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Apostila de CIPA - IMA ECO ENGENHARIA LTDA Página 2
ÍNDICE
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MÓDULO I
DO OBJETIVO
5.1. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) têm como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo que torna permanentemente
compatível o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
DA CONSTITUIÇÃO
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5.10. O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária
para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no
trabalho analisadas na CIPA.
5.11. O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA e os
representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
5.12. Os membros da CIPA, eleitos e designados, serão empossados no primeiro dia útil após
o término do mandato anterior.
5.13. Serão indicados de comum acordo com os membros da CIPA, entre os componentes ou
não da comissão, um secretário e seu substituto sendo necessário à concordância do
empregador.
5.14. Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar - em até dez dias -
cópias das atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias, na
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho. 5.15. Protocolizada a documentação, a
CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser
desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja
redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das
atividades do estabelecimento.
DAS ATRIBUIÇÕES
5.16. A CIPA terá por atribuição:
a) Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos com a
participação do maior número de trabalhadores e com assessoria do Serviço Especializado
em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), onde houver.
b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas
de segurança e saúde no trabalho.
c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho.
d) Realizar as verificações nos ambientes e condições de trabalho, periodicamente, a qual
visa identificar situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores.
e) A cada reunião, realizar a avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) Divulgar aos trabalhadores
informações relativas à segurança e saúde no trabalho.
g) Em conjunto com o SESMT, deverá participar das discussões promovidas pelo empregador,
para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionado à
segurança e saúde dos trabalhadores.
h) Requerer ao SESMT ou ao empregador, quando houver a necessidade, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores.
i) Colaborar no desenvolvimento e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e de outros
programas relacionados.
j) Divulgar e promover o cumprimento das NR's, bem como cláusulas de acordo e convenções
coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho.
I) Participar em conjunto com o SESMT ou com o empregador da análise das causas das
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados.
m) Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido
na segurança e saúde dos trabalhadores.
n) Requisitar a empresa às cópias da Comunicação de Acidente do Trabalho (CA T) emitidas.
o) Promover, anualmente em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPA T).
p) Participar, anualmente em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIOS).
5.17. Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao
desempenho de suas atribuições, que garante tempo suficiente para a realização das tarefas
constantes do plano de trabalho.
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5.18. Cabe aos empregados:
a) Participar da eleição de seus representantes.
b) Colaborar com a gestão da CIPA.
c) Indicar a CIPA, ao SESMT e ao empregador, situações de riscos e apresentar sugestões
para melhoria das condições de trabalho.
d) Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
5.19. Cabe ao Presidente da CIPA:
a) Convocar os membros para as reuniões da CIPA.
b) Coordenar as reuniões da CIPA, o qual será encaminhado ao empregador e ao SESMT,
quando houver as decisões da comissão.
c) Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA.
d) Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria.
e) Delegar atribuições ao Vice-Presidente.
5.20. Cabe ao Vice-Presidente:
a) Executar atribuições que lhe forem delegadas.
b) Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos
temporários.
5.21. O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições:
a) Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de
seus trabalhos.
b) Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, que visa zelar para que os objetivos
propostos sejam alcançados.
c) Delegar atribuições aos membros da CIPA.
d) Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver.
e) Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento.
f) Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA.
g) Constituir a comissão eleitoral.
DO FUNCIONAMENTO
5.23. A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
5.24. As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da
empresa e em local apropriado.
5.25. As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de
cópias para todos os membros.
5.26. As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho
(AIT).
5.27. Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a) Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de
medidas corretivas de emergência.
b) Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal.
c) Houver solicitação expressa de uma das representações.
5.28. As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1. Não havendo consenso e frustradas as tentativas de negociação direta ou com
mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da
reunião.
5.29. Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento
justificado.
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5.29.1. O pedido de reconsideração será apresentado a CIPA até a próxima reunião
ordinária, quando será analisado, sendo que o Presidente e o Vice-Presidente deverão
efetivar os encaminhamentos necessários.
5.30. O membro titular perderá o mandato, o qual será substituído por um suplente quando
faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31. A vaga definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente,
obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, que deve o
empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as
alterações e justificar os motivos.
5.31.1. No caso de afastamento definitivo do Presidente, o empregador indicará o
substituto em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
5.31.2. No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da
representação dos empregados escolherão o substituto entre seus titulares, em dois dias
úteis.
DO TREINAMENTO
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38. Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato
em curso.
5.38.1. A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral
ao sindicato da categoria profissional.
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5.39. O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo
mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão
Eleitoral (CE), que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo
eleitoral.
5.39.1. Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.
5.40. O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a) Publicação e divulgação de edita I, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo
mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso.
b) Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze
dias.
c) Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante.
d) Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição.
e) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato
da CIPA.
f) Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e
em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
g) Voto secreto.
h) Apuração dos votos em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão
eleitoral.
i) Faculdade de eleição por meios eletrônicos.
j) Guarda de todos os documentos relativos à eleição, pelo empregador, por um período
mínimo de cinco anos.
5.41. Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não
ocorrerá à apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que
ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
5.42. As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade
descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.
5.42.1. Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
confirmar as irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder
à anulação quando for o caso.
5.42.2. Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a
contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores. 5.42.3. Quando a anulação
se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a prorrogação do mandato
anterior, até a complementação do processo eleitoral.
5.43. Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.
5.44. Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.
5.45. Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração,
em ordem decrescente de votos, que possibilita a nomeação posterior, em caso de vagas de
suplentes.
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5.48. A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão
programar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho,
decorrentes da presente NR, de forma que garante o mesmo nível de proteção em matéria de
segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.
5.49. A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas
- suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento -
recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como
sobre as medidas de proteção adequadas.
5.50. A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o
cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas
de segurança e saúde no trabalho.
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51. Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria
específica.
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MÓDULO II
Acidentes do Trabalho
o Conceito Legal
O Artigo 19 da Lei Nº. 8.213, de 24/07/91, estabelece: "Acidente do Trabalho é o que
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos, no inciso VII, do artigo XI, desta Lei, que provoca lesão corporal ou
perturbação funcional que cause morte ou perda ou redução, permanente ou temporária,
da capacidade para o trabalho".
o Lesão Corporal
É um dano anatômico, por exemplo, uma fratura, um machucado ou a perda de algum
membro.
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o Perturbação Funcional
É o prejuízo que ocorre ao funcionamento de qualquer órgão ou sentido, como uma perturbação
mental devida a uma pancada, o prejuízo ao funcionamento de um órgão (pulmões etc.), pela
aspiração ou ingestão de elemento nocivo usado no trabalho.
o Acidente do Trabalho - Caracterização
O acidente típico de trabalho ocorre no local e durante o trabalho, considerado como um
acontecimento súbito, violento e ocasional que provoca no trabalhador uma incapacidade para
prestação de serviço.
o Acidente de Trajeto
Fica caracterizado como acidente de trabalho também aquele que ocorra na ida ou volta do
trabalho, ou ocorrido no mesmo trajeto quando o trabalhador efetua suas refeições em sua casa,
assim, no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela, o trabalhador está
protegido pela legislação acidentaria.
Deixa de se caracterizar o acidente quando o empregado tenha por interesse próprio, interrompido
ou alterado o percurso normal. Entende-se por percurso normal o caminho ordinariamente seguido,
locomovendo-se a pé ou usando transporte fornecido pela empresa, condução própria ou transporte
coletivo.
o Força Maior
A caracterização de acidente do trabalho vai tão longe que atinge as lesões oriundas de inundações,
incêndios ou qualquer outro motivo de força maior, desde que ocorrido o fato no local e horário de
trabalho.
o Acidente Fora do Local e Horário de Trabalho
A legislação considera como acidente do trabalho o sofrido pelo trabalhador mesmo fora do local e
horário de trabalho, quando ocorra no cumprimento de ordem ou na realização de serviço sob
autoridade da empresa. Ou, ainda, quando sejam espontaneamente prestados os serviços para
evitar prejuízo ao propiciar proveito.
Quando o empregado se acidentar ao realizar uma viagem a serviço da empresa, estaremos diante
de um acidente de trabalho, qualquer que seja o meio de condução utilizado, mesmo que de
propriedade do empregado.
Essa multiplicidade pode ser representada por uma seqüência de fatores chaves e não apenas
pelos dois aspectos mais vulgarizados em uma análise de riscos (atos e condições inseguros).
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MÓDULO III
Culpa
Deixa de prever aquilo que é perfeitamente previsível. A culpa consiste na prática não
intencional do delito, faltando, porém o agente (a pessoa) a um dever de cuidado e de
atenção.
As modalidades da culpa são:
o Imperícia é a falta de habilidade técnica para certas atividades, como não saber dirigir
um carro, ou operar um guincho ou uma serra circular ou um policorte, etc. A essência da
culpa está na previsibilidade. Se a pessoa podia prever o risco, podia prever as
conseqüências de sua ação e não o fez, e se o dano ocorrer ela então agiu com culpa e
basta isso para que seja considerado culpado de acordo com a lei.
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Benefícios Previdenciários Devidos ao Acidentado
o Para que o trabalhador tenha direito a prestações da Previdência Social, é necessário que
preencha determinadas condições, entre elas, o de ter contribuído, durante certo período,
para o Instituto. Embora seja a Instituição Previdenciária que assegura prestações ao
acidentado, na hipótese de acidente do trabalho tal prestação independem do dito período
de carência (artigo 144, do Decreto Nº. 611, de 21.07.92).
o Os acidentados que estejam em gozo dos benefícios de auxílio-doença e pensão por morte
terão direito ao abono anual (13° salário). De notar que não se admite a acumulação dos
beneficios assemelhados que sejam assegurados pela Previdência Social, isto é, o
empregado que, por via do acidente do trabalho, adquira direito à aposentadoria por
invalidez não terá, simultaneamente, direito a auxílio-doença ou aposentadoria assegurada
pela Previdência.
o Muitos aposentados pela Previdência social voltam ao trabalho e podem ser vítimas de
acidentes. A norma assegura aos que tenham sido aposentados por tempo de serviço,
especial ou por idade, que permaneçam ou voltem a exercer atividade abrangida pelo
regime Geral de Previdência Social, o direito, em caso de acidente do trabalho, à
reabilitação profissional, ao pecúlio e ao auxílio-acidente, não fazendo jus a outras
prestações, salvo as decorrentes de sua condição de aposentado.
o Trabalhador
A real dimensão do acidente de trabalho determina que a violência das conseqüências não
se limite ao momento do acidente, mas prolonga-se, marcando profundamente o
trabalhador.
o Empresa
O acidente de trabalho gera problemas com o desempenho dos empregados,
comprometimento da produção, atraso na entrega dos produtos, gastos com acidentado,
tensão nas relações interpessoais, danos materiais, comprometimento da imagem pública
da empresa etc.
o Comunidade
O acidente de trabalho ocasiona aumento do custo de vida e dos impostos, desperdício ou
perdas irreversíveis da produtividade das pessoas. Esses problemas representam prejuízos
graves para a sociedade.
Podemos concluir que os acidentes de trabalho são nocivos sob todos os aspectos. O lado
humano deve ser evidenciado por atingir o elemento mais importante de todos os que o
acidente pode prejudicar: o trabalhador.
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MÓDULO IV
A investigação dos acidentes ocorridos tem por objetivo descobrir suas causas para que
se possa, por meio da eliminação das mesmas, evitar sua repetição.
o Observação
Neste primeiro passo, os membros da CIPA devem observar criteriosamente as condições
de trabalho e de atuação das pessoas. Essa observação deve ser complementada com
dados obtidos por meio de entrevistas e preenchimento de questionários junto aos
encarregados e trabalhadores.
o Registro
O registro dos riscos observados sobre saúde e segurança do trabalho deve ser feito em
formulário que favoreçam a análise dos problemas apontados.
o Análise do Risco
Para realizá-la, o interessado deve separar as fases da operação, para verificação
cuidadosa dos riscos que estão presentes em cada fase.
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o Como poderia ter sido evitado?
A anatomia dos acidentes nem sempre é fácil de ser estudada, pois não se resume nos
fatos aparentes ou visíveis, exigindo o levantamento de todos os fatores que o precederam,
até o último que resultou no acidente. A situação é muitas vezes complexa, envolve diversos
itens ligados às instalações, maquinarias, ferramentas, horário de trabalho etc., ligados às
ações negligentes dos trabalhadores ou a problemas pessoais de ordem emocional, de saúde
ou econômica. Há necessidade de observar a todas essas causas, suas relações e
interdependências.
Análise do Acidente
o CAT
Comunicação do Acidente de Trabalho é obrigação prevista em lei, como dispõe o artigo
22 da Lei Nº. 8.213/91, parágrafos I e 11. A empresa deverá comunicar o acidente do
trabalho Previdência Social até o 1° dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de
morte, de imediato à autoridade competente. Receberão cópia fiel do CAT, o acidentado
ou seus dependentes, e o sindicato que corresponda à sua categoria. Na falta de
comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes,
a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não
prevalecendo nestes casos o prazo previsto em lei.
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MÓDULO V
Quando estudamos algumas medidas de controle temos que levar em conta três aspectos:
Exemplo: Uma escada com o piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Este
risco poderá ser eliminado com a troca do material do piso, antes escorregadio, por outro,
emborrachado e antiderrapante. Com essa medida, o risco foi definitivamente eliminado.
Exemplo: Operações que promovam a eliminação de gases, vapores ou poeiras devem ter
um sistema de exaustão que retire estes contaminantes do local de trabalho; uma
máquina barulhenta deve ser enclausurada para livrar o ambiente do ruído excessivo.
O uso dos EPl's, além de indicação técnica, é exigência legal para determinadas operações
ou determinados locais de trabalho. A Portaria 3.214, de 08 de Junho de 1978, em sua
Norma Regulamentadora N°. 06, cuida minuciosamente do EPI, mencionando as
obrigações do empregado e da empresa.
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6.7. Obrigações do Empregado
6.7.1. Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:
a) Usá-lo apenas para finalidade a que se destina.
b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação.
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.
Outras Medidas
o Médicas
Exames médicos admissionais, periódicos e demissionais para indicar o nível de
contaminação ou não dos trabalhadores.
o Administrativas
Estabelecimento e fiscalização das normas de segurança, seleção e admissão correta de
pessoal.
o Educacionais
Treinamento e campanhas de conscientização.
Inspeções de Segurança
A inspeção de segurança tem por objetivo detectar as possíveis causas que propiciem a
ocorrência de acidentes, visando tomar ou propor medidas de controle que eliminem ou
neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma, a inspeção de segurança é uma
prática contínua em busca de:
o Métodos de trabalhos inadequados.
o Riscos ambientais.
o Verificação da eficácia das medidas preventivas rotineiras e especiais em funcionamento.
o Quais os tipos de inspeção?
o Inspeções Gerais
São aquelas feitas em todos os setores da empresa e que se preocupam com todos os
problemas relativos à Segurança e à Medicina do Trabalho. Essas inspeções devem ser
repetidas a intervalos regulares e, onde não existirem Serviços Especializados em
Segurança e Medicina do trabalho SESMT, a tarefa caberá a CIPA da empresa.
o Inspeções Parciais
Elas podem limitar-se em relação às áreas, sendo inspecionados apenas determinados
setores da empresa, e podem limitar-se em relação às atividades, sendo inspecionados
certos tipos de trabalho, certas máquinas ou certos equipamentos.
o Inspeções de Rotina
Cabem aos encarregados dos setores de segurança e aos membros da CIPA. E é muito
importante que os próprios trabalhadores façam em suas ferramentas, nas máquinas que
operam e nos equipamentos que utilizam. Naturalmente, em inspeções de rotina, são mais
procurados os riscos que se manifestam com mais freqüência e que constituem as causas
mais comuns dos acidentes.
o Inspeções Periódicas
Como é natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produção, de
tempos em tempos devem ser marcadas, com regularidade, inspeções destinadas a
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descobrir riscos que o uso de ferramentas, de máquinas, de equipamento e de instalações
elétricas podem provocar. Algumas dessas inspeções são determinadas em lei,
principalmente as de equipamentos perigosos, como caldeiras e elevadores e mesmo as de
equipamentos de segurança com extintores, mangueiras e outros.
o Inspeções Eventuais
Não tem datas ou períodos determinados. Podem ser feitas por técnicos vários, incluindo
médicos e engenheiros, e se destinam os controles especiais de problemas importantes
dos diversos setores da empresa. A CIPA sempre que achar necessário deve efetuar essa
inspeção.
o Inspeções Oficiais
São realizadas por agentes dos órgãos oficiais e das empresas de seguro.
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MÓDULO IV
Riscos Ambientais
o Riscos Físicos
Ruídos, Vibrações, Radiações Ionizantes, Radiações não ionizantes, Frio, Calor, Pressões
Anormais e Umidade.
o Riscos Químicos
Poeiras, Fumos, Névoas, Neblinas, Gases, Vapores, Substâncias compostas ou produtos
químicos.
o Riscos Biológicos
Vírus, Bactérias, Protozoários, Fungos, Parasitas e Bacilos.
o Riscos Ergonômicos
Esforço físico intenso, Levantamento e transporte manual de peso, Exigência de postura
inadequada, Controle rígido de produtividade, Imposição de ritmos excessivos, Trabalho
em turno e noturno, Jornadas de trabalho prolongadas, Monotonia e repetitividade, outras
situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico.
o Riscos de Acidentes
Arranjo físico inadequado, Máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou
defeituosas, Iluminação inadequada, Eletricidade, Probabilidade de incêndio ou explosão,
Armazenamento inadequado, Animais peçonhentos, outras situações de risco que poderão
contribuir para ocorrência de acidentes.
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GRUPO 01 GRUPO 02 GRUPO 03 GRUPO 04 GRUPO 05
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
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É importante saber que o círculo, independente dos seus tamanhos, tem que ter uma boa
definição para podermos identificar os respectivos graus de riscos.
O Tipo de risco varia com a cor:
Será representada por um número descrito dentro dos círculos, por exemplo.
Para chegarmos até essas representações deverá ser feito um trabalho em campo para
levantamento dos riscos ambientais, pois através desse serão identificados os riscos através
de uma avaliação qualitativa questionando os funcionários que estão diretamente em contato
com risco.
o O que te incomoda?
o Quanto te incomoda?
Devem ser utilizadas durante a entrevista em campo, sem questionamentos, pois a CIPA
ainda irá reunir-se para avaliar tais respostas. É importante observar que quando dispomos
da planta baixa da empresa, temos que compactar o máximo possível das simbologias
procurando colocá-las dentro das áreas definidas.
Ao lado dos círculos de riscos, devemos descrever os tipos específicos do risco,
observando sempre a cor a ser preenchida, por exemplo:
Quando um círculo estiver dividido e, em suas partes as cores forem diferentes, significa
que o grau do risco é o mesmo mais o tipo de risco é diferente, por exemplo:
Ruídos Gases
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2
Levantamento e
transporte
manual
Após a elaboração de peso
do Mapa de Riscos completo ou setorial, o mesmo deverá ser discutido
e aprovado pela CIPA, é necessário que se afixe o mesmo em um local bem visível e de fácil
localização, para que todos tenham acesso e conheçam o trabalho feito pela CIPA e
principalmente caso a fiscalização do Ministério do Trabalho possa solicitá-lo.
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MÓDULO VII
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AIDS
O termo AIDS é utilizado para os estágios mais avançados da infecção pelo vírus HIV. A
definição de AIDS inclui diversas condições clínicas que afetam pessoas com a infecção
avançada e, a partir de 1993 passou a incluir também aqueles que apresentam contagem de
células CD4+ inferior a 200. A maioria das condições clínicas que definem a AIDS são
infecções oportunistas, que raramente causam problema em pessoas saudáveis.
Estas infecções podem provocar sintomas como tosse, dificuldade para respirar,
convulsões, confusão mental, diarréia severa e persistente, febre, perda de visão, dor de
cabeça, perda de peso, cansaço, náusea, vômito, dores abdominais ou dificuldade para
engolir.
Um pequeno número de pessoas infectadas pelo vírus há 10 anos não desenvolveu
sintomas de AIDS. Pesquisadores procuram identificar quais fatores poderiam ser
responsáveis por este fato, por exemplo, alguma característica particular do sistema
imunológico destas pessoas ou se elas estariam infectadas por uma forma menos agressiva
do vírus ou ainda, se alguma característica genética as protege dos efeitos do vírus.
Diagnóstico
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AS SIGLAS E SUAS REFERÊNCIAS
CIPA .........................................................................
SIPAT .........................................................................
NR .........................................................................
SESMT .........................................................................
PCMSO .........................................................................
PPRA .........................................................................
P.P.P .........................................................................
EPI .........................................................................
EPC .........................................................................
NR 04 .........................................................................
NR 05 .........................................................................
NR 06 .........................................................................
NR 07 .........................................................................
NR 09 .........................................................................
NR 17 .........................................................................
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