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Existem muitas passagens nos Evangelhos que requerem uma atenção especial de quem se

debruça para ler e estudá-los, a fim de compreender o espírito das palavras atribuídas a Jesus,
o Cristo. Uma delas é a que consta em Mateus, XVIII, 7): 
“Ai do mundo por causa dos escândalos, pois é necessário que venham escândalos, mas,
ai do homem por quem o escândalo venha.”
Jesus asseverou a necessidade de escândalos. Por quê? Para quê? Considerando a
atemporalidade dos ensinamentos imortalizados pelo Cristo, o que sao os escândalos, nos dias
atuais? Por que a bondade em pessoa – Jesus – advertiu a posteridade com “Ai do mundo, ai
dos homens…”?
Salvaguardando-se o máximo respeito às escolas do pensamento cristão anteriores ao Sec. XIX,
o estudioso da Doutrina Espírita encontra, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864),
uma interpretação impar e inédita ate então. Leia AQUI.
Observação 1: A interpretação de Allan Kardec da referida passagem evangélica, tendo por
base os princípios trazidos pelos Espíritos Superiores, foi um dos fatores que alicerçou minha fé
e minha convicção na origem divina do Espiritismo, onde a lógica e a razão casaram com os
anseios do coração, sempre que me deparo com fatos escandalosos próximos ou distantes.
Tempos depois, deparei-me com a frase do filósofo alemão Karl Marx (1818-1883): “Sou
humano e nada que é humano me é estranho“, a qual converge com o alerta de Jesus sobre a
capacidade do homem de produzir e sofrer escândalos.
Observação 2: Etimologia da palavra “escândalo“, segundo Houaiss:
lat. sacandàlum,i ’pedra de escândalo, obstáculo, ocasião de queda, laço, armadilha’, do
gr.ecl. skándalon,ou ’pedra, obstáculo que faz tropeçar, tombar; escândalo’

1. INTRODUÇÃO

Presentemente, ao ouvirmos a palavra escândalo, associamo-la à


corrupção, aos desleixos, aos erros crassos de nossos governantes. O
que, concretamente, significa a palavra escândalo? Temos necessidade da
sua existência? Que subsídios a Doutrina Espírita nos oferece para uma
melhor compreensão do tema?

2. CONCEITO

Escandalizar. Dar, com o próprio exemplo, ensejo que outrem caia no erro
ou "pecado".

Escândalo. Do gr. skándalon, pelo lat. scandalu. É a armadilha que se põe


no caminho do inimigo para fazê-lo cair. É aquilo que dá o que falar, que
causa indignação por ser contrário à moral, à honestidade, aos bons
costumes, à justiça, às leis etc. No sentido espiritual e moral, é todo o
obstáculo que, com sua conduta, uma pessoa pode representar para a vida
ou a moralidade de outras pessoas.

Nas traduções mais recentes e mais fiéis da Bíblia, a


palavra escândalo está expressa por tropeço (na tradução em
Esperanto falilo), querendo significar que Jesus se referia a tudo o que leva
o homem à queda: o mau exemplo, princípios falsos, abuso do poder etc.

3. O TEXTO EVANGÉLICO
"Se vossa mão é motivo de escândalo, cortai-a" é um subtítulo do capítulo
VIII, Bem-Aventurados os Puros de Coração, de O Evangelho Segundo o
Espiritismo, de Allan Kardec. O texto está expresso nos seguintes termos:

"Se vossa mão ou vosso pé é um motivo de escândalo, cortai-os e atirai-os


longe de vós; é bem melhor para vós que entreis na vida não tendo senão
um pé ou uma só mão, do que terdes dois e serdes lançados no fogo
eterno. E se vosso olho vos é motivo de escândalo, arrancai-o e lançai-o
longe de vós; é melhor para vós que entreis na vida não tendo senão um
olho, que terdes os dois e serdes precipitados no fogo do inferno". (Mateus,
5, 29 e 30)

4. O PROBLEMA DO ESCÂNDALO

4.1. TIPOS DE ESCÂNDALO:

1) escândalo previsto, mas não desejado. Quando, por dever de ofício,


sujeitamos alguém ao ridículo.

2) escândalo previsto e desejado. Pode ser por interesse pessoal


(obtermos alguma vantagem na queda do nosso próximo) ou para danificá-
lo espiritualmente.

3) escândalo passivo. Quando o recebemos em razão da nossa fraqueza


ou ignorância. (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura)

4.2. QUEDA DO AIRBUS 320 DA TAM

Em 16/07/2007, a cidade de São Paulo ficou estarrecida com o a queda do


Airbus 320 da TAM, em que desencarnaram mais de 200 almas. Pergunta-
se: um desastre, como este, pode ser considerado um escândalo? Sim? A
possibilidade do abuso de poder – econômico e político – não pode ser
descartada, pois a pista, ainda não concluída, fora liberada para vôos e
decolagens. Alguém provocou este mal. Deverá sofrer as conseqüências
do mal praticado.

4.3. O ESCÂNDALO EXIGE REPARAÇÃO

Venha de onde vier, uma coisa é certa: o escândalo exige reparação que
deve ser proporcional ao mal causado. É a lei de ação e reação, de causa
e efeito. Na linguagem evangélica, quando uma semente é lançada ao
solo, ela dará os seus frutos. Quem plantar as sementes do bem colherá o
bem; quem plantar as do mal, colherá o mal. A escolha é nossa. Contudo,
uma vez lançada, seguirá o seu curso necessariamente.

5. O ESCÂNDALO NO VELHO E NO NOVO TESTAMENTO


5.1. NO VELHO TESTAMENTO

No antigo testamento, Deus é a causa de escândalo para Israel. Jeová põe


à prova a fé do seu povo. A Lei de Deus, descrita nos Dez Mandamentos,
está em íntima relação com a Aliança. Na Aliança, Deus faz promessas,
mas estabelece condições: Israel deverá obedecer à sua voz e observar as
suas prescrições, caso contrário cairão sobre Israel as maldições divinas.
Essa ligação entre a Lei e a Aliança explica que em Israel não haja outra
lei que a de Moisés, pois Moisés é o mediador da Aliança.

5.2. NO NOVO TESTAMENTO

A palavra escândalo encerra, no Novo Testamento, um duplo sentido: de


um lado, a idéia de que Cristo veio para constituir o escândalo central do
homem; de outro lado, a idéia do mal moral que existe em nós e que é
preciso desfazer. Quanto ao Cristo, toda a vez que ele apresentava o
desprendimento das riquezas e dos bens terrenos, era um escândalo para
o povo romano, apegado a tais bens. Quanto a nós, é a necessidade do
mal (escândalo) para que nos ajustemos ao bem.

5.3. JESUS É SINAL DE CONTRADIÇÃO

Fora enviado para salvação, mas constitui-se no endurecimento de muitos.


Quer salvar o mundo não por qualquer messianismo vingador, ou político,
mas pela Paixão e pela Cruz. "Este menino é para a queda e o
reerguimento de muitos em Israel; ele será um sinal sujeito a contradição".
(Lucas, 2,34)

Certa feita, disse: "Não vim trazer a paz, mas a divisão".

Paulo descobriu que Cristo ou a cruz é "loucura para os que se perdem,


mas para os que se salvam ela é o poder de Deus".

Por ter sido incompreendido, mesmo pelos seus discípulos, vimos Judas
Iscariotes vendendo-o por trinta dinheiros. (Léon-Dufour, 1972)

6. SUBSÍDIOS DOUTRINÁRIOS

6.1. NECESSIDADE DO ESCÂNDALO

É necessário que o escândalo venha, mas ai daquele por quem o


escândalo venha. Por estas palavras, entende-se que o mal é necessário à
justiça divina. Contudo, aquele que o praticou para servir à justiça divina
não praticou menos mal, e deverá ser punido, pois o mal é sempre mal.
Por isso, o cuidado de Jesus em dizer: "Se vossa mão, vosso pé e vossos
olhos forem motivos de escândalo (mal), cortai-os e lançai-os longe de
vós". Quer dizer, arranquemos o mal pela raiz, pois ele está dentro de nós.

6.2. O ESCÂNDALO DURARÁ PARA SEMPRE?

O mal, sendo necessário à justiça divina, dir-se-á que ele durará para
sempre, pois, se desaparecesse, Deus estaria privado de um poderoso
meio de punir os culpados. Mas, em realidade, não é assim que sucede,
porque os mundos progridem moral e intelectualmente. Nos mundos mais
avançados, o mal não existe e, portanto, não há necessidade de castigos.
O mesmo sucederá com o planeta Terra, quando passar para um mundo
de regeneração, em que o bem será a tônica de nossas ações.

6.3. A SIMBOLOGIA DO CORTAR AS MÃOS.

Se vossa mão é causa de escândalo, cortai-a. Não devemos tomá-la ao pé


da letra. Ela significa que todos nós devemos destruir em nós a causa da
mal. Nos dizeres do evangelho: "Arrancar do coração todo sentimento
impuro e toda tendência viciosa. Quer dizer também que, para o homem,
mais vale ter cortada uma das mãos, antes que servir essa mão de
instrumento para uma ação má; ficar privado da vista, antes que lhe
servirem os olhos para conceber maus pensamentos. Jesus nada disse de
absurdo, para quem quer que apreenda o sentido alegórico e profundo de
suas palavras".

7. CONCLUSÃO

Estudemos o Evangelho de Jesus e coloquemos em prática os seus


ensinamentos. Tendo-o como norma de conduta, evitaremos o escândalo
do "pecado" e da "concupiscência".
Vamos conversar, hoje, baseados no capítulo VIII da obra O Evangelho segundo o Espiritismo,
notadamente nos itens de XI a XXI.

Na verdade, fico muito honrado em trazer à vocês esses itens, exatamente porque dentre o
capítulo VIII, “OS QUE TÊM PURO O CORAÇÃO”, são estes os que relaciono como de grande
importância nos dias de hoje.

Sim, amigos, estamos vivenciando momentos de violências em todos os setores e em toda parte
do globo. Tudo isso tem uma razão de ser, e nós, juntos, vamos entendê-la.

O item XI nos trás a citação: “se alguém escandaliza a um destes pequenos que crêem em mim,
melhor fora que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós quem um asno faz girar e que o
lançassem ao fundo do mar. Ai do mundo por causa do escândalo; pois é necessário que venham
os escândalos, mas ai do homem por quem o escândalo venha.
Tende muito cuidado em não desprezar um destes pequenos. Declaro-vos que seus anjos, no céu,
vêem incessantemente a face de meu Pai que está nos céus, porquanto o filho do Homem veio
salvar o que estava perdido.”

As palavras do Rabi, encontradas em Mateus XVII vv. 6 a 11,indicam várias coisas e asseveram
das dores que por certo advirão àqueles que agirem no erro ou  no mal.

Comentário: Hoje, meus amigos, assaltos, tiroteios, administração falha e inexistente do Estado
para com o povo, nos dão mostras de alguns desses escândalos. Se a violência é anotada pelos
tele-jornais apenas mostrando os traficantes e os ladrões, de outro lado estão as famílias que se
ressentem e vivem em medo e dor. É o pai desempregado, ou o assalariado que não ganha para
honrar suas dívidas ou sustentar a prole, o filho que não tem um estudo de nível, na rede pública,
ou professores interessados pacientes. A mãe teve que deixar o lar e a educação dos filhos para
ajudar ao pai na tarefa do sustento familiar. Toda uma sorte de aflições ronda a atmosfera do Lar.
Por que? Porque o momento que vivenciamos é de modificações, e a todas essas, compreende este
tipo de acometimentos. Nosso mundo de provas e expiações está para ser guindado ao nível de
mundo de regeneração, para tal, esses escândalos anotados acima acordam a espiritualidade
encarnada para as modificações que ela terão que evidenciar, em suas próprias vidas. Falamos de
moral, sim do altear dessa moral, o galardão que dá ao espírito a chave de entrada num mundo
melhorado.

Temos todos nós, um conjunto de mazelas hauridos das múltiplas vivencias pelas quais já
passamos, a serem expurgadas. Muitas dessas ainda nos são gratas e gostosas, e delas
esforçamo-nos por não nos desligarmos. A Lei de Causa e Efeito, vigendo inexoravelmente, há de
cobrar dos espíritos a modificação e em não a encontrando efetivada, por certo indicará novo
reencarnar em dores mais profundas. Assim, urge que nos entreguemos à esse salutar trabalho de
regeneração que nos colocará aptos a adentrarmos ao novo mundo, como alunos que obtiveram
aprovação no período que se encerra no aprendizado espiritual.

Vejam os versículos de 29 a 30 no capítulo V, onde Mateus, novo chamamento à ordem nos remete
em palavras fortes: “Se a vossa mão ou o vosso pé vos é objeto de escândalo, cortai-os e lançai-os
longe de vós; Melhor será para vós estareis na vida tendo um só pé ou uma só mão, do que terdes
dois e serdes levados ao fogo eterno. Se o vosso olho vos é objeto de escândalo arrancai-o e
lançai-o longe de vós; melhor para vós será, que estareis na vida tendo um olho só , do que terdes
os dois e serdes precipitados no fogo do inferno.”

Comentário: Aqui, o apóstolo descreve com singular clareza sobre os vícios (nossas mazelas), que
contraímos, pelo uso dos sentidos que detemos.

Olfato, audição, gutação, visão e fala, bênçãos de Deus, que se mal usadas, nos remetem a toda
uma sorte de desregros que nos forçam à um caminhar mais lento e nos afastam do bom caminho.
Cada um destes sentidos, se anexados a uma construção malévola ou viciada, ditada por nossa
casa mental, arrasta-nos a momentos fortificados de dor, pranto, medo e culpa. E somos nós,
somente nós, os que os procuramos, não há arrastamento irresistível, dizem-nos os bons espíritos,
mas nós, espíritos imperfeitos, ainda descremos ou mesmo nos fazemos refratários à esses bons
ensinamentos, mas quando a dor nos bate a porta, sofremos e choramos, a desdita de nosso
“Azar”, do pouco olhar do Pai por sobre nossas cabeças... Quanta imprevidência!

Concluí-se então, que a palavra escândalo, em verdade bem traduzida é pelos tropeços a que nós
mesmos estamos propensos a dar em virtude de nossa negligência para como o Orar e Vigiar.
Somos nós, amigos, os eternos fomentadores de nossa alegria ou da nossa dor. Não Deus, nem
Jesus, e nem mesmo os maus espíritos.

A suprema Bondade e Justiça de Mais Alto nos deu a capacidade de raciocínio, a inteligência, a
consciência de Deus, esculpida em nossa psique profunda e o Livre Arbítrio. Estes atributos fazem
de nós espíritos completos, diferenciando-nos dos animais ditos irracionais. Eis ai que o Pai, ao
exarar a Legislação Eterna, houve de colocar a Lei de Causa e Efeito, como elemento normatizador
de nossas ações, não estamos obrigados a nada em virtude de nosso Livre arbítrio, mas se
andamos ao arrepio da Lei, por certeza teremos de aditar à nossas vivências momentos de
reparação, mais das vezes em dor profunda. Este o nosso caminho  nos mundos de provas e
Expiações: Errarmos o menos possível, avançarmos o mais que possamos pelo trabalho no Bem,
esta a nossa Missão.

Outro ponto de muito valor, de importância capital, está em o tratamento, educação,  valor tempo
que damos aos nossos miúdos, sim aos nossos filhos... Quando Jesus disse: “Deixai virem a mim
as criancinhas”, por certo não falou senão para todas as crianças, todo o contingente de espíritos
encarnados na terra, não excetuou nenhuma idade, da mais tenra a mais adulta. Falou também,
dirigindo-se às crianças do intelecto, todas essas almas que gravitam nessa região onde a dor e o
sofrer imperam. Se pouco Ele podia ensinar às crianças físicas presas tão somente à matéria,
submetidas ao império dos sentidos e ainda desprovidas da razão madura. Deixou que o exemplo
que dignifica a familiaridade que todos mantemos com ele e o Pai, exortou-nos ao trabalho
incessante e abnegado no Bem, na ajuda ao próximo no amor em seu mais alto grau.

Lembro aqui o segundo mandamento, este do qual falamos apenas a primeira parte: “Amarás a teu
próximo como se fosse a ti mesmo...”, em realidade faltamos com a parte mais importante e
asseverada na mesma narrativa do Bom Mestre: “(...)Estão nesse mandamento, todas as doutrinas
e todos os profetas.”

Ao explicar-nos tão sabiamente, Yoshua Ben Yussef ( verdadeiro nome de Jesus), deu-nos a exata
proporção da dor conferida a quem por negligência, omissão, ou descuido, para não dizer maldade,
descura de tal mandamento.

Mas voltamos às nossas crianças: São elas o objeto de nossas responsabilidades paternas,
espíritos que por laços contraídos para conosco, no amor ou na reparação, chegam-nos aos portais
familiares para o processo de refazimento, se descuramos para com eles, descuramos para com
nossa própria ascensão espiritual.
Amigos, todo o capítulo VIII do Evangelho Segundo o Espiritismo, nos fala de Fé, de trabalho, de
resignação, tolerância e paciência, tais virtudes, fazem o matiz de nossa evolução, assim, espíritos
em adiantamento nesse orbe, estamos todos nós atrelados à mesma escola e classe, cada um a
seu modo e vontade, há de conseguir gerir sua vivência de modo a poder se fazer apto ao ingresso
em mundo de regeneração.

Quando estudamos a mensagem contida nos itens de 20 a 21, assinada pelo Cura D`Ars, Vianney,
verificamos o quanto esquecidos estamos desses ensinamentos tão importantes para o nosso
burilamento espiritual e conseqüente melhoria. A mensagem nos exorta ao perdão e à resignação,
avisando-nos benevolamente.

Sim, posto que se o mal que nos aflige faz com que sejamos motivos de escândalos, compete-nos
tal modificação, demonstrando que somos nós que nos salvamos a nos mesmos. Mais ainda, que
somos nós, aquele a quem não conseguimos enganar, que nos vai julgar. Notem que o mal reside
em nossa casa mental, então se são os nossos olhos os motivos do escândalo de que nos serviria
arrancá-los se não nos propuséssemos, conscientemente a envidarmos todo o esforço para que nos
modificássemos?

Essa explicação demonstra a alegoria da mensagem de Mateus, posto que naquele tempo, O
homem detinha pouco conhecimento não tendo assim a compreensão que hoje temos.

Como  disse no início de nosso papo, os tempos são os da retificação da Moral, os rebuliços, a onda
de violência, os demais escândalos, são os chamamentos à reconstrução moral da Humanidade,
trabalho sem o qual, pouco o nada andaríamos, relegando nossa elevação à tempos no depois dos
tempos.

Amigos, se de nosso íntimo não houver a propositura grave e séria em nossa modificação, ao
efetivarmos o arrancar dos olhos, apenas ficaríamos cegos, nada de melhor acontecendo para com
o nosso de ascensão espiritual, o arrancar o olho ou o pé sugerido, é verificado no expurgar de
nossos maus instintos, chagas morais tais como a vaidade, o orgulho, a prepotência, a cupidez,
irmãos diletos, filhos da Dor e do Egoísmo.

A Fé inabalável, aquela obtida pelo raciocínio lógico, nos é o elmo, a couraça, o escudo que nos há
de defender das estocadas do mal. Mas nos é necessário também  a ação no bem, o exercício da
Humildade e do amor ao próximo, salvos-condutos à regeneração do espírito.

Terminando, gostaria de como  um alerta, deixar vívida nas mentes de voces a exortação basilar
do Mestre:

“Sejais Frios ou Quentes, pois os Mornos, Eu os vomitarei de minha boca.”

O porque dessa exortação nos remete ao raciocínio de que devamos estar a trabalho, sempre, e
incessantemente, na reconstrução de nosso espírito.

O Estar morno de que nos fala Jesus, é a INAÇÃO, a falta de VONTADE, o descaso de muitos de
nós, que relegam sua evolução espiritual aos andrajos dos esmoleres morais.
Para depois, sofrermos em dor e remorso.
Muita paz,

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Em determinada passagem do Evangelho, Jesus afirma serem os escândalos necessários no


Mundo, mas ai de quem os provoca.

        No sentido vulgar do termo, escândalo significa evento ruidoso, que causa alvoroço ou
estrépito.

        Nessa linha, o problema residiria não no conteúdo da conduta, mas na sua repercussão.

        Desde que uma ação má não gerasse alarde, não haveria maiores problemas.

        Ocorre que esse sentido valoriza as aparências e a hipocrisia, em franco desacordo com as
lições do Cristo.

        Jesus afirmou, ao tratar do adultério, por exemplo, que o mero pensar com impureza já era
condenável.

        Que se dirá então de ações francamente nefastas, apenas cometidas na surdina?

        Parece possível interpretar a palavra escândalo, na acepção evangélica, como tudo o que
causa tropeço ou embaraço nos caminhos próprio ou alheio.

        Tudo o que resulta dos vícios e imperfeições humanas, tudo o que viola os deveres de pureza
e fraternidade, isso é um escândalo perante as Leis Divinas.

        Mas qual a razão para os escândalos serem necessários?

        O cerne da questão reside na evolução ainda incipiente dos habitantes da Terra, mormente
no que diz respeito à moral.

        O planeta, ainda por um tempo, será morada de Espíritos rebeldes às Leis Divinas.

        Mais do que em decorrência das condições materiais da Terra, a vida aqui é difícil por conta
dos nossos inúmeros vícios.

        Violência, corrupção, promiscuidade, tudo isso gera infelicidade e transtornos.

        Muitos são os escândalos produzidos diariamente pelos homens, em sua imperfeição.

        Salvo o caso das almas missionárias, os Espíritos radicados na Terra têm afinidade de
sentimentos e valores, em maior e menor grau.

        O contato recíproco de criaturas viciosas tem variados efeitos.

        Ele provoca inevitável sofrimento pelo contínuo entrechoque de interesses.

        É cansativo defender-se cotidianamente da maldade alheia e conviver com esperteza e


deslealdade.

        Esse contato também propicia o acertamento de dívidas cósmicas.

        No longo processo de aprendizado da vida, o Espírito comete equívocos que precisa reparar.

        Ele necessita acertar-se com sua consciência, a fim de habilitar-se para estágios superiores
da vida imortal.

        Também precisa adquirir paciência e generosidade e isso apenas se consegue perante


criaturas falhas.

        Afinal, os anjos não desafiam a paciência de ninguém e nem necessitam de favores ou


clemência.

        Finalmente, o contato com o vício faz com que os homens lentamente se desgostem dele.

        O espetáculo das baixezas humanas é triste. Com o transcorrer do tempo faz surgir o ideal de
vivências diferentes, plenas de pureza e compaixão.

        Assim, nos estágios ainda inferiores da vida moral, o escândalo é infelizmente necessário.

        Mas ai do escandaloso, pois responde por todo o mal que causa, ainda que deste surja
indiretamente o bem.

        Quando os homens se depurarem, o escândalo se tornará desnecessário e desaparecerá.

        Eventuais acertos com a Justiça Cósmica se processarão na forma de efetivo trabalho no


bem, a consubstanciar o amor que cobre a multidão de pecados, no dizer evangélico.
        Assim, para alcançar a libertação de injunções dolorosas, cuide para não causar escândalo.

        Se alguém lhe fizer o mal, saiba que o verdadeiro prejudicado é o escandaloso.

        Ele desafia as Leis Divinas e desencadeia graves conseqüências na própria vida.

        Quanto a você, perdoe e siga adiante.

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Escândalos
O viciado é a primeira vítima do seu vício 

“Ai do homem por quem o escândalo venha.” - Jesus. (Mt., 18:7).

Aboletado numa luxuosa primeira classe do avião que faria o voo entre Nova York e Paris, o diretor
geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e candidato cotadíssimo para ser o próximo
presidente da França, jamais poderia imaginar que dentro de poucos minutos sua imagem seria
totalmente detonada, sob a acusação de prática de crimes sexuais... Saiu humilhantemente
algemado e levado às barras de um tribunal, onde deixou uma fiança de um milhão de dólares em
troca de uma prisão domiciliar com direito a tornozeleira eletrônica. E sabe-se lá quantos outros
milhões despenderá na continuidade dos trâmites processuais! Passou alguns dias em uma cela
individual bem menos confortável que a suíte do hotel onde se hospedara ao preço de cinco mil
reais a diária.

Escândalos, escândalos!  Ai do homem por quem ele venha!  Foi este o caso... 

Do mal Deus tira o bem

Segundo Allan Kardec[1], quando Jesus disse que “é preciso que haja escândalo no mundo”, Ele
estava querendo dizer o seguinte: “(...) Imperfeitos como são, na Terra os homens se mostram
propensos a praticar o mal, e porque, árvores más, só maus frutos dão. Deve-se, pois, entender
por essas palavras que o mal é uma consequência da imperfeição dos homens e não que haja, para
estes, a obrigação de praticá-lo.

É necessário que o escândalo venha, porque, estando em expiação na Terra, os homens se punem
a si mesmos pelo contacto de seus vícios, cujas primeiras vítimas são eles próprios e cujos
inconvenientes acabam por compreender.
Quando estiverem cansados de sofrer devido ao mal, procurarão remédio no bem. A reação desses
vícios serve, pois, ao mesmo tempo, de castigo para uns e de provas para outros.  É assim que do
mal tira Deus o bem e que os próprios homens utilizam as coisas más ou as escórias.

(...) ‘Se vossa mão é causa de escândalo, cortai-a.’ – Figura enérgica esta, que seria absurda se
tomada ao pé da letra, e que apenas significa que cada um deve destruir em si toda causa de
escândalo, isto é, de mal; arrancar do coração todo sentimento impuro e toda tendência viciosa.
Quer dizer também que, para o homem, mais vale ter cortada uma das mãos, antes que servir
essa mão de instrumento para uma ação má; ficar privado da vista, antes que lhe servirem os
olhos para conceber maus pensamentos. Jesus nada disse de absurdo, para quem quer que
apreenda o sentido alegórico e profundo de suas palavras”.          

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