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Sequelas de uma pandemia

Em dezembro de 2019, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) detectou uma nova variedade de coronavírus, identificado como
SARS-CoV-2, em um mercado de alimentos em Wuhan, na China, que desencadeou um surto de doença respiratória. A subsequente epidemia
mundial trouxe consequências econômicas e sociais.

Em poucos meses após os primeiros casos, a disseminação geográfica da doença atingiu mais de 100 países, envolvendo todos os continentes,
recebendo a classificação de “pandemia” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Pandemia, por definição, é o surgimento de uma nova
doença infecciosa, cujo agente causador se espalha facilmente entre a população ao redor do mundo. Porém, os efeitos de uma pandemia vão
muito além do campo da infectologia.

O comunicado da OMS soou como um tiro de alerta, indicando que medidas de contenção deveriam ser prontamente discutidas e tomadas
pelos líderes mundiais e autoridades de saúde pública, a fim de controlar o coronavírus, reduzir o número de infectados e, consequentemente,
evitar um colapso nos sistemas de saúde. Em um regime de quarentena, práticas de lazer são interrompidas, encontros sociais são cancelados,
empresas param de operar e a atividade econômica se reduz significativamente.

O desfecho do coronavírus tornou-se um provável vetor de recessão econômica, bem como um agente causador de óbitos, principalmente nos
idosos. Enquanto soluções médicas como vacinas e medicamentos levam tempo para serem desenvolvidos, o isolamento social é a principal
recomendação para achatar a curva epidêmica, ou seja, reduzir o acúmulo de casos no tempo, permitindo assim condições mais favoráveis para
planejamento de ações e atendimento na saúde pública.

Obviamente, ações rápidas de efeito transformativo em grande escala não deixariam de provocar discussões entre a população. Na era digital,
ficar em casa significa passar mais tempo interagindo online, onde os assuntos em voga são as decisões governamentais. Cada indivíduo
experimenta as consequências de forma diferente, o que pode ser enriquecedor para o debate e ao mesmo tempo nocivo.

Diante de um desafio mundial, cada decisão faz toda a diferença. Não só os líderes precisam tomar as medidas certas, mas também os cidadãos
precisam fazer sua parte seguindo as recomendações das autoridades. Talvez essa seja a única forma de obter como subproduto dessa crise não
somente tragédias, mas aprendizado, para que situações futuras sejam menos traumáticas.

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