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Willian Marinho Dourado Coelho

MÉTODOS
ALTERNATIVOS
PARA CONTROLE
QUIMICO DE
INVERTEBRADOS
DE INTERESSE
PARA SAÚDE
PÚBLICA

Manual técnico – 1 edição


janeiro de 2015
EDITORIAL

Prezados
Este manual foi elaborado com o objetivo
de informar a população e os profissionais envolvidos com
o controle de pragas urbanas sobre a ação de produtos
químicos que são utilizados no dia a dia nas atividades
domésticas e comerciais como uma alternativa eficaz na
eliminação de moluscos, aracnídeos e insetos.
Estas substâncias são, em sua maioria,
encontradas em lojas especializadas em vendas de
produtos de limpeza, mercados e casas agropecuárias. Os
animais aqui relacionados foram capturados na área
urbana e rural do município de Andradina-SP e, a
constatação da eficácia dos produtos, nas condições deste
estudo, foi realizada com base no cálculo da DL50 em
diluições seriadas, experimentando-se os animais em
ambiente controlado e, na fase final, a campo.
O tema tratado neste manual é de
relevância pois, nesta região e em outras áreas do país, a
presença desses animais tem ocasionado vítimas
Dados do autor: humanas e animais corriqueiramente, inclusive, ceifando
Willian Marinho Dourado Coelho
Pós – Doutor pela Universidade Estadual Paulista – vidas.
UNESP Campus de Araçatuba-SP.
Assim, após um árduo ano de pesquisas,
Doutor pela Universidade Estadual Paulista – UNESP
Campus de Jaboticabal-SP. fica o desejo de que essas informações sirvam para
Mestre pela Universidade Estadual Paulista – UNESP
Campus de Araçatuba-SP. complementar os métodos de controle já existentes,
Graduado pela Faculdade de Ciências Agrárias de
beneficiando a comunidade com alguma melhoria na
Andradina-SP – FCAA Andradina-SP.
Professor do ensino superior pela Faculdade de Ciências eliminação de pragas urbanas.
Agrárias de Andradina nos cursos de Medicina
Veterinária, Agronomia e Biotecnologia.
Membro do corpo clínico da clínica médico veterinária –
CLINICÃO – Andradina-SP.
PREFÁCIO
Grande quantidade de animais podem migrar para as
áreas urbanas em busca de alimento e abrigo, terminando por coabitar com
seres humanos e animais domésticos.
O ambiente criado nos conglomerados urbanos
favorecem a manutenção e a proliferação de diferentes animais que são,
em sua maioria peçonhentos ou vetores de doenças, como algumas
importantes zoonoses.
Esses seres, considerados como pragas urbanas, se
valem dos lixões, entulhos, terrenos baldios e sobras de alimentos para
completarem seu ciclo biológico, encontrando ainda, diversificado e farto
número de hospedeiros nas cidades e em suas cercanias.
Fica claro que esses animais são favorecidos pelo
desmazelo humano, que degrada e polui o meio ambiente, transformando
suas próprias residências, quintais e arredores, em verdadeiros depósitos de
lixo.
Deve-se citar ainda que o meio rural, as áreas de matas e
reservas florestais, cuja devastação ocorre escancaradamente dia após dia
para exploração dos recursos naturais e a implantação de monoculturas
favorece a urbanização do ciclo de grande número de animais
sinantrópicos, que causam e disseminam uma série de doenças.
Assim, será oferecido neste manual algumas informações
básicas sobre a biologia de alguns insetos, aracnídeos e molusco, de modo
que o leitor compreenda o quão necessária é a adoção de medidas
“ A ignorância de um povo é, das
doenças, a mais perniciosa”
preventivas e de controle para que se possa combater e erradicar estas
pragas de seu lar e de sua comunidade, beneficiando a todos.
Willian Marinho Dourado Coelho
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Os produtos químicos mencionados neste manual foram
selecionados para compor este estudo porque:
a) Podem ser encontrados facilmente;
b) São utilizados corriqueiramente nas atividades diárias domésticas,
empresariais e em ensino e pesquisa;
c) São substâncias de baixo custo, possibilitando o acesso à maior parte da
população;
d) A apresentação comercial de alguns produtos é feita em recipientes com
grandes volumes e que, após preparados, fornecem grandes
quantidades de inseticidas e moluscicidas;
e) Não requerem utilização de equipamentos especiais para seu preparo e
aplicação, que não o uso de equipamento de proteção individual (EPI)
mencionado pelo fabricante;
f) Que não foram testados anteriormente ou cuja rotulagem não o indique
para tal finalidade;
A constatação da eficácia foi estipulada com a aplicação
dos produtos à campo sobre os invertebrados por meio do cálculo da DL50
em diluições seriadas e, portanto, não seguem necessariamente as
especificações do fabricante quanto ao seu modo de preparo. A diluição
mencionada no texto refere-se a parte (volume) de produto por parte
(volume) de água. Cabe ressaltar que durante a aplicação desses produtos
foi possível observar a morte de diversos animais incluindo insetos, aranhas,
moluscos, pequenos répteis, anfíbios e até mesmo de plantas. Esses
compostos devem ser mantidos armazenados em locais seguros, conforme
informações na rotulagem, devendo ficar sempre longe do alcance de
crianças, incapazes e de animais.
É importante ressaltar que a pulverização desses produtos
age diretamente sobre a maioria dos animais sinantrópicos, ou ocasionando
sua morte, ou promovendo a criação um ambiente inóspito para estes
animais.
SUMÁRIO

Controle químico do caramujo africano .......................................................................................................................... 6


Breve revisão sobre a biologia do caramujo africano (Achatina fulica) e descrição dos produtos químicos alternativos
que apresentaram , nas condições deste estudo, atividade moluscicida.

Controle químico do escorpião ........................................................................................................................................ 7


Habitats e condições ideais para o estabelecimento dos escorpiões amarelo (Tityus serrulatus) e marrom (Tityus
bahiensis), sua importância enquanto causador de escorpionismo, mencionando quais produtos químicos são
potencialmente tóxicos para estes aracnídeos.

Controle químico do bicho barbeiro................................................................................................................................ 8


Descrição sucinta das características desses insetos e de sua importância como vetores da doença de Chagas,
demonstrando, ainda ,como eliminar e repelir quimicamente esses parasitos.

Controle químico de pernilongos..................................................................................................................................... 9


Principais locais de proliferação e abrigos dos pernilongos. Atuação destes insetos hematófagos como vetores
doenças e as formas de aplicação de diferentes compostos químicos com atividade inseticida e repelente.

Controle químico de flebótomos...................................................................................................................................... 10


Abordagem sobre os aspectos morfológicos e reprodutivos básicos do Lutzomyia longipalpis. Locais de procriação,
importância desses insetos como parasitos e vetores da leishmaniose, e quais foram os produtos químicos que,
quando aplicados nos locais onde habitam os flebotomíneos, apresentaram atividade inseticida, promovendo ainda o
controle ambiental desse inseto.

Controle químico de baratas ............................................................................................................................................ 11


Principais locais que se constituem em abrigos desses artrópodes, seus inimigos naturais, importância como
veiculadores de doenças e como eliminá-las a partir da aplicação de diferentes produtos químicos.

Controle químico de aranhas ........................................................................................................................................... 12


Função ecológica das aranhas, coabitação com seres humanos e animais. Descrição das principais espécies de
interesse médico no Brasil e quais produtos químicos foram eficazes em matar e repelir esses animais .

Barreira físico-química contra insetos............................................................................................................................. 13


Método utilizado para impedir e repelir a entrada de insetos por frestas, fendas e buracos.

Fontes consultadas........................................................................................................................................................... 14
CARAMUJO AFRICANO
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO
Achatina fulica
Pulverize sobre os caramujos solução
contendo:

1. Desinfetante de uso geral numa


concentração mínima de 30% ou sabão
Informações básicas líquido em concentração de 40% ou mais.
Nome comum: caracol gigante africano.
Obs: a eficácia dos produtos varia de acordo com a marca e
Molusco terrestre, originário da África, que
foi introduzido no Brasil visando o cultivo e a o princípio ativo utilizado.
comercialização. 2. Ativado ou solupan para limpeza de
É um animal extremamente prolífero,
veículos numa diluição de 1:5 e 1:20,
resistente às intemperes, capaz de realizar
respectivamente;
quatro posturas anuais, gerando até 400
ovos. 3. Água oxigenada em concentração mínima
Os ovos são de coloração branco a de 20%;
amarelados e são encontrados nas
4. Formalina em concentração de 10%.
vegetações ou enterrados a poucos
centímetros de profundidade. Obs: caso o molusco esteja recolhido em sua concha ou
Apresenta grande voracidade, alimentando- embaixo de objetos é preciso revolvê-los, expondo-os ao
se de plantas ornamentais, nativas e de
hortaliças. produto, sendo necessário, às vezes, uma segunda
A cultura deste molusco é considerada como pulverização.
atividade ilegal pois, sua presença em locais
não nativos pode desencadear a extinção de Para morte imediata:
espécies pertencentes à flora local. 5. Utilize qualquer um desses produtos
Além de ser considerado como uma isoladamente, pouco diluídos ou puros.
importante praga agrícola, este invertebrado
participa no ciclo da angiostrongilíase
abdominal e meningoencefálica humana,
considerada como uma importante zoonose,
além de causar a aelurostrongilose em
gatos.

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ESCORPIÃO
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO
Tityus spp.
Pulverize sobre os escorpiões solução
contendo:

1. Piretróides e piretrinas;

2. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina,


clorpirifós (associados ou não ao citronelal);
Informações básicas
Nome comum: escorpião. Obs: nestes casos, a eficácia dos produtos tem grande
Artrópode terrestre capaz de habitar variação de acordo com a marca utilizada e a sua forma de
diferentes ambientes, principalmente as
apresentação.
regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, o
gênero Tityus é o de maior interesse 3. Formalina em concentração de 10%.
toxicológico. Dependendo do produto utilizado diretamente
São animais com elevada prolificidade, sobre o animal e da concentração, a morte
especialmente porque, uma única fêmea
dos escorpiões ocorre em até 2 minutos.
pode gerar populações sozinha.
Os escorpiões, assim como outras pragas A pulverização contínua também impede que
urbanas, encontram condições ideais de os escorpiões retornem aos seus abrigos.
sobrevivência nas áreas urbanas, valendo-
se do acúmulo de lixo, terrenos baldios, Obs: a asperção deve ser realizada no interior das
construções inabitadas, entulhos, residências e em suas adjacências pois, os escorpiões que
alimentação farta (insetos), e a ausência de
predadores naturais. não foram atingidos pelo produto podem se deslocar das
De hábito predominantemente noturno, os áreas onde foi executada a pulverização e adentrar os
escorpiões causam inúmeros acidentes com domicílios.
animais e seres humanos, podendo
ocasionar até mesmo o óbito em se tratando
de indivíduos jovens e idosos.

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BICHO BARBEIRO
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO
Triatoma spp., Panstrongylus
Pulverize diretamente sobre os bichos
spp. e Rhodinius spp.
barbeiros solução contendo:

1. Piretróides e piretrinas;

2. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina,


clorpirifós (associados ou não ao citronelal);
Informações básicas
3. Ativado para limpeza de carro (ácido
Nome comum: bicho barbeiro ou chupança.
sulfônico e associações) ou limpa pedras
São insetos hematófagos obrigatórios,
extremamente adaptados aos ambientes (ácido clorídrico com ácido acético glacial),
urbanos e periurbanos. Também ocorrem numa diluição de 1:5 ou puro.
nas áreas rurais, especialmente onde
Obs: nestes casos, a eficácia dos produtos tem grande
existem criações de animais, com precárias
condições de higiene e de instalações. variação de acordo com a marca utilizada e a sua forma de
Possuem hábito noturno, alimentando-se de apresentação.
animais de sangue quente. Gostam de locais
de temperaturas mais amena e ar seco, 4. Formalina em concentração de 10%;
abrigando-se em frestas, ocos de madeiras, 5. Querosene ou óleo diesel.
entulhos, casas de pau a pique e as áreas
No ambiente, a aplicação regular destes
de matas.
produtos tornam os abrigos inóspitos aos
São insetos que apresentam longevidade e
prolificidade podendo, uma única fêmea, barbeiros e a outros animais.
gerar centenas de ovos.
Obs: quando possível, a pulverização deve ser realizada
Estes parasitos são vetores de uma
importante zoonose conhecida como doença também no interior das residências e em suas adjacências
de Chagas. pois, os bichos barbeiros que não foram atingidos pelo
produtos podem se deslocar das áreas onde foi executada a
asperção e adentrar os domicílios.

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PERNILONGOS
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO
Culex spp., Aedes spp.
Pulverize diretamente sobre os pernilongos
ou sobre suas larvas solução contendo:

1. Ativado para limpeza de carro (ácido


sulfônico e associações) ou limpa pedras
(ácido clorídrico com ácido acético glacial),
numa diluição de 1:10 ou 1:7;

2. Piretróides e piretrinas;

3. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina,


clorpirifós (associados ou não ao citronelal);
Informações básicas
4. Formalina em concentração de 10%;
Nome comum: mosquito da dengue,
5. Querosene ou óleo diesel.
pernilongo.
Os pernilongos são insetos alados, No ambiente, a aplicação contínua destes
hematófagos, presentes em todas as regiões produtos elimina as formas evolutivas do
do Brasil. São animais que proliferam nas parasito e desalojam os pernilongos de seus
áreas residenciais ou em suas proximidades.
abrigos.
Na zona urbana, esses parasitos encontram
uma ampla variedade de locais para Aplique os produtos nos locais onde existe
habitarem como em terrenos baldios, lixões, risco de haver acúmulo de água ou onde já
casas abandonadas ou mal cuidadas, existem larvas dos mosquitos. O efeito
proliferando abundantemente em locais
larvicida é imediato, com alguma ação
onde se acumula água.
residual repelente.
O mosquito comum tem como hábito se
alimentar de sangue durante a noite. Já os Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser
do gênero Aedes, principal transmissor da
dengue, realiza o repasto sanguíneo durante realizada também no interior das residências e em suas
o dia, especialmente nas primeiras horas da adjacências pois, os pernilongos que não foram atingidos
manhã e nas últimas horas da tarde. Gostam
de locais sombreados dentro e fora dos pelo produto podem se deslocar das áreas onde foi
domicílios. executada a pulverização e adentrar os domicílios.
O mosquito Aedes aegypti pode transmitir
também a febre amarela.
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FLEBÓTOMOS
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO
Lutzomyia spp.
Pulverize no ambiente solução contendo

1. Ativado para limpeza de carro (ácido


sulfônico e associações) ou limpa pedras
(ácido clorídrico com ácido acético glacial),
numa diluição de 1:10 ou 1:7;

2. Piretróides e piretrinas;

3. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina,


clorpirifós (associados ou não ao citronelal);

4. Formalina em concentração de 10%;


Informações básicas 5. Querosene ou óleo diesel.
Nome comum: birigui, tatuquira, cangalha.
A aplicação contínua destes produtos elimina
São pequenos insetos alados com 1 a 3 mm
as formas evolutivas do parasito e desalojam
de comprimento, corcundas e com asas
estreitas que permanecem levantadas os flebótomos de seus abrigos.
quando estão pousados. No ambiente:
As fêmeas são hematófagas e põe cerca de Prepare os produtos deixando-os mais
40 a 50 ovos em lugares escuros e úmidos,
concentrados e realize a asperção nos locais
principalmente em matéria orgânica em
decomposição. A população destes insetos onde existe matéria orgânica acumulada. O
é abundante onde existem terrenos baldios, efeito inseticida é imediato com ação
galinheiros, chiqueiros, canis e lixões. residual repelente.
As larvas se alimentam de restos orgânicos
evoluindo para ninfas que são praticamente Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser
imóveis. Ao atingirem a fase adulta, os realizada também no interior das residências e em suas
insetos se tornam bastante ativos,
principalmente nos períodos crepusculares e adjacências pois, os flebotomíneos que não foram atingidos
noturnos. pelo produto podem se deslocar das áreas onde foi
Durante o repasto sanguíneo, as fêmeas
executada a pulverização e adentrar os domicílios.
podem transmitir as leishmanioses para
animais e humanos.

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BARATA
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO
Periplaneta americana
Pulverize diretamente sobre as baratas
solução contendo:

1. Ativado para limpeza de carro (ácido


sulfônico e associações) ou limpa pedras
(ácido clorídrico com ácido acético glacial),
numa diluição de 1:7 ou 1:5;

2. Piretróides e piretrinas
Informações básicas
3. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina,
Nome comum: barata vermelha, barata de
esgoto, barata de cozinha. clorpirifós (associados ou não ao citronelal).

São insetos com tamanho variado 4. Formalina em concentração de 10%;


dependendo da espécie. O corpo é ovalado, 5. Querosene ou óleo diesel.
achatado dorso-ventralmente e, em geral,
possuem coloração escura. Com exceção do querosene e óleo diesel, os

Gostam de habitar lugares ecuros e úmidos, demais produtos foram utilizados também em
principalmente onde haja pedras, árvores, ralos, caixas de gordura e esgoto, sendo
ninhos e edificações humanas. Também eficazes na morte deste e outros insetos,
estão presentes nos esgotos e onde existem
atuando ainda como repelentes ambientais.
matéria orgânica em decomposição.
Baratas urbanas são capazes de viver por Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser
alguns dias sem água e até meses sem realizada também no interior das residências e em suas
comida.
Estes animais prosperam especialmente nos adjacências pois, as baratas que não foram atingidas pelo
locais onde há escassez dos seus produto podem se deslocar das áreas onde foi executada a
predadores naturais como lagartixas,
formigas, aranhas, escorpiões, dentre pulverização e adentrar os domicílios.
outros.
As baratas são animais sinantrópicos e
atuam como vetores mecânicos e
biológicos de grande número de agentes
causadores de doenças.

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ARANHA
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO
Lycosa spp., Loxoceles spp.,
Pulverize diretamente sobre aranhas solução
Phoneutria spp., Lasiodora spp.
contendo:

1. Piretróides e piretrinas;

2. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina,


clorpirifós (associados ou não ao citronelal);

A B Obs: nestes casos, a eficácia dos produtos tem grande


variação de acordo com a marca utilizada e a sua forma de
apresentação.
3. Ativado para limpeza de carro (ácido
sulfônico e associações) ou limpa pedras
C D
(ácido clorídrico com ácido acético glacial),
Informações básicas numa diluição de 1:5 ou 1:4;
Nome comum: aranha de jardim (A); aranha 4. Formalina em concentração de 10%;
marrom (B); aranha armadeira (C);
5. Querosene.
caranguejeira ou tarântula (D).
As aranhas possuem diferentes tamanhos, No ambiente, a aplicação contínua destes
formas, hábitos e, em sua maioria, são produtos elimina e desaloja as aranhas de
peçonhentas. Esses animais são parte seus abrigos.
fundamental no controle de insetos e outras
pragas. Entretanto, acidentes podem ocorrer Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser
entre aranhas, seres humanos e outros realizada também no interior das residências e em suas
animais.
As principais aranhas de intersse médico no adjacências pois, as aranhas que não foram atingidas pelo
Brasil pertencem aos gêneros Phoneutria e produto podem se deslocar das áreas onde foi executada a
Loxoceles. Esses animais apresentam
hábito noturno, encontrando-se alocadas pulverização e adentrar os domicílios.
dentro dos domicílios e em seus arredores.
Os terrenos baldios, entulhos, porões e
sótãos favorecem a profileração das aranhas
com abrigos e fontes de alimento.

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MÉTODO DE CONTROLE
BARREIRA FÍSICO-QUÍMICA DE INSETOS
Materiais: Pedaço de corda (A). Fita adesiva (B). Inseticidas, carrapaticidas,
Materiais requeridos: acaricidas ou repelentes (C).
1) Corda, barbante ou cadarço;
2) Fita adesiva;
3) Produtos inseticidas, carrapaticidas,
acaricidas ou repelentes
Métodos
1) Medir o espaço entre os batentes e a
A B
altura do vão da porta;
2) Cortar um pedaço da corda, barbante ou
cadarço que fique justo e perfeitamente
acoplado ao vão da porta;
3) Pregar sob o vão da porta pedaço da fita
adesiva que se estenda de um batente
ao outro;
4) Embeber a corda, barbante ou cadarço C
com o inseticida, carrapaticida, acaricida,
ou repelente, deixando escorrer o Métodos: Corda impregnada com inseticida, carrapaticida, acaricida ou repelente
excesso do produto; (seta vermelha), colocada sobre fita adesiva no vão inferior da porta (seta amarela),
bloqueando e repelindo a entrada de insetos em toda a sua extensão (seta roxa).
5) Colocar sobre a fita adesiva o pedaço de
corda, barbante ou cadarço impregnado
com o veneno;
6) Fechar a porta com o material para o
lado de fora.

Obs: é importante lembrar que o efeito dos


produtos químicos não é permanente. Deste
modo, faz-se necessário que se realize nova
impregnação com tais produtos pelo menos
uma vez por dia.

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FONTES CONSULTADAS

Controle químico do caramujo africano ................................................................................................................... 5


COELHO, Leila Morais. Informe técnico para o controle do caramujo africano (Achatina fulica, Bowdch 1822 em
Goiás. Goiânia: AGENCIA RURAL, 2005.12p. Documento, 4 ).
Instrução Normativa IBAMA nº 73 de 18 de agosto de 2005 (Brasil, 2005).
Instrução Normativa IBAMA nº 109 de 03 de agosto de 2006 (Brasil, 2006).
Ministério da Saúde. Vigilância e Controle de Moluscos de Importância Epidemiológica. 2 ed. 106-108p. 1995.
Controle químico do escorpião ................................................................................................................................. 6
Ministério da Saúde. Manual de Controle de Escorpiões. 1 ed. 2009.
Ministério da Saúde. Animais Peçonhentos e Venenosos. Série Prevenindo Intoxicações. FIOCRUZ. Disponível em
http://www.fiocruz.br/sinitox/media/escorpioes.pdf
Controle químico do bicho barbeiro......................................................................................................................... 7
Ministério da Saúde. Superintendência de Campanhas de Saúde Pública. Doença de Chagas. Textos de Apoio.
Brasília: Ministério da saúde, SUCAM, 1989.
ARGOLO, Ana Maria., et al. Doença de Chagas e seus principais vetores no Brasil. FIOCRUZ, 2008.
Controle químico de pernilongos..................................................................................................................................... 8
Ministério da Saúde. Dengue Aspectos Epidemiológicos, Diagnóstico e Tratamento. Série A. Normas e Manuais
Técnicos, nº 176, 2002.
Ministério da Saúde. Dengue Diagnóstico e Manejo Clínico. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002.
Ministério da Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela. Brasília: Fundação Nacional de Saúde,
1999.
Controle químico de flebótomos...................................................................................................................................... 9
Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2ed. 22p. 2007.
Superintendência de Controle de Endemias. Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Americana do
Estado de São Paulo. 18p. 2006.
Controle químico de baratas ............................................................................................................................................ 10
ZUBEN, Andréa Paulo Bruno von. Manual de Controle Integrado de Pragas. Secretaria Municipal de Saúde.
Campinas-SP. 31p. 2006.
RAFAEL, José Albertino., et al. Baratas (Insecta, Blattaria) sinantrópicas na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil.
v.38, 173-178p. 2008.
Controle químico de aranhas ..................................................................................................................................... 11
Prefeitura de São Paulo. Animais Sinantrópicos. Manual do Educador. 12p. Disponível em
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Sinantropicos_1253737170.pdf
Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Zoonoses. 129-135p. 2009.

Página 14
willianmarinho@hotmail.com

Todo o esforço envidado, tempo


desprendido e suor derramado
para a elaboração deste manual é
dedicado à vida de minha amada
filha Mariana e também, às
inúmeras pessoas que são
vitimadas com doenças
transmitidas por vetores
invertebrados e animais
peçonhentos.

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