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CELSO DELIBERATO
São Paulo
2006
CELSO DELIBERATO
(“STEEL DECK”)
São Paulo
2006
Ficha Catalográfica
Elaborada pelo Departamento de Acervo e Informação Tecnológica do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT
Há inúmeros seres humanos que tem por sua própria natureza colaborar com
seus semelhantes, nas mais diferentes formas (financeira, moral, intelectual, etc).
Aos que recebem o auxílio tem por dever no mínimo, o de agradecer, principalmente
daqueles em que foi recebido de forma gratuita, espontânea e sem alarde.
Assim, preliminarmente, peço desculpas aos que deveriam ser lembrados
nominalmente e não o foram, e nesse instante espero que vossos espíritos sejam
envolvidos com o mesmo carinho, respeito e dedicação dadas à minha pessoa.
Aos que minha memória não deixa falhar, os meus mais sinceros
agradecimentos e se, hoje tenho alegria por este trabalho, com certeza tudo
começou no sorriso que me foi oferecido por vocês no inicio deste singelo trabalho.
Face à particularidade com que cada um participou durante a minha jornada
tenho a necessidade de citar três pessoas. Em primeiro, quero agradecer ao
engenheiro que nos ajudou com sua grande experiência e conhecimentos técnicos
conquistados ao longo de sua vida profissional. Ao Prof. Dr. Ercio Thomaz por seu
incentivo, dedicação, paciência e generosidade.
A seguir, agradeço ao amigo de jornadas mais antigas que com sua forma de
ser, avesso à divulgação da gratidão que outras pessoas tem por ele, nesta
oportunidade tenho a necessidade de expor a minha e declarar o meu muito
obrigado ao meu precioso amigo Antonio Carlos Cappabianco.
Em terceiro, ao ser humano que muito auxiliou na manutenção do meu bem
pessoal mais precioso que é a saúde, suas primeiras palavras a mim dirigidas estão
gravadas até hoje, neste momento eu as retorno “estou tranqüilo, estou entre
amigos”. Muito obrigado Prof. Henrique Vailati Neto.
Na esfera doméstica tenho a necessidade de agradecer pela paciência, pela
generosidade e pelas oportunidades não compartilhadas e declarar muito obrigado
aos meus filhos e esposa. Caso eu tenha algum crédito na espiritualidade solicito ao
Grande Arquiteto do Universo que retribua a todos vocês tudo o que a mim foi
dispensado com enorme carinho.
RESUMO
No caso do sistema misto laje mista de concreto e chapa metálica trapezoidal não
utiliza as tradicionais fôrmas de madeira, pode em diversas oportunidades dispensar
os escoramentos durante a concretagem e ainda, as suas chapas metálicas
trabalham como armadura positiva após a cura do concreto.
The reasons that motivated me to carry out this work, “GUIDELINES FOR THE
PROJECT OF MIXED SLABS OF CONCRETE AND STEEL DECK” have their
origins on the difficulty of finding adequate reunited pieces of information for its study.
In the case of mixed system – concrete slab and steel deck – it does not use
wood forms; it may dispense, in several cases, propping during concrete pouring,
and, yet, their metal sheets will function as a positive armature after the cure of the
concrete.
Key words: mixed slsab, reinforced concrete, steel, steel deck, structural safety, fire
resistance, fire protection, building
Lista de ilustrações
Figura 15: Perímetro crítico para punção (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001). .....46
Figura 22: Lajes com forma de aço incorporada. (Queiroz; Pimenta; Da Mata,
2001) ....................................................................................................67
Figura 24: Viga sem a Proteção (obra Convention Center & Hotel Jaraguá).........76
Figura 25: Viga com a Proteção Passiva (obra Convention Center & Hotel
Jaraguá) ...............................................................................................77
Figura 29: Proteção Ativa - sprinklers (obra Convention Center & Hotel
Jaraguá) ...............................................................................................88
Figura 32: Lajes com fôrma de aço incorporada. (Queiroz; Pimenta; Da Mata,
2001) ....................................................................................................91
Figura 36: Conector tipo pino com cabeça (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001). ...94
Figura 37: Conector da Hilti HVB (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001). .................94
Figura 38: Conector em perfil U laminado (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001). ....95
Figura 40: Carga/descarga de fardos de steel deck (Bellei; Pinho, F.; Pinho, M,
2004). ...................................................................................................98
Figura 41: Içamento/transporte vertical dos fardos de steel deck (Manual SDI,
). ...........................................................................................................99
Figura 42: Descarga dos fardos (Manual Bellei, Pinho, Pinho, 2004)..................100
Figura 45: Área de estoque em que os perfis devem ter verificação de sua
capacidade suporte antes da concretagem da laje a ser
incorporada (manual do SDI)..............................................................102
Figura 46: Montagem das chapas de steel deck (Manual SDI) ...........................103
Figura 47: Vista Inferior de um recorte (obra – Convention Center & Hotel
Jaraguá) .............................................................................................105
Figura 48: Vista superior de um recorte (obra – Convention Center & Hotel
Jaraguá) .............................................................................................106
Figura 51: Conector da Hilti HVB. (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001). ..............108
Tabela 17: Fatores de redução para o aço . (Bellei, Pinho, Pinho, 2004) ..............86
Tabela 18: Espessura Mímima dos Arremates de Laje (mm) (Metform) ..............112
Listas de abreviaturas e siglas
AD Arremate de Deck
CB Corpo de Bombeiros
CD Complementos de Deck
SD Suporte de Deck
I - momento de inércia
Pp - carga concentra
V - força cortante
W - módulo resistente
d - altura da seção
k - Constante
m - Constante
q - carga linear por unidade comprimento
δf - deformação final
ν - coeficiente de Poisson
θs - temperatura da armadura
Índices gerais
a - Aço
c - concreto, convecção
d - de cálculo
n - Nominal
t - Tempo
x - relacionado ao eixo x
y - relacionado ao eixo y
Sumário
Introdução 19
Objetivo do trabalho .................................................................................................20
Justificativa...............................................................................................................20
Capítulo 1
Capítulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
INTRODUÇÃO
Objetivo do trabalho
Neste trabalho apresentamos as diretrizes para o projeto do sistema misto laje mista
de concreto e chapa metálica trapezoidal à temperatura ambiente e sob ação do
fogo e as disposições necessárias para a sua execução.
Justificativa
O sistema misto laje mista não é recente , apesar de ser empregado de forma mais
intensa nos EUA e Europa, no Brasil comparativamente é pouco utilizado, por falta
de bibliografias e pesquisas específicas do comportamento deste sistema misto a
temperatura ambiente e principalmente no que diz respeito deste sistema misto sob
ação do fogo.
O sistema laje mista é para as estruturas dos pisos considerado por muitos técnicos,
uma solução estrutural de execução com velocidade rápida, utilizando-se uma mão
de obra especializada que agrega racionalidade, economia e segurança.
Muitas funções podem ser obtidas deste sistema, antes e depois da interação entre
os dois materiais e as tarefas de projeto e execução serão mais brandas quando o
técnico tem ao seu alcance para consulta as diretrizes básicas mínimas para o
projeto e os cuidados básicos para uma boa execução deste sistema misto laje
mista.
21
CAPÍTULO
1 CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS EMPREGADOS
1.1 Aço
O material empregado na chapa de aço é basicamente uma liga de ferro-carbono
com alguns elementos adicionais, que podem ter suas propriedades mecânicas
alteradas por meio de conformação mecânica ou tratamento térmico. É um material
dúctil (propriedade de certos corpos que produzidos com este material podem ser
estirados ou reduzidos), utilizado nos perfis, nas barras de armadura, nos conectores
de cisalhamento, nos parafusos e nas fôrmas metálicas incorporadas ao concreto
em lajes mistas. Perfis e chapas das fôrmas são produtos laminados; barras de
armadura e fios de aço podem ser laminados ou trefilados; aços de conectores e
parafusos são tratados termicamente.
1.1.1 Propriedades
As chapas utilizadas nas fôrmas são de pequena espessura, sendo mais utilizadas
as de 0,80 mm, 0,95 mm e de 1,25 mm, geralmente de baixo teor de carbono, a
proteção superficial dessas chapas é garantida por camada de zinco puro ou liga de
zinco produzida por processo contínuo de imersão a quente, conforme NBR-7008
“Chapas e bobinas de aço revestidas com zinco ou com liga de zinco-ferro pelo
processo contínuo de imersão a quente”, proporcionando grande aumento na
resistência à corrosão atmosférica.
O material empregado pelos fabricantes das chapas metálicas é o série ZAR, próprio
para a aplicação estrutural, neste caso é o ZAR-280. No que diz respeito a massa
mínima do revestimento de zinco adotada nestas chapas, este valor é dado à tabela
4 da NBR-7008, onde usualmente é empregado chapa metálica trapezoidal
revestida com zinco com a designação Z 275 que corresponde aproximadamente a
uma camada com 0,05 mm de espessura, considerando ambas as faces da chapa.
Como a espessura de zinco é considerada pelo mercado na espessura nominal
dessas chapas, significa que a chapa de 0,75mm resultará em espessura nominal de
0,80mm, a de 0,90mm em 0,95mm e a de 1,20mm em 1,25mm.
Para a obtenção dos perfis, a chapa é perfilada a frio, e já neste momento são
conformadas reentrâncias, as mossas, que possuem a função de transmitir os
esforços de cisalhamento longitudinal, e ao limitar o deslizamento entre o aço e a
capa de concreto o conjunto passa a ser denominado de laje mista de concreto e
chapas metálicas trapezoidais.
Caso seja solicitado, ao saírem da fábrica, podem levar uma camada de pintura na
face inferior. Nesse caso as chapas galvanizadas passam por uma limpeza
química, depois de secas recebe pintura por processo eletrostático e, para garantir
sua fixação, passam após a pintura por uma estufa de polimerização (promovendo a
cura da tinta).
1.2 Concreto
O concreto é um material frágil composto basicamente de uma argamassa de
cimento (cimento, agregados miúdos, água e eventualmente de aditivos) e de
agregados graúdos, apresentando geralmente microfissuras (principalmente nas
regiões de contato entre a argamassa e os agregados graúdos), mesmo antes de
ser sujeito a cargas externas (QUEIROZ; PIMENTA; 2001)
1.2.1 Propriedades
E c = 42(fck ) (γ c )
1 3
2 2 (NBR 8800, 1986 e AISC-LRFD, 1993)
1
1 ⎛ γc ⎞ 2
E c = 9500 (fck + 8 ) 3⎜ ⎟ (EUROCODE 4, 1992)
⎝ 24 ⎠
Onde ocorrer momentos negativos, deverá ser especificada uma armadura adicional
para resistir a estes momentos (ver item 2.2.1.1.2).
25
O material utilizado na fabricação dos Stud Bolt é de baixo teor de carbono, cujas
propriedades, fornecidas pelos fabricantes apresentam os mesmos valores:
CAPÍTULO
2 PARÂMETROS DE PROJETO
A verificação das lajes mistas envolve a sua análise em duas fases distintas, uma
delas na fase de sua construção, onde a fôrma de aço trabalha isoladamente para
sustentar o peso do concreto fresco e a sobrecarga de construção, e outra após
lançamento e cura do concreto (após o concreto atingir a resistência de 0,75 fck).
Nessa fase, após a cura do concreto, que são verificados os diversos estados limites
(Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001).
A presença de nervuras faz com que as lajes mistas sejam consideradas um sistema
que trabalha em apenas uma direção nas duas fases, antes e depois do lançamento
e cura do concreto.
Como as fôrmas de aço tem espessuras reduzidas, com valores entre 0,75 mm e
1,20 mm (sem a camada de revestimento de zinco), os índices de esbeltez dos
elementos componentes da seção transversal são muito elevados. Isto significa que
as tensões que podem provocar o chamado estado limite de flambagem localizada
apresentam valor inferior à tensão de escoamento do aço no regime elástico. Assim,
a seção transversal da fôrma de aço é caracterizada como seção da Classe 4 ou
seção esbelta conforme a NBR-8800 “Projeto e Execução de Estruturas de Aço de
Edifícios”.
Neste caso de verificação, a análise dos esforços solicitantes será realizada através
de uma análise global elástica, tanto para os estados limites de utilização como para
os estados limites últimos.
Para o estado limite de utilização, a NBR 14.323 (1999) estabelece que se deva
verificar o deslocamento máximo da fôrma sob a ação do seu peso próprio e o peso
do concreto (sem a ação decorrente do uso durante a construção), sendo que este
deslocamento não deve exceder L/250 ou 20mm, o que for menor, onde L é o vão
teórico da fôrma na direção das nervuras.
Para a empresa METFORM S.A., a composição de uma laje mista é feita com fôrma
“Steel Deck MF-75” ilustrada na figura 3 e na tabela 1.
Armadura adicional
• A laje deverá ser escorada caso o vão utilizado seja superior ao vão
máximo (sem escoramento) indicado na tabela de cargas.
Projetar uma laje de piso, apoiada em vigas de aço, constituída por vãos múltiplos
de 2.800 mm, onde as cargas de serviço que atuam na laje serão: 1,0 kN/m² de
revestimento e 4,0 kN/m² de sobrecarga.
Apoio simples
Apoio duplo
Apoio triplo
.
mm4)
0,80 2.350 3.200 3.300 1.150 2,27 10,66 11,87 10,56 9,42 8,43 7,56 6,79 6,11 5,51 4,96 4,47 4,03 3,45 2,94 2,37 1,77 1,77 0,88
130 0,95 3.000 3.650 3.750 1.350 2,28 11,34 14,19 12,69 11,38 10,25 9,25 8,36 7,58 6,88 6,25 5,69 5,18 4,51 3,92 3,26 2,56 2,56 1,56
Lajes de Forro
1,25 3.650 4.300 4.400 1.650 2,32 12,74 18,83 16,94 15,31 13,88 12,62 11,50 10,51 9,63 8,84 8,13 7,48 6,63 5,88 5,03 4,15 4,15 2,82
0,80 2.200 3.100 3.200 1.150 2,50 13,17 13,16 11,71 10,45 9,35 8,39 7,54 6,78 6,11 5,51 4,97 4,48 3,83 3,27 2,63 1,98 1,98 0,99
140 0,95 2.850 3.500 3.600 1.350 2,52 13,99 15,74 14,07 12,63 11,37 10,26 9,28 8,41 7,64 6,94 6,32 5,76 5,01 4,36 3,62 2,85 2,85 1,70
1,25 3.500 4.150 4.250 1.600 2,55 15,68 20,00 18,79 16,98 15,39 14,00 12,76 11,67 10,69 9,81 9,02 8,31 7,36 6,53 5,59 4,61 4,61 3,14
0,80 2.000 3.00 3.100 1.100 2,74 16,06 14,46 12,86 11,48 10,28 9,22 8,28 7,45 6,72 6,06 5,46 4,93 4,22 3,60 2,90 2,18 2,18 1,09
150 0,95 2.650 3.400 3.500 1.300 2,75 17,04 17,28 15,45 13,87 12,49 11,27 10,20 9,24 8,39 7,63 6,95 6,33 5,51 4,80 3,98 3,14 3,14 1,88
1,25 3.400 4.000 4.100 1.550 2,79 19,05 20,00 20,00 18,65 16,91 15,38 14,02 12,82 11,75 10,78 9,91 9,13 8,09 7,18 6,15 5,07 5,07 3,46
160 0,95 2.500 3.300 3.400 1.250 2,99 20,51 18,83 16,84 15,11 13,61 12,28 11,11 10,07 9,15 8,32 7,57 6,90 3,01 5,23 4,35 3,43 3,43 2,06
1,25 3.250 3.900 4.000 1.500 3,02 22,90 20,00 20,00 20,00 18,42 16,76 15,28 13,97 12,80 11,75 10,81 9,95 8,82 4,83 6,71 5,54 5,54 3,78
0,80 1.700 2.800 2.900 1.050 3,21 23,07 17,04 15,17 13,54 12,12 10,87 9,77 8,80 7,39 7,15 6,45 5,82 4,98 4,26 3,43 2,58 2,58 1,30
170 0,95 2.350 3.200 3.300 1.250 3,23 24,44 20,00 18,22 16,36 14,72 13,29 12,03 10,91 9,90 9,01 8,20 7,47 6,51 5,67 4,71 3,72 3,72 2,23
Lajes de Piso
1,25 3.150 3.800 3.900 1.450 3,26 27,24 20,00 20,00 20,00 19,94 18,14 16,54 15,12 13,86 13,72 11,70 10,78 9,55 5,49 7,27 6,00 6,00 4,09
0,80 1.550 2.750 2.850 1.050 3,44 27,25 18,34 16,32 14,57 13,04 11,70 10,52 9,47 8,53 7,69 6,94 6,26 5,37 4,59 3,70 2,78 2,78 1,41
180 0,95 2.200 3.100 3.200 1.200 3,46 28,84 20,00 19,61 17,60 15,84 14,30 12,94 11,74 10,66 9,69 6,83 8,04 7,00 6,10 5,07 4,01 4,01 2,41
1,25 3.050 3.700 3.800 1.450 3,50 32,10 20,00 20,00 20,00 20,00 1951 17,80 16,28 14,92 13,70 12,60 11,60 10,28 9,14 7,83 6,47 6,47 4,41
0,80 1.450 2.650 2.750 1.000 3,68 31,92 19,63 17,47 15,60 13,96 12,53 11,26 10,14 9,14 8,24 7,44 6,71 5,57 4,91 3,96 2,98 2,98 1,52
190 0,95 2.100 3.050 3.150 1.200 3,70 33,75 20,00 20,00 18,84 16,96 15,32 13,86 12,57 11,41 10,38 9,45 8,62 7,50 6,54 5,44 4,30 4,30 2,59
1,25 3.000 3.600 3.700 1.400 3,73 37,52 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 19,06 17,43 15,97 14,67 13,49 12,43 11,02 9,79 8,39 6,93 6,93
0,80 1.400 2.600 2.650 1.000 3,91 37,10 20,00 18,62 16,63 14,88 13,35 12,00 10,18 9,74 8,79 7,93 7,16 6,13 5,24 4,23 3,19 3,19 1,62
200 0,95 1.950 2.950 3.050 1.150 3,93 39,19 20,00 20,00 20,00 18,08 16,33 14,78 13,40 12,17 11,07 10,08 9,19 8,00 6,97 5,80 4,59 4,59 2,77
Material: Aço ASTM A-633 Grau 40 (ZAR 280), Tensão de Escoamento: 280 MPa.
1,25 2.900 3.500 3.650 1.400 3,97 43,51 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 18,58 17,03 15,64 14,38 13,25 11,75 10,44 8,94 7,39 7,39 5,05
Cargas Sobrepostas Máximas (kN/m²) “Steel Deck MF-75” METFORM
30
31
Neste caso, a verificação é realizada para uma laje com 140 mm de altura total de
concreto (75 mm da fôrma e 65 mm de cobrimento) com steel deek de espessura
0,80 mm. Nesta laje não há necessidade de utilização de escoramento, porque o
vão de 2.800 mm é inferior aos vãos máximos sem escoramento (duplos ou triplos)
relacionados na tabela de cargas.
Após a cura do concreto, a carga sobreposta total que atua na laje mista será de
W d = 1,0 + 4,0 = 5,0 kN . De acordo com a tabela de cargas, para uma laje de
m2
altura de 140 mm e um vão de 2.800 mm, a resistência da laje mista é:
58 147 84 205
Para uma laje com sobrecarga de projeto 5,40 KN/m² pode-se ter as seguintes
condições:
a) vão de 3,00 m, 4 apoios, chapa de 0,80 mm, espessura total 11 cm, sem
escoramento;
b) vão de 3,50 m, 4 apoios, chapa de 1,25 mm, espessura total 11 cm, sem
escoramento;
c) vão de 3,60 m, 3 apoios, chapa de 0,95 mm, espessura total 22 cm, com um
escoramento.
18 21,50 17,83 15,03 12,85 7,81 6,40 5,24 4,27 3,47 2,78
19 22,78 18,89 15,93 10,12 8,26 6,76 5,53 4,51 3,66 2,93
20 24,07 19,96 16,83 10,67 8,71 7,12 5,82 4,75 3,84 3,08
21 25,35 21,03 17,73 11,22 9,15 7,49 6,12 4,98 4,03 3,23 2,54
22 26,64 22,10 14,51 11,77 9,60 7,85 6,41 5,22 4,22 3,38 2,66
23 27,93 23,17 15,20 12,33 10,05 8,21 6,71 5,46 4,41 3,53 2,77
24 29,23 24,24 15,88 12,89 10,50 8,58 7,01 5,70 4,60 3,68 2,89
25 30,52 18,52 16,57 13,44 10,96 8,95 7,30 5,94 4,80 3,83 3,01
11 12,05 9,99 8,42 7,19 6,22 5,44 4,79
13,26 10,99 9,27 7,92 6,85 5,98 3,15 2,56
SISTEMA 4 APOIOS –Vão máximo sem escora:
12
13 14,47 12,00 10,12 8,65 7,48 6,54 3,41 2,76
14 15,69 13,01 10,97 9,37 8,11 4,50 3,66 2,96
15 16,91 14,02 11,82 10,10 8,74 5,82 3,91 3,16 2,53
16 18,13 15,03 12,68 10,84 6,33 5,14 4,17 3,36 2,96
17 19,36 15,05 13,53 11,57 6,73 5,47 4,43 3,57 2,85
3,20 m
12 16,14 13,37 11,27 9,62 8,32 7,27 6,40 5,69 3,05 2,53
13 17,62 14,60 12,30 10,51 9,08 7,93 6,99 6,21 3,29 2,73
14 19,10 15,83 13,34 11,40 9,85 8,60 7,58 4,26 3,54 2,93
15 20,59 17,06 14,38 12,28 10,62 9,28 8,18 4,57 3,79 3,13 2,57
16 22,08 18,30 15,42 13,17 11,39 9,95 5,87 4,87 4,04 3,34 2,73
17 23,57 19,54 16,46 14,07 12,16 10,63 6,24 5,18 4,29 3,54 2,90
3,40 m
18 25,07 20,78 17,51 14,96 12,94 7,97 6,62 5,46 4,55 3,75 3,06
19 26,57 22,02 18,56 15,86 13,71 8,43 6,99 5,80 4,80 3,95 3,23 2,61
20 28,07 23,27 19,61 16,76 10,75 8,89 7,37 6,11 5,06 4,16 3,39 2,74
21 29,57 24,51 20,66 17,66 11,30 9,35 7,75 6,42 5,31 4,37 3,56 2,87
22 31,08 26,76 21,71 18,56 11,87 9,81 8,13 6,74 5,57 4,58 3,73 3,00
23 32,59 27,01 22,77 15,09 12,42 10,28 8,51 7,05 5,82 4,78 3,90 3,13
24 34,10 28,27 23,82 15,78 1299 10,74 8,89 7,36 6,08 4,99 4,07 3,27 2,58
25 35,61 29,25 24,88 16,46 13,55 11,20 9,28 7,68 6,34 5,20 4,24 3,40 2,68
11 10,04 11,63 9,8 8,37 7,23 6,32 5,57 9,94 2,50
15,45 12,80 10,78 9,21 7,69 6,96 6,13 3,30 2,72
SISTEMA 4 APOIOS –Vão máximo sem escora:
12
13 16,86 13,97 11,77 10,06 8,70 7,60 4,32 3,57 2,93
14 18,28 15,15 12,77 10,91 9,43 8,24 4,65 3,84 3,15 2,57
15 19,71 16,33 13,76 11,76 10,17 8,88 4,99 4,11 3,37 2,74
16 21,13 17,52 14,76 12,61 10,91 6,46 5,32 34,38 3,59 2,92
17 22,56 18,70 15,76 13,47 11,65 6,87 5,66 4,65 3,81 3,09
3,20 m
18 24,00 19,89 16,76 14,32 13,39 7,29 5,00 4,93 4,03 3,27 2,62
19 25,43 21,08 17,76 15,18 9,37 7,70 6,34 5,20 4,52 3,44 2,76
20 26,87 22,27 18,77 16,04 9,89 8,12 6,68 5,48 4,47 3,62 2,90
21 28,31 23,47 19,78 16,90 10,40 854 7,02 5,76 4,70 3,80 3,04
22 29,75 24,66 20,79 17,76 10,91 896 7,36 6,03 4,92 3,98 3,18
23 31,19 25,86 21,80 13,96 11,43 9,38 7,70 6,31 5,15 4,16 3,32 2,59
24 32,64 27,06 22,81 14,59 11,94 9,80 8,05 6,59 5,37 4,34 3,46 2,70
25 34,09 28,26 23,82 15,23 12,46 10,22 8,39 6,87 5,60 4,52 3,60 2,81
A tabela de sobrecarga leva em consideração uma flecha de ℓ/350 na utilização
(limitação da flecha na montagem a ℓ/240).
18 27,81 23,04 19,40 12,13 9,88 8,07 6,59 5,35 4,32 3,45 2,70
19 29,48 22,42 20,57 12,84 140,46 8,54 6,96 5,66 4,56 3,64 2,85
20 31,16 25,81 21,74 13,55 11,03 9,00 7,34 5,96 4,80 3,83 2,99
21 32,84 27,20 22,914 14,26 11,61 9,47 7,72 6,26 5,05 4,02 3,14
22 34,52 28,60 18,48 14,98 12,19 9,94 8,10 6,57 5,29 4,21 3,28
23 36,21 29,99 19,37 15,69 12,77 10,41 8,48 6,88 5,53 4,40 3,43 2,60
24 37,89 31,39 20,26 16,41 13,35 10,88 8,86 7,18 5,78 4,59 3,58 2,70
25 39,58 32,76 21,15 17,13 13,93 11,36 9,24 7,49 6,03 4,78 3,72 2,81
11 14,31 12,85 11,62 10,58 9,68 8,90 8,07 7,14 6,13 5,26
SISTEMA 3 APOIOS –Vão máximo sem escora:
12 16,17 14,52 13,13 11,96 10,95 10,06 8,89 7,89 7,05 6,34 3,64 3,11
13 18,03 16,19 14,64 13,34 12,21 11,03 9,71 8,62 7,70 6,92 3,95 3,37 2,86
14 19,89 17,86 16,16 14,71 13,47 11,96 10,53 9,35 8,35 4,99 4,26 3,63 3,08 2,60
15 21,75 19,53 17,67 16,09 14,73 12,90 11,36 10,08 9,01 5,36 4,57 3,89 3,30 2,78
16 23,61 21,20 19,18 17,47 15,85 13,84 12,18 10,81 6,71 5,72 4,88 4,15 3,52 2,97
17 25,47 22,87 20,70 18,85 16,93 14,78 13,02 11,55 7,15 6,09 5,19 4,41 3,74 3,15 3,63
3,40 m
18 27,33 24,54 22,21 20,23 18,01 15,72 13,85 12,29 7,59 6,47 5,51 4,68 3,96 3,33 2,78
19 29,19 26,21 23,72 21,61 19,10 16,67 14,68 9,43 8,03 6,84 5,82 4,94 4,18 3,52 2,93
20 31,05 27,88 25,23 22,99 20,18 17,62 15,52 9,96 8,47 7,21 6,14 5,21 4,41 3,70 3,09
21 32,91 29,55 26,75 24,36 21,27 18,57 16,35 10,48 8,91 7,59 6,46 5,48 4,63 3,89 3,24
22 34,77 31,22 28,26 25,74 22,36 19,52 12,96 11,00 9,36 7,97 6,78 5,72 4,86 4,08 3,40
23 36,63 32,89 29,77 27,12 23,46 20,48 13,85 11,53 9,80 8,34 7,10 6,02 5,08 4,27 3,55
24 28,49 34,56 31,28 28,41 24,55 21,43 14,21 12,06 10,25 8,72 7,42 6,29 5,31 4,46 3,71
25 40,35 36,23 32,80 29,68 25,65 22,39 14,83 12,58 10,70 9,10 7,74 6,56 5,54 4,65 3,86
11 14,49 13,01 11,78 10,73 9,82 8,78 7,73 6,86 6,13 5,40
16,38 14,70 13,31 12,12 11,07 9,66 8,51 7,55 6,75 3,87 3,28 2,77
SISTEMA 4 APOIOS –Vão máximo sem escora:
12
13 18,26 16,40 14,84 13,52 12,09 10,55 9,29 8,25 4,94 4,19 3,55 3,00 2,52
14 20,14 18,09 16,37 14,92 12,13 11,45 10,08 8,95 5,33 4,52 3,82 3,22 2,70
15 22,02 19,78 17,91 16,32 14,14 12,34 10,87 6,76 5,72 4,85 4,10 3,45 2,89
16 23,90 21,47 19,44 17,56 15,17 13,24 11,66 7,23 6,12 5,18 43,7 3,68 3,08 2,56
17 25,79 23,16 20,97 18,76 16,21 14,15 12,46 7,70 6,52 5,51 4,65 3,91 3,27 2,71
3,20 m
18 27,67 24,85 22,50 19,96 17,24 15,05 9,68 8,17 6,91 5,85 4,93 4,15 3,46 2,87
19 29,55 26,55 24,04 21,16 18,28 15,96 10,24 8,65 7,31 6,18 5,21 4,38 3,65 3,02
20 31,43 28,24 25,57 22,36 19,32 16,86 10,81 9,12 7,71 6,52 5,49 4,61 3,85 3,18 2,59
21 33,32 29,93 27,10 23,56 20,36 13,51 11,38 9,60 8,11 6,85 5,78 4,85 4,04 3,34 2,72
22 35,20 31,62 28,63 24,77 21,41 14,19 1195 10,08 8,52 7,19 6,06 5,08 4,24 3,50 2,85
23 37,08 33,31 30,16 25,98 22,45 14,87 12,52 10,56 8,92 7,53 6,34 5,32 4,43 3,66 2,98
24 38,96 35,00 31,70 27,19 23,50 15,56 13,09 11,04 9,33 7,87 6,63 5,56 4,63 3,82 3,11
25 40,85 36,70 33,23 28,41 24,55 16,24 13,66 11,53 9,73 8,21 6,92 5,80 4,83 3,98 3,23
A tabela de sobrecarga leva em consideração uma flecha de ℓ/350 na utilização
(limitação da flecha na montagem a ℓ/240).
Nesta verificação deve-se assegurar que a resistência das lajes mistas é suficiente
para suportar as cargas de cálculo aplicadas e que nenhum estado limite último seja
atingido. Os estados limites que devem ser verificados são abordados nas formas de
colapso ilustradas na Figura 8.
• Seção crítica III – cisalhamento vertical: este estado limite pode ser crítico
somente em casos especiais, por exemplo, em lajes espessas de vão
curto, sujeitas a cargas elevadas.
• Punção – ver figura 9: este estado limite pode ser crítico se o perímetro da
área carregada e a espessura da laje forem pequenos, e se a carga for
muito elevada.
De acordo com a NBR 14.323, a resistência de cálculo ao momento fletor deverá ser
determinada conforme as prescrições da NBR 6118. Neste caso, para lajes mistas,
algumas considerações e ajustes devem ser feitos. Primeiro: a fôrma de aço é parte
integrante da armadura de tração para resistir ao momento positivo; caso haja
necessidade, deve-se introduzir armadura adicional. Na região de momentos
negativos, a contribuição da fôrma à parcela de compressão na flexão pode ser
levada em conta se esta fôrma for contínua sobre os apoios, ou se estiver
devidamente ancorada na mesa superior da viga por meio de conectores tipo pino
com cabeça. Segundo: na determinação da área efetiva de aço da fôrma,
considerada como armadura, deve-se descartar as larguras correspondente às
mossas, a menos que, por meio de ensaios, possa ser comprovada uma área efetiva
maior para resistir às forças longitudinais de tração. Terceiro: a título de simplificação
e consistência no cálculo de vigas mistas, pode-se assumir um bloco uniforme de
compressão, ao invés do tradicional diagrama parábola-retângulo adotado pela NBR
6118.
φM n = N pa (d p − 0,5a ) (Equação 1)
Figura 10: Distribuição de tensões para momento positivo – linha neutra acima da
face superior da fôrma (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001)
39
φM n = Ncf .y + M pr (Equação 2)
Figura 11: Distribuição de tensões para momento positivo – linha neutra na fôrma
metálica, abaixo da face superior da fôrma (Queiroz; Pimenta; Da Mata,
2001)
onde:
N pa = f yp
Ap . , valor de cálculo do esforço resistente à tração da fôrma de
1,15
aço.
dp =
distância da face superior da laje ao centro de gravidade da área
efetiva da fôrma.
a =
espessura do bloco de compressão do concreto, dada por:
N pa
a = 0,85fcd .b
Ap e f yp =
área efetiva da fôrma (correspondente a 1.000 mm de largura e à
tensão de escoramento do aço da fôrma, respectivamente).
b =
Largura considerada da laje, tomada como 1.000 mm.
ht − 0,5hc − e p + (e p − e )
N cf
braço de alavanca entre as resultantes de
N pa
y =
tração e compressão na secção transversal da laje com fôrma de aço
incorporada.
Resistência plástica ao momento fletor da fôrma de aço, reduzida pela
M pr = presença de força normal, dada por:
⎛ N ⎞
M pr = 1,25M pa ⎜1 − cf ⎟ ≤ M pa
⎜ N ⎟
⎝ pa ⎠
40
M pa =
resistência plástica ao momento fletor da fôrma, considerando a
seção efetiva (usualmente fornecida pelo fabricante) multiplicada pelo
coeficiente de resistência φ p = 0,9 .
d 792ε
≤ quando α ≥ 0,5 (Equação 3)
t 13α − 1
d 72ε
≤ quando α < 0,5 (Equação 4)
t α
onde:
α =
Relação entre a parte comprimida e a largura total do elemento
ε = 235 fy ( f y em MPa)
41
φM n = N ps .y ' (Equação 5)
onde:
N ps = As .f ys
1,15
y' = ht − c − 0,5a
a =
Espessura da parte comprimida do concreto dentro das nervuras,
dadas por:
⎛ N ps ⎞ bn
a = ⎜⎜ ⎟⎟ (Equação 6)
⎝ 0,85 .f cd .b ⎠ b'
O cálculo dado pelas equações 5 e 6 é válido para linha neutra plástica na fôrma de
aço. Teoricamente, esta linha neutra plástica pode estar localizada acima da fôrma
mas, na prática, a quantidade de armadura não é suficiente para tanto e por isso
esta situação não será considerada (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001).
42
máximo é dado por M = V .LS . Na mesma figura 13 fica evidente que o momento
apoios. Sem se introduzir grande erro, é assumido que o braço de alavanca seja
substituído por d p (distância entre a face superior da laje e o centro da gravidade da
fôrma), sendo a superfície onde atua uma tensão média de cisalhamento longitudinal
calculada de forma aproximada por b.LS . Dadas estas condições, o momento
⎡⎛ m ⎞ ⎤
φV = φsl bd p ⎢⎜ ⎟ + k ⎥
⎜ ⎟ (Equação 9)
⎣⎝ LS ⎠ ⎦
Para o Steel Deck MF-75 de espessura 0,80 mm da empresa MetForm S.A. foi
empregado o procedimento de acordo com a Canadian Steel Sheet Building Institute
CSSBI (1988), onde se exige que os desvios entre os valores calculados com auxílio
das constantes e os valores experimentais não podem superar 15%, e que, caso
esta condição não seja cumprida, os valores de m e k devem ser reduzidos em
5%. Ainda de acordo com esta especificação o coeficiente de resistência deve ser
tomado igual a 0,70.
distância entre uma carga equivalente de valor igual à máxima força cortante e o
apoio mais próximo. No caso de laje contínua, para os tramos internos, permite-se o
uso de um vão simples equivalente, igual à distância entre os pontos de inflexão.
Nos tramos externos deve-se utilizar o vão real.
45
φVV =
[1000φ b d τ
c o p Rd ]
Kv (1,2 + 40η )
(Equação 10)
bn
onde:
Ap '
η ≤ 0,02
= bo d p
= dp
Kv 1,6 − ≥ 1,0
1000
bo =
Largura média das nervuras para fôrmas trapezoidais ou a largura
mínima das nervuras para fôrmas reentrantes (Figura 14);
bn =
Largura entre duas nervuras consecutivas;
dp =
Distância, em milímetros, da face superior da laje ao centro de
gravidade da fôrma;
μ cr =
Perímetro crítico de punção, conforme a Figura 15;
hc =
Espessura de concreto acima da fôrma de aço;
Ap =
Área da seção transversal da fôrma de aço, correspondente à largura
bo = ⎛⎜ Ap . o ⎞⎟ ;
b
⎝ b⎠
τ Rd =
Resistência básica do concreto ao cisalhamento, de acordo com a
tabela 5;
φc =
Coeficiente de resistência do concreto, igual a 0,70.
46
b0
hc
dp ht
hp
bb
bn
b0
hc
dp ht
hp
bb
bn
Figura 14: Dimensões da fôrma de aço e da laje de concreto (NBR 14432; 2001).
Figura 15: Perímetro crítico para punção (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001).
47
fck τ Rd
(MPa) (MPa)
20 0,375
25 0,450
30 0,500
35 0,550
40 0,625
Nas lajes onde possa haver continuidade estrutural, como no caso das ligações de
vigas secundárias com vigas principais e em torno de pilares, é exigida pela NBR
14.323 (item 4.6.2 do Capítulo 4) uma atenção especial.
48
Por fim, todo o sistema deve ser dimensionado com continuidade e sua fissuração
verificada pela NBR 14323 (1999).
não seja superado o valor 1 do vão teórico da laje na direção das nervuras,
350
considerando-se apenas o efeito da sobrecarga. Apesar da norma impor limite para
o deslocamento vertical, é omissa no que diz respeito à maneira de se calcular o
valor do momento de inércia para a previsão do máximo deslocamento vertical da
fôrma metálica (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001).
Reações
Área
Esp. Esp. Altura Máximas de Módulo de Inércia p/ Centro de
Peso de
Final Projeto Total Apoio Resistência Deformação Gravidade
Aço
Externo Interno
mm mm mm kg/m² kN kN mm³ mm4 mm³ Mm
0,80 0,76 74,98 9,37 6,76 21,01 22.710 1.017.138,00 1.112 37,49
0,95 0,91 75,13 11,12 8,90 29,70 28.780 1.254.749,00 1.332 37,57
1,25 1,21 75,43 14,63 14,62 49,53 40.599 1.666.714,00 1.771 37,72
Espessura em mm
Característica
0,80 0,95 1,25
Peso m² útil Kg / m² 9,14 10,86 14,29
Momento de inércia Seção
55,15 74,56 90,10
(cm4/m) total
Módulo resistente
i / vi 17,02 23,02 27,81
inferior (cm³/m)
Módulo resistente
i / vs 20,73 28,03 33,87
superior (cm3/m)
Assim, na falta de uma indicação mais clara, o CSSBI – Canadian SheeT Steel
Building Institute (1998) e o ASCE – American Society of Civil Engineers sugerem o
seguinte procedimento para cargas de curta duração:
O ASCE (1991) exige ainda que se leve em conta os efeitos de deformação lenta do
concreto, através da seguinte consideração:
⎛ AS ' ⎞
δ adic = δ 0 ⎜⎜ 2 − 1,2 ⎟ ≥ 0,6δ 0
⎝ AS " ⎟⎠ (Equação 12)
δ0 =
flecha calculada para o carregamento de longa duração, sem a
consideração da deformação lenta;
51
AS ' =
área da forma de aço sujeita à compressão;
AS " =
área da forma de aço sujeita à tração;
Quanto à ação decorrente do uso durante a construção deverá ser tomada o mais
desfavorável dos seguintes valores:
A NBR 14.323 exige para os estados limites últimos que todo o carregamento seja
sustentado pelo sistema misto, incluindo o peso próprio da laje. Exige ainda que “as
combinações de ações deverão ser feitas de acordo com a NBR 8800,
considerando-se a combinação de ações durante a construção para o
dimensionamento da fôrma de aço antes da cura do concreto”.
Neste caso as cargas podem ser assumidas como distribuídas em uma largura bm ,
medida imediatamente acima do topo da fôrma e considerada como:
bp =
largura da carga concentrada linear, na direção perpendicular ao vão
da laje;
hc =
espessura de concreto acima da fôrma;
hf =
espessura do revestimento da laje, se houver.
54
⎛ L ⎞
bem = bm + 2Lp ⎜⎜1 − p ⎟⎟ ≤ bmáx (Equação 14)
⎝ L⎠
⎛ L ⎞
bem = bm + 1,33Lp ⎜⎜1 − p ⎟⎟ ≤ bmáx (Equação 15)
⎝ L⎠
⎛ L ⎞
bev = bm + Lp ⎜⎜1 − p ⎟⎟ ≤ bmáx (Equação 16)
⎝ L⎠
55
onde:
Lp =
Distância do centro da carga ao apoio mais próximo;
L =
Vão teórico da laje na direção das nervuras;
= ⎛ hc ⎞
2700 ⎜ ⎟ (em mm)
bmáx ⎜h +h ⎟
⎝ c p ⎠
Md = P
(bem ou bev )
(Equação 17)
15W
onde:
W =
largura onde deve ser colocada a armadura, tomada como:
L
W = + b1
2
=
carga concentrada ou, no caso de carga linear paralela ao vão, igual a
P qb1 .
=
largura da carga concentrada ou linear na direção paralela ao vão da
b1 laje, não se devendo tomar valor superior a L
q =
valor da carga linear por unidade de comprimento.
Caso a armadura não seja suficiente para resistir a este momento, a largura efetiva
deve ser tomada como bm . Para carga linear perpendicular ao vão, pode-se adotar
como armadura de distribuição a armadura mínima nominal de 0,1%.
56
Quando for necessária a abertura em laje mista devem ser tomadas algumas
precauções durante o seu dimensionamento e execução. Queiroz; Pimenta; Da Mata
(2001) indicam as medidas a seguir, baseadas no Manual Técnico da MetForm:
“Noções de Utilização e Dimensionamento do Steel Deck MF-75” e nas
recomendações do SDI – Steel Deck Institute (2000), ECCS – European Convention
for Constructional Steelwork (1993) e SCI-3000 – The Steel Construction Institute
(2000).
São aquelas em que a maior dimensão não ultrapassa 200 mm; neste caso, não se
faz necessária qualquer consideração de reforço.
• a distância mínima entre os centros das aberturas não deve ser inferior a
duas vezes a sua maior dimensão;
q.a.ba2
Md = (Equação 18)
16
onde:
q = carga atuante na laje, por unidade de área;
a = maior distância, na direção das nervuras, entre a borda da abertura e
o apoio correspondente da laje;
ba = dimensão da abertura transversal às nervuras acrescida de um valor
correspondente a duas vezes o espaçamento entre as nervuras da
fôrma.
α .q.a 2 .ba
Md = (Equação 19)
4
onde:
59
α = 1−
(a 2
− a' 2 )
a.L
a' = menor distância, na direção das nervuras, entre a borda da abertura e
o apoio correspondente da laje;
• A largura da laje a ser levada em conta nos cálculos deve ser tomada
como a distância correspondente ao espaçamento entre duas nervuras da
fôrma.
⎛ b ⎞⎛⎜ fyp ⎞⎟
Asl = Ap ⎜ ⎟⎜ ⎟ (Equação 20)
⎝ 1000 ⎠⎝ fys ⎠
onde:
• DESENHO novo
2.5.1 Generalidades
A proteção ativa abrange todos os sistemas que irão colaborar com as unidades de
salvamento e combate ao fogo e com a fuga dos ocupantes da edificação em caso
de sinistros. Tais sistemas deverão estar disponíveis e aptos ao funcionamento
imediato, 24 horas por dia.
A principal razão do uso de uma proteção nas estruturas sob a ação do fogo é
preservar a estabilidade e a segurança estrutural durante um período mínimo, deve
ser aplicada a qualquer tipo de estrutura, seja ela de aço, alumínio, concreto ou
madeira.
No que diz respeito à normalização brasileira pode-se citar a NBR 14.432 (2000)
“Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações”,
onde se estabelecem as condições que devem ser atendidas pelos elementos
estruturais das edificações para que, na ocorrência de incêndio, seja evitado o
colapso da estrutura. Os critérios nela estabelecidos se baseiam na elevação de
temperatura dos elementos da estrutura, levando-se em conta as condições de
exposição a um incêndio-padrão. Esta exposição provoca uma queda de resistência
e rigidez nos elementos da estrutura.
Neste caso, e em concordância com a NBR 14.323 (1999), são estabelecidos dois
procedimentos de verificação:
A verificação deve ser feita de acordo com o estipulado no item C.3 do Anexo C da
NBR 14.323, supondo-se a laje exposta ao incêndio na face inferior, sem levar em
conta os efeitos de restrição à deformação axial, a favor da segurança. Considera-se
nesta norma que as lajes mistas calculadas à temperatura ambiente, conforme as
Seções C1 e C2 do seu Anexo C, possuam resistência ao fogo de no mínimo 30
minutos, desde que seja verificado o critério de isolamento térmico. Da mesma
forma, considera-se satisfeito o critério de estanqueidade à fumaça e aos gases de
combustão pelo fato da presença da fôrma de aço.
De acordo com as normas NBR 14.323 e NBR 14.432, onde estes conceitos são
abordados, isolamento térmico é a capacidade da laje de impedir, na face não
exposta ao incêndio, aumentos de temperatura superiores a 140°C, na média dos
pontos de medida, ou superior a 180°C, em qualquer ponto de medida. Quanto à
estanqueidade, é a capacidade de impedir a ocorrência de fissuras, ou quaisquer
aberturas, por onde passariam as chamas e gases quentes capazes de ignizar um
chumaço de algodão.
66
Tabela 10: Espessura efetiva mínima da laje mista (NBR 14.323, 1999).
Tempo requerido
Espessura efetiva
de resistência ao
mínima hef (*)
fogo TRRF
(mm)
(minutos)
30 60
60 80
90 100
120 120
(*) Quando for empregado concreto de baixa densidade, os valores tabelados
poderão ser reduzidos em 10%,mas a NBR 14323 não relaciona os valores destas
densidades, e a NBR 6118 apenas identifica que os concretos normais tem massa
específica seca entre 20 KN/m3 e 28 KN/m3, e Queiroz;Pimenta; Da Mata, 2001
indicam que os de baixa densidade serão baixa densidade com 17 KN/m3.
Quanto à espessura efetiva da laje, esta deverá ser calculada pela seguinte
Equação:
h2 l 1 + l 2
hef = h1 + (Equação 21)
2l 1 + l 3
Figura 22: Lajes com forma de aço incorporada. (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001)
n
∑ γ gi FGi + FQexc. + 0,2FQ (Equação 22)
i =1
n
∑ γ gi FGi + FQexc. + 0,4FQ (Equação 23)
i =1
n
∑ γ gi FGi + FQexc . + 0,6FQ (Equação 24)
i =1
Onde
FG
é o valor nominal da ação permanente.
FQ,exc
é o valor nominal das ações térmicas.
FQ
é o valor nominal das ações variáveis decorrentes do uso e das demais
cargas acidentais.
γg
É o valor do coeficiente de ponderação para ações permanentes, com
valor igual a:
+ L2
Sem M ≤q
uv ou
8
armadura
negativa M+
q ≥ 8 2uv
L
+ − L2
M uv + 0,45M uv ≤q ou
8
q≥
(8M +
uv
−
+ 3,6M uv )
Com L2
armadora
negativa e
positiva + − L2
M uv + M uv ≤q ou
8
q≥
(+
8 M uv −
+ M uv )
2
L
− L2
Sem M uv ≤q ou
8
armadura −
positiva M uv
q≥8
L2
70
1 1 1 1
= + + (Equação 25)
Z u1 u2 u3
n
φM n = ∑ NC ,i ei (Equação 26)
i =1
onde:
Tabela 14: Variação de temperatura na altura das lajes de concreto (NBR 14.323,
1999).
Fatia
Altura Temperatura θ c (°C) para TRRF de
y
j 30 min 60 min 90 min 120 min
(mm)
1 ≤5 535 705 754 754
2 5 a 10 470 642 738 754
3 10 a 15 415 581 681 754
4 15 a 20 350 525 627 697
5 20 a 25 300 469 571 642
6 25 a 30 250 421 519 591
7 30 a 35 210 374 473 542
8 35 a 40 180 327 428 493
9 40 a 45 160 289 387 454
10 45 a 50 140 250 345 415
11 50 a 55 125 200 294 369
12 55 a 60 110 175 271 342
13 60 a 80 80 140 220 270
14 ≥ 80 60 100 160 210
1) A altura efetiva hef para laje de concreto com fôrmas de aço incorporada deve
Notas: ser obtida na Subseção C.3.1.2 do Anexo C;
2) No caso de laje maciça de concreto, a altura hef é igual à espessura da laje t e
74
Tabela 15: Fatores de redução para a resistência do concreto (NBR 14.323, 1999).
Deformação
Fator de redução Fator de redução correspondente
para a resistência para a resistência ao limite de
Temperatura do
característica à característica à resistência do
concreto
compressão do compressão do concreto de
θc
concreto de concreto de baixa densidade normal
densidade normal densidade à temperatura
θc
(°C) K c,θ K cb,θ ε c,θ × 10 3
20 1,000 1,000 2,5
100 0,950 1,000 3,5
200 0,900 1,000 4,5
300 0,850 1,000 6,0
400 0,750 0,880 7,5
500 0,600 0,760 9,5
600 0,450 0,640 12,5
700 0,300 0,520 14,0
800 0,150 0,400 14,5
900 0,080 0,280 15,0
1000 0,040 0,160 15,0
1100 0,010 0,040 15,0
1200 0,000 0,000 15,0
Nota: Para valores intermediários da temperatura do concreto, pode ser feita interpolação linear.
Um outro método alternativo de cálculo é proposto pela NBR 14.323 e tem por base
que, para cada TRRF (Tempo Requerido de Resistência ao Fogo), os requisitos de
estanqueidade, isolamento térmico e de resistência são considerados atendidos
caso a espessura de concreto acima da fôrma tenha seu valor igual ou acima dos
valores apresentados na Tabela 16.
Este método só será válido caso a laje mista tenha sido calculada de acordo com as
exigências na NBR 14.323 e se for apoiada em viga mista, calculada à temperatura
ambiente de acordo com a NBR 8800 e à temperatura elevada de acordo com a
NBR 14.323 para um TRRF igual ou maior ao da laje. Além de cumprir as exigências
das Normas Brasileiras (NBR 8800 e NBR 14.323), deverão ser obedecidos os
75
critérios referentes aos detalhes construtivos especificados nas normas tanto para
lajes mistas quanto para vigas mistas; no caso das vigas mistas recomenda-se o
exame dos manuais técnicos dos fabricantes de steel deck, bem como Queiroz;
Pimenta; Da Mata (2001) “Elementos das Estruturas Mistas Aço-Concreto”. Editora
O Lutador, Belo Horizonte – MG.
Tabela 16: Espessura mínima do concreto acima da forma de aço (NBR 14.323,
1999).
Espessura mínima do concreto
Tempo requerido
(mm)
de resistência ao
fogo (minutos) Densidade Baixa
normal densidade
60 90 65
90 100 75
120 110 85
Ressalta-se novamente que estes materiais, além de serem bons isolantes térmicos
a altas temperaturas, devem manter sua própria integridade e adesão ao aço
durante a evolução de um incêndio. No que diz respeito aos forros suspensos, a
NBR 14.323 não propõe nenhum método de projeto ou execução para garantir que
sejam considerados adequados. Neste caso, recomenda-se consulta a outras fontes,
como a British Standards Institution – BS 5950: “Structural Use of Steelwork in
Building- Part 8: Code of Practice for Fire Resistant Design (1990)”, ou a manuais de
fabricantes (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001).
76
Na atualidade, sempre que possível, deve-se utilizar o método proposto pela NBR
14.323 sem o emprego de material de proteção térmica; caso contrário, recomenda-
se que a verificação da laje seja feita com base em ensaios.
Figura 24: Viga sem a Proteção (obra Convention Center & Hotel Jaraguá)
77
Figura 25: Viga com a Proteção Passiva (obra Convention Center & Hotel Jaraguá)
2.6.1 Concreto
Sabe-se que, sob a ação do fogo, o concreto tem boa resistência, por ser um
material incombustível, com baixa condutividade térmica, não emite gases tóxicos e
seus elementos, tem em geral baixo fator de massividade (Costa e Pignatta, 2002).
Sabe-se também que as suas propriedades são afetadas quando exposto a cargas
térmicas (PHAN e Carino, 2000). Esta exposição implicará em perda da rigidez da
78
estrutura que, em conseqüência, pode até atingir o colapso por instabilidade das
peças. Dentre os processos que alteram as suas características podemos citar:
Macroestrutura Microestrutura
Esta ocorrência pode ser explicada pelo fato da condutividade térmica do material
silicoso ser maior que o material calcáreo. Xiao e König (2004) mostram resultados
de pesquisas nesta direção, e a própria NBR 15200 – Projeto de Estruturas de
Concreto em Situação de Incêndio (2004) indica fatores de redução da resistência à
compressão para concretos preparados com agregados graúdos silicosos (com
grande quantidade de quartzo (SiO2) como granito, arenito e alguns xistos)
diferentemente dos concretos preparados com agregados calcáreos (calcíticos e
dolomíticos)
Por fim, trabalhos desenvolvidos por Souza, Junior e Bizzo (2005), procurando
avaliar a influência do tipo de agregado e da reidratação, indicam a grande
importância pois 70% do concreto é composto de agregados. A natureza dos
agregados tem influência na condutividade térmica do concreto endurecido
(capacidade do concreto conduzir o calor), verificando-se:
Neste estudo, verificou-se também que se o agregado contém pirita (sulfeto de ferro
– FeS2), a oxidação lenta em torno dos 150°C causa desintegração do agregado e,
em conseqüência, a ruptura do concreto.
Por fim, muitas variáveis influenciam a resistência mecânica do concreto sob efeito
de altas temperaturas, tais como:
• umidade;
• relação água/cimento;
• tipo de agregado;
83
• taxa de aquecimento;
• taxa de resfriamento;
• densidade do concreto.
2.6.2 Aço
1) Percentual de C na composição.
3) Traços de outros elementos: Si, Mn, P, S, Cu, Cr, Ti, Ni, V, etc.
δ
Temperatura mais alta
(deformação)
Temperatura alta
Temperatura baixa
t
(tempo)
Figura 26: Deformação do aço em função do tempo em que atua tensão constante.
(ABDALLA, 1995)
85
Mód. elasticidade
Lim. de escoamento
Lim. de resistência
Figura 27: Variação dos fatores de redução para o limite de escoamento e módulo
de elasticidade do aço com a temperatura. (Bellei, Pinho, Pinho, 2004)
86
Tabela 17: Fatores de redução para o aço, sob ação de temperatura. (Bellei, Pinho,
Pinho, 2004)
Fator de redução para o limite Fator de redução para o Fator de redução para o
Temperatura
de escoamento dos aços limite de escoamento dos módulo de elasticidade de
do aço em °C
laminados a quente KY’θ aços trefilados KY0,θ todos os tipos de aços KE’θ
20 1,000 1,000 1,0000
100 1,000 1,000 1,0000
200 1,000 1,000 0,9000
300 1,000 1,000 0,8000
400 1,000 0,940 0,7000
450 0,930 0,800 0,6300
500 0,780 0,670 0,6000
550 0,630 0,530 0,4500
600 0,470 0,400 0,3100
650 0,330 0,250 0,2200
700 0,230 0,120 0,1300
800 0,110 0,110 0,0900
850 0,070 0,100 0,0800
900 0,060 0,060 0,0675
1000 0,040 0,050 0,0450
1100 0,020 0,030 0,0255
1200 0,000 0,000 0,0000
Figura 28: Variação do Fup em função da temperatura crítica. (Bellei, Pinho, Pinho,
2004)
87
BELLEI (2004) esclarece ainda que estas curvas foram traçadas em laboratório, com
base em ensaios de tração, e elas não levam em consideração as cargas atuantes e
a resistência da peça. Se estes fatores forem considerados, a temperatura que este
autor considera como critica (550°C) pode ser outra.
Caso seja prevista situação onde o incêndio possa ocorrer por mais tempo que a
chapa metálica trapezoidal suporte, a NBR 14323 (2001) deverá ser consultada,
considerando-se na resistência dessas lajes mistas a presença de armaduras
complementares.
Quanto aos aspectos da proteção passiva nas estruturas, que pode aparecer sob a
forma de portas corta-fogo, compartimentação de ambientes, e em especial nas
estruturas de aço, deve ser feita com materiais que envolvam as peças metálicas,
tais como: tinta intumescente, mantas de lã de rocha, mantas de fibras cerâmicas,
etc. Nas estruturas de concreto, a segurança passiva deve ser feita com o
cobrimento da armadura e verificado pela norma NBR 5627 “Exigências Particulares
das Obras de Concreto Armado e Protendido” em relação à resistência ao fogo.
Em boa parte dos casos, nas chapas metálicas trapezoidais das lajes mistas não
são feitas as proteções passivas, e sim nas vigas e pilares metálicos; neste caso,
se faz necessária a proteção ativa, que basicamente é constituída por sprinklers,
hidrantes, alarmes e outros.
Figura 29: Proteção Ativa - sprinklers (obra Convention Center & Hotel Jaraguá)
89
CAPITULO
3 EXECUÇÃO DAS LAJES MISTAS
Steel Deck é uma laje mista constituída por uma capa de concreto e um conjunto de
chapas de aço conformadas a frio, em geral com perfil no formato trapezoidal. A
geometria da seção e as características do aço conferem elevada rigidez ao
conjunto de trapézios, possibilitando sua utilização como fôrma autoportante para a
concretagem da capa de compressão.
Para ocorrer o trabalho conjunto aço-concreto, após terem sido combinados a fôrma
de aço e o concreto, deve haver a capacidade de transmissão do cisalhamento
longitudinal que ocorre na interface entre os materiais, o que pode ser conseguido
por meio de:
91
Figura 32: Lajes com fôrma de aço incorporada. (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001)
Tal aderência é verificada em diversos ensaios dos elementos mistos, onde, para
carregamentos de baixos valores, a maior parte do cisalhamento é desenvolvida
pela aderência química entre os dois materiais, mas, ao se atingir cargas mais
elevadas, esta aderência é rompida, não podendo ser mais restaurada e justificando
assim a necessidade das mossas nas fôrmas de aço.
92
Após o seu transporte, distribuição pelo piso e sua correta fixação às vigas-suporte,
o conjunto formado pelas chapas tem diversas utilidades:
Figura 36: Conector tipo pino com cabeça (Queiroz; Pimenta; Da Mata, 2001).
Tanto os desenhos de montagem como as etiquetas dos fardos de steel deck devem
ser examinados pelo montador, verificando-se a presença das instruções
mencionadas. Também a memória de cálculo do engenheiro calculista deve
contemplar o método de fixação, os tipos de fixadores à estrutura e a fixação lateral
entre as chapas do steel deck, sendo que todos estes dados devem estar indicados
nos desenhos aprovados para construção.
Dessa forma, fica claro que as etiquetas (fichas) dos fardos de chapas devem
fornecer a maior quantidade possível de informações, algumas delas elencadas a
seguir:
1. Peso do fardo
3. Nome da obra
7. Número do fardo
Todas as condições de trabalho serão afetadas pelo transporte das peças (fita
especial de amarração dos fardos com restrição no peso, ordem do fardo no
carregamento/descarregamento etc), por isso, as mesmas devem ser levantadas
pelo fabricante e o transportador, registrando-se as condições de manuseio em
desenhos de fabricação.
A seguir, são listados alguns dos procedimentos padronizados que o fabricante deve
tomar para o transporte das peças:
1. Seguro do transporte.
Figura 40: Carga/descarga de fardos de steel deck (Bellei; Pinho, F.; Pinho, M,
2004).
3.6.1 Recebimento
• Pintado
• Galvanizado
• outros
99
Cabos de içamento
Cinta de amarração
Figura 41: Içamento/transporte vertical dos fardos de steel deck (Manual SDI, ).
3.6.2 Descarga
Para a descarga é importante a verificação dos fardos quanto ao seu peso total,
situação da amarração de suas peças, distância mínima entre as suas cintas durante
o içamento dos fardos, ter suas extremidades protegidas contra impactos
mecânicos; para fardos pequenos, deve-se procurar realizar sua descarga com
empilhadeiras.
100
Figura 42: Descarga dos fardos (Manual Bellei, Pinho, Pinho, 2004)
Não se deve esquecer que, na maioria dos casos, no início dos trabalhos as
plataformas são compostas apenas de vigamentos, sem proteção entre as vigas e
as suas extremidades; dessa forma, os montadores terão de usar escadas,
andaimes ou elevador de obra para o acesso à plataforma de trabalho.
Em especial, áreas de acesso devem ser protegidas contra a queda livre das sobras
de materiais, equipamentos e ferramentas, visto que estas áreas fazem parte da rota
de entrada e saída dos operários durante a montagem da obra.
102
NR 1 - Disposições Gerais
• NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual
• NR 8 - Edificações
• NR 11 - Transporte, Movimentação e Manuseio de Materiais
• NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção Civil
Figura 45: Área de estoque em que os perfis devem ter verificação de sua
capacidade suporte antes da concretagem da laje a ser incorporada
(manual do SDI).
103
Deve-se também verificar os fardos quanto à sua própria amarração, bem como
instalar os cabos de içamento na posição correta, para o içamento seguro dos fardos
do steel deck.
Sempre que possível, os fardos devem ser transportados junto às áreas de sua
instalação definitiva e posicionados de uma forma conveniente para distribuição das
chapas de forma individual sem a necessidade de serem viradas.
Isto é de fácil compreensão uma vez que, após a montagem de uma chapa, esta
servirá como acesso temporário ao fardo e, se estas fixações não forem realizadas,
os trabalhos desenvolvidos sobre as chapas provocariam um desalinhamento e um
deslizamento sobre as vigas suporte e entre as próprias chapas.
A fixação deve ser feita no mínimo em dois pontos, nas extremidades de cada
chapa, junto aos perfis suporte e entre chapas de steel deck, na região de
sobreposição lateral longitudinal.
Figura 47: Vista Inferior de um recorte (obra – Convention Center & Hotel Jaraguá)
O corte da chapa deverá ser realizado após o concreto ter atingido pelo menos 75%
do fck de projeto, evitando-se ainda a sua perfuração por percussão (uso de
martelete), pois este equipamento gera vibração indesejada que pode prejudicar a
aderência do perfil ao concreto na região da abertura.
106
Figura 48: Vista superior de um recorte (obra – Convention Center & Hotel
Jaraguá)
Os conectores podem ser instalados por processo de soldagem simples, mas com
alguns cuidados descritos a seguir:
Os nichos necessários à execução dos vazios com diversas finalidades deverão ser
executados com madeira, isopor etc, antes da concretagem, e o corte da chapa do
steel deck será feito após a cura do concreto, não se esquecendo de que em
aberturas maiores que 200mm devem ser previstas e instaladas armaduras de
reforço em torno da abertura.
Figura 53: Não acumular concreto de Figura 54: Não transitar co carrinhos
forma concentrada no meio diretamente sobre as
do vão (Manual SDI) chapas (Manual SDI)
Deve-se tomar cuidado para não acumular concreto de forma concentrada no meio
do vão e o de não ocorrer trânsito diretamente sobre as chapas, mas sim através da
distribuição de tábuas convenientemente arranjadas sobre a área a ser concretada.
110
Após a concretagem a cura do concreto deve ser feita como a de uma laje comum,
tradicional, evitando-se as fissuras provocadas pela evaporação precoce da água de
amassamento.
111
Para a correta instalação do steel deck sobre a estrutura de aço deve-se utilizar os
acessórios requeridos para cada situação. Tanto as peças de steel deck como os
acessórios requeridos na montagem da laje devem ser detalhados em desenhos de
fabricação e montagem, e que, no caso, é denominado “Diagrama de Fôrma”. Então,
em cada pavimento-tipo de uma edificação, o projeto deve ser integrado por um
“Diagrama de Fôrma”, onde se indica o posicionamento das peças de steel deck
bem como as situações particulares e os acessórios necessários. A seguir,
destacam-se algumas destas situações e os respectivos acessórios:
Figura 57: Arremates de lajes junto às vigas de aço segundo a MetForm (Manual
da MetForm, 1997).
espessura maior ou igual a 2 mm. Estes arremates devem ser soldados nas vigas de
aço, com apoio de comprimento mínimo de 50 mm. As soldas serão do tipo filete,
com comprimento mínimo de 25 mm e espaçamento não maior que 300 mm.
112
Figura 58: Arremate de laje e suporte de deck em balanços do steel deck (Manual
da MetForm, 1997).
113
Na maioria dos casos, para complementar a largura total da laje a ser executada,
nas regiões adjacentes às vigas de apoio serão empregados os complementos de
deck “CD”, que nestes casos evitam os recortes no steel deck.
O espaçamento máximo entre as linhas de centro destas fixações não deve ser
superior a 800 mm, e seu apoio sobre a flange superior da viga de aço deve ser no
mínimo de 25 mm (Figura 59).
Nestes casos, na maioria das vezes as vigas de sustentação da laje são vigas
mistas, onde à flange superior das mesmas são aplicados conectores stud bolt.
Devido à presença desses conectores, o comprimento das peças de steel deck deve
ser bem estudado, de forma que na região de posicionamento do arremate de deck
não ocorra uma superposição entre os elementos envolvidos no detalhe de
acabamento da laje.
Para a real formação da mísula, a chapa de steel deck deve encontrar-se com a
flange superior da viga em uma onda baixa, e assim, após a concretagem da laje, os
conectores serão completamente envolvidos pelo concreto, garantido-se o trabalho
do sistema misto.
115
Fica claro então, para estes casos, ser necessária a execução de recortes
longitudinais na fôrma, durante a sua instalação, e que, após a realização destes
recortes, é necessária a fixação das extremidades recortadas diretamente sobre a
flange da viga de aço, onde também os conectores stud bold serão instalados.
CAPITULO 4
CONSIDERAÇÕES GERAIS E COMENTÁRIOS SOBRE O DESEMPENHO DAS
LAJES STEEL DECK
Neste capítulo será estabelecida uma análise crítica sobre os vários aspectos que
envolvem o desempenho das lajes esboçando-se um quadro comparativo entre os
fabricantes.
Para o projeto deste sistema misto as empresas fabricantes das fôrmas metálicas
fornecem apoio técnico, além de localizarem a obediência às respectivas normas.
Nos manuais técnicos desses fabricantes vê-se que a principal diferença entre eles é
a altura das chapas metálicas trapezoidais utilizadas, sendo 75 mm da METFOM e
de 59 mm da PERFILOR Perkron Haironville. Conforme contato realizado, pessoal
técnico da PERFILOR informou que, a razão de ser oferecida apenas é a própria
tradição internacional, com grande consumo de chapa com 59 mm de altura.
Através dos catálogos constata-se que a faixa de espessura acabada da laje mista
dita como econômica é para as chapas da PERFILOR de 11 a 25 cm, enquanto que
para as chapas da METFORM é de 13 a 20 cm enquanto que, após consulta, a
espessura máxima seria de 30 cm para PERFILOR e de 37,5 cm para a METFORM,
onde nestes casos, haverá a necessidade através do dimensionamento, de
armaduras adicionais.
Nas suas respectivas tabelas, nas condições de apoios simples sem escoramentos e
com mais apoios, a PERFILOR não considera a possibilidade de continuidade sobre
os apoios, enquanto que, a consideração de continuidade indicada as tabelas da
METFORM, pode acarretar em pequena redução na espessura da laje mista e um
ganho quando se idealiza o uso destas lajes em conjunto com vigas mistas e,
portanto, o uso de mais de um sistema construtivo misto. Nestas tabelas temos que
salientar que as considerações, quanto aos limites de deslocamento vertical não são
os mesmos, para a METFORM foi de L/250 e 20 mm, NBR 14323 (1999). Para a
PERFILOR esta adota o valor normativo para a verificação após a cura e L/240
antes da cura.
tanto na condição sem a proteção passiva como para as lajes tratadas para diminuir
a transmissão de calor.
No que diz respeito à resistência das lajes steel deck em temperaturas elevadas,
como apresentado neste trabalho, é um procedimento não imediato que envolve
cálculos dos momentos positivos e negativos das peças, considerando ainda
combinações de ações em estados limites últimos excepcionais e parâmetros dados
na NBR 14323 (1999).
No que diz respeito à mão-de-obra, verifica-se que boa parte dela ainda não
assimilou os procedimentos necessários à execução deste tipo de sistema estrutural,
o que exige, tanto das empresas fornecedoras como de quem está executando, um
atendimento pós venda e uma fiscalização muito maior durante a execução dos
empreendimentos com emprego desses materiais.
119
Tal estudo, revela ainda que o sistema funciona como preconizado a temperatura
ambiente em condições ambientais de agressividade de fraca a moderada (Classes I
e II) o sistema funciona como preconizado, desde que sejam obedecidas para o
concreto as prescrições da NBR 6118, nas classes de agressividade forte ou muito
forte (classes III e IV), onde há presença de sais clorados (regiões litorâneas) deve-
se projetar armadura de reforço, pois neste caso a chapa funcionará apenas como
fôrma metálica, face a ausência de manutenção rigorosa e a previsível corrosão
subseqüente.
Quanto ao desempenho ao fogo, fica claro que este sistema segundo o Corpo de
Bombeiros do Estado de São Paulo deverá estar sempre acompanhado de proteção
passiva ou proteção ativa, mesmo que tenha sido dimensionado com armadura
adicional segundo a NBR 14323 (1999).
120
No caso do sistema misto em questão ser submetido à ação do fogo sem proteção
passiva e sem proteção ativa, não há no momento, estudos que indiquem como será
o comportamento conjunto deste sistema misto, haja visto o que foi mostrado ao
item 2.6., onde as propriedades físicas e químicas dos dois materiais são alteradas
quando sujeitas à ação do fogo (aumento da temperatura).
Desta forma, com os conhecimentos atuais pode-se dizer que o sistema funciona
bem a temperatura ambiente e que, frente ao risco de incêndio, deverão ser
previstas armaduras adicionais, desconsiderando-se que a chapa de aço faz parte
da armadura resistente e admitido-se que, neste caso, ela só garante o que se
denomina de estanqueidade aos gases aquecidos.
121
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, CARLA NEVES; SILVA, VALDIR PIGNATTA E Lajes com Forma de Aço
Incorporada (Steel-Deck). Instituto de Engenharia: São Paulo, 2004 [Palestra
técnica apresentada no Instituto de Engenharia].
122
METFORM S.A. Steel Deck Metform. Catálogo. METFORM S.A.: Betim, Minas
Gerais, 2000.
RIOS, F.C.M.; DUARTE, D.C.L.; SILVA, J.J.Rego; ANDRADE, T.; PIRES, T.A.C.;
Gerenciamento de Riscos de Incêndio em Estruturas de Concreto: Um
estudo das Propriedades Mecânicas do Concreto Quando Submetido a
Elevadas Temperaturas, IBRACON, 2005.
WANG, Y.C. Steel and Composite Structures Behaviour and design for fire
safety. University of Manchester, Spon Press, 2001
YU, WEI-WEN. Cold-Formed Steel Design. Third Editon, John Wiley & Sons, Inc,
2000.
CATÁLOGOS
1. Seja a laje mista da Figura 51. A fôrma utilizada é o Steel Deck MF-75 de
espessura 0,8 mm, aço ZAR-280 com fy=280 MPa, com altura total igual a 150 mm
sendo 75 mm da fôrma mais 75 mm do concreto acima da fôrma. Calcule a sua
capacidade de carga, considerando um vão isostático de 2,5 m, carregamento
uniforme distribuído e concreto com fck= 20 MPa.
75 mm
75 mm
Resposta:
φM n = N pa (d p − 0,5a )
f yp
onde N pa = Ap ⋅
1,15
28
N pa = 11,12 ⋅ = 270,75 KN
1,15
a = N pa
Espessura do bloco de concreto =
(0,85fcd b )
onde:
fck 20
fcd = = = 1,43 KN/cm²
1,4 1,4
270,75
a= = 2,23cm < 7,5cm ⇒ confirma que a linha neutra está acima
0,85 ⋅ 1,43 ⋅ 1000
da fôrma metálica.
q ⋅ (2,5 )
2
gl 2
∴ φM n = 27,441 KNm como M d = → 27,44 = → q = 35,12 KN/m²
8 8
⎛m ⎞
φV = φ sl ⋅ b ⋅ d p ⎜⎜ + k ⎟⎟
⎝ Ls ⎠
onde:
L 2,5
Ls = = = 0,625m = 625mm (para cargas uniformemente distribuídas)
4 4
⎛ ⎛ 152,14 ⎞ ⎞
φV = 0,7 ⋅ 1000 ⋅ 112,5⎜⎜ ⎜ ⎟ + 0,001697 ⎟⎟ = 19303,28 N m = 19,30 KN m
⎝ ⎝ 625 ⎠ ⎠
q ⋅L q ⋅ 2,5
Vd = → 19,30 = → q = 15,44 KN 2
2 5 m
φVv =
[1000 ⋅ φ c ⋅ bd ⋅ d p ⋅ τ Rd ⋅ (1,2 + 40η )]
bn
onde:
126
Kv = dp 112,5
1,6 − ≥ 1,0 ⇒ K v = 1,6 − = 1,49 > 1,0
1000 1000
η = Ap'
≤ 0,02
bo ⋅ d p
137
Ap' = 11,12 ⋅ = 1,52 cm²
1000
Ap´ 1,52
η= = = 0,01 < 0,2
(b o ⋅d p ) (13,7 ⋅ 11,25 )
φVv =
[1000 ⋅ 0,70 ⋅ 137 ⋅ 112,5 ⋅ 0,375 ⋅ 1,49 ⋅ (1,2 + 40 ⋅ 0,01)] = 35201N/m
274
q ⋅L q ⋅ 2,5 35,20 ⋅ 2
como Vd = = 35,20 → 35,20 = →q =
2 2 2,5
q = 28,16 KN/m²
Conclusão
127
15,44
q= − 2,74 = 8,28 KN 2 corresponde a carga máxima nominal que pode ser
1,4 m
Caso se realizasse esta mesma verificação pela NB 14323 esta estabelece ao seu
anexo “C”, item C.2.3.3., as combinações de ações de verão ser feitas de acordo
com a NBR 8800, e a NBR 8800 o coeficiente de ponderação para sobrecarga (ação
decorrente do uso), deve ser igual a 1,5. Desta forma,
128
A linha neutra
Sim está acima da Não δe
fôrma ⎛ A's ⎞
metálica Sim δ adic = δ o ⎜⎜ 2 − 1,2 ⎟ Não
⎝ A"s ⎟⎠
l
≤
350
φMn = Ncf y + M pr
Resposta:
Como indicado, a maior dimensão da abertura não ultrapassa 600mm, mas é maior
que 200mm, então, utiliza-se o reforço com armaduras.
q ⋅ a ⋅ ba2
Md = q = 15,44 KN
16 m2
400
a = 2500 − 1000 − = 1300 mm
2
α ⋅ q ⋅ a 2 ⋅ ba
Md =
4
α = 1−
(a 2
− a' 2 ) a' = 1000 −
400
= 800 mm
a ⋅L 2
α = 1−
(1,3 − 0,8 2
2
)
= 0,677
1,3 ⋅ 2,5
3. Para a laje do exercício 1, verificar a sua resistência para uma carga concentrada,
de cálculo igual a 20 KN, aplicada ao centro do vão, em uma área igual a 200x200
mm². Verificar para os estados limites de cisalhamento longitudinal, cisalhamento
vertical e punção.
⎛ Lp ⎞
bem = bm + 2Lp ⎜⎜1 + ⎟⎟ ≤ bmáx
⎝ L ⎠
⎛ hc ⎞
bmáx = 2700 ⎜ ⎟ = 2700⎛⎜ 75 ⎞⎟ = 1350 mm
⎜h +h ⎟ ⎝ 75 + 75 ⎠
⎝ c p ⎠
⎛ 1250 ⎞
bem = 350 + 2 ⋅ 1250⎜1 + ⎟ = 1600 mm > bmáx ⇒ devemos adotar então
⎝ 2500 ⎠
bem = 1350mm
132
⎛ Lp ⎞
bev = bm + Lp ⎜⎜1 + ⎟⎟ ≤ bmáx
⎝ L ⎠
⎛ 1250 ⎞
bev = 350 + 1250 ⎜1 + ⎟ = 975 mm < bmáx
⎝ 2500 ⎠
b) Cisalhamento longitudinal
L 2500
Ls = = = 1250 mm
2 2
⎡⎛ m ⎞ ⎤ ⎡⎛ 152,14 ⎞ ⎤
φVl = φ sl ⋅ b ⋅ d p ⋅ ⎢⎜⎜ ⎟⎟ + k ⎥ = 0,70 ⋅ 1350 ⋅ 112,5 ⋅ ⎢⎜ ⎟ + 0,001697 ⎥ = 13120 N
⎣⎝ Ls ⎠ ⎦ ⎣⎝ 1250 ⎠ ⎦
φVl = 13,12KN
c) Cisalhamento vertical
d) Punção
⎛ 1,2 + 40 ⋅ 0,01⎞
φV p = 0,70 ⋅ 1421 ⋅ 75 ⋅ 0,375 ⋅ 1,49⎜ ⎟ = 66,7KN
⎝ 1000 ⎠
133
Conclusão
4. Considerar uma laje mista contínua da fig. 52 (Steel Deck MF-75, espessura de
0,8 mm e altura total de 160 mm).
gl 2 gl 2
12,5 40
3x2400=7200
Solução:
Para uma viga contínua com 3 tramos, com carregamento uniforme, a distribuição é
dada na fig. 54. O momento positivo máximo nos tramos externos é 9,22 KNm e no
tramo interno é 2,88 KNm. O momento negativo máximo ocorre nos apoios e é igual
a 11,52 KNm. Com estes momentos, no tramo intenro, a distância entre o ponto de
inflexão é igual a 1074 mm.
2,88
9,22 9,22
1074
a) Trama Externo
⎡⎛ m ⎞ ⎤
φVl = φ sl ⋅ b ⋅ d p ⎢⎜⎜ ⎟⎟ + K ⎥
⎣⎝ Ls ⎠ ⎦
m = 152,14
K = 0,001697
⎡⎛ 152,14 ⎞ ⎤
φVl = 0,70 ⋅ 1000 ⋅ 122,5 ⎢⎜ ⎟ + 0,001697 ⎥ = 21889 N m = 21,89 KN m
⎣⎝ 600 ⎠ ⎦
q ⋅L
Vd = = 21,89 KN
2 m
2 ⋅ 21,89
q= = 18,24 KN 2 < q d = 20,00 KN 2 - inadequada ao carregamento
2,4 m m
b) Tramo Interno
1074
Ls = = 268,5mm
4
⎡⎛ 152,14 ⎞ ⎤
φVl = 0,70 ⋅ 1000 ⋅ 122,5⎢⎜ ⎟ + 0,001697⎥ = 48734 N m = 48,73 KN m
⎣⎝ 268,5 ⎠ ⎦
q ⋅L
Vd = = 48,73 KN
2 m
2 ⋅ 48,73
q= = 190,75 KN 2 > q d = 20,00 KN 2 - adequada ao carregamento
1,074 m m