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SPED – ICMS-IPI

NFe
SENAC 24 de Maio
Profa. Rosemeire A. S. Condini
2017
SPED – Fiscal (EFD-ICMS/IPI –
Escrituração Fiscal Digital-
ICMS/IPI)
SPED – Fiscal
Constitui-se de um arquivo digital, composto de um conjunto de escriturações de
documentos fiscais (Notas fiscais de compras, vendas, devoluções, etc.) e de
outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas (bases de
cálculo do ICMS, ICMS-ST, etc.) e da Secretaria da Receita Federal do Brasil (IPI
basicamente).
Além disto, promove a integração dos fiscos federal, estaduais, Distrito
Federal e, futuramente, municipais, e dos Órgãos de Controle mediante a
padronização, racionalização e compartilhamento das informações fiscais
digitais, bem como integrar todo o processo relativo à escrituração fiscal
formando uma base comum de consultas a estes entes.
OBRIGATORIEDADE

É obrigatório a adoção e a transmissão da EFD todos os


contribuintes do ICMS e do IPI a partir de 01/01/2014.

(Protocolo ICMS Nº 03/2011, com nova redação do parágrafo 2º,


cláusula 1ª do Protocolo ICMS Nº 25/2012)
As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo SIMPLES
NACIONAL estão por hora dispensadas da adoção e transmissão (Protocolo
ICMS Nº 91/2013, que deu nova redação a cláusula 2ª do Protocolo ICMS Nº
03/2011).

Cláusula 2ª - Ficam dispensados de efetuar a Escrituração Fiscal Digital - EFD o estabelecimento de:

I - Microempreendedor Individual - MEI optante pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais
dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional - SIMEI;

II - Microempresa - ME e Empresa de Pequeno Porte - EPP optantes pelo Simples Nacional, salvo o que
estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma do parágrafo 1º do artigo 20 da Lei
Complementar nº 123/2006.
MATRIZ E FILIAL

O contribuinte que possuir mais de um estabelecimento, seja filial, sucursal,


agência, depósito, fábrica ou outro qualquer, deverá prestar as informações
relativas à EFD em um único arquivo digital individualizado por estabelecimento,
ainda que a apuração dos impostos ou a escrituração contábil seja efetuada de
forma centralizada.
ADESÃO VOLUNTÁRIA

As empresas optantes pelo Simples Nacional podem optar voluntariamente pela


adoção da EFD mediante solicitação de credenciamento.

A solicitação deverá ser efetuada pelo próprio contribuinte por meio de acesso ao
sistema de credenciamento disponível na Internet, no endereço eletrônico:

https://www.fazenda.sp.gov.br/sped/credenciamento/credenciamento.asp
Tanto na obrigatoriedade ou na opção voluntária é necessário
o uso de certificação digital.
OBRIGATORIEDADE NO DESENQUADRAMENTO DO SIMPLES

A obrigatoriedade do credenciamento para adoção e transmissão da EFD


será automático a partir da data em que o contribuinte for desenquadrado
do Simples.
ABERTURA DE PRIMEIRA FILIAL

O credenciamento de novos estabelecimentos vinculados ao CNPJ base já


obrigado à EFD é feito de forma automática.
G.I.A. – Guia de Informação e Apuração do ICMS

Mesmo que todas as informações referentes a apuração do ICMS constem na


EFD a entrega da GIA – Guia de Informação e Apuração do ICMS, continua
sendo obrigatória até que alguma norma a dispense.
ARQUIVOS SINTEGRA

O contribuinte paulista obrigado à entrega da EFD está dispensado dos arquivos


do Sintegra, pois a EFD já contém a totalidade das informações fiscais.
REGRAS PARA VALIDAÇÃO E TRANSMISSÃO

Os contribuintes credenciados na EFD devem seguir os seguintes passos:

a) Gerar o arquivo em formato texto dentro das especificações do Ato


COTEPE/ICMS nº 09/2008;

b) Importar, validar e assinar digitalmente o arquivo utilizando para tanto o


Programa Validador da EFD - PVA;

c) Transmitir a EFD por meio do Receitanet previamente instalado.


RETIFICAÇÃO DE ESCRITURAÇÃO

A EFD-ICMS/IPI pode ser retificada, sem autorização, até o último dia do terceiro
mês subsequente ao encerramento do mês da apuração (Ex.: Outubro de 2016
pode ser retificado até 31 de Janeiro de 2017).

Após este prazo só com autorização do Fisco, que deve ser formulada junto ao
posto fiscal a que pertence o contribuinte.
MULTA PARA ENTREGA EM ATRASO DA EFD-ICMS/IPI

O atraso na entrega está sujeito a 2 multas:

1) Uma de competência da Secretaria de Fazenda Estadual. A legislação


paulista não prevê multa especifica para a falta ou atraso na entrega da EFD,
mas o regulamento do ICMS prevê multas aplicáveis às infrações relativas a
livros fiscais, contábeis e registros magnéticos.

2) Outra de competência da RFB, prevista no Regulamento do IPI – Decreto


7212/2010, art. 272 c/c art. 453 e art. 592, com a redação do art. 57 da
Medida Provisória 2.158-35/2001 e posteriores modificações, que dispõe:
MULTA PARA ENTREGA EM ATRASO DA EFD-ICMS/IPI

a) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas


que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na
última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou pelo
Simples Nacional;

b) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas


jurídicas;

Estas multas serão reduzidas à metade, quando a escrituração digital for apresentada após o prazo,
mas antes de qualquer procedimento de ofício (intimação ou fiscalização).
A TRANSMISSÃO DA EFD DISPENSA A IMPRESSÃO DOS LIVROS FISCAIS

A transmissão da escrituração via Sped EFD dispensa a impressão dos seguintes livros fiscais:

a) Livro Registro de Entradas;

b) Livro Registro de Saídas;

c) Livro Registro de Inventário;

d) Livro Registro de Apuração do IPI;

e) Livro Registro de Apuração do ICMS;

f) Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP;

g) Bloco K** - Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (a partir de 01/01/2017).


BLOCO K

O Ajuste SINIEF 25/2016 dispôs o seguinte calendário de obrigatoriedade de


implantação:

a) 01/01/2017 - Restrita à informação dos saldos de estoques escriturados nos Registros


K200 e K280, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) para estabelecimentos industriais
pertencentes a contribuintes com faturamento anual igual ou superior a R$ 300 milhões.

a1) 01/01/2018 - Restrita à informação dos saldos de estoques escriturados nos Registros
K200 e K280, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) para estabelecimentos industriais
pertencentes a contribuintes com faturamento anual igual ou superior a R$ 78 milhões.
Ex.: Fabricação de prod. Alimentícios, de bebidas, de produtos do fumo, de produtos têxteis,
de maquinas e equipamentos, de veículos automotores, de móveis, etc.
BLOCO K

b) 01/01/2019 - Escrituração completa do Bloco K, para os estabelecimentos industriais


classificados nas divisões 11, 12 e nos grupos 291, 292 e 293 da CNAE;
Ex.: Fabricação de produtos alimentícios e fabricação de bebidas.

c) 01/01/2020 - Escrituração completa do Bloco K, para os estabelecimentos industriais


classificados nas divisões 27 e 30 da CNAE;
Ex.: Fabricação de maquinas, aparelhos e materiais elétricos e fabricação de outros
equipamentos de transporte, exceto veículos automotores.
BLOCO K

d) 01/01/2021 - Escrituração completa do Bloco K, para os estabelecimentos industriais


classificados na divisão 23 e nos grupos 294 e 295 da CNAE;
Ex.: Fabricação de produtos de minerais não metálicos.

e) 01/01/2022 - Escrituração completa do Bloco K, para os estabelecimentos industriais


classificados nas divisões 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 26, 28, 31 e 32 da
CNAE.
**Todas as demais categorias obrigadas e não mencionadas anteriormente.
BLOCO K X BLOCO H

BLOCO K: Efetua o controle da produção de produtos acabados, insumos e os


produtos acabados. É mensal e obrigatório para estabelecimentos industriais.

BLOCO H: É a informação anual da posição de todos os estoques da empresa.


Em regra as empresas fecham seu balanço em 31/12, e a apuração do estoques
deverá ser informada geralmente na escrituração de fevereiro, entregue em março,
sendo obrigatório para todas as empresas.
PRAZO DE TRANSMISSÃO EFD

É de periodicidade mensal e deverá ser transmitida até o dia 20 do mês


subsequente ao do fato gerador.
(Vigência a partir da competência Abril de 2016, antes era dia 25).

(Portaria CAT 147/2009, art. 10)


PERFIL DE ENQUADRAMENTO

O perfil de enquadramento determina o modo de apresentação do arquivo e é


determinado pela UF do domicilio do contribuinte e a critério desta também poderá ser
alterado:

- Perfil A, determina a apresentação dos registros de forma mais detalhada;

- Perfil B, determina a apresentação de forma sintética (por período diário e mensal);

- Perfil C, implementado a partir de 01/01/2013, é utilizado para a apresentação de


escriturações mais simplificadas.

O perfil pode ser conferido no cadastro do estabelecimento no Ambiente Nacional


do Sped:

https://www.sped.fazenda.gov.br/spedfiscalserver/ConsultaContribuinte/Default.aspx
A pesquisa de perfil de enquadramento nos apresenta o seguinte:

- Perfil à ser utilizado;


- Data de inicio da obrigatoriedade e
- Data final (se houver)
BLOCOS DE ESCRITURAÇÃO

O arquivo digital é constituído de Blocos, e cada bloco possui:

- Registro de abertura;
- Registros de dados e
- Registro de encerramento

Cada um deles refere-se a um agrupamento de documentos e outras informações


econômico-fiscais.

É obrigatório que todos os blocos sejam apresentados na sequência, conforme


Tabela Blocos abaixo, é obrigatória, sendo que o Registro de abertura é um
indicativo se haverá ou não informação.
TABELA DE BLOCOS

BLOCO DESCRIÇÃO

0 Abertura, Identificação e Referências

C Documentos Fiscais I - Mercadorias (ICMS/IPI)

D Documentos Fiscais II - Serviços (ICMS)

E Apuração do ICMS e do IPI

G Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente (CIAP)

H Inventário Físico

K Controle da Produção e do Estoque

1 Outras Informações

9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital


REGISTROS

Os Registros são compostos de campos que devem ser apresentados de forma


sequencial e ascendente formando uma hierarquia e referem-se as informações
de cada bloco. São chamados de registro PAI e registros FILHOS.

Exemplo:
Bloco C Documentos fiscais I - Mercadorias
Registro C100 Tipo de Documento Pai
01 - Nota Fiscal
55 – Nota Fiscal Eletrônica
65 – NFE para consumidor final (SAT)
Registro C110 Complemento do documento filho

Todos os Registros com a observação de "registro obrigatório" devem


constar do arquivo.
ARQUIVO HIERÁRQUICO

Significa que os registros filhos devem ser lançados logo após o registro pai.
Como exemplo, havendo mais de um registro C100, após o primeiro, todos
os seus filhos devem ser informados, e só então o próximo registro C100
deve ser informado.
REGISTROS POR PERFIL

O preenchimento de registros é condicionado ao perfil de enquadramento do


declarante e obedecendo ao perfil A que determina a apresentação dos registros
mais detalhados, o perfil B trata as informações de forma sintética (totalizações
por período: por exemplo, diário e mensal) e o perfil C que é extremamente mais
sintético que o B.
TABELAS EXTERNAS

São tabelas obrigatórias e que dizem respeito a códigos associados aos entes
federativos, produtos, operações e outros itens tais como:

- CFOP

- NCM

- Tabela de códigos de municípios do IBGE, etc.

As tabelas devem ser atualizadas sempre e o próprio programa o faz


automaticamente com um comando do usuário.
TABELAS DO INFORMANTE

São tabelas de uso especifico de cada informante e dizem respeitos aos


produtos e as operações tais como:

- Identificação do item (produto ou serviço)

- Natureza da operação

- Unidades de medidas

- Bens ou componentes do Ativo Imobilizado, etc.


Faremos agora a nossa EFD-ICMS/IPI ref. ao mês de dezembro de 2016 com
o lançamento de 2 notas fiscais de aquisições de Mercadorias abaixo e da
Nfe que elaboramos sobre a venda de mercadorias.

a) Nota extemporânea, isto é com a data de 01/09/2016 e que não foi


lançada na escrituração do mês de setembro e

b) Nota emitida no mês de dezembro de 2016.


Antes de iniciarmos a escrituração é necessário que
Façamos a atualização das tabelas (CFOP, CST, NCM, etc.).
Só preencher o campo “Inscrição ST” se o declarante possuir inscrições
estaduais em outros estados como substituto tributário do ICMS
Registro utilizado para informações cadastrais das pessoas
físicas ou jurídicas envolvidas nas transações comerciais
com o estabelecimento, no período (clientes e fornecedores).
Participantes sem movimentação no período não devem ser
informados neste registro.
Este registro tem por objetivo descrever as unidades de
medidas utilizadas no arquivo digital.
Este registro tem por objetivo informar mercadorias, serviços, produtos ou quaisquer
outros itens concernentes às transações fiscais e aos movimentos de estoques em
processos produtivos, bem como os insumos. Como a empresa não é uma indústria
não informar nada.
Este registro tem por objetivo codificar as diferentes naturezas da
operação/prestação utilizadas nos documentos fiscais. Esta codificação é
livremente criada e mantida pelo contribuinte. Este registro não se refere ao
CFOP. Algumas empresas utilizam outra classificação interna além das
apresentadas nos CFOP que é fiscal.
Este registro tem por objetivo codificar todas as informações
complementares dos documentos fiscais exigidas pela legislação fiscal.
Estas informações constam no campo “Dados Adicionais” dos documentos
fiscais.
Este registro é utilizado para informar anotações de escrituração
determinadas pela legislação pertinente aos lançamentos fiscais, tais
como: ajustes efetuados por diferimento parcial de imposto,
antecipações, diferencial de alíquota e outros.
Este registro tem o objetivo de identificar e caracterizar todos os bens
ou componentes adquiridos para o Ativo Imobilizado, bem como os
bens em construção.
Os registros de Plano de Contas e Centro de Custos servem para a
integração da escrita fiscal com a contabilidade.
Vamos fechar o cadastro e partir para a escrituração
Para criar uma nova escrituração
Marcar a linha e OK
Vamos usar o perfil C,
Para lançamentos sintéticos.
A 1ª tela que se abre são os relatórios, ou seja
Os livros fiscais que serão impressos após os
Lançamentos fiscais. Vamos para a escrituração.
É necessário importar os participantes já cadastrados
CTRL + click para marcar todos os participantes
Preencher se a mercadoria for vendida em fracionamento, por
Exemplo, por metro, kilo, etc.
Item/Produto: Não houve cadastro em itens/produtos, pois é exclusivo
Para produção industrial.
Natureza da Operação/Prestação: Só necessário para o perfil A, pois é
Uma escrituração completa.
Só para o perfil A, pois há um cruzamento da
Chave da Nfe com a coleta das informações.
São demonstrados todas as possíveis notas fiscais de entradas
Que poderemos lançar, como já estamos na tela de Nfe basta
Acrescentar o documento.
Nota de set. lançada em dez. por isso é
extemporânea.
Agora vamos ao lançamento da nota de saída
que emitimos.
Selecionar qual o tipo de documento de saída
Obrigatoriamente os documentos de saídas devem
ser lançados de acordo com sua espécie. No nosso
caso será uma Nfe.
Informar as apurações de ICMS e IPI
Informar as apurações de ICMS e IPI
Esta ficha representa o resumo
Da apuração do ICMS do mês.
Havendo informações de ICMS-ST, Diferencial de Alíquotas
e IPI as respectivas fichas devem ser registradas.
Se o ICMS fosse devedor deverá preencher
Esta ficha.
Estas informações serão utilizadas em alguns casos específicos como
O ressarcimento, por isto há a necessidade de informar os valores retidos
De ICMS-ST.
VALIDAÇÃO

Rolar até as informações do Bloco1


VALIDAÇÃO

Rolar até as informações do Bloco1


Informações de registros obrigatórios em alguns casos específicos.
Este bloco diz respeito a informações especificas,
Como vendas com cartão de credito, com cartão
De débito, transporte de cargas e de passageiros, etc
REGISTRO 0990: ENCERRAMENTO DO BLOCO 0

Este registro tem por objetivo identificar o encerramento do bloco e é


criado na validação com o certificado digital.
Ele informa a quantidade registros existentes no bloco.

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