, que se vejam, não com soberbia na importância do seu
trabalho em uma casa, mas como privilegiados e abençoados por tanta generosidade que recebem
em cada auxilio às entidades, isto sem precisar mencionar do auxilio que cada cambone, assim
como cada médium de Umbanda recebe de seus próprios amparadores espirituais.
Percebam e internalizem para poderem retransmitir a gratidão, os pequenos gestos de
humildade e delicadeza, a generosidade e o trabalho extremamente gratificante e engrandecedor de
servir ao Pai, servido a muitos.
Se tiverem amor pelo trabalho de cambone, receberão amor enquanto forem membros neste
ponto da hierarquia, e no futuro também colherão e doarão amor para toda a corrente.
Hoje me despeço desse trabalho, com tristeza por deixa-lo, mas com gratidão por ter sido tão
maravilhoso, e rogo que cada dia do novo trabalho seja tão perfeito, tão bom e me traga tanta
felicidade como me trouxe ser cambone.

Escrito por: Sheila Nascimento (Serena)


Enviado por Alexandre Cumino.
E-mail: alexandrecumino@uol.com.br
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JULGAMENTO
Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis
julgados; e com a medida com que medires, medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2).

Um dos atos mais comum nessa vida é o de julgarmos o nosso semelhante. Se atentássemos
um pouco mais e parássemos para refletir sobre essa máxima bíblica, conseguiríamos enxergar que
nada somos para que julguemos alguém.
Todos, sem exceção de ninguém, já cometeram alguma falha nessa vida, algum erro do qual
não se orgulham, alguma atitude da qual se arrependem.
Se alguém não cometeu ainda, com certeza uma hora ou outra, irá cometer. Há vários “tipos e
graus” de erros; materiais, espirituais, erros que cometemos contra nós mesmos e/ou contra nossos
semelhantes.
Mas não quero falar sobre os erros e sim falar sobre o hábito que o ser humano tem de julgar.
Hábito esse que acaba por nos meter em situações muito complicadas e desagradáveis.
Estamos vivendo numa época em que os seres humanos acabam se esquecendo de como é
realmente “ser um humano”, época em que temos (na teoria ao menos) o encurtamento das
distâncias físicas, graças à televisão, rádio, telefone e internet, formas de comunicação que
supostamente aproximam as pessoas, pois não importa se você mora no Brasil e teu amigo está no
Japão, hoje é muito mais fácil, rápido e prático manter contato com ele.
Mas e o “contato” mesmo? O toque? A convivência? A proximidade? Onde é que, nessa vida
moderna de hoje de “encurtamento de distâncias”, temos tempo e disposição para tudo isso?
Hoje em dia mal conseguimos conhecer a nós mesmos e uma prova disso é que sempre
ouvimos a Espiritualidade nos pedindo que façamos uma reforma íntima.
Costumo comparar essa reforma à transição da lagarta para borboleta:- precisamos de nossa
crisálida para, realmente, descobrimos quem somos. E essa crisálida pode ser na forma de um
recolhimento pessoal, o amparo dos Guias Espirituais, conselhos de amigos que estão a nossa
volta, enfim, há várias maneiras de se tecer a nossa crisálida, basta querer.
Pois bem, o que será que reforma íntima tem a ver com julgamento?
Eu digo que tem tudo a ver. Como é que podemos julgar nosso próximo se não conhecemos
nem a nós mesmos, para que nos julguemos em primeiro lugar?
Como é que podemos julgar nosso irmão, se não sabemos o que se passa no íntimo dele? O
que o levou a cometer erros, o porquê e quais foram as circunstâncias no momento? Isso, levando
em consideração que a ofensa ou erro cometido tenha sido contra outra pessoa e não a nós
mesmos, porque se o ofendido somos nós, aí a coisa muda de figura, pois nosso emocional acaba
interferindo em nosso julgamento.
Não podemos nos esquecer de que há os dois lados numa mesma moeda, certo? Quem
garante que amanhã ou depois não seremos nós a errar? E aí, gostaríamos de sermos julgados,
apedrejados, humilhados e ofendidos ou gostaríamos de amparo, ajuda e uma segunda chance para
retificar o que foi feito de errado?
Ninguém é perfeito, se assim fossemos não estaríamos aqui, encarnados, e sim dentro da
morada divina do nosso Criador, pois Ele é O PERFEITO. E, justamente por Ele ser perfeito e
onisciente, criou em Sua sabedoria divindades que representam Seus sentidos (Fé, Amor,
Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração).
E, no Sentido da Justiça, para nós que somos umbandistas e seguimos o fundamento da
Umbanda Sagrada, a divindade responsável por nos julgar (entre outras atribuições que envolvem
esse sentido) é nosso amado Pai Xangô.
Se Deus em sua infinita sabedoria criou um ser divino para essa tarefa, porque então nós, que
somos simples espíritos humanos presos a um ciclo reencarnatório evolutivo, somos tão prepotentes
a ponto de achar que temos esse direito?
Pode parecer extremista a minha opinião, mas eu digo e repito: Nós não temos esse direito! Se
tivéssemos seríamos todos Xangôs e não Julianas, Marias, Josés, Joãos. Não há quem seja
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capacitado nessa vida em julgar sem cometer injustiças, não tem como, pois, uma hora ou outra, ao
julgarmos alguém cometeremos alguma injustiça e aí seremos nós aquele que dessa vez errou.
Se errar, sou a primeira a me colocar perante a Justiça Divina e a Lei Maior. Ajoelho-me, peço
a orientação, peço o perdão e a oportunidade de retificar meus erros. Se for injustiçada e ofendida,
eu também ajoelho e coloco o caso nas mãos da Justiça Divina e da Lei Maior, e peço a Eles (que
são a própria Justiça e Lei de DEUS) que tomem conta da minha vida e das situações que me
afligem, peço a aos pais Orixás que me ajudem conforme minha necessidade e meu merecimento e
que Eles, em suas onisciências divinas, identifiquem cada erro cometido por mim ou contra mim.
Cabe somente a eles julgar e executar, não a mim, pois nem sempre o meu erro foi um erro e
nem sempre a ofensa cometida contra mim foi uma ofensa.
Nunca se esqueçam de outra máxima muito famosa de uma das peças de Shakespeare, que
nos mostra o quanto somos ignorantes em matéria de conhecimento e sabedoria:
“Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia".
Daria até para completar um pouco mais essa frase, “há muito mais mistérios entre o céu e a
terra, a terra e o embaixo, do que sonha nossa vã filosofia.”.
O objetivo desse texto é para que atentemos ao fato de que o ato de julgar já se transformou
em hábito em nossas vidas, e às vezes fazemos inconscientemente, sem ao menos perceber que
estamos julgando alguém.
Claro que não estamos livres de realizar julgamentos, estamos sempre nos deparando com
situações em nossas vidas que precisamos julgar: --Qual a melhor decisão a ser tomada? Qual o
melhor caminho para seguir? Qual é melhor atitude a tomar?
Mas são “situações” e não “pessoas” a serem julgadas, é “algo” e não “alguém”.
Da mesma maneira que, se há erros também há julgamentos, então, para simplificar e resumir
numa só frase eu recomendo o seguinte: --Meus irmãos, antes de julgarmos as atitudes e erros do
próximo, paremos para pensar e refletir muito acerca dos nossos próprios erros e atitudes!
Por: Juliana Rachel Velico
E-mail: juvelico@gmail.com
www.elavitta.blogspot.com

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TENDA UMBANDISTA PAI CIPRIANO


Caros irmãos, como muitos de vocês, descobri minha religião
quase sem querer, pois mesmo tendo simpatia por ela nunca tinha ido a
um trabalho umbandista, propriamente dito, até aquele momento.
Nascido em São Paulo capital, estudei em escola de freiras, filho
de católicos praticantes e minha esposa também, ai vocês imaginam
como foi a dificuldade em uma época que tudo era oculto e a maioria
das pessoas tinha vergonha de falar o que praticavam ou no que
acreditavam. E, por ser Umbandista “macumbeiro” então nem se fala!
Éramos vistos como pessoas do mal, isolados e muitas vezes
descriminados e se por acaso alguém soubesse de nossas atividades,
seriamos assolados com muitas gozações e até a perda das amizades
ou emprego... E o pior que isso se segue até hoje, com menos
intensidade, mas acontece.
Minha história teve inicio quando, em 1984, minha noiva começou
a ter influências espirituais, que a incomodavam e tomavam a nossa
vida, ficando cada vez mais difícil, conosco não sabendo o que fazer e
como agir, pois não havia nem hora e lugar para que isso acontecesse.
Muitas vezes fomos incomodados em reuniões familiares e, como
não entendíamos o que estava acontecendo, a preocupação tomava conta dos nossos
pensamentos. Mas, mesmos sem saber e ter a quem recorrer, em certo instante comentei com um
vizinho e amigo a minha situação que, naquele momento afligia constantemente nossos dias.
Naquele tempo era difícil comentarmos estas situações com qualquer pessoa, porque não
seriamos entendidos ou então nos mandariam procurar um padre ou um pastor para tirar o "capeta"
que estava nos acompanhando ou mandariam interna-la em algum hospital psiquiátrico.
Mas, graças a Deus, contei o que estava acontecendo à pessoa certa e assim que comecei a
narrar o que estava ocorrendo com minha noiva, ouvindo atentamente os fatos, ele, sem muita
explicação, me comunicou que trabalhava em um centro e, se caso eu quisesse levá-la, eles
estariam às ordens para atendê-la.
Só que o centro ficava na cidade de Santos-SP e os atendimentos eram aos sábado,
começando às 18 horas e não tinha hora para acabar. Mas ele não comentou nada sobre o centro
frequentava e atuava.
Antes de conseguir leva-la, por vários dias lutei contra a vontade de minha futura esposa e de
seus acompanhantes espirituais, pois ela, como estava sob fortes influencias negativas, não queria
de jeito algum ir a qualquer lugar que pudesse ajudar a encaminhar os indesejáveis perturbadores
de nossas vidas.
Mas, graças a Deus e aos guias, consegui com muito custo leva-la ao Centro de Umbanda
São Sebastião, que era comandado pela Mãe Luzia, no qual o guia chefe da casa era o Caboclo da
Mata Virgem. Para minha esposa se tornou uma luta, pois a disputa contra a nossa ida era
constante e a negação no momento da entrada no terreiro era absoluta. Mas foi importante a nossa
paciência e insistência, até que ela concordou e conseguimos entrar no centro.
Tudo era novidade e, no meu caso, me sentia tomado pelo medo, duvida, desconfiança e
muita ansiedade. Mas, logo após estes sentimentos serem abrandados, fui envolvido, pelo cheiro do
incenso, pelo toque do atabaque e pontos cantados e naquele momento, pareceu-me que estava
retornando há algum tempo no passado em que já havia presenciado e participado de tudo aquilo.
Depois de todos os rituais iniciais, toda a abertura começou a ser direcionada para a gira de
Caboclos e logo eles começaram a incorporar em seus médiuns dando seus brados, movimentos e
trejeitos típicos.
Um a um, eles vieram em terra e então os trabalhos de atendimento se iniciariam.
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Fui me envolvendo cada vez mais e


me encantando com tudo que estava
acontecendo recebendo uma energia que
nunca tinha sentido. Assim que os caboclos
se colocaram em seus lugares para
iniciarem o atendimento, com os cambones
organizando todos e servindo-lhes seus
charutos e bebidas, tudo com muita
organização, reverência e respeito, coisas
que eu nuca tinha visto ou presenciado, pelo
menos nesta vida, seu Mata Virgem nos
chamou pedindo que entrássemos no congá
e, já sabendo do que se tratava nos deu um
passe e pediu para que ficássemos até o
final, pois teríamos de participar da corrente
de descarrego para que os eguns,
zombeteiros fossem retirados e encaminhados aos seus lugares.
Ali ficamos e participamos e foram feitos os trabalhos por aquelas pessoas e por entidades
que nem sequer sabiam da onde tínhamos vindo ou quem éramos, mas trabalharam em nosso
beneficio por pura caridade, resolvendo inteiramente o que nos afligia sem nada nos perguntar ou
cobrar.
No final dos trabalhos o Caboclo mandou que tomássemos um banho de ervas para
completar a limpeza. Ao terminar tudo o que precisa fazer, retirando os espíritos que estavam
impedindo nossa liberdade de caminhar, o nos deu um abraço e, nos abençoando falou: --Se for da
vossa vontade, voltem na próxima gira!
A gira acabou mais de 01h30min da madrugada e após o fechamento dos trabalhos fomos
embora daquela casa maravilhados com a energia à flor da pele, pois tudo iria caminhar dali em
diante dentro da normalidade de nossas vidas.
Realmente, tudo tinha sido cortado, começando dali em diante a vivermos mais tranquilos.
A semana em que esperávamos pelos novos trabalhos foi de anseio e tensão, pois queríamos
que chegasse logo o sábado seguinte para novamente participarmos da gira, que já tinha reativado
as ligações de vidas anteriores na qual nos sentíamos tão bem e tão ligados, somente com uma ida
ao Terreiro. Com a solução do nosso caso, começamos a caminhar normalmente por nada mais
estar atuando contra nós. Estávamos livres dos obsessores!
Então podem imaginar nossa ansiedade pela gira futura, que seria de pretos-velhos!
Chegou o sábado e lá estávamos às 18 horas em ponto, sentados nos bancos de madeira
que acomodavam muitas pessoas, todos com seus problemas e aflições, procurando uma solução
para os mesmos. E ali os deixavam e recebiam bênçãos maravilhosas.
Mas eu, sentado naquele banco e sem saber o que estava acontecendo, já estava recebendo
influencia da corrente que estava atuando naquele dia.
Os pontos dos Pretos Velhos eram cantados, os banquinhos colocados e os velhos,
incorporando em seus médiuns. E eu, cada vez mais tencionado e suando frio, não sabendo o que
era aquilo que estava ocorrendo, entre a fumaça dos cachimbos e pontos, fui sendo conduzido para
dentro da gira e me ajoelhei aos pés da Preta Velha, que foi estalando os dedos e cruzando o meu
corpo.
Fui informado pela Vovó Cipriana que, se fosse da minha vontade, teria que desenvolver a
minha mediunidade, pois havia uma missão esperando ser cumprida por mim, e que até então
estava oculta. Depois de suas palavras de entendimento e ajuda, confirmei aquilo que, há sete dias
norteou por inteiro minha mente e alma.
Com fé e confiança, daquele momento em diante comecei a frequentar o Terreiro todos os
trabalhos sempre com vigor e vontade.
Pedindo para entrar nos trabalhos, fui informado que sim, que as portas estavam abertas,
mas tinha que cumprir o tempo de penitencia, que na época era de três meses, sentado na
assistência e vestido de branco, assistindo as giras e tomando passes equilibradores, para, só
depois disso cumprido, eu pudesse entrar para os trabalhos.
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Não faltei um dia sequer, mesmo pelo mais importante compromisso que poderia existir e
entrei para gira e ali permaneci por anos cumprindo e realizando todos os preceitos e obrigações
que eram necessários para a vida Umbandista: - Batizado, iniciado e realizei todas as obrigações e
oferendas, fazendo-as uma a uma, como os guias pediam para serem feitas,
E, cada vez com mais fé, amor e dedicação, fui me entregando à então maravilhosa, temida
e descriminada Umbanda.
Lembro-me da minha oferenda para Exú que, depois de tudo firmado, velas, farofa, galo e
ferramentas, com tudo arriado na encruza em uma estrada de ferro, no seu ponto de força, ali perdi
totalmente os sentidos e apaguei completamente, acordando só no dia seguinte sem saber o que
tinha acontecido.
Minha noiva, que sempre me acompanhava e aceitava tudo o que estava acontecendo em
nossa vida, pois também trabalhava na casa, depois de alguns meses recebemos a benção de
casamento, fortalecendo ainda mais a nossa união em uma linda festa de Erês, onde nos
abençoaram e felicitaram.
Todos ali tinham uma dedicação fora do comum, onde éramos tratados e nos sentíamos
como uma família. Mas infelizmente depois de muitos anos de trabalhos, um dia, por motivos que
conhecemos, mas não nos cabe comentar, o centro foi fechado, encerrando as suas atividades.
Todos nós ficamos sem rumo, pois muitos filhos se entregavam integralmente a casa e não
sabiam como se direcionar ou caminhar naquele momento e ninguém tinha conhecimento e
segurança para continuar os trabalhos, mas tivemos que aceitar o ocorrido e cada um de nós, dali
em diante, teria que procurar um caminho e seguir em frente e ponto final! Não haveria retorno.
Por algum tempo fiquei sem entender o ocorrido, como muitos de meus irmãos, pois parece
que nos tiram um pedaço quando certos fatos acontecem.
Mas teria de me acostumar e começar a direcionar aquilo que tinha que cumprir e comecei a
ser intuído pelos meus guias a procurar e conhecer terreiros que de alguma forma somassem à
minha passagem pela minha primeira casa, reparando em qualidades e defeitos materiais e
comportamentais, pois espiritualmente, de alguma forma eles cuidariam de nós e indicariam o local
certo.
Passei muito tempo procurando um terreiro e visitando-os para, em algum momento achar o
lugar que me amparasse e os meus guias aceitassem ali continuar a missão que tinham de realizar.
Mas foi complicado pelo simples motivo que todos os que fui conhecer tinham algo que me impedia
de participar das giras, simplesmente por observar o modo de trabalharem, a pureza dos trabalhos,
a honestidade e a limpidez da alma dos seus integrantes, principalmente do Comandante, que é o
sustentáculo de uma casa espiritual e exemplo aos demais.
Queria que fosse bem parecido com a forma e da maneira que aprendera no antigo terreiro.
Eu pensei que seria fácil, pois quantos terreiros não existem por ai não é?
Tinha certeza que, além disso, meus guias não me deixariam sem alguma solução, sendo que
sempre me falavam que teria de procurar incansavelmente, mas acharia uma casa que daria tanto a
possibilidade de trabalho como de aprendizado.
Mas não foi tão simples quanto eu achava, pois tinha uma condição a cumprir e procurei
muito, mas muito mesmo, sabendo que isso fazia parte do meu aprendizado e caminhada, pois, para
nós, dificilmente algo é dado com facilidade!
Até que um dia, a pedido de minha entidade, que me deu toda a segurança necessária,
comecei atender na sala de meu apartamento e, em casa, realizava as giras e atendia quem
precisasse. E qual não foi minha surpresa quando naquele local começaram a aparecer muitas
pessoas, inclusive antigos irmãos, lotando o pequeno espaço onde acontecia a gira e as pessoas
eram atendidas.
Todos nós temos curiosidades e histórias a serem contadas, talvez algumas até parecidas,
pois temos anos e anos de Umbanda e histórias não faltam, intimas ou coletivas.
Mas não devemos esquecer que, não importando o que aconteceu em nossas vidas tanto na
saúde, no espiritual ou na parte material, vitórias ou derrotas que existiram em nossa existência,
milagres propriamente ditos e vividos, milagres estes recebidos inclusive por mim e minha família,
que me tirou de uma doença terminal em 2010 para hoje em 2011 reiniciar com mais firmeza e
convicção uma nova meta de vida, através da caridade vivenciada por muitos de nós e realizada por
varias entidades, milagres que acontecem todos os dias em muitos terreiros por todos que pregam e
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praticam o bem pela caridade, o essencial é que não importa o motivo ou como entramos na
Umbanda e nos sentimos Umbandistas.
O importante é que fomos aceitos por ela e ela está dentro de nós, como obra de Deus e
seus divinos Orixás, que nos enviam nossos guardiões, guias e protetores.
A espiritualidade é sabia e espera as horas certas de nossas vidas, onde entendemos que
nada é por acaso, não adiantando que queiramos ultrapassar o tempo para antecipar os
acontecimentos, pois tudo está marcado em nosso destino, o qual queira ou não, temos e vamos
cumprir em nossa vida.
Para encurtar um pouco os acontecimentos, em 2005 um antigo irmão de terreiro me
telefonou e me convidou para fazer um curso de Magia Divina. Eu não sabia e nem conhecia do que
se tratava, mas sem pensar aceitei e fui ter conhecimento sobre o assunto.
Junto com ele, no dia marcado fui ao Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda,
que tem como Sacerdote e dirigente espiritual o pai Rubens Saraceni. Logo que cheguei ao Colégio
senti a sua força e energia e algo me disse que ali era um bom lugar para dar direção aos meus
trabalhos e aprendizado.
Dito e feito! Era o que os guias tinham me falado!
Encontrei e de imediato comecei a fazer o curso de Magia e após as primeiras aulas já estava
envolvido totalmente pela energia do lugar e pelo aprendizado, até então desconhecido por mim.
Convencido de sua atuação e resultados fiz vários cursos de Magia, porém ainda não tinha
ido conhecer a gira de atendimento ali realizado.
Aguardando o dia com ansiedade, logo que cheguei e avistei tudo o que acontecia e como era
conduzido o trabalho ali dentro, tive absoluta certeza que era realmente o meu lugar para trabalhar e
aprender sobre a religião o que muitos, ditos conhecedores dela, não abriam ou falavam sobre os
mistérios da mesma, deixando seus médiuns à mercê de suas vontades.
Não me contive e no mesmo dia de trabalhos fui falar com Pai Rubens para que pudesse
trabalhar em sua casa, e ele na sua simplicidade disse de imediato para vir trabalhar logo na
próxima gira e colocar meus guias em terra para continuar meu trabalho espiritual. Na semana
seguinte lá estava eu naquele terreiro cheio de energia e força, para começar a participar e atender
nas giras junto aos irmãos de fé, hoje meus amigos da casa.
E, graças a Deus, nesta mesma casa fiquei sabendo que começaria um curso de Sacerdócio
que iniciaria em 2006 ministrado pelo Pai Rubens. Está ideia me deixou maravilhado, pois todas as
pessoas que detêm algo sagrado retêm para si, e tudo é impedido aos outros simples mortais
aprenderem, desenvolver e evoluir, guardando só para eles o que para nos é mistério. Ou talvez não
tivessem respostas a dar, mas tudo isso estava indo por água a baixo!
Alguém estava pensando em nós!
Sem hesitar, iniciei as aulas, cada duvida e interrogação estava sendo respondida, nada
estava ficando oculto, tudo estava sendo revelado por alguém que, com coragem e determinação,
nos abriu muitos mistérios ocultos.
Nas aulas e a cada iniciação crescia minha certeza que este era o caminho a seguir, pois
temos a obrigação de saber e conhecer o que estamos fazendo, não podendo deixar toda a
responsabilidade aos nossos guias, como pregam os que falavam que poucos podiam deter este
conhecimento, pois eram os escolhidos.
Mas, como nunca acreditei nisso fui enfrente, cada vez mais fui ficando confiante e seguro
para cumprir a missão antes definida tão bem por meu preto velho, e começava ali a minha nova
caminhada na Umbanda, que persistirá para sempre.
Com muita luta, tinha um ideal, tentando de alguma forma crescer e ampliar meus trabalhos e
a nossa religião, queria prestar a caridade a mais pessoas, tornando realidade o que estava sendo
ensinado pelo nosso mestre, pois, como ele, também acho que só aprendendo e divulgando
conseguiremos perpetuar a Umbanda como religião e não como seita, ensinando e propagando-a
para tirar as desconfianças e descriminações, dando informação aos mais céticos de como ela é
simples e também complexa, mas maravilhosa, pois a Umbanda de fundamento presta a caridade
sem nada cobrar ou perguntar quem és.
Mas nada na vida conseguimos realizar sozinhos e logicamente tive e tenho o amparo de
Deus, dos Orixás dos guias e mentores espirituais. E na parte material tenho o auxilio de irmãs e
irmãos que acreditaram no trabalho e que também tinham um ideal de formar uma casa para prestar
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a caridade da maneira que sabemos e gostamos de


praticar. Então partimos para luta em busca de um ideal.
Em 11/4/2009, fundamos a Tenda Umbandista Pai
Cipriano, começamos a atender em um espaço cedido por
um irmão que depois de algum tempo, infelizmente pediu
para que deixássemos o local.
Dai em diante ficamos sem um lugar certo para
atender, e só no começo de 2011, com muita fé e
persistência, conseguimos com muito custo e ajuda de
nossos irmãos encontrar um local para começarmos a
trabalhar. Realizamos a reforma do espaço rapidamente
com a colaboração e doações de vários amigos, depois de
tudo pronto, cumprindo tudo aquilo que havia aprendido e que era necessário, abrimos nossa casa
no dia 20/2/2011. E, graças a Deus, hoje já com a ajuda de quarenta médiuns, estamos preparados
para atender com muita fé e amor quem à nossa casa vier de coração aberto, necessitando ou não
de ajuda espiritual.
Em nossa casa temos os trabalhos de atendimento público aos domingos às 18horas e o
desenvolvimento mediúnico aos sábados, de 15 em 15 dias.
Acredito que a evolução se faz necessária em todos os estágios da vida e, para combater o
mal, necessitamos estudar e compreender a nossa religião, senão seremos engolidos pela nossa
própria ignorância.
É difícil falar de nossa história ou caminhada, pelo simples fato de envolver e incluir outras
pessoas que foram importantes em nosso caminho e não queremos excluir ou esquecer nomes de
seres humanos tão especiais. Por isso não citarei nomes de meus amados irmãos e amigos.
Peço desculpa por não ter citado os nomes de irmãos e irmãs que ajudaram e ajudam no
comprimento de nossa missão, pois sem eles nada seria possível ser realizado.
Por isso, agradeço de coração o apoio integral deles e os tenho o tempo todo em meus
pensamentos, pois não me esqueço de nenhum deles. Também agradeço minha família onde todos
os meus amados filhos e esposa são Umbandistas, me apoiam e ajudam, facilitando em muito a
nossa difícil, mas linda caminhada.
Agradeço a Deus por ter colocado em nosso caminho pessoas tão especiais. Também
gostaria de fazer um agradecimento especial e pedir a benção ao Pai Benedito Aruanda que, com
amor, humildade e sabedoria nos leva ao conhecimento abrindo caminhos que nunca se tinha visto
sobre a nossa amada Umbanda Sagrada.
Hoje sinto e acredito, e acho que vocês também sintam desta maneira: na Umbanda existem
em duas fases: “antes de Rubens” e “depois de Rubens”, pois graças à sua espiritualidade e
desprendimento, revelou e ainda está revelando muito a nós, elevou e está elevando a nossa
religião, pois está ela sendo respeitada e reconhecida mundialmente.
Suplico aos irmãos, antigos ou novos: - Está dependendo de nós, pais e filhos de santo, para
a Umbanda retroceder no tempo, com todos trabalhando com humildade e honestidade, lutando
sempre, repudiando os ditos seguidores da nossa religião que a usam ao seu bel prazer.
Com orgulho, respeito e luta, devemos nos direcionar e nos irmanarmos ou voltaremos no
tempo, submissos aos poderosos de outras religiões, como outrora foi.
Se não formos lutadores aguerridos só restará novamente para nossos filhos, a Umbanda de
garagem ou talvez o fim dela, por forças dos que querem fechar todos os caminhos que conduzem
ao nosso crescimento espiritual e material.
Que Deus nos abençoe e os Orixás nos guiem em nossos caminhos!
Nunca esquecerei meus irmãos e irmãs, pois a gratidão esta presente em meu coração.

Tenda umbandista pai Cipriano


Rua Luísa macuco, 193 - santos - SP.
Atendimento de 15 em 15 dias domingos as 18h00minhs
Desenvolvimento mediúnico 15 em 15 dias aos sábados as 18: 00hs
Curso de Magia Divina das Sete Erva Sagradas.
Curso de Magia Divina das Sete Chamas Sagradas em Setembro.
"Outros cursos sendo preparados"
PAI DALTON D. MICIELI
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ASSOCIAÇÃO CACIQUE COBRA CORAL


Meu nome é Edson Antônio Valieri, Zelador de Umbanda há 35
anos e, exatamente com 17 anos de idade já dirigia uma casa com
aproximadamente 110 médiuns. Eu era o mais novo, moleque de tudo,
mais já tinha uma responsabilidade muito grande em minha vida espiritual.
A casa, na realidade, era dirigida por minha mãe carnal, porem os
trabalhos era feitos em outro ritmo, ou seja, mesa branca! E quando eu
tomei a frente dos trabalhos modifiquei tudo e passei a tocar uma
umbanda. Ai, todos passaram a ser meus filhos e eu, naquele instante,
assumia o lugar de Zelador sem saber da responsabilidade que viria pela
frente.
Chegado o dia das mudanças, da grande transformação, eu
fui taxado de louco, que eu não sabia o que estava fazendo, que tudo
aquilo não iria durar dois trabalhos.
Porem, depois de algum tempo que fui taxado de louco, aqueles que me criticaram vieram a ser
filhos de santo na casa e eu os recebi com muito orgulho e humildade.
Tudo que aprendi foi junto de minhas entidades, em especial seu Martins Pescador,
que, para os não sabem, seu verdadeiro nome é “JOSÉ AUGUSTO MARTINS”, uma grande
entidade que até hoje me acompanha e realiza curas espirituais maravilhosas.

Todos os meus trabalhos foram voltados à caridade e até hoje assim são feitos. Sigo
uma linha de pensamento de que o que de graça recebemos de graça devemos dar.
Fui procurado por inúmeros Zeladores para associar minha casa à deles, não o fiz, pois
não se tratava de caridade e sim de uma parceria para ganhar dinheiro. Não quero aqui citar nomes,
mas posso garantir que, na época, era pessoas de grande influencia dentro da umbanda.
Hoje minha casa consta de um registro desde 1979, quando foi regularizada
juridicamente perante os órgãos competentes, cujo nome verdadeiro é CENTRO ESPIRITA DE
UMBANDA REINO DE OXALÁ, e o nome fantasia de Associação Cacique Cobra Coral, em
homenagem ao meu Caboclo.
Atendemos todas as quartas feiras, com a realização dos trabalhos de “operações
espirituais”, realizadas pelo nosso Pai Marinheiros totalmente gratuitos.
Fazemos nossas giras de desenvolvimentos nas sextas feiras com o Caboclo Cobra Coral,
preparando bons médiuns. Um bom terreiro é aquele que tem médiuns de verdade, não unicamente
um Zelador para administrar os trabalhos. Os médiuns existem em uma casa para trabalharem e não
somente darem passagem para suas entidades, como se isso bastasse para cumprirem suas
missões.
Hoje tenho 52 anos de idade, 35 anos de Umbanda.
Em meu inicio procurei inúmeros Zeladores para me auxiliarem em minhas obrigações, mas,
infelizmente, só se falava em dinheiro. Fiquei totalmente aborrecido e desorientado e foi quando eu
acreditava que na Bahia eu pudesse encontrar algo de real e fazer minhas obrigações da melhor
forma possível e vejam o que me aconteceu:
--Quando muito jovem, no inicio de minha vida espiritual, achei que deveria ir para a Bahia
fazer minhas obrigações. Visitei grandes casas, como a de Mãe Menininha e outras casas
renomadas e em nenhuma consegui achar o que procurava. Fiquei muito desiludido com que vi
porque achava que a Bahia era o lugar dos sonhos para quem realmente queria encontrar algo novo
e diferente no campo espiritual.
Porém pude perceber que era somente um mito, pois a grande casa já não era mais tão
grande assim, a ambição, o dinheiro, já tomava conta de seus dirigentes, onde só tinha valor quem
realmente tivesse condições financeiras para pagar por um trabalho.
Claro que toda regra tem exceção e isso ocorreu há 33 anos.
Depois de varias tentativas de encontrar algo que realmente me fizesse acreditar que a minha
ida até a Bahia tinha pelo menos valido a pena, acabei por não procurar mais nada. Somente fiquei
a pensar que tinha perdido meu tempo e que talvez não devesse nem ter vindo, e aí foi quando tudo
aconteceu!
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Como eu disse, totalmente desiludido, fui até a


igreja de nosso Senhor do Bonfim, sentei-me em um
banco do lado de fora, alias, um banco enorme! Eu
sentei bem na ponta dele e, de cabeça baixa, estava
pensando quando, de repente escutei uma senhora de
muita idade sentada na outra ponta do banco dizer-me: --
esta desiludido moço? Não encontrou o que procurava
na Bahia!
Eu olhei em volta e vi que só havia nós dois.
Então perguntei: -- É comigo que a senhora esta
falando?
Ela disse-me: --Sim, quem mais esta aqui?
Foi então que me levantei, dei mais ou menos uns
cinco paços em sua direção e me sentei ao seu lado e ela continuou, dizendo-me: -- Sabe meu filho,
a Bahia não é mais como era antes! Mas fique tranquilo, pois você será abençoado.
E todas as pessoas que passavam cumprimentavam a velhinha, dizendo a benção iáiá, e ela
respondia: --Deus te abençoe iaô! Isto enquanto conversávamos.
E ela me dizia: --Sabe meu filho, muitas vezes vamos tão longe para buscar o que já esta
dentro de casa!
Na nossa frente tinha um carrinho de pipocas e foi quando chegaram duas crianças e pediram
um saco de pipocas e ela disse: --Podem pegar! Assim eles fizeram e disseram: --Mãe, eu vou
deixar essa imagem para senhora, uma imagem de São Cosme e Damião!
Foi então que percebi que a senhora era cega, e perguntei a ela se ela sempre fora cega. Ela
me disse que não, que essa cegueira veio depois da perda de um grande amor em sua vida.
Bem, não perguntei mais nada. Neste momento continuava passando pessoas à nossa
frente e todas a cumprimentavam com muito respeito. Foi então que ela colocou suas mãos em
minha cabeça e me disse:
-- Segue seu caminho meu filho que tudo dará certo na sua vida, espiritualmente falando.
Pegue esta imagem que as crianças colocaram em meu carrinho de pipocas e coloque-a no seu
altar e, quando fizer isso, ajoelhe e reze por mim.
Eu perguntei: --Para quem devo rezar?
E ela me respondeu: --Na hora você vai saber!
Beijei seu rosto e suas mãos e agradeci. Fiquei emocionado, mas não entendi nada. Foi, na
verdade, a única coisa bonita e real que eu encontrei na Bahia, sentado em um banco em frente à
Igreja, embaixo de umas arvores.
Fui para o Hotel onde me encontrava hospedado, guardei a imagem que ela havia me dado e
fui arrumar minhas malas, pois no dia seguinte iria embora.
Quando acordei na manhã seguinte, ainda tinha tempo de sobra, pois só iria embarcar à
tarde. Então pensei: -- Vou até a praça me despedir da velhinha! Pois, como eu disse, foi ela que
realmente me acolheu e me disse muitas coisas que guardo ate hoje e respeito muito.
Cheguei cedo e fiquei esperando, pois ela me disse que todos
os dias estaria ali, e nada da velhinha aparecer.
Então, como no dia anterior todos os transeuntes a
cumprimentavam, eu resolvi perguntar se ela não iria aparecer, e qual
não foi minha surpresa, porque, para todos os que eu perguntava, me
respondiam: -- Eu nunca vi essa senhora ali. Acho que não é aqui
que você veio.
Aquilo me deixou muito confuso e eu ainda continuei
esperando-a. Mas nada dela vir até que fui embora, muito chateado,
pois pensei: --Será que eu estou ficando louco?
Chegando ao hotel, peguei minha mala já pronta e a
desarrumei para ver se realmente eu tinha a imagem de Cosme e
Damião. E lá estava ela! Como não me restara outra alternativa,
embarquei para SP e quando cheguei peguei a imagem de Cosme e
Damião e fui fazer exatamente o que a velhinha havia me dito. Entrei
dentro do meu terreiro, ajoelhei e coloquei a imagem no altar.
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Lembrei-me das palavras que me foram ditas e pensei: - Bem, a quem devo rezar então?
De repente, quem eu vi na minha frente foi Nana Buruquê. Sim, realmente Nana Buruquê!
Cai em um choro tão forte e comovente, e pude entender tudo que realmente tinha me
acontecido, e quem eram todas aquelas pessoas que passavam amor ao cumprimenta-la. Descobri
que fui acolhido e, sim, realmente eu não estava no nosso mundo e sim no mundo de Nana. Ela
havia me transportado em espirito para o seu mundo, onde todos os que passavam eram espíritos
reverenciando nossa Mãe. E eu os via porque estava no campo de vibração dela e, é claro, no outro
dia eu estava em um mundo material onde ninguém nunca tinha visto ou sequer imaginado o que
realmente acontecera ali um dia atrás.
Bem caros irmãos de fé, esse foi o maior presente que eu recebi em toda a minha jornada
espiritual. Para mim com certeza é o maior do mundo, pois naquele dia eu realmente saí da Bahia
“feito” pelas mãos de nossa Mãe. Só que vim perceber isso somente três dias depois, pois vim de
ônibus e tive uns contratempos na viagem. Em agradecimento, eu fiz um Ponto Cantado que diz
assim:

Fui à Bahia, fui fazer obrigação! Auê Nana Nana Buruquê,


Chegando lá tive uma grande decepção. Vim na Bahia só pra lhe ver!
A eu corri os quatro cantos da Bahia, Nana me deu um presente,
Olha Ninguém me pôs a mão! Foi Cosme e São Damião!
Sentei na praça e me pus a pensar, Ela pediu pra eu colocar no meu terreiro,
O que é que eu tinha ido fazer lá? E rezar com devoção!
Olha, foi quando Nana Apareceu, Auê Nana Nana Buruquê,
E um conselho Nana me deu! Auê Nana Nana a onde esta você!
Auê Nana Nana Buruquê, Auê Nana Nana Buruquê,
Auê Nana Nana aonde esta você? Vim na Bahia só pra lhe ver!

Bem, o que eu relatei realmente é pura verdade e para mim, como eu disse, foi o maior
presente do mundo espiritual que um Zelador poderia ter ganhado. Sinto-me honrado e privilegiado
com esse fato ocorrido em minha vida.
Meu eterno sarava e meu muito obrigado à minha Mãe Nana Buruquê.

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OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA

CIRCULOU NA INTERNET. VICK VAPORUB NOS PÉS!


IMPORTANTE; É BOM SABER.

Durante uma conferencia sobre Óleos Essenciais, comentavam como a planta dos pés podem
absorver os óleos. O exemplo consistia em colocar alho na planta dos pés e após 20 minutos, já
podia sentir o sabor na boca!
Alguns de nós temos usado o Vick Vaporub durante muitos anos como remédio para muitas
coisas, desde lábios machucados até dedos dos pés inflamados e muitas outras partes da pele. Mas
nunca tínhamos escutado sobre isto. E acredite, porque funciona em 100% das vezes que se faz,
apesar dos cientistas que descobriram realmente não estarem seguros de como isso acontece.
Para deter a tosse noturna de um menino (ou de um adulto), espalhe Vick Vaporub
generosamente sobre a planta dos pés e logo cubra com meias.
Mesmo a tosse mais persistente, forte e profunda se deterá no máximo em uns 5 minutos e
terá muitas horas de alivio. Ele funciona 100% das vezes que se faz e é mais eficaz nas crianças.
Além disso, é extremamente calmante e reconfortante, enquanto dormem profundamente.
É surpreendente ver que é mais eficiente que os medicamentos prescritos para as crianças
tomarem a noite.
Se você tem filhos, netos ou amigos idosos, repasse esta mensagem. E se estiver com tosse
forte, comprove em você mesmo e ficará maravilhado quando sentir como funciona!

A ERVA QUE CURA.


Foi pesquisado pela USP e é válida. O Dr. Panuzza confirmou. Se você conhece alguém que
tem câncer, por favor, encaminhe esse e-mail.
Mas, mesmo que não conheça, encaminhe a outras pessoas, porque quem sabe essas
possam ajudar alguém que precise.
Além de curar o câncer, essa Folha tem outros benefícios. Abaixo segue comentário: FOLHA
DE GRAVIOLA
A folha de graviola cura câncer. Segundo Evandro Romualdo, um amigo lhe confidenciou a
seguinte história:
Que sua esposa após descobrir um câncer no seio, que chegou a se espalhar pelo seu corpo
e ela estava praticamente com os dias de sua vida contados.
Foi então que ele descobriu uma publicação sobre o CHÁ DE GRAVIOLA. A notícia estava
em um site e o título do artigo é CANCER MAGIC BULLET DISCOVERED, but drug giants hushes it
up!- 10,000 times stronger than chemotherapy with no adverse side effects...
Na reportagem eles citam o quanto o extrato da GRAVIOLA é 10.000 vezes mais forte do que a
quimioterapia por drogas, e sem efeitos colaterais.
Citam também a árvore como sendo encontrada na floresta Amazônica. Enfim, a esposa dele
também tomou o chá, e em dois meses não tinha mais nenhuma sequela ou ferida. Hoje está viva e
saudável!
Aqui fica a dica para quem precisar. Se puder, divulgue! Quem sabe, assim conseguimos
ajudar mais pessoas com essa nova descoberta.
Abaixo, seguem os sites de consulta:
American College for the Advancement in Medicine: http://www.acam.org/American Academy of
Environmental Medicine: http://www.aaem.com/International
College of Intergrative Medicine: http://www.icimed.com/
Meridian Valley Laboratory: http://www.meridianvalleylab.com
Vamos lá pessoal, não economizem o dedo! Uma mensagem desta tem que circular, é tempo de
ajudar estas pessoas e quem sabe com isto o próprio organismo se supere como ocorrem em vários
casos.
Enviado por Wagner Duarte.
E-mail: duarte99fm@hotmail.com
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LIVROS FALADOS
É muito fácil ajudar... É só repassar!
Audioteca Sal e Luz
A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e
empresta livros falados (audiolivros) e Luz corre o risco de acabar.
Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com
dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.
Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por
textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São
emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.
Ajude divulgando o trabalho da Audioteca Sal!
Para ter acesso ao acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de
Março, 125. Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.
A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos
deficientes na nossa cidade.
Os livros podem ser solicitados por telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos
gratuitamente pelos Correios.
A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando
imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de
associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não
poderão desfrutar da magia da leitura.
Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os
livros...
Ajudem-nos, Divulguem!
Atenciosamente,
Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz. Rua Primeiro de Março, 125 - 7º.
Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08h00min às 16h00min horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm

A Audioteca não precisa de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO! Então conto com a ajuda de
vocês: repassem! Eles enviam para as pessoas de graça,
sem nenhum custo. É um belo trabalho! Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por
favor, fique à vontade. É tudo do que eles precisam.
"A melhor maneira de sentir-se feliz com você mesmo é ajudando os outros”
“Solidários, seremos união. Separados, um dos outros seremos pontos de vista. Juntos,
alcançaremos a realização de nossos propósitos."
Bezerra de Menezes.

remizerkowski@hotmail.com

Envie-nos matérias pelo e-mail:


contato@jornaldeumbanda.com.br
Não deixe de reenviar o jornal virtual para
seus amigos e cadastrados em seus mailings.
Vamos aumentar cada vez mais nossa família.
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QUEM É “O VELHO”?
Por Alexandre Cumino

Conhecemos mais de perto Preto Velho e Preta Velha, no entanto também há Caboclo Velho,
Cabocla Velha, Exu Velho, Pomba Gira Velha, Baiano Velho, Marinheiro Velho, Boiadeiro Velho...
pois são na maioria entidades que trabalham além de sua linha de ação e reação o mistério ancião,
regido por Obauayê e Nanã Buroquê. Onde encontrarmos um “Velho” ali está presente alguém que
se relaciona com estes dois Orixás. No entanto para além do mistério em si, para além de
classificações, tabelas, linhas de trabalho e relações entre espíritos e orixás está a figura do velho.
Quem é o Velho?
Alguns espíritos podem plasmar a forma de um velho, mas não podem plasmar a sabedoria
de um “nobre ancião”, podem se sentar pedir um cachimbo, agir como tal, mas não podem
reproduzir o sentimento e experiência de quem alcançou o “grau”, que se conquista ao absorver o
mistério “ancião” concedido a “espíritos velhos”.
O que são “Espíritos Velhos”?
Afinal aprendemos que “Espirito” não tem sexo, não tem cor, não tem raça e nem idade!
Mas tem “identidade”, diferente do nosso conceito de identidade, embora algum espírito
recém desencarnado, apegado a alguma de suas vidas, mantenha como identidade o que ele
experimentou na ultima encarnação. Precisamos, ainda durante décadas no astral, manter uma
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identidade relacionada com a última encarnação, até mesmo para nos relacionarmos com nossos
parentes ainda encarnados e outros já desencarnados.
Mas há espíritos que estão libertos do conceito de que sou o que fui na minha ultima
encarnação, há espíritos que conseguem se lembrar de muitas encarnações, reviver e relembrar
suas várias vidas, algo que se conquista com certo grau de evolução ao qual boa parte de nós
almeja conquistar.
Pois só há uma palavra para descrever esta condição maturidade espiritual ou maturidade
existencial. Aqueles que alcançam este ponto de evolução já estão se distanciando da necessidade
de reencarnar, pois é justamente o desapego a este mundo e toda a sua materialidade que nos dá
uma liberdade de transcender o modo material cristalizado na ultima ou ultimas encarnações.
Espíritos que já reencarnaram muito passam períodos maiores no astral entre uma
encarnação e outra e espíritos que tiveram poucas encarnações passam períodos menores de
intervalo entre as encarnações o que também varia de acordo com a condição de luz e
esclarecimento de cada um. Afinal quanto mais evoluído menor é necessidade de encarnar, então
vamos encontrar espíritos missionários que, mesmo libertos das amarras da matéria e dos seus
apegos, pedem para nascer nesta ou naquela família e grupo sócio cultural para ajudar a
coletividade lançando valores superiores, quase sempre por meio de atitudes e por palavras.
Como Cristo, Buda, Mahavira, Chico Xavier, Zélio de Moraes, Tereza de Calcutá,
Ramakrisna, Vivekananda, Martin Luther King, Malcon X, Sai Baba, Dalai Lama, Osho, etc.
No astral aqueles que já tiveram muitas encarnações e trazem vivas as experiências e lições
aprendidas tem uma maturidade maior que os demais e é esta maturidade que os coloca na
condição de “Velho”, Ancião, pois Viveu Muito Mais que os demais no que diz respeito a sua
consciência das experiências apreendidas.
Por isso espiritualmente falando “Um Velho” não é apenas um velho e sim um sábio o que
transcende uma forma plasmada. Tenha sido ou não um velho negro e escravo, um Preto Velho é
um sábio e em boa parte das vezes se trata de um “Espirito Velho”, que já teve muitas vidas e as
traz de forma consciente... O que podemos observar verificando que muito pouca coisa o assusta ou
surpreende e se conceito de ser humano é sempre aberto e inclusivo, todas as diferenças culturais,
sociais ou raciais são, para os velhos, pura bobagem de crianças que ainda não aprenderam a
lição... A dura lição que por bem ou mal r\todos iremos aprender, mais dia ou menos dia... No passar
dos tempos, vidas após vidas na construção de nossa identidade maior, na lapidação de nosso ser
atemporal.
Só podemos agradecer a estes Velhos que se dignam vir até nos ainda crianças para nos
trazer um pouco de sua sabedoria milenar, que atravessa esta névoa de ilusão passageira a qual
costumamos definir como nossa realidade.
Salve os Pretos Velhos e as Pretas Velhas da Umbanda!
Que o Mistério Ancião nos cubra a todos com seu véu de sabedoria e maturidade.
Inspirando-nos a paciência, a resignação, a tolerância, o perdão, o amor e a sabedoria.

SER MAGO É...


Não consigo me lembrar de todas as frases, da ordem em que me foram passadas e também
de quem a passou. Mas é aquilo que o Professor Rubens Saraceni vem falando em todos os seus
cursos de magia:
“Ser mago é saber que a magia é algo natural e que deve fazer parte do nosso dia-a-dia”.
Ser mago é ativar os elementos da natureza em nosso benefício e dos nossos semelhantes.
Ser mago é melhorar-se como pessoa.
Ser mago é levar Luz as Trevas.
Ser mago é libertar espíritos que foram aprisionados pelas sombras.
Ser mago é encaminhar espíritos sofredores aos planos superiores.
Ser mago é livrar os encarnados dos seus algozes espirituais.
Ser mago é neutralizar magias negativas que afetam as pessoas.
Ser mago é fazer com que a maldade prove do seu próprio veneno.
Ser mago é poder acelerar as Leis de Ação e Reação e paralisar a Lei do Karma.
Ser mago é fazer parte da Lei e da Justiça de Deus.
Ser mago é ter em seus sete corpos poderes ativados por divindades espirituais.
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Ser mago é ser adorado pelos céus.


Ser mago é ser odiado pelas trevas, pois "não é possível servir a Deus e a Mamom ao mesmo
tempo".
Ser mago é libertar - curar - encaminhar espíritos encarnados e desencarnados.
Ser mago é fazer com que forças espirituais das sombras cessem com suas destruições.
Ser mago é saber esgotar as energias negativas e preenchê-las com energias salutares.
Ser mago é ser a ponte entre o mundo espiritual - angelical – Elemental.
Ser mago é a oportunidade de movimentar para luz uma grande quantidade de espíritos em
desequilíbrio.
Ser mago é ter as passagens abertas para outros mundos e dimensões.
Ser mago é trazer as coisas ao seu estado natural da criação.
Ser mago é saber movimentar-se com maior velocidade do que o homem (velocidade do som) do
que os ETs (velocidade de dobra da luz) e do que os espíritos (velocidade do pensamento).
Ser mago é ser respeitado até pelos inimigos da luz.
Ser mago é saber que o medo é um defeito da alma e que só existe uma força: Deus!
Ser mago é Vida.
Ser mago é Evolução.
Ser mago é Luz!

Paz & Luz


Casa Sara Kali
Eden Carlos da Silva
E-mail: casasarakali@uol.com.br

1º ARRAIAL DO PORTINHO
Em uma iniciativa muito legal da prefeitura de
Praia Grande, foi realizado no mês de Junho o 1º
ARRAIAL DO PORTINHO, uma festa junina que promete
fazer parte do calendário de festas de Praia Grande.
Contando com uma área coberta de mais de 5000
m2, estacionamento amplo, muita segurança e shows
todos os dias, recebeu um público diário de mais de 7000
pessoas.
Nesta área coberta, 20 barracas de entidades
assistenciais proporcionaram o que há de melhor para se
comer e beber e entre elas estava a Casa de Benzimento
Vó Maria das Matas Virgens e Pai Antônio das Almas,
entidade religiosa UMBANDISTA, com seu vinho quente,
quentão e varias porções, que pela primeira vez
participou de um evento de tal natureza.
Importante ressaltar que toda a renda foi revertida para as próprias entidades beneficentes.
Também é importante ressaltar que para ter o direito de participar desta grande oportunidade, a
Casa de Benzimento Vó Maria e Pai Antônio, um terreiro de Umbanda, preencheu todos os requisitos
solicitados pela prefeitura e não deixou nada a desejar sendo uma das barracas mais elogiadas. Sendo
assim, no próximo ano, se a festa se repetir e nos for dado nova oportunidade, apareça por lá, venha nos
conhecer e tomar um delicioso vinho quente ou quentão, se preferir.
Aproveitando a oportunidade agradecemos ao Prefeito Roberto Francisco, ao Secretário de
Turismo Lobão e a todos os funcionários da prefeitura que se empenharam ao máximo para que tudo
desse certo.
A Casa de Benzimento Vó Maria das Matas Virgens e Pai Antônio das Almas, esta localizada na
Av. Nícolas Bozela, 150. Tude Bastos. Praia Grande – SP. Um grande abraço a todos.

Ogã Anderson.
E-mail andersonogum56@hotmail.com
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DEPOIMENTOS DOS LEITORES


Fragmentos de uma historia.
Gravida aos 18 anos, eu fui obrigada a me casar, pois minha mãe não iria admitir uma filha
gravida e um neto sem pai.
Subitamente percebi a "Gravidade" da situação e todas as dificuldades da imaturidade, sem
uma crença a me orientar, de um lado uma religião e do outro outras, mas de certo nenhuma.
A cada dia a realidade me apertava e eu às cegas, já bem próximo do nascimento do meu
filho, estávamos reunidos para o almoço quando ouvimos uma criança chorar. Qual não foi o
meu espanto em ouvir que era do meu filho ainda na minha barriga.
Naquele momento fez-se um silencio mortal, pois isso seria um mau presságio e algo em meu
espirito naquele momento concordou e numa fração de segundos tive uma percepção de que a vida
não seria fácil. E não foi!
"Meu motivo de Alegria" se transformou no meu pesadelo, e digo isso porque já existia uma
historia de fundo da minha própria vida.
Aos poucos fui descobrindo a Fé sem a crença, pois o Deus que me foi apresentado era um
Deus vingativo, que punia seus filhos.
Bem, se minha vida já era um caos sem esse Deus, imagina com Ele!
Conheci o lado obscuro dos seres, conheci a maldade na face meiga daqueles que recolhem
os órfãos, conheci a pobreza, a fome, o frio, o engano, o abandono, a mentira, falsidade, a ilusão
das promessas não cumpridas e a dor.
Fui julgada como uma péssima mãe e outros qualificativos, essa historia é rica em detalhes,
mas meu objetivo e falar da cura e do Milagre.
Conheci minha Umbanda nos dias mais sombrios da minha vida, e nela ancorei minha Fé e
me religuei ao Sagrado. Nos meus dias de desespero encontrei nos meus Pretos (as) Velhos (as) o
balsamo calmante para o meu coração ferido, o esclarecimento necessário daquilo que eu chamava
culpa.
Conheci Oxum, Xangô, Oxossi, Ossain, Oxumarê, Ogum, Obaluaiê, Omulu, Oxalá, Iansã,
Yemanja, Exu e Pomba Gira. Mas Ibeji eu conheci quando meu filho aos sete anos sofreu
queimadura de terceiro grau na barriga e naquele dia, no meio do nada, eu me vali das “Crianças”,
pois ouvira dizer que, se precisar é só pedir ajuda, mas que tinha que dar um agrado!
Porém, em outra vez, no meu desespero eu pedi, mas não prometi nada, pois via muita gente
se comprometendo e depois do desespero passado não pagava a promessa. Por isso deixei nas
mãos de Deus para quando eu pudesse pagar consciente.
Conheci a Umbanda em 1990, sou filha de Umbanda, meu filho foi batizado aos oito anos na
Umbanda, ao longo de sua jornada de crescimento meu filho marcou encontro com a morte por
várias vezes, sempre escapando por um fio, sendo uma destas mais recentes, a que me fez clamar
por Maria, Mãe de Jesus, pois até a minha saúde já havia sofrido um abalo.

Pedido Feito, Pedido Atendido. E o fiz com tal desejo e intensidade, que na segunda feira,
meu filho me ligou dizendo que estava indo procurar internação para se tratar da dependência
química e alcoólica. Já se passou dois meses, eu sei que é muito recente e que ele tem uma longa
jornada pela frente, mas eu sei que fomos amparados pelo amor de Maria.

Minha prece: - Amada Mãe Maria, a vos, que sois a mãe de Jesus, eu apelo nesta hora e
em todas as horas desta vida, socorrei-me Mãe!
Acalma meu coração através destas lagrimas de fogo que queimam meu ser.
Dai Paz à minha alma e discernimento nesta hora.
Senhora que vistes vosso filho amado no calvário, é como mãe que a vos peço:
intercedei, intercedei, intercedei por meu filho neste momento de dor e desespero em que tudo
chegou ao fim.
Conceda a ele nem que seja a última chance de se recuperar e entender que a salvação esta
dentro dele e nas suas atitudes e escolhas.
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Amada Mãe Maria e Amados Orixás, eu vos agradeço por esta lição tão linda e sublime que é
o meu filho, reconheço todas as lições e a esta oportunidade de evolução.
Amem!
Feliz é aquele que tem Os Orixás no Coração. Saravá Irmãos!

Valdete Ap. Sandes - uma breve historia de Fé


va-sandes@uol.com.br

AGRADECIMENTO
Gostaria que fosse dito ao Pai Rubens Saraceni que estou lendo mais um dos seus livros
maravilhosos: A MAGIA DIVINA DAS SETE ERVAS SAGRADAS e sempre que posso
compro.
Uma nova obra de Umbanda. E os livros dele, como se diz no popular aqui em Recife: "Não
tem pareia não", são imbatíveis com a nossa intuição.
Fara dois meses de falecimento de minha mãe, que respeitava a minha Umbanda, embora de
origem Católica, disse um dia eu só acredito que você tem essas coisas porque tudo é muito bonito,
você adora flores e plantas e bichos. Ai, em 2008, descobrimos um Câncer de intestino e lutamos,
um dos médicos deu pouco tempo, pois ela era diabética e hipertensa. O que ele não sabia é que
ela tinha uma fé grandiosa em São Sebastião Glorioso como chamava e um belo dia em um dos
sonhos vieram três pessoas um homem e duas mulheres de preto e muitos sombrios dizendo: Aqui
está! Muito em breve virás comigo, mostrando a ela uma cova no cemitério, ai ela disse:
Não, meu São Sebastião e meu amor vão vencer olha o que faço: fez um enorme coração
cobrindo toda cova com samambaias e avencas e o encheu todinho de rosas cor de rosas dobradas,
lindo. E foi assim, vencemos o c.a e dia 08-07. Estava numa livraria apreciando a capa do seu livro
e, para minha surpresa, o conteúdo refere-se a esta energia transformadora com os vegetais e seus
donos.
Mais uma vez venho aqui tirar meu chapéu e beijar a sua mão, porque se tinha alguma dúvida
sobre sua luz, ficou claro de vez. Você é o cara, que foi enviado para nos melhorar e honrar o
presente em fazer parte da Umbanda Sagrada.
Obrigada meu amigo, que só o conheço pelas obras e pelo que leio no Jornal, mais que sou
sua fã pelo seu melhor: Tratar a mediunidade como bem comum ao nosso planeta e não algo
distante e nem E.T.
E o respeito que você tem pela natureza, vi poucos colegas Biólogos tratarem dela assim;
parabéns pela boa educação e por ser tão especial na minha vida. Espero em Zâmbi e Ogum um dia
poder dá um abraço físico, porque todos os dias lhe dou um abraço em pensamento quando me
emociono com seu respeito a tudo que faz.
Grata também por esta equipe que o cerca e pela decência de todos.
Outrossim, não fiz a entrevista com o Ogã. Saímos de férias, só voltaremos ao curso quando
a Universidade voltar em Agosto.
Meu curso é: Teologia das religiões de matriz africana.
Grata,
Por: Suzicleide Oliveira
E-mail: suzicleideoliveira@hotmail.com
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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Nós, os prati-cantes e os segui-dores dos cultos afro-brasileiros, temos sido criticados de
forma agressiva e intolerante desde que a Umbanda foi fundada e, se hoje são os néo pentecostais
que se destacam, antes eram os católicos que nos taxavam de “pagãos”, de atrasados, etc.
Tirando os excessos cometidos por pessoas despreparadas, ou mal preparadas para
conduzirem as nossas “giras”, os médiuns umbandistas vêm dando o melhor de si para auxiliarem
seus semelhantes com as mais diversas dificuldades, destacando-se entre elas as de fundo
espiritual.
Não foram e não são poucas as pessoas que abdicaram das comodidades da vida profana e
assumiram compromissos pelo resto de suas vidas com Deus e suas divindades só para poderem
desenvolver suas faculdades mediúnicas, ordená-las e doutrinarem-se, para poderem ajudar o
próximo, muitos também com problemas mediúnicos gravíssimos.
Mas, este imenso e luminoso trabalho de caridade espiritual não só não foi reconhecido, como
serviu para que os inimigos e os adversários da Umbanda (todos seguidores de outras religiões)
sempre procurassem qualquer erro ou falha de um dos nossos para negar-nos qualquer crédito pelo
auxílio prestado pela Umbanda aos neces-sitados.
E, de erro em erro, de falha em falha, de excesso em excesso, come-tidos por uma minoria,
mas nunca esquecidos ou relevados por nossos inimigos e adversários religiosos, a Umbanda (e
todos os outros cultos afros brasileiros) começaram a ser associados à prática do mal. Associação
esta feita por pessoas inteligentíssimas que dominam a neurolinguística e a lavagem cerebral das
pessoas necessitadas do auxílio espiritual que a nossa querida Umbanda pode dar-lhes sem nada
lhes exigir em troca.
Os nossos inimigos e nossos adver-sários, só viram falhas e erros e só têm boca para criticar
e ofender-nos e para vilipendiarem a Umbanda e suas práticas espiritualistas. Nunca elogiaram
nossos acertos e nosso trabalho de caridade espiritual.
Criou-se um tal estado de intolerância que os adeptos mais exaltados do néo pentecostalismo
acham-se no direito de perseguirem os umbandistas até nos ambientes de trabalho profissional,
fazendo surgir no Brasil de todos os povos os ranços da intolerância inquisitorial e do nazi fascismo.
– Pessoas são desclassificadas pa-ra empregos ou são dispensadas deles assim que os
empregadores e os “chefes” (já salvos) ficam sabendo que são umbandistas.
– Crianças são segregadas em escolas se assumirem que são umbandistas.
– Imóveis não são alugados se for para abrir neles um Centro de Umbanda.
– Casamentos são desfeitos se um dos cônjuges tiver ou quiser desenvolver sua mediunidade.
– Namoros com jovens umbandistas nem pensar, na cabeça dos “já salvos”.
– Morar no mesmo quintal ou prédio com umbandistas, que horror!
São tantas as intole-râncias que, ou se oculta ou nega-se a crença em Olorum e nos
Sagrados Orixás para poder viver em paz e sem ser excluído, segregado e ofendido continuamente
só porque são médiuns.
Hoje, vivemos uma situação semelhante à do povo judeu na Europa pré-nazista, só nos
faltando um “Hitler” néo pentecostal assumir o poder para que aqui se comece a construir campos
de concentração para que esses loucos e desvairados nos aprisionem neles e, tal como Hitler fez
com os judeus, enviem-nos para câmaras de gás ou, tal como fizeram os inquisidores, queimem-nos
nas suas “fogueiras santas” que, de santas não têm nada.
Lamentavelmente, esse é o quadro que nos chega continuamente através de relatos de
irmãos umbandistas.
Mais do que nunca, é hora de dar-mos provas de nossa fé e, tal como Daniel enfrentou os
leões com sua fé e sua submissão a Jeová, temos que enfrentar as “hienas famintas de poder” com
nossa fé e submissão a Olorum e aos Sagrados Orixás.
Não é hora de nos omitirmos ou de recuarmos em nossa fé, e sim, é hora de darmos nossa
prova de fé. Quanto às “hienas famintas de poder”, não se preocupem com elas, pois, tal como os
sanguinários leões mesopotâmicos, morrerão e irão para o inferno.
Tudo é questão de tempo, meus irmãos!
Pai Rubens Saraceni.

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