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SUTIL, METAFÍSICA DA
SAÚDE E PSICOTERAPIA
HOLISTICA
A Teoria da AURA pressupõe que cada objeto ou ser está envolvido num campo de energia
magnética que permite a influência recíproca de outras energias presentes em seu ambiente imediato.
Este campo de energia magnética constitui-se de sete corpos relacionados com os chakras e glândulas
do sistema endócrino.
A harmonia e equilíbrio de cada ser, seu grau e qualidade, podem ser avaliados observando-se
sua AURA. Há duas formas de vê-la: subjetivamente por alguns médiuns ou objetivamente, utilizando um
cristal denominado TELA KILNER. Esta tela, descoberta por Walter J. Kilner, cientista dos anos vinte,
sensibiliza a visão, possibilitando a sua identificação.
Mais recentemente, a fotografia KIRLIAN proporcionou um método bem mais preciso para a
visualização da AURA.
Cada ser ou substância, animada ou inanimada, desde que suas funções não estejam deterioradas,
possui AURA, cuja existência se deve à força vital inerente aos elementos naturais pelos quais são
constituídos. Essa força vital, procedente de uma fonte mineral, vegetal, animal ou humana, cria um
reino ou plano áurico comum, que é o reservatório da energia pura e livre. Neste plano, os reinos
mineral e vegetal atuam constantemente, transferindo, através de seus próprios canais de comunicação,
sua força vital particular à natureza mais sutil dos animais e seres humanos. Portanto a AURA
representa a somatória de todas essas qualidades, apresentando uma imagem completa do sujeito em sua
totalidade.
A aura pode ser vista como uma emanação multicolorida, estratificada e ovalada, que rodeia o
sujeito. Sua aparência, forma e tamanho determinam, entre outras coisas, o estado de saúde do
indivíduo.
A natureza do campo de energia magnética que envolve os objetos materiais possui quatro
características fundamentais: ATRAÇÃO, UNISSONÂNCIA, REPULSÃO E ATIVAÇÃO. Essas
características naturais permitem interpretar a aura com diversas finalidades, especialmente para a
diagnose.
O campo de energia magnética pode ser usado pela Psicologia, para avaliar e confirmar certas
informações dos indivíduos com relação a emoções, formas de pensamento e acontecimentos.
Nos seres humanos, o campo de energia magnética interage e ressoa em SETE CORPOS ou
PLANOS ÁURICOS. As três primeiras camadas são associadas à energia do MUNDO FÍSICO,
metabolizando-as; a quarta camada é um transformador, interligando camadas áuricas e campos
energéticos; e as três camadas áuricas superiores metabolizam as energias relacionadas com o
MUNDO ESPIRITUAL.
Os sete planos áuricos (ou corpos áuricos) e suas funções, em ordem de qualidade crescente, são
os seguintes:
CORPO ETÉRICO (0,5 – 5cm) – estrutura definida de linhas de força sobre a qual se modela e
firma a matéria física dos tecidos do corpo. Contém energia dos órgãos, e se expande, ou se retrai, de
acordo com seu funcionamento.
CORPO EMOCIONAL (2,5 – 7,5cm) – está associado aos sentimentos, seguindo
aproximadamente os contornos do corpo físico, sendo sua estrutura mais fluída que a do corpo etérico. É
constituído de nuvens coloridas em contínuo movimento.
CORPO MENTAL (7,5 – 20cm) – está associado a pensamentos e processos mentais; contém
a estrutura de nossas idéias. Quando em equilíbrio é translúcido com emanações douradas, como bolhas.
CORPO EXTRA-SENSORIAL (15 – 30cm) – composto por nuvens multicoloridas, advindas
das percepções e emoções extra-sensoriais.
CORPO ETÉRICO PADRÃO (45 – 60cm) – campo de energia estruturada sobre o qual cresce
o corpo físico. Contém todas as formas padronizadas e definidas para a REENCARNAÇÃO. É o nível
onde o som cria a matéria; composto de linhas transparentes sobre um fundo azul escuro (que é espaço
sólido).
CORPO EMOCIONAL SUPERIOR (70 – 90cm) – neste nível experimentamos o êxtase
espiritual; é o plano de identificação com DEUS. Composto por pontas de luz.
CORPO CAUSAL (75 – 100cm) – contém as impressões de vidas passadas e todos os corpos
áuricos associados à encarnação atual do indivíduo, protegendo-os e mantendo-os unidos. É o nível
mais forte e elástico do campo áurico e contém a corrente principal de força que se desloca ao longo da
espinha.
_______________Vontade
divina interior
____________________Relações
com os outros
_________________________Mente
racional
_______________________Emoções
relacionadas
com o eu
_________________________Sensação física
CHAKRAS
Palavra Sânscrita que significa RODA. São portas de recepção e transmissão de energia do
meio ambiente para as diversas camadas do campo eletro-magnético e vice-versa. Sua obstrução faz com
que a energia se torne saturada e pare de circular normalmente, desvitalizando órgãos e enfraquecendo o
corpo. Os escritos antigos mencionam que os seres humanos possuem 88.000 chakras; isso significa que
no corpo humano quase não existe um ponto sequer que não seja um órgão sensível para a recepção,
transmissão e transformação de energias.
A maior parte desses chakras desempenha um papel secundário no sistema, existindo cerca de 40
chakras complementares; os mais importantes situam-se na região do BAÇO, NUCA, PALMA DAS
MÃOS E SOLA DOS PÉS.
Os sete chakras principais se encontram ao longo do eixo vertical, na parte dianteira do corpo,
e seu lugar é no CORPO ETÉRICO do homem. Essas rodas estão em permanente movimento
circulatório, atraindo a energia para dentro dos chakras e quando a rotação é ao contrário, a energia estará
sendo irradiada.
Os chakras giram para a direita ou para a esquerda; esse sentido de rotação muda de um Chakra
para outro e de um sexo para o outro. Por exemplo: o Chakra básico do homem gira para a direita –
expressando um modo mais ativo e dominador no âmbito material e sexual. O da mulher gira para a
esquerda – expressando uma maior receptividade à força criadora da Terra e força na expressão das
EMOÇÕES.
Os chakras da maioria das pessoas têm uma extensão média de 10 centímetros; nas pessoas mais
desenvolvidas espiritualmente os chakras ocupam uma área maior e freqüência vibratória mais
aumentada.
Em cada centro de energia dos chakras encontramos vibrações de todas as cores; no entanto
apenas uma cor predomina, tornando-se mais clara e brilhante de acordo com a boa utilização da energia.
O tamanho e o número de vibrações dos chakras determinam a qualidade das energias por eles absorvidas
das mais variadas fontes: energia do Cosmos, da Natureza, das pessoas e ambiente a sua volta e dos
corpos etéricos – ligando-nos aos acontecimentos do meio ambiente, da natureza, servindo de antenas
para toda a esfera em ação das vibrações de energia.
Podemos também considerar os chakras como órgãos de sentido mais sutis, pois o corpo físico
é um veículo adaptado às leis da vida do nosso planeta, podendo tornar reais nossos valores e percepções
interiores nesse planeta, e os chakras servem como receptores do mundo sutil, de tudo que ultrapassa a
esfera física.
Como os chakras também irradiam energias para o meio ambiente, podemos então alterar a
atmosfera ao nosso redor; podemos, portanto, emitir vibrações de cura, mensagens conscientes e
inconscientes, influenciar pessoas, situações e até a matéria, tanto no sentido positivo como negativo.
Cada um desses sete chakras revigora sua área próxima ao corpo físico, tanto a porção densa como a
etérica. A saúde de um órgão é vista como dependente da condição de seu Chakra associado: equilibrado,
super ou sub estimulado.
1 - BASICO (MULADHARA) – base da coluna vertebral, na cintura pélvica. Seu centro físico
corresponde às GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS, que produzem a ADRENALINA, tendo a função de
prover a circulação, equilibrar a temperatura do corpo, preparando-o para a REAÇÃO
IMEDIATA. É o centro psicológico para a evolução da identidade, sobrevivência, autonomia, auto-
estima, realização e conhecimento. É um centro acumulador de impressões, memória, conflitos e atitudes
geradas pelos nossos esforços para conseguir individualidade.
O desequilíbrio deste Chakra produz fisicamente: anemia, leucemia, deficiência de ferro,
problemas de circulação, pressão baixa, pouca tonicidade muscular, fadiga, insuficiência renal, excesso de
peso.
A Adrenalina é importantíssima no organismo humano e serve para manter o tônus das paredes
dos vasos sanguíneos. As supra-renais estão intimamente relacionadas com o desenvolvi-mento das
glândulas sexuais, e quanto a isso não há dúvida. O córtex supra-renal influi sobre o desenvolvimento das
glândulas e sobre todas as características da sexualidade. O famoso médico Paracelso, falando dos rins,
disse o seguinte:
―A Natureza e a exaltação de Vênus encontra-se nos rins, no grau e predestinação que
corresponde ao planeta ou às entranhas. Agora bem, como que a operação que Vênus realiza está
conduzida para os frutos da terra que devem engendrar - resulta-se assim que a potência dos rins se
concentra no fruto humano (refere-se indubitavelmente aos órgãos sexuais), com o qual Vênus não
chegará nunca a consumir o corpo.‖ ―É natural que os rins realizem esta função e em verdade nenhum
outro órgão poderia cumpri-la melhor. Assim, quando Vênus, por exemplo, recebe da grande entidade a
potência da concepção, os rins secam sua força do sentimento (Sensus) e da vontade do homem.‖
Isso que Paracelso afirma pode ser comprovado pelos psicanalistas. A Psicanálise de Freud veio
produzir uma verdadeira inovação no campo da Medicina.
Os yogues vêem nos rins dois chakras. Um sobre cada rim. Dizem os sábios do Hindustão que
nesses dois chakras está marca-da a castidade ou a fornicação do homem. Recordamos aquela frase do
Apocalipse de São João, que diz: ―Eu sou aquele que investiga os rins e os corações e darei a cada um
segundo suas obras‖.
Os grandes clarividentes vêem duas flores de Lótus, uma sobre cada rim. Dizem que quando o
ser humano é fornicário, essas flores são vermelhas como sangue e quando é casto são brancas. As
glândulas supra-renais encontram-se situadas na parte superior dos rins. Essas glândulas parecem
verdadeiras pequenas pirâmides, amarelas e amplas. Cada glândula Supra-renal tem realmente seu córtex
e sua medula que diferem entre si por suas estruturas e por suas funções.
CRISTAIS PARA O CHAKRA BÁSICO:
Vermelho: Rubi Marrom: Quartzo Fumê Preto: Turmalina Preta
Granada Olho de Tigre Obsidiana
Jaspe Heliotrópio Olho de Gato Ônix Negro
Jaspe Vermelho Olho de Falcão Jet
Rodonita Tempest Stone Crisantemum Stone
Zircão Tiger Iron
Lingam Quiastolita
Quartzo Vermelho
Hematita
Rutilo
Realgar
Cinábrio
Magnetita
CHAKRA ESPLÊNICO
O chakra esplênico possui seis raios revelando as cores roxo, azul, verde, amarelo, alaranjado,
vermelho-forte e rosa, localiza-se na região correspondente ao baço físico e está intimamente relacionado
a circulação sangüínea. Disfunções nesse chakra podem gerar anemias e até mesmo a leucemia. É
também responsável pela vitalização do duplo etérico enquanto o chakra básico está mais relacionado ao
corpo físico.Uma criança com a idade de oito a 14 anos está motivada pelo segundo chakra, dormirá entre
oito a dez horas em posição fetal. Já adaptada ao mundo físico (função do primeiro chakra) a criança
começa a sair do círculo familiar e a fazer amizades. Desejos e fantasias surgem da necessidade do
espírito de sair do corpo podendo gerar uma fuga da realidade. Os anos de desenvolvimento desse chakra
são aqueles em que há uma descoberta e uma exploração da individualidade. Essa fase pode ser tanto
fascinante quanto cansativa para pais e mestres. A criança necessita de limites, mas também de
flexibilidade. Os padrões de comportamento, os gestos repetidos e a rotina ajudam a conservar certa base
de segurança. Esta fomenta a capacidade de ver a vida como uma aventura emocionante de descobertas.
A repressão, os traumas e os conflitos durante este estágio de desenvolvimento apresentam efeitos de
longo alcance e deixam marcas que custam a desaparecer. O chakra esplênico conserva energias
particularmente vitais para a vida. Ele se liga diretamente ao chakra da garganta, que é o centro da
expressão. Quando o fluxo entre esses dois centros é insuficiente, é difícil desempenhar um papel
gratificante na vida; entretanto em virtude da sua vitalidade, o chakra esplênico apresenta um grande
potencial de cura, tanto para si mesmo como para o ser como um todo. A pessoa que consegue o
desenvolvimento positivo desse chakra torna-se um excelente terapeuta produzindo curas extraordinárias.
Algumas obras consideram como o segundo chakra, o sacro, localizado dois dedos abaixo do umbigo. O
chakra esplênico está intimamente relacionado aos fenômenos mediúnicos. É também um grande captador
do prana rosa - prana da vitalidade. Pessoas desvitalizadas têm comprometido esse chakra, sendo
necessária sua harmonização. Em casos de obsessão do tipo vampirismo, esse é o chakra mais afetado.
O baço é um órgão importantíssimo no organismo humano. Quando chega a hora do sono, a
alma, envolta em seu Corpo Astral, abandona o corpo físico e perambula pelo mundo da quarta dimensão.
Entretanto, algo fica dentro do corpo físico, que é o duplo etérico. Esse duplo é o LIGAM SARIRA dos
sábios do Hindustão. O médico Paracelso chamou a esse duplo etérico de a Múmia. Trata-se de um duplo
organismo da matéria etérica. Esta é a Múmia.
Essa é a base vital, ou fundo vital desconhecido absolutamente pela medicina ocidental, porém
conhecido totalmente pelos médicos orientais. A Múmia de Paracelso é uma condensação
TERMOELETROMAGNÉTICA. Dito corpo vital tem seu chakra fundamental no baço.
A flor de lótus do baço catalisa as correntes vitais do Sol, atraindo-as e absorvendo-as. Vemos no
baço os glóbulos brancos transmutarem-se em glóbulos vermelhos.
A energia vital, recolhida pelo chakra esplênico, passa ao plexo solar e logo se difunde por todos
os canais nervosos do Sistema Grande Simpático, levando a vida para todo o organismo do ser humano. A
glândula tiróide colabora nesse trabalho com seu iodo biológico, desinfetando todos os canais do Sistema
Nervoso Grande Simpático. Quando a Alma, envolta em seu Corpo Astral, retorna ao corpo físico, este já
está reparado. Se o Ser Consciente não saísse do corpo físico, então, com suas emoções e pensamentos
estorvaria o trabalho de reconstrução do organismo humano.
Durante o dia vão-se acumulando nos canais do Sistema Nervoso Grande Simpático muitos
desejos orgânicos. Esses desejos impedem a circulação do fluido vital, provocando o sono. Com o
processo do sono reconstrói-se o organismo humano.
Um Médium, em estado de transe, pode projetar pelo baço a Múmia. Então, essa Múmia é
utilizada por algumas entidades desencarnadas que se interpõem entre ela. Logo, se condensam ou
materializam fisicamente. Assim, podem fazer-se visíveis e tangíveis algumas pessoas que vivem além-
túmulo. Isto não é uma fantasia, porque pode ser constatado através de fotografias e chapas fotográficas
não podem mentir. Fatos são fatos.
O eminente médico dr. Luis Zea Uribe, professor de medicina da Faculdade Nacional de Bogotá,
foi ateu materialista e incrédulo. Quando esse sábio viu, tocou, apalpou a esses fantasmas materializados
em um laboratório de Nápoles, transformou-se radicalmente e tornou-se um espiritualista convicto.
Em Nápoles, foram estudadas em um laboratório científico as materializações feitas através da
famosa médium Eusapia Paladino. Os cientistas incrédulos viram, olharam, fotografaram,
experimentaram e acreditaram.
CHAKRA UMERAL
O Chakra Umeral situa-se nas Costas, sobre a parte Superior do Pulmão Esquerdo, à direita do Plexo
Branquial. Ele é responsável por toda relação Mediúnica entre os Planos Físico e o Espiritual. Sua Cor
depende do momento Espiritual da Pessoa. Em equilíbrio, tem a Cor AZUL, com o Médium enfraquecido
é AMARELO.
Chakras são centros de energia por onde fluem todas as formas de vibração com as quais o ser humano
tem contato. Podemos dizer que o nosso bem estar físico e espiritual depende dos chakras, pois eles
regulam nossas energias.
A Oração Pai Nosso está relacionada, em cada uma de suas petições, com os sete chakras principais. O
poder da palavra é incontestável e toda prece é composta por palavras plenas de forte significado. As
orações como o Pai Nosso, cuja composição segue as fórmulas de um conhecimento espiritual muito
profundo, faz parte do grupo de preces preciosas, que se encontram em todas as crenças bem estruturadas.
As orações dos Salmos estão nesse grupo. Mesmo que uma oração desse tipo seja repetida
mecanicamente, o seu poder é tal que concretiza modificações energéticas significativas.
PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME. Sétimo chakra
PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COM NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM
OFENDIDO.
Quarto chakra
Cada pessoa tem um chakra que está relacionado com a sua personalidade básica. O chakra que dá as suas
características a uma pessoa é chamado de chakra dominante.
É pouco provável que encontremos alguém que tenha o sétimo chakra dominante, pois apenas as pessoas
que já escaparam da roda de reencarnações possuem a regência do sétimo centro de energia. Uma pessoa
que tiver o sétimo chakra dominante, estará no nível de Jesus, Buda ou Saint Germain.
Pessoas com o sexto chakra dominante também são pouco comuns, pois preferem uma vida reservada e
não tem egoísmo. Exemplos disso são Madre Tereza e Ghandi. É o chakra dos ocultistas com capacidade
plena, dos instrutores espirituais avançados, dos doadores caridosos.
O quinto chakra dominante determina uma personalidade comunicativa e grande criatividade. Uma
pessoa que divulga o conhecimento e por isso é admirado pelos demais. Porém, não se sente tão
valorizado devido ao ego não ser exaltado. Após o ano 2000 estão nascendo pessoas neste estágio
evolutivo, o que determina uma fase de renascimento da cultura em geral.
O quarto chakra dominante determina desapego de bens materiais, capacidade de perdoar e uma grande
força de amor. A pessoa tem vontade de formar grupos de atuação em prol dos necessitados.
O terceiro chakra dominante indica uma personalidade forte e dominadora, que faz da busca constante de
novas sensações uma maneira de se motivar para a ação. As emoções são expressas através da arte. A
pessoa gosta de comer bem, tem vaidade e é inteligente acima da média.
O segundo chakra dominante é uma mostra da média da humanidade nos dias atuais. São pessoas que
valorizam o consumo e extraem dele compensações. Estar sempre em busca de força vital e roubar
energia alheia inconscientemente, é outra característica quando esse centro rege a personalidade. Se for
bem ajustada, a pessoa é magnética e simpática, apreciando contatos físicos.
Com o primeiro chakra dominante, a pessoa está atada aos desejos, à ilusão e às dificuldades geradas pela
limitação material extrema. Infelizmente ainda existem muitos indivíduos nessas condições o que gera a
ocorrência de crimes, de uso de drogas e de corrupção.
O sétimo chakra está relacionado com as energias divinas através de um vórtice em movimento, esse
vórtice, tal como um redemoinho, desce verticalmente, em espiral, atravessando todo o corpo, indo até os
pés, onde estabelece ligação com a terra. Só o primeiro e o sétimo estão unidos pela mesma espiral que se
movimenta em sentido vertical. Os outros cinco possuem movimento horizontal.
A espiral pela qual a energia divina desce através do corpo é conhecida como serpente kundalini. A força
divina que vem do alto instala-se no primeiro chakra e dali só ascende quando é necessário. A energia
adormecida da kundalini é uma reserva vital que não pode ser despertada para aplicações inferiores, pois,
sendo de origem divina, ela só é despertada pelo chamado da fonte original, que é Deus.kundalini é
responsável pelas curas físicas consideradas milagrosas e pela energia sobre humana que algumas pessoas
alcançam em momentos críticos.
Posição deitada, cabeça voltada para o norte, roupas folgadas, sem elásticos, pés descalços, sem nenhum
adorno ou óculos.
FRASE INICIAL: Neste instante, com a graça de Deus e com a luz do meu Mestre Jesus Cristo, eu dou
início à cura da minha (sua) alma de do meu (seu) corpo.
PAUSA
PAUSA
PAUSA
Coloque a mão que usa para escrever voltada para o topo da cabeça (sétimo chakra), mas sem toca-la. A
outra mão em repouso ao lado do corpo. Faça três respirações profundas.
PAUSA
Diga em voz alta: Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome!
PAUSA
Coloque a sua mão sobre a pélvis, primeiro chakra, (para você) e sobre os pés (para o outro), mas sem
tocar. Faça três respirações profundas.
PAUSA
PAUSA
Coloque a mão sobre a barriga, à altura do umbigo (segundo chakra) agora pode tocar o corpo (para
você), não tocar o corpo (para o outro). Faça três respirações profundas.
PAUSA
Diga em voz alta: Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu!
PAUSA
Mova a mão para a região do estômago, terceiro chakra (não tocar o corpo para o outro). Faça três
respirações profundas.
PAUSA
Diga em voz alta: O pão nosso de cada dia nos daí hoje!
PAUSA
Coloque a mão apoiada sobre o peito, quarto chakra (sem tocar para o outro). Inspire e expire calmamente
três vezes.
PAUSA
Diga em voz alta: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido!
PAUSA
Posicione a mão na base da garganta, quinto chakra (sem tocar para o outro). Faça três respirações
profundas.
PAUSA
PAUSA
Mova a mão para a testa (sexto chakra) (sem tocar para o outro). Faça três respirações profundas.
PAUSA
PAUSA
Existe o éter em estado ígneo (Tejas). Existe o éter em estado gasoso ou fluidico, como
princípio do ar (Vayú). Existe o éter em estado aquoso como princípio da água (Apas). Existe o éter em
estado pétreo, como princípio mineral (Pritvi). Estes são os tattwas dos hindustãos. Quando esses tattwas
cristalizam ou se condensam, advêm os elementos físicos: fogo, ar, água e terra.
Nosso corpo etérico está formado de tattwas. Os tattwas e os chakras estão intimamente
relacionados. Os tattwas penetram nos chakras e logo passam ao interior das glândulas de secreção
interna. Dentro das glândulas os tattwas intensificam o trabalho desses minúsculos laboratórios
endócrinos, transformando-se em hormônios.
Os tattwas entram no organismo, porém não saem mais dele. Os tattwas se transformam
também em genes e cromossomos que mais tarde se transformam em espermatozóide.
―Tudo sai do éter, tudo volta ao éter.‖
O éter é a condensação de uma substância chamada Akasha. Essa substância é a primeira
radiação da raiz Mulaprakriti, ou matéria primordial insípida e indiferenciada, conhecida entre os
alquimistas como Ens Seminis (a entidade do sêmen).
Hormônios
MERIDIANOS E NADIS
Segundo a cultura oriental, os meridianos são os canais energéticos que percorrem todo o corpo
humano e conduzem a energia vital. Cada um dos meridianos está relacionado com um órgão e com uma
função, os quais, por sua vez, estão relacionados ao princípio do yin yang.
Quando a energia que os percorre estiver em desequilíbrio é possível reequilibrá-los estimulando
os meridianos em diversos pontos. Esse é o princípio da acupuntura, do Do-in e do shiatsu. Os nadis são
três: Sushuma, Ida e Píngala. Ida e Píngala tem a capacidade de captar o prana diretamente do ar, através
da respiração, e expelir tóxicos durante a exalação. Daí a importância de uma boa prática respiratória.
IDA é o canal condutor de energia lunar (tranqüilizadora). Esse canal básico começa do lado
esquerdo do chakra básico e termina na parte superior da narina esquerda.
PÍNGALA é o canal condutor da energia solar (estimulante). Esse canal começa do lado direito
do chakra básico e termina na parte superior da narina direita.
SUSHUMA é o canal do meio do qual se processa a descida e subida da energia cósmica. Todos
os chakras tem suas raízes nesse canal, que vai do chakra coronário até o chakra básico.
BIO ENERGIA
ENERGIA CÓSMICA OU IMANENTE
É o princípio vital que interpenetra e nutre todas as coisas do Universo Inter dimensional. É
aparentemente omnipresente e impessoal, permeando praticamente todos os planos de manifestação.
Podemos, então, dizer que existe uma energia densa (etérica), astral (etérea) e mental. Einstein, na
verdade, parece que partiu desse princípio quando demonstrou a substancial identidade entre a energia e a
matéria, e a possibilidade de transformar uma na outra: a matéria é energia em estado de condensação; a
energia é matéria em estado radiante.
A nomenclatura sobre a energia é bastante diversificada, variando de filosofia para filosofia. Ex.: Luz
Astral (Cabala), Prana (Yoga), Mana (Kahunas), Força Ódica (Barão Von Reichenbach), Energia
Orgônica (Wilhelm Reich), Telesma (Hermes Trismegisto). A palavra Energia é derivada do grego
―Energes‖ (activo) que, por sua vez, deriva de ―Ergon‖ (obra). Logo, etimologicamente significa
―Actividade‖; ―Movimento‖. A palavra Prana, como a energia é mais conhecida na Índia, pátria original
do Yoga, é derivada do sânscrito ―Pra‖ e de ―An‖ (respirar, viver). Logo, etimologicamente significa
―Sopro Vital‖. No Japão, a energia é conhecida como ―Ki‖. Na China, é conhecida como ―Chi‖.
As energias que os seres vivos absorvem e metabolizam são oriundas de fontes variadas: o sol, o espaço
infinito, o próprio planeta... Os ocultistas orientais dividiram essas energias em três grupos distintos:
1. Fohat (eletricidade): energia conversível em calor, luz, som, movimento, etc;
2. Prana (vitalidade): energia integrante que coordena as moléculas e células físicas e as reúne num
organismo definido;
3. Kundalini (fogo serpentino): energia primária, violenta, estruturadora das formas. É oriunda do centro
do planeta.
É a energia cósmica que a consciência absorve e emprega nas suas manifestações gerais. Essa energia
consciência é chamada em geral de energia anímica ou magnetismo pessoal. Ao ser metabolizada pela
consciência, a energia cósmica deixa de ser impessoal e assume as características pessoais da criatura.
ATIVAÇÃO ENERGÉTICA
A consciência pode ativar as suas energias conscientes de três maneiras:
1. Circulação Energética (circulação fechada; estado vibratório);
2. Absorção Energética (recepção energética);
3. Exteriorização Energética (Irradiação energética).
A poderosa Chama Trina é um ―cálice sagrado‖ que temos no coração, o qual contém um átomo
cuja estrutura é diferente do resto do nosso corpo. Esse átomo diferenciado materializa-se no momento
da concepção, ou seja, no momento da fecundação do óvulo. Nesse momento forma-se a célula inicial
que irá multiplicar-se dando vida a um novo ser. Nesse processo, quando o embrião está em formação,
esse átomo portador da Chama Trina é ancorado dentro da estrutura celular que virá a ser o coração.
A Chama Trina é o nosso ponto de contato com a Fonte Universal que Tudo É (o Criador
Universal, Deus). Ela permite conectarmos nossas vidas físicas, tridimensionais, com os planos mais
sutis de existência, além de efetuarmos o controle energético dos nossos chakras. Por seu intermédio
podemos garantir e manter nossa saúde física e espiritual. Além disso, a Chama Trina age como suporte
da vida no plano material, e também é uma das mais poderosas ferramentas para nossa ascensão.
Os grupos ligados à Fraternidade Branca têm trabalhado com esta Chama em prol do despertar
dos seres humanos, através de exercícios e da recitação de Mantras. Isso vem produzindo excelentes
resultados, porém muitos seres humanos não têm acesso a essas informações, as quais deveriam ser
divulgadas em todos os níveis da mídia mundial. Mas esse trabalho de divulgar o que os poderosos da
mídia não têm permitido é o nosso serviço em favor da humanidade.
A Chama Trina é composta por três chamas, raios ou cores. À esquerda está a grande Chama
Rosa, que é a manifestação do Amor Universal. Ao centro está a poderosa Chama Dourada, da sabedoria
espiritual sobre o plano material. Finalmente, à direita está a poderosa Chama Azul, que é a expressão do
poder divino que age sobre o plano material.
Quando unimos a Chama Rosa com a Azul, forma-se automaticamente a Chama Violeta, da
transmutação e purificação. Devemos ter muito cuidado ao como trabalhar com a Chama Violeta, pois
seu elevado poder de transmutação pode causar desequilíbrios psíquicos e emocionais. No entanto, é
muito conveniente empregarmos as energias da Chama Violeta, para transmutarmos e acelerarmos nosso
processo Cármico. A Chama Violeta deve ser empregada todos os dias, mas em combinação com as
outras chamas. Assim poderemos requalificar e recalibrar nossos campos vitais, não permitindo que as
ligações cármicas nos desequilibrem, mas sim transmutando-as de maneira que possamos apreender e
compreender nossas falhas. Para isso devemos usar a seqüência correta de cores, de acordo com as
nossas realidades e dificuldades pessoais.
Por exemplo: se utilizamos a Chama Violeta na cura de alguma doença como o câncer, depois de
aplicá-la devemos usar o poder da Chama Verde da cura, para efetuarmos a regressão dessa doença, caso
contrário estaremos na verdade acelerando o processo de manifestação da doença. Este é um exemplo
simples que pode ser estendido a outras situações.
Aqui está um exercício para expandirmos a nossa Chama Trina, ensinado por Paz Victória e
posteriormente me complementado por Shtareer (Irmãos da Luz de níveis superiores), amplamente
divulgado pelo irmão Rodrigo Romo:
Para facilitar a visualização, antes de iniciar o exercício você pode acender fisicamente 3 velas
coloridas, nas cores dos raios da Chama Trina, de forma que possa ver a vela à sua frente durante a
prática do exercício.
Sente-se ou deite-se numa posição relaxada.
Procure fazer com que sua mente fique em ―estado de papel em branco‖.
Visualize que seu copo está sendo banhado por uma brilhante luz branca muito intensa e
tranquilizadora, deixando-o mais e mais relaxado, mais e mais leve.
Visualize agora a Chama Trina ardendo dentro do seu coração, no interior de um cálice ou então
no formato de uma flor tríplice. Visualize nitidamente cada uma das três chamas da Chama Trina
ardendo e vibrando como a chama de uma vela. Elas ardem mas não queimam.
Visualize uma Chama Trina grande em profunda expansão... sinta-se imerso nela e que cada um
de seus raios, brilhantes e luminosos, está ativando as diversas partes do seu corpo.
Rosa Através da Chama Rosa expande-se o Amor Universal. Com sua expansão você sentirá
uma imensa alegria e vontade de abraçar o mundo. Deixe que essa chama inunde por completo todas as
células do seu corpo. Visualize cada órgão do seu corpo sendo penetrado e envolvido pela Chama Rosa.
Desperte sua condição de ser amoroso e equilibre com isso a dualidade feminina e masculina. Permita
que o Amor Incondicional da consciência Crística se manifeste dentro do seu coração e que se expanda
para todo o seu corpo. Procure integrar-se com todos os móveis, plantas, minerais, tudo o que o cerca,
assim você estará ativando sua capacidade de percepção extrasensorial através do Amor e sua conexão
com as linhas geopáticas positivas do planeta. Nesta visualização você estará ativando sua ligação com a
mãe Terra e com os Mestres Ascensionado, nossos Irmãos da Luz.
Dourado Depois de expandir a Chama Rosa, faça o mesmo com a Chama Dourada. Visualize
todo o seu corpo imerso nesta chama. Isso que trará à sua consciência e aos seus corpos sutis, a sabedoria
contida no registro akáshico (que é uma espécie de arquivo que contém todo os registos de todos os
acontecimentos do universo). Esta chama abre os portais de acesso aos seus registros, inclusive de vidas
passadas, além de abrir o caminho ao conhecimento do seu Eu Superior (ou Eu Sou). Ao mesmo tempo
em que visualiza sua imersão na Chama Dourada, sinta-se preenchido pelo Amor Incondicional deixado
pela Chama Rosa. Sinta as qualidades positivas do universo e de tudo que o cerca. Entenda e sinta que
você é um ser espiritual do universo. Pela ação da Chama Dourada você compreenderá as Leis
Superiores que regem o universo e perceberá sua participação nesse contexto. Você compreenderá qual é
a sua verdadeira identidade, além de esclarecer quais são as tarefas que você tem para realizar. Visualize
a Chama Dourada na cor do ouro liquefeito, brilhando intensamente e impregnando todo o seu ser. Ela é
um veiculo transmutador universal, a chama da sabedoria, não apenas do conhecimento racional, ela
integra o poder do Cristo em ação.
Azul Da mesma forma que as anteriores, visualize todo o seu corpo imerso na Chama Azul.
Sinta-se imerso nela. Esta chama é a expressão do poder de Deus em ação, o poder de agir, de construir e
de levar a efeito as energias geradas pelas outras duas chamas. A Ascensão é feita por qualquer uma das
três chamas, mas a Chama Azul fornece a energia necessária para superar e vencer as limitações
psíquicas de qualquer espécie. Esta é a chama do poder construtivo, alinhado com os parâmetros da
criação cristica. Através dela você sentirá profundamente seu potencial e a capacidade de ser uma pessoa
útil e positiva para a sociedade. Sinta-se disponibilizando suas potencialidades a serviço de atividades
construtivas em benefício da humanidade, levando o Amor Incondicional e o conhecimento a todos os
que precisam dele. A Chama Azul ajuda a ultrapassar as dificuldades da vida, a enfrentá-las de frente,
sem esmorecer ou desviar-se de suas metas. Ela é a expressão do amado Arcanjo Miguel (também
conhecido como Comandante Ashtar Sheran), que com sua espada de luz azul, a espada da justiça, está
velando pela humanidade, na Terra e em outros planetas, defendendo os inocentes dos ataques das hostes
negativas. Estimulando a Chama Azul em seu coração, você também poderá utilizar a sua espada da
justiça e auxiliar a todos os que precisarem de sua ajuda. Deixe que as três chamas da Chama Trina
tomem conta de seu corpo e se expandam, até formarem um poderoso campo de energia ao redor do seu
corpo. As três chamas ardem simultaneamente mas não se misturam. Visualize-a iluminando o local onde
está fazendo o exercício, o teto, o chão, as paredes, os objetos, tudo.
Una agora a Chama Rosa com a Chama Azul formando a Chama Violeta e visualize-a
transmutando suas dificuldades, suas limitações, seus atos, sentimentos e pensamentos negativos. Neste
ponto é recomendável que você faça uma retrospectiva sobre o seu dia, sua conduta, seus
relacionamentos, e sua vida em geral. Se houver algo negativo, ative a Chama Violeta, transmutando as
coisas negativas em eventos positivos, impedindo que as energia negativas se expandam em você ou
através de você. Desfaça completamente sentimentos como ressentimento, inveja, mágoa, ódio ou rancor
com a Chama Violeta. Elimine também as imagens de atitudes negativas que eventualmente tenha
expressado. A gloriosa Chama Violeta é a expressão do amado Mestre Saint Germain, o Avatar de nossa
Era. Faça isso num sistema de retrocesso de imagens, descriando com a energia da Chama Violeta cada
um desses sentimentos, pensamentos e atos.
Enquanto você faz isso, tente permanecer visualizando a Chama Dourada ardendo no topo de sua
cabeça. Deixe que a Chama Dourada, que brilha luminosa sobre a sua cabeça, restabeleça o equilíbrio
penetrando e harmonizando todas as situações que foram limpas pela Chama Violeta. Isso garante que os
processos de requalificação e de transmutação sejam equilibrados, e que aqueles problemas não voltarão
a importuná-lo nunca mais.
Lenta e suavemente volte ao seu estado de consciência ativa, deixando que as energias da Chama
Trina permaneçam sempre na sua consciência.
Pratique este exercício uma vez por dia durante no mínimo sete dias. Você verificará que vai
ocorrer uma sensível melhora em todos os setores de sua vida. Sua sensibilidade aumentará muito e você
vai sentir-se muito mais tranqüilo e amoroso para com a vida. O exercício pode ser praticado antes de
dormir, para requalificar as atividades diárias, ou pela manhã, conforme sua preferência, para preparar-se
positivamente para um novo dia. Esse exercício é muito eficaz e permite uma expansão notável da
Chama Trina, além de um rápido crescimento consciencial. Ele vem sendo usado pelos membros da
Fraternidade Branca há muitos anos. O mais importante neste exercício é que você procure sentir
profundamente que suas forças vitais estão sendo resgatadas, que você é um ser espiritual e que suas
energias superiores tornam-se cada dia mais presentes e ativas em você. Mais adiante você aprenderá
outros exercícios destinados a despertar as capacidades extrasensoriais que no momento estão
desativadas.
PSICOTERAPIA HOLÍSTICA
A PSICOSSOMÁTICA COMO CONCEITO
Observe que aí temos uma situação de estresse. Uma vez inibido uma satisfação, seja da ordem instintiva
ou vegetativa, por conta de uma situação social criada, estabelece-se um conflito interno que gera uma
tensão emocional (angústia, por exemplo neste caso) ocasionando sintomas também a nível do soma
(corpo) como taquicardia por exemplo, que embora tenha sido produzida a partir de uma elaboração
mental, pode levar o indivíduo a pensar em estar tendo um ataque cardíaco, o que o leva a aumentar a
tensão emocional e assim segue o processo que se apresenta no quadro em duas vias por conta da
possibilidade de remissão caso seja feito o caminho contrário (no caso superando as barreiras que inibem
a satisfação como o caso dado neste exemplo).
A partir deste quadro e acompanhando o texto, você pode ir visualizando de forma ampla como se dão
determinadas situações em que o psiquismo implica em alterações no corpo e vice e versa.
Desde o nascimento, o ser humano vai a cada instante se relacionando com o mundo e com a realidade.
Nosso bem estar psíquico ou físico, dependerá sempre da forma como nós nos relacionamos com este
mundo, da qualidade com que nós reagiremos à realidade que se apresenta. Cada indivíduo, e o termo já
expressa isto, lida de forma particular com o mundo. Assim como uma pessoa obesa, por exemplo, tem
uma maneira particular de se relacionar com a comida, o hipertenso tem a mesma maneira particular de se
relacionar com o sal, bem como o avarento, tem sua maneira particular de relacionar-se com o dinheiro.
As relações da pessoa com o mundo e com ela mesma, nos leva a reflexões sobre os efeitos das emoções
na vida desta pessoa. Assim como no caso de uma pessoa alérgica, que tem uma maneira imunológica
particular de se relacionar com elementos do mundo, transformando alguns deles em agentes alérgenos,
outras pessoas em contato com estes mesmos elementos, não teriam qualquer reação alérgica, algumas
pessoas adoecem por conta da maneira desarmônica de se relacionar com o mundo, enquanto outras, que
vivenciam as mesmas coisas deste mesmo mundo, se adaptam melhor e conseqüentemente, sofrem
menos.
Ou seja, saber sobre um indivíduo, de suas condições físicas e emocionais, implica em saber como ele se
relaciona com o mundo (trabalho, compromissos, poluição, violência urbana, etc.) e consigo mesmo
(auto-estima, relações afetivas, relações familiares, relações sociais, etc.) Saber sobre as condições físicas
e emocionais do sujeito aqui e agora, implica em saber como ele se relaciona com o trânsito caótico das
ruas, com as perdas, com os compromissos do cotidiano, com os poluentes, com seus vícios e suas
dependências, com a saúde dos familiares, com sua autoestima, com seu próprio organismo e assim por
diante. Desde o berçário já podemos ir percebendo futuras características da personalidade, observando
como o recém nascido se relaciona com a alimentação ou com a falta desta. Como se relaciona com a luz,
o frio, o barulho, etc. Temos aí a percepção como, por exemplo, da baixa tolerância a frustrações de uns
que berram tão logo sentem fome e não recebem alimento e da maior tolerância de outros que aguardam
por um tempo maior, bem como reações alérgicas aos cobertores e demais objetos com os quais começam
a ter contato.
No futuro, o introvertido poderá sofrer ao ter que falar em público assim como um jovem poderá ficar
agressivo ou divertido ao ingerir álcool. A grande questão aqui que nos interessa é saber até que ponto
estas formas de se relacionar com o mundo, tem base psicológica ou biológica? Você pode estar achando
a esta altura: ora, mas esta teoria é determinista, somos o que somos desde o nascimento. Mas aí que
reside à prática da psicoterapia holística, a busca da reavaliação da história de vida e dia a dia do cliente
(terapeutas holísticos tem clientes, não pacientes) bem como o seu relacionamento com esta história e este
dia a dia bem como consigo mesmo e com o circulo humano que o cerca.
Esta reavaliação periódica é essencial para uma maior qualidade de vida. Será a partir dela que poderemos
corrigir distorções no relacionamento com o mundo, de nossos clientes e de nós mesmos. Evitando
assim, a invasão de emoções que podem de certa forma, uma vez somatizadas (expressas no corpo e
organismo) nos levar a desenvolver doenças das mais diversas.
As emoções podem representar um importante papel no bem estar do indivíduo, como a alegria ou o
amor. São estas emoções positivas. Temos as emoções negativas que produzem uma vivencia
desagradável no individuo, como a raiva, tristeza, ansiedade, para citar as três emoções negativas mais
importantes. Atualmente já podemos afirmar que as emoções positivas potencializam a saúde, assim
como as emoções negativas a comprometem. Longos períodos de exposição ao estresse, levam o
individuo a vivenciar muitas emoções negativas e a possibilidade deste individuo desenvolver certas
doenças como gripe e herpes por exemplo, é aumentada bem como, o bom humor e o riso auxiliam o
individuo a manter ou mesmo, recuperar a saúde.
Das emoções negativas, a ansiedade vem sendo profundamente estudada, por conta de reconhecidamente
estar associada a vários transtornos. A raiva e a tristeza também vêm tendo destaque, a primeira por estar
associada a transtornos cardiovasculares e a segunda, que pode se transformar em depressão.
Somatização em crianças
Para o recém nascido, a influencia do seu cuidador (geralmente a mãe) é importante no processo de
identificação de estressores. Ao longo da vida, este vínculo pode se estreitar ou não. Sempre quando o
cliente direto for uma criança, devemos entrevistar também os pais ou pessoas que cuidam diretamente
dela, que passam a maior parte do tempo com ela.
Geralmente a figura da mãe é a mais significativa neste contexto, visto que é esta que geralmente dar os
valores a tudo que ocorre no contexto da criança. Se for observado que este relacionamento não é
adequado, seja por abandono, maus tratos, etc, a criança irá se isolar, lançando mão do seu próprio corpo
ou de suas fantasias para resolver os seus conflitos.
O abandono na infância faz a criança regredir, passando a reagir de forma primitiva, a qualquer ameaça
que se apresente. Este primitivismo está ligado ao corpo, daí que a criança passa a lançar mão do seu
corpo para chamar a atenção buscando os cuidados que lhe são negados.
É usando o corpo que a criança irá se comunicar e se defender e conseqüentemente, expressar suas
frustrações com o surgimento de doenças das mais diversas.
A culpa é uma forma de defesa (vamos ver isto a fundo em outro módulo). Uma forma primitiva e que
origina manifestações somáticas, como a exemplo na criança. E assim como a criança através do seu
corpo busca ter a atenção, o adulto também o utiliza para expressar seus desejos e
fantasias, bem como, enfrentando as situações estressantes. No caso, o indivíduo pode utilizar seu corpo
para autopunição (vide o contexto histórico religioso da idade média onde por conta das culpas por ter
sonhos e desejos sexuais, abades se autoflagelavam). Esta situação também merece destaque, pois é uma
reação aos estresse interior, que se analisada adequadamente, irá trazer a tona o conflito vivido pelo
cliente. E por meio do corpo que ele impõe um sofrimento por conta de suas culpas.
Por vezes, a conduta do cliente fica clara quando diante de uma enfermidade, ao invés de buscar auxilio
médico e tratar de sua doença, ele se deixa levar, se descuida, tudo isto de forma proposital, representando
uma autopunição.
São pontos a serem observados gerando questionamentos a serem propostos ao cliente.
Óbvio que temos de ter cuidado para saber até que ponto o descuido com a saúde é gerado por uma
autopunição ou por outros fatores que fogem ao controle do cliente. De qualquer forma, a apresentação de
queixas sobre problemas de saúde e ao mesmo tempo, a demonstração de que não faz nada para mudar o
quadro, é um sinal importante, que aponta nesta direção.
Buscar trabalhar as culpas do cliente, será um dos caminhos.
Uma postura clássica e muito comum geradora de somatizações é o desânimo pela vida. Um estado de
espírito muito encontrado nas pessoas deprimidas. Como conseqüência temos vários fatores como perdas
de entes queridos, a queda na situação econômica ou social, dentre outras, onde o individuo sente-se sem
rumo, sem perspectivas.
Cabe nestes casos primeiramente buscar faze-lo ter um distanciamento da situação para poder analisar
friamente e buscar novas saídas e principalmente, não repetir os mesmos erros, que o levaram a tal
situação.
A PRÁTICA DO TERAPÊUTA
ENTREVISTA INICIAL
I – INTRODUÇÃO
A entrevista inicial é o primeiro contato realizado entre o Terapeuta e o cliente. É a partir dela que o
Terapeuta poderá desenvolver um programa terapêutico adequado.
Entrevistar é uma técnica que não se baseia em um dom como muitos pensam, mas sim, uma técnica que
se adquire através da prática constante.
Ter facilidade de diálogo ajuda e muito, mas não é tudo, pois a entrevista inicial vai além de uma boa
conversa, ela visa principalmente, levantar dados significativos, essenciais para compor o quadro
diagnóstico e assim, o terapeuta propor de forma adequada, um programa terapêutico. Podemos dizer
então que o objetivo da entrevista inicial é:
levantar dados significativos, essenciais para compor o quadro diagnóstico para que seja elaborado
um programa terapêutico.
II – TIPOS DE ENTREVISTA
A entrevista pode se desenvolver de três formas:
Perguntas Abertas
Conduzida através de perguntas feitas de forma a proporcionar ao cliente uma amplitude de expressão,
sem que ele se restrinja a um determinado foco. Um exemplo clássico é a pergunta: mas diga-me, o que
lhe traz aqui?
São perguntas que devem ser feitas no início da entrevista.
Perguntas Fechadas
São perguntas complementares sobre assuntos não falados ou detalhamentos de assuntos já tratados.
Como exemplo: Quando iniciou esta sensação de angústia? Quais as pessoas que lhe causam maior
constrangimento? Geralmente respondidas por sim ou não, ou por um número,
nomes, etc. Caracteriza-se por respostas curtas.
Estas perguntas devem se seguir após as perguntas abertas ou focadas.
Perguntas Focadas
Neste caso, as perguntas tocam em um ponto já levantado na fala do cliente. Ou seja, ele fica a vontade
para responder com amplitude como na pergunta aberta, mas direcionado a um tema proposto pelo
terapeuta fazendo referencia ao que já fora dito anteriormente pelo cliente.
Como exemplo: Como você definiria este mal estar?
A progressão sugerida é iniciar com perguntas abertas, passando a focadas e fechadas.
ESCUTANDO O CLIENTE
Escutar o cliente é fundamental por dois principais motivos:
O acolhimento, ou seja, uma ação que dá ao cliente o bem estar da segurança e que o aproxima do
Terapeuta, criando um laço pautado no respeito mútuo. O terapeuta está ali para ouvir a queixa do cliente
e este buscando alguém que o ouça e o ouvindo, descubra as causas de seus males e conseqüentemente,
busque minimiza-las quiçá, extinguilas. Buscar levantar com clareza, dados significativos na fala do
cliente que possibilitem a elaboração mais precisa possível de um programa terapêutico.
Ao longo da escuta ocorrem alguns momentos que considero importante e quê listo aqui:
Confirmação por parte do terapeuta de ter entendido o que foi dito pelo cliente, com frase como
―compreendo‖ ou um gesto afirmativo com a cabeça. A confirmação estimula o cliente a dar
prosseguimento na sua fala e buscar ser mais preciso e claro.
Manter-se em silêncio. Um momento que requer habilidade. Por vezes, o cliente diz coisas absurdas ou
claramente mentirosas, talvez no intuito de desafiar o terapeuta, daí a necessidade de um silencio quase
contemplativo, que levará o cliente a modificar o seu pronunciamento, revendo o que foi dito. Nunca
questione a veracidade do que foi dito pelo cliente. Devemos trabalhar com a fala dele e se percebermos
que o que foi dito não corresponde por algum motivo à realidade, devemos ao invés de questionar ou
apontar o fato, refletir no porque do cliente ter agido desta forma.
Temos também de observar momentos no qual deveremos criar uma empatia com o cliente, através de
comentários sobre falas que exprimem conteúdos importantes emocionalmente, como por exemplo: ―... eu
acordei com uma sensação de vazio naquela manhã...‖, diz o cliente.
―... isto deve ter te causado um grande mal estar não?‖, diz o terapeuta.
Empatia significa o se colocar no lugar do outro, sentir como sente o outro, ou seja, uma postura que é
parte fundamental no Acolhimento.
Chamamos comunicação não verbal a forma de passar informações através da linguagem corporal. Este
enviar de mensagens pode ser feito de forma inconsciente ou consciente.
Expressões faciais, movimentos dos braços, pernas, devem ser interpretados bem como a própria
aparência apresentada pelo cliente ao chegar ao seu consultório.
É importante observar a maneira de sentar do cliente, se de forma leve ou brusca, se os braços estão
cruzados ou os punhos fechados, demonstrando tensão.
O antropólogo Albert Mehrabian fez um levantamento estatístico de proporção entre linguagem verbal e
não verbal na transmissão de mensagens e conclui que cerca de 55% delas é transmitida
via linguagem corporal.
Temos de ter fichas de identificação para cada cliente e nelas, deve conter informações objetivas tais
quais nome, estado civil, a origem étnica (existem certas doenças que incidem mais em determinados
grupos étnicos e este dado pode ser importante no encaminhamento do cliente para um médico),
ocupação, o endereço residencial, quem indicou a sua vinda.
Além da identificação temos o delinear do perfil do cliente que vem a ser a sua posição diante de si
mesmo e do mundo. São itens que formam informações referentes a sua família, seu emprego, seus
problemas e satisfações com os mesmos. Aspectos sociais, ocupacionais e econômicos.
Sobre a família deveremos observar sua estrutura, como se posiciona o cliente dentro dela.
Perguntas abertas como: você mora com quem? Caso ela responda: com a família, poderemos prosseguir
com: poderia falar um pouco sobre eles?
Uma pergunta importante neste item ―família‖ é: em que afeta o seu estado (a queixa do cliente) na sua
família e quem é o mais afetado?
O item Ocupação deve questionar quais são as atividades atuais e anteriores, como também o grau de
satisfação para com elas. Quem exerce atividades estressantes e principalmente, sem nenhum prazer, está
propenso a desequilíbrios energéticos que podem acarretar dores estomacais, por exemplo.
Diante do silêncio do cliente, mantenha a postura atenta Mantenha postura atenta com breve estímulo
para que o paciente continue. Observar se não é por falta de sensibilidade ou erro do entrevistador. Diante
de clientes prolixos, busque interrompe-los quando necessário de forma delicada. Nestes casos trabalhe
priorizando perguntas focadas ou fechadas.
Diante de clientes ansiosos, busque faze-lo falar sobre seus sentimentos. Diante de clientes hostis, aceite
este sentimento sem revide. Diante do choro, estenda um lenço, aguarde o cliente se recompor. Se algum
comentário for feito de sua parte, que seja: é bom desabafar. Diante de histórias incompreensíveis e
confusas, indague sobre seu passado clínico, se toma medicamentos e onde foi sua última consulta
clínica. Poderemos estar de frente para um caso específico para a psiquiatria (estrutura esquizofrênica, por
exemplo).
IV - FINALIZANDO O TÓPICO
Vemos a importância da entrevista inicial como uma ferramenta indispensável para a adequada atuação
do Terapeuta. É através dela que faremos uma avaliação correta e daí, elaboraremos um
programa terapêutico eficaz, cumprindo assim com nossa missão. O tópico seguinte fala sobre Avaliação
Terapêutica que está intimamente ligada a entrevista inicial.
O termo Diagnóstico tem origem grega, onde gnose significa ―saber‖ sendo acrescentado do prefixo e
tomando o significado ―reconhecimento‖.
O termo é amplamente utilizado em vários seguimentos sempre com o objetivo de significar o
reconhecimento de algo, no entanto, é na área de saúde que é mais utilizado. No sentido estritamente
médico do termo, diagnosticar significa sempre o procedimento de reconhecer uma enfermidade ou
condição patológica por meio de seus sinais, sintomas, curso e outros elementos clínicos característicos,
inclusive o resultado de exames complementares. O Projeto de Lei que define o Ato Médico tem em seu
artigo primeiro, item II diz que ―o médico desenvolverá suas ações no campo da atenção à saúde humana
para:‖ ―... o diagnóstico‖. Este trecho gerou e gera muita polêmica, pois a ação de diagnosticar
aparentemente se apresenta como uma prerrogativa médica, embora não seja este o entendimento correto
do item.
O diagnóstico como sendo privativo do médico, assim o é, em específico no seu exercício profissional, ou
seja, o diagnóstico é um procedimento característico dos serviços de saúde, daí existirem o diagnóstico
psicológico, o fisiológico, odontológico, etc.
Em nosso caso, nas Terapias Holísticas, o termo seria empregado para indicar a identificação do problema
que constitui o objeto de intervenção através de nossas variadas técnicas. A forma de identificação é feita
através da escuta minuciosa das queixas do cliente, bem como detalhes sobre a sua vida e o contexto em
que está inserido, durante a entrevista inicial. Só assim poderemos ter um diagnóstico preciso e
poderemos promover uma programação terapêutica eficaz.
Podemos dizer que o diagnóstico na Terapia Holística referese ao reconhecimento de um todo,
através dos seus componentes elementares e estes elencados através da minuciosa investigação feita
durante a entrevista inicial.
No entanto, devemos observar que diferente da Medicina, onde o diagnóstico configura um processo de
reconhecimento de um caso clínico específico colocado em face de um sistema teórico de referência, o
sistema nosológico, na Terapia Holística, não tem um sistema teórico central, um sistema nosológico e
sim, algo disperso pelas várias técnicas que podemos utilizar, daí ser recomendação do próprio Sindicato
dos Terapeutas, ao invés do uso do termo diagnosticar, utilizarmos o termo, avaliar.
O diagnóstico nos levará a reconhecer uma necessidade terapêutica. A avaliação terapêutica nos levará a
desenvolver um programa terapêutico.
É recomendação do Sindicato não só utilizar o termo ―avaliar‖ em lugar de ―diagnosticar‖, bem como
outros tais quais ―doença‖ e sim ―disfunções ou desequilíbrios energéticos‖, medicamentos e sim
―remédios‖, curar e sim ―harmonizar, equilibrar‖.
CONFLITOS EMOCIONAIS
ÓRGÃOS, GLÂNDULAS E SISTEMAS ENVOLVIDOS
Buscar definir o que seja a personalidade é tarefa delicada por conta da natureza da matéria. São várias
teorias e muita controvérsia em relação ao tema. Uma corrente promove a idéia de que todos os seres
humanos nascem com capacidades potenciais iguais e que a diferença entre eles, vai ocorrendo conforme
as influencias ambientais. Nesta corrente, o que diferenciaria Einstein, por exemplo, dos demais seres
humanos seriam as circunstâncias do meio ambiente onde ele se desenvolveu. Outra corrente promove a
idéia de que a personalidade é formada a partir da constituição biológica do individuo, onde a genética
não definiria tão somente os aspectos físicos constituintes do individuo como cor dos olhos ou cabelos,
mas também, determinaria seu temperamento e demais traços de sua personalidade.
São dois extremos os quais podemos unir em equilíbrio, ou seja, a personalidade seria o conjunto de
características no interior de nosso ser, formado a partir de nossa herança genética, de nossas vivencias
únicas e da forma que percebemos o mundo, capazes de tornar cada ser humano único em seu modo de
ser e de interagir com a sociedade em que se insere. Voltemos então ao tema central que é a promoção do
auto conhecimento de nosso cliente ou de nós mesmos. Vemos que baseado na definição do que seja
personalidade, buscando harmonizar duas correntes, temos como um dos pontos principais na formação
desta, as forças do contexto social em que estamos inseridos, forças estas que agem de forma benéfica ou
maléfica, a partir do nosso modo de ver e interagir com este mesmo contexto social.
Conforme for este olhar, o indivíduo terá reações e padronizações de comportamento que irão marcar a
sua conduta diante do mundo e de si mesmo. Por vezes, esta conduta nos leva a sofrimentos que poderiam
ser evitados, mas que no modo contínuo de nossa conduta, vão sendo
cristalizados afetando nosso psiquismo, criando um desequilíbrio energético, nos fazendo por vezes
adoecer fisicamente. A estas condutas chamaremos de estruturas defensivas e é sobre estas estruturas que
falaremos a seguir. Nos pautaremos na conceituação dada por Alexander Lowen, criador da terapia
Bioenergética, uma técnica terapêutica que alia princípios da Psicanálise com um trabalho a nível
somático.
ANÁLISE ESTRUTURAL
Lowen utiliza cinco termos para identificar cinco grupos distintos de estruturas (padrões).
OBS: Os termos utilizados por Lowen encontram semelhanças em termos utilizados na psiquiatria e na
verdade, a princípio, tem em seu entendimento, uma base correspondente, mas devemos ter cuidado a
utilizar os termos uma vez que estes são mais conhecidos por seus significados na psiquiatria ou
psicanálise, o que pode até mesmo chocar a leigos em nossa temática ao ouvi-los em um consultório, por
exemplo. Penso até mesmo em que o aluno poderá se chocar em um primeiro momento ao ler os termos,
seus significados e perceberem algum enquadramento nestas características, mas digo, que tudo isto faz
parte do processo de aprendizado desta técnica que assim como as demais exigem por conta do bom
senso, e no caso específico da Psicoterapia Holística, por artigo no nosso código de ética, que nos
utilizemos dela antes de a utilizarmos em outras pessoas.
Estes termos são referências e ao lado de cada uma serão utilizados termos que o caracterizam como bem
fez Luis Antonio Berto, que desenvolve estudos sobre a Terapia Energética.
ESQUIZÓIDE – que chamaremos aqui de DESCONECTADO, ou seja, que se ―desliga‖, distrai, ―viaja‖.
ORAL – que chamaremos aqui de CARENTE, ou seja, que sente um desamparado. PSICÓTICO – que
chamaremos aqui de CONTROLADOR, ou seja,
que busca dominar.
MASOQUISTA – que chamaremos aqui de INVADIDO, ou seja, que sofre opressão.
RÍGIDO – que manteremos aqui o termo, ou seja, que gera tensão.
É importante saber que estes padrões de defesa podem tanto ter sido gerados por vivencias traumáticas
como pelo fato de ao longo da história pessoal do individuo terem sido atitudes que serviram de exemplo
e que o individuo utiliza-se de forma sistemática, se cristalizando como o
procedimento padrão. Estamos aqui falando de padrões de comportamentos que se manifestam de forma
inconsciente. Aponta-lo ao individuo e faze-lo percebe-los de forma consciente, é o primeiro passo para
lidarmos com eles e conseqüentemente, transforma-los.
Percebe-las possibilitará ao individuo tomar atitudes diante delas, em um processo que veremos mais
adiante no curso e que chamamos de Expansão da Consciência.
Como vimos no módulo anterior, na infância, as posturas defensivas se manifestam sobre tudo no corpo.
Por vezes, estas defesas são úteis para o próprio bem estar da criança, o que não ocorre na fase adulta,
pois teremos aí uma fixação em atitudes com características infantis e que
não são adequadas nem pertinentes à fase adulta. Pois estas atitudes agirão como limitadores do auto-
desenvolvimento do individuo sobre vários aspectos. Os desafios devem ser enfrentados e é este
enfrentamento que vai nos amadurecendo e nos fazendo tomarmos posturas que não por outro motivo são
chamados de atitudes maduras diante das situações da vida.
Deves perceber caso esteja desde já utilizando este estudo para seu autoconhecimento ou formando um
saber para futuramente lidar com clientes, que é bem difícil o individuo não se apegar a padrões de
defesa, visto que assim como na visão infantil, ele ainda vê benefícios em continuar as utilizando, sem se
dar conta, no quanto o limita quanto pessoa e quantos malefícios podem não só causar a si mesmo como
aos outros. Vamos agora pontuar cada padrão, apontando suas características e a distorção de percepção
em relação ao mundo que cerca este indivíduo. É a partir destas informações que o terapeuta poderá
começar a construir uma programação de atividades que irá promover as mudanças de comportamento no
cliente ou em você mesmo.
DESCONECTADA
Temos como característica principal no comportamento deste indivíduo o ―ser desligado‖. Esta postura é
conseqüência de uma insegurança em relação ao enfrentamento de uma realidade que nem sempre se
apresenta de forma agradável. A hostilidade do mundo e a falta (que ela imagina ter) de tato no trato com
esta realidade, a faz não querer tomar consciência dos fatos da vida.
CARENTE
Temos como característica principal no comportamento deste indivíduo uma fragilidade que parte
claramente de uma postura infantilizada. Crê piamente que sua visão de mundo é clara e que ele é uma
vitima tão hostil este mundo se apresenta. Descobrir a criança que temos em nós faz parte inclusive do
processo de amadurecimento, mas acreditarmos sermos frágeis como uma criança e esquecermos o adulto
que nós somos pode trazer problemas e os trazem.
CONTROLADORA
Temos como característica principal no comportamento deste indivíduo à crença de que ele é um grande
guerreiro com batalhas infindas a lutar e que a vida é assim mesmo, um grande mar de problemas (e que
quando não existe ele cria) e as pessoas a sua volta são seus escudeiros neste empreitada. Daí o convívio
com os outros ser bastante difícil, pois nem sempre estes querem seguir ―suas ordens‖, ―suas verdades‖, o
que é um absurdo para ele, pois ele tem o ―poder total‖, o ―saber total‖, enfim, ele é o senhor de seu
destino e também dos outros.
INVADIDA
Temo como característica principal no comportamento deste individuo, a interiorização excessiva, uma
postura de quietude, mas não de serenidade e sim, de um sofrimento por conta de uma posição de baixa
auto-estima. Não se abrem ao mundo por medo de se tornarem vitimas
destes. Controlados, ―invadidos‖ em sua privacidade, descobertos em suas dificuldades.
RÍGIDA
Temos como característica principal no comportamento deste individuo, um conservadorismo excessivo,
onde qualquer mudança no modo de vida e em suas crenças não é bem vindo. Vive num mundo de
aparências onde tudo estará sempre em ordem e bem se nada mudar. Não existe autenticidade na sua fala
e no seu pensar, mas tão somente, a busca de manter-se sempre com o que se diz ser politicamente
correto.
Características psicossomáticas
Segundo Lowen temos que estas defesas são manifestações muito fortes de nosso inconsciente. Daí
importantes de serem percebidas pelo terapeuta visto que todos nós somos influenciados por estas
elaborações de nosso inconsciente e que acarretam posturas comportamentais que fogem de nosso
entendimento, muitas vezes gerando padrões negativos de ação e reação diante de nós mesmos e dos
outros. Estes padrões criam por vezes falsas crenças, mas que absorvemos como verdades absolutas
prejudicando nossa atuação no mundo.
As características que serão apresentadas serão agrupadas por cada padrão de defesa e o terapeuta deverá
utiliza-las para ir pontuando as características apresentadas pelo cliente ou por ele mesmo, caso em
processo de auto-conhecimento. Todos nós apresentamos uma determinada combinação destas
características, sendo que, a predominância de um grupo de características que dará a identificação do
padrão aliado as características gerais apresentadas anteriormente.
Ao avaliar cada item e sua manifestação atente que a vivencia real do fato não é tão relevante quanto à
experiência de sensação do fato.
Um exemplo para ficar claro: ―alguém que não sofreu uma humilhação, mas se sente humilhada‖ ou
―alguém que esta presente entre pessoas desconhecidas e que não estão lhe dando nenhuma atenção, mas
que ela sente que estão a observando ou mesmo fazendo comentários negativos sobre sua pessoa‖.
O desenvolvimento deste trabalho de percepção por parte do terapeuta demanda vivência de consultório,
daí a importância dele se auto avaliar antes de qualquer coisa e freqüentemente, realizar auto analises de
manutenção.
O terapeuta irá trabalhar de forma a avaliar quantitativamente e qualitativamente cada item apresentado.
Como quantitativo devemos entender o anotar direto a quantidade de itens apresentados em cada padrão.
Como qualitativo, a forma de percepção consciente do cliente.
Neste caso, volto a dizer que é um trabalho que demanda vivência e que ao longo do tempo, vai se
aprimorando, visto que muitas vezes, o cliente deixará claro para o terapeuta existirem em seu
comportamento, determinadas características e outras não, sendo expressas através de atos falhos.
OBS Ato falho sendo a fala ou gesto que a princípio mostra-sefora de contexto, mas que nada mais é do
que uma expressão do inconsciente – ex. você pergunta ao cliente se ele se sente sozinho e ele diz para
você: não pai ou você pergunta se ele se sente bem fisicamente e ele ao mesmo tempo em que diz que sim
leva a mão ao abdômen.
Feito a avaliação, o terapeuta terá material para começar o processo de aconselhamento, estimulando o
cliente a refletir sobre as características que foram apresentadas.
Segue abaixo a tabela com várias características baseada na pesquisa de Brennan Perceba que ao lado
existe uma coluna onde você poderá ir marcando ao longo da entrevista de avaliação, as características
manifestadas. Ou seja, as tabelas abaixo podem ser impressas e xerocopiadas para sua utilização não só
para auto-avaliação, mas também para os futuros clientes.
VAMOS AGORA PARTIR PARA UMA ANÁLISE COM OBJETIVOS PRÁTICOS.
CLIENTE DESCONECTADO
Pontos a serem observados:
Experiência base: REJEIÇÃO
Problema principal: TERROR DA EXISTÊNCIA
O não desejo de interagir com outras pessoas ocorre por conta de uma hostilidade que acredita ocorrer a
partir deste contato por parte do outro.
Suas necessidades:
Sentir-se seguro no mundo, aprender a se ligar às pessoas afetivamente, viver o momento presente.
Interagindo com o Desconectado:
Peça permissão para toca-la. Peça-a que faça movimentos físicos, do tipo, de pé dobrar os joelhos. Sorria
sempre e peça que ela sorria. Motive-a falar o máximo possível. Faça-a compreender que esta lá buscando
ajuda. Faça-a repetir que se sente segura ali, ―eu me sinto segura aqui‖. Faça-a perceber a amabilidade por
parte dela e que tem correspondência na sua. Faça-a ir se abrindo aos poucos, para falar sobre os
relacionamentos humanos, amor, carinho, amizade, namoro.
CLIENTE CARENTE
Pontos a serem observados:
Experiência base: CARÊNCIA AFETIVA
Problema principal: INSACIEDADE
Medo de nunca terem o suficiente, conseqüentemente, buscam sem limites que os outros o satisfaça.
Tornam-se verdadeiros sugadores de energia alheia. Vivem se desapontando. Geralmente acreditam
serem elas que vivem sufocadas no seio familiar, no trabalho, nos relacionamentos, pois acreditam
estarem sempre dando mais que recebem.
Suas necessidades:
Sentir-se querido com toda a força do afeto na mesma medida que tem afeto para dar ao próximo.
Interagindo com o Desconectado:
Primeiramente não deixa-lo se posicionar de forma a começar a exigir de você, mas sim, de que ali existe
uma troca. Pedir para toca-lo e pedir para que o toque também. Falar sobre as trocas humanas e que nem
sempre são feitas na mesma intensidade, visto que as pessoas não são iguais, logo, a intensidade de
expressar seus afetos também não.
CLIENTE CONTROLADOR
Pontos a serem observados:
Experiência base: TRAIÇÃO
Problema principal: NÃO CONFIA EM NINGUÉM
A postura de controle sobre as pessoas parte desta desconfiança na capacidade do outro sendo ele o único
sabedor de como agir, o que todos devem fazer, etc Geralmente com experiências na infância referentes a
promessas não cumpridas. Excesso de responsabilidades neste período de vida também são pontos a
serem observados. Este excesso gera uma insegurança de não ser capaz de satisfazer as expectativas dos
pais, sendo que uma vez suportado o fardo, ocorre um não reconhecimento (traição).
Suas necessidades:
Sentir-se seguro e confiante em relação aos outros. Para de tentar controlar a tudo e a todos. Não buscar
ter mais atribuições do que é capaz buscando um reconhecimento. Aprender a lidar com as imperfeições
do mundo e as suas próprias.
Interagindo com o Controlador:
Busque não olha-la nos olhos e caso ela exija ou comente este fato, diga que você precisa ouvi-la e esta
sua postura o ajuda a se concentrar. Demonstre que a sua presença ali demonstra confiar em você.
Estimule-a falar sobre confiança. Falar sobre as expectativas que espero dos outros. Estimule a falar do
seu excesso de atividades e se já não é hora de se organizar de maneira a manter a mesma produtividade,
mas sem se desgastar tanto. Busque faze-la compreender que as pessoas são diferentes umas das outras e
que cada um tem sua maneira de se expressar e reconhecer os esforços do outro.
CLIENTE INVADIDO
Pontos a serem observados:
Experiência base: CERSEAMENTO DE EXPRESSIVIDADE
Problema principal: O MEDO DE INVASÃO DE SUA PRIVACIDADE
O Invadido de certo viveu na infância em um ambiente onde pensamentos, idéias e criatividade eram
controladas. Com isto, carecem de autonomia, criando uma insegurança no que tange agir de forma
própria. Geralmente não pensam no futuro e em criar expectativas, vivendo tão somente o presente.
Suas necessidades:
Sentir-se auto-suficiente. Ter liberdade de agir e traçar seu destino. Ter liberdade de se expressar.
Interagindo com o Invadido:
Estimule-o a refletir sobre o que o impede de se expressar, de agir, de traçar projetos. Fale sempre de
forma a buscar a colaboração dele em participar ou mesmo, sugerir reflexões. Faça com ele um exercício
onde irá elaborar um projeto pessoal.
CLIENTE RIGIDO
Pontos a serem observados:
Experiência base: DIFICULDADE EM TER PRAZERES
Problema principal: FALTA DE AUTENTICIDADE
O Rígido na infância pode ter se desenvolvido em um ambiente tenso e tido experiências desagradáveis
como pais alcoólatras, infiéis, com muitas doenças, desavenças entre eles. Brigas a noite e paz durante o
dia. Uma ilusão de perfeição. Supervalorização das aparências, como se vestir bem. Geralmente um
orgulho extremo de ser quem é acompanhado de um vazio profundo de não saber bem o que faz na vida.
Por não ser autentico, tudo vive na superficialidade, tanto nos relacionamentos quanto nas relações
profissionais e familiares.
Suas necessidades:
Sentir-se autentico. Conhecer seus reais desejos independente do que os outros pensam. Descobrir no
fundo, quem realmente é e o que busca na vida. Viver experiências novas e não repetir as mesmas
experiências que já conhece e as quais, se apega.
Interagindo com o Controlador:
Estimule-o a falar do seu dia a dia e o que poderia fazer para torna-lo diferente. Fale sobre felicidade e a
relação desta com realizações. Peça a sua opinião sobre alguns assuntos e argumente contrário
estimulando um debate de idéias diferentes, onde ele irá reforçar o que pensa, mas perceber outras formas
de pensar.
Devemos ter a certeza que a consciência é a chave para a liberdade de se poder viver e sentir todas as
coisas de forma plena e saudável. Em equilíbrio, mente e corpo sob uma clareza consciente, promove a
potencialização do que é bom e a dissolução do que é ruim.
Uma das formas de expressarmos nossos sentimentos é através da palavra dita, que por vezes, por não ser
dita ou dita de forma inadequada, podem acarretar problemas ao indivíduo. Façamos fechando este
módulo, um estudo sobre as dificuldades de expressão e como orientarmos o cliente em superar esta
dificuldade.
O primeiro passo é orienta-lo em situações onde ele tem a necessidade de deixar transparecer um
incomodo e sentimentos negativos, de sempre se dirigir ao outro falando de si e não do outro
propriamente dito.
Um exemplo:
Ao invés de dizer: ―você é muito controlador, você me invade demais‖! Oriente-o a falar de si embora
expressando o mesmo descontentamento com a situação como, por exemplo: ―eu me sinto controlado
quando você age deste modo‖ ou ―eu me sinto invadido quando estou perto de você‖.
Ao mesmo tempo em que o indivíduo expressa seus sentimentos, o percebe em si mesmo através das
palavras. Outros exemplos:
Ao invés de: ―Você é um safado, um cachorro‖.
Utilize: ―Eu não me sinto bem quando você age de tal e tal forma. Na realidade, eu me sinto um lixo...‖
Ou no caso: ―Você está louco! Nem morto eu vou fazer essa m**** que você está me pedindo.‖
Utilize: ―eu não vou fazer o que você está me pedindo porque se eu o fizer, EU vou me sentir muito mal
comigo mesmo(a). Não vai dar, pois não posso passar por cima de mim mesmo(a) e sei que se fizer isso,
depois ficarei com um sentimento muito ruim dentro de mim. É algo meu, não tem nada a ver com você.
Eu não ficarei bem comigo. Me sentirei muito desconfortável Por isso não poderei fazer o que você está
me pedindo.‖
Obviamente estes são apenas alguns exemplos, sendo o discurso adaptado pelo cliente. Os exemplos
servirão tão somente para mostrar o cerne da questão que é o individuo estar sempre se posicionando de
alguma forma, se questionando, refletindo sobre si mesmo, se auto-observando. Começando a agir assim,
a pessoa irá ganhando desenvoltura com essa forma de expressão até chegar o dia e a situação na qual
consiga dizer, sem se alterar, com senso de adequação e impostação, em equilíbrio e maturidade
emocional, coisas do tipo como no diálogo abaixo.
Pára. Eu não quero que isso continue.
O outro - Por quê?...
Não sei. Só sei que não estou me sentindo bem com esta situação.
Algo errado que eu fiz? Dá pra ser de outro jeito?
Não. Não dá pra ser de outro jeito. Não tem nada a ver com certo ou errado. Só sei que não estou me
sentindo bem e não quero que isso continue. Não sei dizer ainda nem o que está me incomodando. Se um
dia, ou em algum momento, eu souber o que está ruim pra mim, e houver
uma oportunidade, eu posso até lhe dizer o que é. No momento, só sei que eu não quero que isto continue.
Chega.
Ou ainda:
Eu me senti roubado(a) quando você fez isso ...
Você está me chamando de ladrão?!...
Eu não estou lhe chamando de nada. O que você é, ou como você se sente, é uma questão pessoal e íntima
sua, cabe unicamente a você descobrir e definir isso. Investir o seu tempo e sua energia nisso. Isso não me
cabe. Cabe a você. O que acontece, o que eu disse, é que EU me senti
roubado(a) quando isso aconteceu. Estou lhe expondo isso com sinceridade e, neste momento, com
tranqüilidade, pois estou me direcionando e fazendo o necessário para que isso não volte a ocorrer em
hipótese nenhuma. Neste momento, me expressando desta forma pra você, também
espero que o nosso contato a médio e longo prazo possa ser preservado e mantido dentro do respeito e da
consideração mútuos, pois de outra forma, vejo possibilidades de que isso também possa ser perdido.
Acredite: pode ser difícil para você estar ouvindo isso, mas lhe asseguro, e tenho convicção de que você
pode sentir isso através do que estou manifestando agora, que também não é fácil para eu falar essas
coisas e estar aqui diante de você podendo olhá-lo com sinceridade e autonomia. Pelo contrário: este
momento
MEDITAÇÃO
O mestre tibetano Chogyam Trungpa define meditação como sendo um exercício de atenção plena e de
consciência panorâmica, ou seja, na meditação você procura estar plenamente consciente e presente em
cada momento vivido, sentindo corpo e ambiente onde está, sem se perder nos pensamentos.
É uma prática espiritual entendendo espiritualidade aqui, como a conexão do ser humano consigo mesmo
e com planos superiores que podemos chamar de Divino ou outro nome que queira.
PS1 Temos que ficar atentos em não misturar espiritualidade com religião.
Esta prática por sua natureza, estimula a atenção e a consciência do instante presente, conseqüentemente
produzindo um estado mental mais estável e tranqüilo, o que é de grande importância principalmente nos
dias atribulados de hoje.
A atenção plena não é somente aplicada em momentos de contemplação, mas também, em momentos de
ação, como na dança, pintura e até mesmo lavando pratos. São formas tão válidas quanto a clássica e
conhecida meditação contemplativa que vemos os monges praticando sentados, pois a essência de todas é
a mesma, a atenção plena no aqui e agora.
O Chanoyu, a cerimônia do chá chinesa, por exemplo, tem a natureza de um processo meditativo por
conta de toda a sua ritualística detalhista e de gestos que estimula a atenção plena e a consciência do
momento presente. Um simples servir de chá transforma-se em um processo bem mais amplo, um
momento de meditação. É sobre este exercício de atenção plena e de consciência panorâmica que iremos
tratar neste tópico, não só conhecendo a teoria,
fazendo reflexões sobre sua natureza bem como, a prática para ser por você utilizada e por seus futuros
clientes.
A NATUREZA DA MEDITAÇÃO
A primeira idéia que vem a mente quando se fala de meditação é alguém sentado de olhos fechados,
pernas cruzadas, mãos apoiadas no joelho e respirando pausadamente. Esta é uma forma clássica de
meditação, mas não a única.
Existem varias formas de penetrarmos neste momento de introspecção que como já dito, nos leva a uma
atenção plena de nosso corpo e do meio ambiente apaziguando nossa mente. Agora, temos te ter claro que
a ação não é a questão (a postura sentada, de olhos fechados, etc, etc), mas sim, a qualidade desta ação,
como dizia Mohan Chandra Rajneesh conhecido popularmente como Osho, que morreu em 1990.
―Para colher os frutos da meditação, não precisamos nos isolar, mas, pelo contrário, incorporar a prática
meditativa ao nosso cotidiano‖, é o ensina o médico Jou El Jia, presidente da Sociedade Brasileira de
Meditação Médica.
Esta é a natureza da meditação, estar atento a cada momento, o que pode parecer simples, mas requer uma
mudança de postura diante da vida, afinal, aprendemos que para resolver os problemas temos que pensar
neles e o resultado desta postura é que passamos horas do dia com a atenção dispersa em algo que já
passou ou que irá ainda acontecer, o que gera angustia pelo o que já passou e ansiedade pelo o que virá.
Nos diz Dalai Lama, ―só existe um momento para ser vivido, o agora, pois o antes já passou e o que virá
ainda não existe‖.
Meditar é exatamente isto, concentrar-se no presente de forma plena. Ao tomar um banho, por exemplo,
fique atento ao que está fazendo, sentindo a água, a esponja pelo seu corpo. Ao lavar pratos, não se
disperse, se concentre na cor da esponja, na espuma, na forma dos pratos, no som
da água. O tempo gasto no transito, por exemplo, pode ser aproveitado para meditar, diz Jou El Jia,
―observe cada respiração e entoe um mantra. Isto trará um grande bem estar físico e emocional‖. O
monge budista Thich Nhat Hanh ensina uma técnica baseada na observação da respiração e das passadas.
A cada inspiração conta-se o número de passos assim como o número de passos é contado a cada
expiração. Ao inspirar veja o número de passos, foram três, então diga mentalmente ―dentro, dentro,
dentro‖. O mesmo numero de passos foi dado na expiração? Então diga mentalmente, ―fora, fora, fora‖.
Veremos mais à frente momentos comuns do nosso dia que poderão se tornar momentos de maior
qualidade por conta de nossa consciência da natureza da meditação e a mudança que iremos promover na
nossa postura diante da vida a partir desta consciência.
BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS
Este Curso é direcionado não só a promoção de um auto-conhecimento por parte do aluno, mas também,
do aprendizado de técnicas que serão utilizadas no aconselhamento na prática como terapeuta holístico.
Daí nesta seção do tópico veremos os benefícios terapêuticos da meditação para logo após retomarmos as
reflexões sobre ela. Já vimos a natureza dos males psicossomáticos e daí será fácil entender o porque das
respostas físicas aos estados alterados de
consciência. A meditação produz esta alteração no estado da consciência e conseqüentemente, a atividade
do sistema nervoso simpático cai, os batimentos cardíacos diminuem, o metabolismo fica mais lento, o
fluxo sanguíneo.
A meditação libera endorfina que provoca a sensação de alegria e bem estar, bem como, diminui a
produção de adrenalina e cortisol, hormônios que são produzidos em situação de estresse, além de
radicais livres que são substancias que atuam no envelhecimento humano.
A auto-estima se eleva visto que com o alto poder de concentração, o indivíduo aumenta sua capacidade
de aprender coisas e se raciocinar com maior qualidade, por conta do aumento do fluxo sanguíneo
aumenta em determinadas regiões do cérebro. Fora que você já sabe, que ocorre um reforço no sistema
imunológico por conta de todas estas alterações, ficando o organismo mais resistente a doenças
psicossomáticas como gastrite, enxaqueca, etc.
Pesquisas diversas estão sendo feitas com destaque para a do psicólogo Richard Davidson, da
Universidade de Wisconsin, que comprovou de forma brilhante os efeitos da meditação no que tange a
reestruturação de nossa massa cinzenta.
Davidson comprovou que as conexões neurais do cérebro podem ser modificadas a partir de atividades
puramente mentais. Reunindo um grupo de budistas com milhares de horas de meditação descobriu que o
córtex frontal esquerdo destes tinha uma atividade maior do que um outro grupo que nunca fizera
meditação. Davidson então reuniu um grupo de trabalhadores que nunca fizera meditação e os colocou
em treinamento, o resultado foi o aumento da atividade nesta região do cérebro. Ou seja, é fato que a
meditação é um dos mais eficazes instrumentos para o aumento da qualidade de vida por conta de todas
as alterações que produz no corpo físico e mental.
Conhecer as diversas técnicas e organizar uma padronização para aplicação terapêutica é uma boa opção
para o terapeuta holístico, ou seja, para você conhecer.
Estas técnicas são muitas e vou aqui colocar algumas com pequenos comentários e cabe a você buscar se
aprofundar em uma delas ou mesmo, ler mais a respeito de algumas e extrair informações para você
organizar o seu próprio padrão de aconselhamento no que tange a prática
meditativa. Mais à frente colocarei uma forma de condução de meditação passo a passo, mas por
enquanto, fiquemos com o estudo de algumas técnicas como referência para um posterior
aprofundamento de sua parte.
As Técnicas
Nas técnicas clássicas o meditador busca alcançar o silencio tanto interior quanto o exterior, daí a
necessidade de um local silencioso onde ele possa estimular o fluxo de energia que existe transitando no
corpo, o despertando gradualmente e o fazendo transitar entre os centros energéticos do corpo (chamados
de chakras – do sânscrito ―roda‖). Mas existem as técnicas que buscam atingir a atenção plena em si
mesmo e no ambiente, ou seja, nestas, as tarefas e os fatos do cotidiano passam a serem as referencias
para ser vivenciada o processo meditativo.
No Livro Tibetano da Vida e da Morte, existe um principio budista que diz: integrar a meditação à ação é
a base, objetivo e propósito. Do Ocidente, temos a escola de Georges Gurdjieff, falecido em 1949, e que
percorreu o mundo para sistematizar tradições do oriente e ocidente em uma só corrente. Segundo
Gurdjieff, a vida atribulada faz com que as pessoas se separem delas mesmo, num processo dispersivo,
mas que, a partir de um treinamento meditativo, a atenção plena é retomada e nos harmonizamos em
nosso silencio interior. Esta busca, segundo ele, ―deve ser buscada na vida como ela é e não na paz dos
mosteiros‖.
No caso, a agitação e o caos seriam o estímulo para a meditação e lutar contra as distrações dos
sentimentos, seria o objetivo.
Meditação Zen Budista – é na verdade não uma técnica, mas uma corrente meditativa que é composta por
diversas técnicas, dentre elas, uma muito interessante que é do monge budista Thich Nhat Hanh que é
praticada no caminhar, aonde o caminhante vai contando os passos e sincronizando estes a respiração.
Meditação Raja Yoga – ligada ao Yoga onde em determinada posição e de olhos abertos e não fechados,
o meditante mentaliza aspectos positivos da natureza humana como os sentimentos de amor, generosidade
e compaixão.
Meditação Transcendental – técnica de grande penetração no Brasil, desenvolvida pelo guru indiano
Maharishi Mahesh Yogi e que se pauta na repetição de um som pessoal, somente conhecido pela própria
pessoa.
Meditação do Som Primordial – parecida com a MT (meditação transcendental) e criada por Deepak
Chopra, que também consiste na repetição de um som chamado de primordial e que está associado com a
hora, data e lugar em que o meditante nasceu.
Meditação Cristã – resgatada pelo monge beneditino inglês John Main (1926-1982), que também se
utiliza da repetição de um mantra, sendo o mais comum ―maranatha‖ que em aramaico significa ―vem
Senhor‖.
Meditação Dinâmica – criada pelo líder espiritual Moan Chandra Rajneesh (Osho) para ser utilizada no
Ocidente e que utiliza danças, sons e movimentos de várias culturas.
Meditação Self – desenvolvida pelo yogue Paramahansa Yogananda e que agrupa uma série de técnicas
visando o contato do praticante com o Divino através das vivencias experimentadas na sua prática.
Dentre estas existem outras e cabe você buscar ampliar seu conhecimento a respeito não só se
aprofundando nas referências que foram apresentadas aqui bem como, em outras que você poderá buscar
em pesquisa.
Um outro item importante no processo meditativo é a respiração, e abaixo seguem trechos do livro Heróis
Olímpicos Brasileiros, de Kátia Rubio, onde você poderá ver a aplicação, efeito e eficácia da respiração
consciente em uma atividade que requer o máximo de exploração do
potencial do indivíduo que é o esporte.
“Respire e concentre-se antes de começar”, diz a treinadora Adriana Alves a sua pupila Daiane dos
Santos. “Sempre respiro fundo antes de começar minha série”, diz Daiane.
Lembra da Hortênsia, a nossa rainha do basquete? Antes de cada lance livre, Hortência parava, trazia a
bola ao peito, erguia os ombros para inspirar e soltava-os ao expirar. Só então arremessava. E sempre
acertava.
O Yoga ensina exercícios de respiração, chamados de pranayamas, que buscam obter e controlar a energia
vital, o prana. O que estas duas atletas faziam e fazem dentre tantos outros, nada mais é do que buscar
esta energia no momento da inspiração.
Ao meditar e veremos mais à frente, a observação e controle da respiração é fundamental para atingirmos
o que buscamos nesta prática, que é a atenção total.
PREPARAÇÃO
O que iremos estudar agora deverá ser realizado por você antes de repassa-lo em forma de
aconselhamento terapêutico para os clientes que achar necessário pratica-lo.
Meditar requer concentração e você deve imaginar que isto não é fácil. Nossa mente divaga com muita
facilidade e ao tentar se concentrar para meditar, logo vem o pensamento em algo que se passou ou algo
que você terá que fazer, enfim...
Nossa mente é irrequieta e apazigua-la é o primeiro passo. E como fazer isto? Aceitando o fluxo dos
pensamentos como se eles fossem cenas de filme. Você perceberá que eles vêm e vão. Tudo é
impermanente como descobriu Sidarta Gauthama (o Buda) em suas práticas meditativas.
Fixe no foco, no seu objetivo, que é a concentração, sem se importar com os pensamentos que irão surgir,
pois como dito, assim como eles virão eles partirão e com o tempo e disciplina, você terá o total controle
sobre a situação de concentração.
Importante fazer diariamente e com pouco tempo, pois de nada adiantará ficar uma hora meditando, se a
maior parte deste tempo você estará tentando se concentrar. Cinco minutos por dia para começar e o ideal.
A concentração plena se dá a partir da plena atenção, que é a natureza da meditação como já vimos. Para
isto existem várias técnicas que utilizam um ponto de concentração, seja a respiração ou a visualização de
uma imagem mental, como um círculo, por exemplo. A respiração como ponto de concentração, para
quem está iniciando é o melhor caminho. Treine a atenção percebendo o fluxo da respiração, o inspirar e
expirar harmonioso e contínuo.
Devemos observar também e isto deve ser repassado ao cliente, que ao se começar a meditar, a sensação
pode não ser tão agradável. A pessoa começa a perceber que sua mente é um verdadeiro turbilhão de
pensamentos e que seu corpo tem diversos pontos de tensão que antes não eram percebidos. Com o passar
do tempo, no entanto, a dispersão mental e os pensamentos banais começam a desaparecer de forma
natural. A partir daí o indivíduo começará a sentir os benefícios desta prática.
Por isto o primeiro conselho para quem nunca fez meditação é a prática diária de 5 minutos tão somente.
Posição confortável, olhos fechados, respiração sendo observada para se manter a concentração e deixar
que os pensamentos fluam sem se fixar neles. Após um mês, não só você e seu cliente perceberão que vai
se criando uma necessidade interna no individuo de uma prática diária, como também que a dispersão nos
pensamentos vai desaparecendo. Obviamente isto não é uma equação matemática, podendo o indivíduo
conseguir a plenitude da atenção em menos ou mais tempo. Faça você esta experiência e me escreva ao
fim de um mês assim como deverá orientar seus futuros clientes que você perceber necessitarem desta
prática para resolução de seus casos, a retornar ao consultório um mês depois para conversarem sobre os
resultados.
Findo esta preparação você estará pronto para iniciar-se em uma técnica.
Colocarei uma aqui como exemplo e que gosto muito e que não foi citada anteriormente nos exemplos de
técnicas utilizadas. Baseia-se no Vipassana (pronuncia-se Vipáchana).
O atual líder mundial da prática do Vipassana é Satya Narayan Goenka. Herdeiro da tradição birmanesa
do Vipassana. A técnica chegou a Birmania cerca de 200 anos antes de Cristo. A técnica foi ensinada no
passado por enviados de Ashoka, soberano da antiga Índia, com intuito de divulgar os ensinamentos de
Sidarta Gautama. Ou seja, esta é uma prática chamada de theravada que significa ―de raiz‖, daí a ser
praticada em todos os centros de budismo de linhagem indiana onde a formalidade e tradição são
mantidas de tal forma, que até hoje seus praticantes estudam seus conceitos em palí, que era a língua de
Sidarta.
Goenka foi iniciado em 1 955. Quatorze anos depois ministrava seu primeiro curso e daí para frente, a
técnica se espalhou pelo mundo. Eu particularmente vejo a Vipassana como um treinamento mental que
dá ênfase à técnica, sem dogmatismos.
Atingir ao auge do processo meditativo na Vipassana leva cerca de 10 dias, quando daí para frente, a
prática diária irá levando o praticante a vivenciar todos os seus benefícios.
Nos três primeiros dias devemos utilizar de um procedimento chamado Anapana, que vem a ser um
Pranayama, que já vimos anteriormente tratar-se de uma postura respiratória.
1o. dia – Por cerca de 1 hora o praticante deverá se ater em profunda concentração no ato da respiração.
Conscientizar-se dela de forma plena, mantendo nela a atenção.
Para isto, sente-se confortavelmente em uma cadeira mantendo a espinha ereta, os olhos fechados e os
músculos relaxados. Vá respirando, se atendo neste processo de inspirar e expirar.
2o. dia – Por cerca de 1 hora o praticante deverá agora ficar atento ao toque do ar nas narinas.
Experimente neste momento de leitura inspirar e respirar e perceba o que é dar atenção ao toque do ar nas
narinas.
3o. dia – Por cerca de 1 hora o praticante deverá buscar sensações na região do nariz. Entendendo-se
como sensações desde calor até a picada de um mosquito, de uma coceira até uma vibração. Somente a
partir do quarto dia que você começará o Vipassana propriamente dito.
4o. até o 10o. dia – Agora sem tempo, na mesma posição apresentada no processo de Anapana, o
praticante deverá ir sentindo cada parte do corpo em busca de sensações. Esta busca deve ser feita de
forma mental, localizando mentalmente cada parte do corpo. Começando pela cabeça, a face detalhando
olhos (que estão fechados), boca (que está semiaberta) e assim por diante, descendo pelo pescoço até
chegar as plantas dos pés. No entanto, o praticante só deverá deslocar a mente de um ponto para outro
quando sentir alguma sensação no ponto anterior. Qualquer sensação, seja ela dor, frio, calor, coceira,
peso, formigamento, etc, etc.
Neste processo, não haverá nenhum juízo sobre se a sensação é ruim ou boa e é aí que reside o grande
segredo desta prática. Conta-se na história de Sidarta Gautama a quem é atribuída a criação Do
Vipassana, que ele investigou no seu corpo a causa da miséria humana. Foi através da meditação que
descobriu que o sofrimento vinha do apego que temos pelo que dá prazer e da aversão que sentimos pelo
que causa dor. Isso porque todas as sensações são impermanentes (lembra-se deste termo no início do
tópico?), ou seja, vem e vão. Tudo está em constante mudança. Isto é impermanência. Daí que o
sofrimento ocorre porque não podemos impedir as boas sensações de partirem nem evitar as más.
Como dar fim ao sofrimento então? Sendo imparcial em relação às experiências e sensações que surgem
na vida. (Reflita sobre isto pois é importante no trato psicoterápico holístico). 10
Claro que temos aí um sério problema, o indivíduo já reage a estas sensações de forma automática, seja
em relação ao apego ou aversão, a estas. É um padrão de reação que já está arraigado. Esta técnica
meditativa se pauta na reflexão e descoberta de Sidarta Gautama de como desprogramar estes padrões de
reações inconscientes e que o alçou a condição de Buda (Iluminado).
Estes padrões de comportamento arraigados são chamados de Sankharas por Sidarta, e o truque para
desprograma-las é perceber as sensações que surgem pelo corpo e deliberadamente não reagir a elas. Esta
atitude, diz ele, muda o padrão inconsciente de reação, transformando para sempre nossa maneira de
encarar as situações da vida, sejam boas ou más. Repare que esta colocação vai ao encontro do que já
vimos anteriormente em outro módulo onde na prática clinica, devemos conduzir o cliente a fazer uma
releitura de sua história de vida e do mundo que o cerca, pois não podemos mudar nem nossa história
nem o mundo, mas podemos mudar interiormente e esta mudança nos trará um novo olhar,
conseqüentemente, a vivência de uma nova realidade.
Podemos perceber que a Meditação na verdade é um campo de treinamento para a vida real.
Não deixe de realizar estas práticas ensinadas aqui caso tenha interesse em trabalhar com esta linha dentro
da prática clinica da psicoterapia holística. É necessário você vivenciar tais experiências, pois esta
vivencia te dará maior segurança em repassa-las nos futuros aconselhamentos aos seus clientes.
Fecharemos o tópico com o estudo de três formas meditativas que se utilizam de práticas comuns no seu
dia a dia.
MEDITAR AO COMER
Confesse, você por várias vezes já jantou assistindo televisão ou mesmo, não lembra no dia seguinte o
que almoçou no dia anterior. Como dito anteriormente, meditar é manter-se em atenção plena e um
momento meditativo pode ser perfeitamente a hora da refeição. Quem come sem perceber o que está
enviando para o estômago acaba engolindo mais do que precisa, não mastiga direito os alimentos e tem
mais dificuldade para digerir. O Orioki, a arte de comer meditando, ensina que devemos trazer mais
consciência e atenção para tudo o que fizer durante a refeição. Simples assim.
Perceber o aroma, as cores do alimento, mastigar com calma, enfim, vivenciar em plenitude o momento
da refeição só traz benefícios. É uma forma de meditação.
O Orioki ou Ooryooky que significa tigela em japonês surgiu a milhares de anos em templos budistas
cumprindo as 81 regras estabelecidas por Sidarta Gautama para a hora da refeição. Cada monge tinha seus
próprios apetrechos para comer e ao mesmo tempo à mesa, todos abriam suas trouxinhas de apetrechos,
dobravam, colocando as tigelas à frente em uma verdadeira dança. Georges Gurdjieff dizia que nos
nutrimos de três alimentos principais: comida, ar e impressões, sendo que as duas primeiras, poderíamos
ficar sem vivencia-las por alguns dias ou minutos, mas das impressões seria impossível pois a todo
momento estamos sendo constantemente alimentados por elas. Daí que a hora da alimentação deve ser um
momento sereno. Pense nas impressões que absorvemos ao jantar assistindo ao Jornal Nacional com todas
as suas notícias catastróficas?
De certo você estará engolindo junto com a comida, muitas informações, impressões, emoções negativas.
Mude seu estilo na hora das refeições. Experimente, vivencie e após uma semana de prática, me conte
suas impressões. Volto a lembrar, é importante vivenciarmos o que iremos no
futuro aconselhar aos clientes.
MEDITAR CAMINHANDO
Estamos sempre caminhando no nosso dia a dia e, no entanto, na maior parte das vezes com o
pensamento no ponto de chegada ou mesmo, em outras coisas que não o trajeto, onde de certo, imagens e
sons por nós não são captados nos fazendo perder uma gama de informações muitas vezes prazerosas.
―Quando praticamos a meditação andando, chegamos a todo o momento. Nosso verdadeiro lar é o
momento atual. Neles nossas queixas e preocupações desaparecem e descobrimos a vida‖, diz o monge
Thich Nhat Hanh, no seu livro Meditação Andando. Um nome não muito conhecido no Brasil, mas
importante na História, tanto que, por conta de suas realizações ao longo da vida, chegou a ser indicado
por Martin Luther King ao prêmio Nobel de 1966. Thich Nhat Hanh nasceu no Vietnã em 1926 e foi
ordenado monge zen-budista aos 16 anos. Hoje, aos 80 anos, vivem no sul da França em Plum Village,
um centro fundado em 1982 por ele para a prática da meditação andando.
A idéia central da meditação andando é a de que ―o importante é perceber que nossa vida está no lugar
onde estamos e não naquele para onde vamos – ela está onde nossos pés estão‖. Isto foi percebido há
cerca de mais de 2 mil anos atrás por monges budistas quando nos mosteiros, interrompiam suas
meditação sentados para caminhar um pouco para aliviar as pernas do tempo paradas. Perceberam que ao
caminhar também era possível aquietar a mente e de lá pra cá essa meditação foi sendo incorporada por
outras tradições e escolas de ioga principalmente, além de ser uma prática constante de grupos budistas.
Alguns conselhos existem para uma prática eficaz da meditação andando. A postura deve ser sempre
ereta, o corpo relaxado e sempre atento à respiração. Para manter o foco você pode ir dizendo
mentalmente a cada inspiração e expiração um mantra. É importante não se esforçar nem controlar os
passos. Deixe seus pulmões dizerem o tempo e a quantidade de ar que precisam para um caminhar suave
e confortável. Observe quantos passos você dá enquanto seus pulmões se enchem e quantos passos dá
enquanto esvaziam.
Em seu livro o Thich Nhat Hanh diz que se prestarmos atenção poderemos observar todas as
preocupações e ansiedades das pessoas impressas no chão enquanto andam. Nossos passos são em geral
pesados, cheios de apreensão e medo Uma forma de saber se você está praticando bem a meditação
andando é sentir muito prazer ao caminhar. Se isto ocorre, a prática está fazendo efeito.
MEDITAÇÃO E POESIA
Frescor de outono:
Melão e berinjela
A cada hóspede.
O poema acima é conhecido como haicai. Esta é a tradução de um haicai escrito há mais de 400 anos por
Matsuo Bashô (1664-1696), um guerreiro samurai que abandonou tudo para cair na estrada e viver apenas
o momento presente. O estilo que ele ajudou a criar atravessou os séculos. O haicai é uma forma de
contemplação que nasceu da sintonia contemplativa dos japoneses com a natureza. No passado, no Japão,
a cada mudança de estação, mudava-se o jogo de pratos que era servido à mesa, as pinturas e tecidos que
faziam parte da decoração da casa, os quimonos das mulheres, os arranjos florais. As estações, com sua
temperatura, pássaros, cores e flores característicos, entravam pelas grandes janelas e portas de correr das
casas japonesas. O que estava dentro integrava-se ao que estava fora, no jardim. Foi assim, para
testemunhar as variações da natureza durante o ano, que os haicais surgiram, por volta do século XV.
No Brasil existe uma difusão restrita alguns clubes em algumas cidades do país, principalmente em São
Paulo, onde os haicaístas se reúnem para recitar seus haicais e ler os de outros. Um nome famoso de
haicaísta brasileiro é Millor Fernandes, que de 68 a 82 escreveu dezenas de haicais na sua coluna na
revista Veja. Para compor um haicai, um verdadeiro momento de contemplação meditativa onde sua
mente e corpo são envolvidos pelas sensações e informações do mundo a sua volta, existem algumas
regras. O haicai clássico é composto por três versos sendo o primeiro e o terceiro com cinco sílabas e o do
meio com sete. O primeiro verso dá a cena geral, costumeiramente associada a uma estação ou algo que a
simbolize. O segundo a algo que ocorre na cena geral. O terceiro verso traz o sabor da experiência, numa
síntese que traduz uma sensação. Você pode flexibilizar este enquadramento no que tange o número de
sílabas, mas sem, no entanto, perder o ritmo, que ocorre exatamente por conta desta composição de
sílabas, passar um ou outro não fará muita diferença.
Se achar interessante, faça um e me envie, será prazeroso ler um momento de registro contemplativo seu.
Oriente seus futuros clientes a faze-lo também conforme o caso.
COMPREENSÃO ONÍRICA
Neste segundo tópico, veremos uma outra possibilidade de trabalho terapêutico dentro da psicoterapia
holística que é da ordem da interpretação dos sonhos. Segundo o médico psiquiatra e criador da
Psicologia Analítica, Carl G. Jung, somente o inconsciente pode fornecer informações claras e
verdadeiras a nosso respeito, uma vez que está livre dos controles racionais do nosso consciente. Quando
adormecidos e sonhando, entramos em diálogo com nosso inconsciente. Imagens, histórias, revelações se
apresentam a nós através deste momento de relativa liberdade de nosso Ser. Digo relativa liberdade, por
conta de que o inconsciente não se expressa de forma plena, mas sim, de maneira escamoteada,
disfarçada, daí serem nossos sonhos por vezes confusos e sempre, verdadeiros quebra-cabeças.
Interpretar nossos sonhos é dialogar com conteúdos inconscientes e conseqüentemente, integrarmos nosso
Ser, trazendo a compreensão do que está por algum motivo, distante da nossa consciência, nas
profundezas de nosso inconsciente.
Podemos dizer então, que analisar os sonhos é fazer uma análise de nós mesmos. Conhecer e interpretar
nossos sonhos é conhecer a nós mesmos e nossos anseios e dificuldades e um caminho para trata-los ou
desfaze-los.
Conectar-se com os sonhos é então, expandir a consciência, trazendo a esta, conteúdos inconscientes. Um
detalhe que você deve ter claro, e irá confirmar isto experimentando ou mesmo, lembrando-se de algum
momento vivido, é que as emoções vivenciadas nos sonhos são reais. Emoções reais geram efeitos reais.
Alguém pode acordar de muito bom humor ou mau humor por conta de um sonho bem como,
tragicamente alguém pode ter um ataque cardíaco enquanto dorme por conta das emoções vividas em um
sonho. Antes de entrarmos na parte prática do estudo dos sonhos, vamos ver de forma resumida, como se
dá o funcionamento de nosso cérebro durante o sono que é o estado em que nos encontramos quando
produzimos nossos sonhos.
Definindo o Sono - Podemos definir o sono como uma inibição de nossas funções neurológicas que se
estende por todo o córtex (tecido que cobre a parte externa do cérebro) posteriormente a níveis mais
profundos de nosso cérebro. Este elaboração fisiológica teria como objetivo, ―proteger‖ nossas células
nervosas permitindo uma recuperação destas por meio do repouso.
A Fisiologia do Sono
A fisiologia do sonho foi compreendida pela primeira vez em 1953, com a análise do ciclo do sono
humano. Descobriu-se que, nos humanos, o sono se inicia pelo estado hipnagógico, período de vários
minutos durante os quais os pensamentos consistem em imagens fragmentadas ou pequenas cenas. O
estado hipnagógico é seguido pelo sono de ondas lentas, assim chamado porque, durante esse periodo, as
ondas cerebrais do neocórtex (a camada circunvoluta mais externa do cérebro) apresentam freqüências
baixas e de grande amplitude. Esses sinais são medidos como registros de eletroencefalograma (EEG). Os
pesquisadores descobriram também que o sono noturno é entremeado por períodos em que os registros do
EEG apresentam freqüências irregulares a amplitudes baixas - similares às observadas em indivíduos
acordados. Esses períodos de atividade mental são chamados de sono REM. Os sonhos ocorrem somente
durante esses períodos. Os neurônios motores são inibidos durante o sono REM, o que impede o corpo de
se mover livremente, embora permita que suas extremidades permaneçam ligeiramente ativas. Os olhos
movem-se rapidamente em sincronia sob as pálpebras fechadas, a respiração toma-se irregular e a
freqüência cardíaca aumenta. O primeiro estágio REM da noite ocorre 90 minutos após o sono de ondas
lentas, e dura cerca de 10 minutos. O segundo e terceiro períodos
REM ocorrem após breves episódios de sono de ondas lentas, mas tornam-se progressivamente mais
longos. O quarto e último intervalo, dura de 20 a 30 minutos e é seguido pelo despertar. Se um sonho for
lembrado, trata-se, freqüentemente, do sonho que ocorreu durante esta última fase.
CONDUZINDO O PROCESSO
Faremos aqui um estudo objetivo, embora estejamos lidando com um algo da ordem da subjetividade.
Obviamente, o tempo e treino, a experiência e vivência, fora as leituras e estudos constantes darão cada
vez mais respaldo tanto o aconselhamento quanto para a interpretação dos
sonhos. Primeiramente vamos a parte do aconselhamento. Temos que:
Para poder sonhar e, ainda, ir além, permitindo que os conteúdos dos sonhos possam se manifestar
livremente, inclusive trazendo mensagens fortes e marcantes é necessário:
- ter sono de qualidade, decorrente e integrada com qualidade de vida;
- saber lidar com sentimentos e emoções na vida cotidiana; - ter baixo nível de retenção e desequilíbrios
emocionais;
- estar aberto para o mundo da manifestação do inconsciente e consciente sobre sua real importância e
necessidade vital de integração para manutenção de nosso estado de vitalidade e de saúde. Agora
partimos para a interpretação dos sonhos visando a sua integração à consciência. Lembrar dos sonhos é o
primeiro passo fundamental para integrálos, após já os ter tido.
PS1: para começar a desenvolver a memória dos sonhos, essa ação deve ser a primeira, exatamente após
acordar, pois essa memória é muito fluida e se desvanece com muita facilidade, qualquer atividade,
mesmo apenas mental, pode dissolve-la muito rapidamente.
Anotando os sonhos
Anotar os sonhos é uma prática muito positiva (também devendo ser feita logo após acordar). O
importante é que isso não se torne mais obrigação para fazermos sem prazer algum. A freqüência pode ser
bem variável. Podemos anotá-los seqüencialmente durante alguns dias e passar um bom tempo sem o
fazê-lo novamente. Com a evolução do processo, vamos sentindo vontade e interesse em registrar alguns
sonhos que sentimos terem algum tipo de mensagem mais significativa para nós. Em alguns casos, essa
sensação é tão marcante, que até levantamos ainda no meio da noite para fazer esse tipo de registro.
Mantenha um caderno especificamente para isso. A longo prazo, você irá ver os benefícios e a satisfação
em manter esse tipo de registro. Muitas vezes, não é preciso nenhum tipo de aplicação específica, como
rever as anotações, para se obter os benefícios deste tipo de prática. Em outros casos, você poderá ficar
surpreso(a) em reler o que escreveu depois de passado algum tempo: as mensagens podem se tornar
extremamente claras, coisa que muito freqüentemente pode não ter acontecido quando da época em que o
registro foi feito.
Um outro aspecto interessantíssimo é o seguinte: a forma como fazemos esse tipo de registro, as palavras,
frases e estruturas que utilizamos são também surpreendentes em si próprias. Ao trazer o registro das
imagens e lembranças do sonho, há, necessariamente em decorrência de estarmos usando um código
escrito, um filtro da nossa racionalidade. Essa interação entre o que sonhamos e o que e como
efetivamente registramos é de suma importância para o entendimento dos processos que estão sendo
representados e como o sonhador reage a eles.
Preparar-se para dormir e até direcionar assuntos e emoções Preparar-se para o sono também é muito
importante. Atitudes e preparações como alimentação leve à noite, não entrar em contato com conteúdos
de jornais, filmes e livros que contenham elementos fortes e perturbadores (desgraças, mortes, imagens
violentas etc), ambiente tranqüilo, confortável, seguro e aconchegante, bem como se direcionar para um
bom sono com práticas como programação mental, exercícios de relaxamento, meditação, etc são fatores
que beneficiarão em muito poder
entrar em contato com sonhos producentes para nosso crescimento emocional (veja como ocorre uma
interação entre práticas terapêuticas e como é importante o psicoterapeuta holístico estar inteirado delas).
Interpretando
A interpretação dos sonhos não é uma ciência, é uma arte. Como tal está diretamente ligada à prática e ao
tempo e energia que é dedicado a esta atividade.
O que é importante para a interpretação:
- Conhecer a pessoa do sonhador é fundamental, e isto ao longo das primeiras consultas você deverá
fazer. Saber de sua história, seu jeito de ser, sua busca e quais traços de personalidade e contexto de seu
eu podem estar envolvidos no(s) sonho(s) em questão. Tendo isso em consideração, os livros de
interpretação de sonhos, com mensagens e leituras pré-estabelecidas associando determinados elementos
isolados que aparecem em um sonho com possíveis significados, são totalmente sem valor. Eles valem,
como descrito adiante, como formas de se conhecer e se familiarizar com a questão de símbolos e
arquétipos de uma forma em geral.
- Estado em que o sonhador se encontrava no dia, ou nos dias, referentes ao(s) sonho(s), pois isso dará
sinais claros de como andava o inconsciente no período a ser considerado.
- Qual o sentimento que o sonho despertou – Uma mulher pode, por exemplo, sonhar que foi estuprada e
acordar apavorada, ou então, descobrir que teve um orgasmo profundo e gratificante...
- No primeiro sonho, o inconsciente pode ter lançado mão do estupro apenas como um pano de fundo
para evocar medo e tensão, poderia ser, também dentro de um contexto ruim, sensação de invasão,
sujeira, roubo...;
- No segundo, o pano de fundo, o estupro, foi usado para evocar necessidades de prazer que o
inconsciente precisava manifestar naquele momento, quer seja por um reforço de sintonia (gostar de sentir
o prazer sexual) ou em contraposição a uma eventual repressão interna não admitida. De qualquer forma,
o foco era evocar prazer de natureza sexual. Nestes casos, as questões morais, dentre outras, não fazem
parte, necessariamente, do que pode estar vindo à tona... Uma pessoa pode matar alguém no sonho e se
sentir transtornada, apavorada ou ainda incrivelmente forte, realizada, feliz... Os exemplos são infinitos, o
importante é cumprir essa etapa de verificação do(s) sentimento(s) despertado(s). - Estar atento às reações
que normalmente não seriam comuns ao sonhador – esse ponto é uma chave bastante importante e
interessante.
Vamos supor que a pessoa em seu cotidiano sinta-se sempre fraca, oprimida, com tendências a depressão
e submissão. Em determinado sonho, e a partir de então numa seqüência deles, ela começa a se ver em
situações onde se sinta forte, senhora de si, cheia de energias para viver e para evitar que se imponham a
seus próprios interesses. Isso indica uma forte tendência de que seu inconsciente está começando a criar
condições internas e testes emocionais para que a pessoa atinja esse novo tipo de comportamento e
encontre condições para começar a implementá-lo em sua vida.
OBS: Muito raramente, um sonho isolado irá apresentar uma mensagem completa e integrada. Para
entender as mensagens contidas nos sonhos, o mais indicado é perceber a relação que existe entre sonhos
"seqüenciais" que tratam do mesmo assunto.
Primeiro: deve-se entender que sonhos de um mesmo grupo não envolvem necessariamente os mesmos
tipos de contexto, uma vez que os contextos, cenários e personagens são artifícios dos quais o
inconsciente lança mão para gerar situações dentro das quais consiga se manifestar dentro daquele
momento de vida da pessoa, especialmente para evocar emoções e percepções bloqueadas de se
apresentarem em razão da ação do consciente. Desta forma, cabe à pessoa sentir onde se encontram os
links entre os sonhos em decorrências dessas sensações e percepções evocadas.
Segundo: sonhos seqüenciais podem se manifestar em espaços de tempo muito irregular. É comum, por
exemplo, termos um determinado tipo de sonho na infância (como estar sendo perseguido, correr, correr e
não sair do lugar) que passamos muitos anos sem ter. Um dia, voltamos a ter esse mesmo sonho. Passam-
se mais alguns anos e ele volta novamente. Parece ser claro que fazem parte de uma seqüência. Neste tipo
de exemplo, cabe lembrar os tipos de reações que tivemos em cada momento, na infância e atualmente,
em decorrência desse sonho, reações estas que podem ser similares ou divergentes, bem como verificar
quais as situações de vida que podem estar sendo comparadas entre o que nos acontece hoje e o que
aconteceu naqueles primeiros anos de vida. Podemos ter situações iguais e reações iguais; ou reações
diferentes, indicando uma superação ou um novo padrão de comportamento...
A fluidez com símbolos e arquétipos Conhecer questões como arquétipos, padrões de comportamento,
mitos, lendas e fábulas são de suma importância para quem deseja entrar no fantástico mundo da
interação com o inconsciente. A maior contribuição dos livros com interpretações de sonhos para nós
psicoterapeutas é a de facilitar familiarizar seu leitor com os conjuntos de símbolos mais comuns para a
maioria das pessoas. Todos os povos tiveram seus mitos e lendas. Essas formas de expressão trazem em si
um dos maiores legados da humanidade, que é a capacidade não apenas de se expressar, mas
especialmente de fazer da comunicação um fenômeno vivo, capaz de evoluir em conjunto com o ser
humano. Os mitos são representações de emoções e sentimentos que foram criados com propósitos
subliminares de comunicação, intencionando transmitir um conhecimento que ia além da razão na época
em que foi criado. Os arquétipos são mais do que apenas modelos de seres, padrões e exemplos, apontam
também imagens psíquicas do inconsciente coletivo e que são patrimônio comum a toda a humanidade.
Sendo um pouco mais específico: sonhar com água, por exemplo, é um forte indicativo de que há uma
representação emocional intensa envolvida. Água é sentimento. Mesmo que o sonhador não tenha
consciência dessa correspondência e dessa representação, essa associação está não apenas no consciente
coletivo, mas também registrada e grafada em seu próprio corpo, querendo ele ou não. Um exemplo mais
intrigante: sonhar que está voando. O vôo por si só tem um componente fortíssimo de liberdade e de
espírito (ar é espírito). Entretanto, esse tipo de sonho não implica em que a pessoa esteja evocando
liberdade e espiritualidade. É fundamental entender o que a sua seqüência de sonhos com vôo está
representando para ela, bem como esses vôos se manifestam e que tipo de sensação causam ao sonhador.
Muitos vôos em sonhos são limitados em altura, em força e autonomia. Alguns geram sensação de
liberdade, outros de limitação. Pode ser que após muitas inferências, chegue-se a conclusão de que para
determinada pessoa seus vôos oníricos traziam a representação de sua carreira profissional; para outra, o
modelo de como se relaciona com seus pais, e por aí vai...
Os diversos correspondentes A interpretação dos sonhos ainda tem mais um componente para tornar tudo
ainda mais intrincado. Cada sonho trará muitos aspectos distintos que poderão ser revelados.
- Físico – o sonho irá revelar coisas efetivas e diretamente ligadas a partes específicas do corpo. Aquela
água em enxurradas pode dizer algo sobre o coração. Aquele vôo limitado em autonomia pode estar
revelando um pulmão enfraquecido...
- Psíquico –qual a mensagem que o sonho evocou que a mente racional se nega a pensar, a acreditar, a
aceitar? Qual o padrão moral que pode estar inconscientemente querendo ser rompido, mas encontra-se
sufocado pelo medo de ser quebrado perante a sociedade?...
- Emocional – qual a emoção que não se permite sentir, não se consegue sentir e que o inconsciente tenta
trazer para a tona?...
- Espiritual – este é o aspecto mais procurado nas interpretações, embora não seja comumente assim
denominado. Espírito é ação. Ação pura. ―O que esse sonho quer me dizer?...‖; ―O que devo fazer?‖; ―O
que irá acontecer?‖; ―Será que é para eu parar de fazer isso ou aquilo? Ficar mais atento‖. Bem, as
divagações são infindas mesmo para um sonho e um sonhador específico, o que dirá para evoca-las assim
abertamente...
Em anexo a mensagem que segue esta apostila, estarei postando o texto O Homem e seus Símbolos cuja
leitura será um grande passo para você começar a construir uma linguagem de entendimento sobre o
interpretar dos sonhos.
Dicas sobre o dormir
Algumas dicas que podem ser dadas ao cliente e observações que podem ser feitas sobre a sua forma de
dormir.
VIVENCIANDO O MÍSTICO
Etimologicamente o termo místico tem origem na palavra grega mystica, de myo, que significa ―me
fecho‖, ―mergulho em mim‖.
As vivências místicas são uma forma de experiência psicológica, puramente subjetiva, por intuição ou
"vidência espiritual", de natureza afetiva, irracional. O místico vive o "numinoso", o contato e fusão do
próprio Eu com o Divino, o Ser absoluto, o Todo, o Cósmico, Deus ou que outro nome queira dar.
No entanto, esta vivencia não é prerrogativa de alguns, visto que a busca pela vivência mística é um
acontecimento natural dentro de cada um de nós, que surge a partir da necessidade de sentir uma
confirmação para nossa percepção, muitas vezes oculta, de fazer parte de algo maior do que apenas a
realidade física. Muitos consideram essa busca como algo totalmente esotérico, outros como respostas a
questões metafísicas. Este tipo de vivência pode ser considerada uma etapa muito especial dentro do que
se pode considerar como sendo a busca pessoal, o encontro por uma resposta sobre os nossos propósitos
de vida pessoais e coletivos, sobre o como podemos viver melhor e mais integradamente com tudo o que
nos cerca, pois envolve necessariamente a amplificação de nossa consciência através de planos
transcendentes à mera percepção física e/ou intelectual da vida.
Claro que esta vivência do fenômeno místico depende da abertura do indivíduo para tal evento,
dependendo da confluência de diversos fatores distintos.
Em momentos e ambientes terapêuticos, por exemplo, são comuns a manifestação desse fenômeno,
especialmente para quem está na prática da vivência terapêutica já há algum tempo. Entretanto, não
utilize essa situação para focar essa vivência, especialmente se a estiver buscando pela primeira vez, sob a
pena de desfocar o foco terapêutico de seu propósito e desvirtuar ambas as experiências (terapêutica e
mística), abrindo canal inclusive para ocorrências negativas de percepção e comportamento.
Estados meditativos e de ressonância profunda são os caminhos mais suaves e seguros para este tipo de
evento, embora sejam mais demorados e exijam sua prática, estudo e vivência por longos períodos...
Vejamos alguns canais, indutores e potencializadores para as vivências místicas:
· Meditação é o canal mais forte e o mais seguro, entretanto, demanda dedicação, paciência e longo prazo
até que se comece a sentir e perceber os resultados;
· Jejum - este indutivo é poderosíssimo, exigindo daquele que dele lança mão consciência e
responsabilidade em sua utilização, de modo a evitar seqüelas orgânicas muitas vezes dificílimas de
serem resgatadas.
· Massagem terapêutica - dentre as terapias, destaco esta, pois além de todos os benefícios terapêuticos e
do prazer que pode gerar durante seu recebimento, atesto este meio como um dos
indutores mais fortes para estados de êxtase.
· Vivências emocionais extremas - muitas vezes de ocorrências involuntárias e até inevitáveis, os estados
emocionais extremos também podem ser canais indutivos para as vivências místicas.
· Liberação emocional intensa - cabe, antes de tudo, distinguir a liberação emocional intensa de vivências
emocionais extremas. As liberações emocionais extremas são geradas dentro de processos terapêuticos
específicos (busque pesquisar sobre o processo de catarse). Já a liberação emocional intensa ocorre
geralmente em grupos religiosos ou espiritualistas onde os participantes dançam, cantam, ritualizam,
enfim, buscam atingir a livre manifestação da energia de suas essências.
· Trabalho com mantras - esta técnica também exige bastante dedicação e demanda longos prazos em sua
prática. Entretanto é bastante segura e poderosa, podendo ser associada a técnicas de meditação. É
absolutamente incrível o que se consegue em nível de expansão de consciência e retomada de estabilidade
utilizando-se, por exemplo, a chaves psíquicas e emocionais proporcionadas, por exemplo, pela aplicação
de exercícios com o mantra OM. Se desejar, posso
enviar um arquivo sonoro com este mantra repetido várias vezes.
· Atividades físicas intensas realizadas com esse propósito místico/espiritual: correr uma grande distância;
caminhar vários dias consecutivos em peregrinação consciente; praticar exercícios bioenergéticos de
posições de estresse; dançar muitas horas seguidas, buscando o transe, pessoal ou coletivo. Assim como
os jejuns, estas práticas também exigem preparo prévio e consciência do que se está fazendo e buscando,
de forma a evitar seqüelas orgânicas e desgastes que não levam a lugar algum a não ser ao autoconsumo e
cansaço desnecessários;
A Vivência Mística nos proporciona: · caráter irretorquível das verdades vivenciadas, o que
pressupõe uma grande potencialização do dom da intuição;
· sensação de unicidade;
· experiência subjetiva de fusão do Eu no universo;
· transcendência do tempo e do espaço, sensação de emergir beatificamente no Eterno Agora;
· sensação de profunda positividade frente à vida;
· reconhecimento da sacralidade do caráter divino da experiência obtida;
· aumento do poder de concentração e cognição;
· insights reveladores e valiosos para o solucionamento de conflitos internos;
· reverência e humildade frente ao desconhecido, serenidade frente à aceitação da morte e a compreensão
desta como uma transição para uma vida desmaterializada e de pura consciência;
· predisposições de altruísmo e abnegação;
Vemos o quão é importante o vivenciar místico para qualquer ser humano e cabe ao terapeuta holístico,
logo na primeira sessão de anamnese, perceber junto ao cliente, o quanto de porção mística existe em seu
ser, pois de certo, será este lado do cliente, um poderoso aliado na solução de seus problemas e que por
vezes existem, por este aliado encontrar-se adormecido ou mesmo, desconhecido do cliente.
TIPOS DE ABORDAGEM
Harmonizar, alinhar, por em sintonia, equilibrar, são termos muito utilizados na psicoterapia holística e
por ser holística envolve os quatro corpos, emocional, físico, mental e espiritual.
Estes corpos se alinham na percepção do tempo. Para a mente, o tempo constitui-se na seqüência dos
fatos percebidos.
Para o corpo físico, o tempo está associado à velocidade dos processos metabólicos.
Para o corpo emocional o tempo é o presente. Entendendo presente, a sensação dominante num
determinado momento. O presente constitui-se apenas por aquela sensação e nada mais existe. Daí ser tão
difícil lidar com pessoas acometidas momentaneamente por medos ou outras elaborações, pois para ela,
naquele momento não há percepção de nada mais do que aquela sensação.
Para o corpo espiritual, o tempo é ação. Ação aqui entendida como pontos vividos no fluxo de uma vida
ou de outras tantas precedidas. Relembremos aqui as distorções para cada tipo de personalidade estudada
anteriormente.
O desconectado é incapaz de viver o presente.
O carente nunca tem tempo suficiente.
O controlador sempre se lança para o futuro.
O invadido, sente que o tempo para.
O rígido sente o movimento mecânico do tempo.
Considerando que em todos os casos existe um desequilíbrio entre os corpos físico, mental, emocional e
espiritual, conduzir o processo psicoterápico holístico com uma variedade de instrumentos que atendam a
cada um destes corpos é fundamental.
Como exemplo temos o desconectado que através da meditação, irá equilibrar seu corpo mental, visto que
estar atento, focado, lhe é uma dificuldade, bem como sessão de massoterapia com óleos será interessante
indicação para que ele sinta seu corpo, visto que parece este não existir bem, outrossim, uma vivencia
mística que o faça vivenciar o presente como construção de um futuro é uma opção para um reequilíbrio
espiritual assim como através do aconselhamento poderemos harmonizar sue corpo emocional.
Para cada caso é um caso e mesmo dentro deste quadro de personalidade que você percebeu ter ênfase no
desconectado, outros instrumentos você poderá utilizar ou indicar durante o processo psicoterápico
holístico.
OBS: o exemplo dado é para casos cuja abordagem siga a linha do equilíbrio dos quatro corpos, sendo,
que nem sempre esta abordagem é a mais adequada ou mesmo necessária. Aqui apresentada como dito
acima como uma das possibilidades de abordagem.
Integrando o inconsciente
Sob uma forma simples, poderíamos dizer que inconsciente é tudo aquilo que está fora da percepção
captada direta e racionalmente. O processo terapêutico, em sua evolução, tende a abrir caminho para que
a pessoa possa integrar a manifestação de seu inconsciente, tanto a nível pessoal quanto coletivo. Como
parte do sistema de equilíbrio psíquico, a manifestação do nosso inconsciente é simplesmente um fato,
uma característica do nosso estado de ser. Quanto mais reprimida estiver sua integração ao eu, mais o
inconsciente se manifestará sob formas cada vez
mais ―densas‖, aparecendo evolutivamente como: pensamentos dominantes, fixos; incômodos emocionais
e/ou físicos; atos falhos; padrões de comportamento e ação autodestrutivos; doenças físicas, etc.
Aceitar que a vida é composta não somente de racionalidade é um bom passo para abrir-se para o
processo de integração do inconsciente. Conhecer, assimilar, aceitar e respeitar as mensagens do corpo e
seus inúmeros sinais bem como dos nossos sistemas energéticos é forte instrumento para busca da cura.
Uma forma prazerosa de se atingir esta integração é pela interação com os sonhos, o despertar da intuição,
uma vida atenta ao sutil sem perder o foco do equilíbrio, o caminho do meio.
Sobre os sonhos vimos anteriormente.
Citando novamente Jung, não há dentro de uma avaliação objetiva, racional, meios confiáveis de
fazermos uma análise adequada de nós mesmos.
Só o inconsciente, por estar livre de nossas ações reflexas racionais, pode nos dar um feed back cristalino
a nosso próprio respeito. Conhecer e interagir com seu inconsciente é um dos processos e para tanto,
várias técnicas existem e estudos, principalmente o que fizemos sobre as estruturas de defesa da
personalidade são fundamentais.
Expandindo a consciência
A consciência se expande a partir de nossa autopercepção do que somos e de nossa relação com o mundo
a nossa volta. O trabalho terapêutico visa conscientizar o individuo que é necessário aceitar suas
responsabilidades por todos os acontecimentos de sua vida. De posse desta responsabilidade, o individuo
parte para enfrentar as dificuldades buscando evoluir nesta jornada. Evoluir é o sentido da vida e expandir
a consciência é exatamente integrar essa evolução na jornada de vida do individuo.
Bárbara Brennan diz que a doença começa quando começamos a esquecer de nós e de quem nós somos.
Este resgate de quem somos é sentido nos processos de cura, em uma sensação real. Um momento de
grande evolução quando percebemos nossas capacidades e potencialidades. Percepção esta bloqueada
pelos conflitos com o meio externo, a não aceitação de nossas falhas e
dificuldades e principalmente, a baixo auto-estima.
A evolução é o sentido da vida. Expandir a consciência é integrar evolução em nossa jornada.
Um canal de cura pode ser uma pessoa, um remédio, uma situação, um sonho, enfim, qualquer veículo
para o qual a pessoa esteja atenta, aberta e saiba aceitar e receber a vivência e o aprendizado de cura. Na
qualidade de psicoterapeuta holístico, deves ter em mente que a variedade de técnicas utilizadas por você
na condução terapêutico de seu cliente, trará grande eficácia o quanto maior forem estas técnicas, pois
assim sendo, amplas serão as vivencias.
Por vezes irás despertar no cliente, a percepção que está dentro dela a resposta, que é ele o seu próprio
canal de cura. Como já visto anteriormente, mudando sua postura diante de si mesmo e do mundo que o
cerca, estará ele promovendo por si só sua própria cura. Por vezes é necessário o uso de técnicas
específicas, como florais ou massoterapia, mas sempre na direção de que o objetivo final é fazer com que
o cliente caminhe com as próprias pernas.
Todos têm em si a capacidade de se auto curar, cabe a nós como terapeutas, conduzirmos este processo.
Enfim, importante é saber que a técnica utilizada seja ela qual for, deverá refletir em todos os aspectos do
ser, daí a orientação diversificada. Massoterapia para o corpo refletindo na mente que também será
trabalhada com Meditação que irá refletir no espírito e aí por diante, citando um exemplo.
Sendo que, o maior canal de cura consiste em a pessoa desenvolver a capacidade de atrair para a sua vida
os fatos e os acontecimentos necessários para o seu desenvolvimento e crescimento
global.
AS FASES DO PROCESSO
Vou agora conduzir as fases e pormenores do processo terapêutico. Aguardo dúvidas e comentários de
sua parte, pois tudo que foi visto até aqui, foram informações que neste momento se transformarão na
base para as fases que irás estudar.
Comportamento
Uma questão é particularmente interessante em relação às mudanças de atitudes ligadas aos processos de
cura, o estabelecimento de alternativas em relação a padrões e hábitos que nos eram comuns.
Vejamos, por exemplo, essa seqüência de hábitos (ou ainda de tantos outros comportamentos
depreciativos do nosso estado geral de saúde e manifestação que verás em consultório):
· Mudança de hábitos alimentares pautados na busca de um prazer que na verdade vem ―tapar‖ vazios,
estes sim, devendo ser preenchidos (chocolate, café, etc.).
· A utilização de drogas. Uma forma mais grave de ―tapar‖ os vazios citados anteriormente.
· Sedentarismo, que pode ser conseqüência de estados depressivos, de melancolia ou, falta de estímulo
por conta de desesperanças ou decepções.
Estes são hábitos que podemos chamar de psicossomáticos, pois envolvem o corpo na busca de
satisfações, por uma desordem psíquica, que por sua vez pode atingir o próprio corpo (bulimia, anorexia
como exemplo).
A condução de aconselhamento que irá promover as mudanças deve ser não só no sentido de desfazer
estes hábitos, mas também, no sentido de apresentar, em diálogo com o cliente, uma alternativa que
preencha as lacunas criadas ao se deixar esses hábitos para trás. Alternativas que se mostrem eficientes e
prazerosas, em um primeiro momento, visto que o próximo passo será conduzir o cliente ao cerne da
questão, que ―falta‖ é esta que o levou a ter tais comportamentos. Nesse sentido, a pessoa deve estar
atenta para os resultados não imediatos que as mudanças podem proporcionar e focar em seu bem estar, o
que ajuda e facilita a encontrar prazer e satisfação em atingir as mudanças desejadas e/ou necessárias.
Ou seja, em um primeiro momento, devemos tão somente aconselhar as mudanças de hábitos, criando
uma programação que, utilizando o exemplo acima, conduza o cliente a se alimentar de forma mais
saudável, exercitar-se fisicamente, etc, etc.
Indicação da alopatia
É importante tanto para o terapeuta quanto para o cliente, terem a consciência que a chamada terapia
holística, em um primeiro momento denominou-se e assim ainda é chamada até hoje, de ―terapia
complementar‖, visto que no seu início funcionava como suporte para outras técnicas mais ortodoxas.
Hoje, com o desenvolvimento de estudos mais aprofundados e um índice de eficácia significativo muitas
pessoas que recorrem as terapias holísticas passam a ignorar as terapias ortodoxas, principalmente no que
tange a medicação alopática, o que é um erro.
A cura se dá de diversas formas e diversas são as técnicas sendo que, muitas vezes, a orientação para que
o cliente procure um médico ou psicólogo, se faz necessária. No tocante a medicação, o que é
prerrogativa dos médicos, não devemos titubear se percebermos a necessidade e aconselhar a consulta
com um, de preferência por nós indicado, da mesma forma, certas técnicas específicas da Psicologia,
como a Psicanálise ou TCC.
OBS: Florais não são remédios nem tão pouco fitoterápicos, daí podermos como terapeutas holísticos,
recomenda-los (não utilizar o termo receitar).
Crises no processo
Ocorrerá em sua prática, momentos em que ao resgatar sentimentos, emoções e se defrontar com elas, o
cliente irá sofrer efeitos colaterais do processo de cura, como alterações no sono, gripes, desarranjos
intestinais. Estes efeitos colaterais na verdade são sinais, que devem ser observados, em um entendimento
como na técnica dos Florais de Bach, por exemplo, onde os primeiros florais trazem à tona, novas
emoções a serem trabalhadas e com isto, novos florais são recomendados.
Isto ocorre por conta das descargas emocionais vivenciadas irem além das capacidades do indivíduo, daí
ocorrer uma grande perda de energias o que gera conseqüentemente, uma baixa na capacidade
imunológica.
Responsabilidade Pessoal
A responsabilidade por si próprio é um dos maiores canais de cura. Entretanto, este é um caminho que se
trilha lentamente, ancorando progressivamente consciência e responsabilidade sobre tudo o que possa nos
acontecer.
Toda manifestação de nosso ser possui um correspondente em cada um de nossos corpos. Assim, em
relação às doenças que são objeto de queixa, é importante mostrarmos ao cliente as correspondências
psicossomáticas, que já vimos em módulos anteriores, levando este a se auto questionar, se auto avaliar.
Muitos clientes não assumem esta posição, são aqueles que culpam a tudo e a todos e nunca assumem
para si a responsabilidade de suas vidas e de seus problemas.
A profundidade de envolvimento com o processo, deve de ser do cliente. Nos cabe, esclarecer a ele,
mesmo que isso lhe desagrade, a eventual condição de estar procurando, mesmo que inconscientemente,
um determinado processo terapêutico apenas para mais uma vez provar que "é um pobre coitado", "que
seu caso não tem remédio" ou ainda apenas para reforçar novamente seu padrão de que nenhum canal de
cura ou processo consegue vencê-lo em seu propósito em continuar doente, inconsciente à sua própria
realidade ou irresponsável por sua própria condição.
Um dos grandes males é exatamente o individuo crer que ele e seu comportamento não tem nada a ver
com as doenças que manifesta, que não cabe a ele próprio nenhum tipo de responsabilidade sobre o que
acontece exatamente dentro dele.
Esse tipo de pensamento é uma muleta social amplamente aceita. É muito fácil taxar alguém de
vagabundo ou preguiçoso por não conseguir carregar forças suficientes para trabalhar ou vencer suas
próprias limitações (inclusive, as pessoas que fazem esse tipo de taxação ignoram, dentre muitos outros
conhecimentos, as manifestações ligadas à depressão e à oralidade). Entretanto, todo mundo aceita de
bom grado quando alguém sofre algum tipo de ataque ou mal qualquer, sendo os mais comuns, os
cardíacos, vasculares e os de coluna. Quando alguém cai doente, tudo bem se a pessoa ―estava fazendo
sua parte‖, entendendo isso como ir além dos seus próprios limites para se adequar às expectativas e
falsas crenças das outras pessoas, da sociedade ou até mesmo para sufocar suas próprias limitações em
perceber e definir o que realmente está errado consigo.
Enganar-se é um artifício que serve apenas à consciência e a razão, mas não é o suficiente para a emoção,
o corpo e o espírito. Muitas pessoas atribuem a causas externas a responsabilidade por tudo o que
acontece em suas vidas, aos pais, à criação, às condições de sua infância, aos infortúnios que vivenciou, a
condições sociais desiguais, ao governo, à falta de oportunidade, enfim. Para quem já está a mais tempo
no caminho da busca pessoal, fica clara a própria responsabilidade e participação inclusive sobre os
infortúnios, fracassos e, até mesmo, acidentes nos quais se envolvam. Este tipo de cliente se envolve mais
fácil no processo, mas não podemos escolher clientes.
IMPORTANTE : Vale ressaltar que a questão deve ser focada sob a ótica da responsabilidade e não da
culpa (que são polaridades do mesmo sentimento...), tanto por parte de quem passa por qualquer
sofrimento quanto por quem se apresenta apenas como parte externa do processo.
Claro que uma criatura não sofre por opção consciente (a razão é limitada para isso, o espírito e o plano
causal não...).
Muitas vezes, o que ocorre em clínica é maravilhoso, até espantoso. Entretanto, o mais importante é que a
pessoa possa consolidar o que se alcançou, resgatar voluntária e permanentemente qualquer eventual
sensação que tenha se evidenciado a sua memória em uma vivência de cura. Por exemplo: às vezes,
determinada pessoa vive a tantos anos com medo, ansiedade, uma determinada dor específica ou qualquer
outro sentimento desagradável e dominante, que nem sabe mais ou nem tem mais a noção de como é o
estado de não ter aquilo incorporado a sua autopercepção.
Durante um processo terapêutico, ela pode sentir-se (seguindo a seqüência de exemplos acima...)
confiante, serena, leve e fluída... Este estado pode não ser a cura em si, mas pode perfeitamente servir de
parâmetro para que a lembrança de seu real estada de saúde seja resgatada, abrindo um portal para que, no
dia-a-dia, ela possa trabalhar para si própria, com o intuito de resgatar e incorporar o benefício alcançado.
Seria um recondicionamento.
O trabalho pessoal é fundamental para a consolidação e continuidade dos benefícios alcançados dentro de
trabalhos da clinica. Temos para ele já estudado as estruturas de defesa e a partir dela, indicações como
meditação e os autoquestionamentos, seguidos do aconselhamento sempre fundamental no trabalho do
psicoterapeuta holístico, sendo que não só no que tange o comportamento em geral, mas em detalhes do
dia a dia como vimos anteriormente (alimentação,
sedentarismo, etc).
POSTURAS
As mudanças no sentido da cura tendem a ser mais lentas e envolvendo processos mais demorados nas
primeiras vezes em que ocorre com o indivíduo, especialmente sob sua vivência/entendimento como
sendo um processo integral e completo. À medida que a pessoa vai interiorizando o conhecimento além
da razão, especialmente os conhecimentos físicos e emocionais do seu estado de cura, de saúde plena, os
processos de mudança vão ficando mais rápidos, podendo em alguns casos pontuais se manifestarem
instantânea e definitivamente.
Alguns sentimentos ou percepções são mais passíveis de serem mudados definitiva e quase que
instantaneamente após algumas sessões terapêuticas. Esses sentimentos normalmente estão ligados a
percepções e/ou expectativas distorcidas da realidade, como por exemplo, sensação de
que algo extraordinário irá acontecer e mudar sua vida, ou até mesmo a sociedade e o mundo; necessidade
de reconhecimento e acolhimento além da realidade (normalmente a pessoa se quer tem noção que sua
carência de afeto e reconhecimento é gigante e definitivamente fora da realidade: não importa o quanto
ela seja reconhecida, sua expectativa será ainda maior...). Outros sentimentos para serem dissolvidos
envolvem o desdobramento de longos períodos, pois demandam a troca de memórias de situações
adversas por novas experiências compensatórias. No primeiro caso, temos o grupo das "coisas" que a
pessoa idealizou ou projetou de forma distorcida a partir de suas próprias idéias e percepções. No
segundo, experiências negativas reais efetivamente vividas e que precisam ser trocadas.
A memória independe da vontade própria, é automática e está diretamente ligada e influenciada pela
qualidade emocional presente durante o momento de ocorrência e gravação de seus conteúdos. Dessa
forma, uma sensação constante, por exemplo, de fracasso não será passível de ser esquecida pela pessoa.
Entretanto, sua memória emocional de fracasso poderá ser re-editada por experiências recorrentes de
sucesso e êxito, proporcionalmente tão importantes quanto a(s) experiência(s) que geraram o sentimento
anterior de fracasso e perspectiva de que tudo o que venha a ser realizado "não levará a nada". Nesse
"mesmo barco", encontram-se experiências de rejeição, medo/insegurança, fraqueza, dentre tantas outras,
que devem ser reeditados positivamente com experiências bem sucedidas de aceitação, confiança, força,
satisfação etc. Isso pode levar muitos anos.
Muitas mudanças somente serão passíveis de serem efetivadas e gravadas como definitivas em nós a
partir de exercícios constantes, não apenas, e também, exercícios físicos, mas exercícios de
comportamento e atitudes. Por exemplo: para acabar com uma sensação constante de ansiedade é
muitíssimo recomendado o exercício de comer lentamente, o que exige normalmente um esforço
tremendo, a confluência de várias pequenas técnicas e muito, muito tempo, para que a pessoa possa ter
êxito nessa tarefa aparentemente tão simples.
Depois de percebido um determinado padrão indesejável em nós, haverá ainda um tempo posterior no
qual perceberemos a sua ocorrência novamente, sem que consigamos nos manifestar ainda da forma que
já desejamos. Esse período é crítico. Muita calma e aceitação nesse momento. Conscientizando o cliente
deste fato, cabe aí a programação terapêutica, com atividades que visem diluir estes sentimentos e
reorganizar a vida padrões mais adequados.
Freqüência de tratamentos Muitos psicoterapeutas holísticos estabelecem uma freqüência pré-determinada
de encontros terapêuticos, com número de sessões definidas. Este formato pode ser aplicado em muitos
casos. Entretanto, tanto em longo prazo, quanto para aplicações pontuais, o mais importante é que a
própria pessoa que busca a terapia perceba, compreenda e assuma a responsabilidade pessoal de definir
para si própria a freqüência e os períodos de suas próprias necessidades de buscar a cura e ajuda. Pois
muitos processos exigem muito mais do que apenas orientações realizadas no ambiente clínico.
A freqüência de tratamentos também depende da reação da pessoa após cada sessão, da sua abertura,
resistência e capacidade para integrar o que foi trabalhado, além da confluência imprevisível da força dos
fatos e dos acontecimentos externos.
Resistências
Não ter segurança na proposta de trabalho do profissional que eventualmente o esteja orientando sobre
este assunto pode ser um sinal vermelho contra uma força que pode estar mais preocupada em tirar
benefícios para si própria do que fazer uma troca justa com você. Ligue a sua intuição. Esteja atento.
Algumas pessoas têm esse clichê mental internalizado de que não gostam de terapia. Dizer ou pensar algo
assim é como dizer "não gosto de essências" é trocar um conceito por outro. A pessoa pode não gostar de
determinadas essências, até mesmo de muitas delas, mas, com certeza, existem essências que lhe serão
agradáveis. O que normalmente ocorre em relação a eventuais aversões a processos terapêuticos, via de
regra, vem de dois caminhos:
- um total desconhecimento do que seja um processo terapêutico;
- uma vivência inicial desagradável ou de pouco ou nenhum retorno efetivo em algum tipo de processo.
Sob uma determinada ótica, podemos entender a terapia como sendo uma ajuda. Ajuda é sempre boa,
quando ela realmente se constitui de uma ajuda, é buscada ou oferecida no momento adequado.
"Terapia, uma ajuda?... Ajuda pra quê?!!"
Ajuda para conseguir algo que não estamos conseguindo realizar sozinhos, não apenas restabelecer o
estado de saúde sob determinado aspecto efetivo, mas também para conseguir realizar algo que se vem
tentando sem sucesso, atravessar uma barreira interna que sentimos não
estar conseguindo ultrapassar, ou ainda tantas outras e infinitas necessidades.
O costume que tivemos com a seqüência ininterrupta de séculos e séculos de uma medicina voltada
apenas para o socorro de reversão de males já bem instalados e de intervenções drásticas, inclusive com
muitos processos invasivos, fez perde-se de foco o sentido terapêutico de ajuda como resgate para os
próprios processos internos de cura e evolução do sistema humano. O estado de cura real, de satisfação
plena, na realidade, e infelizmente, já foi vivenciado por muito poucos de nós. O processo e o estado de
cura são um dos vários conhecimentos e vivências que vão além do alcance da razão. É um conhecimento
emocional, físico, mental e espiritual, que não se traduz apenas em palavras, mas, que por uma graça da
natureza, é passível de ser propagado entre nós pelo poder da transmissão sinestésica. A sinestesia é a
capacidade de se perceber uma mensagem de um meio com o sentido de outro. Assim podemos ter cores
e cheiros "doces" ou "amargos", por exemplo. Desta forma, o psicoterapeuta, possui "uma chave" para
nos transmitir uma emoção, uma sensação, uma força de vontade, seja lá o que for, que não estamos
conseguindo sintonizar por um motivo ou por outro. De forma resumida, este entendimento deve ser
repassado para o cliente a fim de deixa-lo mais à vontade e quebrar a barreira da resistência. Os segredos
incontáveis Por vezes o cliente fala e fala e fala e, no entanto, continua escondendo um segredo.
Um segredo "incontável" funciona somaticamente para o organismo da mesma forma que um veneno.
Dessa forma, existem coisas "incontáveis" ou das quais nos envergonhamos muito, mas para as quais
precisamos dar vazão. Pois algo incontável gera um sentimento de exclusão dentro do grupo humano.
Para esses casos, a figura do psicoterapeuta holístico funciona com alguém que, a partir de um
distanciamento proporcional ao tamanho desse segredo, esteja apto a ouvi-lo e desta forma, dividir este
fardo com ele.
EXPANDINDO A CONSCIÊNCIA
Segundo Jung, todo indivíduo possui uma tendência para o autodesenvolvimento, que ele chama de
individuação. Individuação significa tornar-se um ser único, homogêneo, na medida em que por
individualidade entendemos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, significando
também que nos tornamos o nosso próprio si mesmo. Pode-se traduzir Individuação como tornar-se si
mesmo, ou realização do si mesmo.
Individuação é um processo de desenvolvimento da totalidade e, portanto, de movimento em direção a
uma maior liberdade. Isto inclui a expansão da consciência e a integração de vários elementos que
compõe o nosso Ser.
Na teoria de Jung, a Psicologia Analítica, ele criou termos para definir estes elementos, como Ego,
Persona, Sombra, Anima ou Animus, que vem a ser arquétipos inconscientes.
Quanto mais conscientes nos tornamos de nós mesmos através do auto conhecimento, tanto mais se
reduzirá a camada do inconsciente pessoal que recobre o inconsciente coletivo. Desta forma, sai
emergindo uma consciência livre do mundo mesquinho, suscetível e pessoal do Eu, aberta para a livre
participação de um mundo mais amplo de interesses objetivos.
Essa consciência ampliada não é mais aquele novelo egoísta de desejos, temores, esperanças e ambições
de caráter pessoal, que sempre deve ser compensado ou corrigido por contra-tendências inconscientes;
tornar-se-á uma função de relação com o mundo de objetos, colocando o indivíduo numa comunhão
incondicional, obrigatória e indissolúvel com o mundo.
Do ponto de vista do Ego, crescimento e desenvolvimento consistem na integração de material novo na
consciência, o que inclui a aquisição de conhecimento a respeito do mundo e da própria pessoa. O
crescimento, para o Ego, é essencialmente a expansão do conhecimento consciente.
Temos então o auto conhecimento como a integração total entre os conteúdos inconscientes, nossos
desejos profundos com a consciência, nosso contato com o mundo.
Expandindo a consciência estaremos com uma visão clara do que nos cerca e a certeza de lidar melhor
com as situações. Com os conteúdos inconscientes integrados, estaremos livres de conflitos internos, pois
estaremos nos compreendendo melhor.
Cabe ao psicoterapeuta holístico desenvolver no seu cliente estas capacidades, a de expandir a
consciência e integrar o inconsciente. Daí ter sido até agora apresentado em forma de informações, vários
instrumentos que possibilitaram a condução deste processo por você.
SER TERAPEUTA HOLÍSTICO...
O QUE É O HOLISMO?
Podemos considerar o Holismo como uma linguagem. Uma linguagem de entendimento do mundo, do ser
humano e da vida como sendo entidades completas e únicas e ao mesmo tempo, interligadas.
O termo vem do grego, onde Holos significa "inteiro", "todo". Remonta aos pré-socráticos e já era
utilizado e foi consagrado por Heráclito (544 aC - 484 aC) quando afirmava que "as partes estão no todo e
o todo nas partes". Ou seja, um sentido de integração.
O Holismo como paradigma filosófico-científico, surgiu na década de 60, como uma resposta ao mal estar
estabelecido nestes tempos de pósmodernidade e que é em grande parte causada exatamente por este
fracionamento dos aspectos humanos, principalmente a divisão corpo e mente. Uma fragmentação
estabelecida através das teorias mecanicistas ao longo do Renascimento, o que foi chamado de
pensamento cartesianista. O Holismo resgata a visão de que o ser humano é um todo composto por
aspectos físicos, emocionais, espirituais e mentais, sendo um interagindo com o outro. Observar o ser
humano apenas através de um destes aspectos é perder de vista sua integridade, sua "inteireza".
A medicina ortodoxa ocidental, por exemplo, é bastante conhecida por sua atuação através de
medicamentos buscando a cura através da remoção de sintomas e muitas vezes mascarando as reais
causas que não são físicas e sim, emocionais, mentais ou mesmo espirituais. A própria OMS -
Organização Mundial de Saúde, há muito já mudou o conceito de saúde de "ausência de doença" para
"bem estar físicopsico- social", onde demonstra o reconhecimento da amplitude do ser humano.
Temos assim o que é chamado de Paradigma Holístico, que vem a ser a atual tendência de abordagem nas
mais diversas áreas do saber, onde a visão de totalidade, de síntese e de interconexão entre todos os itens,
se sobrepõe à análise e "dissecação" das "partes". Exemplos: Terapia Holística, Empresariado Holístico
(meio ambiente, qualidade de vida do empregador e do funcionário, lucro, tudo é tido como
interdependente e igualmente importante), Educação Holística (as matérias são estudadas interconectadas
entre si).
No campo terapêutico não é diferente, e conhecidas ainda como Terapias Auxiliares, a Terapia Holística
não vem substituir outros tipos de terapia ortodoxas, mas sim, acrescentar mais uma visão em busca do
bem estar e qualidade de vida do ser humano. Historicamente, é claro que existe muito preconceito em
relação à credibilidade das Terapias Holísticas, pelo fato de que elas se baseiam não em comprovações
científicas, mas sim, na constatação da eficácia de seu uso e aplicação, por conta de quem dela se
beneficia. E esta eficácia é verificada ao longo dos séculos, pois o que hoje chamamos de Terapias
Holísticas, na verdade são formas mais elaboradas e sistematizadas de praticas muito antigas, por vezes
milenares, como por exemplo, as Técnicas Corporais.
Daí todo o preconceito que ocorre, pois muitas vezes vemos as práticas da Terapia Holística, associadas
ao charlatanismo, a alguma crença ou mesmo, que são simplesmente inócuas.
Mas como dito anteriormente, o que vale é a eficácia e se o profissional for dedicado, estudioso e estiver
sempre se reciclando, se atualizando, de certo seus clientes serão a maior prova de que a Terapia Holística
é uma opção válida para promover o bem estar e qualidade de vida do ser humano.
As Terapias Holísticas são por definição, o conjunto de técnicas oriundas das mais variadas culturas e dos
mais distintos contextos históricos e que de forma renovada e organizada, se prestam na atualidade para
promover o bem estar e a qualidade de vida do ser humano. A promoção deste bem estar e do aumento de
qualidade de vida, se dá através da aplicação destas técnicas pelo Terapeuta Holístico, junto aos clientes.
É o Terapeuta Holístico que procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma
holístico, cuja abordagem leva
em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos da pessoa. Cada caso é considerado único e deve-se
dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha
maior afinidade, promovendo a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo
com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:
comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de
ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das
condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.
Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a
catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de um somatório de
terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
Vemos que o Terapeuta Holístico atua como um catalizador da tendência natural ao auto-equilíbrio do
cliente, facilitando-a por meio de técnicas naturalistas, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e
equipamentos não agressivos, além de produtos cuja comercialização seja
livre, bem como orientar seus clientes através de aconselhamento profissional. O trabalho é realizado
sempre sob o paradigma holístico, ou seja, o cliente é abordado sob todos os seus aspectos e, nesta área,
não é comum a existência de ―especialistas‖, pois o correto é que o Terapeuta Holístico faça uso da
somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e devemos ter à disposição os
mais variados métodos, para poder-se optar por aqueles com os quais o cliente tenha afinidade.
A LEGISLAÇÃO PERTINENTE
A profissão de Terapeuta Holístico é LÍCITA, ou seja, "dentro da Lei", pois não existe nenhuma que a
preveja, limite ou impeça o seu LIVRE exercício. Entretanto, ela não é REGULAMENTADA, ou seja,
não existe Lei ou Decreto Federal específicos sobre o tema. A ausência de Regulamentação pelo governo
para muitas profissões tem sido altamente benéfica, para outras, nem tanto, pois a colocam como alvo de
polêmicas e perseguições. A CBO - Classificação Brasileira de Ocupações registra mais de 36.000
profissões e destas, apenas cerca de 25 possuem Lei regulamentando seus órgãos de fiscalização. Via de
regra, a esmagadora maioria das profissões brasileiras, não são regulamentadas, cabendo à "lei de
mercado" a seleção dos trabalhadores.
A correta interpretação da Constituição Federal garante que a ausência de regulamentação por Lei
Federal torna LIVRE o exercício profissional. Ninguém pode ser proibido ou restringido no direito de
exercêlas, sendo o controle feito através da Lei Penal se, e somente se, ocorrer o "charlatanismo", lesões
ou outro delito, como por exemplo, o exercício ilegal de profissão (invasão de alguma outra atividade já
regulamentada pela União).
Como categoria, os Terapeutas Holísticos, têm seu Sindicato reconhecido pelo Ministério do Trabalho,
no. 46000.003516/93 e no. 46000.002902/97 – Diário Oficial da União no. 55 de 21/03/1997, Seção I,
página 5678 e Diário Oficial da União no. 134-E de 16/07/1998, Seção I, página 01.
DEFINIÇÕES:
TERAPIAS AMBIENTAIS: São as terapias onde se trabalha um equilíbrio entre a pessoa e o ambiente
onde ela vive, trabalhando principalmente a saúde ecológica do ser. Além do xamanismo, temos também
a domoterapia e a geobiologia, ambas agregadas á radiestesia, o Feng Shui pertencente às terapias
tradicionais chinesas e o Vastu-Shastra pertencente às terapias tradicionais ayurvedicas.
TERAPIAS REFLEXIVAS: São as terapias onde estimula-se pontos reflexos em regiões específicas do
corpo. Cada ponto reflexo está intimamente relacionando a uma função do corpo humano. Dentre elas
temos: Reflexologia ou Reflexoterapia Podal (aplicada nos pés), Reflexoterapia Quiral ou
Quiropuntura (aplicada nas mãos), Terapia Crânio-Sacral (aplicada na cabeça e pescoço),
Auriculoterapia ou Auriculopuntura (nas orelhas), Acupuntura Sistêmica (corpo todo),
Iridologia/Irisdiagnose (avaliação através da Íris).
TERAPIAS CORPORAIS E ARTÍSTICAS: São as terapias baseadas em toques e estímulos pelo
corpo, exercícios físicos ou práticas artísticas que busquem uma integração entre os aspectos psico-físicos
do ser:
Massoterapia: a massoterapia auxilia o equilíbrio do ser através de vários tipos de toques em
pontos estratégicos de conversão de energia. Existem diversas formas de massagens terapêuticas
como shiatsu, do-in, massagem ayurvédica, reflexologia, drenagem linfática, massagem relaxante
etc.
Yoga/Yogaterapia: técnicas de exercícios psico-físicos baseada nos ocnceitos indianos e
tibetanos. Possue em sua prática 5 etapas: Dharana (Concentração mental), Pranayama
(exercícios respiratórios), Ásanas (exercícios psicofísicos), Yoganidra (relaxamento), Dhyana
(meditação).
Artes Marciais: técnicas psico-físicas que combinam de forma equilibrada ataque e defesa de
origem oriental. Dentre elas temos Tai Chi Chuan, Lian Gong, Karatê, Judô, Kung Fu, dentre
outros.
Biodança, Danças Folclóricas, Dança Sênior: danças coordenadas para estimular o lado lúdico,
a memório e coordenação motora.
Arteterapia: é um processo terapêutico que se serve do recurso expressivo a fim de conectar os
mundos internos e externos do indivíduo, através de sua simbologia. Variados autores definiram
a Arte terapia, todos com conceitos semelhantes no que diz respeito à auto-expressão. É a arte
livre, unida ao processo terapêutico, que transforma a Arte terapia em uma técnica especial.
PSICOTERAPIA HOLÍSTICA: tem por objetivo levar o ser humano ao auto-conhecimento, sendo um
meio no qual através suas ferramentas específicas, poderemos avaliar e compreender melhor nosso cliente
assim, como acelerar o processo de tratamento. Dentre suas técnicas temos as ciências oraculares como
tarô, numerologia, astrologia, I Ching bem como outras técnicas como os processos meditativos,
projeciologia, alfagenia, metafísica, etc...
A POSTURA PROFISSIONAL
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O Terapeuta Holístico
III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-
equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes;
IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos,
aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo,
nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
1 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive,
fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja
livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
2 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, sejam
contrários aos ditames de sua consciência;
3 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições
adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério,
prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício
profissional;
§1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente;
§2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os
princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e,
sobretudo, pela ética;
§3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja
sendo prejudicada;
§4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 —
Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional, quer seja como autônomo ou
como pessoa jurídica;
§5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja
se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção;
§7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente
de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer
técnicas terapêuticas;
§8 — Indicar, sugerir ou induzir a pessoa atendida a abandonar ou alterar quaisquer tipo de tratamento
com qualquer outro profissional da área da saúde, seja ela holística ou convencional.
O Terapeuta Holístico:
1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na
prestação de serviços profissionais;
2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio
profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento;
quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em
situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico;, dando
ciência do ocorrido;
3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que
lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de
especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;
DO SIGILO PROFISSIONAL
1— O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo aquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar
conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos
responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro
profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e
que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à
segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato,
providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas
consequências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o
acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.
1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento,
é vedado:
§1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as
possíveis consequências de tais atividades;
§2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuizo a seres humanos,
animais ou meio ambiente;
§3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim
o desejarem;
§3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais;
§5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam
induzir o público a acreditar que pertencem a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta
Holístico
1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que correspondam a uma
justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de
seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou
psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
§ Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer
recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 das
atividades vedadas, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência
desleal;
2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da
sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este
ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como
concorrência desleal;
1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância,
além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo
acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus
representantes);
2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos
pelo INTA, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos o omissos e fazê-la incorpor a este
Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião
oficial;