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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL
FORTALEZA
2011
ii
FORTALEZA
2011
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca de Ciências e Tecnologia
CDD 620
iv
AGRADECIMENTOS
À Deus, acima de tudo pela vida, e por guiar, proteger e iluminar todos os meus
passos. Que me dê força para continuar a caminhada em busca dos meus objetivos.
Aos meus pais, Francisco José de Sousa Monteiro e Maria de Lourdes Parente
Monteiro, que sempre me incentivaram e acreditaram em mim.
A minha namorada Tatiane Paixão Vieira de Freitas, que sempre me apoiou nos
momentos mais difíceis dessa trajetória de curso, nunca me deixando fraquejar em momento
algum.
Aos meus amigos Paulo José, Bruno Lopes, Paulo Henrique e Marcelo Felipe por
todos estes anos de caminhada.
Aos professores pelo apoio direto e indireto, que tanto contribuíram para a minha
formação pessoal e profissional.
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 1
1.1 Considerações iniciais ............................................................................................ 1
1.2 Justificativa ............................................................................................................ 2
1.3 Objetivos ................................................................................................................ 3
1.4 Apresentação do trabalho ...................................................................................... 3
2 CONCEITOS INICIAIS ............................................................................................... 4
2.1 Definição de cálice de fundação ............................................................................. 4
2.2 Transferência de esforços ...................................................................................... 5
2.3 Comportamento de consolo ................................................................................... 7
2.3.1 Modelo de bielas e tirantes .............................................................................. 7
2.3.2 Modelo atrito-cisalhamento ............................................................................. 8
2.4 Armaduras do cálice .............................................................................................. 9
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 11
3.1 Recomendações de projeto segundo Leonhardt & Mönnig (1978), NBR
9062:1985 e El Debs (2000) ............................................................................................ 11
3.1.2 Propriedades geométricas e forças atuantes no cálice .................................... 11
3.1.2 Dimensionamento das paredes do cálice........................................................ 14
3.1.3 Arranjo das armaduras do cálice ................................................................... 17
3.2 Modelo de projeto e recomendações de Canha (2004)........................................ 18
4 ROTEIRO DE CÁLCULO......................................................................................... 22
4.1 Características geométricas do cálice e forças atuantes no cálice ...................... 22
4.2 Armaduras do cálice ............................................................................................ 26
4.2.1 Armaduras horizontais principais ( As ,hpl e As ,hpt ) .......................................... 26
4.2.1 Armadura vertical principal As ,vp .................................................................. 32
4.2.3 Armaduras secundárias ( As,vs e As ,hs ) ........................................................... 36
4.3 Aplicação da planilha de dimensionamento e detalhamento.............................. 38
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 48
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 49
1
1 INTRODUÇÃO
1.2 Justificativa
1.3 Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo geral criar uma planilha de cálculo para
dimensionamento e detalhamento de cálices de fundação com interface lisa.
Os objetivos específicos são:
Fazer um levantamento bibliográfico dos estudos já realizados sobre
ligações pilar-fundação através de cálices;
Analisar os estudos já realizados e sintetizar suas conclusões em um
roteiro de cálculo.
2 CONCEITOS INICIAIS
Figura 2.2 - Transferência dos esforços em cálice de paredes lisas (EL DEBS, 2000) – adaptado por CAMPOS
(2010).
A força cortante (V) e o momentos fletor (M) são transmitidos do pilar para as
paredes transversais (Parede 1 e 2) do colarinho, através do concreto ou graute de
preenchimento; comprimindo a parede transversal frontal (Parede 1) na sua parte superior e
ocorrendo o mesmo na parede transversal posterior (Parede 2), na sua parte inferior. Essa
transferência de forças na ligação mobiliza forças de atrito na interface pilar-colarinho, sendo
a direção da força Fat ,sup , na parede 1, no sentido do esforço normal e na parede 2 a direção da
O pilar transfere a força normal (N) diretamente para o fundo do cálice, tendo seu
valor reduzido pela força de atrito mobilizada na base do elemento de fundação.
A resultante da distribuição de pressões na parede transversal frontal ( H sup ) gera
esforços transversais que são transmitidos para as paredes longitudinais (paredes 3 e 4), pois
estas possuem rigidez maior para transmitir os esforços para a base do cálice. As paredes 3 e 4
apresentam um comportamento de consolo engastado na fundação (Figura 2.3).
7
Figura 2.3 - Detalhes da transmissão das forças pelas paredes do cálice (EL DEBS, 2000) - adaptada por
CAMPOS (2010).
El Debs (2000), afirma que a idéia básica deste modelo é admitir que o concreto
submetido a tensões de cisalhamento desenvolva fissuraras no plano de tensões. A integridade
das partes separadas por essa fissura potencial é garantida pela colocação de uma armadura
cruzando essa superfície, que irá produzir força normal e que consequentemente, mobilizará
forças de atrito que equilibram o cisalhamento.
advindas dos pilares, sendo gerados nessas paredes esforços transversais que são resistidos
por armaduras localizadas na parede transversal frontal e posterior. A armadura horizontal
10
principal longitudinal ( As ,hpl ) é responsável por transmitir a força H sup f por meio das paredes
As ,hs ) são utilizadas na ligação cálice-fundação para resistir esforços secundários e controlar a
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Recomendações de projeto segundo Leonhardt & Mönnig (1978), NBR 9062:1985
e El Debs (2000)
mínimo de 5 cm.
bint Base interna entre as paredes do colarinho:
bint b 2 h j (3.1)
hint h 2 h j (3.2)
carregamento, e da interface das paredes do cálice. A Tabela 3.1 mostra os valores utilizados
por Leonhardt & Mönnig (1978) e da ABNT NBR 9062:1985.
Tabela 3.1 - Comprimento de embutimento do pilar segundo Leonhardt & Mönnig (1978) e ABNT NBR
9062:2006.
9062:1985 especifica lemb 40 cm e caso o pilar seja solicitado por esforço de tração, o
Tabela 3.2 - Resultantes de pressões e ponto de aplicação de H sup,d segundo ABNT NBR 9062:2006.
Tabela 3.3 - Resultantes de pressões e ponto de aplicação de H sup,d segundo modelo de Leonhardt &
Mönnig (1978).
Comparando os valores dos parâmetros das Tabelas 3.2 e 3.3, constatamos que
não há diferença entre recomendações da ABNT NBR 9062:1985 e do modelo de Leonhardt
& Mönnig (1978).
Figura 3.3 - Flexão e disposição da armadura As,hft na parede transversal 1 (CAMPOS, 2010) - adaptado de (EL
DEBS, 2000).
H sup,d (3.8)
As ,hp
2 f yd
armadura vertical secundária As,vs e armadura horizontal secundária As,hs são obtidas a partir
A Figura 3.4 ilustra o arranjo das armaduras do cálice com interface lisa para
situações de grande e pequena excentricidade.
Figura 3.4 - Arranjo das armaduras do cálice com interface lisa – (LEONHARDT & MÖNNIG, 1978) adaptado
por (EL DEBS, 2000).
18
100 mm
b) hc 1 ; Espessura mínima da base da fundação ( lbf 200 mm );
3 hint ou bint
Figura 3.5 - Esquema de forças atuantes no modelo de projeto proposto para cálice com interface lisa
(CANHA, 2004).
Onde:
Fat ,sup,d H sup,d (3.9)
M d N d enb Vd lemb H sup,d lemb y H inf,d y` Fat ,sup,d 0,5 h enb
Fat ,inf,d 0,5 h enb 0 (3.14)
c) y lemb 6
d) y` lemb 10
parabólica no meio do vão e da força H sup t , d , que causa tração na parede transversal que vai
direto para os apoios da viga, fazendo o ajuste do grau n1 da parábola. Adotou-se um ângulo
45 de inclinação das fissuras, devido às dimensões nas duas direções serem iguais.
Calibrando o modelo com os resultados dos modelos ensaiados, Canha (2004) sugeriu os
valores de H sup f ,d H sup,d 0,35 , H sup t ,d H sup,d 0, 65 e n1 5 indicando que a parede está
Figura 3.6 - Idealização de pressões na parede transversal 1 do cálice com interface lisa (CANHA, 2004).
Figura 3.7 - Modelagem do comportamento da parede transversal 1 do cálice com interface lisa -
(CANHA, 2004).
22
4 ROTEIRO DE CÁLCULO
a) Seção do Pilar
A base e a largura da seção transversal do pilar são dados obtidos do projeto
estrutural.
b) Espessura da junta ( h j ) :
bint b 2 h j (4.1)
hint h 2 h j (4.2)
1 (4.5)
hc hint ou bint
4
O valor obtido da equação 4.3 deve ser maior que o valor mínimo indicado pela
norma ABNT NBR 9062:2006, que é de 10 cm, sendo o espaço resultante adequado para a
distribuição de todas as armaduras resultantes do dimensionamento, respeitando os valores de
cobrimento indicado pela NBR 6118:2003.
e) Distância externa entre as paredes do colarinho
Da geometria da Figura 4.1, obtemos a base e a largura externa entre as paredes
do colarinho:
bex t bint 2 hc (4.6)
f) Comprimento de embutimento
Segundo Campos (2010), o cálculo do comprimento de embutimento (Equação
4.8) obedece às recomendações estabelecidas pela ABNT NBR 9062:2006 (Tabela 4.1). Os
comprimentos de embutimento são determinados de acordo com a interface das paredes do
colarinho e do pilar (no caso deste trabalho a ênfase é apenas em cálices com interface lisa) e
de acordo com a excentricidade da força normal: pequena ou grande excentricidade. Para
valores intermediários de excentricidade, pode-se interpolar linearmente a relação de
momento fletor e força normal para definição, Caso a excentricidade resulte próximo dos
limites, recomenda-se adotar as respectivas recomendações de pequena ou grande
excentricidade. O valor mínimo recomendado pela Norma Brasileira é de 40 cm.
24
g) Comprimento do colarinho
O comprimento do colarinho ( lc ) é obtido da diferença entre o comprimento de
h) Coeficiente de Atrito
O coeficiente de atrito na interface entre a junta e os elementos pilar e cálice é um
dos principais parâmetros na avaliação do comportamento da ligação cálice-fundação, pois
influencia na determinação do valor resultante da pressão superior e inferior de compressão
atuante nas paredes transversais do cálice. Baseado nos estudos de Canha (2004), o valor de μ
= 0,3 (forma de madeira) para o coeficiente de atrito no caso de cálice com interface lisa é o
mais recomendado para o dimensionamento da ligação, pois trabalha a favor da segurança.
i) Excentricidade da força normal na base
A equação para o cálculo da excentricidade da força normal na base ( enb ) (Equação
lemb (4.11)
y
10
y': Distância do ponto de aplicação da resultante de pressão H inf à base do pilar.
lemb (4.12)
y`
10
k) Resultante de pressão das paredes transversais ( H sup f e H inf )
Segundo Campos (2010), as pressões nas paredes do cálice mobilizam três forças
de atrito Fat ,sup f , Fat ,inf , Fat ,bf atuando, respectivamente, na parede transversal frontal, na
reação da força N bf na base do pilar. A excentricidade deve ser considerada, pois, devido à
flexo – compressão, a reação na base do pilar é excêntrica. Além disso, pode ocorrer o
deslizamento do pilar e da junta em relação à base ocorrendo consequentemente um
acréscimo do deslocamento da reação.
Figura 4.2 - Transferência de forças no cálice com interface lisa (CANHA, 2004) – (adaptado por CAMPOS,
2010)
26
principal como ilustrado na Figura 4.2 (b). As paredes longitudinais se comportam como
consolos recebendo indiretamente a força H sup f .
cor vermelha na Figura 4.3; e pelo ramo interno ( As ,hpli ) localizado na parte interna das
H sup f (4.15)
As,hpl
2 f yd
lemb
a partir do topo do colarinho.
3
o da norma CNR 10025:1998, indica que essa pressão superior causa tração na parede.
Campos (2010) citando Canha et al. (2009), expõe as conclusões da pesquisa
teórico-experimental realizada na EESC-USP:
a) A parte superior da parede transversal frontal da ligação é submetida à tração e a
flexão, e que a tração prevalece sobre a flexão;
28
Figura 4.4 - Configuração das fissuras nas paredes transversais de cálice com interface lisa - CANHA
et al. (2009).
Figura 4.5 - Modelo de projeto para a parede transversal frontal para cálice com interface lisa
(adaptado de CANHA et al. (2009))
Onde:
H sup f f : parcela da pressão superior que causa flexão na parede transversal frontal
H sup f t : parcela da pressão superior que causa tração na parede transversal frontal
Após o estudo de Canha (2009) onde foi constatado que a parte superior da parede
transversal frontal é submetida à flexo-tração, vários modelos de cálices foram ensaiados por
Nunes (2009) diferenciando o dimensionamento da armadura horizontal principal transversal,
ora sendo calculada com flexo-tração, ora com tração.
Os resultados desses ensaios comprovaram que se a parede transversal frontal for
submetida apenas a tração há um pequeno acréscimo da área de aço (aumento máximo de
18%) quando comparada com a armadura submetida à flexo-tração, assim Campos (2010)
indica o dimensionamento considerando apenas tração, por esse método resulta em cálculos
menos complexos.
Segundo Campos (2010), uma distribuição com maior área de aço para o ramo
externo é a melhor situação, pelo esforço nessa região ser mais intenso e também devido à
situação de montagem do cálice, onde uma força de encunhamento causa flexão nas paredes,
tracionando a armadura. É indicada ainda, a distribuição de 1 3 As ,hpti para o ramo interno e de
2 3 As , hpte para o ramo externo. Considerando somente tração da parede, as resultantes são
H sup f f 0 (4.17)
As resultantes que atuam nos dois ramos da armadura As ,hpt são obtidas das
Onde:
M sup f f : Momento fletor oriundo da pressão H sup f f
Figura 4.6 - Localização da armadura horizontal principal e respectivas alturas úteis (CAMPOS, 2010).
Rs ,hpti , serão iguais, pois a parcela de H sup f que causa flexão na parede transversal ( H sup f f )
Rs ,hpti (4.25)
As ,hpti
f yd
Campos (2010) citando Canha (2004) e Nunes (2009) indica que a armadura As ,hpt
deve ser distribuída em um trecho de altura igual a lemb 3 a partir do topo do cálice.
A área de armadura horizontal principal deve ser o maior valor entre As,hpl e As ,hpt
devem ser dispostas simetricamente. Essa consideração deve ser adotada devido às duas
armaduras horizontais serem distribuída na mesma altura.
O detalhamento das armaduras horizontais principais está ilustrada na Figura 4.7,
este modelo foi desenvolvido por Jaguaribe Jr. (2005) e Nunes (2009). O ramo externo é
composto de um quadro de armadura fechado disposto ao longo do perímetro externo das
paredes do colarinho e o ramo interno é formado de quatro elementos de armadura em forma
de U dispostos na parte interna das quatro paredes do cálice. No caso da consideração do
esforço de flexo-tração das paredes transversais do cálice, as áreas resultantes de aço para o
ramo interno é diferente da área de aço para o ramo externo (Campos 2010).
32
Figura 4.7 - Detalhamento da armadura horizontal utilizada nos modelos de Jaguaribe Jr. (2005) e
Nunes (2009) - (adaptado de CAMPOS (2010)).
Figura 4.8 - Localização da armadura vertical principal no cálice com interface lisa (CAMPOS, 2010).
Rcb (4.28)
cb 0,85 f cd
hbie hc
Considerando a atuação da carga indireta a tensão na armadura é de no máximo
435 MPa e a tensão do concreto deve ser limitada em 0,85 f cd .
34
Figura 4.9 - Dimensionamento das paredes longitudinais como consolo curto (CAMPOS, 2010).
tensão de cisalhamento de cálculo com a tensão de cisalhamento última, o que resulta em:
35
H sup f
3 hc d c
2 (4.31)
As ,vp
0,9 f yd
Adotar a maior área de aço entre as calculadas pelas Equações (4.30) e (4.31) para
a armadura As ,vp . A tensão na armadura também deve ser limitada em 435 MPa e o resultado
de As ,vp , não deve ter valor menor que a calculada para o caso de consolo curto.
NBR 6118:2003. Assim, como no caso de consolo muito curto, a armadura As ,vp , resultante
do dimensionamento, não deve ter área menor quando comparada com a calculada para
consolo curto.
O detalhamento da armadura vertical do cálice apresentado na Figura 4.10
assegura uma boa ancoragem da armadura vertical no elemento de fundação, transferindo
todas as tensões da armadura para o concreto.
Figura 4.11 - Detalhe da distribuição das armaduras verticais principais e secundárias no cálice (CAMPOS,
2010).
36
meio das paredes do colarinho e a armadura As ,hs é distribuída ao longo dos 2 3 inferiores da
Figura 4.12 - Localização da armadura vertical secundária no cálice com interface lisa (CAMPOS, 2010).
37
Figura 4.13 - Localização da armadura horizontal secundária no cálice com interface lisa (CAMPOS, 2010).
Os valores obtidos para As ,hs e As ,vs , não devem ser menores que os calculados
para o caso de consolo curto. As armaduras também devem ser dispostas nas paredes
transversais e longitudinais com espaçamento entre 15 e 30 cm.
38
Equação (4.36):
As ,vs 0,10% hc hext (4.36)
H sup f 2 deve ser calculada segundo os modelos de cálculo I ou II da ABNT NBR 6118:2003
para elementos lineares sujeitos a força cortante. As armaduras As ,hs e As ,vs , não devem ter
f y 500 MPa .
A seção do pilar é fornecida, tendo que ser indicado qual lado o carregamento
atua, pois para o cálculo da espessura da parede do cálice ( hc ) é utilizado o comprimento do
referido lado.
Outros parâmetros de entrada são a espessura da junta do concreto de
preenchimento e o cobrimento da armadura.
39
O coeficiente de atrito deve ser informado pelo usuário. É indicado o valor 0,3
que se refere ao da forma de madeira.
parcelas; em seguida são calculados os valores das solicitações M sup f f , N sup f t (Figura 4.18
(a)).
41
A Figura 4.18 (b) nos fornece as forças que atuam nos dois ramos da armadura
horizontal principal transversal bem como a distância entre essas forças.
5 CONCLUSÃO
O estudo deste trabalho teve como objetivo desenvolver uma planilha eletrônica
de cálculo baseada nos principais modelos empregados no dimensionamento e detalhamento
de cálices de fundações com interface lisa e nos resultados dos estudos teórico –
experimentais em cálices de fundação realizados na EESC-USP. O roteiro de cálculo é
baseado nos trabalhos de Leonhardt e Mönnig (1978), El Debs (2000), Canha (2004), Campos
(2010) e na NBR 9062:2006.
A utilização da planilha é apresentada através do exemplo de dimensionamento e
detalhamento de cálice de fundação com interface lisa onde são demonstrados os passos de
entrada de dados, bem como o modo de obtenção de resultados na planilha. A interface da
planilha foi demonstrada no item 4.4 para que durante a utilização do mesmo facilite o
processo de entrada de dados e obtenção dos resultados.
Alguns dos parâmetros de projeto adotados no roteiro de cálculo são expostos
abaixo:
a) O contato do pilar com a parte superior da parede transversal frontal gera uma
distribuição de retangular de pressões, determinando à posição de aplicação da pressão
H sup f igual a y lemb 10 ;
mínima seja calculada pela expressão hc 1 4 hint ou bint , sendo respeitado sempre
REFERÊNCIAS
JAGUARIBE JR., K.B. Ligação pilar fundação por meio de cálice em estruturas de
concreto pré-moldado com profundidade de embutimento reduzida. 2005. 177 f.
Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo,
São Carlos, 2005.
NUNES, V. C. P. Análise experimental de cálice de fundação com ênfase nos esforços nas
paredes transversais do colarinho. 2009. 132 f. Dissertação (Mestrado) – Escola de
Engenharia de
São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2009.