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2. Pressupostos:
2b – Supremacia da constituição – é estranho falar que uma lei tem supremacia sobre
uma constituição, todavia em períodos remotos se dizia que a constituição sequer tinha
força jurídica. O que prevalecia era a supremacia das leis. Daí, para que tenha um
controle de constitucionalidade, necessário se faz que haja supremacia da constituição
ante a qualquer ato normativo;
3 – Elementos:
3a – objeto do controle – são as leis e os atos normativos do poder público, ser dotado de
estatalidade. Observe que o objeto de controle não poderá ser ato da esfera privada, mas
tão-somente ato do poder público;
Destaque-se que não são todos os atos normativos que serão objeto de controle. Dessa
forma, só serão objetos de controle os atos normativos que emanam diretamente da
constituição, aqueles que foram editados a partir da carta política.
Já os atos normativos que emanam diretamente da lei não são objeto de controle de
constitucionalidade, mas de controle de legalidade. INVALIDADE COMPREENDE
INCONSTITUCIONALIDADE E ILEGALIDADE. Por isso, temos que a ofensa indireta,
reflexa à constituição não é objeto de controle de constitucionalidade, mas de legalidade.
I – formal e material;
II – apenas formal;
III – apenas material.
Dessa forma, podemos concluir que as normas que fazem parte do bloco formal pode
servir como paradigma para o controle, neste caso os blocos de números 1 e 2 citados
acima. Por outro lado, em relação às normas materialmente constitucionais é que existe
divergência doutrinária. Para isso, existem duas correntes:
Apesar de o STF adotar a corrente do bloco formal, parte da doutrina adota a do bloco
global para que haja uma ampliação dos parâmetros para abranger os tratados
internacionais sobre direitos humanos. A despeito de o STF adotar a tese de quedos
tratados internacionais sobre direitos humanos servem de paradigma para a realização de
controle, recentemente vem adotando o entendimento de que leis internas não podem
violar tratados e a isso não chamaremos de controle de constitucionalidade, mas de
controle de convencionalidade.
II – natureza do órgão:
IIA – político – quando o órgão responsável pelo controle não faz parte do poder judiciário;
IIB – jurisdicional ou judicial – quando o órgão responsável pelo controle faz parte do
poder judiciário.
Observe-se que no Brasil, em regra, o controle preventivo é feito de forma política e o
controle repressivo é realizado de forma jurisdicional (os juízes e tribunais de maneira
difusa) e (STF de forma difusa e concentrada). Cabe acrescentar que o controle
preventivo, excepcionalmente, também é feito de forma jurisdicional ou judicial, como
também o controle repressivo também é realizado excepcionalmente de forma política.
Causa estranheza, mas suponha que o cidadão por via de defesa suscitou ao juiz do TJ
que a lei municipal é inconstitucional por ter majorado o IPTU. No julgamento o juiz
declara por via difusa a inconstitucionalidade dessa lei e o cidadão passa a não pagar o
tributo com aumento. Tempos depois alguma entidade legitimada propõe uma ADI sobre a
inconstitucionalidade dessa mesma lei ao STF que declara a lei constitucional. Observe-
se que para todos os efeitos tal lei irá ser aplicada, mas não poderá atingir o dito cidadão
que obteve a decisão já transitada em julgado. Caso o município queira rever tal decisão
só poderá fazer via ação rescisória, uma vez que a decisão de constitucionalidade do
controle concentrado não tem efeito rescisório das demandas contrárias a ela.
2A – Poder Legislativo – apresentada uma proposta de lei esta será encaminhada para a
comissão de constituição e justiça (CCJ), a qual tem a atribuição de realizar o controle
preventivo de constitucionalidade. Observe-se, também, que se a CCJU aprova um
projeto de lei, segue a tramitação e tal projeto será submetido ao plenário. Nesse caso o
plenário pode rejeitar tal projeto, alegando a inconstitucionalidade da lei. Dessa forma, se
extrai que não só a CCJ faz o controle da constitucionalidade, mas também o plenário da
casa;
A1 - Art. 49, V da CF88. É cediço que o decreto regulamentar serve para conceder
aplicabilidade à lei, dentro dos seus próprios limites. Dessa forma, quando tal decreto
viola a lei ele é tido como ilegal. Por outro lado, se ele exorbita a lei regulando matéria
que a lei não disciplinou, estamos diante de um decreto autônomo. É como se o
presidente da república fizesse as vezes do legislador, inovando na ordem jurídica, e,
nesse caso, estamos diante de uma hipótese de inconstitucionalidade por violar o
princípio da reserva legal. Observe este exemplo da primeira hipótese: determinada lei diz
que será dada merenda nas escolas municipais no turno da manhã, tarde e à noite. Vem,
posteriormente, o decreto regulamentando a lei e diz que só será fornecida a merenda
pela manhã e pela tarde. Nessa hipótese houve violação à lei. Exemplo da segunda
hipótese: A lei dispõe sobre ensino médio e fundamental. Posteriormente, e editado um
decreto regulamentar inserido a regulação da lei também ao ensino superior. Perceba-se
que aqui não houve violação à lei, apenas ele exorbitou os limites dela, criando uma nova
hipótese não prevista, onde ele não tem competência para legislar sobre a matéria, é a
hipótese do art. 49, V da CF88.
Constata-se, por oportuno, que pela hipótese do art. 62, §5 da CF88, o congresso faz o
controle repressivo da medida provisória editada pelo presidente da república, através da
análise dos seus pressupostos. É bom notar que na lei delegada o presidente da
república pede autorização ao congresso para sua edição. Já a medida provisória o
presidente edita e o congresso posteriormente aprova ou não. Percebam que ambas são
leis ordinárias elaboradas pelo presidente da república.
Através da súmula 347 do STF autorizou o TCU a deixar de aplicar uma lei alegando ser
ela inconstitucional, apesar dele não ser órgão do poder judiciário, mas órgão auxiliar do
poder legislativo.
B – PODER EXECUTIVO – O STF através da ADI n. 221 declarou que o poder executivo
não exerce controle repressivo de constitucionalidade. Não se reconhece aos chefes do
executivo o poder de suspender uma lei alegando inconstitucionalidade. Todavia, permite-
se a esses chefes negar a aplicação a uma lei que entender inconstitucional.
C – PODER JUDICIÁRIO – este poder faz o controle repressivo pela via difusa e
concentrada.
C1 – Difusa – tem como parâmetro as constituições de 1988 e a CF de 1967:
I – preventivo;
II – repressivo.
PRONÚNCIA DA INCONSTITUCIONALIDADE
Tais técnicas irão atuar na forma de não permitir a retroatividade da nulidade para
preservar a segurança jurídica e o interesse social. Elas são conhecidas no direito
constitucional como MODULAÇÃO OU MANIPULAÇÃO TEMPORAL.
Esta técnica poderá sugerir dois caminhos:
I – efeitos a partir de agora (ex nunc);
II – efeitos a partir de um momento futuro (prospectivos ou pro futuro). É o mesmo que
dizer: é inconstitucional a lei, mas só vamos deixar de aplicá-la depois do período de 4
meses. É bom lembrar que a pronúncia de inconstitucionalidade prospectiva é diferente
da inconstitucionalidade progressiva. Vamos ver tais diferenças:
a inconstitucionalidade progressiva ou lei ainda constitucional ou em trânsito para
a inconstitucionalidade – é quando a lei por circunstâncias fáticas está se
encaminhando para a inconstitucionalidade, mas ainda é constitucional. Essa técnica é
adotada pelo STF, apesar de causar estranheza, porque uma lei ou é constitucional ou é
inconstitucional. Exemplo: art. 68 CPP ação ex delicto. O Ministério Público defendeu um
necessitado no estado de São Paulo, todavia a parte contrária arguiu
inconstitucionalidade porque quem pode defender tal pessoa seria a defensoria pública.
Dessa forma, tal art. é inconstitucional ao permitir que o parquet defenda o aludido
necessitado. Perceba que o problema é que na época não existia defensoria pública em
São Paulo, então o STF lançou a tese de que a lei ainda era constitucional até que o
estado de são Paulo crie a defensoria pública paulista.
Observe-se que a modulação temporária está disciplinada no art. 27 da lei 9868 de 1999
e também com previsão na lei 9882 de 1999, art. 11. Vale salientar que o quórum é de
dois terços dos seus membros. Sobre essa técnica cabe ainda uma indagação:
SOMENTE O STF PODE UTILIZAR ESSA TÉCNICA, JÁ QUE NO SISTEMA DIFUSO
QUALQUER JUIZ PODERÁ DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE UM ATO
NORMATIVO? Se formos enfrentar uma prova objetiva diríamos tranquilamente que sim,
tendo em vista a lei 9882 de 1999. Contudo, existe discussão na doutrina com opinião
para os dois lados.
Por último, cabe a advertência de que o STF já decidiu que não será possível fazer a
modulação quando se tiver discutindo a compatibilidade da lei anterior com a CF88, uma
vez que tal técnica não se aplica a declaração de não recepção de lei anterior.
3 – Limites subjetivos – a decisão produz efeitos inter partes ou erga omnes? Observe-se
que no controle difuso como regra produz efeitos inter partes. Mas no controle
concentrado é absoluta, sempre produz efeitos erga omnes.
CONTROLE DIFUSO –
1 – observações iniciais - é o controle feito por todo e qualquer órgão do poder judiciário
no exame de todo e qualquer caso concreto em que alguém pede a tutela de um direito
subjetivo e incidentalmente se discute a validade da constitucionalidade da lei.
Tais técnicas irão atuar na forma de não permitir a retroatividade da nulidade para
preservar a segurança jurídica e o interesse social. Elas são conhecidas no direito
constitucional como MODULAÇÃO OU MANIPULAÇÃO TEMPORAL.
Esta técnica poderá sugerir dois caminhos:
Observe-se que a modulação temporária está disciplinada no art. 27 da lei 9868 de 1999
e também com previsão na lei 9882 de 1999, art. 11. Vale salientar que o quórum é de
dois terços dos seus membros. Sobre essa técnica cabe ainda uma indagação:
SOMENTE O STF PODE UTILIZAR ESSA TÉCNICA, JÁ QUE NO SISTEMA DIFUSO
QUALQUER JUIZ PODERÁ DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE UM ATO
NORMATIVO? Se formos enfrentar uma prova objetiva diríamos tranquilamente que sim,
tendo em vista a lei 9882 de 1999. Contudo, existe discussão na doutrina com opinião
para os dois lados.
Por último, cabe a advertência de que o STF já decidiu que não será possível fazer a
modulação quando se tiver discutindo a compatibilidade da lei anterior com a CF88, uma
vez que tal técnica não se aplica a declaração de não recepção de lei anterior.
CONTROEL CONCENTRADO –
A – ação de inconstitucionalidade:
A1 – ação de inconstitucionalidade genérica (ADI);
A2 – ação de inconstitucionalidade por omissão (ADO);
A3 – ação de inconstitucionalidade interventiva.
B – ação de constitucionalidade (ADC)
C – arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)
Tais técnicas irão atuar na forma de não permitir a retroatividade da nulidade para
preservar a segurança jurídica e o interesse social. Elas são conhecidas no direito
constitucional como MODULAÇÃO OU MANIPULAÇÃO TEMPORAL.
Esta técnica poderá sugerir dois caminhos:
Observe-se que a modulação temporária está disciplinada no art. 27 da lei 9868 de 1999
e também com previsão na lei 9882 de 1999, art. 11. Vale salientar que o quórum é de
dois terços dos seus membros. Sobre essa técnica cabe ainda uma indagação:
SOMENTE O STF PODE UTILIZAR ESSA TÉCNICA, JÁ QUE NO SISTEMA DIFUSO
QUALQUER JUIZ PODERÁ DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE UM ATO
NORMATIVO? Se formos enfrentar uma prova objetiva diríamos tranquilamente que sim,
tendo em vista a lei 9882 de 1999. Contudo, existe discussão na doutrina com opinião
para os dois lados.
Por último, cabe a advertência de que o STF já decidiu que não será possível fazer a
modulação quando se tiver discutindo a compatibilidade da lei anterior com a CF88, uma
vez que tal técnica não se aplica a declaração de não recepção de lei anterior.
4 – limites subjetivos – tem eficácia erga omnes e este efeito aqui é absoluto.
5 – efeito vinculante – observe-se que tal efeito vincula os demais órgãos do poder
judiciário, mas não vincula o STF. Efeito vinculante é a proibição de descumprimento da
decisão. Com o advento da EC n. 03 foi criado a ADC e com ele o efeito vinculante. Tal
efeito vincula os órgãos do poder judiciário, a administração pública direta e indireta
federal, estadual e municipal. Note-se que o legislador está compreendido no rol dos
proibidos. Essa ideia de excluir tal poder tem como fundamento a não paralisação da
ordem jurídica, uma vez que o legislador não poderia fazer evoluir a legislação se
submetesse ao dever de cumprir para todo o sempre uma norma jurídica.
OBTER DICTUM – (dito de passagem, por assim dizer) – são argumentos que auxiliam a
fundamentar o argumento principal, são argumentos laterais. Eles não vinculam, haja
vista que só ajudam o argumento principal. Por exemplo: na discussão sobre a utilização
das células tronco, o julgador ao fundamentar pela sua constitucionalidade baseou na
discussão sobre a anencefalia, mas caso ele não tivesse mencionado tal assunto, não
mudaria em nada a sua opinião.
2 – objeto – requisitos:
I – lei ou ato normativo do poder público - temos como exemplos as resoluções, tratados
internacionais, emendas, medidas provisórias etc.
II – federal ou estadual – Perceba que a s leis municipais foram excluídas deste rol, mas
foram incluídas na relação da ADPF. É interessante saber como fica a situação do distrito
federal. Observe-se que ele absorve as competências legislativas dos estados e
municípios. Dessa forma, quando a lei ou ato normativo tiver origem na competência do
estado, caberá a ADI, porém quando for do município não caberá. Ver ADI 642, STF.
III – posterior à CF88 – Observe-se que se uma lei for anterior à constituição ela será
declarada revogada, haja vista que só uma lei posterior à CF88 poderá ser declarada
inconstitucional, todavia tal norma anterior poderá ser objeto de uma ADPF.
IV – autônomo – a autonomia dá-se pelo fato de que o ato analisado só poderá ser
confrontado com a CF88.
V – abstrato – tal característica acontece pelo fato de que prevê uma série de condutas
destinadas às pessoas, é uma multiplicidade de condutas. Constata-se que a
jurisprudência consolidada do STF proibia via ADI a apreciação de lei de efeito concreto,
exemplo: lei municipal concedeu título de cidadania a João. Note-se que antes de 2007 o
STF não aceitava a utilização da ADI a fim de analisar lei orçamentária, alegando ser lei
concreta, visto que são atos administrativos que dizem onde devem ser aplicadas as
verbas. Todavia, após 2007 o próprio STF modificou o entendimento, considerando que
os artigos da lei orçamentária possuíam abstração. Por último, temos que as leis de
efeitos concretos podem ser objeto da ADI por conta do julgamento da ADI nº 4048 do
STF informativo 502 que teve como relator o Ministro Gilmar Mendes. Interessante é que
o aludido ministro já defendia essa tese na doutrina antes de ser ministro do STF.
VI– em vigor – não poderemos ingressar com uma ADI tomando como base uma lei ou
ato normativo que já foi revogado, com a vigência temporária expirada, como uma lei
orçamentária ou com a eficácia exaurida.
I – o presidente da república;
II – procurador geral da república;
III – governadores dos estados e do distrito federal;
IV – as mesas da câmara dos deputados e do senado;
V – a câmara legislativa do distrito federal;
VI – a mesa da assembleia legislativa;
VII – partidos políticos com representação no congresso nacional;
VIII – conselho federal da OAB;
IX – entidades de classe de âmbito nacional;
X – confederações sindicais.
A – O autor – Observe-se que a despeito de falarmos de sujeitos aqui não existem partes.
Temos que analisar a respeito da pertinência temática. Existem legitimados que precisam
de comprovação para que possa ingressar com a ADI, haja vista que nem todos possuem
interesse jurídico em determinadas matérias. Por outro lado, existem legitimados que são
universais, tendo em vista pela constituição presumir que qualquer questão tratada no
STF eles tenham sempre interesse.
Outro aspecto que teremos que avaliar é acerca da capacidade postulatória. Observe-se
que a procuração deve ser específica para ingressar com essas ações, conforme
jurisprudência consolidada.
O ADVOGADO GERAL DA UNIÃO – perceba-se que o seu papel nesse processo vai ser
totalmente distinta das suas funções habituais. Ele exercerá uma função específica que
poderia ser atribuída até mesmo a outro órgão. Por outro lado, também, em processos em
que o STF não discuta a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, não é necessária a
sua participação. Note-se que na ADPF o STF pode ou não discutir a
inconstitucionalidade de uma lei, então, a depender do caso concreto ele pode participar
ou não. Em caso de participação obrigatória, o AGU será citado para defender o objeto da
impugnação (lei ou ato normativo).
TERCEIROS – o art. 7º da lei 9868/99 dispõe que não cabe intervenção de terceiros na
ação direta de inconstitucionalidade. Todavia, prevê a figura do AMICUS CURAE. Esse
instituto é recente no nosso ordenamento jurídico, mas antigo no direito americano. Trata-
se de um terceiro que tenha conhecimentos técnicos que possam trazer elementos que
auxiliem o julgador. Apesar da proibição da intervenção de terceiros, a jurisprudência tem
denominado tal figura como terceiro especial, anômala, sui generis. O STF firmou o
entendimento de que o amicus curae não pode interpor os embargos de declaração, mas
poderá manejar o agravo regimental da decisão monocrática do relator que negue a sua
participação no processo, podendo se manifestar até o momento em que o relator libera o
processo para julgamento.
OBS1: A CAUSA DE PEDIR ABERTA é quando seus fundamentos não vinculam o STF
na hora de julgar. Por exemplo: o autor diz que a lei é inconstitucional por conta do artigo
“X” da CF88 e fundamenta. Quando do julgamento da ADI o STF concluiu que realmente
é inconstitucional, contudo a violação se deu pelo art. “Y” da CF88.
OBS2: O STF ESTÁ VINCULADO AOS LIMITES DO PEDIDO? O autor revela que o
artigo “X” da lei viola o artigo 5º da CF88, por exemplo. Assim, pode o STF dizer que
quem viola é o art. “Y” da lei e julgar a lei inconstitucional? Como regra geral o STF não
poderá atuar dessa maneira, porém comporta exceção no caso das denominadas:
Inconstitucionalidade Sucessiva – Imagine que a lei “2” revogou a lei “1”. Observe-se que
uma ADI julgou a lei “2” e declarou a inconstitucionalidade dessa lei. Como a
inconstitucionalidade é nula desde a origem, tem-se que essa lei não revogou a lei “1”.
Estamos diante dos efeitos repristinatório da inconstitucionalidade que recupera uma lei
anterior. Note-se, ainda, que o STF poderá tranquilamente examinar a constitucionalidade
da lei “1” e declará-la inconstitucional.
Contudo, existe um debate na doutrina para saber se o STF pode fazer tal prática sem
que tenha havido pedido nesse sentido. Constata-se que antes de 1996, a jurisprudência
consolidada acenava no sentido de proibir que o STF atuasse dessa maneira, declarando
a inconstitucionalidade de uma norma e sucessivamente declarando inconstitucional outra
norma sem que tenha havido pedido nesse sentido. Porém, através das ADIs nº 2154 e
2158 que ainda não foram totalmente julgadas, foram apreciadas revelando que o artigo
11, § 2º da lei 9868/99 é constitucional, por que é ela que autoriza tal prática, permitindo
que o STF quando declarar a inconstitucionalidade de uma lei que revogou uma lei
anterior, também possa negar de ofício a aplicação da referida lei.
5 – Admissibilidade - observe-se que todo e qualquer processo para que se possa dar
prosseguimento tem que ser admitido e numa ADI não é diferente. Surgiu uma questão
interessante quando se ingressa no STF alegando a inconstitucionalidade formal e o STF
além de apreciá-la deseja apreciar a inconstitucionalidade material. Diante desse fato, foi
colocado em votação no plenário e por 6 a 5 dos votos ficou decidido que o STF não
poderá atuar dessa forma.
Note-se que normalmente quando o STF julga uma ação, ele divulga a notícia de que
houve tal julgamento, publicando apenas a parte dispositiva para meses depois publicar o
acórdão na íntegra e diante desse fato, os efeitos da decisão somente começarem a
serem produzidos a partir da publicação do acórdão. É bom notar, também, que todas as
decisões em controle concentrado terá eficácia erga omnes e as cautelares terá efeitos ex
nunc, podendo o STF, caso deseje, conceda com efeitos retroativos (ex tunc).
Observe-se, ainda, caso a liminar seja deferida poderá ter efeito vinculante. É o que
depreende-se da dicção do art. 102 §2º da CF88, cabendo, também, reclamação ao STF
caso algum órgão a descumpra. Por outro lado, não caberá tal reclamação no momento
em que esta seja indeferida, haja vista que não possui efeito vinculante nessa hipótese.
Por último é bom lembrar que a liminar, igualmente como acontece com o deferimento da
ação principal, terá efeito repristinatório, podendo ainda, em caso de grande relevância
social, o relator dispensar o julgamento da cautelar e pedir ao tribunal que julgue
imediatamente a ADI.
7A – resultado:
I – procedência;
II – improcedência;
III – procedência parcial.
1 – inconstitucional;
2 – inconstitucional;
3 – constitucional.
Segundo o art. 24 da Lei 9868/99 todas as decisões são irrecorríveis, inclusive ação
rescisória, somente cabendo os embargos declaratórios. Por último, vale dizer que o
AMICUS CURAE não tem legitimidade para opor os embargos declaratórios.
Surge, então, uma dúvida. Pode haver pedido de modulação temporal em sede dos
embargos declaratórios? Houve um debate no STF e chegou-se a seguinte decisão:
Somente poderá existir o pedido de modulação se já havia tal pleito expresso na petição
da ADI e o STF se omitiu ao julgar, porque ficará caracterizada a omissão. Vale
acrescentar que será impossível haver a oposição desses embargos sob a alegação de
que houve contradição ou obscuridade.
3 – Objeto – Observe-se que a ADI e a ADC eram pra ser ações com os mesmos
elementos, todavia existem diferenças. Enquanto que na ADI seu objeto é a lei ou ato
normativo federal ou estadual, na ADC seu objeto é lei ou ato normativo apenas federal.
A – O autor – Observe-se que a despeito de falarmos de sujeitos aqui não existem partes.
Temos que analisar a respeito da pertinência temática. Existem legitimados que precisam
de comprovação para que possa ingressar com a ADI, haja vista que nem todos possuem
interesse jurídico em determinadas matérias. Por outro lado, existem legitimados que são
universais, tendo em vista pela constituição presumir que qualquer questão tratada no
STF eles tenham sempre interesse.
Outro aspecto que teremos que avaliar é acerca da capacidade postulatória. Observe-se
que a procuração deve ser específica para ingressar com essas ações, conforme
jurisprudência consolidada.
C – Advogado Geral da União – Observe-se que ele só será ouvido em caso de ação
onde se pleiteia a inconstitucionalidade de uma lei, visto que cabe a ele a defesa dessa
norma. Mas, como na ADC o que se quer é a constitucionalidade de uma lei ou ato
normativo, por óbvio estará excluído de participar.
D – Terceiros - TERCEIROS – o art. 7º da lei 9868/99 dispõe que não cabe intervenção
de terceiros na ação direta de inconstitucionalidade. Todavia, prevê a figura do AMICUS
CURAE. Esse instituto é recente no nosso ordenamento jurídico, mas antigo no direito
americano. Trata-se de um terceiro que tenha conhecimentos técnicos que possam trazer
elementos que auxiliem o julgador. Apesar da proibição da intervenção de terceiros, a
jurisprudência tem denominado tal figura como terceiro especial, anômala, sui generis. O
STF firmou o entendimento de que o amicus curae não pode interpor os embargos de
declaração, mas poderá manejar o agravo regimental da decisão monocrática do relator
que negue a sua participação no processo, podendo se manifestar até o momento em
que o relator libera o processo para julgamento.
5 – Aspectos Processuais:
C – Pedido específico.
Note-se que normalmente quando o STF julga uma ação, ele divulga a notícia de que
houve tal julgamento, publicando apenas a parte dispositiva para meses depois publicar o
acórdão na íntegra e diante desse fato, os efeitos da decisão somente começarem a
serem produzidos a partir da publicação do acórdão. É bom notar, também, que todas as
decisões em controle concentrado terá eficácia erga omnes e as cautelares terá efeitos ex
nunc, podendo o STF, caso deseje, conceda com efeitos retroativos (ex tunc).
Observe-se, ainda, caso a liminar seja deferida poderá ter efeito vinculante. É o que
depreende-se da dicção do art. 102 §2º da CF88, cabendo, também, reclamação ao STF
caso algum órgão a descumpra. Por outro lado, não caberá tal reclamação no momento
em que esta seja indeferida, haja vista que não possui efeito vinculante nessa hipótese.
Por último é bom lembrar que a liminar, igualmente como acontece com o deferimento da
ação principal, terá efeito repristinatório, podendo ainda, em caso de grande relevância
social, o relator dispensar o julgamento da cautelar e pedir ao tribunal que julgue
imediatamente a ADI. Por último, note-se que quando a liminar é deferida o STF tem 180
dias para julgar ação principal, sob pena de a liminar perder a eficácia.
7 – Decisão Final - O quórum para a decisão final deverá estar presente oito ministros e
julgados pela maioria absoluta dos seus membros (6 ministros).
7A – resultado:
I – procedência;
II – improcedência;
III – procedência parcial.
2 – Natureza Subsidiária – Significa dizer que quando não couber uma ADI ou ADC ou
outra ação de controle concentrado, caberá a ADPF, haja vista que esta veio com o
objetivo de suprir os casos não contemplados pelas outras ações. Todavia, existe uma
doutrina minoritária que advoga que no caso da forma difusa ela realmente dede ter o
caráter subsidiário, contudo no modelo concentrado, não. Porém prevalece o
entendimento do STF de que em ambos os casos a ADPF terá o caráter subsidiário.
3 – Elementos – São diferentes da ADI e da ADC. Tem como elemento evitar ou reparar a
lesão a preceito fundamental decorrente do poder público. Dessa forma, teremos aqui
como OBJETO O ATO DO PODER PÚBLICO e como PARÂMETRO UM PRECEITO
FUNDAMENTAL.
3.1 – Ato do Poder Público – existe uma grande dificuldade de se saber o que é um ato
do poder público, tendo em vista que, de vez em quando, o STF desqualifica determinado
ato como se fosse típico do poder público e qualificam outros que não eram considerados.
Por isso, nessa parte, é interessante acompanhar as decisões do STF a fim de saber
quais atos estão sendo considerados do poder público. Todavia, já se têm alguns indícios
para que possamos saber quais são eles, porém tal processo está em construção. Podem
ser:
I – atos normativos;
II – atos não normativos (decisões judiciais).
OBS: Acrescente-se que súmulas e veto a projetos de lei não são objetos da ADPF.
Observe-se que não existem apenas estes, porém foram os já citados pelo STF.
5 – Modalidades:
I – o presidente da república;
II – procurador geral da república;
III – governadores dos estados e do distrito federal;
IV – as mesas da câmara dos deputados e do senado;
V – a câmara legislativa do distrito federal;
VI – a mesa da assembleia legislativa;
VII – partidos políticos com representação no congresso nacional;
VIII – conselho federal da OAB;
IX – entidades de classe de âmbito nacional;
X – confederações sindicais.
A – O autor – Observe-se que a despeito de falarmos de sujeitos aqui não existem partes.
Temos que analisar a respeito da pertinência temática. Existem legitimados que precisam
de comprovação para que possa ingressar com a ADI, haja vista que nem todos possuem
interesse jurídico em determinadas matérias. Por outro lado, existem legitimados que são
universais, tendo em vista pela constituição presumir que qualquer questão tratada no
STF eles tenham sempre interesse.
Outro aspecto que teremos que avaliar é acerca da capacidade postulatória. Observe-se
que a procuração deve ser específica para ingressar com essas ações, conforme
jurisprudência consolidada.
O ADVOGADO GERAL DA UNIÃO – perceba-se que o seu papel nesse processo vai ser
totalmente distinta das suas funções habituais. Ele exercerá uma função específica que
poderia ser atribuída até mesmo a outro órgão. Por outro lado, também, em processos em
que o STF não discuta a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, não é necessária a
sua participação. Note-se que na ADPF o STF pode ou não discutir a
inconstitucionalidade de uma lei, então, a depender do caso concreto ele pode participar
ou não. Em caso de participação obrigatória, o AGU será citado para defender o objeto da
impugnação (lei ou ato normativo).
TERCEIROS – o art. 7º da lei 9868/99 dispõe que não cabe intervenção de terceiros na
ação direta de inconstitucionalidade. Todavia, prevê a figura do AMICUS CURAE. Esse
instituto é recente no nosso ordenamento jurídico, mas antigo no direito americano. Trata-
se de um terceiro que tenha conhecimentos técnicos que possam trazer elementos que
auxiliem o julgador. Apesar da proibição da intervenção de terceiros, a jurisprudência tem
denominado tal figura como terceiro especial, anômala, sui generis. O STF firmou o
entendimento de que o amicus curae não pode interpor os embargos de declaração, mas
poderá manejar o agravo regimental da decisão monocrática do relator que negue a sua
participação no processo, podendo se manifestar até o momento em que o relator libera
o processo para julgamento.
7 – Aspectos Processuais -
8 – Decisão Liminar – A função dessa liminar irá depender do objeto da ADPF. Como ela
é subsidiária, pode assumir várias funções, a depender do caso concreto. Observe-se que
decisão transitada em julgado não pode ser alvo da ADPF.
9 – Decisão Final - O quórum para a decisão final deverá estar presente oito ministros e
julgados pela maioria absoluta dos seus membros (6 ministros). Terá efeitos erga omnes,
possui efeito vinculante, decisão é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória,
mas caberão embargos de declaração. Caberá, ainda, reclamação para o STF caso haja
seu descumprimento.
Ela tem caráter mandatório. Perceba, por último, que só devemos verdadeiramente
qualificar uma inconstitucionalidade por omissão baseando-se na proporcionalidade do
tempo. Caso uma norma tenha que ser elaborada, mas ainda não foi, todavia a obrigação
de sua elaboração de uma emenda constitucional que entrou em vigor apenas um mês,
não se deve caracterizar tal omissão, haja vista que o parlamento precisa de um tempo
para estudar a elaboração desta lei.
II – amplitude:
I – o presidente da república;
II – procurador geral da república;
III – governadores dos estados e do distrito federal;
IV – as mesas da câmara dos deputados e do senado;
V – a câmara legislativa do distrito federal;
VI – a mesa da assembleia legislativa;
VII – partidos políticos com representação no congresso nacional;
VIII – conselho federal da OAB;
IX – entidades de classe de âmbito nacional;
X – confederações sindicais.
A – O autor – Observe-se que a despeito de falarmos de sujeitos aqui não existem partes.
Temos que analisar a respeito da pertinência temática. Existem legitimados que precisam
de comprovação para que possa ingressar com a ADI, haja vista que nem todos possuem
interesse jurídico em determinadas matérias. Por outro lado, existem legitimados que são
universais, tendo em vista pela constituição presumir que qualquer questão tratada no
STF eles tenham sempre interesse.
Outro aspecto que teremos que avaliar é acerca da capacidade postulatória. Observe-se
que a procuração deve ser específica para ingressar com essas ações, conforme
jurisprudência consolidada.
O ADVOGADO GERAL DA UNIÃO – perceba-se que o seu papel nesse processo vai ser
totalmente distinta das suas funções habituais. Ele exercerá uma função específica que
poderia ser atribuída até mesmo a outro órgão. Por outro lado, também, em processos em
que o STF não discuta a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, não é necessária a
sua participação. Note-se que na ADO somente na omissão legislativa parcial, onde se
argui a inconstitucionalidade de uma norma, o AGU será citado para defender o objeto da
impugnação (lei ou ato normativo).
A jurisprudência sempre firmou entendimento de que o AGU não precisará se pronunciar
quando já tiver pronunciamento do STF. Através da ADI nº 3961, o STF aperfeiçoou a
jurisprudência entendeu que o AGU não era obrigado a defender a lei quando ele achar
que tal norma seja inconstitucional.
TERCEIROS – o art. 7º da lei 9868/99 dispõe que não cabe intervenção de terceiros na
ação direta de inconstitucionalidade. Todavia, prevê a figura do AMICUS CURAE. Esse
instituto é recente no nosso ordenamento jurídico, mas antigo no direito americano. Trata-
se de um terceiro que tenha conhecimentos técnicos que possam trazer elementos que
auxiliem o julgador. Apesar da proibição da intervenção de terceiros, a jurisprudência tem
denominado tal figura como terceiro especial, anômala, sui generis. O STF firmou o
entendimento de que o amicus curae não pode interpor os embargos de declaração, mas
poderá manejar o agravo regimental da decisão monocrática do relator que negue a sua
participação no processo, podendo se manifestar até o momento em que o relator libera
o processo para julgamento.
5 – Aspectos Processuais -
5.3 – Da Medida Cautelar – observe-se que o STF através de uma decisão afirmou ser
incompatível a medida cautelar em sede de ADO, uma vez que não tem como exigir do
Poder Judiciário a elaboração de uma norma, pois mesmo com a decisão final ele não
pode garantir tal elaboração. Porém, com o advento da Lei 12.036/09 tornou-se possível,
pois ela trouxe no seu conteúdo tal possibilidade. Mas, como efetivá-la? Note-se que só
será concedida no caso de omissão parcial da lei, porque aqui existe uma lei vigendo e
ela poderá ser suspensa. Por último, frise-se, que caberá suspensão nos processos
judiciais e nas procedimentos administrativos.
5.4 – Decisão Final – Caso seja omissão por parte do poder legislativo, deve-se dar
ciência para a adoção de providências. Se for dos órgãos administrativos, deve dar
ciência para fazê-lo no prazo de 30 dias ou outro prazo razoável que o STF fixar. É bom
salientar que antes de 2007 o STF considerava a decisão em sede de ADO meramente
declaratória, todavia com o advento do mandado de injunção nº 741 o STF mudou seu
posicionamento, agora afirmando que tal decisão assume contornos mandamentais. Ex:
no caso da lei de greve dos servidores.
Tal decisão é irrecorrível, contudo caberá embargos de declaração, seu efeito é erga
omnes e ainda cabendo modulação na inconstitucionalidade de lei na omissão parcial.
Obs: Diferença Sobre ADO e mandado de Injunção – Note-se que na ADO é ação do
controle concentrado, enquanto no MI tutela os direitos subjetivos, via difusa. A
competência para o julgamento do ADO é do STF, já a MI caberá a qualquer juiz. A
finalidade da ADO é a proteção objetiva do sistema constitucional, já a finalidade da
MI é a proteção dos direitos subjetivos do cidadão. São legítimos para ingressar
com a ADO todos os legitimados da ADI, enquanto que os legitimados da MI é
qualquer titular do direito difuso. Por fim, as decisões da ADO produzem efeitos
erga omnes, enquanto na MI opera efeitos inter partes.
3 – hipóteses
2. PRINCÍPIOS
A. DA NECESSIDADE
B. DA TEMPORALIDADE
C. DA PROPORCIONALIDADE
3. PRESSUPOSTOS MATERIAIS:
A. Grave perturbação da ordem pública ou da paz social, mercê de instabilidade
institucional ou de calamidade de grandes proporções na natureza.
B. Que a ordem pública ou a paz social não possam ser restabelecidas pelos
instrumentos coercitivos normais,
4. PRESSUPOSTOS FORMAIS:
A. Prévia oitiva do conselho da república e do conselho de defesa nacional.
B. Decreto do presidente da república, determinando o tempo de duração, as áreas
abrangidas e quais as medidas adotadas.
C. Submissão do ato, com sua justificativa ao congresso nacional em 24h (maioria
absoluta). Se não tiver reunido, será convocado no prazo de 5 dias, devendo apreciar em
10 dias.
5. TEMPO DE DURAÇÃO:
Máximo de 30 dias, renovado uma única vez.
Passados esses prazos se não as medidas não se revelaram eficazes, poderá ser
decretado o Estado de Sítio.
6. AS GARANTIAS DE PROTEÇÃO DA LIBERDADE FICAM SUBSTITUÍDAS PELO
SEGUINTE:
A. Restrições ao direito de reunião
B. Sigilo de correspondências
C. Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos
ESTADO DE SÍTIO
2. ESPÉCIES:
I - MEDIDAS ADOTADAS: