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COMISSÃO INTERNA

DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Instrutor: Arno Hélio Hedler

Aluno:
NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

OBJETIVO
(Item 5.1): A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

CONSTITUIÇÃO
(Item 5.2): Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de
economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras
instituições que admitam trabalhadores como empregados.

(Item 5.3): As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços,
observadas as disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.

(Item 5.5): As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de membros de CIPA ou designados, mecanismos
de integração com objetivo de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e
instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da administração do mesmo.

ORGANIZAÇÃO
(Item 5.6): A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no
Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.

(Item 5.6.1): Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.

(Item 5.6.2): Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem,
independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.

(Item 5.6.3): O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos recebidos, observará o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos
específicos.

(Item 5.6.4): Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos
desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, através de negociação coletiva.

(Item 5.7) O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.

(Item 5.8) É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

(Item 5.9) Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a
transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.

(Item 5.10) O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão e encaminhamento das
soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.

(Item 5.11) O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os
titulares o vice-presidente.

(Item 5.12) Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior.

(Item 5.13) Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os componentes ou não da
comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador.

(Item 5.14) A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões
ordinárias, deve ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

(Item 5.11) O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os
titulares o vice-presidente.

(Item 5.12) Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior.

(Item 5.13) Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os componentes ou não da
comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador.

(Item 5.14) A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões
ordinárias, deve ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

ATRIBUIÇÕES
(Item 5.16) A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com
assessoria do SESMT, onde houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;

c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de
ação nos locais de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer
riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram
identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e
processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à
segurança e saúde dos trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho,
relativas à segurança e saúde no trabalho;

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e
propor medidas de solução dos problemas identificados;

m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas

o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.

(Item 5.17) Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo
tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho.

(Item 5.18) Cabe aos empregados:

a) participar da eleição de seus representantes;

b) colaborar com a gestão da CIPA;

c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;

d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

(Item 5.19) Cabe ao Presidente da CIPA:

a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;

b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decisões da comissão;

c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;

(Item 5.20) Cabe ao Vice-Presidente:


a) executar atribuições que lhe forem delegadas;

b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporários;

(Item 5.21) O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições:

) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos;

b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcançados;

c) delegar atribuições aos membros da CIPA;

d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;

e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;

f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;

g) constituir a comissão eleitoral.

(Item 5.22) O Secretário da CIPA terá por atribuição:

a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura dos membros presentes;

b) preparar as correspondências; e c) outras que lhe forem conferidas.

FUNCIONAMENTO
(Item 5.23) A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.

(Item 5.24) As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado.

(Item 5.25) As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para todos os membros.

(Item 5.26) As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

(Item 5.27) Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de emergência;

b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;

c) houver solicitação expressa de uma das representações.

(Item 5.28) As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

(Item 5.28.1) Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será instalado processo de votação,
registrando-se a ocorrência na ata da reunião.

(Item 5.29) Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado.

(Item 5.29.1) O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando será analisado, devendo o
Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessários.

(Item 5.30) O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem
justificativa.

(Item 5.31) A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obedecida a ordem de colocação
decrescente que consta na ata de eleição, devendo os motivos ser registrados em ata de reunião.

(Item 5.31.1) No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente
entre os membros da CIPA.

(Item 5.31.2) No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representação dos empregados, escolherão o
substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.
(Item 5.31.3) Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve realizar eleição extraordinária, cumprindo todas as
exigências estabelecidas para o processo eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade.

(Item 5.31.3.1) O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário deve ser compatibilizado com o mandato dos demais
membros da Comissão.

(Item 5.31.3.2) O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve ser realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a
partir da data da posse.

TREINAMENTO
(Item 5.32) A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse.

(Item 5.32.1) O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.

(Item 5.32.2) As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento para o designado responsável pelo
cumprimento do objetivo desta NR.

(Item 5.33) O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo;

b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa;

d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção;

e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;

f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;

g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.

(Item 5.34) O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será realizado durante o
expediente normal da empresa.

(Item 5.35) O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional
que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.

(Item 5.36) A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional que o ministrará, constando sua
manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

(Item 5.37) Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do
Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta
dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.

PROCESSO ELEITORAL
(Item 5.38) Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60
(sessenta) dias antes do término do mandato em curso.

(Item 5.38.1) A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.

(Item 5.39) O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes
do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo
eleitoral.

(Item 5.39.1) Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela empresa.

(Item 5.40) O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término
do mandato em curso;

b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, com
fornecimento de comprovante;

d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA, quando houver;

f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria
dos empregados.

g) voto secreto;

h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em
número a ser definido pela comissão eleitoral;

i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de cinco anos.

(Item 5.41) Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão
eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.

(Item 5.42) As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após a data
da posse dos novos membros da CIPA.

(Item 5.42.1) Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, confirmadas irregularidades no processo eleitoral,
determinar a sua correção ou proceder a anulação quando for o caso.

(Item 5.42.2) Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a contar da data de ciência, garantidas as
inscrições anteriores.

(Item 5.42.3) Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando
houver, até a complementação do processo eleitoral.

(Item 5.43) Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.

(Item 5.44) Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.

(Item 5.45) Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em ordem decrescente de votos,
possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes.

CONTRATANTES E CONTRATADAS
(Item 5.46) Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta
NR, o local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades.

(Item 5.47) Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante
deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os
trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.

(Item 5.48) A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão implementar, de forma integrada, medidas de
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de
segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.

SIPAT – SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRABALHO

Conceito
Como o próprio nome já diz, é uma semana voltada à prevenção, tanto no que diz respeito a acidentes do trabalho quanto a doenças
ocupacionais. É uma das atividades obrigatórias para todas as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes do Trabalho, devendo ser
realizada com frequência anual.

Objetivos Gerais:
 Orientar e conscientizar os funcionários sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças no ambiente do trabalho;
 Fazer com que os funcionários resgatem valores esquecidos pelo corre-corre do dia-a-dia, ou seja, não só tenham ideia de segurança,
mas que também pratiquem segurança.
Na SIPAT, os assuntos relacionados com saúde e segurança do trabalho são evidenciados, buscando a efetiva participação dos funcionários
envolvendo, também, os diretores, gerentes e familiares. Ela não deve ser vista como mero cumprimento da legislação, mas sim como a
continuidade dos trabalhos voltados para a prevenção.

(Item 5.49) A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas, suas CIPA, os designados e os demais
trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como
sobre as medidas de proteção adequadas.

(Item 5.50) A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que
atuam no seu estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Consolidação das Leis Trabalhista – CLT


Conceito- A CLT é uma norma legislativa de regulamentação das leis referentes ao Direito do trabalho e do Direito processual do Trabalho no
Brasil.

ART-2° considera empregador?

A pessoa física ou jurídica que contrata mão de obra especializada para determinado serviço.

ART 3° - Considera empregado?

A pessoa física ou jurídica especializada para execução dos serviços contratado.

ART 155- Incube ao órgão de âmbito nacional (M T E) competente em matéria de segurança e medicina do trabalho:

I - estabelecer normas,

II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização,

III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos
Delegados Regionais do Trabalho em matéria de segurança e medicina do trabalho.

ART 157-Cabe às empresas:

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - Instruir os empregados,

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente,

IV- facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

ART 58- Cabe aos empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina,

II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos.

Constitui em aro faltoso a recusa injustificada:

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II anterior,

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

ACIDENTE DE TRABALHO
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados
especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho
permanente ou temporário. (Lei nº 8.213/91)

Consideram-se acidente do trabalho, as seguintes entidades:

• Doença profissional: assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto n. 611/92;

• Doença do trabalho: assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado
e com ele se relaciona diretamente

Não serão consideradas como doença do trabalho:

• A doença degenerativa;

• A inerente a grupo etário;

• A que não produz incapacidade laborativa;

• A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que resultou de
exposição ou contato determinado pela natureza do trabalho.

Equiparação:

Equiparam-se também ao acidente do trabalho:

O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda
ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física internacional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa, relacionada com o trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior;

A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho;

a) Na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa;

b) Na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacidade da mão-
de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Horário de refeição ou descanso:

Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou
durante este, o empregado e considerado no exercício do trabalho.

Acidente Pessoal:
Raio Acidente com aeronave Acidente com Metrô Explosão

Condição Insegura:
São equipamentos, máquinas ou ferramentas que apresentam defeitos ou estão com falta de algum acessório que proporcionam uma
CONDIÇÃO DE INSEGURANÇA. São responsáveis por 10% dos acidentes.

INCOMPATIBILIDADE DA PESSOA COM A Atenção.


FUNÇÃO
PROBLEMAS CIRCUNSTANCIAIS

Sexo Abalos emocionais

Idade Discussões

Reação a estímulos Alcoolismo

Agressividade Doenças

Inteligência Problemas familiares.

Existe ainda um fator chamado DESAJUSTAMENTO.

Ex.: problemas com colegas, chefias e salários.

Finalmente os fatores inerentes a PERSONALIDADE DO TRABALHADOR.

Ex.: exibicionismo, desleixo, brincalhão.

Já os acidentes por CONDIÇÕES INSEGURAS, seriam aquelas cujas causas são decorrentes das condições de trabalho e do próprio ambiente,
que nos colocam em risco físico ou mental.

Investigação de acidentes

É a parte do controle de riscos que consiste em efetuar vistorias nas áreas e meios de trabalho, com o objetivo de descobrir e corrigir situações
que comprometam a segurança dos trabalhadores.

Uma inspeção para ser bem aproveitada precisa ser planejada, e o primeiro passo é definir o que se pretende com a inspeção e como fazê-la.

Inspeção geral: Realizada quando se quer ter uma visão panorâmica de todos os setores da empresa. Pode ser realizada no início do mandato
da CIPA.

Inspeção parcial: Realizada onde já se sabe da existência de problemas, seja por queixas dos trabalhadores ou ocorrência de doenças e
acidentes do trabalho. Deve ser uma inspeção mais detalhada e criteriosa.

Inspeção específica: É uma inspeção em que se procura identificar problemas ou riscos determinados. Como exemplo podemos citar o
manuseio de produtos químicos, postura de trabalho, esforço físico, etc.

1ª Fase - Observar os atos das pessoas, as condições de máquinas,


equipamentos, ferramentas e o ambiente de trabalho.

2ª Fase - Registrar o que foi observado e o que


deve ser feito, contendo, entre outros, os
dados do local da realização, dos riscos
encontrados, de pontos positivos, dos problemas ou das propostas feitas pelos inspecionados, colocando-se data e assinatura. Existem
formulários denominados “Relatórios de Inspeção” especiais para o registro dos dados observados.

3ª Fase - Analisar e Recomendar medidas que visem a eliminar, isolar ou, no mínimo
sinalizar riscos em potencial advindos de condições ambientais ou atos e procedimentos
inseguros.

4ª Fase - Encaminhar para os responsáveis para providenciar as medidas corretivas,


necessárias.

5ª Fase - Acompanhar as providências até que ocorra a solução final.

O cipeiro - deve registrar os fatos positivos na prevenção de acidentes, para que sejam
divulgados e outras áreas possam adotá-las.

Depois de registrado, deverá ser encaminhado à secretária da CIPA afim de incluí-lo na pauta da reunião ordinária para análise da comissão.

A conclusão da comissão deverá ser encaminhada ao responsável pelo local ou serviço inspecionado e mantida na pendência até a
regularização.

Todas as fases da inspeção deverão ser registradas em ata, inclusive o acompanhamento das providências.

Os riscos com grande potencial deverão ser informados de imediato ao responsável e, quando possível,
corrigidos no ato. Caso a solução seja mediata, recomenda-se uma análise de risco em busca da melhor
solução.

RISCOS AMBIENTAIS
O ambiente de trabalho.

Riscos Ambientais compreendem os seguintes riscos:

• Agentes Químicos

• Agentes Físicos

• Agentes Biológicos

• Agentes Ergonômicos

• Riscos de Acidentes decorrentes do ambiente de trabalho (Mecânicos)

RISCOS FÍSICOS:
São aquelas geradas por máquinas e condições físicas características do local de trabalho, que podem causar danos à saúde do trabalhador.

RISCOS QUÍMICOS:
São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida, sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo
organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde.

RISCOS BIOLÓGICOS:
São aqueles causados por microorganismos como bactérias, fungos, vírus e outros. São capazes de desencadear doenças devido à
contaminação e pela própria natureza do trabalho.

RISCOS DE ACIDENTES OU MECÂNICOS:


Os riscos acidentes ou mecânicos ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes
de colocar em perigo a integridade física do trabalhador.

RISCOS ERGONÔMICOS:
Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que exigem que os ambientes de trabalho se adaptem ao homem, proporcionando bem
estar físico e psicológico.

Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do plano emocional), em síntese, quando há
disfunção entre o indivíduo.
NR 09 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
A Norma Regulamentadora - NR9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) que visa a preservação de saúde e de integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e conseqUente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O PPRA faz parte de um conjunto de medidas mais amplas, contidas nas demais Normas Regulamentadoras, porém articula-se, principalmente
com a NR-07, ou seja, Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e de Prevenção de Perdas Auditivas (PPA).

Através do PPRA pode ser conseguida a diminuição de perdas decorrentes de:

1 - afastamento por acidentes do trabalho;

2 - afastamento por doenças ocupacionais;

3 - estabilidade funcional;

4 - atuação de sindicatos e fiscais da DRT;

5 - processos trabalhistas cíveis.

O principal objetivo do PPRA é fazer da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais uma forma de eliminar ou minimizar os riscos para os
trabalhadores e terceirizados, melhorando o desempenho dos negócios e auxiliando as organizações em geral estabelecendo uma imagem
responsável da empresa perante o mercado.

LTCAT – LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO


Qual a diferença entre o PPRA (programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de
Trabalho)?

Embora ambos os documentos estejam ligados às condições de segurança no ambiente de trabalho, cada um se presta à finalidade diferente.

O PPRA é um Programa, com a finalidade de reconhecer e reduzir e/ou eliminar os riscos existentes no ambiente de trabalho, servindo de base
para a elaboração do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). O PPRA precisa ser revisto e renovado anualmente.

O LTCAT é um Laudo, elaborado com o intuito de se documentar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho e concluir se estes
podem gerar insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos. Somente será renovado caso sejam introduzidas modificações no
ambiente de trabalho.

As empresas podem ser multadas caso não possuam o LTCAT?

O parágrafo 3º do Art. 58 d Lei 8213/91 com o texto dado pela Lei 9528/97 diz que:

A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus
trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito à
penalidade prevista no Art. 133 desta Lei, que foi republicada na MP 1596-14 de 10.11.97 e convertida na Lei 9528 de 10.12.97.

A Disponibilidade do Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho


Este documento deve estar disponível na empresa para análise dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e Peritos do INSS, devendo
ser realizadas as alterações necessárias no mesmo, sempre que as condições de nocividade se alterarem, guardando-se as descrições
anteriormente existentes no referido Laudo, juntamente com as novas alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos,
quando tais modificações ocorrerem.

TIPO DE
Químico Físico Biológico Ergonômico Acidentes
RISCO

COR Vermelho Verde Marrom Amarelo Azul

Má postura do
Equipamentos
Microorganismos corpo
Fumos metálicos Ruído e ou som inadequados,
Agentes Causadores

(Vírus, bactérias, em relação ao


e vapores muito alto defeituosos ou
protozoários) posto
inexistentes
de trabalho

Máquinas e
Lixo hospitalar,
Gases asfixiantes Oscilações e Trabalho estafante equipamento
doméstico e de
H, He, N e CO2 vibrações mecânicas e ou excessivo sem Proteção e ou
animais
manutenção
Qual é o prazo de validade do LTCAT?

O LTCAT tem validade indefinida, atemporal, ficando atualizado permanentemente, enquanto o “layout” da empresa não sofrer alterações.

Evolução da legislação que regulamenta o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho).

A Lei 3807/60 introduziu o benefício denominado aposentadoria especial na legislação previdenciária que exigia a apresentação de Laudo
Técnico somente para o agente ruído, não mencionando esta exigência para os demais agentes Nocivos.

A Constituição Federal de 1988, com o novo ordenamento jurídico do país sancionou a concessão de aposentadorias no regime geral de
Previdência Social, que passou a ter critério único, com exceção das aposentadorias especiais.

NR 07- PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO OCUPACIONAL

Definição de PCMSO

O PCMSO ou Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional é um programa que deve ser elaborado em implantado em todas as
empresas que possuam funcionários registrados.

A obrigatoriedade da implantação do PCMSO é dada pela NR 07, em seu item 7.1.1:

"7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores
e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o
objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores "

O objetivo do PCMSO é se estabelecer um sistema de detecção precoce de doenças relacionadas ao trabalho.

Como parte integrante do PCMSO, são realizados os seguintes exames médicos ocupacionais:

 Admissionais,
 Periódicos,
 Retorno ao Trabalho,
 Mudança de Função,
 Demissionais.

No auxílio do diagnóstico, o médico coordenador do PCMSO pode lançar mão de uma série de recursos, entre eles a elaboração de exames
complementares. Dentre os mais comuns podemos citar os laboratoriais, audiométricos, radiológicos, entre outros.

Do ponto de vista processual, quase tão importante quanto a elaboração dos diagnósticos, previdenciários muitos anos após o desligamento
do funcionário.

A NR 7 preconiza que os documentos, entre eles os prontuários médicos e o resultados dos exames complementares, sejam guardados por um
período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do colaborador.

MAPA DE RISCOS

O que é?

Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa,
podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.

Para que serve?

 Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes na empresa;
 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;
 Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua
participação nas atividades de prevenção;

Como são elaborados os mapas?

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de
segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente;
 Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos ambientais;
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos;
 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;
 O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
 A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo)
que deve ser anotada também dentro do círculo;
 Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em
partes, pintando-as com a cor correspondente ao risco;
 Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de
forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

NR 06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

Conceito

Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador,
destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Por que usar o EPI?

EPI são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador, reduzindo os riscos
encontrados.

Responsabilidades:

É obrigação do empregador:

 Fornecer os EPI adequados ao trabalho


 Instruir e treinar quanto ao uso dos EPI
 Fiscalizar e exigir o uso dos EPI
 Repor os EPI danificados

É obrigação do trabalhador:

 Usar adequadamente para o risco a que se destina, higienização e conservação do EPI.

O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido por justa causa.

É recomendado que o fornecimento e o treinamento de EPI sejam registrados através de documentação apropriada para eventuais
esclarecimentos em causas trabalhistas.

Lavagem e manutenção:

Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente, para assegurar maior vida útil. Os EPI devem ser mantidos
separados das roupas da família.

Importante:

Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou importador, e o numero do
CA (Certificado de Aprovação).

Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado.

O empregador poderá responder na área criminal ou civil, além de ser multado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Como implantar o uso de um EPI.

A implantação do uso de um EPI nem sempre é fácil, podendo haver resistência por parte dos trabalhadores, pelos motivos que já foram
apresentados.

Não é rara a existência de situações em que os trabalhadores, reivindicam o fornecimento de EPIs. A CIPA e o SESMT tomam providências para
a sua compra, mas no final os próprios trabalhadores acabam não aceitando ou não usando o EPI por causa do incômodo e desconforto.

Conceito:

Equipamentos de Proteção Coletiva, ou EPC, são equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um
grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade. O Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) deve ser usado
prioriamente ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Tipos de EPC:

 Extintores de Incêndios,
 Sinalização de segurança,
 Fitas antes derrapantes,
 Kit de primeiros socorros,
 Corrimão guarda- corpos,
 Sensores em máquinas,
 Exaustores no ambiente de trabalho, entre outros.

NR 23 – PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

O Fogo – Processos de extinção

Conceito:

O fogo é uma manifestação de combustão rápida com emissão de luz e calor.

O fogo é constituído por três entidades distintas, que compõem o chamado "Triângulo do Fogo". São eles o combustível (aquilo que queima
como a madeira), o comburente (entidade que permite a queima, como o oxigênio) e o calor. Sem uma ou mais dessas entidades, não pode
haver fogo.

Fundamento Químico:

Chama-se de fogo ao resultado de um processo exotérmico de oxidação. Geralmente, um composto orgânico, como o papel, a madeira,
plásticos, gás de hidrocarbonetos, gasolina e outros susceptíveis a oxidação, em contato com uma substância comburente, como o oxigênio do
ar, por exemplo, ao atingirem a energia de ativação, também conhecida como temperatura de ignição entra em combustão. A energia para
inflamar o combustível pode ser fornecida através de uma faísca ou de uma chama. Iniciada a reação de oxidação, também denominada
combustão ou queima, o calor desprendido pela reação mantém o processo em atividade.

O fogo tem início e irá durar se houver suprimento contínuo de um combustível, de calor e de um comburente (oxigênio). O calor de ignição
necessário para se iniciar o fogo, na prática é dado por uma fonte de calor como uma faísca, um fósforo, um raio, etc. Na falta de pelo menos
um dos componentes, didaticamente descritos no triangulo do fogo o fogo não se inicia, ou se estiver aceso, se apaga.

Com efeito, pode-se extinguir o fogo retirando-se o calor, por resfriamento (jogando-se água, que faz com que o fogo perca calor) ou
removendo-se o oxigênio (usando-se CO2 ou abafando-se o fogo) ou ainda retirando-se o combustível (madeira, gasolina, gás, etc).

Triângulo do Fogo

Os produtos da combustão (principalmente vapor de água e gás carbônico), em altas temperaturas pelo calor desprendido pela reação,
emitem luz visível. O resultado é uma mistura de gases incandescentes emitindo energia.

A isto se denomina chama ou fogo. O fogo não é, portanto nem sólido, liquido ou gasoso, é energia. A
composição dos gases que se desprendem, assim como a sua temperatura e disponibilidade do comburente,
determina a cor da chama. No caso da combustão de madeira ou papel a chama é roxa, amarela ou alaranjada.
Na queima de gases de hidrocarbonetos obtém uma chama azulada, e cores exóticas são obtidas quando são
queimadas substâncias que contém elementos metálicos.
A cor do fogo é também usada para estimar a temperatura de auto fornos industriais, uma vez que a temperatura do fogo também varia de
acordo com a cor da chama. Deve-se considerar aqui que há então vários fatores, entre eles o tipo de combustível e a temperatura do fogo
que fazem o fogo ter determinada cor.

Classes de Fogo

Classe de Fogo é uma classificação do tipo de fogo, de acordo com o tipo de material combustível onde ocorre. As classes de fogo são as
seguintes:

• Classe A

Denomina-se Fogo Classe A quando ele ocorre em materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua
superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.

• Classe B

Denomina-se Fogo Classe B quando o fogo ocorre em produtos inflamáveis que queimem somente em sua superfície, não
deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.

• Classe C

Denomina-se Fogo Classe C quando o fogo ocorre em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores,
quadros de distribuição, fios, etc.

• Classe D

Denomina-se Fogo Classe D quando o fogo ocorre em elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio, entre outros.

Tipos de extintores

Água Pó químico seco Espuma Pó químico seco

NOÇÕES BÁSICAS DE ERGONOMIA

“Prevenir ainda é o melhor remédio” Ergo – Trabalho

Termo ergonomia: Nomos - Regras

“Palavra de origem grega”

Conceitos – Ergonomia:

(Aurélio)

“Conjunto de estudos que visa a organização metódica do trabalho, em função do fim proposto e das relações entre o homem e a máquina”.

(Meister- 1998)

“Ergonomia é a ciência que objetiva adaptar o trabalho ao trabalhador e o produto ao usuário”.

“É o estudo do homem com seu trabalho, equipamento e meio ambiente para que exista maior
produtividade com menor prejuízo físico e mental”.

História:

Pré-história –Homem primitivo


(Desde os tempos do Homem das Cavernas, a ergonomia já existia e era aplicada).

Império Romano- Problemas na coluna dos carregadores de pedra; trabalho destinado aos escravos.

Idade Média – Interesse por fatores ambientais (natureza).

Renascimento – Desmaio nas minas (Calor) / Distúrbios visuais (Precisão visual com pouca iluminação); Ruídos.

Revolução Industrial

Modificação na execução do trabalho

Trabalho artesanal – Trabalho mecanizado

Jornadas excessivas, trabalho infantil, mão-de-obra pouco especializada

Produção x Produção x Produção

1970 - Primeiros postos de trabalho com computador.

1986 - Diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre digitadores, os diretores da área de saúde do Sindicato dos
Empregados em Empresa de Processamento de Dados no Estado de São Paulo – fizeram contato com a Delegacia Regional do Trabalho,
buscando recursos para prevenir as referidas lesões. Fatores detectados: pagamento de prêmios de produção, a ausência de pausas, a prática
de horas-extras e a dupla jornada de trabalho, dentre outros.

1989 - Seminário em SP, foi decidido que não deveria ser elaborada uma norma apenas para os profissionais em processamento de dados, pois
as LER eram observadas também em várias outras atividades profissionais.

1990 - Nascimento da NR17

Conjunto de normas que regulamenta a utilização de materiais e mobiliário ergonômico, condições ambientais, jornada de trabalho, pausas,
folgas e normas de produção no Brasil. Esta norma foi estabelecida em 23 de novembro de 1990 pelo Ministério do Trabalho e Previdência
Social.

LER / DORT – MADRINHA DA ERGONOMIA

LER – Lesão por Esforço Repetitivo

DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

Nos últimos anos é considerada a principal causa de doenças do trabalho no Brasil

“A cada 100 trabalhadores na região Sudeste do Brasil, um é portador de LER, de acordo com a Organização Mundial de Saúde”.

O termo LER gerou complicações no meio médico:

 Diferentes diagnósticos para LER;


 Repetitividade é apenas 1 dos fatores de causa;
 O Brasil, por recomendação da previdência social, modifica o termo LER para DORT

Distúrbio na fase precoce (fadiga, peso, dolorimento)

Lesões na fase mais tardia (fraqueza, dificuldades de movimentação,...)

Conceito LER/DORT

São disfunções e/ou lesões do sistema osteomuscular, relacionadas ao trabalho, por sobrecarga física e/ou emocional e/ou cognitiva, devido
aos múltiplos fatores causais, tais como: sociais, administrativos, organizacionais, ambientais, psicológicos e biomecânicos.

Fatores causais primários:

1 - Força, 2 – Repetitividade, 3 – Posturas ruins e inadequadas, 4 – Compressão mecânica

Fatores causais secundários:


• Vibração Sinais e sintomas:
• Frio (vasoconstricção)
• Tensão no trabalho • Dor
• Desprazer • Edema
• Traumatismos anteriores • Choques
• Atividades anteriores ou extra- • Perda de força
profissionais • Câimbras
• Perfil psicológico (pessoas negativas) • Dormência e formigamento
• Dificuldade de dormir

Mitos e enganos

“LER – Doença grave, incapacitante e progressiva”.

 As LER não são graves – a maioria é totalmente curável, desde que diagnosticada precocemente.
 Apenas 1/3 dos casos são de origem ocupacional.

Trinômio da Ergonomia
CONFORTO
Tipos de Ergonomia

 ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO - interfere amplamente no projeto do posto de trabalho,


EFICIÊNCIA SEGURANÇA do instrumento, da máquina ou do sistema de produção, organização do trabalho e
formação de pessoal.
 ERGONOMIA DE CORREÇÃO - atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho.
 ERGONOMIA DE CONCIENTIZAÇÃO - realização de treinamento, palestras, cursos de aprimoramento e atualização constante que é
possível educar o funcionário acerca dos meios de trabalho menos prejudiciais para a sua saúde individual e, ao mesmo tempo,
mostrar-lhe todos os benefícios das propostas ergonômicas para a saúde da coletividade.

Análise Ergonômica do Trabalho (AET)

 Biomecânica dos Movimentos


 Iluminação/Ruído/Temperatura
 Maquinário/Ferramentas de Trabalho/ Equipamentos
 Transporte Manual de Cargas
 Ambiente de Trabalho

OBS: POSSUI VALIDADE O LAUDO ERGONÔMICO?


Coluna Vertebral
COLUNA VERTEBRAL E POSTURAS CORRETAS

 Dores na coluna – uma das maiores causas de absenteísmo médico


prolongado e de sofrimento humano.
 Incidência – De cada 100 pessoas – 50 a 70 irão apresentar lombalgia em
alguma fase da vida. (Couto, Hudson – 1995)
Problemas posturais causados pela má postura

Principais doenças relacionadas às LER/DORT:

 Tendinites  Síndrome do Túnel do Carpo


 Epicondilite
 L
o
m
b
a
l
g
i
as/

Cervicalgias
Adaptando seu posto de trabalho...
Apoio para os pés...

Nem todos precisam! Como


saber se devo usar?

QUALIDADE DE VIDA

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Qualidade


de Vida é um conjunto de percepções individuais de vida no
contexto dos sistemas de cultura e de valores em que vivemos,
e em relação as nossas metas, expectativas, padrões e

preocupações.

• É um balanço entre a Saúde Física, Emocional, Intelectual,


Meio Ambiente, Social e Espiritual

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)

O propósito de um programa de QVT é encorajar e apoiar hábitos e estilos


de vida que
promovam saúde e
bem estar entre
todos os

colaboradores durante toda a sua vida profissional, conscientizando sobre


como sua saúde está diretamente relacionada à sua qualidade e
produtividade.
Nunca= absolutamente não faz parte do seu estilo de vida;

Às Vezes= às vezes corresponde ao seu comportamento;

Quase sempre= quase sempre verdadeiro no seu comportamento;

Sempre= a afirmação é sempre verdadeira no seu dia-a-dia; faz


parte do seu estilo de vida.

 NUNCA: não pinte nenhuma parte da estrela.

 ÀS VEZES: você deve pintar a parte mais interna da

estrela.

 QUASE SEMPRE: pinte a parte interna e a parte do

meio,

 SEMPRE: pinte a parte interna, a do meio e a externa.

GINÁSTICA LABORAL
A Ginástica laboral é o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados no
ambiente de trabalho, com a finalidade de exercitar e colocar previamente
cada pessoa — e todos — da equipe ou grupo de trabalho bem preparadas
para o exercício do labor diário. Usualmente baseia-se em técnicas de
Alongamento e Exercícios no local de trabalho alongamento, fortalecimento e relaxamento, distribuídas pelas várias partes
do corpo, dos membros, passando pelo tronco, à cabeça, sendo, de ordinário,
orientada ou supervisionada por um Profissional de Educação Física ou
Fisioterapeuta. Tudo isso para um melhor aproveitamento do funcionário.

Tipos de Ginástica Laboral:

Proporciona bem estar dos colaboradores e produtividade aos A ginástica laboral pode ser realizada no início (preparatória), durante
empregadores (compensatória) e após o trabalho(relaxamento).

Benefícios:

• Favorece a integração com o grupo


• Corrige vícios posturais
• Melhora a disposição ao trabalho
• Diminui os níveis de estresse
• Melhora a concentração
• Reduz patologias e casos de LER/DORT
• Diminui o Sedentarismo
• Prevenção das doenças profissionais

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

NR 07 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO)

(Item 7.5) Dos primeiros socorros.

(Item 7.5.1) Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse
material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.

Atendimento Pré-Hospitalar (APH)

TRATAMENTO IMEDIATO E PROVISÓRIO MINISTRADO A UM ACIDENTADO OU DOENTE, GERALMENTE NO PRÓPRIO LOCAL, PARA GARANTIR
SUA VIDA E EVITAR AGRAVAMENTO DAS LESÕES.
Procedimentos nas emergências • usar técnicas para cessar hemorragia,
• providenciar transporte.
 Efetuar avaliação inicial da vítima,
 Indicar suas condições e determinar acionamento dos HEMORRAGIAS NASAL
órgãos de atendimento,
 sentar a vítima,
Acionar atendimento de emergência:  apertar com os dedos a narina, fazendo a vítima respirar
pela boca,
 Bombeiro - 193
 colocar um chumaço de algodão na narina,
 SAMU - 192
 colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto,
Transmitir:  não assoar nariz pelo menos 1 hora após cessar
sangramento.
• Tipo de emergência clínica ou traumática,
HEMORRAGIA EXTERNA
• Idade, sexo e situação atual da vítima,
• Localização: endereço completo e ponto de referência, • pressão direta,
• Telefone para contato, • elevação dos membros,
• Necessidade de apoio adicional, • pontos de pressão arterial,
• Acionar responsáveis, • torniquetes
• Executar medidas iniciais de socorro.
Como fazer?
Dez mandamentos do socorrista Usar panos resistentes e largos acima do ferimento
1. Manter a calma. Nunca usar arame, corda, barbante ou outros materiais muito
2. Ter ordem de segurança. finos
3. Verificar riscos no local.
4. Manter o bom senso. Desapertar gradualmente a cada 10 a 15 minutos ou quando notar
5. Ter espírito de liderança. extremidades frias ou arroxeadas
6. Distribuir tarefas.
7. Evitar atitudes intempestivas. Não tirar do lugar caso pare a hemorragia
8. Dar assistência a vítima que corre o maior risco de vida.
DESMAIO
9. Seja socorrista e não herói.
10. Pedir auxílio: telefonar para atendimento de urgência.  deitar a vítima com a cabeça e ombros mais baixo que o
resto do corpo,
FERIMENTOS
 se sentada, posicionar a cabeça entre as pernas e
Leves e/ou superficiais pressionar para baixo,
 colocar a vítima em ambiente arejado,
 lavar o ferimento com água e sabão,  afrouxar a roupa da vítima.
 proteger o ferimento com gaze ou pano limpo,
CONVULSÃO
 não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal
do ferimento, • Não segure a vítima,
 não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante. • Não dê tapas,
• Não jogue água sobre a vítima,
Extensos e/ou profundos • Afastar objetos ao redor,
• Afastar os curiosos,
• cobrir o ferimento com pano limpo,
• Proteger a cabeça,
• não lavar para não aumentar o risco de hemorragia, • Afrouxar as roupas,
• não remover objetos fixados no ferimento,
• Terminada a convulsão, solicitar transporte.

QUEIMADURAS 2º Grau

Lesão decorrente da ação do calor, frio, produtos químicos, • Lesão das camadas mais profundas da pele - formação
corrente elétrica, radiações e substâncias biológicas (animais e de bolhas
plantas) • Desprendimento de camadas da pele,
• Dor e ardência locais de intensidade variável.
Classificação:
3º Grau
1º Grau
 Lesão de todas as camadas da pele,
 Lesão das camadas superficiais da pele - vermelhidão,  Comprometimento de tecidos, mais profundos até o
 Dor local suportável, osso
 Não há formação de bolhas.
Principais cuidados:
• Prevenir o estado de choque,  mantenha a vítima aquecida.
• Controlar a dor,  remova a vítima quando for absolutamente necessário e
• Evitar contaminação. a respiração voltar ao normal.

Atenção: Sinais:

 NÃO aplique óleos, loções ou outras substâncias em • INCONSCIÊNCIA


queimaduras externas, • PARADA DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS (ver, ouvir,
 NÃO retire nada aderido na queimadura, sentir)
 NÃO fure as bolhas, • AUSÊNCIA DE PULSAÇÃO
 NÃO toque na queimadura.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)
FRATURA (exposta ou fechada)
1 - Constatado inconsciência: solicitar atendimento de
• colocar a vítima em posição confortável, emergência.
• expor o local: cortar ou remover as roupas,
2 - Sequência de RCP C – A – B
• controlar hemorragias e cobrir feridas antes de
imobilizar, 3 - Frequência de compressão pelo menos 100/min, 30
• providenciar remoção da vítima, compressões para 2 respirações.
• para imobilização usar madeiras, tábuas, jornais,
revistas, panos, 4 - Profundidade de compressão pelo menos 5 cm.
• não fazer massagem no local,
• não amarrar no local da fratura, 5 - Vias aéreas- Elevação modificada da mandíbula (trauma)-
• não tentar colocar o osso “no lugar. Inclinar a cabeça e elevar o queixo (clinico).

LUXAÇÃO, ENTORSE E CONTUSÃO MANTER A CALMA! EVITAR O PÂNICO!

 Tratar como se houvesse fratura: AIDS E OUTRAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS


 imobilizar a área traumatizada,
 colocar compressa fria no local,  CANCRO MOLE
 não fazer massagem no local,  CANDIDÍASE
 providenciar transporte.  CONDILOMA
 GONORRÉIA
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO  GRANULOMA
 HEPATITE B
• Perguntar à vítima: Você consegue falar?
 TRICOMONÍASE
• Não consegue falar ou a tosse é ineficiente:
 HERPES
Aproxime-se por trás posicionando as mãos entre o umbigo e o  LINFOGRANULOMA
apêndice xifóide  SÍFILIS
 AIDS
Efetuar sucessivas compressões, para dentro e para cima até a
desobstrução. CANCRO MOLE
• Auto desobstrução: apoie o abdômen sobre o encosto Agente: bactéria Haemophilus ducreyi
de uma cadeira e comprima-o na tentativa de deslocar o corpo
estranho. Transmissão: sexo vaginal, anal ou oral.

PARADA RESPIRATÓRIA Ocorrência: 01 mulher para cada 20 homens.

Identificação: ver, ouvir e sentir. Sintomas: de 02 a 05 dias após o contágio acompanhado de dor
de cabeça, febre e prostração pequenas feridas e dolorosas,
 não espere ajuda – aja rápido. úlceras, nos genitais externos. As úlceras podem ser únicas ou
 verifique se há objeto obstruindo a boca ou garganta. múltiplas. As lesões apresentam fundo de aspecto "sujo", a parte
 afrouxe a roupa. central purulenta, amarelada, e as bordas irregulares
 inicie rapidamente a respiração.

CANDIDÍASE

Agente: Candida albicans (Microbiota)

Queda de imunidade, higiene pessoal ou distúrbios no organismos, levam ao aparecimento da doença, três a quatro dias após o contágio ou
no período pré-menstrual.

Transmissão: contato sexual, água contaminada e objetos contaminados.

Sintomas: corrimento branco, irritação e coceira.


Eritema e placas grumosas brancas na glande e no prepúcio, em parceiro de uma paciente com candidíase vulvo vaginal. Fatores ligados à
higiene pessoal influenciam casos como este, principalmente em homens de prepúcio redundante. Secreção branca e grumosa aderentes às
paredes da vagina com candidíase.

CONDILOMA (HPV)

Agente: Papiloma Vírus Humano (HPV)

Transmissão: via sexual e por contato.

Manifestação clássica: Pele dolorosa, pequenas verrugas rugosas nas zonas genitais, anais ou garganta.

Mulheres: na vulva, períneo, vagina e colo do útero, havendo quase sempre, concomitância de corrimento vaginal.

Homens: na glande, prepúcio e a bolsa escrotal

GONORRÉIA

Agente: bactéria Neisseria Gonorrhoeae

Transmissão: sexo vaginal, anal ou oral.

Sintomas: diferem na mulher e no homem, que apresenta quadro infeccioso mais aparente, caracterizado pela uretrite, que produz secreção
purulenta amarelo-esverdeada, pela manhã, provocando odor e ardor ao urinar.

Quando não tratada pode acometer próstata, vesículas seminais, epidídimos, pele, articulações, endocárdio, fígado, meninges.

Gonorréia complicada: edema no testículo, bolsa escrotal com volume aumentado.

Secreção purulenta na vulva

GRANULOMA

Agente: bactéria Callymatobacterium granulomatis.

Sintomas: lesão inicial indolor, na forma de vesículas endurecidas na pele dos órgãos genitais, as quais se rompem formando uma única úlcera,
que aumenta causando destruição dos tecidos.

Os casos não tratados, podem evoluir causando sérias complicações como ulceração estreitamento da uretra, vagina ou ânus.

TRICOMONÍASE

Agente: Parasita Trichomonas vaginalis,

Transmissão: relações sexuais ou por ambientes contaminados como banheiros e piscinas.

Nas mulheres: os sintomas são coceira intensa na vagina, corrimento amarelado de odor desagradável e ardor ao urinar.

O processo inflamatório intenso na vagina e no colo do útero pode facilitar a penetração do HIV no organismo.

Nos homens: geralmente, os sintomas podem ficar ocultos durante semanas ou aparecer na forma de pequena irritação no pênis e ardor ao
urinar.

HERPES

Agente: é o Herpes vírus II.

Transmissão: contato sexual.

Manifestação: Relacionada à queda das defesas imunológicas do organismo.

Sintomas: primeiramente prurido, fisgada e sensação de queimadura na pele dos genitais, que evoluem para lesões avermelhadas - pequenas
vesículas nos genitais ou anais que se tornam muito dolorosas, as quais cicatrizam-se em algumas semanas com ou sem tratamento.

LINFOGRANULOMA

Agente: bactéria Chlamydia trachomatis.

Transmissão: sexo vaginal com pessoa contaminada.

Sintomas: leve secreção matinal com aspecto de "clara de ovo", ardor ao urinar e às vezes alterações na freqüência urinária, seguida por lesão
genital transitória, única e indolor tipo erosão superficial, que cicatriza espontânea e rapidamente em mais ou menos três a quatro dias. Existe
fase aguda e crônica.
Nas mulheres: vagina, a vulva e, em alguns casos, o colo uterino,
“Cura”: Uso de anti-retrovirais
Nos homens: as lesões ocorrem na glande e no prepúcio, formando grandes

SÍFILIS

Doença de caráter sistêmico, causada pela bactéria Treponema pallidum.

É adquirida através do sexo vaginal, anal ou oral com pessoa contaminada, além de

Apresenta 03 fases:

Primária

Feridas indolores com bordas altas, nítidas e endurecidas, denominadas cancro


duro região genital, que também podem aparecer em outros locais do corpo desaparecendo com ou sem tratamento.

Secundária

Sintomas de febre, inflamação da garganta - faringite, gânglios em várias regiões do corpo, perda de cabelo, de peso, de apetite e erupções
cutâneas de aspecto avermelhado ou arroxeado, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, denominadas roséolas sifilíticas, bem
como lesões úmidas nas áreas genitais que são muito contagiosas.

Terciária

Aparecimento de doenças cardiovasculares, cerebrais e da medula espinhal, olhos, conduzindo a pessoa infectada a paralisias, insanidade,
cegueira e até mesmo a morte.

AIDS (SIDA)

O que é a doença

O que quer dizer a sigla

Quem causa a doença (HIV)

O caráter da doença (imunodeficiente)

Vírus implantado X doente

Como é detectada (anti-HIV através de Elisa, imunofluorescência e Wostern-Blot)

Como se pega AIDS

Quais os líquidos onde foi encontrado o HIV?

Sangue, saliva, leite, sêmen secreção vaginal e líquido cefalorraquidiano e fezes.

Quando o contato com os líquidos pode contaminar?

Sexo, amamentação, drogas.

Quais as formas mais comuns de contaminação?

Sexo, hemotransfusão, drogas.

A AIDS do adulto é diferente da criança?

A criança é mais suscetível a infecções bacterianas?

A criança recém nascidos deve ser amamentada pela mãe portadora?

ASPECTOS CLÍNICOS

Quais os aspectos clínicos da doença?

Queda na resistência física da pessoa, como infecções virais e bacterianas como candidíase, pneumonias, herpes.

Podemos reconhecer um portador da síndrome da imunodeficiência adquirida simplesmente pela fisionomia?


TRATAMENTO
HEPATITE B

Agente:HBV (vírus da hepatite B)

Transmissão: O vírus existe no sangue, saliva, sémen, secreções vaginais e leite materno de doentes ou portadores assintomáticos. Sua
transmissão pode ser realizada por contatos diretos com saliva, sangue e fluídos corporais (pequena quantidade).

Sinais e Sintomas: • fezes claras (cor de massa de vidraceiro).

• mal-estar generalizado, Principais complicações:


• dores de cabeça e no corpo,
• cansaço fácil,  Cirrose hepática,
• falta de apetite e náusea,  Câncer hepático (hepatocarcinoma).
• febre,
• Após, surgem tipicamente, Importante saber: O vírus da hepatite B é pelo menos 200
• coloração amarelada das mucosas e da pele (icterícia), vezes mais contagioso que o vírus da AIDS, cerca de 5% da
• coceira no corpo, população mundial será doente ou pelo menos será
• urina escura (cor de chá escuro ou coca-cola), portador do vírus, +- 400milhões de pessoas.

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