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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

unesp “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”


INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS DE CONTROLE


DE VETORES E PRAGAS SINANTRÓPICAS

Daniela Martins Gomes do Carmo

Monografia apresentada ao Instituto


de Biociências do Campus de Rio
Claro, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de
Especialista em Entomologia
Urbana .

02/2011
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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:


TEORIA E PRÁTICA

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS DE CONTROLE


DE VETORES E PRAGAS SINANTRÓPICAS

Daniela Martins Gomes do Carmo

Ana Eugênia de Carvalho Campos

Monografia apresentada ao Instituto


de Biociências do Campus de Rio
Claro, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de
Especialista em Entomologia
Urbana .

02/2011
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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho


ao meus pais Dimas e Silvana,
aos meus irmãos Damiana e Dimas
e ao meu marido Hugo
que são minha fonte de força e perseverança
em todos os momentos da minha vida.
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RESUMO

A crescente preocupação da população com a incidência de insetos e roedores “as


chamadas pragas urbanas” no ambiente urbano caminha ao lado da preocupação com a
saúde e o bem estar, ou seja, qualidade de vida. Esses visitantes indesejáveis invadem o
ambiente urbano em busca de alimento, água e abrigo, visto que na maior parte do tempo
esses itens são ofertados por nós, favorecendo assim a reprodução e garantindo a
sobrevivência dessas espécies. As pragas urbanas oferecem riscos à saúde dos
indivíduos por serem vetores mecânicos de microorganismos que podem causar injúrias
ao nosso organismo, que se agravam quando acometem crianças. Visto isso a
contratação de empresas que atuam no ramo torna-se imprescindível para assegurar a
qualidade de vida da população. A prática corrente no mercado de abertura de empresas
de controle de vetores e pragas sinantrópicas sem o cumprimento dos requisitos básicos
exigidos em lei eleva sobremaneira os riscos da atividade tornando necessária unificação
da legislação e maior rigidez da fiscalização. Em face disso esse trabalho propôs um
manual de orientação para contratação de empresas de controle de vetores e pragas
sinantrópicas para auxiliar os responsáveis por escolas e creches do município de
Uberlândia quando lançarem mão desses serviços. Com o auxílio do protocolo
conseguimos reduzir os riscos que a atividade executada de forma irregular expõe toda a
população e o meio ambiente.

Palavras-chave: pragas urbanas; creches; escolas; prestação de serviço.


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SUMÁRIO

1. RESUMO ................................................................................................. 1
2. INTRODUÇÃO........................................................................................... 5
3. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 9
4. OBJETIVO ................................................................................................ 15
5. METODOLOGIA ....................................................................................... 16
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................. 17
7. CONCLUSÃO............................................................................................. 26
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 27

INTRODUÇÃO
“Mais importante do que as leis, é a conscientização do respeito à saúde da população. A
partir daí, surgirão leis bem elaboradas que serão cumpridas com naturalidade. MELHOR,
QUANDO SE CONCLUIR QUE NENHUMA LEI SERÁ NECESSÁRIA, PARA SE FAZER
O ÓBVIO (MOLICA, 1997)”

A crescente preocupação da população com a incidência de insetos e roedores “as


chamadas pragas urbanas” no ambiente urbano caminha ao lado da preocupação com a
saúde e o bem estar – qualidade de vida -.
Há registros que apontam a existência do homem bípede datada de cerca de 3,5
milhões de anos, já a espécie Homo sapiens aponta para uma existência de 180 mil anos.
Fósseis dos ancestrais de baratas e escorpiões datam de, aproximadamente, 350 milhões
de anos, uma diferença cronológica altamente importante, pois muitas foram as
intempéries que esses insetos, hoje pragas urbanas, tiveram que enfrentar para evoluir e
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continuar no planeta, sucessos que monstros como os dinossauros não obtiveram


(FILHO, 2006).
No ecossistema todas as comunidades de seres vivos se interrelacionam de
maneira equilibrada. Os insetos não são pragas do ponto de vista ecológico, têm função
definida na cadeia alimentar e na escala evolutiva (RIO DE JANEIRO, 2007). As
alterações provocadas no ambiente pela urbanização favoreceram o desenvolvimento de
espécies animais que seguiram o homem, a despeito da vontade deste, atraídas pelas
facilidades de abrigo e alimentação. São os animais sinantrópicos (ratos, baratas,
pombos, morcegos, pulgas, carrapatos, etc.) (RIO DE JANEIRO, 2007; BUENO, 1999).
Pela denominação sinantrópicos (do latim sin + antropos = próximos ao homem),
entende-se os animais que, nos pólos de concentrações humanas como os centros
urbanos, cidades, vilas e outros, possuem a característica de adaptação, sobrevivência e
proliferação em ambiente não similar ao seu de origem (COSTA, 2000).
O crescimento desordenado das grandes cidades com sistemas de saneamento,
distribuição de água potável, tratamento de esgoto e coleta do lixo insuficientes para
atender à demanda favoreceram o desenvolvimento de animais sinantrópicos. Estes
animais afetam a qualidade de vida da espécie humana pela possibilidade de causar
prejuízos de ordem econômica, como à agricultura, ao armazenamento de alimentos,
danos a estruturas residenciais ou à saúde pública, pois estão relacionados a diversas
patologias e nesse contexto passam a constituir-se em pragas (COSTA, 2000; PAMPINI,
2005).
As aves e os mamíferos precedem o homem no controle de vetores, pois sempre
buscaram retirar de seus corpos as pragas que nele se instalavam, já o homem tratou das
doenças e das pragas, nos primórdios, como se fossem punições pela prática de pecado.
Provavelmente os embalsamadores foram os primeiros a observar técnicas de controle de
pragas, para que essas não afetassem as múmias (FILHO, 2006).
A classificação e a associação de vegetais e animais ao combate de pragas foram
primeiramente utilizadas pelos gregos. Já no século XII os mascates circulavam pela
Europa oferecendo venenos e armadilhas para ratos e no século XVII começaram a
comercializar esses serviços
No final da década de 20 os exterminadores se organizaram para a atividade. Em
1939 o DDT (dicloro-difenil-tricloretano) tornou-se o primeiro dos inseticidas modernos,
daí originar-se o nome da atividade como Dedetização, o qual posteriormente mostrou-se
altamente persistente no ambiente, tendo seu uso proibido.
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Após a II Guerra Mundial, a evolução dos praguicidas teve seu período de


diversidade aliado a toxicidades mais reduzidas. Desde então o extermínio de pragas
evoluiu para controle, onde o conceito CIP (Controle Integrado de Pragas) ou MIP
(Manejo Integrado de Pragas), antes empregado para áreas agrícolas, é adaptado às
áreas urbanas, visando minimizar o uso abusivo e indiscriminado de praguicidas. Tal
prioridade fez-se necessária nas áreas urbanas, onde os antigos métodos, baseados
exclusivamente no residual dos princípios ativos, colocavam em risco a qualidade de vida
dos usuários e dos produtos fabricados.
Os desinfestantes domissanitários, são substâncias químicas que tem ação
fisiológica sobre os organismos vivos, e a importância de seu uso deve ser equilibrada
pela informação dos efeitos que os mesmos podem causar nas pessoas, nos animais
domésticos e no meio ambiente. Há necessidade, portanto de dispositivos legais, que
controlem a sua fabricação, rotulagem, distribuição, e principalmente, seu uso pelas
empresas controladoras de pragas urbanas.
A Legislação Federal regula o estabelecimento fabricante e o praguicida, enquanto
as empresas especializadas na aplicação dos mesmos estão sujeitas à ação regulatória
do nível estadual, a quem compete o licenciamento e a verificação das condições de
funcionamento (MORAIS, 2007).
Deve haver um consenso entre os órgãos oficiais responsáveis pela legislação,
definindo-se claramente que o que se espera é o controle e não erradicação; que o
controle é de ratos e não roedores; que domissanitários são registrados no Ministério da
Saúde e não no da Agricultura; que o controle é de pragas urbanas entendidas como
insetos e ratos sinatrópicos (MATIAS, 2007).
Nesta atividade o risco à saúde é difícil de ser mensurado, pois nem sempre é
possível dimensionar o número de indivíduos expostos, que varia em função do local
tratado. Outro aspecto a ser considerado é a dose de exposição dos funcionários
encarregados da desinsetização. A saúde ocupacional de igual modo deve ser
preservada. E ainda há que se proteger o meio ambiente, pois a atividade implica em
ações que podem ocasionar danos ao meio ambiente. Em função das implicações para a
saúde da população, o poder público regulamenta esta atividade a fim de conferir
segurança à prestação de tais serviços.
O universo de atuação das empresas prestadoras de serviços de controle de
vetores e pragas urbanas é muito diversificado, composto por estabelecimentos com as
mais variadas atividades econômicas: indústrias, comércio de alimentos, hospitais,
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escolas, hotéis, creches, transporte coletivo e residências. Para garantir a segurança dos
usuários é necessário que a prestação do serviço seja adaptada à atividade desenvolvida
e considere a população exposta. Dada à grande diversidade de locais a serem
tratados ampliam-se as possibilidades de ocorrência de agravos.
A preocupação em estabelecer medidas para minimizar os riscos associados à
utilização de inseticidas é maior quando envolve crianças. Estudo de Rohrer et al.,
publicado em 2003, demonstrou a transferência de inseticidas do piso de residência para
alimentos quando crianças permitem o contado dos mesmos com as superfícies antes da
ingestão (MORAIS, 2007 apud ROHRER, 2003).
A United States Enviromental Protetion Agency - USEPA demonstra a preocupação
em minimizar a exposição de crianças a praguicidas e elaborou para este fim, guia para
implantação do Manejo Integrado de Pragas em escolas, como método alternativo para
diminuir a dependência de inseticidas (MORAIS, 2007, apud UNITED STATE
ENVIROMENTAL PROTECTION AGENCY, 1993). Vários estados americanos adotaram
esta prática. O Estado de Michigan foi um dos que tornaram obrigatório o Manejo
Integrado de Pragas em escolas, através do Regulamento nº. 637 de 1995 do
Departamento de Agricultura (MORAIS, 2007 apud MICHIGAN, 1995). Trata-se de
emenda da lei Natural Resources And Environmental Protection Act 451 de 1994
(MORAIS, 2007, apud MICHIGAN, 1994). Este regulamento inclui os estabelecimentos de
assistência à saúde e outros edifícios públicos e estende aos mesmos a necessidade de
adotarem o Manejo Integrado de Pragas.
A luta tem sido árdua nesses últimos anos para unificar o setor e aperfeiçoar as
ações das empresas controladoras de pragas.
Há um elevado número de empresas estabelecidas na Federação, a grande
maioria sem registro junto aos Conselhos Regionais ou às Autoridades Sanitárias
competentes. Isso significa um grande contingente de trabalhadores aplicando todo tipo
de produto químico em residências, empresas, hospitais, escolas, sem critério ou
procedimento, sem treinamento.
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REVISÃO DE LITERATURA

Procuramos viver em meio isento de indivíduos estranhos, conhecidos como


pragas. Uma determinada espécie de animal pode ser considerada como praga quando a
mesma causa danos econômicos, sociais ou psicológicos ao homem. Existem casos em
que a presença de apenas um indivíduo praga representa uma ameaça em potencial,
mas, outras vezes, os danos são causados ou produzidos quando se rompe o equilíbrio
populacional da espécie e a mesma alcança tamanhos indesejáveis, excessivos e/ou
prejudiciais. Dentre as citações mais frequentes revelaram-se cinco grupos de animais
considerados como pragas: Formigas, Aranhas, Ratos, Moscas, Baratas (SILVA, 2004).
As pragas competem diretamente com o homem por alimentos uma vez que
atacam culturas e produtos armazenados, se estima uma perda anual de até 8% da
produção mundial de cereais e raízes. As perdas ainda podem ser maiores se
considerarmos a contaminação dos alimentos e o desperdício pelo rompimento de
sacarias e outras embalagens, o mesmo acontecendo com os farelos e rações animais.
Países importadores com rígidos níveis de fiscalização podem condenar toneladas de
alimentos pela simples presença de alguns poucos montículos de excrementos,
acarretando elevados prejuízos econômicos e a imagem do exportador (POTENZA,
2005).
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Segundo DAJOZ (1972) diversos podem ser os motivos que levam os indivíduos de
uma determinada população a se alojarem ou invadirem um dado lugar, entre eles temos:
a procura de alimentos; de condições físicas ambientais favoráveis; de refugio; proteção
ou abrigo.
Do filo Arthropoda, da classe Insecta, da ordem Hymenoptera e da família
Formicidae, as formigas foram as primeiras pragas freqüentemente citadas segundo
SILVA (2004). As formigas atuais e conhecidas compreendem 16 subfamilias, 296
gêneros e cerca de 10.000 espécies, sendo que no Brasil já foram catalogadas mais de
2.000 espécies. As formigas constituem um dos grupos de insetos sociais de enorme
sucesso, ocorrendo em quase todos os locais, mas apresentam sua maior diversidade
nas regiões tropicais. Talvez sua maior contribuição seja como predador. Elas são
predadoras de uma enorme quantidade de artrópodes que competem com o homem à
luta por alimento e espaço físico (abrigo). Poucas espécies de formigas são importantes
por causarem conflitos com os interesses do homem. Do total existente, cerca de 1% das
espécies pode ser considerado praga. As formigas em geral diferem dos demais insetos
sociais por apresentarem uma dieta alimentar diversificada. Outra característica é que são
os únicos insetos sociais verdadeiramente predadores que ocupam nichos específicos
como solo e a serrapilheira (FILHO, 2006).
Nos últimos anos, a atenção está se voltando para as formigas que vivem em
íntima associação com o homem e são distribuídas por todo o mundo através do
comércio, denominadas formigas andarilhas (tramp species).
Uma colônia de formigas é formada de indivíduos adultos e em desenvolvimento ou
cria, constituída de ovos, larvas e pupas. Os adultos, com raras exceções, são fêmeas e
estão divididas em pelo menos duas castas: as fêmeas férteis ou rainhas, cuja função
primordial é a postura de ovos e as fêmeas estéreis ou operárias que realizam todas as
demais atividades da colônia, tais como: coleta de água e alimentos, alimentação da cria
e da rainha, construção e defesa do ninho. As operárias por sua vez, podem apresentar
formas diferentes, duas ou mais, fato denominado de polimorfismo, que está relacionado
com a realização de tarefas distintas.
As colônias, nas varias espécies, podem ter uma única rainha, fenômeno
denominada de monoginia, ou várias rainhas funcionais, poliginia. Em geral, as rainhas de
uma espécie poligínica vivem menos de que aquelas das espécies monogínicas. Em
compensação, a capacidade da colônia em produzir novas rainhas é maior e ocorrem
várias vezes por ano.
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A presença de formigas em residências, apesar de causar bastante incômodo, não


é considerada, um perigo à saúde, a menos que os moradores sejam alérgicos à sua
saliva ou ao veneno daquelas formigas que apresentam ferrão. Nos prédios elas podem
invadir e causar danos a equipamentos eletro-eletrônicos, tais como: aparelhos de som,
televisores, máquinas de lavar roupa, vídeo cassetes, telefones e fiação elétrica. Elas
podem causar problemas mais sérios quando ocorrem em fábricas de alimentos,
escritórios, instituições de pesquisa, biotérios, zoológicos, museus, cabines de
eletricidade e centrais telefônicas. Podem também afetar diretamente a saúde pública
quando a infestação se dá em hospitais, por poderem transportar microorganismos
patogênicos, como vetores mecânicos (BUENO E CAMPOS-FARINHA, 1998).
Outro artrópode, aracnídeo da ordem Aranae citado freqüentemente por SILVA
(2004) foram às aranhas. As aranhas pertencem à ordem Aranae, que tem 38.663
espécies incluídas em 110 famílias. Das 110 famílias de aranhas propostas para o mundo
(CANDIANI, 2005 apud PLANTNICK, 2004), 67 delas são encontradas no Brasil
(CANDIANI, 2005 apud BRESCOVIT, 2004). Apesar da alta diversidade na Região
Neotropical, as aranhas ainda são pouco estudadas (CANDIANI, 2005).
Elas são muito importantes no ecossistema, pois são predadoras capazes de
regular a população de outros artrópodes, principalmente insetos, que quando em grande
número, podem se tornar pragas. Alimentam-se principalmente de insetos como
besouros, grilos, baratas, gafanhotos, borboletas e colêmbolas, porém, formigas e
moscas também são consideradas parte dessa dieta, além de pequenos vertebrados. É
de conhecimento geral, que vários dos insetos acima citados são freqüentemente
associados a ambientes domiciliares e peridomiciliares, devido ao acúmulo de entulhos e
lixo doméstico (BRASIL, 2005). Elas vivem em quase todos os lugares: sobre o solo, sob
pedras, dentro de frestas, equipamentos, no meio da grama e em ramos de árvores
(FILHO, 2006).
Os ratos pertencem a Ordem Rodentia, a qual abrange todos os roedores. Das
mais de 2000 espécies distribuídas pelo mundo, cerca de 125 estão classificadas como
pragas, e 3 espécies são de grande importância para o homem, os da Família Muridae:
Mus musculus, Rattus novergicus e Rattus rattus , sendo chamadas de espécies
sinantrópicas, devido a convivência com o homem, contra a vontade dele. Verdadeiros
comensais do homem, mais que os alimentos que consomem ou depreciam nos
estabelecimentos que beneficiam produtos de origem animal, são temidos como fonte de
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contaminação dos alimentos e subprodutos, bem como transmissores de graves doenças


(PARDI, 1993).
Estes roedores possuem grande capacidade reprodutiva, sendo limitada apenas
por certos fatores como doenças, falta de alimento e abrigo. Tanto a população de
roedores silvestres como a possibilidade de contato entre roedor-humano nas zonas
urbanas está muito influenciada pelas mudanças ambientais (LOPEZ-VELEZ, 2005).
Os ratos possuem hábito noturno, saindo de suas tocas a luz do dia quando o nível
populacional está muito elevado e o alimento disponível é insuficiente para alimentar a
colônia (POTENZA, 2005).
Os roedores da Família Muridae são bons nadadores, fato que lhes permite viver,
inclusive nos esgotos e águas pluviais (PARDI, 1993), são onívoros, e sua alimentação
difere uma da outra de acordo com a espécie, um rato precisa comer por dia algo ao redor
de 10% do seu peso. O Rattus novergicus, popularmente conhecido como Ratazana, tem
preferência por grãos, carnes, ovos e frutas. Já o Rattus rattus, também conhecido com
Rato do telhado se alimenta preferencialmente de legumes frutas e grãos. E por fim, o
Mus musculus, também conhecido por Camundongo se alimenta preferencialmente de
grãos e sementes (BRASIL, 2002). As ratazanas e os ratos de telhado analisam o
alimento antes de consumi-lo. Já o camundongo é uma espécie muito curiosa a
mudanças que ocorrem ao seu redor. Os camundongos necessitam de pouca água. As
ratazanas e ratos de telhado precisam de um bom suprimento de água (POTENZA, 2005).
A ratazana é neófobo – desconfia de qualquer objeto novo que surja em seu
território, já o camundongo é neofílico – amigo das coisas novas (SILVA et al, 2010).
Os roedores podem abrigar vetores como carrapatos e pulgas (Xenopsylla cheopis,
Ctenocephalides felis) que transmitem a peste e o tifo murino. Além disso, podem ser
hospedeiros intermediários ou reservatórios de várias enfermidades como leptospirose,
febres virais hemorrágicas, hantavirose e normalmente espécies de Rattus atacam ovos e
aves em granjas (LOPEZ-VELEZ, 2005).
Os ratos, como qualquer outro organismo vivo, cumprem a sua função na natureza.
Atuam como recicladores de matéria orgânica ajudando na decomposição dos resíduos
orgânicos além de fazerem parte da cadeia alimentar de outros animais (SILVA et al,
2010).
Pertencentes à ordem Díptera, as moscas também citadas por SILVA (2004), tem
afetado o homem e seu bem estar por séculos. Algumas vivem de sangue, outras de
detritos. Muitas transmitem doenças, algumas são pragas de plantas cultivadas, algumas
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parasitam certos insetos, enquanto outras participam na polinização das plantas. A


alimentação das moscas pode consistir em fezes, vômitos lixos e outros materiais em
decomposição, como em comida humana (FILHO, 2006).
Uma das razões de insetos da ordem Diptera serem potenciais vetores mecânicos
de patógenos reside no fato de terem contato muito próximo com o homem e seu
ambiente. Esses hábitos, juntamente com o comportamento endofílico e uma grande
capacidade de dispersão, conferem tal potencial a estes organismos (THYSSEN, 2004
apud GREENBERG, 1973).
Segundo MARCHIORI (2006) a Musca domestica é a espécie de maior interesse
sanitário, atribuído ao seu caráter sinantrópico, sua abundância na região urbana, sua
capacidade de desenvolver-se em vários tipos de substratos, seu alto poder reprodutivo e
ao fato de ser apontada como veiculadora de patógenos ao homem e aos animais.
Segundo GOMES (2000) a mosca Cochliomyia macellaria é uma das principais
espécies causadoras de miíases cutâneas secundárias, comumente conhecidas por
bicheiras. Sua distribuição original se limita às Américas, ocorrendo na região neotropical,
desde o México até a Patagônia e, na região ártica até o sul do Canadá. Devido ao hábito
necrófago das larvas, essa mosca geralmente se encontra associada a carcaças,
juntamente com outras espécies de califorídeos, sarcofagídeos e muscídeos.
Há uma longa lista de organismos patogênicos para o homem isolados em moscas,
na qual se incluem bactérias, como Shigella sp e Vibrio cholerae, vírus entéricos,
protozoários, como Giardia lamblia e Cryptosporidium parvum, além de alguns helmintos,
entre os quais Ascaris sp., Toxascaris sp., Toxocara sp., Trichuris sp., Capillaria sp.,
oxiurídeos, tricostrongilídeos e Taenia solium (THYSSEN, 2004).
Outro tipo de praga que foi freqüentemente citada segundo SILVA (2004) foram os
artrópodes da Classe Insecta, da Ordem Blattariae, conhecidos vulgarmente como
baratas. Os insetos dessa ordem contam mais de 3.500 espécies conhecidas em todo
mundo, das quais apenas 1% mostra associação com o homem (PARDI, 1993).
As baratas, de hábitos domiciliares e de ação noturna, são onívoras vorazes e
destruidoras, impregnando com cheiro desagradável tudo com o que entram em contato.
Transitando nas imundícies, contaminam a seguir os alimentos (PARDI, 1993).
De acordo com LOPES (2005) apud MARICONI (1999) as três espécies de baratas
domissanitárias mais importantes são Blattella germânica (barata alemã), Periplaneta
americana (barata americana) e Blatta orientalis (barata oriental), essa última mais
comum em regiões de clima temperado.
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As baratas do gênero Blattella pertencem à família Blattellidae, sendo B. germânica


descrita por Linnaeus em 1767, uma das espécies mais importante no meio urbano e
amplamente distribuída no mundo todo. São de tamanho reduzido 12 a 16 mm de
comprimento e coloração marrom, e como outros insetos de desenvolvimento incompleto,
passa pelos estágios de ovo, ninfa e adulto, e completa o ciclo do ovo a adulta em
aproximadamente 100 dias, sob condições favoráveis do ambiente. (LOPES, 2005)
O grande sucesso da barata alemã como praga urbana deve-se, principalmente, às
características de seu ciclo de vida e de como a espécie se adaptou ao ambiente e
hábitos do homem. Em relação aos aspectos biológicos, destaca-se o grande número de
descendentes produzidos, pode chegar a 400.000 ao ano e a proteção constante dos
ovos.
A Periplaneta americana, mede de 30 a 40mm de comprimento, apresentando
colorido castanho escuro. Machos e fêmeas dispõem de longas asas que permitem voar a
pequenas distâncias, fato que favorece sua propagação. Seu período de vida é muito
longo podendo alcançar até quatro anos (PARDI, 1993).
Existem, contudo, outras razões, que elevam as baratas a um status de praga
urbana, como o estigma social que envolve a presença desses insetos nas residências.
Na sociedade atual, a barata frequentemente indica condições sanitárias precárias e
desleixo nos cuidados com o ambiente. Ainda, para algumas pessoas, a presença de
insetos a sua volta conduzem a um irracional e inexplicável pavor ou medo, a
entomofobia. Esse pavor de algumas pessoas por insetos, em especial as baratas, com
causas obviamente psicológicas, provavelmente, está ligado a seu aspecto e
comportamento característico. Antenas longas em constante movimento, corridas curtas e
rápidas, odor característico e o aspecto úmido e liso das baratas, certamente causam
repulsa para a maioria das pessoas.
Segundo LOPES (2005) independente da forma em que as baratas atuem em
nosso ambiente, seja pela transmissão de doenças, alergias ou pela sua simples e
indesejável presença, seu controle é uma necessidade e o custo elevado. No Brasil não
existem referências ou estudos dos gastos com controle de baratas, entretanto,
estimativas nos Estados Unidos confirmam a importância econômica da praga. De acordo
com NOLASCO (1999), a indústria de pesticidas nos Estados Unidos chega a gastar
anualmente cerca de USS 1,5 bilhão em produtos para o controle de baratas.
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OBJETIVO

Estabelecer um manual de orientação simplificado para auxiliar os responsáveis por


escolas e creches municipais quando da contratação de empresas de controle de vetores
e pragas sinantrópicas para execução de serviços,
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METODOLOGIA

Para execução do projeto foi feito levantamento bibliográfico a respeito de

vetores e pragas sinantrópicas em periódicos eletrônicos, bases de dados, livros e


revistas da área;
legislação do estado de Minas Gerais e de outros Estados na União assim com
legislação de órgãos como o IBAMA.

As informações obtidas foram filtradas e organizadas de modo a estabelecer medidas que


possam ser seguidas pelos responsáveis por creches e escolas quando for necessária a
contratação de empresas que atuam no ramos de controle de vetores e pragas
sinantrópicas.
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RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com levantamento feito no catálogo telefônico, na Vigilância Sanitária e


no Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (sindicato da categoria), durante o
mês de dezembro de 2009 na cidade de Uberlândia a situação foi à seguinte:

Catálogo Telefônico: 19 empresas anunciantes


Solicitação de Alvará Sanitário (Vigilância Sanitária): 32 empresas solicitantes
Cadastradas no Sindicato (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação): 8
empresas

A divergência das informações gera insegurança em relação à idoneidade das


empresas que estão atuando no mercado, pois não há divulgação da regularidade
técnica, o que expõe os consumidores à contratação de empresas de controle de vetores
e pragas sinantrópicas que não atendem aos requisitos dos Conselhos Regionais e
Autoridades Sanitárias e aos riscos que essa atividade desenvolvida sem o cumprimento
dos requisitos básicos oferece.
A atuação da Vigilância Sanitária que é responsável pela fiscalização das
empresas de controle de vetores e pragas em Uberlândia é pautada na Resolução nº156
de 30 de agosto de 1995 que Estabelece as condições para o licenciamento e
funcionamento das empresas prestadoras de serviços de higienização, desinfecção e
desinfestação de ambientes domiciliares e na Resolução RDC Nº52, de 22 de outubro de
2009 que Dispõe sobre o funcionamento de empresas especializadas na prestação de
serviços de controle de vetores e pragas urbanas e dá outras providências.
Além dessas legislações foram consultadas as seguintes:
Código da Vigilância Sanitária do Município do Rio de Janeiro
Código da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro
PORTARIA nº 9 de 16 de novembro de 2000: Norma Técnica para empresas
prestadoras de serviço em controle de vetores e pragas urbanas.
NT – 1005.R-21 Praguicidas e suas concentrações permitidas para utilização em
serviços de controle de vetores e pragas urbanas.
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NT – 1005 R-20 Praguicidas e suas concentrações permitidas para utilização em


serviços de controle de vetores e pragas urbanas.
LEI Nº 1.353 de 10 de novembro de 1988: Dispõe sobre a obrigatoriedade de
desinsetização e desratização nos casos que menciona e dá outras providências.
LEI Nº 2.488 de 07 novembro de 1974: Torna obrigatória a dedetização das
viaturas de transportes coletivas a cada dois meses.
LEI Nº 3744/2004: Estabelece a obrigatoriedade de controle de vetores nos
estabelecimentos indicados, como forma de garantir a saúde da população
exposta.
IT – 1045.R-6 Instrução técnica para emissão de ordens de serviços de vetores e
pragas urbanas.
IT – 1006 R-4 Instrução técnica para apresentação de projetos de instalação de
firmas de controle de vetores e pragas urbanas PROVET.
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais: Instrução Normativa
Nº141, de 19 de dezembro de 2006 Regulamenta o controle e o manejo ambiental
da fauna sinantrópica nociva.
DZ – 1044 R-4 Diretriz para fiscalização de firmas de controle de vetores e pragas
urbanas.
DZ-1004. R-7 Diretriz para concessão e renovação de certificado de registro para
firmas de controle de vetores e pragas urbanas.
DZ - 1042. R.4 Diretriz de implantação do programa de auto controle para firmas de
controle de vetores e pragas urbanas PROVET.
DECRETO Nº 480, DE 25.11.75: Regulamenta o Decreto-lei Nº 230, de 18 de julho
de 1975, que“ estabelece normas de controle de insetos e roedores nocivos no
Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências”.
DECRETO LEI Nº 230, DE 18 DE JULHO DE 1975. Estabelece normas de controle
de insetos e roedores nocivos no Estado do Rio de Janeiro e dá outras
providências.
LEI ESTADUAL 10083 de 23 de setembro de 1998: Aprovar a Norma Técnica para
Empresas Prestadoras de Serviço em Controle de Vetores e Pragas Urbanas.

Para o entendimento do manual proposto é necessário o conhecimento de alguns


termos que são comuns as legislações consultadas, são eles:
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CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS: É um sistema que incorpora ações preventivas e


corretivas destinadas a impedir que vetores e as pragas ambientais possam gerar
problemas significativos. Visa minimizar o uso abusivo e indiscriminado de praguicidas. É
uma seleção de métodos de controle e o desenvolvimento de critérios que garantam
resultados favoráveis sob o ponto de vista higiênico, ecológico e econômico (PORTARIA
Nº 9 de 16 de novembro de 2000).

PRAGAS URBANAS: animais que infestam ambientes urbanos podendo causar agravos
à saúde e/ou prejuízos econômicos (PORTARIA Nº 9 de 16 de novembro de 2000).

VETORES: artrópodes ou outros invertebrados que transmitem infecções, através do


carreamento externo (transmissão passiva ou mecânica) ou interno (transmissão
biológica) de microrganismos (PORTARIA Nº 9 de 16 de novembro de 2000).

EMPRESA CONTROLADORA DE VETORES E PRAGAS URBANAS OU ENTIDADE


ESPECIALIZADA: Entende se por Controladoras de Pragas Urbanas as empresas
licenciadas pela Autoridade Sanitária competente do Estado ou Município, especializadas
na manipulação e aplicação de desinfestantes domissanitários (inseticidas, rodenticidas e
repelentes), devidamente registrados no Ministério da Saúde, para o controle de insetos,
roedores e de outros animais nocivos à saúde, em domicílios e suas áreas comuns, no
interior de instalações, em edifícios públicos ou coletivos, em estabelecimentos
industriais, comerciais e de prestação de Serviços de Saúde, transporte coletivo e
ambientes afins, observadas as restrições de uso e segurança durante a sua aplicação e
tendo um responsável técnico legalmente habilitado (PORTARIA Nº 9 de 16 de novembro
de 2000).

DESINFESTANTES DOMISSANITÁRIOS: produtos destinados à aplicação em domicílios


e suas áreas comuns, no interior de instalações, em edifícios públicos ou coletivos e
ambientes afins, para o controle de insetos, roedores e de outros animais incômodos ou
nocivos à saúde. Compreendem os inseticidas, rodenticidas e repelentes domissanitários
(BRASIL, 2005).

RESPONSÁVEL TÉCNICO: profissional de nível superior com amplo conhecimento para


uma atuação responsável, incluindo informações referentes à toxicologia, hábitos e
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características dos vetores e pragas urbanas, equipamentos e métodos de aplicação,


produtos composição e uso, considerando que o controle de pragas tem pôr finalidade
evitar os danos ocasionados pelas pragas sem riscos à saúde do usuário do serviço, do
operador e sem prejuízo ao meio ambiente.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI): todo dispositivo de uso individual,


de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a preservar a saúde, a segurança e a
integridade física do trabalhador (RDC Nº52 de 22 de outubro de 2009).

LICENÇÃO AMBIENTAL OU TERMO EQUIVALENTE: documento que licencia a empresa


especializada a exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e
pragas urbanas, que é concedida pelo órgão ambiental competente (RDC Nº52 de 22 de
outubro de 2009).

LICENÇA SANITÁRIA OU TERMO EQUIVALENTE: documento que licencia a empresa


especializada a exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e
pragas urbanas, que é concedida pelo órgão sanitário competente (RDC Nº52 de 22 de
outubro de 2009).

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO (POP): procedimento elaborado de


forma objetiva pela empresa especializada, que estabelece instruções seqüenciais para a
realização de operações rotineiras e específicas na prestação de serviço de controle de
vetores e pragas urbanas (RDC Nº52 de 22 de outubro de 2009).

Visto isso, segue MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE


EMPRESAS DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS SINANTRÓPICAS:

1 - A contratação de prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas


somente pode ser efetuada com empresa especializada.
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2 – A empresa deve apresentar Alvará de Licença para Funcionamento, Alvará Sanitário,


Licença Ambiental e Anotação de Responsabilidade Técnica do profissional responsável
pela empresa. Todo documentação deve estar legível e dentro do prazo de validade.

3 – A empresa deve apresentar Manual de Procedimentos, visando o cumprimento das


Boas Práticas Operacionais, que contemple todas as etapas envolvidas no
desenvolvimento desta atividade, como por exemplo:
informações sobre os procedimentos de desinsetização, desratização e controle de
aves;
normas de segurança para os aplicadores e acompanhantes antes, durante e após
a execução dos serviços;
listagem dos desinfestantes domissanitários que são utilizados com seus
respectivos números de Registro junto ao órgão competente do Ministério da
Saúde;
registro de treinamento de funcionários contendo os conteúdos abordados que
devem ser: biologia e comportamento de vetores e pragas urbanas, medidas
preventivas, métodos de controle, manipulação de produtos tóxicos, uso de EPI’s e
recomendações em caso de acidentes.

4 – Após a contratação da empresa, essa deve proceder à inspeção inicial no local


baseada em 4 passos:
INSPEÇÃO
A inspeção é a parte mais importante do programa de controle integrado de pragas,
essencial para resolver o problema das pragas de forma rápida e econômica, ela norteará
os demais passos do programa de controle de pragas, dará ao profissional, idéias quanto
às medidas a serem adotadas, as condutas de segurança necessárias, as
recomendações para o serviço de limpeza, as alterações imprescindíveis da estrutura
física e ações para remoção de pragas (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997). O
programa de controle integrado de pragas deve priorizar a inspeção, que deve ser
completa, do sótão ao porão, incluindo áreas livres como pátios, estacionamentos e em
especial nos locais onde é comum a presença de pragas. (MORAIS, 2007 apud
CARVALHO, 1998)
Durante a inspeção o profissional deve examinar meticulosamente as
dependências para apreender o máximo possível sobre o problema. Verificar as
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condições de umidade, temperatura, luminosidade que favoreçam as infestações. Fontes


de alimento e água utilizadas pelas pragas e as possíveis causas do ingresso e da
infestação, tais como, local de recebimento de alimento, tubulações de esgoto danificadas
e outros. E ainda, evidências da infestação como danos ocasionados pelas pragas,
excrementos, vestígios, rastros e pegadas (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997).

IDENTIFICAÇÃO DAS PRAGAS


Encontradas as pragas, o profissional deve identificá-las. A identificação acurada
permite avaliação correta do problema e as recomendações apropriadas para o controle.
Após a identificação é mais fácil para o profissional verificar outras evidências da
infestação e a causa do seu aparecimento. O conhecimento da biologia e dos hábitos das
pragas é necessário. Quando não for possível localizar as pragas a identificação deve ser
feita através das pegadas rastros, vestígios, excrementos. Em qualquer caso a
identificação deve ser apurada para garantir o sucesso do controle (MORAIS, 2007 apud
BENNET, 1997).

APLICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE INTEGRADO


As recomendações para eliminação das pragas somente deverão ser feitas após a
inspeção ter sido concluída e todos os fatos que cercam os problemas conhecidos. Estas
recomendações não incluem somente o que o profissional de controle de pragas deve
fazer, mas também o que os responsáveis da unidade devem fazer. Eliminar abrigos,
reparos na estrutura, higienização. As recomendações para reparos na estrutura física
devem ser apresentadas para os responsáveis e o cumprimento deve ser
cuidadosamente monitorado (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997).

AVALIAÇÃO
Registrar todos os procedimentos de controle de pragas utilizados, as pragas
encontradas, as recomendações e a aplicação de desinfestantes, é fundamental para a
avaliação do programa de controle integrado de pragas e ajudará na organização do
mesmo e na resolução de problemas persistentes (MORAIS, 2007 apud BENNET, 1997).

5 – Após a inspeção inicial todas as informações obtidas devem ser agrupadas e


apresentadas aos responsáveis pela contratação em forma de PROJETO TÉCNICO
abordando: as pragas a serem controladas, o trabalho a ser realizado, os produtos a
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serem empregados, os métodos de aplicação a serem utilizados e as orientações de


segurança.

6 – As orientações de segurança para as áreas que receberão aplicação de


desinfestantes domissanitários devem ser fornecidas pela empresa contratada com
antecedência mínima de 48 horas, em papel timbrado com assinatura do responsável
técnico da empresa para fixação em locais visíveis da unidade. Assim como orientações
prévias esse documento deve conter orientações sobre a conduta dos funcionários
durante e após os serviços, são elas:

DESINSETIZAÇÃO
ANTES DO TRATAMENTO:
PROTEGER OS ALIMENTOS, LOUÇAS E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS,
GUARDANDO-OS EM RECIPIENTES COM TAMPA OU COBRINDO-OS COM
PLÁSTICO.

DURANTE O TRATAMENTO:
NÃO PERMITIR A PRESENÇA DE PESSOAS NO LOCAL.

APÓS O TRATAMENTO:
ANTES DE OCUPAR NOVAMENTE O RECINTO, ABRIR AS JANELAS PARA
AREJAR O AMBIENTE.
AGUARDAR NO MÍNIMO 6 (SEIS) HORAS PARA PERMITIR O INGRESSO DE
PESSOAS E ANIMAIS, CRIANÇAS, PESSOAS IDOSAS E ALÉRGICAS,
DEVERÃO OBSERVAR UM PRAZO MAIOR.
LAVAR COM SABÃO AS LOUÇAS E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS.
AGUARDAR 48 (QUARENTA E OITO) HORAS PARA LIMPAR O LOCAL
TRATADO.
DESRATIZAÇÃO
PROTEGER AS ISCAS ENVENENADAS DO ACESSO DE CRIANÇAS E ANIMAIS
DOMÉSTICOS.

7 – Durante a execução dos serviços os responsáveis pela contratação devem se atentar


para os seguintes quesitos:
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se os funcionários da empresa contratada estão portando todos os EPI’s


necessários para execução dos trabalhos, além disso, a empresa contratada deve
fornecer EPI’s para os acompanhantes;
se os desinfestantes domissanitários que serão utilizados estão em suas
embalagens originais e com rótulo.

8 – Após o término dos serviços deve ser obedecido o tempo de interdição dos locais que
receberam aplicação dos produtos, seguindo a orientação da empresa contratada. Além
disso, observar se a empresa recolheu todo o equipamento e material utilizado durante a
execução dos serviços, incluindo embalagens vazias.

9 – A empresa contratada deve fornecer LAUDO TECNICO com as seguintes


informações para arquivamento na unidade possibilitando a criação de um histórico:
nome do cliente;
endereço do imóvel;
praga(s) alvo;
data de execução dos serviços;
prazo de assistência técnica, escrito por extenso, dos serviços por praga(s) alvo;
grupo(s) químico(s) do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s);
nome e concentração de uso do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s);
orientações pertinentes ao serviço executado;
nome do responsável técnico com o número do seu registro no conselho
profissional correspondente;
número do telefone do Centro de Informação Toxicológica;
identificação da empresa especializada prestadora do serviço com: razão social,
nome fantasia, endereço, telefone e números das licenças sanitária e ambiental
com seus respectivos prazos de validade.

10 – Por fim, a empresa contratada deve servir de apoio para essas instituições não só
durante o período de garantia/assistência técnica, mas também durante todo o tempo que
se fizer necessário em relação a esclarecimentos técnicos e adoção de medidas
preventivas que devam ser adotadas.
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CONCLUSÃO

O Manual de Orientação para Contratação de Empresas de Controle de Vetores e


Pragas Sinantrópicas torna-se um instrumento para as instituições municipais de grande
importância, pois orientam de modo claro, simples e objetivo os responsáveis pela
contratação de empresas do ramo para execução de serviços. Assim, com o
esclarecimento da sociedade sobre quesitos básicos que devem ser atendidos por essas
empresas reduzimos os riscos que a atividade executada de forma irregular expõe toda a
população e o meio ambiente.
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REFERENCIAS:

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de 22 de outubro de 2009. Dispõe sobre o funcionamento de empresas especializadas na
prestação de serviços de controle de vetores e pragas urbanas e dá outras providências.

BRASIL. AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA. Resolução RDC nº. 326, de


09 de novembro de 2005. Aprova o Regulamento técnico para produtos desinfestantes
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domissanitários harmonizado no âmbito do Mercosul através da Resolução GMC nº.


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