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Como sabemos a Bahia foi o portal de entrada dos portugueses e foi

pelo nosso belo estado mais preciso na Zona da mata que se iniciou a
devastação, a partir de 1535 os portugueses iniciaram a colonização do Brasil,
sendo uma colonização de exploração, eles derrubavam a nossa exuberante
Mata Atlântica, e no seu lugar surgiam as imensas lavouras de cana-de-açúcar.
Se analisarmos como era a nossa fauna e flora em 1500 e observarmos
os mapas atuais veremos a tamanha devastação.
Em tempos atuais vemos que o nosso estado demanda números
elevados de poluição em especial nos setores de saneamento e coleta seletiva,
além da obscuridade e da corrupção na fiscalização das indústrias, onde o
“poder e os elevados favores” envergonham as nossas capitais e municípios.
Podemos citar duas cidades próximas com problemas ambientais que
causam severos impactos a região.
No período de 2 à 4 de setembro de 2008, realizou-se em Vitória da
Conquista-Bahia, o I Simpósio Nacional sobre a Manipueira, que teve o objetivo
de sistematizar os conhecimentos, no âmbito nacional, sobre este importante
resíduo líquido, resultante da prensagem da raiz da mandioca.
Ao mesmo tempo que a manipueira é um potente agente poluidor,
dezenas de vezes superior ao esgoto doméstico, ela é também uma
oportunidade devido ao seu multiaproveitamento, seja para fazer tijolos, na
alimentação animal, controle de pragas e doenças de plantas, assim como o
seu uso para produção de biogás, dentre várias outras utilidades. Este resíduo
constitui problema nos locais de processamento da raiz da mandioca e em
praticamente todos os 13 municípios objetos deste estudo. O aproveitamento
deste resíduo tem como principais obstáculos, a própria desorganização dos
produtores/processadores de mandioca, a inexistência de estruturas de
aproveitamento, o enorme volume gerado de manipueira e o próprio
desconhecimento sobre o seu potencial de uso. É comum este resíduo ser
jogado diretamente nos corpos d´agua e no próprio ambiente circundante,
formando enormes lagos.
O sistema de saúde público ainda não realizou estudos com objetivo de
relacionar a insalubridade deste resíduo nos locais de produção com
determinadas doenças que afetam os moradores locais. Existem indícios,
mostrados pelas fotos e dados da DQO da manipueira, que esta relação é
efetiva. Algumas ações foram tomadas, em alguns municípios do estudo, para
tentar senão resolver o problema, mas pelo menos retirar o odor característico
e nauseante deste resíduo.
Outra cidade na Bahia que sofre grandes impactos ambientais é
Encruzilhada onde o esgoto residencial é todo jogado no córrego que corta a
cidade.
A responsabilidade ambiental das administrações municipais deve
recair prioritariamente na coleta, no tratamento e na destinação final dos
resíduos produzidos pela comunidade, já que a presença e a proximidade
de rejeitos sólidos e líquidos não tratados repercutem sobre a qualidade de
vida e da saúde da população que se ressente cada vez mais, na medida em
que cresce e se concentra em bolsões marcados pela pobreza.
A presença de patógenos como ovos de helmintos, estreptococos
fecais, coliformes fecais, cistos de protozoários e vírus nos esgotos
domésticos, ameaçando a saúde humana e animal, impõe que programas
de gestão ambiental priorizem o enfrentamento dos riscos potenciais do
esgoto, sobretudo quando se leva em conta que 100 milhões de brasileiros
apresentam doenças causadas por Ascarides lumbricoides e Schistosoma
mansoni (Campos, 2008) e que uma fêmea desses vermes pode eliminar 50
mil ovos ou mais por dia.
O mau cheiro que nos acompanha, quando caminhamos pela cidade,
que circunda o comércio e adentra pelos restaurantes, são indicativos de que
Encruzilhada já ultrapassou os limites suportáveis.
Retardar o enfretamento deste problema sem a necessária adoção de
soluções técnicas responsáveis redundará em prejuízo para a economia do
Município, além de permitir que, a prosperar a desordem, venha se agravar e
onerar ainda mais a futura solução do problema.
Obras de saneamento foram iniciadas, mas os elevados índices de
corrupção e desvio de verbas não deixam as obras serem completadas, mas,
isso não é só no nosso município e sim em vários pelo país.
Como vemos nesse breve texto a situação ambiental no nosso estado
e no Brasil é preocupante é só ligarmos a televisão ou olharmos em volta e
veremos a tamanha herança que deixaremos para os nossos filhos e netos.
Contudo temos de buscar políticas que visem mais recurso para
educação (parte de conscientização ambiental), reciclagem e coleta seletiva,
saneamento básico e investimentos em reflorestamento e conservação de
áreas ainda preservadas. Para no futuro os nossos herdeiros não precisarem
comprar oxigênio como nós compramos água hoje.

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