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Natal, RN
Natal, RN
Dez 2019
KÁSSIA LARISSA PINHEIRO DE LIMA
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Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em __/__/2019
COMISSÃO EXAMINADORA
_____________________________________________
Fernando José Volpi Eusébio de Oliveira (Orientador)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________
Patrícia Kaori Soares (Escola de Ciência e Tecnologia)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________
Maxwell Gomes da Silva (Mestre em Engenharia Química – UFRN)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Natal/RN
2019
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmão, meus principais incentivadores, pelo carinho e toda paciência nos dias
de trabalho duro e de nenhum bom humor.
À Deus pela coragem de retornar à Universidade e concluir mais tantas disciplinas que
exigiram mais que suor e empenho, mas perseverança.
À UFRN pela excelência em ensino e estimada infraestrutura que oferece aos seus alunos com
laboratórios e salas de ensino que são constantemente reformados e buscam atender da melhor
maneira seus alunos e pesquisadores.
À coordenação do curso de Química, seus funcionários e professores sempre dispostos a
ajudar os alunos e resolver seus problemas semestrais.
À empresa Starlux e seu diretor por receber estagiários periodicamente e ajudar a formar
engenheiros e químico com conhecimento prático de uma indústria que atua no estado.
Àos professores Fernando Volpi e Patrícia Kaori pela orientação deste trabalho e de tantos
outros durante esta graduação.
E ainda ao Maxwell Gomes da Silva pela participação da banca examinadora deste trabalho
de conclusão de curso.
SUMÁRIO
1. RESUMO .................................................................................................................................. 2
2. INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 3
3. OBJETIVOS.............................................................................................................................. 4
4. PLANO DE ATIVIDADES ....................................................................................................... 5
5. PRODUTOS SANEANTES ...................................................................................................... 5
6. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO ..................................................................................... 8
7. METODOLOGIA DO CONTROLE DE PRODUTOS SANEANTES...................................... 10
7.1. Fabricação........................................................................................................................ 10
7.2. Recebimento do produto no Controle de Qualidade .......................................................... 11
7.2.1. Avaliação organolépticas .............................................................................................. 11
7.2.2. Avaliação do pH........................................................................................................... 12
7.2.3. Avaliação de densidade ................................................................................................ 13
7.2.4. Avaliação de viscosidade cinemática ............................................................................ 14
7.4. Arquivamento de retém .................................................................................................... 16
7.5. Rotulagem........................................................................................................................ 17
7.6. Expedição ........................................................................................................................ 18
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................................. 19
9. CONCLUSÕES E SUGESTÕES FUTURAS........................................................................... 20
10. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 21
1. RESUMO
2
2. INTRODUÇÃO
3
3. OBJETIVOS
4
4. PLANO DE ATIVIDADES
Atividades
Set Out Nov Dez
Conhecimento geral da fábrica X
Acompanhar processo produtivo X x X x
Treinamento com o supervisor X x
Entregar relatório de atividade parcial 1 x
Acompanhar certificados de análise – X x
Anvisa
Realizar análises no controle de qualidade X x X x
Entregar relatório de atividade parcial 2 X
Produção de saneantes x X
Entregar Relatório Final x
Fonte: Própria da autora
5. PRODUTOS SANEANTES
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Figura 1 – Produtos desenvolvido na fábrica – Sabonete líquido Erva Doce
6
Figura 3 –Cera líquida
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➢ Odorizante de ambientes/Aromatizante de ambientes: é um produto que tem em sua
composição substâncias capazes de mascarar os odores desagradáveis. Na figura 6
estão ilustrados os odorizadores de ambientes Algas Marinhas.
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requisitos gerais que o fabricante do produto deve aplicar às operações de fabricação de
produtos de higiene de modo a garantir a qualidade e segurança dos mesmos.
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7. METODOLOGIA DO CONTROLE DE PRODUTOS SANEANTES
7.1. Fabricação
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A etapa de fabricação compreende a pesagem de insumos, manipulação de produtos
químicos e seguimento de formulações internas, adição de solvente e preparo. Elas seguem
o procedimento interno de fabricação sugeridas pelo químico responsável. Após a produção
em batelada, os produtos acabados são levados para análise no laboratório de controle.
Esta etapa compreende consiste na análise sensorial de observação visual e olfativa dos
produtos. Os critérios de avaliação são cor, odor, aspecto e uniformidade. Eles sempre são
comparados ao padrão dos produtos Starlux anteriores. A figura 9 abaixo exemplifica o
padrão de avaliação de aspecto físico de produtos seguindo o Manual Interno de Controle.
Os produtos então fabricados são avaliados com os padrões já produzidos anteriormente
respeitando aspectos de cores e de uniformidade. A análise sensorial é feita tanto no
laboratório, quanto na sala de fabricação.
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As etapas iniciais de aferição de cor, odor e aspecto contam com um estoque de padrão de
cores dos produtos (figura 9). Uma amostra do produto fabricado é levada para aferição de cor
na sala de pesagem onde existe um padrão de cores para aferição. Além deste, um outro estoque
padrão está sendo criado no laboratório fazendo-se assim as correlações. A etapa seguinte é a
observação de aspecto e uniformidade, ou seja, se a amostra apresenta separação de fases,
presença de sólidos no meio, ou aparência turva (odorizadores), bem como se o odor de cada
produto se apresenta conforme e dentro das margens internas desejadas. Portanto, essa etapa
demanda maior experiência e conhecimento do responsável pela análise e dos fabricadores.
Geralmente, o estagiário e os fabricadores trabalham juntos neste teste.
7.2.2. Avaliação do pH
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A partir da correlação do produto com as especificações internas de controle estes são
liberados para envase, ou retidos no laboratório de controle. A figura 10 exemplifica o
padrão de avaliação de pH dos produtos seguindo o Manual Interno de Controle Starlux.
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Figura 11 - Teste de densidade específica
Este teste corresponde a medida de viscosidade e para isso utiliza copo com orifícios
padronizados 2 e 4 que variam de 25 a 370 centistokes (unidade de viscosidade cinemática). O
Viscosímetro Copo Ford atende aos padrões das Normas ASTM D1200 e ABNT NBR5849,
sua fácil utilização destina-se a determinação da viscosidade cinemática, a 25ºC, de tintas,
vernizes, resinas e outros líquidos com propriedades newtonianas, de escoamento entre 20s a
100s, utilizando-se um de seus orifícios (BPF, Starlux 2017).
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A execução do ensaio baseia-se em selecionar o orifício adequado a partir do tipo de
produto a ser analisado (sabonetes líquidos, amaciantes e detergentes são lidos em copo orifício
4 e demais produtos no orifício 2). Em seguida a amostra deve ser perfeitamente
homogeneizada e no momento do ensaio, o viscosímetro e o material a ser ensaiado devem
estar a (25 +- 0,1)º C. O aparelho deve estar nivelado e então o orifício é manualmente fechado
e a amostra é inserida no copo até o nível padrão (100 ml). Qualquer excesso de amostra é
removido e então o cronometro é acionado simultaneamente a liberação da passagem do fluido
pelo orifício.
O tempo gasto para o escoamento do fluido deve ser anotado e conferido com as
especificações de cada produto. O ensaio é realizado em duplicatas, ou triplicatas e os
resultados não devem divergir em +- 3%. A conversão da viscosidade de segundos para mm²/s
segue uma tabela de expressões do manual interno (anexo II). As figuras 13, 14 e 15 ilustram
os viscosímetros copo Ford orifício 2, ensaio de viscosidade cinemática e copo Ford orifício 4
respectivamente.
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Figura 15 - Viscosímetro Copo Ford orifício 4
Após toda a análise físico-química das amostras, os produtos conformes são liberados para
os demais setores. Cabe então ao estagiário e aos responsáveis de cada setor a fiscalização do
trabalho bem executados atestando a qualidade, rastreabilidade e segurança dos produtos
juntamente com o químico responsável pela empresa.
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fábrica. o que garante a rastreabilidade da produção. Havendo-se a necessidade de
reavaliação este retém serve de amostra e as análises são feitas dentro deste período. A
figura 17 mostra a prateleira de parte dos reténs do ano 2018-2019 e as embalagens de
retém padrão. Este procedimento é requerido pela Anvisa e regulamentado pelos
procedimentos internos da Starlux.
Figura 17 - Prateleira de reténs 2018-2019 embalagem de reténs
7.5. Rotulagem
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7.6. Expedição
Uma vez que todas as etapas foram executadas corretamente e conferidas pelo controle de
qualidade e pelo setor de envase os produtos acabados são destinados à expedição. Nesta etapa
nem os produtos, nem os rótulos, nem as caixas devem ter pontos de inadequações. Todo o
processo produtivo acabou e os produtos são destinados aos consumidores finais. A figura 19
mostra o formato de estocagem da mercadoria dentro da fábrica.
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8. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre os resultados para a empresa pode-se destacar que os produtos que atingem
conformidade prevista na ordem de produção seguem para as etapas seguintes de envase,
rotulagem e expedição. Os que não atendem as especificações exigidas são então encaminhados
para o setor de fabricação para que o químico responsável direcione as correções as serem
feitas sempre que possível, e não comprometam a qualidade do produto.
Já entre os resultados pessoais, pode-se destacar a experiência adquirida na manipulação
dos produtos fabricados, dos testes de estabilidade feitos contemplando desde o aspecto físico
até a forma com que eles são encaixados e postos em expedição. Também foi possível aprender
sobre normas técnicas, legislação brasileira, controle de ordens de produção, controle de
estoque, fabricação, envase e rotulagem de produtos e análises técnicas de controle de
qualidade. Além disso, as atividades desenvolvidas sobressaíram ao plano de atividades
previsto. Desta forma, o período de estágio supervisionado foi uma experiência positiva no fim
do curso de graduação da modalidade bacharelado pois apresentou situação reais, com
problemas e soluções reais agregando conhecimento e não apenas carga horária, no currículo
acadêmico.
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9. CONCLUSÕES E SUGESTÕES FUTURAS
Além disso, como sugestão de atividades futuras estão o emprego da melhoria continuada
no ambiente industrial (conceito da ISO 9001), melhorias estruturais como a aquisição de
equipamentos de envase e rotulagem automáticos (substituindo em parte o volume de trabalho
manual), implantação de uma estação de tratamento de efluentes (já em projeto) e o
investimento em capacitação do pessoal com palestras e treinamentos incentivadores do
conceito “mentalidade de dono” e química verde tão necessário na atualidade em qualquer
indústria.
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10. REFERÊNCIAS
BRASIL, 2007. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, Saneantes,
Legislação, RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 14, DE 14 DE FEVEREIRO
DE 2007. Aprova o Regulamento Técnico para Produtos Saneantes com Ação Antimicrobiana
harmonizado no âmbito do Mercosul através da Resolução GMC nº 50/06, que consta em anexo à
presente Resolução. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a450e9004ba03d47b973bbaf8fded4db/RDC+14_2007.
pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em 18 de setembro 2019.
BRASIL ,2008. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Saneantes,
Legislação, RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 40, DE 5 DE JUNHO DE 2008.
Aprova o regulamento técnico para os produtos de limpeza e afins. Disponível em
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_40_2008.pdf/0dbd3b90-7406-4735-
b5d7-b7dbdfb7f666 > Acesso em 18 de setembro de 2019.
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ANEXOS
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ANEXO II – Tabela de conversão de segundos para mm²/s é dada pelas expressões:
Orifício nº 2 = 1,44 (t - 18,0)
Orifício nº 5 = 12,1 (t - 2,00)
Orifício nº 3 = 2,31 (t - 6,58)
Orifício nº 6 = 14,92t - 15,56
Orifício nº 4 = 3,85 (t - 4,49)
Orifício nº 8 = 31,40t - 40,14
Onde: t = tempo expresso em segundos e 1mm²/s = CST.
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