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3 Versão Carlos Janerlandio Da Silva Araujo Ifrn Artigo Educação Inclusiva
3 Versão Carlos Janerlandio Da Silva Araujo Ifrn Artigo Educação Inclusiva
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3 METODOLOGIA
O presente estudo teve uma abordagem qualitativa do tipo bibliográfica. Para tanto, foi
feito uma revisão bibliográfica sobre a produção do conhecimento, para buscar subsídios
teóricos para o trabalho. Assim, foram realizadas pesquisas por meio de uma breve revisão de
materiais bibliográficos tais como artigos e livros, organizados de acordo com o assunto que
demanda este trabalho.
Dessa forma, compreende-se que a revisão bibliográfica do objeto tem o intuito de
colocar o pesquisador em contato direto com a literatura já produzida: dissertações, teses,
artigos e debates, procurando compreender as discussões acerca da pesquisa a que se propõe
no estudo (MARCONI; LAKATOS, 2007).
Nessa mesma linha de raciocínio, Gil (2008, p. 50) ressalta que a pesquisa
bibliográfica é realizada “[...] a partir de material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de
trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes
bibliográficas”. Desse modo, a utilização desse tipo de pesquisa tem significativo proveito
pelo fato de permitir ao pesquisador uma cobertura de fenômenos de forma mais vasta em
detrimento do que, porventura, poderia encontrar pontualmente no ambiente de pesquisa de
campo, caso o ele encontrasse percalços neste espaço.
Para dialogar com o estudo realizado na pesquisa, utilizou-se autores como: Mantoan
(2003), que discute a respeito das questões da educação inclusiva; Freire (1991; 2009), que
discorre sobre motricidade e movimento; Le Bouch (1982) e Nista-Piccolo e Moreira (2012),
que colaboram com os estudos sobre a criança o movimento, dentre outros. Portanto, destaca-
se que a revisão bibliográfica foi de suma relevância para estudar termos/assuntos relevantes
para esta pesquisa.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Estou convicta de que todos nós, professores, sabemos que é preciso expulsar a
exclusão de nossas escolas e mesmo fora delas e que os desafios são necessários, a
fim de que possamos avança, progredir, evoluir no nosso empreendimento. É fácil
receber os “alunos que aprendem apesar da escola” e é mais fácil ainda encaminhar
para classes e escolas especiais, os que têm dificuldade de aprendizagem e, sendo ou
não deficientes, para os programas de reforço e aceleração [...].
[...] É claro que é desejável que todos tenham habilidades bem desenvolvidas, mas o
risco que se corre é o de estreitar a visão para o problema, destacando o motor como
alguma coisa que ocorre unilateralmente. Ora, um simples ato de pegar só existirá
no momento em que a mão, que pode fazê-lo, interagir com o objeto a ser pego. A
mão que pega possui muitos recursos, mas o que se tem de ser pego está fora dela,
daí o sujeito precisar sempre completar-se no mundo, que possui a parte que lhe
falta (FREIRE, 2009, p. 20).
Freire (2009) discorda da crença de que os movimentos das crianças podem e, por
vezes, devem ser padronizados. Para ele, tal fenômeno deve, sim, ser considerado, porém,
ressalta as expressões de esquemas motores, ou seja, a ordenação de movimentos produzidos
pelo ser em dadas circunstâncias, produção de movimentos que é dependente de diversos
fatores, tais como os biológicos, sociais e ambientais.
Nesse sentido, Freire (2009) frisa que, nas questões relacionadas à aprendizagem do e
pelo movimento, validada pelo próprio autor, é preciso prover uma “educação de corpo inteiro
[...] um corpo em relação com os outros corpos e objetos, no espaço. Educar corporalmente
uma pessoa não significa provê-la de movimentos qualitativamente melhores, apenas [...]”.
(FREIRE, 2009, p. 77, grifos do autor). Portanto, é necessária a promoção de uma educação
que permita, também, fruir das experiências de imobilidade, do fazer e do não fazer.
À vista disso, os movimentos que a criança desenvolve gradualmente vão
organizando-se e categorizando-se. Com o passar do tempo, esses movimentos assumem
sentidos que terão forte interferência no seu comportamento. Sendo assim, a infância torna-se
um período de necessária fruição de movimentos básicos para a devida sustentação dos anos
posteriores, correndo o risco de, caso não tenha atendido à demanda e às necessidades do
período infantil, ter problemas não somente motores, mas sociais, cognitivos, afetivos e
psicológicos. Assim, “[...] podemos citar a estreita relação da dimensão motora com os
aspectos cognitivos, que requerem capacidade de entender e pensar. Por meio de soluções de
tarefas motoras, a criança aprimora seu raciocínio e estimula sua criatividade [...]” (NISTA-
PICCOLO; MOREIRA, 2012, p. 44).
O curso de desenvolvimento dos movimentos na infância é o mesmo para todas as
crianças, porém, é preciso destacar que há crianças que podem ter um desenvolvimento
acelerado e outras que poderão ter uma certa lentidão nos seus anos de desenvolvimento, os
motivos disso podem ser os mais diversos, pois é um fenômeno que é condicionado aos
aspectos biológicos e experienciais, assim, quanto mais oportunidades de estímulos motores,
de vivências de movimentos na infância, mais vasta suas habilitares motoras (FREIRE, 2009).
Destarte, a motricidade tem o poder de auxiliar na inclusão e no desenvolvimento das
crianças, seja por meio da sua percepção corporal no mundo e no ambiente que as cercam ou
seja por meio das possibilidades de evolução mediante aa fruição e reflexão dos movimentos
executados.
Nesse sentido, inúmeras possibilidades são destacadas para que a criança, na plenitude
da sua infância, possa fruir, construir e reconstruir sua vida por meio da motricidade em
diversos contextos e tempos. Jogos, brincadeiras, danças e músicas são alternativas que,
dentro de cada contexto cultural e inclusivo, podem, e devem, proporcionar as mais
significativas experiências motoras às crianças, as quais não simplesmente aprendem aquela
ou esta habilidade motora, mas, de fato, têm seu desenvolvimento pleno e de direito,
independente da sua condição física, mental, social ou cultural, conforme os pensamentos de
Nista-Piccolo e Moreira (2012) e Freire (2009).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CHIVIACOWSKY, S.; SCHILD, J.; PINHO, R. Educação física escolar até 4ª série: em
busca da erradicação do analfabetismo motor. Em: L. C. Rigo, F. O. Thomaz, e E. R. Pardo
(Eds.). Além da Universidade. (Unijuí), 2006, p. 63-74.
FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: 1º
edição. Editora Scipione, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1982.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como Fazer?. São Paulo:
Moderna, 2003.