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Enquanto o Movimento Geral é o que agrega todos os estudantes representados pela União
Nacional dos Estudantes (UNE), tratando de questões que dizem respeito a todos, como o passe
escolar, a gratuidade do ensino superior, o Provão, entre outros.
Atualmente, a UNE reconhece as Entidades de Área, e elas têm direito a voz e voto no seu
Congresso de Entidades Gerais (CONEG), onde têm voz também os Diretórios Centrais de
Estudantes (DCE’s). O CONEG é uma instância deliberativa da UNE, menor em importância
somente que seu Congresso (CONUNE).
Algumas Entidades guardam registro de organizações de área anteriores ao golpe militar1, mas
destas não se manteve nenhuma continuidade. Todas são provenientes do regime militar de 64.
Com o regime militar, e o fechamento da UNE em DATA, as reuniões de estudantes para fins
políticos foram debeladas.
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Como Agronomia, Arquitetura, Engenharia e Veterinária
Primeiros Encontros de Área2
Os Encontros de Área, por conta do forte intercâmbio entre estudantes de áreas distintas, na
formulação desses primeiros modelos, ainda são muito semelhantes.
Os Encontros nem sempre aconteciam anualmente, e surgiam sem necessariamente ter uma
entidade representativa.
Independente de seu caráter inicial, eram oportunidades para articular o movimento estudantil,
visto que o regime militar não lhes dava muita importância.
Em todos os casos, tornaram-se instâncias deliberativas do Movimento de Área, que nasce assim.
Recebe a designação por curso: MEH (Movimento Estudantil de História), MECom (Comunicação),
MEN (Nutrição), MEAgro (Agronomia), e assim sucessivamente.
Surgimento das primeiras Entidades de Área, por curso (sem necessária estabilidade)
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A maioria deles chamado de Encontro Nacional.
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Encontro CIENTÍFICO de Estudantes de Medicina.
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De caráter esportivo, cultural e social.
Primeiros Entidades de Área
Nos Encontros (incluindo os ENEA’s) os Delegados eram estudantes que vinham com assinaturas
de um número determinado de estudantes (como ocorre ainda no Congresso da UNE), e somente
assim tinham poder de voto.
E nos Conselhos de Área (como os CONEA’s) o poder de voto era dado ao representante de DA/
CA.
O próprio nome Executiva significava que a entidade era uma seção executiva da UNE,
operacional e com liberdade de ação.
Em alguns casos, a diferença está não somente no nome, mas no funcionamento: assumem sua
independência da UNE.
Nesse caso, é comum que a Executiva se torne uma Federação – no que marca sua
independência. Como aconteceu com a ENEA (Executiva de Arquitetura) que se tornou a FENEA
(Federação de Arquitetura).
6.3 - Diretorias
Na FENEA, além das Diretorias Regionais existe uma Diretoria Geral, e várias específicas:
DIEPE – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão
DDI – Diretoria de Documentação e Informação
DRE – Diretoria de Relações Externas
Finanças
A FENEA é uma das poucas Entidades de Área cujos Diretores são eleitos pessoalmente. Quer
dizer: por aluno, independente de representatividade de CA/ DA e de Faculdade. Nas outras
Entidades, geralmente se elege um CA/ DA para desempenhar a função, ou alguém ligado a ele –
e cada Diretoria fica em um lugar específico.
Assim, vemos aparecerem Atividades com conteúdo acadêmico, para aprendizado e intercâmbio.
E, em certo instante, Atividades que visavam somente a integração – como as Festas, e mesmo
competições. Em certos casos, era mais o reconhecimento de uma pressão reprimida por parte
dos estudantes – como é o caso do Dia Livre, durante o evento, para que as Delegações façam
turismo.
Nem todos se tornaram exclusivos aos Participantes, como acontece nos ENEAs. E muitos deles
se dividem em pacotes, com inscrição diferenciada para uso do Alojamento, Alimentação e acesso
a Atividades.
Em muitos surgiram, à noite, as Festas Temáticas. E nem mesmo a Festa Gay é exclusiva de
Arquitetura. Os Encontros de Medicina (ECEM) também têm; nos de Farmácia (ENEFAR) se
chamam Farmagay e Farmaquenga; e no de Ciências Contábeis (ENECIC) há o enegay e o
enepatão.
Aqui há uma curiosidade: o ENEFAR e o ENECIC têm uma versão da Festa para as mulheres se
vestirem de homens. Isso também acontecia nos ENEAs, pelo menos até o XX ENEA Fortaleza
(1996).
Os alunos de Administração, por exemplo, tem uma dança chamada “minuê”, e um jogo chamado
“ponga” – equivalentes ao “shep-shep” e ao “berequetê” tradicionais de Arquitetura.
7 – HISTÓRICO DE INTERCÂMBIO
A FENEA já esteve mais próxima das demais Entidades de Área, e com algumas já teve
relacionamento valioso.
Por volta de 1992, a FENEA era uma das líderes no Fórum de Executivas – espaço alternativo à
UNE que congregava as Entidades de Área. O Estatuto da FENEA elaborado nessa época, por
exemplo, era inspirado no de Agronomia (FEAB).
Por volta de 1995, a integração era forte com Medicina (DENEM), e juntas as duas entidades se
posicionavam nos Congressos da UNE – a FENEA chegou a ser considerada entidade-irmã da
DENEM.
Por volta de 1997, a integração se dava com Administração (FENEAD), e alguns de seus Diretores
chegaram a participar de alguns CONEAs. O Planejamento Estratégico da FENEA e seus projetos
de patrocínio foram resultado desse intercâmbio, na ocasião.