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EAD

Tecnologia, Informática
e Geometria

5
1. OBJETIVOS
• Aplicar, de forma reflexiva, as novas tecnologias no ensino e
na aprendizagem de conceitos matemáticos e geométricos.
• Elaborar uma metodologia baseada na utilização cons-
ciente da tecnologia no trabalho docente.

2. CONTEÚDOS
• Novas tecnologias e a informática na educação.
• Conhecendo o software GeoGebra por meio de ativida-
des geométricas.

3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE


Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que
você leia as orientações a seguir:
150 © Metodologia do Ensino da Geometria

1) No decorrer do estudo desta unidade é importante que


você leia e analise com atenção os conteúdos e exem-
plos disponíveis, pois eles facilitam o entendimento dos
conceitos e teorias relacionados.

4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
O progresso e o aperfeiçoamento da Matemática estão intimamen-
te ligados com a prosperidade da sociedade.
Napoleão

Os avanços da ciência e da tecnologia pressupõem mudan-


ças e novas concepções de mundo. Desse mundo, em mudanças e
transformações constantes, decorre uma sociedade que pode ser
caracterizada como a sociedade do conhecimento, na qual as ino-
vações e as informações são processadas de uma maneira rápida e
contínua.
Nesse contexto, torna-se necessária a formulação imediata
de uma ação educativa coerente, que priorize a formação reflexiva
e consciente dos educadores. Formação que, como vimos nas uni-
dades anteriores, é essencial para a compreensão da Geometria.
Assim, devemos nos posicionar de forma crítica ao postular
que se tornam imprescindíveis à introdução e à utilização reflexiva
e consciente da tecnologia na educação, especificamente de com-
putadores e especialmente nas escolas públicas. Isso porque, se
seus alunos não usufruírem desse novo recurso tecnológico, que
permeia alguns segmentos da sociedade, não terão, quem sabe,
oportunidade de vivenciá-lo fora do contexto escolar.
É preciso, também, fornecer subsídios teórico-metodológi-
cos para a elaboração de uma metodologia alternativa baseada
na utilização consciente da tecnologia no trabalho docente, contri-
buindo para um possível redimensionamento no processo de for-
mação de professores e no processo de exploração e construção
de conceitos matemáticos.
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Iremos estudar, nesta unidade, como as novas tecnologias


podem ser instrumentos facilitadores no ensino e na aprendiza-
gem de conceitos matemáticos e geométricos.

5. NOVAS TECNOLOGIAS E A INFORMÁTICA NA EDU-


CAÇÃO
O que é tecnologia?
De acordo com o dicionário Michaelis (2011), "é a teoria
geral e os estudos especializados sobre os procedimentos, instru-
mentos e objetos próprios de qualquer técnica, arte ou ofício; téc-
nica moderna e sofisticada".
Tecnologia é o estudo das técnicas, isto é, da maneira corre-
ta de executar qualquer tarefa. A história da tecnologia é a história
milenar dos esforços do homem para dominar, em seu proveito,
o ambiente material. Durante milênios, o progresso tecnológico
realizou-se à custa de experiências empíricas e de erros (Figura 1),
podendo-se afirmar que, somente a partir de fins do século 18, a
tecnologia tornou-se ciência aplicada.

Fonte: Arionauro, (2011).


Figura 1 Rato.

A tecnologia não consiste em um recurso a mais para os pro-


fessores motivarem as suas aulas, mas sobretudo, em um meio
poderoso que pode propiciar aos alunos novas formas de gerar e
disseminar o conhecimento e, consequentemente, proporcionar
uma formação condizente com os anseios da sociedade.

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Figura 2 Esqueci de salvar.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam para a intro-


dução da tecnologia na sala de aula. A utilização de computadores
e calculadoras gráficas oferece aos alunos e professores a oportuni-
dade de trabalhar a Geometria de uma forma dinâmica, de maneira
que permita a formulação de novos problemas (FRANT, 2006).
Segundo Borba (2001), atualmente tem-se enfatizado a im-
portância do uso da informática e das novas tecnologias em edu-
cação para preparar o jovem para o mercado de trabalho. Assim,
cada vez mais, as novas tecnologias e a informática interferem no
mercado de trabalho (Figura 3).
Borba (2001) argumenta, ainda, que o acesso à informática
deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e
particulares o estudante deve usufruir uma educação que inclua,
no mínimo, uma "alfabetização tecnológica".
É necessário, portanto, refletir sobre uma formação cons-
ciente dos professores de Matemática em relação à compreensão,
domínio e utilização de ambientes computacionais propícios à ex-
ploração de conceitos matemáticos e geométricos.
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Figura 3 Ok, imprime!

Dessa maneira, tais reflexões possibilitam ao professor de


Matemática uma visão crítica de como a tecnologia pode ser in-
corporada e utilizada no contexto da sala de aula, para o desenvol-
vimento de conceitos matemáticos.
A estratégia metodológica utilizada na elaboração das ativida-
des geométricas baseia-se em tendências atuais sobre resolução de
problemas, que enfatiza a criação do conceito matemático e geomé-
trico por meio de um processo interativo de busca e investigação.
Outra dimensão importante refere-se ao papel do professor
no contexto tecnológico. Quando pensamos no trabalho com In-
formática Educativa, devemos levar em consideração que a rela-
ção entre o professor, o aluno e o conteúdo programático assume
uma forma diferente da forma tradicional de ensino. Temos uma
abordagem centrada no aluno, ao invés de no professor.
Por isso, torna-se imprescindível a criação e o desenvol-
vimento de atividades interativas de aprendizagem capazes de
propiciar a construção do conhecimento e a aplicação desse co-
nhecimento em outras atividades, gerando novos conhecimentos,
compatibilizados com as necessidades da vida diária dos alunos,
proporcionando-lhes dessa forma, um ensino de qualidade condi-
zente com os anseios da sociedade.

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154 © Metodologia do Ensino da Geometria

6. CONHECENDO O SOFTWARE GEOGEBRA POR MEIO


DE ATIVIDADES DE CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS
No âmago da Geometria, existe um imenso campo para a es-
colha de tarefas de natureza exploratória, investigativa e contextu-
alizada que podem ser desenvolvidas em sala de aula sem a neces-
sidade de um grande número de pré-requisitos, evitando-se uma
visão da Matemática e da Geometria centrada na execução de algo-
ritmos e em "receitas" para resolver exercícios padronizados.
Algumas atividades em Geometria conduzem à necessidade
de se formular e resolver problemas, fazer conjecturas, testá-las,
validá-las ou refutá-las, procurar generalizações, comunicar des-
cobertas e justificativas. Com isso, surgem oportunidades para se
discutir a importância das definições e para examinar suas conse-
quências na aprendizagem significativa.
Refletindo sobre o exposto anteriormente, vamos realizar
algumas atividades geométricas especialmente preparadas para você.
Nosso objetivo, é mostrar que um software, quando devida-
mente utilizado, torna-se uma ferramenta poderosa na formula-
ção e compreensão de conceitos matemáticos e geométricos.
Para realizar as atividades de construções geométricas pro-
postas a seguir, é preciso instalar em seu computador o software
GeoGebra, livre (freeware) para cópia e de fácil utilização, disponí-
vel em: <http://www.geogebra.org/cms/pt_BR/download>. Aces-
so em: 19 dez. 2011.
Lembre-se de que o seu computador deve ter a linguagem
Java instalada. Caso não consiga executar o programa Geogebra,
você deve baixar e instalar o Java Runtime Envorinment (JRE), dis-
ponível no site: <http://java.sun.com/j2se/1.4.2/download.html>.
Acesso em: 19 dez. 2011.
É necessário localizar alguns comandos importantes no sof-
tware GeoGebra. Assim, no ícone arquivo, você dispõe de coman-
dos que podem abrir uma nova janela, abrir um novo arquivo,
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gravar, gravar como, exportar, visualizar impressão e fechar, como


pode ser observado na Figura 4.

Figura 4 Janela do arquivo do software GeoGebra.

No ícone exibir, você dispõe de comandos como: mostrar e es-


conder eixos, habilitar ou desabilitar malha, janela de álgebra, plani-
lha, campo de entrada, lista de comandos, protocolo de construção,
barra de navegação para passos da construção, atualizar janelas e
recalcular todos os objetos, como mostra a Figura 5. Para esconder
ou mostrar os eixos, basta habilitar ou desabilitar o comando Eixos.

Figura 5 Janela exibir do software GeoGebra.

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No ícone opções, você dispõe de comandos de álgebra, pon-


tos sobre a malha, unidade de medida de ângulo, arredondamento,
continuidade, estilo de ponto, coordenadas, tamanho da caixa de
checagem, estilo do ângulo reto, rotular, tamanho da fonte, idioma,
janela de visualização, gravar configurações, entre outros, como
apresentado na Figura 6. Lembre-se de que o comando Rotular dis-
ponibiliza a visualização das letras e números na construção.

Figura 6 Janela de opções do software GeoGebra.

Nos ícones de comando da barra de ferramentas do software


GeoGebra estão disponibilizadas as opções de construções. Observe
a Figura 7. Se posicionarmos o ponteiro no ícone mover (primeiro
botão da barra de ferramentas), abre-se uma janela com vários ou-
tros comandos que podemos selecionar e utilizar de acordo com as
nossas necessidades de construção.
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Figura 7 Barra de ferramentas do software GeoGebra.

Observe na Figura 8 que, se selecionarmos o quarto botão


da barra de ferramentas, por exemplo, estaremos disponibilizando
os comandos: reta perpendicular, reta paralela, mediatriz, bisse-
triz, tangentes, reta polar ou diametral, reta de regressão linear e
lugar geométrico. Para utilizarmos um desses comandos de cons-
trução basta clicar sobre o que se deseja utilizar.

Figura 8 Área de trabalho do software GeoGebra.

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Depois de conhecermos alguns comandos e também a barra de


ferramentas do software GeoGebra, vamos explorar conceitos elemen-
tares de Geometria Euclidiana abordados no Ensino Fundamental I.
Não se preocupe em memorizar os comandos, pois iremos
realizar as atividades passo a passo, o que facilitará o entendimen-
to e a localização dos comandos necessários para a realização das
construções geométricas. Portanto, a atividade direcionada a se-
guir auxiliará você na familiarização com o software GeoGebra por
meio de construções que apresentam suas diferentes aplicações.
O objetivo é proporcionar aos alunos a compreensão dos
conceitos geométricos de ponto, reta, retas paralelas e perpendi-
culares, semirreta, segmentos, ângulos e polígonos.
Após instalar o GeoGebra em seu computador, abra uma área
de trabalho e acompanhe os procedimentos indicados na Figura 9.

Figura 9 Área de trabalho do software GeoGebra.

Antes de iniciarmos os procedimentos de construção, certifi-


que-se de que o comando Rotular para todos os objetos novos está
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selecionado. Para isso, selecione na barra de ferramentas o ícone


Opções, depois Rotular e, em seguida, Para todos os objetos novos.
1) Crie um ponto: ative a ferramenta Novo Ponto (segundo
botão da barra de ferramentas) e clique na posição desejada
da área de trabalho do aplicativo. Observe que você criou
um ponto A. Apague o ponto A construído. Selecione no dé-
cimo primeiro botão da barra de ferramentas o comando
Apagar Objeto . Em seguida, clique sobre o ponto A. Veja
que você apagou o objeto construído. Esse procedimento é
válido para qualquer objeto que se deseja apagar.
2) Crie retas: ative a ferramenta Reta definida por dois
pontos (terceiro botão da barra de ferramentas), cli-
que em um ponto qualquer da área de trabalho, arras-
te na direção desejada e clique novamente. Observe a
construção da reta AB. O deslocamento de um ponto no
espaço descreve uma reta. Em desenho, quando a pon-
ta do lápis se desloca sobre o papel, representa a ima-
gem gráfica de uma reta. A reta tem uma só dimensão:
o comprimento. Em desenho geométrico, costuma-se
representá-la por letras correspondentes a dois ou mais
de seus pontos. A reta, juntamente com o ponto, a su-
perfície e o plano são conceitos primitivos da Geometria
e, por isso, não são definidos.
3) Apague a construção: ative a ferramenta Apagar objetos
(décimo primeiro botão da barra de ferramentas) e cli-
que sobre o objeto que deseja apagar.
4) Construa dois pontos distintos A e B. Selecione a ferramen-
ta Novo Ponto (segundo botão da barra de ferramen-
tas), clique na área de trabalho duas vezes em lugares dis-
tintos. Você construiu dois pontos A e B. Construa todas as
retas que passam por esses dois pontos distintos. Para isso,
selecione a ferramenta Reta definida por dois pontos
(terceiro botão da barra de ferramentas), clique no ponto
A e em seguida no ponto B. Quantas retas são definidas?
Resposta: O próprio aluno deverá responder a essa per-
gunta por meio da experimentação realizada na constru-

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160 © Metodologia do Ensino da Geometria

ção do objeto. No entanto, sabemos que por dois pontos


distintos passa uma única reta.
5) Construa três pontos . Construa todas as retas
que passam por esses três pontos. Quantas retas são
construídas e o que essas retas determinam?
Respostas: O próprio aluno deverá responder a essa per-
gunta por meio da experimentação realizada na cons-
trução do objeto. No entanto, sabemos que, por três
pontos distintos, passam três retas distintas que deter-
minam um único plano.
6) Construa quatro pontos . Construa todas as retas
que passam por esses quatro pontos. Quantas são?
Resposta: O próprio aluno deverá responder a essa pergun-
ta por meio da experimentação realizada na construção do
objeto. No entanto, sabemos que, por quatro pontos distin-
tos, passam uma única reta se todos os pontos estiverem
alinhados, passam quatro retas distintas, se três desses
pontos estiverem alinhados ou teremos seis retas distintas
se os quatro pontos não estiverem alinhados.
7) Construa uma reta . Em seguida, construa outra reta
que passa por um ponto da reta construída inicial-
mente. Essas retas recebem um nome especial. Você
sabe descrever qual é esse nome?
Resposta: Retas que se interceptam em um único ponto
recebem o nome de retas concorrentes.
8) Construa uma reta . Em seguida, clique no quarto botão
da barra de ferramentas e selecione retas paralelas . Cli-
que sobre a reta construída anteriormente e em qualquer
outro ponto da área de trabalho. Você construiu duas retas
paralelas distintas. Defina-as.
Resposta: Retas paralelas distintas são retas que não
possuem nenhum ponto em comum, ou seja, não se in-
terceptam.
9) Utilizando a construção anterior, clique no quarto botão da
barra de ferramentas e selecione reta perpendicular .
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Clique sobre um ponto qualquer (A, B, C...) das retas para-


lelas e, em seguida, em qualquer uma das retas paralelas.
Que nome recebe essa reta em relação às outras duas retas
paralelas construídas anteriormente?
Resposta: A reta construída recebe o nome de reta per-
pendicular e forma, com as outras retas interceptadas,
um ângulo reto, ou seja, um ângulo cuja medida é 90°.
Essa reta intercepta as outras duas retas (paralelas) em
um único ponto e, portanto, toda reta perpendicular
também é reta concorrente, mas nem toda reta concor-
rente é perpendicular. Retas que não são perpendicula-
res recebem o nome de retas oblíquas.
10) Construa uma semirreta: para isso, ative a ferramenta
semirreta definida por dois pontos (terceiro botão
da barra de ferramentas), clique em um ponto qualquer
da área de trabalho, arraste na direção desejada e clique
novamente. Você construiu uma semirreta (AB). Defina
semirreta.
Resposta: Se ao construirmos uma reta AB, infinita em
suas extremidades, e tomarmos o ponto A como origem
e seguirmos em direção e sentido ao ponto B até o infi-
nito, teremos construído uma semirreta AB (em verme-
lho), com origem em A e que passa por B até o infinito,
como pode ser observado na Figura 10. Assim, semirreta
é cada uma das partes em que fica dividida uma reta por
um dos seus pontos.

Figura 10 Semirreta.

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11) Construa dois pontos (você já fez isso anteriormente). Em


seguida, clique no terceiro botão da barra de ferramentas
e selecione segmento definido por dois pontos . Cli-
que no ponto A e em seguida no ponto B. Você construiu
um segmento de reta AB. Defina-o.
Resposta: Segmento de reta pode ser definido como a
fração de uma reta compreendida entre dois pontos des-
sa reta. Assim, um segmento de reta possui dois pontos
em suas extremidades e, portanto, é finito.
12) Construa um ponto qualquer . Em seguida, construa
duas semirretas com origem nesse ponto. Que nome
recebe essa construção? Que nome recebe o ponto A?
Que nome recebem as semirretas construídas?
Respostas: A construção anterior recebe o nome de
ângulo. Assim, ângulo é a região do plano limitada por
duas semirretas que têm a mesma origem. O ponto A
desse ângulo recebe o nome de vértice e as semirretas
recebem o nome de lados do ângulo. O espaço entre os
lados recebe o nome de abertura do ângulo.
13) Agora, a construção de polígonos. Para construir um po-
lígono, clique no quinto botão da barra de ferramentas
e selecione polígono . Em seguida, clique e arraste
o mouse para qualquer direção três vezes, fechando a
figura (retorne no ponto que começou). Qual o nome da
figura que você construiu? Qual o número de lados des-
sa figura? Quantos vértices essa figura possui?
Resposta: Antes, devemos definir polígono. Polígono é
uma porção do plano limitada por uma linha poligonal
fechada. Assim, quando construímos um polígono com
três linhas poligonais fechadas, estamos desenhando
um triângulo que é um polígono (figura plana) com três
lados, três ângulos, três vértices e nenhuma diagonal.
14) Utilizando o mesmo procedimento anterior, construa
uma figura de quatro lados. Que nome recebe essa fi-
gura? Qual o número de vértices dessa figura? Qual o
número de diagonais dessa figura?
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Respostas: Um polígono de quatro lados é um quadrilá-


tero. Um quadrilátero possui, também, quatro vértices,
quatro ângulos e duas diagonais.
15) Utilizando o mesmo procedimento anterior, construa
uma figura de cinco lados. Que nome recebe essa figu-
ra? Qual o número de vértices dessa figura?
Respostas: Um polígono de cinco lados é um pentágo-
no. Um pentágono possui cinco vértices, cinco ângulos
e cinco diagonais.
16) Utilizando o mesmo procedimento anterior, construa
uma figura de seis lados. Que nome recebe essa figura?
Qual o número de vértices dessa figura?
Resposta: Um polígono de seis lados é um hexágono. Um
hexágono possui seis vértices, seis ângulos e nove diagonais.
Para a próxima atividade, vamos construir dois triângulos
semelhantes. O objetivo é fornecer uma visão crítica de como a
tecnologia pode ser incorporada e utilizada no contexto da sala de
aula no desenvolvimento do conceito de semelhança de polígo-
nos. Nesse sentido, ao final da atividade, o aluno deverá ser capaz
de reconhecer polígonos semelhantes, identificar propriedades
inerentes e definir triângulos e figuras semelhantes.
A atividade direcionada a seguir auxiliará você na familiari-
zação com o software GeoGebra, por meio de construções geomé-
tricas que, passo a passo, apresentam suas diferentes aplicações.
Portanto, leia atentamente as orientações para a construção e res-
ponda às perguntas elaboradas no decorrer da atividade.
Antes de iniciarmos os procedimentos de construção, certi-
fique-se de que o comando Rotular para todos os objetos novos
está selecionado. Selecione na barra de ferramentas o ícone Op-
ções, depois Rotular e, em seguida, Para todos os objetos novos.
1) Para criar um ponto, ative a ferramenta PONTO (se-
gundo botão da barra de ferramentas) e clique em qual-
quer posição da área de trabalho do software. Observe
que você construiu o ponto A.

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2) Para criar uma reta: ative a ferramenta RETA (tercei-


ro botão da barra de ferramentas). Em seguida, clique
no ponto A e em qualquer ponto da área de trabalho.
Você observa o aparecimento de uma reta passando
pelo ponto A e por outro ponto B criado nesta reta. Você
criou a reta AB. Repita esse procedimento mais duas ve-
zes e construa duas retas distintas AC e AD.
3) Para criar um ponto médio: ative a ferramenta PONTO
MÉDIO (segundo botão da barra de ferramentas).
A seguir, clique no ponto A e em seguida no ponto B.
Observe que aparecerá entre esses dois pontos, um ter-
ceiro ponto E que é o ponto médio de AB. Repita esses
procedimentos para obter os outros dois pontos médios
de AC (ponto F) e de AD (ponto G).
4) Para construir um triângulo: ative a ferramenta SEGMEN-
TO (terceiro botão da barra de ferramentas). Clique
no ponto B e, em seguida, no ponto C. Você construiu
o segmento BC. Repita esse procedimento para os seg-
mentos CD e DB. Faça o mesmo para obter os segmentos
EF, FG e GE e assim construir os triângulos BCD e EFG.
5) Para determinar a medida dos lados dos triângulos: ative
a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍME-
TRO (oitavo botão da barra de ferramentas). Em se-
guida, clique no ponto B e, depois, no ponto C. Observe
que aparecerá uma letra (d) com a medida correspon-
dente à medida do lado BC. Repita esse procedimento
para determinar a medida dos demais segmentos (la-
dos) CD, DB, EF, FG, GE.
6) O que você observa em relação à medida dos lados cor-
respondentes dos dois triângulos? Existe uma relação
entre essas medidas? Se existir, qual é essa relação?
Respostas: Os lados correspondentes ou homólogos são
proporcionais. A razão entre as medidas é de 2 para 1
(do maior em relação ao menor) ou de 1 para 2 (do me-
nor em relação ao maior). Portanto, o triângulo maior
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possui medidas duas vezes maiores que as medidas do


menor triângulo.
7) Para medir ângulos: ative a ferramenta ÂNGULO (oi-
tavo botão da barra de ferramentas). Em seguida clique
nos pontos BCD, nessa ordem. Observe que aparece a
marca do ângulo C (vértice) com sua respectiva medida.
Repita esse procedimento para todos os ângulos (CDB,
DBC, EFG, FGE, GEF) dos triângulos.
8) O que podemos afirmar em relação à medida dos ângulos
correspondentes dos dois triângulos? Existe uma relação
entre essas medidas? Se existir, qual é essa relação?
Respostas: Os ângulos correspondentes são congruentes
(mesma medida) e a relação entre eles é de 1 para 1 (1:1).
9) Para determinar a área dos triângulos: deve-se primeiro
construir um polígono sobre os triângulos. Para isso, ati-
ve a ferramenta POLÍGONO (quinto botão da barra
de ferramentas) e clique sobre os pontos BCDB, nessa
sequência, e depois sobre os pontos EFGE do outro tri-
ângulo. Para determinar a área do triângulo BCD selecio-
ne a ferramenta Área (oitavo botão da barra de fer-
ramentas) e clique sobre o polígono (triângulo). Observe
que aparecerá a medida da área desse triângulo. Repita
esse procedimento para determinar a medida da área
do triângulo EFG.
10) O que podemos afirmar em relação à medida das áreas
dos dois triângulos? Existe uma relação entre essas me-
didas? Se existir, qual é essa relação?
Respostas: As medidas das áreas dos triângulos estão
numa razão de 4 para 1 (do maior em relação ao menor),
ou seja, a razão entre as áreas é k2.
11) Veja que há excesso de informações (números, letras e
palavras) sobre a construção, o que dificulta a visualiza-
ção. Para melhorarmos a visualização das informações
mais relevantes, podemos esconder ou mostrar os rótu-
los (números, letras e palavras). Selecione a ferramenta

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166 © Metodologia do Ensino da Geometria

Exibir/Esconder rótulo (décimo primeiro botão da


barra de ferramentas) e clique sobre o rótulo que deseja
esconder ou mostrar.
12) Podemos também organizar as informações (rótulos).
Selecione a ferramenta Mover (primeiro botão da
barra de ferramentas) clique com o botão esquerdo do
mouse sobre o rótulo que deseja posicionar melhor, se-
gure e arraste o rótulo para a posição que desejar.
13) Para determinar o perímetro dos triângulos: basta sele-
cionar a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PE-
RÍMETRO (oitavo botão da barra de ferramentas) e
clicar sobre o triângulo BCD. Observe que aparecerá a pa-
lavra Perímetro BCD, seguida da medida do perímetro do
triângulo. Repita esse procedimento para o triângulo EFG.
14) O que é possível afirmar em relação à medida dos pe-
rímetros dos dois triângulos? Existe uma relação entre
essas medidas? Se existir, qual é essa relação?
Respostas: A medida do perímetro do triângulo BCD é o
dobro da medida do perímetro do triângulo EFG e, por-
tanto a relação entre suas medidas é de 2 para 1 (2:1).
Veja na Figura 11 como deve ficar a construção. Lembre-se
de que as medidas variam de acordo com a construção individual,
mas as relações entre as medidas devem ser as mesmas.

Figura 11 Construção de triângulos semelhantes com o software GeoGebra.


© U5 – Tecnologia, Informática e Geometria 167

Estudamos, na Unidade 1, que os matemáticos babilônicos


tinham conhecimento que todo ângulo inscrito numa semicircunfe-
rência (Figura 12) é um ângulo reto. Vamos realizar essa construção
geométrica no software GeoGebra e comprovar esse conhecimento.

Figura 12 Construção de um triângulo retângulo inscrito numa semicircunferência.

Abra uma área de trabalho do software GeoGebra e acom-


panhe as instruções a seguir para a construção geométrica.
Antes de iniciarmos os procedimentos de construção, cer-
tifique-se que o comando Rotular para todos os objetos novos
está selecionado. Para isso, selecione na barra de ferramentas o
ícone Opções, depois Rotular e em seguida Para todos os objetos
novos.
Construa figuras de acordo com as indicações e siga os pro-
cedimentos:
1) Circunferência: ative a ferramenta Círculo dado centro
e raio (sexto botão da barra de ferramentas). Clique
na área de trabalho. Observe que aparece uma caixa de
texto. Digite "raio 3". Você construiu uma circunferência
com centro no ponto A e raio 3.

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168 © Metodologia do Ensino da Geometria

2) Reta: ative a ferramenta reta definida por dois pontos


(terceiro botão da barra de ferramentas), clique so-
bre o centro da circunferência, solte, arraste e clique
novamente sobre a circunferência. Você construiu uma
reta que passa pelo centro da circunferência e a inter-
cepta em dois pontos, sendo um deles nomeado auto-
maticamente por B.
3) Ponto de intersecção: ative a ferramenta intersecção de
dois objetos (segundo botão da barra de ferramen-
tas). Clique na reta e em seguida na circunferência. Você
obteve os pontos de intersecção entre a reta e a circunfe-
rência e um deles foi nomeado automaticamente por D.
4) Ponto na circunferência: ative a ferramenta Novo ponto
(segundo botão da barra de ferramentas) e clique
sobre a circunferência. Observe o ponto sobre a circun-
ferência nomeado automaticamente por E.
5) Triângulo: Ative a ferramenta Polígono (quinto botão
da barra de ferramentas). Clique sobre o ponto D, depois
sobre o ponto E, em seguida sobre o ponto B e clique no-
vamente sobre o ponto E. Você construiu um triângulo
com vértices DEB sobre a circunferência.
6) Ângulo: para medir o ângulo E, ative a ferramenta ângu-
lo (oitavo botão da barra de ferramentas), clique no
ponto D, depois no ponto E, e para finalizar no ponto B.
Observe a medida do ângulo que é reto (90°).
7) Com o ponteiro Mover selecionado (primeiro botão
da barra de ferramentas), clique sobre o ponto E com o
botão esquerdo do mouse, segure e arraste esse ponto
sobre a circunferência. O que você observa em relação
ao ângulo E?
8) Com o ponteiro Mover selecionado (primeiro botão
da barra de ferramentas), clique sobre o ponto B com
o botão esquerdo do mouse, segure e movimente esse
ponto.
9) O que se observa em relação ao ângulo E?
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Resposta: Observa-se que o ângulo E continua sempre


um ângulo reto (90°) em qualquer ponto da circunferên-
cia em que estiver localizado o ponto E.
10) Por que isso acontece?
Resposta: Pela definição de ângulo inscrito, temos que
o ângulo inscrito correspondente ao arco definido na
circunferência é sempre a metade desse arco. Sendo as-
sim, temos definido um arco de 180° e, portanto, o ân-
gulo inscrito é a metade desse arco, ou seja, 90°.
Também, na Unidade 1, vimos que os pitagóricos interessa-
vam-se pelo problema de transformar a área de uma figura retilí-
nea em outra figura retilínea. Na Figura 13, temos a área do qua-
drilátero ABCD que é igual à área do pentágono AEFCD.

Figura 13 Figuras planas equivalentes.

Para realizar essa construção, abra uma área de trabalho do


software GeoGebra e acompanhe as instruções a seguir para a
construção geométrica.
Antes de iniciarmos os procedimentos de construção certifi-
que-se que o comando Rotular para todos os objetos novos está
selecionado. Para isso, selecione na barra de ferramentas o ícone
Opções, depois Rotular e, em seguida, Para todos os objetos novos.

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170 © Metodologia do Ensino da Geometria

1) Construa um quadrilátero. Ative a ferramenta Polígono


(quinto botão da barra de ferramentas) e clique em
quatro posições distintas da área de trabalho, construin-
do, assim, um quadrilátero como o da Figura 13 (lembre-
-se de fechar o ciclo). Se preferir pode esconder as letras
e legendas que desejar. Selecione a ferramenta Exibir/
Esconder Rótulo e clique sobre o rótulo que desejar
esconder. Na nossa construção, iremos esconder todos
os rótulos, com exceção dos rótulos ABCD, que definem
os vértices de nosso quadrilátero.
2) Determine a área desse quadrilátero. Ative a ferramenta
Área (oitavo botão da barra de ferramentas) e clique
sobre o polígono. Observe que aparecerá um rótulo in-
dicando a área desse quadrilátero. Se você selecionar a
ferramenta Mover e movimentar qualquer vértice
do polígono, você deverá observar que a medida da área
será alterada.
3) Construa uma reta que passa pelo vértice C do quadri-
látero e que intercepte o lado AB em qualquer ponto.
Ative a ferramenta Reta (terceiro botão da barra de
ferramentas), clique no ponto C e, em seguida, em qual-
quer posição da reta AB. Você construiu a reta CE.
4) Construa uma reta paralela à reta CE e que passa pelo
ponto B. Ative a ferramenta Reta paralela (quarto
botão da barra de ferramentas), clique no ponto B e, em
seguida na reta CE. Observe a reta paralela à reta CE.
5) Construa um ponto sobre essa reta. Selecione a ferramenta
Novo Ponto (segundo botão da barra de ferramentas) e
clique sobre a reta construída anteriormente. Observe que
esse ponto é nomeado automaticamente de ponto F.
6) Construa um pentágono equivalente ao quadrilátero. Ati-
ve a ferramenta Polígono (quinto botão da barra de
ferramentas), clique nos pontos F, C, D, A, E, F (para fechar
o ciclo). Você acaba de construir um pentágono de vérti-
ces FCDAE. Esconda os rótulos desse pentágono. Selecio-
ne a ferramenta Exibir/Esconder Rótulo e clique sobre
© U5 – Tecnologia, Informática e Geometria 171

o rótulo que desejar esconder. Na nossa construção, ire-


mos esconder todos os rótulos, com exceção dos rótulos
FCDAE que definem os vértices de nosso pentágono.
7) Determine a área desse pentágono. Ative a ferramenta
Área (oitavo botão da barra de ferramentas) e cli-
que sobre o polígono FCDAE. Observe que aparecerá um
rótulo indicando a área desse pentágono. O que você
observa em relação à medida da área do quadrilátero
ABCD e a medida da área do pentágono FCDAE? Por que
isso acontece?
Observe que, na construção, algumas letras e alguns números fi-
cam sobre as retas ou segmentos, dificultando a visualização. Para me-
lhorar a leitura desses números e letras (rótulos), podemos aumentá-
-los ou diminuí-los de tamanho ou posicioná-los melhor na figura.
Para posicioná-los melhor, selecione a ferramenta Mover
(primeiro botão da barra de ferramentas), clique e segure clicado
o mouse sobre o rótulo e posicione-o (arraste) onde quiser. Para
aumentar o seu tamanho, clique com o botão esquerdo do mouse
sobre o rótulo. Uma caixa de texto se abrirá. Nessa caixa de texto,
selecione propriedades, em seguida, texto. Aumente ou diminua o
tamanho da fonte como quiser e clique em fechar.
Podemos, também, esconder alguns rótulos. Selecione a fer-
ramenta Exibir/Esconder Rótulo (décimo primeiro botão da barra
de ferramentas) e clique sobre o rótulo que desejar esconder. Para
mostrá-lo novamente, repita o mesmo procedimento.
Para colorir a figura (polígono), selecione a ferramenta Polígono
(quinto botão da barra de ferramentas) e clique sobre os três vérti-
ces de cada triângulo. Você poderá mudar a cor do polígono, clican-
do com o botão direito do mouse sobre ele. Selecione propriedades,
depois em cor, para escolher a cor desejada, e em seguida em fechar.
Podemos explorar alguns conceitos, como segmentos pro-
porcionais, quarta proporcional e média proporcional, por meio
de construções geométricas. Vejamos alguns:

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172 © Metodologia do Ensino da Geometria

• Segmentos proporcionais: adotamos uma unidade qual-


quer para medir segmentos e dizemos que um dado seg-
mento contém um determinado número de vezes a uni-
dade utilizada.
A razão entre dois números indica quantas vezes um número
está contido no outro. É simbolizada pela letra K.

Propriedade fundamental das proporções: o produto dos ex-


4 6
tremos é igual ao produto dos meios: = ⇒ 4 ⋅ 3 = 6 ⋅ 3
2 3
AB EF
Quando trabalhamos com segmentos temos: = e
CD GH
lemos: AB está para CD assim como EF está para GH .

O segmento AB contém CD tantas vezes quantas o seg-


mento EF contém o segmento GH . Ou seja, eles apresentam
igualdade entre suas razões e, portanto, dizemos que esses seg-
mentos são proporcionais.
• Quarta proporcional: é o elemento que, com outros três,
colocados sob forma de razão, resulta numa proporção.
Observe: AB = EF ⇒ AB ⋅ x= CD ⋅ EF
CD x

A incógnita x é a quarta proporcional em relação aos três


segmentos dados.
Observe o exemplo a seguir:
© U5 – Tecnologia, Informática e Geometria 173

Dados os segmentos AB , BC e AD , encontre geometri-


camente o quarto segmento proporcional DE aos outros três na
AB AD
proporção indicada por = .
BC DE

Construa duas semirretas com uma abertura angular qual-


quer entre elas. Numa delas, marcamos, a partir do vértice A, con-
secutivamente, os elementos da primeira razão AB e BC .
Na outra semirreta, marcamos o primeiro elemento da segunda
razão AD . Em seguida, traçamos uma reta definida pelas extremi-
dades dos primeiros elementos (pontos) B e D. Paralelamente a essa
reta, traça-se outra, passando pela última extremidade da segunda
razão (ponto C) que determina uma reta que intercepta a semirreta
AD no ponto E, determinando o segmento ( DE ) correspondente à
quarta proporcional, cuja medida é 2,0cm, como mostra a Figura 14.
Observe que o processo de determinação da quarta propor-
cional é uma construção geométrica do Teorema de Tales.

Figura 14 Determinação geométrica da quarta proporcional.

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174 © Metodologia do Ensino da Geometria

Vamos agora realizar a construção da Figura 14 passo a pas-


so utilizando o software GeoGebra. Antes de iniciarmos os proce-
dimentos de construção certifique-se de que o comando Rotular
para todos os objetos novos está selecionado. Selecione, na bar-
ra de ferramentas, o ícone Opções, depois Rotular e, em seguida,
Para todos os objetos novos.
1) Trace uma semirreta qualquer. Selecione a ferramenta Se-
mirreta determinada por dois pontos (terceiro botão da
barra de ferramentas) e clique sobre a área de trabalho
duas vezes. Você observa a construção de uma semirreta
com os pontos A e B. Determine a distância entre esses
dois pontos. Selecione a ferramenta Distância, compri-
mento ou perímetro (oitavo botão da barra de ferramen-
tas), clique sobre o ponto A e, em seguida, sobre o ponto
B. Aparecerá uma medida que determina a distância en-
tre esses pontos. Selecione a ferramenta Mover (primeiro
botão da barra de ferramentas) clique sobre o ponto B e
arraste-o de modo a obter uma medida igual a 6cm.
2) Em seguida, construa um ponto sobre a semirreta AB.
Para isso, selecione a ferramenta Novo ponto (segundo
botão da barra de ferramentas) e clique além do ponto B
sobre a semirreta AB. Observe que obtivemos o ponto C.
Determine a distância entre esses dois pontos. Selecio-
ne a ferramenta Distância, comprimento ou perímetro
(oitavo botão da barra de ferramentas), clique sobre o
ponto B e, em seguida sobre o ponto C. Aparecerá uma
medida que determina a distância entre esses pontos.
Selecione a ferramenta Mover (primeiro botão da barra
de ferramentas), clique sobre o ponto C e arraste-o de
modo a obter uma medida igual a 3cm.
3) Trace outra semirreta com origem no ponto A obtendo
a semirreta AD. Selecione a ferramenta Semirreta de-
terminada por dois pontos (terceiro botão da barra de
ferramentas), clique sobre o ponto A e, a seguir, na área
de trabalho. Você observa a construção de uma semirre-
ta com os pontos A e D. Selecione a ferramenta Distân-
cia, comprimento ou perímetro (oitavo botão da barra
de ferramentas), clique sobre o ponto A e, em seguida,
© U5 – Tecnologia, Informática e Geometria 175

sobre o ponto D. Aparecerá uma medida que determina


a distância entre esses pontos. Selecione a ferramenta
Mover (primeiro botão da barra de ferramentas) clique
sobre o ponto D e arraste-o de modo a obter uma medi-
da igual a 4cm.
4) Na sequência, construa uma reta que passa pelos pon-
tos B e D. Selecione a ferramenta Reta definida por dois
pontos (terceiro botão da barra de ferramentas), clique
no ponto B e, em seguida no ponto D. Observe que você
construiu a reta BD.
5) Construa agora uma reta paralela à reta BD e que passe
pelo ponto C da semirreta AB. Selecione a ferramenta
Reta paralela (quarto botão da barra de ferramentas),
clique no ponto C e, em seguida, na reta BD. Obtenha o
ponto de intersecção entre essa reta e a semirreta AD.
Selecione a ferramenta Intersecção de dois objetos (se-
gundo botão da barra de ferramentas), clique na reta e,
em seguida, na semirreta. Observe a construção do pon-
to E, obtendo assim a reta CE e o segmento DE. Deter-
mine a medida do segmento DE. Selecione a ferramen-
ta Distância, comprimento ou perímetro (oitavo botão
da barra de ferramentas), clique sobre o ponto D e, em
seguida, sobre o ponto E. Aparecerá uma medida que
determina a distância entre esses pontos. Essa medida
equivale a 2cm, que corresponde à medida da quarta
proporcional.
Na construção, algumas letras e alguns números ficam sobre
as retas ou segmentos dificultando a visualização. Para melhorar
a leitura desses números e letras (rótulos), podemos aumentá-los
ou diminuí-los de tamanho ou posicioná-los melhor na figura.
Para posicioná-los melhor, selecione a ferramenta Mover
(primeiro botão da barra de ferramentas), clique e segure clicado
o mouse sobre o rótulo e posicione-o (arraste) onde quiser. Para
aumentar o seu tamanho, clique com o botão esquerdo do mouse
sobre o rótulo. Uma caixa de texto se abrirá. Nessa caixa de texto,
selecione propriedades, em seguida, texto. Aumente ou diminua o
tamanho da fonte como quiser e clique em fechar.

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176 © Metodologia do Ensino da Geometria

Podemos, também, esconder alguns rótulos. Selecione a fer-


ramenta Exibir/Esconder Rótulo (décimo primeiro botão da barra
de ferramentas) e clique sobre o rótulo que desejar esconder. Para
mostrá-lo novamente, repita o mesmo procedimento.
Para colorir a figura (polígono), clique na ferramenta Polígo-
no (quinto botão da barra de ferramentas) e clique sobre os três
vértices de cada triângulo. Você poderá mudar a cor do polígono.
Clique com o botão direito do mouse sobre o polígono, selecione
propriedades, depois em cor para escolher a cor desejada, e, em
seguida, em fechar.
• Média proporcional ou geométrica: Em uma proporção
entre dois segmentos, denomina-se média proporcional
ou média geométrica o valor encontrado para os meios,
que no caso são iguais. Observe o exemplo:
Determine a média geométrica entre os segmentos
AB x
AB = 5cm e BC = 4cm na razão indicada: = .
x BC
Traçamos uma reta auxiliar e nela marcamos consecutiva-
mente os segmentos dados. Em seguida, determinamos uma se-
micircunferência com extremidades nos pontos A e C. No ponto
( B ) comum aos segmentos, traçamos uma perpendicular que in-
terceptará o arco AC no ponto E. O segmento BE corresponde à
média geométrica (x) entre AB e CD , como pode ser observado
na Figura 15.
© U5 – Tecnologia, Informática e Geometria 177

Figura 15 Determinação da média geométrica entre dois segmentos.

A determinação da média geométrica é uma aplica-


ção prática das relações métricas em um triângulo retângulo:
h 2 = m × n ⇒ h = m ⋅ n , ou seja, com esse procedimento é possí-
vel determinar a raiz quadrada de um número qualquer por meio
de construção geométrica.

Figura 16 Relações métricas no triângulo retângulo.

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178 © Metodologia do Ensino da Geometria

Assim, no exemplo anterior, e de acordo com a Figura 16 an-


terior, se considerarmos as dimensões m = 5 e n = 4 temos que
h 2 =5 ⋅ 4 ⇒ h = 5 ⋅ 4 ⇒ h = 20 = 4, 47.
Vamos, agora, realizar a construção da Figura 15 passo a pas-
so utilizando o software GeoGebra. Antes de iniciarmos os pro-
cedimentos de construção certifique-se que o comando Rotular
para todos os objetos novos está selecionado. Acesse na barra de
ferramentas o ícone Opções, depois Rotular e, em seguida, o ícone
Para todos os objetos novos.
1) Trace uma reta suporte qualquer. Selecione a ferramenta
reta determinada por dois pontos (terceiro botão da barra
de ferramentas), e clique sobre a área de trabalho duas
vezes. Você observa a construção de uma reta com os
pontos A e B. Determine a distância entre esses dois pon-
tos. Selecione a ferramenta Distância, comprimento ou
perímetro (oitavo botão da barra de ferramentas), clique
sobre o ponto A e, em seguida, sobre o ponto B. Aparece-
rá uma medida que determina a distância entre esses dois
pontos. Selecione a ferramenta Mover (primeiro botão da
barra de ferramentas) clique sobre o ponto B e arraste-o
de modo a obter uma medida igual a 5cm.
2) Em seguida, construa um ponto sobre a reta AB. Selecio-
ne a ferramenta Novo ponto (segundo botão da barra de
ferramentas) e clique além do ponto B sobre a reta AB.
Observe que obtivemos o ponto C. Determine a distância
entre esses dois pontos. Selecione a ferramenta Distância,
comprimento ou perímetro (oitavo botão da barra de fer-
ramentas), clique sobre o ponto B e, em seguida, sobre o
ponto C. Aparecerá uma medida que determina a distância
entre esses pontos. Selecione a ferramenta Mover (primei-
ro botão da barra de ferramentas), clique sobre o ponto C e
arraste-o de modo a obter uma medida igual a 4cm.
3) Na sequência, construa uma reta perpendicular à reta
AB pelo ponto B. Assim, selecione a ferramenta Reta
Perpendicular (quarto botão da barra de ferramentas),
clique sobre o ponto B e, em seguida, na reta AB. Ob-
serve que você construiu a reta perpendicular à reta AB.
© U5 – Tecnologia, Informática e Geometria 179

4) Construa agora uma semicircunferência com extremida-


des nos pontos A e C. Selecione a ferramenta Semicírcu-
lo definido por dois pontos (sexto botão da barra de fer-
ramentas) e clique nos pontos A e C. Determine o ponto
de intersecção entre a semicircunferência e a reta per-
pendicular à reta AB e que passa pelo ponto B. Selecione
a ferramenta Intersecção entre dois objetos (segundo
botão da barra de ferramentas), clique na semicircunfe-
rência e, em seguida, na reta obtendo o ponto D.
5) Determine o comprimento do segmento BE. Para isso,
disponibilize a ferramenta Distância, comprimento ou pe-
rímetro (oitavo botão da barra de ferramentas), clique so-
bre o ponto B e, em seguida, sobre o ponto E. Aparecerá
uma medida que determina a distância entre esses dois
pontos. Esta medida é a Média proporcional ou geométri-
ca entre as medidas dos segmentos AB = 5cm e BC = 4cm.
Experimente movimentar o ponto A ou C e verifique o que
acontece.
Lembre-se de que podemos aumentar ou diminuir o tamanho
dos rótulos nas construções ou também posicioná-los onde quisermos.
Para posicioná-los melhor, selecione a ferramenta Mover (primeiro bo-
tão da barra de ferramentas), clique e segure clicado o mouse sobre o
rótulo e posicione-o (arraste) onde quiser. Para aumentar o seu tama-
nho, clique com o botão esquerdo do mouse sobre o rótulo. Uma caixa
de texto se abrirá. Nessa caixa de texto, selecione propriedades, depois
texto. Aumente ou diminua o tamanho da fonte como quiser, mude a
cor, a espessura do traçado etc. e, em seguida, clique em fechar.

7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Quantas retas podemos construir a partir de dois pontos? Justifique sua resposta.

2) Defina mediatriz de um segmento.

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180 © Metodologia do Ensino da Geometria

3) Defina bissetriz de um ângulo.

4) Defina segmentos proporcionais.

5) Defina semelhança de triângulos.

6) Classifique os triângulos quantos aos lados e ângulos.

7) Defina figuras equivalentes.

8. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final de Metodologia do Ensino da Geometria.
Com ela, você teve a oportunidade de conhecer, discutir e apro-
fundar questões relevantes na área do conhecimento e do apren-
dizado matemático e geométrico, o que ampliou um pouco mais
suas concepções sobre a Geometria. Desse processo, somaram-se
as sugestões de atividades práticas, ora criadas pelo autor, ora re-
tiradas e adaptadas de conceituados materiais e livros de apoio,
aos conceitos.
Na Unidade 1, realizamos um breve retrospecto histórico da
Geometria e conhecemos problemas geométricos que foram solucio-
nados com hábil inteligência. Vimos que algumas atividades em sala
de aula podem e devem ser inseridas de acordo com fatos históricos,
como por exemplo, a determinação da altura de um monumento ou
a largura de um rio. Realizamos, também, atividades geométricas de
exploração de conceitos utilizando a composição de figuras planas.
Na Unidade 2, conceituamos imagem, distinguimos campo
conceitual e figural em Geometria e assimilamos conceitos geo-
métricos que podem ser explorados pela manipulação, construção
e análise utilizando o Geoplano Computacional.
Com o estudo da Unidade 3 compreendemos que a teoria
desenvolvida por Van Hiele, pela observação em sala de aula, su-
gere que os alunos progridam por meio de uma sequência hie-
rárquica de cinco níveis de compreensão geométrica. Estudamos
© U5 – Tecnologia, Informática e Geometria 181

conceitos e conteúdos utilizando o Tangram e vimos que é preciso


que o aluno realize atividades mentais para que a aprendizagem
efetivamente aconteça e que o professor realize intervenções no
decorrer dessas atividades.
Na Unidade 4, estudamos algumas abordagens do ensino da
Geometria por meio de resolução de problemas e da utilização de
material didático que poderão incrementar sua prática pedagógica.
Nesta unidade, pudemos interagir por meio da utilização do
software GeoGebra na construção de figuras geométricas e na ex-
ploração de conceitos geométricos no decorrer das construções.
Assim, pudemos observar como as novas tecnologias são instru-
mentos facilitadores no ensino e na aprendizagem.
Esperamos que o estudo e a compreensão de Metodologia do
Ensino da Geometria tenham contribuído de maneira significativa
para o domínio de importantes conceitos, que lhe proporcionará coe-
rência e objetividade em seu raciocínio lógico e aumento significativo
de seus conhecimentos como futuro professor.

9. E-REFERÊNCIAS

Lista de figuras
Figura 1 Rato. Disponível em: <http://www.arionauro.com.br>. Acesso em: 11 dez. 2005.
Figura 2 Esqueci de salvar. Disponível em: <http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/
images/ed52humor.jpg>. Acesso em: 19 dez. 2011.
Figura 3 Ok, imprime! Disponível em: <http://blog.uncovering.org/archives/2007/09/a_
informatica_n.html>. Acesso em: 19 dez. 2011.

Sites pesquisados
ARIONAURO. Cartuns. Disponível em: <http://www.arionaurocartuns.com.br>. Acesso
em: 19 dez. 2011.
GEOGEBRA. Download. Disponível em: <http://www.geogebra.org/cms/pt_BR/
download>. Acesso em: 19 dez. 2011.

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BARRETO, R. G. Formação de professores, tecnologia e linguagem. São Paulo: Loyola,
2002.
BORBA, M. C. Informática e educação matemática. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica,
2001.
JOLY, M. C. R. A. A tecnologia no ensino: implicações para a aprendizagem. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 2002.
LINDQUIST, M. M.; SHULTE, A. P. (Org.). Aprendendo e ensinando geometria. Tradução de
Hygino H. Domingues. São Paulo: Atual, 1994.
MISKULIN, R. G. S. Concepções Teórico-Metodológicas sobre a Introdução e a Utilização
de Computadores no Processo Ensino/Aprendizagem da Geometria. Campinas: Faculdade
de Educação da UNICAMP, 1999.
MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 6. ed. Campinas: Papirus, 2003.
SILVA, M. C. et al. Explorando conceitos de geometria elementar com o software cabri-
géométre. São Paulo: Educ, 1998.
VALENTE, J. A. Por quê o Computador na Educação? In: VALENTE, J. A. (Org.). Computadores
e conhecimento: repensando a Educação. Campinas: UNICAMP/NIED, 1993.

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