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TREINAMENTO IN
COMPANY
Capítulo 1
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO
A criação das comissões de prevenção ou de segurança do trabalho nas empresas proliferou pelo mundo em
decorrência de recomendação da Organização Internacional do Trabalho – OIT, que aconselha sua implantação
em empresas com mais de 20 empregados.
No Brasil, esta recomendação foi seguida e transformada em lei através do artigo 82 do Decreto- Lei n.º 7036,
de 10 de novembro de 1944, mais conhecida como Lei de Acidente do Trabalho.
Este capítulo tem por objetivo expor o conteúdo da Norma Regulamentadora NR 5 no que se refere as
atribuições, organização e funcionamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
INTRODUÇÃO
I – OBJETIVOS
5.1 - A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do colaborador.
II – CONSTITUIÇÃO DA CIPA
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições
beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores
como empregados.
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às
entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras
de setores econômicos específicos.
5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a
integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de
segurança e saúde no trabalho.
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de membros de
CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o desenvolvimento de ações de
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar com
a participação da administração do mesmo.
III – ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos
para setores econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do
qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos
recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos.
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de
seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado
o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o término
do mandato anterior.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre
os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador.
5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário anual das
reuniões ordinárias.
5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, a CIPA não
poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada pelo empregador,
antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da
empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
IV – ATRIBUIÇÕES DA CIPA
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e
discutir as situações de risco que foram identificadas;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e
convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - SIPAT;
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de
suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho.
5.18 Cabe aos empregados:
c. indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria
das condições de trabalho;
b. substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporários;
a. cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos;
b. coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam
alcançados;
a. acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura dos
membros presentes;
b. preparar as correspondências; e
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em
local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para
todos os membros.
5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho - AIT.
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas
de emergência;
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será
instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando
será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro
reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obedecida à
ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador comunicar à unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos.
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias
úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
VI - DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes
da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias,
contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento para o
designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
a. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo
produtivo;
c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa;
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será
realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre aos temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional
que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional
que ministrará o treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou a realização
de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a
decisão.
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na
CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato
da categoria profissional.
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de
55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral - CE, que será a
responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela
empresa.
b. inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias;
e. realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA,
quando houver;
f. realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que
possibilite a participação da maioria dos empregados.
g. voto secreto;
j. guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de cinco
anos.
5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não haverá a
apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que ocorrerá no prazo máximo de
dez dias.
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada do
MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a contar da data
de ciência , garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a prorrogação
do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo eleitoral.
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em ordem
decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou
designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir
mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA
existentes no estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão implementar, de
forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de
forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do
estabelecimento.
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas, suas
CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as informações
sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria específica.
ESPONSABILIDADE
Direção: Proporcionar, aos membros da CIPA, os meios necessários para o desempenho de suas atribuições,
Facilitadores: Dar suporte aos integrantes que efetivamente exercem funções na CIPA e nos sub-comitês.
Participar das atividades garantindo o apoio e os recursos necessários para o bom desempenho da
Comissão e dos comitês
· Nas reuniões, cada sub-comitê deve apresentar uma posição ou relatório demonstrando os resultados
dos trabalhos;
Os sub-comitês são formados:
Sub-comitê de Comunicação
Responsabilidades e Objetivos:
Responsável pela organização e implementação do Processo Educativo de Segurança, pela
coordenação de todos os eventos e implementação do Projeto de Comunicação de Segurança
· Afixação de cartazes em quadros de aviso, divulgação das atividades da CIPA
· Organização e programação da SIPAT
Sub-comitê de Inspeção
Responsabilidades e Objetivos
Realização de Inspeções programadas nos diversos locais da Empresa para levantamento das
condições de riscos, abordando os aspectos inadequados das instalações, assim como os aspectos
comportamentais dos associados, sugerir medidas que serão encaminhadas pelo Presidente a
manutenção, segurança e Gerência envolvidas, servindo de subsidio para atualização do BRA000682 –
Identificação e avaliação de Aspectos/Perigos e seus Impactos/Riscos.
3.Comitê de Análise de Acidente
Responsabilidade e Objetivos:
Investigar e analisar todos os acidentes no que se refere a circunstâncias, causas e conseqüências, e
em conjunto com o Departamento de Segurança
4. Comitê de Mapeamento de Risco
Responsabilidade e Objetivos:
Responsável pelo mapeamento das situações de risco,
pela integridade física dos associados e do meio-ambiente e pela coordenação das ações de
eliminação/atenuação destes riscos.
Mapear todos os setores da Cia. com relação aos riscos
existentes em cada área e divulgar aos funcionários.
MODELO CALENDÁRIO ANUAL DAS REUNIÕES DA CIPA
Nº da DIA MÊS ANO HORÁRIO LOCAL
Reunião
Posse
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
MODELO DE ATA DE REUNIÃO DA CIPA
ATA Reunião da CIPA
Ausência:
Convidados presentes:
Membro do SESMT/Meio ambiente:Representantes das Empresas Prestadores de serviços
Foi realizada a leitura da ata anterior a qual foi lida e aprovada por todos os presentes
Posição dos Comitês
Novas Solicitações
Sugestão Responsável Posição
Assuntos Gerais:
Não havendo mais nenhum assunto a ser tratado, o presidente agradeceu a presença de todos e encerrou a
reunião às.
Eu, secretário (a) da CIPA, lavrei a presente ata, que depois de lida e aprovada será assinada
pelos membros presentes a essa reunião, conforme relação abaixo:
Capítulo 3
NOÇÕES SOBRE AS LEGISLAÇÕES TRABALHISTAS
E PREVIDENCIÁRIA RELATIVA A SEGURANÇA NO TRABALHO
· A Constituição
· C.L.T
· As Normas Regulamentadoras
· A Previdência Social
Para sabermos como é organizada a legislação sobre saúde e segurança do trabalho, é necessário que
se entenda a forma como se organizam as leis no País.
A Constituição
A Constituição é a legislação que estabelece as linhas gerais da organização do Brasil a nível político,
jurídico e de suas instituições, e ainda os direitos individuais e sociais dos cidadãos. Esta legislação
constitucional pode Ter aplicação imediata ou, necessitar de leis chamadas ordinárias, que especificam e
detalham os direitos assegurados pela Constituição. As leis ordinárias, por sua vez, devem ter a sua aplicação
definida através de decretos regulamentados ou portarias estabelecidas pelos poderes públicos responsáveis.
A Constituição brasileira, que entrou em vigor em 5 de outubro de 1988, estabelece em seu artigo 7º os
direitos para os trabalhadores urbanos e rurais quanto aos riscos no trabalho. Na alínea 22 deste artigo, define-
se o direito dos trabalhadores à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de segurança e
saúde. Já na Constituição anterior, estava incluído o direito a Higiene e Segurança no Trabalho (art.165, alínea
9).
O artigo 39, parágrafo 2º, estende aos servidores públicos federais, estaduais e municipais os direitos
previstos nas alíneas 22 e 23 do artigo 7º. A alínea 33, do mesmo artigo 7º, estabelece a proibição de trabalho
noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de quatorze
anos, exceto na condição de aprendiz. Também neste caso a CLT prevê a proibição do trabalho do menor em
condições insalubres ou perigosas (art. 405).
De aplicação imediata de grande repercussão, é a garantia de estabilidade no emprego para os
membros da CIPA, definida pelo artigo 10, alínea 22, dos Atos das Disposições Transitórias da Constituição:
Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
A – do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes,
desde o registro de sua candidatura até um ano após o final do seu mandato.
Desta forma, fica revogado o art. 165 da CLT, que determina que os titulares dos empregados nas CIPA
(s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo- se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar,
técnico, econômico ou financeiro. Como se vê, a garantia constitucional é mais abrangente.
Cabe ressaltar que a legislação anterior à Constituição, quando não contraria esta, continua em vigor.
A CLT:
A legislação ordinária sobre a proteção dos trabalhadores diante dos riscos no trabalho faz parte da
legislação trabalhista e está contida na CLT, que abrange todos os empregados em empresas privadas.
Não estão cobertos por esta legislação os funcionários públicos estatutários, isto é, aqueles que estão
submetidos aos estatutos do funcionalismo a nível federal, estadual ou municipal. Entretanto existem muitos
órgãos públicos que têm funcionários contratados pelo regime da CLT, sendo então, obrigados a cumprir a
legislação que será apresentada neste livro.
A redação atual do capítulo da CLT que abrange a parte de segurança e medicina do trabalho (TÍTULO
II, CAPÍTULO V “DA SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO”) foi estabelecida pela lei nº6514 de
22/12/1977 e se estende do artigo 154 ao artigo 201 da CLT.
O detalhamento e a aplicação desta lei estão contidos em 29 Normas Regulamentadoras (NRs)
estabelecidas por Portarias do Ministério do Trabalho.
Estas Normas são bastante abrangentes e o seu conteúdo de interesse geral será apresentado de forma
didática, no decorrer dos capítulos do livro.
As Normas Regulamentadoras
NR 1 – Disposições Gerais
NR 2 – Inspeção Prévia
NR 3 – Embargo ou Interdição
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
NR 6 – Equipamento de Proteção Individual – EPI
NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
NR 8 – Edificações
NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
NR 10 – Instalações e Serviços com eletricidade
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 12 – Máquinas e Equipamentos
NR 13 – Caldeira e Vasos de Pressão
NR 14 – Fornos
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres
Anexo 1 - Limites de Tolerância para Ruído Continuo e Intermitente
Anexo 2 - Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto
Anexo 3 - Limites de Tolerância para Exposição ao Calor
Anexo 4 - Níveis mínimos de Iluminamento em lux, por tipo de atividade. Este
anexo foi revogado pela Portaria nº3.751, de 23/11/1990 do Ministério do Trabalho.
Anexo 5 - Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes
Anexo 6 - Trabalho sob Condições Hiperbárica
Anexo 7 - Radiações Não Ionizantes
Anexo 8 - Vibrações
Anexo 9 - Frio
Anexo 10 – Umidade
Anexo 11 - Agentes Químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância.
Inspeção do local de trabalho
Anexo 12 - Limites de Tolerância para Poeiras Minerais
Anexo 13 - Agentes químicos
Anexo 14 - Agentes Biológicos
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas
NR 17 – Ergonomia
NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
NR 19 – Explosivos
NR 20 – Líquidos Combustíveis e inflamáveis
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto
NR 22 – Trabalhos Subterrâneos
NR 23 – Proteção Contra Incêndio
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR 25 – Resíduos Industriais
NR 26 – Sinalização de Segurança
NR 27 – Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho
NR 28 – Fiscalização e Penalidade
NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR 30 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR 32 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimento de
Assistência à saúde
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O órgão público responsável pela fiscalização do seu cumprimento é o Ministério do Trabalho através
das Delegacias Regionais do Trabalho. A coordenação desse trabalho a nível nacional cabe à Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho, deste Ministério.
As Normas Regulamentadoras podem ser alteradas a partir de Portarias do Ministério do Trabalho.
Entretanto essas mudanças não podem modificar dispositivos que estejam fixados na lei, no caso, a CLT. Para
isto é necessário a aprovação da mudança legal do Congresso Nacional e a sua sanção pelo Presidente da
República. Por exemplo, de acordo com o artigo 163 da CLT, é obrigatória a constituição de CIPAs, porém isto
depende da regulamentação da NR 5 que, como veremos adiante, torna obrigatória a existência de CIPA
apenas em empresas de 20 ou mais empregados, a partir de certo grau de risco.
Um outro exemplo é a existência na CIPA de um número igual de representantes para os trabalhadores
e empregadores, não consta da CLT, e, sim da NR 5. Isto quer dizer que uma Portaria Ministerial pode alterar
esta composição.
A Previdência Social
A obrigação de preenchimento da CAT é da empresa. Se a empresa não encaminhar a CAT, esta pode
ser enviada à Previdência pelo sindicato, pelo órgão gestor de mão-de-obra, pelo médico, por qualquer pessoa,
inclusive o segurado ou seu dependente.
Se o segurado, ao se inscrever na Previdência Social, tiver alguma doença ou lesão, terá direito
ao auxílio-doença em decorrência dessa doença ou lesão?
Não. Entretanto, se houver agravamento dessa doença ou lesão em decorrência do trabalho realizado,
o segurado terá direito ao auxílio-doença.
Não. Entretanto, se o segurado quiser, desde que as despesas sejam por sua conta, poderá ser
acompanhado por médico de sua confiança, bem como oferecer exame, laudo, parecer ou relatório do médico
que realizou seu tratamento, que representem subsídios para o médico perito da Previdência Social concluir
sobre a sua situação de incapacidade.
O que é o auxílio-doença ?
É o benefício concedido ao segurado da Previdência Social atingido pelo risco social doença.
doenças constantes de lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social;
• Sem exigência de contribuições para os segurados especiais, desde que comprovem o exercício de atividade
rural no período de doze meses imediatamente anteriores à data de início da incapacidade.
Deixando o segurado de contribuir por algum tempo, as contribuições antigas podem ser
consideradas para a carência?
Sim, se ele não tiver perdido a qualidade de segurado.
Tendo perdido essa qualidade, é necessário que comprove pelo menos 4 (quatro) novas contribuições
mensais, para que as contribuições antigas sejam somadas, até completar o total das contribuições exigidas.
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Obs.: Ambos os prazos serão acrescidos de 12 meses, se estiver desempregado, desde que comprovada esta
situação perante a Agência Pública de Emprego e Cidadania (APEC) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Como é devido o auxílio - doença para o segurado que exerce mais de uma atividade?
É devido, mesmo no caso de incapacidade, apenas para o exercício de uma das atividades, devendo a
Perícia Médica conhecer todas as atividades exercidas pelo segurado. Nesse caso, o auxílio - doença é
concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado, considerando-se, para efeito de
carência, quando for o caso, apenas as contribuições relativas a essa atividade.
O que acontece com o segurado que exercer mais de uma atividade e se incapacitar
definitivamente apenas para uma dessas atividades?
O auxílio- doença será mantido indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por
invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender às demais atividades.
Nesse caso, o segurado só poderá mudar de qualquer das atividades que estiver exercendo após
conhecimento da reavaliação médico - pericial.
Sim. O segurado em gozo de auxílio - doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob
pena de suspensão do benefício, a realizar exame médico, processo de reabilitação profissional prescrito e
custeado pela Previdência Social, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto cirurgia e transfusão de
sangue, que são facultativos.
O que acontece com o segurado em gozo de auxílio- doença que não consiga recuperação para
a atividade que exercia habitualmente ?
Deverá continuar em gozo do auxílio- doença e submeter-se a processo de reabilitação profissional, por
conta da Previdência Social, que garanta ao segurado exercer outra atividade.
E se esse segurado em gozo de auxílio- doença não conseguir se recuperar para exercer outra
atividade ?
Será aposentado por invalidez.
Como é considerado pela empresa o segurado em gozo de auxílio- doença ?
É considerado licenciado.
O que acontece com o segurado em gozo de auxílio- doença, cuja empresa garanta licença
remunerada a seus empregados ?
A empresa é obrigada a pagar ao segurado, durante o período de auxílio- doença, a diferença entre o
valor do auxílio- doença e a importância garantida pela licença.
• Pis/Pasep;
• Requerimento de benefício por incapacidade, preenchido pela empresa, com as informações referentes ao
afastamento do trabalho, somente para empregado e empregadores. Documentação complementar, para
períodos anteriores a julho de 94, de acordo com os vínculos com a Previdência Social, tais como:
• Cartão de Inscrição de Contribuinte Individual (CICI);
• Documento de Cadastramento do Contribuinte Individual (DCT-CI);
• Comprovantes de recolhimento à Previdência Social;
• Contrato social (sócio de empresa ou de firma individual);
• Comprovantes de cadastro no INCRA;
• Contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
É o benefício que indeniza o segurado da Previdência Social quando, após a consolidação das lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela definitiva que:
• Reduza a capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia e se enquadre nas situações
discriminadas no anexo III do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de
06/05/1999;
• Reduza a capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia e exija maior esforço para o
desempenho da mesma atividade que o segurado exercia à época do acidente;
• Impossibilite o desempenho da atividade que o segurado exercia à época do acidente, porém permita o
desempenho de outra atividade, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela Perícia
Médica da Previdência Social.
Quando o segurado, mesmo tendo sofrido acidente e ficado com seqüela, não tem direito ao
auxílio- acidente ?
Quando o segurado apresenta danos funcionais ou redução da capacidade funcional, sem repercussão
na capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;
• Quando o segurado muda de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como
medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.
que realizou seu tratamento, que representem subsídios para o médico perito da Previdência Social
concluir sobre a sua situação de incapacidade.
O auxílio- acidente pode ser acumulado com salário ou outro benefício da Previdência Social ?
Sim, exceto nos casos de auxílio- doença decorrente do mesmo acidente, outro auxílio- acidente e
qualquer aposentadoria.
Sim. O 13o ou abono anual é pago, juntamente com a renda mensal de novembro, proporcionalmente
ao número de meses em que auxílio- acidente foi pago.
Capítulo 4
Princípios gerais de Higiene do Trabalho e de medidas de controle dos Riscos
O AMBIENTE DE TRABALHO
O homem está em permanente interação com seu meio ambiente físico e social. Ele atua sobre o
ambiente e este constantemente põe em risco sua integridade física e psicológica.
Dependendo da maneira como são utilizados ou manipulados pelo homem, os elementos do ambiente físico
podem tornar-se agentes de perigo à sua integridade física. A isso chama-se riscos ambientais, que são os
maiores responsáveis pela ocorrência dos acidentes e doenças do trabalho, principalmente quando não forem
previstos na organização do trabalho.
RISCOS AMBIENTAIS
RISCOS FÍSICOS
RISCOS ERGONÔMICOS
RISCOS BIOLÓGICOS
RISCOS QUÍMICOS
RISCOS DE ACIDENTES
Mapeamento de riscos
O seu objetivo é reunir informações necessárias para que seja estabelecido o diagnóstico da situação
de segurança e de saúde no trabalho da empresa, além de possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a
divulgação de informações entre os trabalhadores, estimulando a sua participação nas atividades de prevenção
e contribuindo para a conscientização a respeito dos riscos no ambiente de trabalho.
É um instrumento que pode diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho e incidência de doenças
ocupacionais, que interessa sobremaneira aos empresários e trabalhadores.
Simbologia Utilizada
A simbologia representada pelo tamanho dos círculos acompanha o tipo de gravidade de risco.
Da mesma forma, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) tem por meta
informar os aspectos Médico - Ocupacionais das atividades na Empresa, sendo o responsáveis por sua
elaboração, execução e monitoramento o Médico (a), o Enfermeiro (a) e o Aux. Emfermagem do Trabalho.
Capítulo 5
ESTUDO DO AMBIENTE, DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO,
BEM COMO DOS RISCOS ORIGINADOS NO PROCESSO PRODUTIVO
A fonte mais freqüente de acidentes com máquinas são as suas partes que se movimentam. A proteção
destas partes, com a finalidade de evitar o contato acidental do trabalhador, é o aspecto mais importante de
proteção de máquinas e equipamentos.
Podemos dividir as partes móveis das máquinas em duas categorias:
1 – os mecanismos de transmissão de força, que são as engrenagens, correias, alavancas, etc., que
transmitem a força mecânica gerada pelos motores;
2 – as ferramentas que executam suas operações sobre a peça que está sendo trabalhada.
Do ponto de vista preventivo, a importância desta classificação das partes móveis está em que os
mecanismos de transmissão de força, quase sempre podem ser isolados do contato com o operador da
máquina através do uso de anteparos adequados ou enclausurados (isto é, colocados em um recipiente que os
isole do ambiente ao redor). Isto pode ser feito sem grande dificuldade técnica e sem que atrapalhe ou
prejudique a operação da máquina.
Já não é o que acontece em relação aos pontos de operação das máquinas onde as ferramentas
executam seus movimentos. Isto porque o trabalhador precisa, pelo menos, colocar e retirar as peças que estão
sendo trabalhadas, como é o caso das máquinas semi-automáticas.
As medidas preventivas em relação aos pontos de operação são as mais diversas possíveis e
dependem de cada tipo de máquina. Podem variar desde a
automação completa da máquina, dispensando o trabalhador de qualquer contato manual com o ponto de
operação, até a redução do ritmo de trabalho de modo que a diminuição da velocidade dificulte o aparecimento
de erros na operação da máquina, causa importante de acidentes.
Outro tipo de risco importante que surge nos pontos de operação é o arremesso e projeção de
partículas e fagulhas, especialmente naqueles em que as ferramentas ou peças são submetidas a movimentos
rotatórios.
Em máquinas como o esmeril isto é muito comum, e o perigo maior é dos olhos serem atingidos.
Menos comuns, porém de maior gravidade, são os acidentes em que se quebra um pedaço de peça
que está sendo trabalhada ou da ferramenta utilizada e estes objetos são arremessados contra o operador da
máquina ou alguém que esteja passando por perto. Pela velocidade com que são projetados, estes pedaços de
material tornam-se verdadeiros projéteis e, se atingem alguém, as conseqüências podem ser graves. Há muitos
casos de morte que são conseqüência de tais acidentes.
A proteção contra este tipo de risco pode ser feita através da instalação de anteparos ou do
enclausuramento do ponto de operação. Outro cuidado é a utilização de ferramentas sem defeitos e de boa
qualidade, além de dispositivos de fixação adequados para o aprisionamento da peça que será trabalhada.
Resumindo, para a avaliação das condições de segurança de determinada máquina, é indispensável:
1 – Observar todas as partes móveis da máquina e verificar se os dispositivos de proteção estão corretamente
posicionados, ou mesmo instalados, para evitar o contato acidental com essas partes, seja do operador seja de
alguém que esteja passando.
Ligar acidentalmente uma máquina pode causar um acidente quando o acionamento ocorrer no
momento em que o operador estiver realizando alguma
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atividade no ponto de operação. Outra situação em que o acionamento acidental da máquina pode gerar um
acidente ocorre quando se está realizando a sua limpeza ou manutenção.
Por estes motivos, os mecanismos de acionamento que ligam a máquina devem ser construídos de
modo a evitar que a máquina seja ligada acidentalmente.
É evidente que as características destes dispositivos protetores irão variar de acordo com o tipo de
equipamento.
Quando à parada da máquina, os cuidados devem ser dirigidos no sentido de existirem dispositivos que
a desliguem e parem os seus movimentos, quando surgir alguma falha em seu funcionamento ou ocorrer algum
acidente. É importante assinalar que não basta a máquina ser desligada, é necessário que existam mecanismos
que brequem imediatamente os seus movimentos.
Manutenção e operação
apresentar defeitos ou não. Esta manutenção preventiva é importante porque em algumas máquinas ou
equipamentos não se pode esperar que surja algum defeito para então consertá-lo (manutenção corretiva);
quando alguma falha ocorrer, poderá ser tarde demais para se evitar um acidente.
Cabe à CIPA ou ao SESMT cobrar dos setores responsáveis da empresa a existência de esquemas de
manutenção preventiva das máquinas e equipamentos.
Em relação à operação de máquinas e equipamentos, vamos abordar dois aspectos.
O primeiro deles refere-se ao preparo e treinamento dos trabalhadores encarregados da sua operação.
Especialmente quando se trata de máquinas e equipamentos semi-automáticos, que não requeiram muita
especialização na sua operação, é bastante comum serem colocados para operá-los trabalhadores não
especializados e sem treinamento sobre o seu funcionamento.
Esta aí um fator que pode contribuir para gerar acidentes. É, portanto, indispensável que os
trabalhadores recebam instruções e treinamentos sobre os riscos da máquina que estão operando e orientação
sobre o que fazer em caso de defeitos ou panes; a melhor conduta é desligar a máquina e solicitar reparo
imediato.
O outro aspecto relaciona-se ao ritmo de trabalho. Um ritmo de trabalho excessivo aumenta o risco de
operador comer erros em seu trabalho. O cansaço é outro fator que contribui para que aumente a freqüência de
erros e falhas humanas.
E erros humanos são fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes do trabalho.
Choques elétricos são perigos para os trabalhadores que operam máquinas e equipamentos que
utilizam eletricidade para o seu funcionamento.
Os problemas causados por choques elétricos são de dois tipos:
O primeiro é provocado pelo choque em si que, dependendo da intensidade da corrente elétrica, pode
causar queimaduras graves ou até mesmo a morte por parada cardíaca;
O segundo é devido a reação do indivíduo quando leva o choque; por exemplo, o choque elétrico pode
assustar o trabalhador, levando-o à perda de controle momentânea de seus movimentos e causando um
acidente; ou então o trabalhador pode perder o equilíbrio e sofrer uma queda.
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Atualmente, a maioria das máquinas, equipamentos ou ferramentas manuais são fabricadas com duplo
isolamento, para evitar que a corrente elétrica, mesmo no caso de defeito no isolamento interno, passe pela
carcaça do aparelho, energizando-a e provocando choques no operador.
Quando comprar ou for usar uma máquina, certifique-se de que ela tem duplo isolamento.
Caso contrário, será necessário providenciar o seu aterramento. Isto é feito pela conexão da máquina à
rede elétrica, usando-se um plug de três pinos, sendo um deles o fio terra.
A NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade – estabelece orientações que devem ser obedecidas,
visando a prevenção destes riscos.
Áreas de trabalho limpas, bem organizadas e onde não haja acúmulo de máquinas contribuem para a
prevenção de acidentes. Neste sentido, a NR 12 estabelece as determinações necessárias.
A CLT, em seu artigo 184, estabelece a proibição da fabricação, importação, venda, locação e uso de
máquinas e equipamentos que não disponham de condições de segurança para o trabalhador.
A NR 12 repete a proibição e define os aspectos de segurança que devem ser obedecidos.
Insalubridade e Periculosidade
A insalubridade e a periculosidade têm como base legal a Consolidação das Leis doTrabalho ( CLT ), em seu
Título II, cap. V seção XIII., e a lei 6.514 de 22/12/1977, que alterou a CLT, no tocante a Segurança e Medicina
do Trabalho. Ambas foram regulamentadas pela Portaria 3.214, por meio de Normas regulamentadoras.
Insalubridade
"- Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos
seus efeitos."
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente do trabalho dentro dos limites de tolerância;
"Artigo 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos
pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%, 20%, e 10% do
salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio ou mínimo. "
A insalubridade foi regulamentada pela Norma Regulamentadora No 15, por meio de 14 anexos.
Limite de Tolerância -" é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada como a natureza e o
tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral."
Os agentes classificam-se em: químicos, exemplo chumbo; físicos, exemplo calor; e biológicos; exemplo
doenças infecto-contagiosas.
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Periculosidade
"São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério
do Trabalho, aqueles que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. "
"O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa."
A periculosidade foi regulamentada pela Norma Regulamentadora No 16, por meio de dois anexos.
" Liquido inflamável é todo aquele que possui ponto de fulgor inferior a 70oC e pressão de vapor que não
exceda 2,8 Kg/cm2 absoluta a 37,7oC."
" Explosivos são substancias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e
pressões elevadas."
O contato permanente pode se dar de maneira contínua ou intermitente. A periculosidade só cessa sob o ponto
de vista legal com a total eliminação do risco.
"O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco
ã sua saúde ou integridade física...."
Capítulo 6
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E
ANÁLISE DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO
Onde não existir SESMT, não há o que discutir, a responsabilidade tem de ser assumida pelos cipeiros.
E todos devem participar. Todas as ocorrências importantes em que houver acidentes sem vítima também
devem ser investigadas, para se evitar que elas se repitam e atinjam trabalhadores.
Uma dificuldade importante para a investigação das causas de um acidente do trabalho é que ela
muitas vezes se confunde com a procura de um culpado. Por
necessário. É evidente que faz parte da investigação dos acidentes uma inspeção cuidadosa do local em que
ocorreu.
Uma regra importante é não deixar o assunto esfriar. Quanto mais cedo for feita a investigação, mais fácil será
obter os dados necessários.
Vamos ao miolo da questão: quais são as causas dos acidentes de trabalho? As causas e situações de
trabalho que determinem a ocorrência de acidentes são as mais variadas possíveis. Dependem, entretanto, da
atividade da empresa. Os acidentes que ocorrem em um banco, em geral, são muitos diferentes daqueles que
se vêem em uma fundição.
Assim, neste livro que é destinado aos cipeiros sem distinção de empresas, não se entrará em detalhes
sobre causas e tipos de acidentes.
Pretende-se, isto sim, que o cipeiro, diante de acidente de trabalho, saiba investigá-lo, buscando as causas que
o determinaram, e a partir da identificação destes fatores, busque as medidas preventivas necessárias.
Analisaremos o seguinte exemplo: um funcionário de uma empresa qualquer, ao subir uma escada no
seu setor de trabalho, sofreu uma queda e torceu o tornozelo.
Quais poderiam ter sido as causas deste acidente? São várias as possibilidades, mas são necessárias
mais informações:
A escada dispõe de corrimão? O seu piso é derrapante? Os degraus têm dimensões adequadas?
1º alternativa:
A escada tem corrimão, o piso é adequado, mas esta sujo de óleo. E o trabalhador sobe a escada
carregando uma caixa pesada e desajeitada para o transporte.
Têm-se aqui duas causas bem definidas: o óleo na escada e o transporte manual de uma carga pesada
e difícil pela escada.
As medidas preventivas são, à primeira vista evidentes:
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Limpeza da escada.
Evitar o transporte manual de carga pesada pela escada.
Porém isto não basta!
Se estas perguntas forem respondidas, as recomendações sobre a prevenção podem ser mais
detalhadas:
Em vez de se recomendar simplesmente a limpeza da escada, pode-se orientar o responsável sobre como ela
deve ser feita ou então lhe explicar como evitar que ela se suje de óleo.
Quanto ao transporte da caixa, pode-se dar uma melhor orientação ao responsável sobre como faze-lo: utilizar
caixas menores e adequadas ao transporte, usar elevador, etc.
2º alternativa:
A escada não tem corrimão. O restante da situação é igual à do exemplo anterior. Neste caso, apesar
de ser necessário instalar o corrimão, a sua instalação não preveniria o acidente.
Isto porque o trabalhador estava com as mãos ocupadas segurando a caixa no corrimão, talvez isso
não fosse suficiente para evitar a queda após o escorregão no óleo.
Portanto, para esta situação, valem as mesmas recomendações preventivas do exemplo anterior.
3º alternativa:
A escada não tem problemas e não há óleo no piso. O trabalhador está apenas carregando um
pequeno pacote. Simplesmente tropeçou nas próprias pernas e caiu, torcendo o tornozelo.
Em situações deste tipo, é comum se atribuir à causa do acidente a uma distração ou descuido do
trabalhador, e a investigação do acidente para por aí.
A medida preventiva que em geral é sugerida nestes casos é orientar os trabalhadores para prestarem
atenção, colocar cartazes de advertência, etc.
As causas da distração
Mas o que leva alguém a se distrair? O que pode causar um descuido ou desatenção? Em primeiro
lugar, é preciso deixar claro o seguinte: A distração é inevitável!
Ninguém consegue prestar atenção em determinada coisa por muito tempo seguido.
Mesmo que a pessoa esteja profundamente interessada e concentrada no que está fazendo, é normal
que ocorram momentos em que o pensamento e a sua atenção se desviem, por exemplo, do seu trabalho.
E, além disso, existem inúmeras situações que facilitam e aumentam a distração e a desatenção: o
cansaço, as preocupações, o trabalho monótono e repetitivo e a existência de atividades ou ocorrência de fatos
ao redor da pessoa que desviem sua atenção, etc.
Se as distrações são normais, não deveriam então ocorrer mais acidentes do que os que já sucedem?
Pode-se responder a esta pergunta como um exemplo: quando está dirigindo um carro também
ocorrem distrações, mas em geral, o motorista tem tempo para corrigir-se e evitar um acidente. Porém, quanto
maior for a velocidade do carro, mais perigosa fica qualquer desatenção porque o motorista terá cada vez
menos tempo para se corrigir e evitar um acidente.
A partir daí, chega-se a uma conclusão importante:
Quanto maior for a velocidade ou a intensidade do ritmo de trabalho, mais fácil fica conhecer um
acidente causado por distração ou desatenção.
Pouco adianta colocar cartazes ou avisos para se prestar atenção no trabalho se não se resolverem às
causas do problema. Devem-se buscar proteções ou medidas de segurança com as quais, mesmo que ocorram
distrações ou desatenções, os acidentes sejam evitados.
Como foi visto, um acidente pode ser determinado por vários fatores que agem ao mesmo tempo,
envolvendo tanto falhas nas condições de trabalho como nas ações do trabalhador. Desta maneira, essa
classificação das causas em atos e condições inseguras é simplista e acaba bloqueando uma investigação mais
cuidadosa dos acidentes.
Existem vários outros métodos para a investigação de acidentes do trabalho que são eficazes. Mas
explicá-los aqui estenderia muito o assunto.
O que é fundamental para um cipeiro fazer uma investigação eficaz das causas de um acidente do
trabalho é ter liberdade para colher as informações necessárias, assumir a postura de um detetive que deve
desvendar um problema e nunca se esquecer de que mesmo um acidente simples pode ter várias causas.
É preciso também que os cipeiros tenham em mente que existem acidentes cujas causas são
complexas e necessitam, para o seu estudo, de técnicos especializados, que também devem orientar sobre a
prevenção. Nestas circunstâncias, a CIPA deve solicitar o auxílio necessário.
Conclusões
Para que a investigação dos acidentes do trabalho sejam bem feitas e contribua para a prevenção de
futuras ocorrências, devem ser seguidos os seguintes passos:
1 – A CIPA deve ser informada imediatamente da ocorrência de quaisquer acidentes do trabalho, sejam graves
ou não. Os incidentes sem vítimas também devem ser comunicados.
2 – A CIPA deve designar imediatamente um ou mais cipeiros que farão a investigação do acidente. Se a
empresa dispuser de SESMT, a investigação deverá ser feita conjuntamente.
3 – O cipeiro deverá fazer uma inspeção no local do acidente e colher informações de todos os envolvidos: o
acidentado, os colegas, a chefia, etc.
4 – De posse das informações necessárias, o cipeiro deve fazer relatório por escrito das suas conclusões e das
medidas preventivas necessárias, encaminhando-os aos setores responsáveis.
Capítulo 7
ERGONOMIA E SAÚDE
Noções de Ergonomia, DORT e Ginástica laboral
A arte da política de trabalho de grandes empresas, tanto nas indústrias brasileiras, como nas
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internacionais, a ergonomia tem-se tornado fator de extrema importância no bom relacionamento entre
empregado e empresa. Conhecida comumente como estudo científico da relação entre o homem e seus
ambientes de trabalho, a ergonomia tem três objetivos básicos que são, possibilitar o conforto ao indivíduo, a
prevenção de acidentes, como também, ajudar a evitar o aparecimento de patologias específicas para
determinado tipo de trabalho. Neste caso, se enquadra uma boa parte dos problemas de postura que a grande
maioria das pessoas adquire ao longo de suas vidas durante o trabalho. Até mesmo os esforços repetitivos.
Mas, o que fazer? O ideal seria que todos os móveis do escritório, de sua casa e todo qualquer equipamento
usado no nosso dia-a-dia passassem por estudo e adequação ergonômica, antes mesmo de ser adquirido.
São constantes os estudos feitos a respeito da relação do homem com o ambiente de trabalho, o conforto ou
mesmo horas de descanso. Ambos são de grande importância, mas, poucas pessoas prestam atenção nestes
detalhes. A ergonomia vem justamente estudar estas medidas de conforto, a fim de produzir um melhor
rendimento no trabalho, prevenir acidentes e proporcionar uma maior satisfação do trabalhador.
Qual o papel da Ergonomia para a saúde
A ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a iluminação, os ruídos e a
temperatura, que geralmente são conhecidas como agentes causadores de males na área de saúde física e
mental mas que o estudo procura traçar os caminhos para a correção. O seu objetivo é aumentar a eficiência
humana através de dados que permitam que se tomem decisões lógicas.
O custo individual é minimizado através da ergonomia que remove aspectos do trabalho, que em longo
prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas.
Nas condições em que a atividade do indivíduo envolve a operação de uma peça de equipamento, na
maioria das vezes, ele passa a constituir, com este equipamento, um sistema fechado. Este visa apresentar
muitas das características de auto-regulamentação (feedback). Como dentro de tal sistema é o indivíduo quem
usualmente decide, torna-se necessário que ele seja incluído no estudo da eficiência do sistema. Para que a
eficiência seja máxima é preciso que o sistema seja projetado como um todo com o homem completando a
máquina e esta completando o homem.
Lesões por Esforços Repetitivos (LER) / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
Segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil, somente nos últimos cinco anos foram abertas
532.434 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho) geradas pelas LER / DORT — sem contar os
trabalhadores que pleiteiam na Justiça o reconhecimento do nexo causal, em milhares de ações movidas em
todo o País. A cada 100 trabalhadores na região Sudeste, por exemplo, um é portador de Lesões por Esforços
Repetitivos.
As LER / DORT atingem o trabalhador no auge de sua produtividade e experiência profissional. Existe
maior incidência na faixa etária de 30 a 40 anos, e as mulheres são as mais atingidas.
A única arma que temos para lidar com este grave problema é a prevenção. É hora de mudarmos o
comportamento, é tempo de unirmos os empresários, os trabalhadores e o governo numa só ação integrada. A
prevenção é a nossa saída para o problema das LER / DORT. Precisamos mudar, prevenir e evitar que o
trabalhador torne-se um lesionado. As empresas economizarão, o trabalhador terá melhor qualidade de vida
laborativa e o INSS não terá o número de pessoas que possui atualmente em auxilio previdenciário.
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O portador de LER poderá ser reaproveitado em outra função, pois, com o conhecimento que tem da
empresa onde trabalha, sentir-se-á útil e economizará ao empresário o treinamento de um novo funcionário.
A melhor forma de lidar com as LER é a prevenção e, se detetada, tratar o portador e criar condições
para o seu retorno ao trabalho.
Existem novos tratamentos, tanto na medicina clássica como a Mesoterapia, utilizada em lesionados
sem múltiplas lesôes. Em nível de Terapias Complementares também existem tratamentos como Do-in,
Shiatsu., Acupuntura. Nesta minha jornada acabei aprendendo a conviver com uma realidade: o tratamento da
LER / DORT é multidisciplinar . Há que se ter vontade de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores
brasileiros e, com isto, resgatar sua cidadania, sendo atingida pelas péssimas condições de trabalho oferecidas
por muitas empresas.
Ginástica Laboral
A necessidade da prática de exercícios físicos no local de trabalho remonta a Revolução Industrial (Inglaterra,
século XVIII). A partir desta época, o número de funcionários com Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios
Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (L.E.R./D.O.R.T.) aumentou consideravelmente. O advento de
novos processos de produção trouxe em seu bojo mudanças consideráveis no ambiente de trabalho. Mais
recentemente, a Era da Informática acentuou estas mudanças e catalisou suas conseqüências. Os “Tempos
Modernos” impuseram uma nova rotina aos operários, que geralmente têm uma vida sedentária, passando
muitas horas na mesma posição e quase sempre repetindo movimentos milhares de vezes por dia.
Estímulo à criatividade
O ritmo alucinante da vida moderna nos leva a despender mais tempo no trabalho do que na própria
casa. Dessa maneira, quanto mais o ambiente profissional proporcionar uma boa sensação, melhor será o
rendimento de sua equipe.
“A equipe da Mkt Virtual é formada, em sua maior parte, por designers que são influenciados pelos
estímulos externos que os cercam”. Assim, é de extrema importância que estejam rodeados por um ambiente
limpo, moderno e que proporcione o máximo do potencial criativo de todos. "As cores utilizadas foram
estrategicamente posicionadas de forma que não influenciassem negativamente no processo de criação”,
afirma Ludmilla.
Outra questão foi o cuidadoso planejamento com a iluminação. “Afinal, são muitas horas do dia com os
olhos cravados nos monitores”. Entre lâmpadas fluorescentes e brancas, encontramos uma disposição
agradável e coerente, contando ainda com dimmers que controlam a intensidade da luz conforme a hora do dia.
“Um pouco de iluminação natural é ecologicamente correto e econômico, além de ser agradável ter a visão do
ambiente externo”.
Além disso, não faltou ousadia na escolha de alguns elementos e acessórios. “Eles dão uma pitada de
humor, que é essencial para um ambiente leve. Prateleiras coloridas dão vida às paredes. Na sala de reunião, é
proporcionada a privacidade necessária para tratar de negócios, porém de uma forma descontraída e
agradável. O chão é feito de piso de calçada e, por mais sério e corporativo que o cliente seja, a maior parte
deles aprova dizendo ‘que legal!’. É interessante ver também como, além da equipe, o cliente repara nas
cadeiras, na iluminação e na disposição do escritório”, revela.
Uma das causas da baixa produtividade pode ser o desconforto que entre as suas várias causas está
diretamente ligada à adequação do corpo frente a um determinado equipamento. A questão da iluminação, que
além de poder causar danos a visão, contribui significativamente na baixa pessoal da capacidade de produção
de uma pessoa, quer seja em um escritório, indústria, como até mesmo em ambientes de trabalho mais
sofisticados. Além disso, os ruídos e mudanças de temperatura também influem negativamente neste processo.
Com relação aos problemas de coluna, o ideal ainda é a prevenção, portanto buscar no ambiente de
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trabalho, a adequação de cadeiras e mesas seria o ideal para protege-la. Mas, quando não for possível contar
com um escritório melhor adequado, procure sempre sentar em cadeiras com encosto reto e em casa, fuja dos
sofás muito macios. Aparentemente super confortáveis, eles são um convite para que você se jogue no assento
de qualquer jeito. Mas o que fazer?
Atualmente várias empresas já buscam a melhoria da qualidade do trabalho dos empregados e já
estabelecem uma série de programas como forma de incentivar a saúde do trabalhador. Nas grandes capitais e
áreas mais industrializadas, o empresariado já consciente dos futuros problemas já está investindo neste
programas, como também, em estudos sobre as vantagens da ergonomia para a melhoria da produção nas
empresas. Se por um lado, o uso da ergonomia possa sugerir maior gasto, por outro ela representa uma
economia para a empresa e como conseqüência, a melhoria da saúde do trabalhador e da sociedade.
Capítulo 8
Sífilis
Primeiro aparece uma feridinha no pênis ou na vagina, alguns dias depois do ato sexual. A ferida não
dói, some com o tempo e a pessoa pensa que está curada.
Por isso a sífilis é uma doença complicada. Meses depois, surgem manchas pelo corpo, até nas solas dos pés e
nas palma das mãos. Essas manchas também somem, mas a sífilis continua no sangue. Se não tratada logo,
pode causar cegueira, paralisia, doença nervosa, problemas do coração e até a morte.
Tricomoníase
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O sintoma é um corrimento amarelado-esverdeado, com mau cheiro. Dor na relação sexual. Os órgãos
genitais coçam e fica ruim para urinar.
Condiloma Acumulado
No começo uma ou duas verrugas nos órgãos sexuais ou em volta do ânus.
Se não se tratar, as verrugas crescem e se espalham.
Se a doença avançar muito, pode precisar até de cirurgia. Nas mulheres grávidas, a doença pode formar
tumores, por que se desenvolve mais rapidamente.
Candidíase
Muita coceira nos órgãos sexuais (pênis ou vagina) que ficam avermelhados.
Arde muito na hora de urinar. Na mulher, a doença provoca um corrimento branco, parecendo leite talhado,
azedo, e pode até dar infecção urinária, com dores fortes. Tem que tratar logo, senão, atinge as partes internas
do corpo.
Herpes Genital
Muita ardência e dor no local, com pequenas bolhas agrupadas no pênis ou na vagina. Não se deve
coçar, para a bolha não virar uma ferida.
Pode parecer corrimento e dificuldade para urinar. Atenção: as bolhas somem com o tratamento, mas o vírus
fica para sempre no seu organismo.
Gonorréia
O sintoma é um corrimento amarelado ou esverdeado, ou até mesmo um pouco de sangue, que sai do
pênis, da vagina ou do ânus. Isso aparece de 2 a 8 dias depois do ato sexual.
Dor no ato sexual ou ao urinar. Se não tratar logo, a pessoa pode ficar estéril. Sem tratamento a doença pode
afetar o sistema nervoso, os ossos e o coração. Na mulher é mais difícil perceber os sintomas. Por isso, ela
deve procurar um ginecologista sempre que sentir alguma coisa diferente em seu corpo, ou ao menos uma vez
por ano.
Uretrite
No homem, a uretrite dá um corrimento parecido com água e vontade de urinar a toda hora. Mas arde
ao urinar. A mulher também pode sentir ardência ao urinar, mas as vezes, não sente nada. Os sintomas
aparecem de 8 a 10 dias depois do ato sexual.
Cancro mole
Os sintomas são: ferida com pus que aparecem na cabeça do pênis e na parte extrema da vagina. Tem
que tratar logo, pois senão o número de feridas aumenta rapidamente.
AIDS
Vamos conhecer a palavra AIDS:
· A – adquirida – que se pega, não é herdada de pai para filho.
· I - imunológica – defesa, proteção.
· D - deficiência – fraqueza, sem forças. A defesa do corpo perde a briga para o HIV (vírus).
· S – síndrome - conjunto de sintomas ou sinais de doenças.
O vírus que provoca a AIDS se chama HIV. Ele destrói as defesas naturais do organismo, enfraquece a
pessoa e ela pega outras doenças (como pneumonia, tuberculose,etc). Só o médico, através de exame de
sangue, pode dizer se a pessoa está ou não contaminada com o HIV.
A AIDS não tem cura. Por isso, a única maneira de ficar livre dela é prevenindo. Se você tem algum
sintoma de DST procure um médico. As pessoas com DST têm até 18 vezes mais chances de pegar AIDS.
. sangue.
Para se pegar a doença, o vírus do HIV, o líquido contaminado da pessoa doente tem que entrar no
organismo da outra pessoa.
Isso pode acontecer das seguintes formas:
1 – relação sexual vaginal, anal ou oral;
2 – uso de seringas e agulhas contaminadas com o vírus do HIV por pessoa que usam drogas injetáveis (na
veia);
3 – transfusão de sangue;
4 – objetos cortantes;
5 – gravidez;
6 – amamentação.
Os cuidados
Os sintomas da AIDS
- cansaço sem motivo aparente;
- perda de peso sem motivo aparente;
- febre sem causa aparente;
- diarréia sem causa aparente;
- sapinho ou estomatite.
Existem muitas dúvidas por parte da população em relação às questões sobre AIDS. Nos ateremos aqui a
expor algumas questões relacionadas a AIDS e trabalho.
BIBLIOGRAFIA:
2007.