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CURSO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

PARA

COMPONENTES
DA CIPA

1
MÓDULO I - A CIPA

NORMA
REGULAMENTADORA 5 -
NR 5

2
MÓDULO II - INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO
TRABALHO

 Acidentes do Trabalho
 Inspeção de Segurança
 Campanhas de Segurança
 Riscos Ambientais
 Mapa de Riscos

3
MÓDULO III - NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO
TRABALHISTA E PREVIDÊNCIARIA
RELATIVAS A SEGURANÇA DO
TRABALHO

4
MÓDULO IV - NOÇÕES
BÁSICAS DE PRIMEIROS
SOCORROS
 Introdução
 Ações do socorrista
 Insolação
 Internação
 Desmaio
 Crise convulsiva
 Ferimentos
 Hemorragias
 Fraturas
 Entorses
 Luxações
 Transporte de pessoas acidentadas
 Parada cardiorespiratória
 Mordeduras e picadas
 Queimaduras 5
MÓDULO V - PREVENÇÃO E COMBATE À
INCÊNDIOS

 Como evitar um incêndio


 Recomendações para se evitar o fogo
 Classes de fogo
 Tipos de extintores
 Localização e sinalização dos extintores

6
MÓDULO VI - SÍNDROME DA IMUNO DEFICIÊNCIA
ADQUIRIDA - AIDS E DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS - DST

7
MÓDULO VII - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
- EPI E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

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MÓDULO I

NORMA REGULAMENTADORA
NR 5
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA

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OBJETIVO

5.1 -A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -


CIPA, tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a
presença da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.

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CONSTITUIÇÃO
5.2- Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la
em regular funcionamento as empresas privadas, públicas,
sociedades de economia mista, órgãos da administração
direta e indireta, instituições beneficientes, associações
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que
admitam trabalhadores como empregados.
5.4 - A empresa que possuir em um mesmo município dois ou
mais estabelecimentos, deverá garantir a integração das
CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de
harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.

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ORGANIZAÇÃO
5.6 - A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específico.

5.6.1 - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados.
5.6.2 - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.

5.7 - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.

5.8 - É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o
final de seu mandato.

5.11 - O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos
empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.

5.13 - Será indicado de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os
componentes ou não da comissão, sendo neste caso, necessária a concordância do empregador.

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ATRIBUIÇÕES
5.16 a - Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar Mapa de Riscos;
b - Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas
de segurança e saúde no trabalho;
c - Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias; bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho.
D - Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho;
e - Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas; e discutir as
situações de risco que foram identificadas
f - Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
i - Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
l - Participar em conjunto com o SESMT, da análise das causas das doenças e acidentes do
trabalho e propor medidas de solução;
o - Promover, anualmente em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - SIPAT;
p - Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da
AIDS;
5.17 - Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao
desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das
tarefas constantes do plano de trabalho.

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ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE

5.19 a -Convocar os membros para as reuniões da CIPA;


b - Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao
empregador e ao SESMT, as decisões da comissão;
c - Manter o empregador informado sobre os trabalhos da
CIPA;
d - Coordenar e supervisionar as atividades de secretária;
e - Delegar atribuições ao Vice-Presidente.

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ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE

5.20 a - Executar as atribuições que


lhe forem delegadas pelo
Presidente;

b - Substituir o Presidente nos seus


impedimentos eventuais ou nos
afastamentos temporários.

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ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE E
VICE-PRESIDENTE EM CONJUNTO
5.21 a - Cuidar para que a CIPA disponha de condições
necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos;
b - Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando
para que os objetivos propostos sejam alcançados;
c - Delegar atribuições aos membros da CIPA;
d - Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT;
e - Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores da
empresa;
g - Constituir a Comissão Eleitoral.

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ATRIBUIÇÕES DA SECRETÁRIA

5.22 a - Acompanhar as reuniões da CIPA, e


redigir as atas apresentando-as para
aprovação e assinatura dos membros
presentes;

b - Preparar as correspondências;

c - Executar as atribuições que lhe forem


atribuídas.

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FUNCIONAMENTO
5.23 - A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o
calendário preestabelecido;
5.24 - As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o
expediente normal da empresa e em local apropriado;
5.25 - As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes
com encaminhamento de cópias para todos os membros;
5.27 - As reuniões extraordinárias serão realizadas quando houver
denúncia de situação de risco grave e iminente que determine
aplicação de medidas corretivas de emergência, quando
ocorrer acidente grave ou fatal ou quando houver solicitação
expressa de uma das representações.

18
ATRIBUIÇÕES

5.30 - O membro titular perderá o mandato, sendo


substituído pelo suplente, quando faltar a mais de 4
reuniões ordinárias sem justificativa;
5.31.1 - No caso de afastamento definitivo do Presidente, o
empregador indicará o substituto, em 2 dias úteis,
preferencialmente entre seus membros;
5.31.2 - No caso de afastamento definitivo do Vice-
Presidente, os membros titulares da representação dos
empregados escolherão o substituto, entre seus
titulares, em 2 dias úteis.

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TREINAMENTO
5.32 - A empresa deverá promover treinamento para todos os
membros, titulares e suplentes antes da posse;
5.33 - O treinamento deverá comtemplar, no mínimo, os
seguintes itens:
a) estudo do ambiente e condições de trabalho, bem como dos
riscos originados do processo produtivo;
b) metodologia de investigação e análise dos acidentes;
c) noções sobre acidentes do trabalho;
d) noções sobre AIDS;
e) noções sobre legislação trabalhista e previdenciária;
f) princípios gerais de higiene do trabalho;
g) organização da CIPA.

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PROCESSO ELEITORAL

5.38 - Compete ao empregador convocar eleições para


escolha dos representantes dos empregados da CIPA,
até 60 dias antes do término do mandato em curso.

5.39 - O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA


constituirão dentre seus membros, com no mínimo 55
dias do início do pleito, a Comissão Eleitoral - C.E., que
será a rsponsável pela organização e acompanhamento
do processo eleitoral.

21
PROCESSO ELEITORAL
O PROCESSO ELEITORAL OBSERVARÁ AS SEGUINTES
CONDIÇÕES:

Publicação e divulgação de Edital, no mínimo 45 dias antes da data de


eleição;
inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição
será de 15 dias;
liberdade de inscrição para todos os empregados da empresa, com
fornecimento de comprovante;
garantia de emprego para todos os empregados da empresa até a eleição;
realizar eleição no mínimo 30 dias antes do término do mandato;
realizar eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários dos
turnos;
voto secreto;
apurar os votos em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representantes do empregador, empregados e comissão eleitoral.

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MÓDULO II

INTRODUÇÃO À SEGURANÇA
DO TRABALHO

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ACIDENTE DO TRABALHO
CONCEITO PREVENCIONISTA

São todas as ocorrências indesejáveis, que


interrompem o trabalho e causam, ou
tem potencial para causar ferimentos em
alguém ou algum tipo de perda à
empresa ou ambos ao mesmo tempo

24
ACIDENTE DO TRABALHO
CONCEITO LEGAL

É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço


da empresa provocando lesão corporal ou
perturbação funcional, resultando a morte, a perda
ou a redução, permanente ou temporária da capacidade
para o trabalho. Equiparam-se legalmente ao acidente
do trabalho, o acidente de trajeto, a doença profissional
e a doença do trabalho.

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DOENÇA PROFISSIONAL

Entende-se por doença profissional, aquela


inerente ou peculiar a determinado ramo de
atividade, dispensando a comprovação de nexo
causal.
Exemplo: Um trabalhador que trabalhe numa
cerâmica onde é utilizada a sílica, vindo a
adquirir silicose, bastará comprovar que
trabalhou na cerâmica, para ficar comprovada a
doença profissional, dispensando qualquer tipo
de outra prova.

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DOENÇA DO TRABALHO

A doença do trabalho diferencia-se da doença profissional


em vários pontos. Ela resulta de condições especiais em
que o trabalho é exercido e com ele relaciona-se
diretamente.
Sendo uma doença genérica (que acomete qualquer pessoa),
exige a comprovação do nexo causal, ou seja, o
trabalhador deverá comprovar haver adquirido a doença
no exercício do trabalho.
Exemplo: A tuberculose poderá ser “doença do trabalho”
com relação àquele segurado que comprovar tê-la
adquirido no exercício do trabalho em uma câmara
frigorífica.

27
COMUNICAÇÃO DE
ACIDENTE DO TRABALHO

De acordo com a legislação, todo acidente do trabalho


deve ser imediatamente comunicado à empresa pelo
acidentado ou por qualquer pessoa que dele tiver
conhecimento.
Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à
autoridade policial.
A empresa por sua vez, deve comunicar o acidente do
trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil
seguinte ao da ocorrência.

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CAUSAS DE ACIDENTES
DO TRABALHO

Os acidentes de trabalho decorrem, basicamente de duas


causas primárias: ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS,
acidentes do trabalho podem ainda decorrer por atos de
terrorismo praticado por terceiros, ou ainda originar-se
de causas que escapam do controle humano, como os
tufões, terremotos, inundações, etc.

29
Conforme estatísticas mundiais,
os acidentes de trabalho estão
quantificados, segundo suas causas,
da seguinte forma:
* Atos inseguros - 86%;
* Condições inseguras - 12%;
* Elementos da natureza/situações
especiais - 2%.

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ATOS INSEGUROS
Os atos inseguros são geralmente, definidos como causas de
acidentes de trabalho que residem exclusivamente
no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das
tarefas de forma contrária as normas de segurança, ou seja, a
violação de um procedimento aceito como seguro, que pode levar a
ocorrência de um acidente.
Exemplos:
- Agir sem permissão;
- Deixar de chamar a atenção;
- Brincar em local de trabalho;
- Inutilizar dispositivos de segurança;
- Dirigir perigosamente;
- Não usar EPI;
- Não cumprir as normas de segurança, etc.
31
CONDIÇÕES INSEGURAS
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho,
comprometem a segurança do trabalhador e a própria
segurança das instalações e dos equipamentos.
EXEMPLOS:
- Falta de dispositivos de proteção ou dispositivos
inadequados;
- Ordem e limpeza deficientes;
- Falha de processo e ou método de trabalho;
- Excesso de ruído;
- Piso escorregadio;
- Iluminação inadequada;
- Arranjo físico inadequado;
- Ventilação inadequada, etc.
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ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO

 Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;

 Analisar o acidente, identificando suas causas;

 Definir as medidas preventivas, acompanhando sua execução.

33
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
É a parte do controle de riscos que consiste em efetuar
vistorias nas áreas e meios de trabalho, com o
objetivo de descobrir e corrigir situações que
comprometam a segurança dos trabalhadores.

Uma inspeção para ser bem aproveitada precisa ser


planejada, e o primeiro passo é definir o que se
pretende com a inspeção e como fazê-la.

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TIPOS DE INSPEÇÃO

 Inspeção geral: Realizada quando se quer ter uma visão


panorâmica de todos os setores da empresa. Pode ser realizada no
início do mandato da CIPA.

 Inspeção parcial:Realizada onde já se sabe da existência de


problemas, seja por queixas dos trabalhadores ou ocorrência de
doenças e acidentes do trabalho. Deve ser uma inspeção mais
detalhada e criteriosa.

 Inspeção específica: É uma inspeção em que se procura identificar


problemas ou riscos determinados. Como exemplo podemos citar o
manuseio de produtos químicos, postura de trabalho, esforço físico,
etc.

35
ETAPAS DA INSPEÇÃO
1ª Fase - Observar os atos das pessoas, as condições de máquinas,
equipamentos, ferramentas e o ambiente de trabalho.
2ª Fase - Registrar o que foi observado e o que deve ser feito, contendo, entre
outros, os dados do local da realização, dos riscos encontrados, de pontos
positivos, dos problemas ou das propostas feitas pelos inspecionados,
colocando-se data e assinatura. Existem formulários denominados
“Relatórios de Inspeção” especiais para o registro dos dados observados.
3ª Fase - Analisar e Recomendar medidas que visem a eliminar, isolar ou, no
mínimo sinalizar riscos em potencial advindos de condições ambientais ou
atos e procedimentos inseguros.
4ª Fase - Encaminhar para os responsáveis para providenciar as medidas
corretivas, necessárias.
5ª Fase - Acompanhar as providências até que ocorra a solução final.

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O cipeiro deve registrar os fatos positivos na prevenção de
acidentes, para que sejam divulgados e outras áreas
possam adotá-las.
Após registrado, deverá ser encaminhado à secretária da
CIPA afim de incluí-lo na pauta da reunião ordinária para
análise da comissão.
A conclusão da comissão deverá ser encaminhada ao
responsável pelo local ou serviço inspecionado e mantida na
pendência até a regularização.
Todas as fases da inspeção deverão ser registrados em ata,
inclusive o acompanhamento das providências.
Os riscos com grande potencial deverão ser informados de
imediato ao responsável e, quando possível, corrigidos no
ato. Caso a solução seja mediata, recomenda-se uma
análise de risco em busca da melhor solução.
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CAMPANHAS DE SEGURANÇA

Campanhas de segurança são eventos voltados para a


educação e sensibilização dos funcionários, transmitindo
conhecimentos sobre segurança e saúde no trabalho.

Os eventos mais comuns e que envolvem a CIPA são:


 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
- SIPAT;
 Campanha Interna de Prevenção da AIDS - CIPAS;
 Antitabagismo - cabe também à CIPA, recomendar que
em todos os locais de trabalhos e adotem medidas
restritivas ao hábito de fumar.

38
Ambiente de Trabalho - É o espaço físico
onde o empregado desenvolve suas
atividades a favor de seu empregador. O
mesmo que local de trabalho, podendo
ser considerado como tal, a área interna
ou externa à empresa.

39
RISCOS AMBIENTAIS

São agentes presentes nos ambientes de trabalho, capazes de afetar o trabalhador a


curto, médio e longo prazo, provocando acidentes com lesões imediatas e/ou
doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam a acidentes do
trabalho.

40
RISCOS AMBIENTAIS
ATRIBUIÇÕES

Uma das atribuições da CIPA, é a de identificar


e relatar os riscos existentes nos setores e
processos de trabalho. Para isso é necessário
que se conheça os riscos que podem existir
nesses setores, solicitando medidas para que
os mesmos possam ser eliminados e/ou
neutralizados.
Identificados esses riscos, os mesmos deverão
ser transcritos no Mapa de Riscos.

41
RISCOS AMBIENTAIS
CLASSIFICAÇÃO

Riscos Físicos:
Riscos Químicos:
Riscos Biológicos:
Riscos Ergonômicos:
Riscos de Acidentes

42
RISCOS FÍSICOS (verde) Conseqüências

• Ruído
Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição
da audição, problemas do aparelho digestivo,
taquicardia, perigo de infarto.

• Vibrações Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na


coluna, doença do movimento, artrite, problemas
digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos
moles.
Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço,
• Calor irritação, intermação, prostração térmica, choque
térmico, fadiga térmica, perturbação das funções
digestivas, hipertensão etc.
• Radiação não-ionizante Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros
órgãos
• Radiação ionizante Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas
visuais, acidente do trabalho.

• Umidade Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da


pele, doenças circulatórias.
• Pressões anormais Mal-estar, dor de ouvido, dor de cabeça, doença
descompressiva ou embolia traumática
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Riscos Químicos (vermelho) CONSEQÜÊNCIAS
Poeira minerais (sílica, asbesto/ Silicose (quartzo), asbestose (asbesto/amianto)
amianto, carvão mineral pneumoconiose (minérios do carvão)

Poeiras vegetais (algodão, Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar),


bagaço de cana-de-açúcar) incêndios.
Poeiras alcalinas (calcário) Doença pulmonar obstrutiva crônica, enfizema
pulmonar
Poeiras incômodas Podem interagir com outros agentes nocivos
presentes no ambiente de trabalho, potencia-
lizando sua nocividade
Fumos Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre dos fumos
intoxicação específica de acordo com o metal

Neblinas, névoas , gases Irritantes - irritação das vias aéreas (ácido clorídrico,
e vapores ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, etc).
Asfixiantes - dor de cabeça, náuseas, sonolência, coma,
morte (hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, etc)
Anestésicos - ação depressiva sobre o sistema formador do
sangue (benzeno, butano, propano, cetonas, aldeídos, etc.)

Substâncias compostas ou Efeitos combinados podendo potencializar uma ou mais


produtos químicos em geral das situações já descritas
44
RISCOS BIOLÓGICOS (marrom) CONSEQÜÊNCIAS

Vírus Hepatite, poliomielite, herpes, varíola, febre


amarela, raiva (hidrofobia), rubéola, aids,
dengue, meningite.

Bactérias/Bacilos Hanseníase, tuberculose, tétano, febre tifóide,


pneumonia, difteria, cólera, leptospirose, disenterias.

Protozoários
Malária, mal de chagas, toxoplasmose, disenterias,
teníase.

Fungos
Alergias, micoses, pé de atleta.
Parasitas
Infecções parasitárias diversas, vermes intes-
tinais

45
RISCOS
ERGONÔMICOS (amarelo) CONSEQÜÊNCIAS
Esforço físico intenso

Levantamento e transporte
manual de peso
De um modo geral, devendo haver uma análise mais
Exigência de postura detalhada,
inadequada caso a caso, tais riscos podem causar:

Controle rígido de cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças como


produtividade hipertensão
arterial, úlceras, doenças nervosas, agravamento do
Imposição de ritmos diabetes,
excessivos alterações do sono,da libido, da vida social com reflexos
na saúde e
Trabalho em turno ou no comportamento, acidentes, problemas na coluna
noturno
vertebral,
taquicardia, cardiopatia (angina, infarto), agravamento da
Jornada prolongada de
trabalho asma,
tensão, ansiedade, medo, comportamentos
Monotonia e estereotipados.
repetitividade

Outras situações
causadoras de “stress”
físico e/ou psíquico
46
RISCOS DE ACIDENTES (azul)

CONSEQÜÊNCIAS

Arranjo físico acidente, desgate físico excessivo


inadequado

Máquinas e
acidentes graves
equipamentos
sem proteção

Ferramentas inadequadas
acidentes principalmente com repercussão nos membros
ou defeituosas
superiores
Iluminação inadequada

Eletricidade Desconforto, fadiga e acidentes

Probabilidade de incêndio Curto-circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras,


ou explosão acidentes fatais

Armazenamento Danos materiais, pessoais, ao meio ambiente, interrupção do


inadequado processo produtivo

Animais peçonhentos Acidentes, doenças profissionais, queda da qualidade de


produção

Acidentes, intoxicação e doenças

47
PRIORIDADES NO CONTROLE DE
RISCO
 Eliminar o risco;

 Neutralizar / isolar o risco, através do uso de Equipamento de Proteção Coletiva;

 Proteger o trabalhador através do uso de Equipamentos de Proteção Individual.

48
MAPA DE RISCOS

O Mapa de Riscos é a representação gráfica


do reconhecimento dos riscos existentes
nos setores de trabalho, por meio de
círculos de diferentes cores e tamanhos.

O Mapa de Riscos deve ser refeito a cada


gestão da CIPA.

49
MAPEAMENTO DE RISCOS
OBJETIVOS

 Reunir as informações necessárias para


estabelecer o diagnóstico da situação;

 Possibilitar, durante a sua elaboração, a


troca e divulgação de informações entre
os funcionários.

50
MAPEAMENTO DE RISCOS
ETAPAS DE ELABORAÇÃO

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;


 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua
eficácia;
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no
local;
 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da empresa,
indicando através de círculos, colocando em seu interior o
risco levantado (cor), agente especificado e número de
trabalhadores expostos.

51
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
O que é ?

Apresentação gráfica do reconhecimento dos


riscos existentes no local de trabalho

Área • 01 e 02 - Risco Químico


externa Estoque
banheiro • 03 - Risco de Acidentes
de produtos
03
de limpeza Sala • 04 - Risco Biológico
04 02 03 - 06 • 05 - Risco Físico
• 06 - Risco Ergonômico

Escritório
06

Lavanderia

05
52
MAPA
MAPA DE
DE RISCOS
RISCOS AMBIENTAIS
AMBIENTAIS
OO significado
significado

PEQUENO MÉDIO GRANDE

CÍRCULO = GRAU DE INTENSIDADE

• VERDE Físicos
• VERMELHO Químicos
• MARROM Biológicos
COR = TIPO DO RISCO • AMARELO Ergonômicos
• AZUL De Acidentes

53
LEGISLAÇÃO
TRABALHISTA E
PREVIDÊNCIARIA
RELATIVAS A
SEGURANÇA DO
TRABALHO

54
a) Leis Constitucionais (CF-88)
* Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
XXII - redução dos riscos inerentes aos trabalhos, por
meio de normas de saúde, higiene e segurança do trabalho;
XXVIII - Seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado quando incorrer em dolo ou culpa

55
b) Leis Ordinárias:
Decreto Lei 5452 de 1º de maio de 1943 (Estado
Novo 1930-1945)
Capítulo V - DA SEGURANÇA E DA
MEDICINA DO TRABALHO (Arts. 154 a 201)
(16 Seções)
Seção IV - DO EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL DO TRABALHO
Lei 8.212/91 (Plano de Custeio da residência)

56
c) Atos do Poder Executivo - Portarias,
Resoluções.
Resoluções
Portarias MT E nº 3.214 de 08/06/78 (NR’s)
e 3.067 de 12/04/88 (NRR’s).
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual
(EPI).

57
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS
TRABALHISTAS - CLT

(Introdução caps. 1 a 12)

58
ART 2º - CONSIDERA-SE EMPREGADOR ...

* A pessoa física ou jurídica que


contrata mão de obra especializada para
determinado serviço.

59
ART. 3º - CONSIDERA-SE EMPREGADO ...

A pessoa física ou jurídica


especializada para execução dos
serviços contratado.

60
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS
TRABALHISTAS - CLT

CAPÍTULO V – (DA SEGURANÇA E DA


MEDICINA DO TRABALHO)
(ARTS. 155 A 201)

61
ART. 155 INCUBE AO ÓRGÃO DE
ÂMBITO NACIONAL (SSST/M T E )
COMPETENTE EM MATÉRIA DE
SEGURANÇA E MEDICINA DO
TRABALHO:

62
I - estabelecer normas ...

II - coordenar, orientar, controlar e


supervisionar a fiscalização...

III - conhecer, em última instância, dos


recursos, voluntários ou de ofício, das
decisões proferidas pelos Delegados
Regionais do Trabalho em matéria de
segurança e medicina do trabalho.

63
ART. 157 - CABE ÀS
EMPRESAS:

64
I - cumprir e fazer cumprir as normas de
segurança e medicina do trabalho;
II - Instruir os empregados...
III - adotar as medidas que lhes sejam
determinadas pelo órgão regional
competente;
IV- facilitar o exercício da fiscalização pela
autoridade competente.

65
ART. 158- CABE AOS
EMPREGADOS:

66
I - observar as normas de segurança e
medicina ...

II - colaborar com a empresa na aplicação


dos dispositivos deste capítulo;

67
PARÁGRAFO ÚNICO:

CONSTITUI ATO FALTOSO DO


EMPREGADO A RECUSA
INJUSTIFICADA:

68
a) à observância das instruções expedidas
pelo empregador na forma do item II
anterior;.

b) ao uso dos equipamentos de proteção


individual fornecidos pela empresa.

69
FUNDAMENTOS DA
LEGISLAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
LEI Nº 8.213/91

70
Art. 19 - Acidente do trabalho é
o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa ...

Lei nº 8.213/91

71
Parágrafo 1º - A empresa é responsável
pela adoção e uso das medidas coletivas e
individuais de proteção a segurança e
saúde do trabalhador.

Lei nº 8.213/91
72
Parágrafo 2º constitui Contravenção
Penal, punível com multa, deixar a
empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.

Lei nº 8.213/91

73
Parágrafo 3º É dever da empresa prestar
informações pormenorizadas sobre os riscos
da operação a executar e do produto a
manipular.

Lei nº 8.213/91

74
O Ministério do Trabalho e da
Previdência Social fiscalizará e os
sindicatos e entidades
representativas de classe
acompanharão o fiel cumprimento
do disposto nos parágrafos
anteriores, conforme dispuser o
regulamento.

75
FUNDAMENTOS DA LEGISLAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
LEI Nº 8.213/91

76
Art. 21 - Equiparam-se também
ao Acidente do Trabalho, para
efeitos desta Lei:

Lei nº 8.213/91

77
I - o acidente ligado ao trabalho que,
embora não tenha sido causa única haja
contribuído diretamente para a morte do
segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho ou produzido
lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;

Lei nº 8.213/91
78
II - o acidente sofrido pelo segurado
no local e no horário de trabalho, em
conseqüência de:

Lei nº 8.213/91

79
a) ato de agressão, sabotagem ou
terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de


terceiro, por motivo de disputa relacionada
com o trabalho;

Lei nº 8.213/91
80
c) ato de imprudência, de negligência ou de
imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e


outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior;

Lei nº 8.213/91 81
III - a doença proveniente de
contaminação acidental do empregado
no exercício de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado,


ainda que fora do local e horário de
trabalho:

Lei nº 8.213/91
82
a) na execução de ordem ou realização de
serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer


serviço a empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;

Lei nº 8.213/91 83
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive
para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor
capacitação da mão-de-obra, independente
do meio de locomoção utilizado, inclusive
veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de


trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo
de propriedade do segurado (Acidente de
Trajeto ou In itinere)
Lei nº 8.213/91 84
PARÁGRAFO 1º - NOS PERÍODOS
DESTINADOS A REFEIÇÃO OU DESCANSO,
OU POR OCASIÃO DA SATISFAÇÃO DE
OUTRAS NECESSIDADES FISIOLÓGICAS,
NO LOCAL DE TRABALHO OU DURANTE
ESTE, O EMPREGADO É CONSIDERADO
NO EXERCÍCIO DO TRABALHO.

Lei nº 8.213/91

85
Art. 22 - A empresa deverá comunicar o
Acidente do Trabalho à Previdência
Social até o 1º dia útil seguinte ao da
ocorrência e, em caso de morte, de
imediato a autoridade competente, sob
pena de multa variável entre o limite
mínimo e limite máximo do salário-de-
contribuição, sucessivamente aumentado
nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social.
Lei nº 8.213/91

86
Parágrafo 1º - Da comunicação a que
se refere este artigo receberão cópia fiel
o acidentado ou seus dependentes, bem
como o sindicato a que se corresponda
sua categoria.

87
Parágrafo 2º - Na falta de comunicação
por parte da empresa, podem formaliza-lá
o próprio acidentado, seus dependentes, a
entidade sindical competente, o médico
que o assistiu ou qualquer autoridade
pública, não prevalecendo nestes casos o
prazo previsto neste artigo.

Lei nº 8.213/91
88
Parágrafo 3º - a comunicação a que se
refere o parágrafo 2º não exime a empresa
pela falta do cumprimento do disposto neste
artigo.

Lei nº 8.213/91
89
Lei nº 8.213/91

Art. 23 - Considera-se como Dia do


Acidente, no caso de doença profissional
ou do trabalho, a data de início da
incapacidade laborativa para o exercício da
atividade habitual, ou o dia da segregação
compulsória, ou o dia em que for realizado
o diagnóstico, valendo para este efeito o
que ocorrer primeiro.

90
Art. 118 - O segurado que sofreu acidente
do trabalho tem garantida, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutenção do
seu contrato de trabalho na empresa, após a
cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de
auxílio-doença.

91
Parágrafo único - O segurado
reabilitado poderá ter remuneração
menor do que na época do acidente,
desde que compensada pelo valor do
auxílio-acidente, referido no parágrafo
1º do artigo 86 desta Lei.

92
LEI Nº 8.212/91 - PLANO DE CUSTEIO DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 22 - A contribuição a cargo da


empresa, destinada à Seguridade Social,
além do disposto no artigo 23, é de:

93
I - 20% (vinte por cento) sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, a
qualquer título, no decorrer do mês, aos
empregados, empresários, trabalhadores
avulsos e autônomos que lhe prestem
serviços:

94
II - para o financiamento da complementação
das prestações por acidente do trabalho, dos
seguintes percentuais, incidentes sobre o total
das remunerações pagas ou creditadas, no
decorrer do mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos:

95
a) 1% (um por cento) para as empresas em
cuja atividade preponderante o risco de
acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em
cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em
cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado grave.

96
MÓDULO IV

NOÇÕES BÁSICAS DE
PRIMEIROS SOCORROS

97
PRIMEIROS SOCORROS
INTRODUÇÃO

Primeiros socorros, são todas as


medidas que devem ser tomadas de
imediato para evitar agravamento do
estado de saúde ou lesão de uma
pessoa antes do atendimento médico.

98
AÇÕES DO SOCORRISTA
 Isolar a área, evitando o acesso de curiosos;
 Observar a vítima, verificando alterações ou ausência de
respiração, hemorragias, fraturas, colorações diferentes da
pele, presença de suor intenso, expressão de dor;
 Observar alteração da temperatura, esfriamento das mãos
e/ou pés;
 Manter a calma, assumindo a liderança do atendimento;
 Procurar que haja comunicação imediata com hospitais,
ambulâncias, bombeiros, polícia se necessário.

 A atitude do socorrista pode significar a vida ou a morte da


pessoa socorrida.

99
Como socorrer:
INSOLAÇÃO  retirar a vítima do local de
exposição, colocando-a na
sombra;
Exposição excessiva ao  colocar compressas frias
calor que pode se sobre a cabeça;
apresentar  envolver o corpo com
subitamente, a vítima toalhas constantemente
cai desacordada, ou molhadas;
 se estiver consciente, dê-
após enjôo, dor de
lhe água para beber.
cabeça, pele seca e
quente, febre alta.

100
INTERNAÇÃO
Como socorrer:
Enfermidade produzida pela
ação do calor em ambientes  retirar a vítima do ambiente e
fechados com temperaturas levá-la para um local fresco e
muito altas. A vítima pode arejado;
apresentar: cansaço,  deitar a vítima com a cabeça
náuseas, calafrios, mais baixa que o corpo;
respiração superficial,
palidez ou tonalidade  retirar as vestes da vítima
azulada no rosto, envolvendo-a num lençol
temperatura corporal úmido;
elevada, pele úmida e fria e  se estiver consciente, oferecer
pressão baixa. água em pequenas
quantidades;
 encaminhar a vítima para
atendimento médico

101
Como socorrer:
DESMAIO  se a pessoa estiver prestes a
desmaiar, coloque-a sentada
com a cabeça entre as pernas;
 se o desmaio já ocorreu, deitar
a vítima no chão, verificar
respiração e palidez;
Normalmente, o desmaio não  afrouxar as roupas;
passa de um acidente leve,
 erguer os membros inferiores;
só se agravando quando é
Obs.: Se a vítima não se recuperar
causado por grandes de 2 a 3 minutos, procurar
hemorragias. assistência médica.

102
CRISE CONVULSIVA
Como socorrer:
 deite a vítima no chão e afaste
A vítima de crise convulsiva tudo que estiver ao seu redor
(ataque epiléptico), fica que possa machucá-la;
retraída e começa a se  retire objetos como próteses,
óculos, colares, etc;
debater violentamente,  coloque um pano ou lenço
podendo apresentar os dobrado entre os dentes e
olhos virados para cima. desaperte a roupa da vítima;
 não dê líquido à pessoas que
estejam inconscientes;
 cessada a convulsão, deixa a
vítima repousar calmamente,
pois poderá dormir por
minutos ou horas;
 nunca deixa de prestar socorro
à vítima de convulsão.

103
FERIMENTOS - TIPOS
Contusão (beliscão, batidas),Como socorrer:
hematoma (local fica Contusões e Hematomas.
roxo), perfuro cortante  repouso da parte contundida;
(ferimento com faca  aplicar gelo até melhorar a dor e o inchaço
se estabilize;
prego, mordedura de 
animais, armas de fogo) e elevar a parte atingida.
Perfuro cortantes e Escoriações.
escoriação (ferimento
superficial, só atinge a  lavar as mãos;
 lavar o ferimento com água e sabão;
pele).
 secar o local com gase ou pano limpo;
 se houver sangramento comprimir o local;
 fazer um curativo;
 manter o curativo limpo e seco;
 proteger o ferimento para evitar
contaminação.

104
HEMORRAGIAS
Como socorrer:
Hemorragia é a perda de
sangue que acontece quando  manter a vítima
há rompimento de veias ou deitada com a cabeça
artérias, provocadas por para o lado;
cortes, tumores, úlceras, etc.  afrouxar suas roupas;
Existem 2 tipos de
hemorragias, as externas  manter a vítima
(visíveis) que devem ser agasalhada;
estancadas imediatamente e  procurar assistência
as internas (não visíveis),
mas que podem levar a
médica imediatamente.
vítima à morte.

105
FRATURAS
Como socorrer:
É um tipo de lesão onde ocorre
a quebra de um osso.  imobilização;
Existem 2 tipos de fraturas:  movimentar o menos
Exposta ou aberta: quando há possível;
o rompimento da pele.  colocar gelo no local de 20
Interna ou fechada: quando a 30 minutos;
não há o rompimento da  improvisar talas;
pele.  proteger o ferimento com
Em ambos os casos, acontece gase ou pano limpo (para
dor intensa, deformação do casos de fraturas expostas
local afetado, incapacidade ou abertas).
de movimento e inchaço.

106
TRANSPORTE DE
PESSOAS
ACIDENTADAS
O transporte adequado de feridos é de suma
importância. Muitas vezes, a vítima pode
ter seu quadro agravado por causa de um
transporte feito de forma incorreta e sem
os cuidados necessários. Por isso é
fundamental saber como transportar um
acidentado.

107
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
Parada Cardíaca
É preciso estar atento
quando ocorrer uma Parada Respiratória
parada cardíaca, É a parada da respiração por:
pois esta pode estar afogamento, sufocação,
ligada a uma parada aspiração excessiva de
respiratória e ambas gases venenosos,
soterramento e choque.
acontecerem
simultaneamente.

108
MORDEDURAS E PICADAS

Os princípios de primeiros socorros, nos casos de


mordeduras e picadas são:
 limitar a disseminação de venenos específicos;
 tratar os venenos específicos;
 controlar qualquer sangramento;
 verificar se existe choques e problemas respiratórios,
tratando-os se necessário;
 evitar infecção pela limpeza da área mordida;
 procurar assistência médica.
109
PICADAS DE COBRAS

Existem no Brasil, 4 Como socorrer:


grupos de serpentes  mantenha a pessoa deitada
venenosas. As serpentes e calma;
do grupo Bothrops  não use garrotes ou
(jararacas) são torniquetes, pois estes
responsáveis por 90% podem causar gangrena;
dos acidentes. Seus  não fazer incisões ou
sinais e sintomas são: cortes, pois existe risco de
dor, edema, eritema e hemorragia;
calor local.  limpe bem o local da
picada com água;
 procure assistência médica.

110
PICADAS DE ARANHAS E ESCORPIÕES

Os acidentes causados por picadas de aranhas e escorpiões, com dor intensa, podem ser
graves em crianças e idosos.
O reconhecimento da aranha ou escorpião, pode ajudar na identificação do tratamento.
Se possível capture o animal para que possa ser identificado.

111
ESCORPIÕES

Os escorpiões (lacraus) não


são agressivos, picam
somente para se defender e Como socorrer:
quando isso ocorre, seus  manter a vítima em
sinais e sintomas são: dor, repouso;
náuseas, vômitos, diarréia,  colocar compressas
dores no estômago, quentes;
vontade constante de  providenciar assistência
urinar, dificuldade de
médica.
respirar, palidez e
sudorese.

112
ARANHAS
As aranhas não são agressivas, picam apenas quando molestadas.
Tarântulas e Caranguejeiras, não são consideradas perigosas, pois não
causam sintomatologia grave.
Armadeiras são venenosas e responsáveis pela maioria dos acidentes graves.
Viúvas Negras, não são agressivas e, quando alguém é picado, apresenta
uma elevação avermelhada no local.
Aranhas Marrons, não são agressivas, picam somente quando não há
possibilidade de fuga.
Em caso de acidente, seus sinais e sintomas são: dor intensa, náuseas,
vômitos, salivação, sudorese, agitação, visão turva, febre e anemia.

Como socorrer:
Aplicar compressa no local da picada;
Se a dor for intensa, procurar assistência médica para receber soro.

113
PICADAS DE INSETOS

Embora não sejam considerados animais peçonhentos, existem


insetos como: formigas, pernilongos, mosquitos, pulgas,
piolhos, percevejos, borrachudos, mutucas, etc. Suas picadas
podem provocar reações graves e generalizadas, causando os
seguintes sinais e sintomas: dor intensa, inchaço, náusea,
vômito, tontura, sudorese, rigidez no músculo e dificuldades
de respiração.

Como socorrer:
 manter a vítima em repouso;
 procurar assistência médica.

114
PICADAS DE ABELHAS E VESPAS
Como socorrer:
Os acidentes causados por
picadas de abelhas e  tentar tirar o ferrão;
vespas, apresentam  colocar gelo;
manifestações clínicas  passar uma pomada anti-
distintas, dependendo da histamínica no local.
sensibilidade do Obs.: No tratamento de
indivíduo ao veneno e do pessoa sensibilizada ou de
número de picadas múltiplas picadas,
procurar assistência
médica com urgência.

115
QUEIMADURAS

O contato com chamas, substâncias super-


aquecidas, a exposição excessiva à luz solar e
mesmo à temperatura ambiente muito elevada,
provocam reações no organismo, que podem se
limitar à pele ou afetar funções vitais.
As queimaduras podem ser de 1º grau, 2º grau e
3º grau, cada uma delas com suas próprias
características.

116
QUEIMADURA DE 1º GRAU

Causa pele avermelhada, com edema e dor


intensa.

Como socorrer:
resfriar o local com água corrente

117
QUEIMADURA DE 2º GRAU

Causa bolhas sobre uma pele vermelha, manchada ou de


coloração variável, edema, exsudação e dor.

Como socorrer:
 esfriar o local com água corrente;
 nunca romper as bolhas;
 nunca utilizar produtos caseiros, como: pó de café,
pasta de dente, etc.

118
QUEIMADURA DE 3º GRAU

Neste tipo de queimadura, a pele fica esbranquiçada ou


carbonizada, quase sempre com pouca ou nenhuma dor
(aqui incluem-se todas as queimaduras elétricas).

Como socorrer:
 não usar água;
 assistência médica é essencial;
 levar imediatamente ao médico.

119
O SISTEMA IMUNOLÓGICO

O organismo humano é protegido dos vírus e de outros agentes


invasores, como micróbios, bactérias e fungos, pelo sistema
imunológico, que podemos chamar de defensor do corpo
humano.
Existem três componentes básicos do sistema imunológico:
as células do sangue;
o sistema linfático, constituído de gânglios espalhados pelo
corpo;
a medula, que tem como uma das principais funções,
produzir as células de defesa.

120
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA
ADQUIRIDA - AIDS
O HIV, o vírus da Aids, é um retrovírus que, ao
invés de ter DNA, possui RNA, ou seja, no seu
processo de infecção da célula T4 hospedeira
tem que transformar seu RNA em DNA. Essa
característica o torna muito variável, como todo
retrovírus. O HIV é da família lentivírus,
indicando que entre a infecção e a
manifestação, podem decorrer vários anos.

121
O QUE OCORRE QUANDO O
HIV ENTRA NO ORGANISMO
Ao penetrar no corpo humano, e logo nas primeiras
semanas de infecção, o HIV aloja-se nos nódulos
linfáticos, que se tornam reservatórios do vírus -
98% das células de defesa ficam nesses nódulos e
não no sangue: o intestino também é um grande
reservatório dessas células. Nos nódulos linfáticos
encontram-se, no mínimo, 10 vezes mais HIV do
que no sangue. Nestes nódulos, o HIV pode ficar
“inativo” durante muito tempo.

122
AIDS E O SEXO
O HIV prolifera-se e cresce no sangue, no esperma e nas
secreções vaginais. No entanto, quando está for a desses
ambientes favoráveis, morre em pouco tempo, em questão de
segundos. Durante as relações sexuais com penetração,
ocorrem pequenos ferimentos nos órgãos genitais, que, às
vezes, não são visíveis nem provocam dor.
Esse é o caminho que o HIV percorre para infectar o organismo.
Previna-se da AIDS, no entanto, não é evitar o sexo, deixar de
sentir prazer, aproveitar o que a vida tem de bom, isolar-se
das pessoas, viver relacionamentos sob um efeito terrorista.

123
MEIOS DE TRANSMISSÃO
Os únicos meios de transmissão do HIV são o
Sangue, o Esperma, a Secreção Vaginal e o Leite
Materno.
O vírus da Aids também foi encontrado em
secreções corpóreas como o suor, a lágrima e a
saliva, mas nenhuma dessas secreções contém
quantidade de vírus (carga vital) suficiente para
que ocorra a infecção de outra pessoa.

124
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Como sabemos que os meios de transmissão do HIV são o
sangue, o esperma, a secreção vaginal e o leite materno, as
formas de transmissão são:
 Sexual - Durante a relação sexual com penetração anal,
vaginal ou oral sem camisinha, com pessoas infectadas.
 Sanguínea - Receber sangue contaminado, por meio de
transfusões, usando seringas e agulhas ou materiais
perfurocortantes, inseminação artificial ou transplante de
órgãos.
 Vertical ou Perinatal - Durante a gestação, parto ou
aleitamento, caso a mãe esteja infectada.

125
MEIOS E FORMAS DE PREVENÇÃO
Como a transmissão do HIV nas relações sexuais é a mais
frequente forma de contaminação, começamos
abordando algumas formas de prevenção por meio da
prática de sexo mais seguro.
A definição de “sexo seguro” é muito ampla.
Cada um deve refletir sobre que comportamento
preventivo quer adotar sem abrir mão de ter prazer e
de práticas gostosas e naturais do ser humano.

126
SEXO SEGURO
Sexo seguro (ou mais seguro) pode significar:
 usar camisinha desde o início da penetração, seja anal,
vaginal ou oral;
 não receber sêmen ejaculado dentro do seu corpo;
 evitar contato oral com a vagina, ânus ou pênis para uma
relação 100% segura;
 não ejacular na boca;
 masturbação a dois;
 carícias;
 massagem;
 abraços, beijos na boca e pelo corpo.

127
COMO NÃO SE PEGA AIDS
 Usando camisinha em todo e qualquer tipo de relação sexual, seja vaginal,
oral ou anal;
 Dando abraço ou beijo em pessoa contaminada;
 Exigindo, nas transfusões, sangue analisado por exames de laboratório;
 Usando seringas e agulhas descartáveis;
 Exigindo uso de ferramentas médicas e odontológicas devidamente
esterilizadas;
 Exigindo a devida higiene de aparelhos de manicure, acumpuntura, etc.;
 Compartilhando roupas de cama, vaso sanitário ou utensílios domésticos;
 Nadando na mesma piscina ou sentando na mesma cadeira usada por
pessoa contaminada;
 Sendo picado por inseto;
 Doando sangue (desde que a agulha seja descartável).

128
MÓDULO V

PREVENÇÃO E COMBATE
À INCÊNDIOS

129
COMO EVITAR UM INCÊNDIO

O primeiro passo para se prevenir um incêndio, é prevenir


que surja o fogo.
As substâncias que tem a propriedade de pegar fogo e
queimar, são chamadas de combustíveis. Existem 3 tipos
de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos.
Além dos combustíveis, para que haja fogo, também é
necessário uma fonte de calor, que em alguns casos, até o
calor do sol é suficiente para combustão.
Todo fogo é alimentado pelo oxigênio, portanto completando
o triângulo do fogo, existe o comburente.
Eliminando-se qualquer um desses elementos, não haverá
fogo.

130
RECOMENDAÇÕES PARA SE EVITAR
O FOGO

Armazenagem adequada de materiais


combustíveis e inflamáveis
Cuidados com instalações elétricas
Instalação de para-raios
Manter ordem e limpeza
Cuidado com fumantes
Riscos de faíscas e fagulhas

131
CLASSES DE FOGO
 CLASSE “A”: São materiais de fácil combustão,
queimam tanto na superfície como em profundidade,
deixando resíduos. Ex.: madeira, papel, etc.
 CLASSE “B”: São os produtos que queimam somente
na superfície. Ex.: gasolina, óleos, graxas, etc.
 CLASSE “C”: Ocorre em equipamentos elétricos
energizados. Ex.: motores, quadros de distribuição,
etc.
 CLASSE “D”: Ocorre em materiais pirofóricos como
magnésio, zircônio, titânio, etc.

132
TIPOS DE EXTINTORES

133
INSPEÇÃO DE EXTINTORES

Todo extintor deverá ter uma ficha de


controle de inspeção, devendo ser
inspecionado no mínimo 1 vez por mês,
sendo observado seu aspecto externo, os
lacres, manômetros e se os bicos e válvulas
de alívio não estão entupidas.
Cada extintor deverá ter em seu bojo, uma
etiqueta contendo data de carga, teste
hidrostático e número de identificação.
134
LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO
DOS EXTINTORES
 Os extintores deverão ser instalados em locais de fácil
acesso e visualização;
 Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados
por um círculo vermelho ou uma seta larga vermelha com
bordas amarelas;
 Embaixo do extintor, no piso, deverá ser pintada uma área
de no mínimo 1m x 1m, não podendo ser obstruída de forma
nenhuma;
 Sua parte superior não poderá estar a mais de 1,60 m acima
do piso;
 Extintores não poderão estar instalados em paredes de
escadas e não poderão ser encobertos por pilhas de
materiais.
135
Módulo VI - Norma Regulamentadora 6 -
Equipamento de Proteção Individual

136
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - EPI’S

É todo meio ou dispositivo de uso individual, destinado a


proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Quando não for possível eliminar o risco, ou
neutralizá-lo através de medidas de proteção coletiva,
implanta-se o Equipamento de Proteção Individual -
EPI.

Como exemplo temos a proteção contra quebra de agulha,


instalada nas máquinas, quando não for possível
adotar tal medida, ou durante a fase de implantação,
adota-se o uso de óculos de proteção.

137
ATRIBUIÇÕES

A recomendação ao empregador, quanto ao EPI adequado


ao risco existente às diversas atividades será:
 Do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho - SESMT;
 Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA,
nas empresas desobrigadas de manter o SESMT;
Nas empresas desobrigadas de manter CIPA, cabe ao
empregador, mediante orientação técnica, fornecer o EPI
adequado à proteção da integridade física do
trabalhador.

138
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR QUANTO
AO EPI:

 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;


 Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo
Ministério do Trabalho;
 Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou
extraviado;
 Responsabilizar-se pela sua higienização e
manutenção periódica.
139
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO
QUANTO AO EPI:

 Usá-lo apenas para a finalidade a que se


destina;

 Responsabilizar-se por sua guarda e


conservação;

 Comunicar ao empregador qualquer


alteração que o torne impróprio para uso.
140
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVAS
- EPC’S

São os equipamentos que neutralizam o risco na fonte,


dispensando, em determinados casos, o uso dos
equipamentos de proteção individual.

Quando instalamos, por exemplo, o protetor contra


quebra de agulha, estamos atuando sobre o ambiente
de trabalho, esta medida é chamada de proteção
coletiva, pois protégé o conjunto de trabalhadores.

141

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