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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”


unesp INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:


TEORIA E PRÁTICA

PERFIL DO CONSUMIDOR DE SERVIÇO DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS,


EM RESIDÊNCIAS, NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.

MARYLIN ARAUJO MOREIRA REIS

Monografia apresentada ao Instituto


de Biociências do Câmpus de Rio
Claro, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de
Especialista em Entomologia
Urbana.

12/2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
unesp INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:


TEORIA E PRÁTICA

PERFIL DO CONSUMIDOR DE SERVIÇO DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS,


EM RESIDÊNCIAS, NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.

MARYLIN ARAUJO MOREIRA REIS

ORIENTADOR: Prof. Dr. Odair Correa Bueno

Monografia apresentada ao Instituto


de Biociências do Câmpus de Rio
Claro, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de
Especialista em Entomologia
Urbana.

12/2015
628.96 Reis, Marylin Araujo Moreira
R375p Perfil do consumidor de serviço de controle de vetores e
pragas, em residências, na cidade do Rio de Janeiro / Marylin
Araujo Moreira Reis. - Rio Claro, 2015
25 f. : il., gráfs., quadros, mapas

Trabalho de conclusão de curso (Entomologia urbana:


teoria e prática) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de
Biociências de Rio Claro
Orientador: Odair Correa Bueno

1. Pragas - Controle. 2. Pragas urbanas. 3. Serviço


especializado. 4. Empresas controladoras de pragas. I. Título.

Ficha Catalográfica elaborada pela STATI - Biblioteca da UNESP


Campus de Rio Claro/SP
3

AGRADECIMENTOS

Acima de tudo, minha imensa gratidão a Deus e ao mestre Jesus Cristo pela
oportunidade de evoluir intelectualmente nesta vida.
Minha profunda gratidão ao meu marido Rodrigo Melo Reis, meu
companheiro e parceiro, por todo apoio e incentivo e por sempre acreditar na minha
capacidade.
Gratidão às minhas filhas Mel Moreira Reis e Maria Eduarda Alves Reis por
compreenderem as minhas ausências e por vibrarem com as minhas conquistas.
Gratidão aos meus pais, por sempre apoiarem os meus desafios.
Gratidão aos professores, que geram em mim uma profunda admiração,
exemplos de dedicação, disciplina, esforço e caridade por compartilharem os seus
conhecimentos.
Gratidão aos amigos da T7 pelas grandes trocas de conhecimento, de
carinho, de amizade, de alegrias.
Gratidão por todos aqueles que contribuíram, em cada fase, para a realização
deste trabalho.
4

SUMÁRIO

RESUMO .....................................................................................................................6

ABSTRACT .................................................................................................................7

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................8

2. JUSTIFICATIVA ..............................................................................................10

3. OBJETIVO ......................................................................................................10

4. MATERIAL E MÉTODO ..................................................................................10

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................11

5.1. Cenário da incidência de pragas, nas residências, na perspectiva dos


moradores ............................................................................................11

5.2. Cenário do tipo de controle realizado nas residências ........................13

5.3. Cenário da relação entre os consumidores residenciais e as empresas


controladoras de pragas ......................................................................15

5.4. Tendências ...........................................................................................17

5.4.1. Tipo de produto ..............................................................................17

5.4.2. Perfil da mulher no mercado de trabalho no Brasil ........................18

6. CONCLUSÃO .................................................................................................20

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................21

8. APÊNDICE ......................................................................................................22
5

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABCVP ...................................Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas

INEA .............................................................................Instituto Estadual do Ambiente

CNPJ ................................................................Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

IBGE .......................................................Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

SMS ..............................................................................Secretaria Municipal de Saúde


6

PERFIL DO CONSUMIDOR DE SERVIÇO DE CONTROLE DE VETORES E


PRAGAS, EM RESIDÊNCIAS, NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.

RESUMO

O Rio de Janeiro é o segundo município mais populoso do país, totalmente


urbano, com 2.146.340 residências, com características específicas que propiciam a
proliferação de pragas e vetores. Esta pesquisa teve como objetivo fornecer
subsídios para que as empresas controladoras de pragas do município possam
analisar o potencial e as tendências do mercado, no segmento residências, e assim
criarem estratégias para melhorar suas performances qualitativa e
quantitativamente, agregando maior valor aos seus serviços e atuando como um
agente orientador para o consumidor. Consumidores foram consultados para
avaliarem a situação do grau de infestação de pragas nas suas residências, bem
como avaliarem a prestação de serviços das empresas controladoras quando estas
foram solicitadas. Constatou-se que os consumidores ainda são carentes de
informações em relação às pragas, o que revela uma oportunidade para as
empresas controladoras. Constatou-se também que o profissionalismo das
empresas do município do Rio de Janeiro vem aumentando, uma vez que o grau de
satisfação dos consumidores foi elevado, que a indicação de terceiros ainda é a
melhor oportunidade de negócios para as empresas e que aquelas que apostarem
na contratação de mão de obra feminina, levarão confiança aos seus clientes.
Palavras Chaves: Pragas urbanas, serviço especializado, empresas controladoras
de pragas, Rio de Janeiro, perfil do consumidor.
7

ABSTRACT

Rio de Janeiro is the second most populated city in Brazil, totally urbanized,
with 2.146.340 households with their own characteristics and specificity which allow
disseminating plagues and their vectors. This research has the objective of
subsidizing fumigation companies in the city with information from the market needs
in order to analyze potential marketing opportunities in the household business and
therefore to help those companies develop strategies to improve their services both
in quality and in quantity. This improvement would be achieved by making their
agents working as educators of the costumer. Costumers and potential clients were
asked to evaluate their reality concerning plagues present in their houses and also to
evaluate the companies which were called to control those same plagues, if that was
the case. The pole has shown that consumers lack information in relation to plagues,
which is in fact a great business opportunity to fumigation companies. Research has
also shown that the level of specialization of the companies in the city has been
growing since consumers were satisfied by their services; word-of-mouth is still the
most common way the population uses to choose the company that will be hired;
Companies which hire women are also among the ones preferred by costumers.
Keywords: Urban plagues, specialized service, fumigation companies, Rio de
Janeiro, costumer profile.
8

1. INTRODUÇÃO

O Rio de Janeiro é o município mais populoso do seu estado, com 6.320.446


habitantes e com uma densidade demográfica de 5.266 habitantes/Km² (IBGE,
2010). Representa 39,5% do total da população do estado do Rio de Janeiro. É o
segundo município mais populoso do Brasil, ficando atrás somente da cidade de São
Paulo. O município está dividido em 160 bairros e cerca de 1,5 milhão de habitantes
estão concentrados em apenas 11 bairros: Campo Grande, Santa Cruz, Bangu,
Tijuca, Realengo, Jacarepaguá, Copacabana, Barra da Tijuca, Maré, Guaratiba e
Taquara (IBGE, 2010).
A estimativa para a população da cidade do Rio de Janeiro, no ano de 2015, é
de 6.476.631 habitantes (IBGE, 2010).

Mapa 1. Estado do Rio de Janeiro. Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008.

Além da alta densidade demográfica e da aglomeração populacional, outras


características do município do Rio de Janeiro oferecem condições ideais para a
9

proliferação de vetores e pragas urbanas, tais como: o município é completamente


urbano, de clima quente e úmido, possui a mata atlântica como vegetação
predominante, é uma cidade litorânea e ainda convive com graves problemas de
saneamento como: esgoto a céu aberto e resíduos sólidos sem direcionamento final
adequado (AZEREDO; MOTTA, 2010).
O município do Rio de Janeiro possui 2.146.340 domicílios particulares
permanentes (IBGE, 2010). As residências, quaisquer que sejam, casas ou
apartamentos, propiciam condições ideais para a infestação e proliferação de
vetores e pragas intra ou peridomiciliar. As próprias edificações geram abrigos para
as pragas, como nas frestas dos azulejos e fendas na alvenaria, nos vãos entre as
lajes e paredes, nos tetos rebaixados, nos telhados, no esgoto.
Outra condição ideal é que, nas residências, essas pragas encontram água,
que também servem de criadouros, por exemplo, nos reservatórios dos vasos de
plantas, nos reservatórios dos refrigeradores, nos ralos, nas calhas, em áreas com
infiltrações e vazamentos.
Também encontram grande oferta de alimentos, de uso dos próprios
moradores, pelo lixo gerado, pela criação de animais de estimação ou em algumas
residências pela própria falta de higiene com o acúmulo de resíduos.
As pragas podem penetrar no ambiente interno das residências de várias
maneiras, e uma bem comum é através das embalagens de lojas e supermercados.
Essas embalagens podem estar infestadas de baratas, formigas e traças, por
exemplo, e uma vez estocadas nas residências, já que na maioria delas são
encontradas as condições necessárias para a proliferação, citadas anteriormente, as
pragas invadem o ambiente e proliferam-se rapidamente.
As pragas urbanas causam diversos danos às pessoas, desde o simples
incômodo até a transmissão de vírus, bactérias, protozoários, fungos, enfim,
patógenos causadores desde uma simples alergia até sérias doenças que podem
levar à morte. Causam prejuízos econômicos uma vez que podem contaminar
alimentos e destruir patrimônios.
Segundo informações obtidas na ABCVP, no ano de 2013 havia no Brasil
4.217 empresas com CNPJ. Em pesquisa informal realizada na internet, ainda
segundo à ABCVP, foram localizadas cerca de 550 empresas controladoras e, no
entanto, existem 309 empresas licenciadas pelo INEA. Atualmente no município do
Rio de Janeiro 60 empresas são associadas à ABCVP.
10

2. JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a grande concorrência entre as empresas controladoras de


pragas, estas estão em busca de constante aperfeiçoamento para o melhor
atendimento das demandas do mercado, uma vez que o consumidor está cada vez
mais exigente.

3. OBJETIVO

Realizar uma pesquisa de mercado com o consumidor de serviço de controle


de vetores e pragas, em residências, na cidade do Rio de Janeiro, para gerar dados
e assim traçar o seu perfil. Desta forma, esse trabalho visa fornecer subsídios para
que as empresas controladoras de pragas possam analisar o potencial e as
tendências do mercado, no segmento residências, e assim criarem estratégias para
melhorarem suas performances qualitativa e quantitativamente, agregando maior
valor aos seus serviços e atuando como um agente orientador para o consumidor.

4. MATERIAL E MÉTODO

Os dados que serviram de base para a pesquisa foram extraídos e


compilados através de um questionário contendo 21 perguntas (Apêndice:
Questionário). O questionário foi cadastrado no site www.pesquisaonline.com.br,
que gerou um link, https://www.onlinepesquisa.com/s/81e6f22, que foi enviado por e-
mail, inicialmente para 10 pessoas selecionadas. Após, foi solicitado que essas 10
pessoas encaminhassem o e-mail com o link da pesquisa para outras pessoas,
criando-se uma espécie de rede. O questionário online ficou disponível durante os
meses de setembro e outubro de 2015.
11

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Cenário da incidência de pragas, nas residências, na perspectiva dos


moradores

O questionário foi respondido por 100 pessoas. Dessas, 60% disseram que já
houve infestações de pragas nas suas residências e dentre as 10 pragas que os
participantes podiam optar como sendo as de maior frequência, as 3 de maior
ocorrência, segundo eles, foram: em primeiro lugar formiga com 60%, em segundo
lugar cupim com 41,7% e por fim, em terceiro lugar barata com 35%, como
demonstrado no gráfico 1.

Gráfico 1. Percentual da frequência de infestação das respectivas pragas nas


residências infestadas.

Em enquete realizada com empresas controladoras de pragas, constatou-se


que, considerando as vendas de serviços para controle de pragas (incluindo o
serviço de formiga junto ou separado de outras pragas), 55,45% dos clientes que
mais contratam serviços para o controle de formigas são as residências (COSTA,
2013). Quando as empresas controladoras de pragas foram questionadas se os
moradores das residências sabiam que as formigas representam riscos por serem
12

vetores de bactérias e fungos, 34,26% disseram que sim, porém somente os


moradores mais qualificados e 26,85%, disseram que sim, que no geral a
informação está bem difundida (COSTA, 2013).
No entanto, do total de empresas participantes da enquete, o maior
percentual, que foi de 21,82%, disse que no total de vendas da empresa, apenas de
2% a 5% dessas vendas referem-se ao serviço de controle de formigas pedido
separadamente (COSTA, 2013).
Chama-se atenção no gráfico 1, que apenas 16,7% dos participantes
relataram mosquitos como sendo pragas infestantes das suas residências, visto que,
a cidade do Rio de Janeiro, até outubro de 2015, apresentou 16.186 casos de
dengue (SMS, 2015) e que grande parte dos criadouros, fundamentais para a
proliferação dos mosquitos estão no interior das residências. Em uma avaliação
realizada no município do Rio de Janeiro, concluiu-se que em visitas a residências,
realizadas por agentes comunitários de saúde, foram encontradas dificuldades de
acesso, com pendência em 33,3% dos casos, e restrições de acesso em 40%, em
particular nas lajes, caixas d’água e nos entulhos, impedindo a identificação dos
criadouros pelos agentes, comprometendo a eficácia do Programa Saúde da Família
na redução dos índices de infestação do Aedes aegypti (WERMELINGER et al,
2014).
Nota-se ainda que nenhum participante indicou mosca como sendo uma
praga de ocorrência nas suas residências e somente 3,3% indicaram os ratos. No
entanto, os ratos são um dos principais problemas das áreas urbanas (DUARTE,
2013).
Em outra enquete realizada com empresas controladoras de pragas, 76% das
empresas participantes disseram que menos de 10% dos seus clientes residenciais
sabem identificar as diferentes espécies de roedores (COSTA, 2012).
13

5.2 Cenário do tipo de controle realizado nas residências

Do total dos 100 participantes, 63% disseram que já foi feito algum tratamento
contra pragas nas suas residências, esse dado aponta que em alguns casos,
mesmo nas residências sem infestações, houve algum tipo de tratamento contra
pragas, indicando uma forma de prevenção. No gráfico 2, do total de tratamentos
realizados, 67% foram tratamentos realizados por uma empresa especializada e
33% foi um autosserviço, ou seja, o tratamento foi realizado pelo próprio morador e
que na opinião de 75% desses, o autosserviço seu deu pois eles não viam a
necessidade da contratação de uma empresa, visto que sabiam fazer o serviço,
como mostra o gráfico 3. Em 71,4% não há uma frequência na contratação de
serviços de uma empresa especializada, ou seja, a contratação é feita apenas
quando o morador vê a necessidade, o que mostra o gráfico 4.

Gráfico 2. Percentual do tipo de serviço realizado nas residências.


14

Gráfico 3. Percentual da razão pela qual os participantes optaram pelo autosserviço.

Gráfico 4. Percentual da frequência de contratação de uma empresa especializada.

A ABCVP sugere prazos de Garantia de Assistência Técnica (GAT) para


residências com o objetivo de promover o bem-estar da população com base no
Código de Defesa do Consumidor (CDC) e atender as restrições técnicas dos
produtos químicos de mercado, como mostra o quadro 1.
15

GRUPO PRAGA PERÍODO


Formiga
Barata
Insetos rasteiros e ectoparasitas 3 meses
Pulga
Carrapato
GRUPO PRAGA PERÍODO
Ratazana
Roedores Rato de telhado 3 meses
Camundongo
GRUPO PRAGA PERÍODO
Mosca Contrato de
Insetos alados Mosquito - pernilongo manutenção
permanente
Mosquito - dengue
GRUPO PRAGA PERÍODO
Cupim de madeira seca
Insetos destruidores de madeira Cupim arbóreo
2 anos ou contrato
(xilófagos) Cupim subterrâneo
Broca

Quadro 1. Garantia de Assistência Técnica em residências.

5.3 Cenário da relação entre os consumidores residenciais e as empresas


controladoras de pragas

O gráfico 5 mostra que, dos participantes que contrataram uma empresa


especializada, em quase 65% dos casos, a indicação de terceiros foi a forma pela
qual o consumidor entrou em contato com a empresa, seguida de pesquisa no
Google, com 19% dos casos. Esses dados confirmam o quanto importante é um
trabalho eficiente por parte das empresas controladoras.
Quanto à avaliação do nível de satisfação dos consumidores em relação a
alguns aspectos mostrados no gráfico 6, podemos constatar, que no geral, os
consumidores estão satisfeitos.
16

Gráfico 5. Percentual sobre forma pela qual as empresas foram encontradas.

Gráfico 6. Percentual do nível de satisfação dos consumidores.

Resultados da pesquisa sugerem que as empresas controladoras de pragas estão


buscando a excelência nos seus serviços, uma vez que os resultados positivos
foram significativos. Dos participantes que contrataram empresas especializadas,
90% tiveram a percepção de uma boa organização nas empresas, 95%
consideraram as empresas pontuais, 82% relataram que a metodologia a ser
utilizada no serviço foi explicada, assim como 88% relataram que foram explicados
também os cuidados a serem tomados após a realização do serviço. Já em relação
a indicação de mudanças físicas, o percentual diminuiu para 62%.
17

Em relação ao valor cobrado pelo serviço, 79% consideraram que foi um valor justo
e que 72% dos participantes contrataria a mesma empresa, mesmo que outra
ofertasse um valor mais em conta.

5.4 Tendências

5.4.1 Tipo de produto

Os produtos sem cheiro foram a preferência de 93% dos entrevistados como era o
esperado e as empresas devem lançar mão de produtos com essa característica. Ao
mesmo tempo, as empresas devem orientar os consumidores que utilizam
indiscriminadamente produtos sem cheiro de venda livre. O consumidor, que na
maioria das vezes, desconhece as propriedades tóxicas dos componentes dessas
formulações (princípios ativos e adjuvantes como, solventes, propelentes e
sinergistas), é atraído pela mídia, que oferece esses produtos como se fossem
inócuos. A comercialização de inseticidas sem cheiro ou com odores agradáveis
como limoleno, eucaliptol e óleo de citronela faz com que o consumidor se exponha
a esses produtos de forma mais frequente, pois ele tende a permanecer no local,
após a aplicação do inseticida, segundo o Departamento de Vigilância Sanitária –
DEVS.

Gráfico 7. Preferência de produto com ou sem cheiro.


18

5.4.2 Perfil da mulher no mercado de trabalho no Brasil

No Brasil, as mulheres são maioria da população, passaram a viver mais, têm


tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e,
atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias, segundo o portal
Brasil. http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/mulheres-sao-maioria-da-
populacao-e-ocupam-mais-espaco-no-mercado-de-trabalho acesso em 22/112015.
No município do Rio de Janeiro, as mulheres representam 53% da população.
Tendo em vista esses dados, o segmento de controle de pragas pode ser uma
oportunidade para inserção de mulheres no mercado de trabalho. O gráfico 7 aponta
que 73,8% dos participantes que já tiveram infestações nas suas residências
sentiriam confiança caso fossem atendidos por uma controladora de pragas.

Gráfico 8. Percepção a respeito da realização do serviço por uma controladora de pragas.


19

5.4.3 Sugestões, do ponto de vista dos entrevistados, para que as empresas


controladoras de pragas sejam vistas como empresas diferenciadas no
mercado

 Ouvir as reais necessidades do cliente ao invés de tentar oferecer


outros serviços ou produtos além dos já contratados.
 Segurança nos produtos utilizados (sem cheiro e baixa toxicidade) é
um item muito relevante quando se tem crianças e animais em casa.
 Prestar um serviço continuado com planos de fidelização com
descontos.
 Reforçar o uso de EPI pelo profissional executor do serviço.
 Facilidade de pagamento e contato para lembrar da periodicidade
necessária.
 Panfletos informativos sobre como proceder caso haja contato com o
produto gerando irritabilidade.
 Como se comportar caso o cliente possua animais, prazo de garantia
explícito, cartela de fidelidade com descontos progressivos ou
descontos caso a periodicidade de serviços seja respeitada pelo
cliente.
 Sempre explicar detalhadamente os cuidados que deverão ser
tomados.
 Não deixar cair a qualidade do serviço e ser pontual.
 Operadores treinados.
20

6. CONCLUSÃO

O Rio de Janeiro, sendo o segundo município mais populoso do país,


considerado totalmente urbano, tem alto potencial no mercado de controle de pragas
em residências. Embora 60% dos participantes da pesquisa tenham respondido que
já tiveram infestações de pragas nas suas residências, os 40% restantes que
negaram esse dado, ainda é um número muito alto de consumidores que
consideram nunca ter tido nenhuma incidência de pragas, visto que as
possibilidades de infestação são imensas. Essas pragas devem passar
desapercebidas ou mesmo não serem consideradas como tal por esses
consumidores, daí mosquito ter sido citado por eles como uma das pragas com uma
das menores frequências de infestação. Esses dados sugerem como o consumidor
ainda é carente de informações sobre o que são pragas, e essa carência pode ser
explorada pelas empresas controladoras.
Surpreendentemente, o alto nível de satisfação dos participantes sobre os
diversos aspectos apresentados em relação às empresas controladoras do
município do Rio de Janeiro, demonstra que as empresas estão buscando aumentar
a qualidade nos seus serviços, desde o atendimento até o controle propriamente
dito, e essas ações tornará o mercado mais profissional e menos informal. A
tendência é que cada vez mais as empresas busquem a profissionalização dos seus
colaboradores, a padronização dos seus processos e a excelência no atendimento.
A maior utilização de mão de obra feminina pode ser um diferencial dentro desse
mercado. As empresas devem se atentar para o fato de que a indicação de terceiros
ainda é a melhor oportunidade de negócios.
21

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em:


<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm>.
Acesso em: 22 nov. 2015.

AZEREDO, M. A. de; MOTTA, A. L. T. S. da – Uma análise sobre a expansão


urbana da cidade do Rio de Janeiro e a demanda por serviços de saneamento
básico. Disponível em:
<https://revistainternacionaldoconhecimento.wordpress.com/2011/01/06/saneamento
-uma-anlise-sobre-a-expanso-urbana-da-cidade-do-rio-de-janeiro-e-a-demanda-por-
servios-de-saneamento-bsico-por-margareth-a-de-azeredo-et-al/>.
Acesso em: 27 nov. 2015.

COSTA, P. H. Manejo de Pragas - Formigas. Vetores & pragas. Rio de janeiro. RJ.
Ano 16, n. 33. P. 31-32. 2013.

SMS – Secretaria Municipal de Saúde. Disponível em:


<http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5167225/4145226/denguenotificadosexcetode
scartadosMes2015.htm>. Acesso em 23 nov. 2015.

DUARTE, J. R. Pragas Sinantrópicas. O que são e suas relações com as áreas


urbanas e a saúde da população. Vetores & pragas. Rio de janeiro. RJ. Ano 17, n.
34. P. 2-5. 2013.

COSTA, P. H. Enquete Roedores. Vetores & pragas. Rio de janeiro. RJ. Ano 16, n.
32. P. 13-14. 2012.

WERMELINGER, E. D.; COHEN, S. C.; THAUMATURGO, C.; SILVA, A. A. da;


RAMOS, F. A. F.; SOUZA, M. B.; SOUZA, M. B. de – Avaliação do acesso aos
criadouros do Aedes Aegypti por agentes de saúde do programa saúde da família no
município do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://inseer.ibict.br/rbsp/index.php/rbsp/article/view/1403/1058>.
Acesso em: 25 nov. 2015.

Superintendência de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Sanitária –


DEVS. INFORME DO DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - DEVS
INSETICIDAS DOMÉSTICOS - CUIDADOS EM SEU USO.
Disponível em: www.saude.pr.gov.br/.../InformeDEVSUsodeInseticidasDomesticos.
Acesso em: 14 nov. 2015.

Portal Brasil.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/mulheres-sao-
maioria-da-populacao-e-ocupam-mais-espaco-no-mercado-de-trabalho>.
Acesso em 22 nov. 2015.
22

8. APÊNDICE

8.1 Questionário
23
24
25

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