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Data: 11/9/2007 - Hora:18:15:17

Gênesis

Chave: Princípio

Gênesis; Do grego genesis, origem.

Comentário:
Gênesis pode ser descrito com exatidão como o livro dos inícios. Pode
ser dividido em duas porções principais. A primeira parte diz respeito à
história da humanidade primitiva (caps. 1-11). A segunda parte trata da
história do povo específico que Deus escolheu como o Seu próprio
(caps.12-50), para si. O autor apresenta o material de forma
extremamente simples. Oferece dez "histórias que podem ser
prontamente percebidas segundo o esboço do livro. Algumas dessas
histórias são breves e muito condensadas, mas, não obstante, ajudam a
completar o conteúdo. É bem possível que o autor do livro tenha
empregado fontes informativas, orais e escritas, pois seus relatos
remontam à história mais primitiva da raça humana. Embora muito se
tenha escrito sobre o assunto das possíveis fontes literárias do livro de
Gênesis, há muitas objeções válidas que nos impedem de aceitar os
resultados da análise destas "fontes".

O livro de Gênesis salienta, por todas as suas páginas, a desmerecida


graça de Deus. Por ocasião da criação do munto, a graça se exibe na
maravilhosa provisão preparada por Deus para as Suas Criaturas. Na
criação do homem, a graça de Deus se manifesta no fato que ao homem
foi concedida até mesmo a semelhança com Deus. A Graça de Deus se
evidencia até mesmo no dilúvio. Abraão foi escolhido, não por
merecimento, mas antes, devido ao fato de Deus ser cheio de graça. Em
todos os seus contatos com os patriarcas. Deus exibe grande
misericórdia: sempre recebem muito mais favor do que qualquer deles
poderia ter merecido.

Há uma outra importante característica do livro de Gênesis que não se


pode esquecer, a saber, o modo eminentemente satisfatório pelo qual
responde nossas perguntas sobre as origens. O homem sempre haverá
de querer saber como o mundo veio à existência. Além disso, sente bem
dolorosamente o fato de que alguma grande desosordem caiu sobre o
mundo, e gostaria de saber qual a sua natureza; em suma, preocupa-se
em saber como o pecado e todas as suas tremendas consequências
sobrevieram. E, finalmente, o homem precisa saber se existe alguma
esperança básica e certa de redenção para este mundo e seus
habitantes de que consiste essa esperança, e como veio a ser posse do
homem.

Autor:
Ninguém pode afirmar com absoluta certeza que sabe quem escreveu o
livro de Gênesis. Visto que Gênesis é o alicerce necessário para os
escritos de Êxodo a Deuteronômio, e visto que a evidência disponível
indica que Moisés escreveu esses quatro livros, é provável que Moisés
tenha sido o autor do próprio livro de Gênesis. A evidência apresentada
pelo Novo Testamento contribui para essa posição (cfe. especialmente
João 5:46-47); Lucas 16:31; 24:44). Na tradição da Igreja, o livro de
Gênesis tem sido comumente designado como Primeiro Livro de Moisés.
Nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa
tradição.

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Traduzido por João Bentes, da Holman Study Bible, publicada pela A. J.
Holman Co. de Philadelphia, Pa (EUA), cfe. A Bíblia Vida Nova, S.R.
Edições Vida Nova, São Paulo, Brasil, 1980.
Data: 11/9/2007 - Hora:18:17:38
Êxodo
Chave: Redenção

Êxodo; saída.

Comentário:
Assim como Gênesis é o livro dos começos, Êxodo é o livro da
redenção. O livramento dos israelitas oprimidos do Egito é tipo de toda a
redenção. (I Coríntios 10:11). A severidade da escravidão no Egito (tipo
do mundo) e Faraó (um tipo de Satanás) Exigiam por assim dizer, a
preparação do libertador Moisés (2:1-4:31), um tipo de Cristo. A luta com
o opressor (5:1-11:10) culmina com a partida (grego, êxodo ou saída)
dos hebreus do Egito. São remidos pelo sangue do cordeiro pascoal
(12:1-28) e pelo poder de Deus manifestado na travessia do mar
Vermelho (13:1-14:31). A experiência da redenção, festejada mediante o
cântico triunfal dos redimidos (15:1-21), é seguida pela prova que têm de
enfrentar no deserto (15:22-18:27). No monte Sinai a nação redimida
aceita a lei (19:1-31:18). O não depender da graça conduz a infração e à
condenação (32:1-34:35). Contudo, triunfa a graça de Deus ao ser dado
ao povo o tabernáculo, o sacerdócio e os sacrifícios, mediante os quais
o povo redimido podia adorar o Redentor e ter comunhão com ele (36:1-
40:38).

Autor:
Embora o livro de Êxodo não declare em nenhum lugar que Moisés
fosse seu autor, toda a lei abrangida pelo Pentatêuco, que compreende
principalmente a parte que se estende desde Êxodo 20 e atravessa o
livro de Deuteronômio, declara mediante termos positivos e explícitos
seu caráter mosáico. Afirma-se que Moisés é o escritor do livro do pacto
(capítulos 20 a 23) que abrange os dez mandamentos bem como os
juízos e as ordenanças que os acompanham (24:4, 7). Afirma-se que o
assim chamado código sacerdotal, que se ocupa do ritual do tabernáculo
e do sacerdócio que figura no restante do livro do Êxodo (exceto os
capítulos 32 a 34), foram dados diretamente por Deus a Moisés (25:1,
23, 31; 26:1, e assim por diante). O levantamento do tabernáculo
apresenta-se como um trabalho "segundo o Senhor havia
ordenado..."Tanto esta terminologia como outras semelhantes aparecem
muitas vezes nos capítulos 39 e 40. A paternidade literária mosaica é
igualmente ressaltada numa destacada seção narrativa: a vitória de
Israel sobre Amaleque (17:4). Em uma referência tomada do capítulo 3
do Êxodo, o Senhor Jesus denomina o Pentateuco em geral e o Êxodo
em particular, "o livro de Moisés" (Marcos 12:26). A atual exegese
conservadora, bem como a tradição, sempre afirmaram que Moisés é o
autor. As teorias de alguns críticos não nos oferecem substitutivo
adequado para a autenticidade mosaica.

-
Merrill F. Unger
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:18:06
Levítico
Chave: Santidade

Levítico; Referênte aos levitas

Comentário:
Conforme diz o nome, Lévitico, o terceiro livro de Moisés ressalta a
função dos sacerdotes de Israel, membros da tribo de Levi aos quais
Deus escolheu para prestar serviços em seu santuário (Deuteronômio
10:8). Portanto, muitos crentes pensam que o Levítico é uma espécie de
manual técnico que orientava os antigos sacerdotes nos pormenores
das cerimônias que o povo de Deus já deixou de observar, e por isso
mesmo, o Levítico é hoje o menos prezado dos livros do Pentateuco.
Contudo, devemos afirmar que sua mensagem estava dirigida
originariamente a todos os crentes (Levítico 1:2), e suas verdades
continuam sendo de principal significado para o povo de Deus, visto que
o Levítico contitui a primeira revelação pormenorizada do tema vivo do
Grande Livro em geral, isto é, a revelação da forma mediante a qual
Deus restaura o homem perdido. Tanto a atividade redentora de Deus
como a conduta do homem que se apropria de tal redenção se acham
resumiddas no versículo-chave, que diz: "Ser-me-eis santos, porque eu,
o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus
"(20:26).
A fim de realizar a salvação e restaurar o homem ao seio de seu
Criador, é preciso prover um meio de acesso a Deus. A primeira metade
do Levítico (capítulos 1 a 16) apresenta-nos, assim, uma série de
medidas de caráter religioso que representam a forma mediante a qual
Deus redime os perdidos, separando-os de seus pecados e suas
consequências. Os diversos sacrifícios (capítulos 1 a 7) eram figuras,
por assim dizer, da morte de Cristo no Calvário, onde aquele que não
tinha pecados sofria a ira de Deus em nosso lugar, para que
pudéssemos ser salvos de nossa culpa (II Coríntios 5:21; Marcos 10:45).
Os sacerdotes levíticos (capítulos 8 a 10), prefiguravam o serviço fiel de
Cristo ao efetuar a reconciliação pelos pecados do povo (Hebreus 2:17).
As leis da limpeza e purificação (capítulos 11-15) deviam constituir-se
em lembranças perpétuas do arrependimento e da separação da
impureza, que deve caracterizar os redimidos (Lucas 13:5), enquanto o
dia culminante do culto de expiação (capítulo 16) proclamava o perdão
de Deus para os que se humilhassem mediante uma entrega fiel a
Cristo, o qual proporcionaria acesso ao próprio céu (Hebreus 9:24).
Mas a salvação não é apenas separação do mal: abrange uma união
positiva ao que é bom, justo. De modo que a segunda metade do
Levítico (capítulos 17-27) apresenta uma série de padrões práticos do
que o homem deve aceitar a fim de viver uma vida santa. Esta conduta
prática inclui expressões de devoção em assuntos cerimoniais (capítulo
17), na adoração (capítulos 23 a 25), mas giram em torno de assuntos
de conduta diária do amor sincero a Deus, e citando desta parte do
Levítico: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (19:18).
Em sua forma, Levítico existe principalmente como legislação expressa
por Deus: "Chamou o Senhor a Moisés e... disse: Fala aos filhos de
Israel, e dize-lhes..."(1:1-2), As duas narrativas históricas (capítulos 8 a
10 e 24:10-22) servem-nos de pano de fundo para assuntos de caráter
legislativo: e a única variante em sua forma, o sermão final de exortação
de Moisés (capítulo 26), é seguido de um apêndice de leis que regulam
matérias que em si mesmas não são obrigatórias (capítulo 27).

Autor:
Em mais de 50 pontos em seus 27 capítulos, o Levítico afirma ser
palavra de Moisés dirigida por Deus. O Novo Testamento também cita o
livro ao dizer: "Ora, Moisés escreveu..."(Romanos 10:5). Os críticos que
relegam o Levítico a um milênio depois de Moisés, fazem-no a expensas
da integridade da evidência bíblica. As Sagradas Escrituras descrevem o
Levítico como livro dado a Israel pouco depois que os israelitas foram
adotados como o povo da aliança de Deus (Êxodo 19:5). Fora-lhes dada
a lei moral básica, o Decálogo (Êxodo 29:43; 40:34). A seguir, vem o
Levítico, segundo Deus o havia prometido (Êxodo 25:22), como guia
para a conduta e para a adoração. Sua legislação e seus
acontecimentos abrangem tão-somente algumas semanas de tempo,
desde o levantamento do tabernáculo por parte de Moisés (Êxodo20:17),
até à partida de Israel do monte Sinai, menos de dois meses depois
(Números 10:11), no mês de maio de 1445 a.C., segundo datas fixadas
pela maioria dos exegetas evangélicos.

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J. Barton Payne
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:18:31
Números
Chave: Peregrinação

Comentário:
O livro de Números deriva seu nome em nossas Bíblias em português,
como nas versões latina e grego, dos dois censos nele narrados. Em
realidade, o livro forma uma divisão de um conjunto maior, o
Pentaceuco. Entre os escribas judeus ele era conhecido principalmente
pelo nome de "no deserto", que em hebraico é uma só palavra,
"bemidbar", título tomado do primeiro versículo. É um título apropriado,
de vez que o tema do livro gira em torno das vicissitudes e vitórias do
povo de Israel desde o dia em que deixou a zona zul do Sinai até chegar
às fronteiras da Terra Prometida.
O livro de Números parece, às vezes, constituir uma coleção não muito
estruturada de informações, narrativas e rituais ou lei civil. Contudo,
estas informações são sempre pertinentes à história, ao passo que os
pronunciamentos legais surgem, com frequência, das exigências da
situação na vida, tal como a autorização para celebrar uma páscoa
especial (9:1-14) em circunstâncias que impediam a observância da
páscoa regular; ou o pedido das filhas de Zelofeade (27:1-11) cujo
resultado foi que Deus estabeleceu medidas para a herança das filhas
quando não houver filho sobrevivente.
No aspecto histórico, o livro de Números começa onde termina o Êxodo,
dando lugar necessariamente às seções de narrativas dispersas de
Levítico. Abrange um período de aproximadamente 40 anos na história
da caminhada de Israel sobre a Palestina. Conquanto estes anos
descrevam, em geral, a peregrinação, é evidente que o povo residiu ao
sul de Canaã, principalmente na zona conhecida como o Neguebe, não
muito distante de Cades- Barnéia, durante 37 anos. No decorrer desse
período, o tabernáculo foi o ponto central tanto da vida civil como da
religiosa, visto como era aqui onde Moisés exercia suas funções
administrativas. Presume-se que o povo seguia os costumes dos povos
nômades, vivendo em tendas e apascentando os rebanhos nas estepes
semi-áridas. Nestas circunstâncias, o povo necessitava da provisão
especial divina de alimentos e água.
No livro de Números, Deus é apresentado como um soberano que exige
absoluta obediência à sua santa vontade, mas que também demonstra
misericórdia ao penitente e obediente. Assim como o pai educa e castiga
os filhos. Deus dirige a Israel, seu povo amado. Escolhe entender-se
com o homem servindo-se de mediadores. Destes, Moisés é único,
embora outros talvez estejam dotados de dons proféticos e até mesmo
um pagão, Balaão, pode ser usado, visto como Deus é o Deus dos
espíritos e de toda a carne.
No Novo Testamento se encontram diversas referências ao livro de
Números, em que o livramento do Egito é considerado como modelo
terreno da redenção eterna. Afirma-se que as experiências no deserto
estão registradas para nossa admoestação (I Coríntios 10:11). Nosso
Senhor Jesus Cristo referiu-se ao incidente da serpente de bronze como
ilustração da forma em que ele próprio será levantado a fim de que os
que crêem nele não pereçam mas tenham a vida eterna.

Autor:
Tanto judeus como cristãos tradicionalmente têm considerado Moisés o
autor do livro de Números. Considerando que o período mosaico é,
quando menos, de 1300 anos antes de Cristo, o livro, em sua forma
atual, passou por muitas mãos, e mesmo no hebraico tem sido transcrito
de um tipo de escritura para outro. Sem dúvida, existem aqui e acolá
adições redatoriais. Expoentes extremos da crítica literária têm
procurado negar que Moisés pudesse ter escrito qualquer parte do livro,
e têm procurado dividi-lo em documentos que datam de períodos
diferentes da história de Israel. Todavia, os descobrimentos
arqueológicos têm demonstrado a antiguidade das leis, das instituições
e das condições de vida descritas no livro de Números. A opinião de que
o livro de Números procede da pena de Moisés e do período no qual ele
viveu é apoiada, também, pela profunda veneração que os judeus
tinham por Moisés e pelos escritos sagrados a ele atribuidos.

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David W. Kerr
Mestre em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:19:00
Deuteronômio
Chave: Obediência

Deuteronômio. Repetição da lei

Comentário:
O nome do livro de Deuteronômio, ou "segunda lei", sugere sua
natureza e propósito. Figura, segundo consta em nossas Bíblias, como o
último dos cinco livros de Moisés, fazendo um resumo e pondo em
relevo a mensagem que os quatro livros precedentes contém. Não
significa isto que se trata de mera repetição do que ficou dito
anteriormente. Sem dúvida, Deuteronômio faz parte dos acontecimentos
históricos que se deram previamente, em particular no Êxodo e em
Números. Contudo vai além destes relatos visto que os interpreta e os
adapta.
Através deste livro, os acontecimentos estão repletos de significado.
Moisés proporciona-nos bastante história; mas em quase todos os casos
relaciona os acontecimentos com a lição espiritual que sublinham. Toma
a legislação que Deus dera a Israel havia quase 40 anos, e adapta-se às
condições de vida da coletividade na terra para a qual Israel se mudaria
em breve.
Quando este livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra de
Moabe, ao leste do rio Jordão e do mar Morto. Numa oportunidade
anterior, Israel havia falhado, por falta de fé, ao não entrar na Palestina.
Agora, 38 anos depois, Moisés reúne o povo escolhido e procura
infundir-lhe fé que capacitará a avançar em obediência. Diante deles
está a herança. Os perigos, visíveis e invisíveis, jazem além.
Acompanha-os se Deus, a quem chegaram a conhecer melhor durante
suas experiências na penísula do Sinai, penísula deserta e escarpada.
Moisés compreende, corretamente, que os maiores perigos que os
assediam estão na esfera da vida espiritual; sendo assim, sua
mensagem acentua o aspecto espiritual. O Senhor Deus deles, é o único
Senhor; foi ele quem os libertou da escravidão. Deu-lhes a lei. Selou
uma aliança com eles. São o seu povo. O Senhor exige devoção e
adoração exclusivas. Seus caminhos são conhecidos do povo. Mediante
longa experiência, Israel aprendeu que o Senhor honra a obediência e
castiga a transgressão. Agora, em um novo sentido, Israel age por sua
própria conta, sob a direção do Senhor e em sua própria casa.
O livro abrange toda uma gama de perguntas que surgem desta nova
fase da vida de Israel. Sua atitude para com o Senhor é, naturalmente, o
principal problema. Moisés, com toda a diligência de que é capaz,
convida Israel a confiar de todo o coração no Senhor, e a fazer das leis
divinas a força diretriz de suas vidas. Esta lei, se obedecida, infundirá
vida e fará que os israelitas sejam povo destacado entre todas as
nações. Receberão bênçãos, e as nações reconhecerão que seu Deus é
Senhor. Porém, se Israel imitar a conduta das nações vizinhas,
esquecendo-se de seu Deus, então sobrevirá a aflição, e finalmente será
espalhada entre os povos.
Através do livro todo acentua-se a fé somada a obediência. Em um
sentido verdadeiro, esta é a chave do livro.

Autor:
Nas páginas do livro de Deuteronômio se declara que Moisés é o autor
dos discursos que abrangem a maior parte da obra. É evidente que a
narrativa de sua morte, que consta do final do livro, foi escrita por outro
autor, mui provavelmente Josué. Daí que é inteiramente apropriado
referir-se a Deuteronômio como o quinto livro de Moisés.

-
Harold B. Kuhn
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:19:20
Josué
Chave: Conquista

Comentário:
O livro de Josué é a continuação, poderíamos dizer, do Pentateuco.
Moisés morreu na terra de Moabe, contemplando a terra prometida. A
Josué, seu sucessor, coube a missão de dirigir o povo de Israel através
do Jordão e na terra prometida. A maior parte do livro descreve a
conquista de Canaã e a divisão da terra entre as tribos de Israel. Depois
da queda de Jericó e de Ai, e da capitulação de Gibeon, na região
central de Canaã, Josué teve de enfrentar duas coligações sucessivas
de estados cananeus, uma na região meridional capitaneada pelo rei de
Jerusalém, e a outra no norte, sob as ordens de Jabim em Hazor.
Contando com a ajuda divina Josué pôde conquistar tanto o sul como o
norte, e distribuir a terra entre as tribos. Contudo, formaram-se bolsões
de resistência, e cada uma das tribos teve a responsabilidade de ocupar
a terra que lhe foi designada. O Livro de Josué registra a história de
Israel desde a nomeação de Josué como sucessor de Moisés até sua
morte aos 110 anos de idade.

Autor:
O título do livro indica que Josué é seu personagem principal. O livro em
si mesmo é anônimo, embora exista sólida evidência interna de que foi
escrito por uma testemunha ocular dos muitos acontecimentos aí
descritos. Em sua forma atual, porém, o livro é posterior a Josué, cuja
morte registra. A conquista de Debir por Otniel e de Laís pelos danitas
ocorreu depois da morte de Josué
O livro talvez tenha sido escrito por um dos "anciãos que ainda
sobreviveram" depois de Josué, que empregou o material escrito pelo
próprio Josué (24:26; leia também 24:1-25).

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Charles F. Pfeiffer
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:21:14
Juízes
Comentário:
O título do livro dos Juízes provavelmente foi sugerido pelo versículo 16
do capítulo 2, que diz: "Suscitou o Senhor juízes, que os livraram da
mão dos que os pilharam." Os juízes eram pessoas cheias do Espírito
Santo, que em épocas de emergência nacional conduziram o povo à
guerra, e depois de libertá-los da opressão estrangeira, continuavam
dirigindo os destinos da nação na paz. Exerciam as funções de
magistrados militares e civis.
Mediante convite feito a duas tribos ou mais para realizar uma ação
conjunta, vários dos juízes prepararam o caminho para a união das doze
tribos na futura monarquia.
Na tríplice divisão da Bíblia hebraica - lei, profetas e escritos - o livro dos
Juízes acha-se entre os profetas.
O livro dos Juízes contém a história dos treze juízes que governaram
Israel desde a morte de Josué até à época de Eli e Samuel. É possível
que alguns dos juízes tenham governado simultaneamente em
diferentes regiões. O livro dos Juízes abrange um período de
aproximadamente 400 anos.
Juízes é um livro valioso pelas provas históricas que apresenta sobre o
desenvolvimento da religião de Israel durante os primeiros anos da
conquista. O livro abrange períodos de transição que se iniciam com a
vida incerta e desintegrada das tribos, até organizar-se uma federação
que, finalmente, culminou na formação da monarquia. As lutas intestinas
das diversas tribos, com seus problemas individuais, no meio de uma
população estrangeira, são vistas com maior clareza nos Juízes do que
no Pentateuco ou em Josué.
Conquanto profetas posteriores tenham feito apelo mais vigoroso, à
consciência do homem, o livro dos Juízes nos apresenta uma filosofia da
história que demanda a atenção do crente moderno. O descuido das
ordenanças do Senhor e a adoração de deuses falsos conduzem ao
castigo, ao passo que o arrependimento sincero proporciona o favor
divino. O fato de que Deus trata com a nação em face da atitude desta
para com as leis morais divinas, merece hoje nossa consideração.

Autor:
Na ausência de informação precisa, várias sugestões têm sido
apresentadas com respeito ao autor do livro dos Juízes. A opinião mais
aceita é que Samuel, além de seu cargo de profetae, compilou o livro. A
época em que foi escrito este livro pode ter sido durante sua retirada da
vida pública. A evidência interna insinua que o livro já estava em
circulação antes de Davi conquistar Jerusalém. Sem dúvida alguma, o
escritor empregou anais escritos deixados por juízes anteriores, relativos
à época e aos acontecimentos de seu respectivo governo.
_
Fred E. Young
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:22:24
Rute
Chave: Redenção

Comentário:
O livro de Rute descreve a direção providencial de Deus na vida de uma
família israelita. Devido à morte do genitor e de seus dois filhos em terra
estrangeira, correm perigo o nome e a herança desta família. Contudo, a
situação extrema do homem é a oportunidade de Deus. Por força da
conduta de um parente que, inspirado por nobres ideais, cumpre suas
obrigações, a linha hereditária permanece inalterada. A união de Boaz, o
hebreu, e Rute, a moabita, converte-se no meio pelo qual Deus cumpre
seu misericordioso propósito. Com relação à mensagem toda das
Escrituras Sagradas, o livro nos porporciona uma perspectiva da história
do Natal e dos acontecimentos do Pentecoste. A genealogia culmina no
rei teocrático Davi, a cuja linha genealógica é prometido o advento do
Messias. Isto, ocorre com a inclusão de uma mulher de descendência
moabita, mediante a qual se abre diante de nossos olhos a perspectiva
pentecostal do significado universal do Messias: não é somente o
Salvador de Israel, mas da raça humana.

Autor:
No grego, e em traduções posteriores, o livro de Rute vem em seguida
ao de Juízes, visto que foi em seu tempo que ocorreu a história narrada
neste livro. Na Bíblia hebraica, faz parte dos chamados escritos
sagrados, uma subdivisão dos cinco pergaminhos que se liam em
público nos dias de festa de Israel. A história de Rute culmina na época
da colheita. Este relato era lido, em geral, durante a semana, ou festa da
colheita do trigo, que se denominou mais tarde festa de Pentecoste. Não
se conhece seu autor. O anúncio do capítulo 1:1 no sentido de que a
história aconteceu "nos dias em que julgavam os juízes", indica que a
época dos juízes pertencia ao passado. Pela forma como o autor
escreve acerca de Davi em 4:17 e da genealogia em 4:18-22, fica
demonstrado que conhecia o esplendor do reino de Davi. Esta
consideração indicaria que o livro foi escrito antes que o reinado
perdesse sua glória, possivelmente na última parte do reinado de Davi
ou imediatamente depois.

_
P. A. Verhoef
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:22:55
I Samuel
I e II Samuel

Chave: Reino

Comentário:
Os livros de Samuel relatam o período de transição da teocracia para a
monarquia, e o estabelecimento desta. A história começa nos dias finais
dos juízes e nos deixa com o velho Davi firmemente entronizado como
rei de Israel e de Judá. Samuel e Saul são os outros dois grandes
personagens do livro.
Samuel foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas. Homem de
profunda piedade e dircenimento espiritual, dedicava-se totalmente à
realização dos propósitos de Deus para o bem de Israel. Embora não
descendesse da linha genealógica de Arão, sucedeu a Eli no cargo
sacerdotal. Ao que parece, foi o primeiro a estabelecer uma instituição
para o preparo dos jovens que desejavam abraçar a vocação profética.
Viu-se na contingência de guiar a Israel em algumas das mais profundas
crises de sua história; no desempenho de suas funções quase alcança a
estatura de Moisés. Embora não tivesse ambições pessoais, achou-se
no papel de "fazedor de reis", comissionado para ungir a Saul, o primeiro
rei, e a Davi, o maior dos reis de Israel.
Saul, o monarca, é um personagem enigmático. Era homem de
extraordinária coragem, contudo lhe faltava a perseverança, ingrediente
essencial para a grandeza. A inconstância de seu temperamente
empanou todas as suas relações pessoais, e um medo mórbido de que
surgissem possíveis rivais embargou-lhe a mente e afetou seu
raciocínio. De origem humilde, foi chamado a desempenhar a função
mais elevaqda da nação. Finalmente, sem haver alcançado o êxito que
lhe desse direito de ser sepultado em um túmulo real, seus ossos foram
devolvidos à sua terra de origem.
Davi é um dos grandes personagens da história bíblica. Como Saul,
procedia de família humilde, mas era dotado de atributos de ordem
superior. Era homem com dotes de comando, capaz de conseguir e
manter a lealdade de seus subordinados. Alguns de seus servos mais
fiéis provinham de lugares situados fora de Judá e de Israel. Itai, por
exemplo, era oriundo de Gate. Davi era administrador prudente e podia
julgar com acerto a natureza humana. Sua capacidade de tomar
decisões rápidas fica bem demonstrada por sua solução do delicado
problema que surgiu com respeito a Melfibosete(II Samuel 19:24 e
outros). Era poeta altamente inspirados; suas canções de louvor
enriqueceram a adoração, primeiro do templo, e depois da igreja cristã.
Pensaríamos que o elevar-se a tão grande altura e a um custo tão alto
lhe houvessem dado forças para vencer a tentação. Todavia, seu poder
de resistência não era maior do que o dos outros mortais. Mesmo
levando-se em consideração a época em que viveu, devemos admitir
que apesar de suas fraquezas, percebeu claramente os propósitos de
Deus para seu povo, e previu a vinda do Rei messiânico, a quem ele,
em sua vida, representou de modo imperfeito.
Os livros de Samuel proporcionam-nos um capítulo indispensável nos
anais do trato de Deus com seu povo Israel, e sua preservação e
preparação para seus duplos fins: serem depositários dos oráculos de
Deus e trazerem à luz, no seu devido tempo, "o mais importante Filho do
grande Davi".

AUTOR
Em nenhuma parte se nos diz quem escreveu estes livros. A declaração
constante de I Crônicas 29:29 sugere-nos de modo vigoroso que Samuel
escreveu de co-autoria com Natã e Gade.

_
W. J. Martin
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:18
II Samuel
I e II Samuel

Chave: Reino

Comentário:
Os livros de Samuel relatam o período de transição da teocracia para a
monarquia, e o estabelecimento desta. A história começa nos dias finais
dos juízes e nos deixa com o velho Davi firmemente entronizado como
rei de Israel e de Judá. Samuel e Saul são os outros dois grandes
personagens do livro.
Samuel foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas. Homem de
profunda piedade e dircenimento espiritual, dedicava-se totalmente à
realização dos propósitos de Deus para o bem de Israel. Embora não
descendesse da linha genealógica de Arão, sucedeu a Eli no cargo
sacerdotal. Ao que parece, foi o primeiro a estabelecer uma instituição
para o preparo dos jovens que desejavam abraçar a vocação profética.
Viu-se na contingência de guiar a Israel em algumas das mais profundas
crises de sua história; no desempenho de suas funções quase alcança a
estatura de Moisés. Embora não tivesse ambições pessoais, achou-se
no papel de "fazedor de reis", comissionado para ungir a Saul, o primeiro
rei, e a Davi, o maior dos reis de Israel.
Saul, o monarca, é um personagem enigmático. Era homem de
extraordinária coragem, contudo lhe faltava a perseverança, ingrediente
essencial para a grandeza. A inconstância de seu temperamente
empanou todas as suas relações pessoais, e um medo mórbido de que
surgissem possíveis rivais embargou-lhe a mente e afetou seu
raciocínio. De origem humilde, foi chamado a desempenhar a função
mais elevaqda da nação. Finalmente, sem haver alcançado o êxito que
lhe desse direito de ser sepultado em um túmulo real, seus ossos foram
devolvidos à sua terra de origem.
Davi é um dos grandes personagens da história bíblica. Como Saul,
procedia de família humilde, mas era dotado de atributos de ordem
superior. Era homem com dotes de comando, capaz de conseguir e
manter a lealdade de seus subordinados. Alguns de seus servos mais
fiéis provinham de lugares situados fora de Judá e de Israel. Itai, por
exemplo, era oriundo de Gate. Davi era administrador prudente e podia
julgar com acerto a natureza humana. Sua capacidade de tomar
decisões rápidas fica bem demonstrada por sua solução do delicado
problema que surgiu com respeito a Melfibosete(II Samuel 19:24 e
outros). Era poeta altamente inspirados; suas canções de louvor
enriqueceram a adoração, primeiro do templo, e depois da igreja cristã.
Pensaríamos que o elevar-se a tão grande altura e a um custo tão alto
lhe houvessem dado forças para vencer a tentação. Todavia, seu poder
de resistência não era maior do que o dos outros mortais. Mesmo
levando-se em consideração a época em que viveu, devemos admitir
que apesar de suas fraquezas, percebeu claramente os propósitos de
Deus para seu povo, e previu a vinda do Rei messiânico, a quem ele,
em sua vida, representou de modo imperfeito.
Os livros de Samuel proporcionam-nos um capítulo indispensável nos
anais do trato de Deus com seu povo Israel, e sua preservação e
preparação para seus duplos fins: serem depositários dos oráculos de
Deus e trazerem à luz, no seu devido tempo, "o mais importante Filho do
grande Davi".

AUTOR
Em nenhuma parte se nos diz quem escreveu estes livros. A declaração
constante de I Crônicas 29:29 sugere-nos de modo vigoroso que Samuel
escreveu de co-autoria com Natã e Gade.

_
W. J. Martin
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:39
I Reis
I e II Reis

Chave: Realeza

Comentário:
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros.
Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se
propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a
maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações
inerentes a tal aliança.
Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde
possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada
rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas
anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei
Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança.
A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei
"andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andou em "todos os
caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos
livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os
reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções
notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-
20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas.
Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer,
aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis
2:3). Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O
afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao
juízo divino.
A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua
origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do
Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se
apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus
(Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo
escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus
mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com
outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus
resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e
castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23.
O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei
de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da
aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da
Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam
uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não
constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual.
Em dias prosteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma
advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando
assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com
Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino.

Autor:
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha
acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de
Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis
14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram
provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras
fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas.
O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596
a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560
a.C. (II Reis 25:27-30).
Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se
tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e
que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus
Cristo.

-
J. A. Thompson
Mestre em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:39
I Reis
I e II Reis

Chave: Realeza

Comentário:
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros.
Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se
propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a
maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações
inerentes a tal aliança.
Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde
possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada
rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas
anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei
Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança.
A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei
"andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andou em "todos os
caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos
livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os
reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções
notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-
20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas.
Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer,
aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis
2:3). Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O
afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao
juízo divino.
A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua
origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do
Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se
apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus
(Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo
escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus
mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com
outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus
resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e
castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23.
O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei
de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da
aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da
Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam
uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não
constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual.
Em dias prosteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma
advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando
assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com
Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino.

Autor:
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha
acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de
Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis
14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram
provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras
fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas.
O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596
a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560
a.C. (II Reis 25:27-30).
Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se
tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e
que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus
Cristo.

-
J. A. Thompson
Mestre em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:58
II Reis
I e II Reis

Chave: Realeza

Comentário:
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros.
Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se
propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a
maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações
inerentes a tal aliança.
Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde
possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada
rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas
anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei
Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança.
A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei
"andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andou em "todos os
caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos
livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os
reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções
notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-
20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas.
Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer,
aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis
2:3). Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O
afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao
juízo divino.
A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua
origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do
Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se
apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus
(Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo
escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus
mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com
outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus
resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e
castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23.
O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei
de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da
aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da
Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam
uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não
constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual.
Em dias prosteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma
advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando
assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com
Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino.

Autor:
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha
acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de
Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis
14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram
provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras
fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas.
O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596
a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560
a.C. (II Reis 25:27-30).
Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se
tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e
que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus
Cristo.

-
J. A. Thompson
Mestre em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:24:22
I Crônicas
I e II Crônicas

Comentário:
Nas Escrituras hebraicas, nossos dois livros das Crônicas formavam
originalmente um só. Os tradutores da Versão dos Setenta (cerca do
ano 220 a.C.) foram os primeiros a fazer a divisão. Jerônimo (morto no
ano 420 d.C.) adotou esta divisão na Vulgata Latina. Tinha por título a
frase hebraica "Dibrey hay-yamim", que significa "atos dos dias", ou
relato dos acontecimentos diários. A Versão dos Setenta, ou
Septuaginta, denomina os livros das Crônicas Paraleipomena, que quer
dizer "coisas omitidas" nos livros de Samuel e dos Reis. Contudo, os
livros das Crônicas se ocupam dos mesmos fatos que estes livros,
porém os apresenta com um propósito diferente e de outra forma. O
título Crônicas foi adotado do termo Chronicon, empregado por
Jerônimo. É um nome apropriado.
Parece evidente que quando o cronista se propõe abranger o mesmo
terreno que os livros de Samuel e dos Reis, deseja apresentar os fatos
segundo seu próprio ponto de vista da história do povo de Deus, desde
os dias de Samuel até ao cativeiro. A nação necessitava de reconstruir-
se sobre sólidos alicerces espirituais, visto que o longo cativeiro havia
produzido uma séria brecha no que respeita aos ideais e tradições de
seu próprio povo. Anteriormente, haviam pertencido a uma teocracia, na
qual se esperava que os dirigentes civis e religiosos honrassem e
obedecessem tanto à verdade divina como a lei.
Israel estivera sob a monarquia persa, cujo rei era estrangeiro e pagão,
nada sabia do Deus de Israel. Só mediante uma vigorosa e estrita
organização eclesiástica pôde a nação manter a unidade religiosa.
Quanto mais passavam os dias, tanto mais se sentiam os judeus
convencidos de que a prometida soberana davídica, perpétua se prendia
mais ao reino espiritual do que ao secular. Daí que se escrevesse o livro
das Crônicas. Não se tratava de uma hábil casta sacerdotal que
desejasse impor suas idéias contra os profetas, como costumavam
declará-lo os críticos liberais. Os que haviam regressado do cativeiro
deviam compreender sua própria relação com o povo de Deus.
Depois de passar em revista a história do homem antes da época de
Davi, o cronista nos aponta o significado superior da promessa feita à
linha genealógica de Davi, especialmente com respeito ao futuro
Messias. Acentua-se a atitude anterior dos reis com referência a
assuntos religiosos mais que seus empreendimentos civis. Acentua-se a
imensa importância do templo, do sacerdócio, dos ritos religiosos e da
lei moral. Demonstra-se que quando os reis desafiam a lei de Deus, são
eles apanhados por inequívoco castigo, enquanto os que honram as
ordenanças divinas, esses prosperam. O livro das Crônicas é
acentuadamente didático, e insiste nas bênçãos recebidas por aqueles
que vivem uma vida religiosa autêntica. O livro deve ter causando efeito
estimulante na religião nacional. Ressalta somente as partes da história
que exemplificam a vida eclesiástica (que era agora a única esfera
sagrada); por exemplo, a história das dez tribos apóstatas é
abondanada, visto como não conduz à edificação espiritual.

Autor:
Os livros das Crônicas, de Esdras e de Neemias estão intimamente
relacionados, e refletem o mesmo espírito. Crônicas é o antecedente
dos outros dois, e se ocupa dos acontecimentos ocorridos depois do
cativeiro. O Talmude, e a maior parte dos escritores judeus, bem como
os pais da igreja cristã, atribuem os livros das Crônicas a Esdras. Os
livros das Crônicas e de Esdras são semelhantes no que respeita à
linguagem e ponto de vista. Têm-se feito objeções no sentido de que as
Crônicas contêm relatos de acontecimentos posteriores à época de
Esdras. Poderíamos muito bem aceitar Esdras como o principal autor
(ou compilador), mesmo quando pudessem ter sido feitas algumas
adições mais tarde. Muitos exegetas conservadores não vêem
necessidade de reconhecer tais acréscimos.
O livro das Crônicas foi compilado de ricas fontes históricas que
constavam de arquivos anteriores, além de Samuel e de Reis. Um
estudo cuidadoso do livro tem levado muitos comentaristas dignos de
crédito a fixar sua data entre os anos 430 e 400 a.C. Não existe
necessidade de admitir uma data posterior.

-
Alexandre M. Renwick
Doutor em Divindade
Data: 11/9/2007 - Hora:18:24:48
II Crônicas
I e II Crônicas

Comentário:
Nas Escrituras hebraicas, nossos dois livros das Crônicas formavam
originalmente um só. Os tradutores da Versão dos Setenta (cerca do
ano 220 a.C.) foram os primeiros a fazer a divisão. Jerônimo (morto no
ano 420 d.C.) adotou esta divisão na Vulgata Latina. Tinha por título a
frase hebraica "Dibrey hay-yamim", que significa "atos dos dias", ou
relato dos acontecimentos diários. A Versão dos Setenta, ou
Septuaginta, denomina os livros das Crônicas Paraleipomena, que quer
dizer "coisas omitidas" nos livros de Samuel e dos Reis. Contudo, os
livros das Crônicas se ocupam dos mesmos fatos que estes livros,
porém os apresenta com um propósito diferente e de outra forma. O
título Crônicas foi adotado do termo Chronicon, empregado por
Jerônimo. É um nome apropriado.
Parece evidente que quando o cronista se propõe abranger o mesmo
terreno que os livros de Samuel e dos Reis, deseja apresentar os fatos
segundo seu próprio ponto de vista da história do povo de Deus, desde
os dias de Samuel até ao cativeiro. A nação necessitava de reconstruir-
se sobre sólidos alicerces espirituais, visto que o longo cativeiro havia
produzido uma séria brecha no que respeita aos ideais e tradições de
seu próprio povo. Anteriormente, haviam pertencido a uma teocracia, na
qual se esperava que os dirigentes civis e religiosos honrassem e
obedecessem tanto à verdade divina como a lei.
Israel estivera sob a monarquia persa, cujo rei era estrangeiro e pagão,
nada sabia do Deus de Israel. Só mediante uma vigorosa e estrita
organização eclesiástica pôde a nação manter a unidade religiosa.
Quanto mais passavam os dias, tanto mais se sentiam os judeus
convencidos de que a prometida soberana davídica, perpétua se prendia
mais ao reino espiritual do que ao secular. Daí que se escrevesse o livro
das Crônicas. Não se tratava de uma hábil casta sacerdotal que
desejasse impor suas idéias contra os profetas, como costumavam
declará-lo os críticos liberais. Os que haviam regressado do cativeiro
deviam compreender sua própria relação com o povo de Deus.
Depois de passar em revista a história do homem antes da época de
Davi, o cronista nos aponta o significado superior da promessa feita à
linha genealógica de Davi, especialmente com respeito ao futuro
Messias. Acentua-se a atitude anterior dos reis com referência a
assuntos religiosos mais que seus empreendimentos civis. Acentua-se a
imensa importância do templo, do sacerdócio, dos ritos religiosos e da
lei moral. Demonstra-se que quando os reis desafiam a lei de Deus, são
eles apanhados por inequívoco castigo, enquanto os que honram as
ordenanças divinas, esses prosperam. O livro das Crônicas é
acentuadamente didático, e insiste nas bênçãos recebidas por aqueles
que vivem uma vida religiosa autêntica. O livro deve ter causando efeito
estimulante na religião nacional. Ressalta somente as partes da história
que exemplificam a vida eclesiástica (que era agora a única esfera
sagrada); por exemplo, a história das dez tribos apóstatas é
abondanada, visto como não conduz à edificação espiritual.

Autor:
Os livros das Crônicas, de Esdras e de Neemias estão intimamente
relacionados, e refletem o mesmo espírito. Crônicas é o antecedente
dos outros dois, e se ocupa dos acontecimentos ocorridos depois do
cativeiro. O Talmude, e a maior parte dos escritores judeus, bem como
os pais da igreja cristã, atribuem os livros das Crônicas a Esdras. Os
livros das Crônicas e de Esdras são semelhantes no que respeita à
linguagem e ponto de vista. Têm-se feito objeções no sentido de que as
Crônicas contêm relatos de acontecimentos posteriores à época de
Esdras. Poderíamos muito bem aceitar Esdras como o principal autor
(ou compilador), mesmo quando pudessem ter sido feitas algumas
adições mais tarde. Muitos exegetas conservadores não vêem
necessidade de reconhecer tais acréscimos.
O livro das Crônicas foi compilado de ricas fontes históricas que
constavam de arquivos anteriores, além de Samuel e de Reis. Um
estudo cuidadoso do livro tem levado muitos comentaristas dignos de
crédito a fixar sua data entre os anos 430 e 400 a.C. Não existe
necessidade de admitir uma data posterior.

-
Alexandre M. Renwick
Doutor em Divindade
Data: 11/9/2007 - Hora:18:25:13
Esdras
Comentário:
Este livro contêm quase tudo o que se sabe da história dos judeus entre
o ano de 538 a.C., quando Ciro, o persa, conquistou Babilônia, e o ano
de 457 a.C., quando Esdras chegou a Jerusalém. Note-se a conexão de
1:1-3 com o final do livro das Crônicas.
Observa-se que a mão de Deus faz que o rei Ciro permita aos judeus
regressar do exílio babilônico a fim de reconstruir o templo em ruínas
(1:1-11). Contudo, muitos foram os judeus que preferiram as
comodidades da civilização babilônica às vicissitudes da Judéia açoitada
pela pobreza (2:1-70). Os que voltaram, começaram a dar preeminência
a Deus (3:1-13), embora tenham permitido que o inimigo fizesse
paralisar a reedificação do templo e da cidade (4:1-24). Decorridos
dezesseis anos, verificou-se o avivamento em virtude da pregação de
Ageu e de Zacarias, e o templo foi completado por volta do ano de 516
a.C., a despeito de novas oposições (5:1 - 6:22).
No ano de 437 a.C. interrompe-se um silêncio de quase sessenta anos,
com a chegada de Esdras (7:1-10), comissionado pelo rei persa para
ensinar a lei judaica e pô-la em vigor (7:11-28). Esdras reuniu uma nova
geração de exilados para o acompanharem e realizou a perigosa viagem
sem escolta (8:1-36). Quase de imediato se vê às voltas com o problema
suscitado pelos casamentos entre judeus e pagãos, e depois de oração
e confissão, pôde conseguir o apoio da maioria do povo mediante um
profundo exame deste escândalo, inspirando as pessoas a fazerem uma
nova aliança com o Senhor (9:1 - 10:44).
O livro demonstra a forma pela qual Deus emprega os governantes
pagãos para cumprir seus fins, proporcionando ânimo e ao mesmo
tempo advertência ao povo de Deus. Podem estar atemorizados pela
oposição, quando Deus quer que avancem; talvez estejam contentes
com os padrões de vida do mundo pagão; ou, talvez, tenham a mesma
fé revelada por Esdras e pelos profetas.

Autor:
Não se conhece o autor ou compilador deste livro, mas poderia ser o
próprio Esdras. Empregou documentos existentes para fazer uma
crônica dos acontecimentos que ele não presenciou pessoalmente.
Duas seções do livro estão escritas em aramaico (4:8 - 6:18 e 7:12-26).
Este idioma semítico era empregado comumente em todo o Oriente
Próximo naquela época.

_
J. Stafford Wright
Licenciado em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:25:33
Neemias
Chave: Restauração

Comentário:
Este livro lega-nos uma lição quando ao sacrifício, à oração e à
tenacidade. Neemias, o personagem principal, renunciou a um cargo de
responsabilidade e bem remunerado perante o rei da Pérsia, no ano de
445 a.C., a fim de construir os muros de Jerusalém e congregar os
judeus como nação (1:1 - 3:32). Seus trabalhos provocaram a intensa
oposição de homens poderosos, mas Neemias se sobrepôs às
ameaças, adotando sábias medidas defensivas (4:1-23). Solucionou a
falta de unidade interna enfrentando o problema mediante exemplo
pessoal digno (5:1-19), e resolveu as acusações falsas mediante
discernimento e coragem (6:1-14).
Terminada a reconstrução dos muros, tomou medidas para que a cidade
estivesse plenamente habitada (6:15 - 7:73), mas, acima de tudo, tomou
providências para que Esdras lesse a lei a fim de que o povo pudesse
reger sua vida por ela (8:1-18). Ele e o povo confessaram os pecados
nacionais, buscaram o perdão divino, e renovaram a aliança com Deus
(9:1 - 10:39). Foi trazida gente da cidade, fizeram-se preparativos para
os cultos de adoração, e os muros foram consagrados (11:1 - 12:47).
Mas cin i decirrer dis anos, o fervor do povo começou a declinar, e
Neemias viu-se forçado a introduzir novas reformas, mesmo em face da
oposição. (13:1-31).
O livro mostra a necessidade da oração e de uma atitude firme na obra
de Deus. As orações de Neemias constituem um excelente estudo.

Autor:
Acredita-se, em geral, que Esdras e Neemias constituíam originalmente
um só livro. O compilador emprega aqui as memórias pessoais de
Neemias, bem como outros materiais.

_
J. Stafford Wright
Licenciado em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:25:58
Ester
Chave: Providência

Comentário:
O livro de Ester descreve graficamente as lutas vitoriosas dos judeus
dispersos, durante o período do rei persa Assuero, contra as iníquas
conspirações de certo primeiro-ministro por nome Hamã. Embora nunca
se mencione neste livro o nome de Deus, sua mão se manifesta
continuamente em todos os pormenores circunstanciais da narrativa.
Ester, por sua beleza, é escolhida rainha em lugar de Vasti; Mardoqueu,
em virtude de sua capacidade, toma o lugar de Hamã no cargo de
primeiro-ministro. Todos os personagens desde o rei até ao escravo
obsequioso, desempenham seu papel no momento oportuno. Hamã é
encarnado do mal; Mardoqueu, a essência da bondade; Assuero,
inflexível, possui também traços vigorosos. Ester, prima de Mardoqueu e
sob a tutela deste, converte-se na heroína da história devido à sua boa
vontade de arriscar a vida e sua posição, a pedido de Mardoqueu, em
benefício de seu próprio povo em época de profunda necessidade.

Autor:
Não se pode conseguir evidência certa com respeito ao autor do livro de
Ester. A paternidade literária tem sido atribuída a vários personagens
(Esdras, Joaquim, Mardoqueu, homens da Grande Sinagoga).
Intrinsecamente nada há de improvável em se atribuir o livro a
Mardoqueu, destacado personagem guardador dos fatos principais
narrados no livro.
Diferentemente das obras de ficção e romance, o livro de Ester está
profundamente saturado de história e documentado com datas
específicas. Este livro, à semelhança da profecia de Ageu (1:1, 15; 2:1,
10, 20) está datado segundo o reinado de Assuero, a quem se identifica
comumente como Xerxes I (485 a 465 a.C.) da antiguidade. Segundo
escavações realizadas na era moderna, em Susã, tem-se comprovado
de forma substancial a exatidão do autor, que deve ter tido
conhecimento pessoal do povo e da história.
Talvez nenhum outro livro da Bíblia tenha sido atacado tão acerbamente
nem com tanta veemência como o livro de Ester. Devido a seu espírito
de nacionalismo e vigança, os críticos o têm declarado indigno de
ocupar lugar no cânon sagrado. Contudo, se lermos a história com
reverência, dependendo humildemente do Espírito Santo para que nos
ensine, acharemos verdades que satisfarão nossa mente e edificarão a
alma. Quanto mais estudarmos esta história incomparável, tanto mais
chegaremos à conclusão de que suas profundas verdades deverão ser
desenterradas como se fossem pepitas de ouro.
_
Wick Broomall
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:26:16

Chave: Provação

Comentário:
A apresentação claramente visível do livro - prólogo, discurso e epílogo,
além dos ciclos dentro dos próprios discursos - demonstra-nos que se
trata de uma interpretação teológica de certos acontecimentos da vida
de um homem chamado Jó. Do começo até ao fim o autor procura com
diligência responder a uma pergunta básica. Qual é o significado da fé?
Chefe tribal de extraordinária piedade e integridade, Jó é abençoado por
Deus com prosperidade terrena que o converte no homem "maior do que
todos os do oriente" (1:3). De repente, Jó sofre vários reveses de
fortuna. Vítima de uma série de grandes calamidades, vê-se privado
primeiro de seus bens e de seus filhos (1:13-19). Seu corpo se cobre de
uma enfermidade repulsiva (2:7). Três amigos, que se apresentam com
a intenção evidente de consolar Jó, insistem em que seu sofrimento é
castigo pelo pecado , e por isso mesmo, seu único recurso é o
arrependimento. Mas Jó repudia com veemência esta solução,
afirmando sua integridade, e admitindo ao mesmo tempo sua
incapacidade de entender sua própria condição. Outro amigo, Eliú,
sugere que Jó está passando por um período de disciplina de amor
ordenada por Deus, para impedi-lo de continuar pecando. Jó rejeita
também esta interpretação. Finalmente, Deus responde às contínuas
solicitações de Jó, de uma explicação direta de seus sofrimentos. Deus
responde, não mediante uma justificação de sua conduta, nem mediante
uma solução imediata, mas em virtude de sua apresentação de si
mesmo com sabedoria e poder. Esta apresentação é suficiente para Jó;
observa ele que, por ser Deus quem é, deve haver uma solução, e nela
apoia sua fé.
Conquanto o tema do sofrimento e suas causas seja predominante no
livro, este preenche um fim mais amplo na mente do autor: o de
demonstrar que a certeza da fé não depende das circustâncias externas
nem das explicações conjeturais, mas do encontro da fé com um Deus
onipotente e onisciente.

Autor:
O livro não nos dá indicações certas do autor nem do tempo em que foi
escrito. Embora muitos, atualmente, afirmem que foi escrito no exílio ou
em época pós-exílio (sexto a terceiro século a. C), tradicionalmente tem-
se fixado a data na época dos patriarcas (século XVI a.c.), ou nos dias
de Salomão (século X a.C.).

_
Robert B. Laurin
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:26:34
Salmos
É o Livro de louvores de Israel.

Comentário:
Os Salmos, metade dos quais é atribuída por suas inscrições a Davi, o
suave cantor de Israel, em geral procedem da idade áurea de Israel, por
volta do ano 1000 a.C. Sem a menor dúvida, alguns foram escritos mais
tarde, na época do cativeiro (por exemplo, o Salmo 137). Os salmos
expressam verdades profundas num estilo poético, com a intenção de
penetrar os recônditos do coração. Devem ensinar-nos que o
conhecimento intelectual não é suficiente; o coração deve ser alcançado
pela graça redentora de Deus. A poesia hebraica não consiste no rítimo,
mas principalmente na repetição de pensamentos apresentados em
cláusulas paralelas, como, por exemplo: "Não nos tratou segundo os
nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades"
(103:10). Se prestarmos atenção a este paralelismo, poderemos, às
vezes, interpretar palavras obscuras mediante o paralelo mais claro.
Outro recurso que se emprega com freqüência no artifício poético é a
dramatização. Davi não escreve para si próprio. Escreve para outros. O
salmista escreve para todos nós, e podemos apropriarmos de que aqui
também Davi escreve às vezes na primeira pessoa do singular; não
obstante isso, proporciona-nos pormenores vividos das experiências do
Messias.
Cerca da metade dos salmos pode ser classificada como orações de fé
proferidas em épocas de angústia. Salmos tão preciosos como os de
número 23, 91, 121 e muitos outros, sustentam-nos nos momentos de
necessidades mais urgentes. Seria bom que apredêssemos de cor estes
salmos e os repetissemos com freqüência, a fim de fortalecer-nos com a
Palavra quando a hora da provação nos apanha de surpresa. Mais ou
menos 40 salmos são dedicados ao tema do louvor. A nota de louvor a
Deus deve constituir-se em uma parte da respiração mesma do crente, e
salmos tais como os de números 100 e 103 devem figurar com
proeminência em nossas devoções.
É difícil fazer uma classificação minuciosa dos salmos, visto como são
obras profundamente poéticas, e um salmo pode tratar de assuntos
diferentes. Sugerimos, contudo, várias categorias: os salmos do homem
justo são representados pelos de números 1, 15, 101. 112 e 133. Seis
poderiam denominar-se salmos messiânicos: 2, 21, 45, 72, 110 e 132.
Os salmos 32 e 51 são chamados, de modo geral, penitenciais,
juntamente com partes dos salmos 38, 130 e 143. Os salmos
imprecatórios pedem vingança sobre os inimigos de Deus; são eles: 69,
101, 137 e parte dos salmos 35, 55 e 58. Há, pelo menos, quatro salmos
históricos: 78, 81, 105 e 106. Dois ressaltam a revelação: 19 e 119.
Os salmos messiânicos que se referem a Cristo, no Novo Testamento,
são: 2, 8, 16, 22, 40, 41, 45, 68, 69, 89, 102, 109, 110 e 118. Alguns
destes são tipicamente messiânicos, isto é, escritos a respeito de
nossas experiências em geral, mas aplicados a Cristo. Outros são
diretamente proféticos. Os salmos 2, 45 e 110 predizem o Rei
messiânico. No salmo 45:6, o Messias é Deus; no 110, é ele o
Sacerdote, Rei e Senhor de Davi; no salmo 2, é o Filho de Deus que
deve ser adorado. Outros salmos fazem referência a seus sofrimentos
(22), seu sacrifício (40), sua ressurreição (16:10, 11). No salmo 89, ele é
quem completa a aliança davídica em cumprimento das esperanças de
Israel. .

Autor:
Segundo os títulos, Davi foi o autor de 73 salmos; Asafe, de 12. Os filhos
de Coré, 11; Salomão, 2; Moisés e Etã um cada um. No caso de 50
salmos, não se menciona seu autor. A versão dos Setenta ou
Septuaginta acrescenta Ageu e Zacarias como autores de 5 salmos.
O valor das inscrições tem sido posto em dúvida, mas é evidente que
figuravam muito antes do ano 200 a.C., visto que a Versão dos Setenta,
traduzida em torno dessa época, interpretou erroneamente várias das
anotações musicais dos títulos. As composições poéticas que figuram
nos livros históricos da época do pré-exílio assinalam o uso semelhante
de inscrições (Habacuque 3:1; Isaias 38:9; II Samuel 1:17; 23:1). O
salmo 18, atribuido a Davi por sua inscrição, também se diz em II
Samuel 22:1 que foi escrito por ele. Esta reputação de Davi como
músico é mencionada repetidamente (II Samuel 23:1; I Samuel 16:18;
Amós 6:5). Os livros das Crônicas explicam com clareza que Davi
organizou coros no templo e compôs salmos para eles (I Crônicas 16:4,
5; 25:1-5). As expressões musicais enigmáticas das inscrições acham-
se freqüentemente relacionadas pelo livro das Crônicas com este
trabalho de Davi (I Crônicas 15:20, 21; 16:4; compare os títulos dos
salmos 12, 38, 46; e 105:1; 148:1 e outros). Finalmente, o Senhor Jesus
Cristo fundamentou um importante argumento sobre a validez do título
do salmo 110 (Marcos 12:36). Não parece existir prova positiva contra o
ponto de vista tradicional de que a maior parte dos salmos foi escrita em
torno do ano 1000 a.C., como afirmam as inscrições. As novas provas
derivadas dos pergaminhos do mar Morto descartam a idéia de que a
escritura de alguns salmos se estendeu até ao segundo século antes de
Cristo conforme o sustentaram alguns exegetas no passado.

-
R. Laird Harris
Doutor em Filosofia e Letras

TABELA DE SALMOS E AUTORES:

Davi: (3 A 9; 11 a 32; 34 a 41; 51 a 65; 68 a 70; 86; 101; 108 a 110;


122; 124; 131; 133; 138 a 145)
Salomão: (72 e 127)

Filhos de Coré: (poetas) (42; 44 a 49; 84 e 85; 87 e 88)

Asafe:(50; 73 a 83)

Etã: (89)

Moisés: (90)

Hallel: (113 a 118)


Data: 11/9/2007 - Hora:18:26:54
Provérbios
Chave: Sabedoria

Comentário:
Entre os Provérbios, a sabedoria começa em Deus; sua centralidade,
sua situação básica é dada por sentada em todo o livro. Os sábios se
colocam em um mesmo nível. Trata-se dos que confiam em Deus, que o
conhecem, que refletem esta confiança e este conhecimento mediante
sua conduta reta e amorosa para com seus semelhantes, de acordo com
princípios divinamente aprovados. O bom e o mau estão vinculados com
a recompensa e com o castigo, uma vez que Deus incorpora em si
mesmo o amor e a justiça , de modo que deve promover o bem e evitar
o mal.
Os padrões positivos e negativos do livro dos Provérbios proporcionam-
nos uma prova valiosa de conduta pessoal. O Senhor Jesus Cristo
aconselha seus discípulos a serem "prudentes como as
serpentes..."(Mateus 10:16). A sabedoria dos Provérbios é o adorno do
Antigo Testamento, pelo assim dizer, no que respeita às muitas
exortações práticas das epístolas do Novo Testamento, verdade
aplicável tanto ao grande discurso de quatorze pontos como à ampla,
expressiva e concisa série de instruções e observações de que se
compõe a maior parte deste livro, referindo-se aos muitos aspectos de
nossa conduta diária.

Autor:
Provérbios 1:1 e 2 citam Salomão como seu principal autor, 10:1 - 22:16
são diretamente seus. Incorporou o primeiro grupo de "palavras" em
22:17 - 24:22 ("minha ciência", 22:17); e a passagem de 24:23-24 foi,
talvez, acrescentada por ele, ou pelos homens de Ezequias, juntamente
com a segunda série de Salomão, capítulos 25 a 29. Os discursos,
capítulos 1 a 9, não têm data, porém existia um bom precedente oriental
antiqüissimo que justificaria o fato de Salomão os antepor como uma
introdução aos provérbios principais. Os poemas de Agur, de Lemuel, e
da esposa virtuosa não têm data conhecida, mas poderiam ter sido
acrescentados anteriormente, no tempo de Ezequias, embora talvez
mais tarde. Assim, a data mais antiga para o livro dos Provérbios seria o
reinado de Ezequias, imediatamente depois do ano 700 a.C., ou, quem
sabe, algum tempo depois.
A literatura proverbial escrita já era antiga no Oriente Próximo: e estudos
recentes (nem todos publicados) de contactos lingüisticos e fundos
literários da região norte de Canaã, do Egito, da Mesopotâmia e de
países heteus, ou hititas, indicariam que o livro de Provérbios foi escrito
na primeira metade do primeiro milênio antes de Cristo.
_
Kenneth A. Kitchen
Bacharel em Artes
Data: 11/9/2007 - Hora:18:27:13
Eclesiastes
Chave: Vaidade

SÍNTESE E AUTOR

Quem é Eclesiastes? A palavra significa "homem de assembléia",


podendo ser o homem que convoca uma assembléia religiosa (Números
10:7), ou aquele que é seu porta-voz ou pregador. Nosso porta-voz não
é um sacerdote que fizesse uso da lei, nem um profeta que fizesse uso
da palavra, mas um sábio que fazia uso do conselho (Jeremias 18:18),
grande parte de cuja obra se assemelha ao livro dos Provérbios.
De 1:1 se deduz geralmente que se trata de Salomão, o primeiro dos
sábios de Israel (12:9, 11; também I Reis 3:12; 4:29-34); pelo menos,
pensava-se que parte do livro refletia as experiências do Sábio.
Entretanto, poderíamos perguntar se Salomão, o terceiro rei de Israel,
empregou alguma vez em sua história o tempo gramatical pretérito para
dizer: "Fui rei sobre Israel em Jerusalem" (1:12). Teríamos confessado,
como ele o fez, que a sabedoria "ainda estava longe de mim"(7:23)?
Quando este pregador escreveu? Evidentemente, quando a nação de
Israel vivia angustiada sob o jugo do opressor (possivelmente a Pérsia,
entre os anos 444 e 331 a.C.) Onde? Perto da casa de Deus (5:1). Os
conhecimentos do mundo demonstrados no livro poderiam ter sido
adquiridos ali mesmo em Jerusalém.
A quem se dirige o livro? Embora escrito em hebraico, os traços
distintivos de Israel são poucos. Nunca se emprega o nome de Deus
associado com o concerto ou aliança; Israel é mencionado uma única
vez. O autor fala aos filhos dos homens, e por fim à humanidade toda.
Apontado para a estultícia natural do homem e sua ignorância, prepara o
caminho para a sabedoria e para a luz do evangelho.
Por que este livro consta do cânon? Os rabinos punham em dúvida a
consequência do escritor, porém o livro já figurava em suas Bíblias. Não
vemos aqui um otimismo cego: existem muitíssimos problemas sérios da
vida para justificar otimismo. Não vemos aqui, tampouco, um
pessimismo cínico, visto que o autor é crente no Deus da justiça (8:12,
13). Temos aqui um penetrante realismo que faz frente à alegria e à
fúria, aos triunfos e às derrotas, um jogo de luz e sombras, e termina
afirmando que tudo é vaidade (1:2; 12:8); contudo, paradoxalmente, a
vida toda do homem deve reverenciar e obedecer a Deus, uma vez que
é a ele que finalmente prestaremos contas (12:13, 14).

_
W. Gordon Brown
Bacharel em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:27:27
Cântico dos Cânticos
Comentário:
O livro descreve o amor e casamento de Salomão (chamado o amado)
com uma jovem camponesa (denominada sulamita). Compõe-se
totalmente de discursos pronunciados principalmente pela sulamita e por
Salomão. Visto como se trata de poesia oriental antiquíssima, difere
basicamente da forma como um escritor devoto da atualidade poderia
apresentar as mesmas idéias básicas. Descreve a beleza do amor puro
entre uma mulher e um homem, amor que se aprofunda numa devoção
recíproca e imperecível. A mensagem fundamental é a pureza e o
caráter sagrado do amor no casamento - mensagem muito necessária
em nossos dias de tantas promessas matrimoniais quebradas e de
divórcios fáceis.
Ao mesmo tempo, os Cantares de Salomão lembram-nos que o que
sustenta todo o amor humano puro é o maior e mais profundo de todos
os amores - o amor de Deus, que sacrificou a seu Filho para redimir os
pecadores, e do amor do Filho de Deus que sofreu e morreu por sua
esposa, a igreja. Cantares de Salomão não é alegoria nem tipo, mas
uma parábola do amor divino que constitui o pano de fundo e a fonte de
todo o verdadeiro amor humano.

Autor:
O título (1:1) diz que Salomão é o autor. Isto está de acordo com o
conteúdo do livro, especialmente a descrição da natureza. Até agora
ninguém apresentou um caso convicente contra a paternidade literária
de Salomão. Foi rei de Israel entre os anos 973 a 933 a.C.,
aproximadamente.

-
Johannes G. Vos
Mestre em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:27:45
Isaías
Comentário:
Isaías é merecidamente conhecido como o profeta evangélico, visto que
nos proporciona a mais ampla e clara exposição do evangelho de Jesus
Cristo registrada no Antigo Testamento. Semelhante, em determinados
aspectos, à epístola aos Romanos no Novo Testamento, Isaías serve de
compêndio das grandes doutrinas da era pré-cristã, e se ocupa de
quase todos os pontos cardiais na escala da teologia. Acentua de modo
especial a doutrina de Deus, sua onipotência, sua onisciência e seu
amor redentor. Em confronto com os deuses imaginários dos adoradores
pagãos de ídolos, Deus se revela como o verdadeiro Deus, o Soberano
Criador do Universo, que ordena todos os acontecimentos da história de
acordo com um plano-mestre que ele próprio estabeleceu. Mediante a
demonstração de sua autoridade e inspiração de sua Palavra, cumpre
maravilhosamente as predições pronunciadas muito antes pelos
profetas. Ele é o mantenedor da lei moral, que traz a juízo todas as
nações ímpias dos pagãos, inclusive as mais ricas e poderosas dentre
elas, e destina-se ao montão de cinzas da eternidade, ao passo que seu
povo escolhido vive para lhe glorificar o nome.
É, acima de tudo, o Santo de Israel que Isaías apresenta como o Senhor
que o inspirou a profetizar. Em sua qualidade de Santo, exige acima das
formalidades da adoração mediante sacrifícios, o sacrifício vivo de uma
vida piedosa. Para este fim, apresenta as mais vigorosas persuasões
dirigidas à consciência de seu povo, tanto na forma de advertência e
apelos proféticos, como nas ameaças de castigo destinadas a levá-los
ao arrependimento. Mas, na qualidade do Santo de Israel, apresenta-se
como inalteradamente obrigado para com seu povo da aliança, e o fiador
fiel de suas misericordias promessas de perdoar-lhes, quando se
arrependerem, e libertá-los do poder do inimigo. Está preparado para
resgatá-los dos assaltos de seus arrogantes opressores gentios, e trazê-
los, da escravidão e do exílio, para a Terra Prometida.
Entretanto, na análise final, até mesmo os crentes israelitas, instruídos
nos ensinos do Antigo Testamento e usufruindo de imcomparáveis
privilégios de acesso a Deus, demonstram ser inerentemente
pecaminosos e incapazes de salvar-se a sí mesmo do mal. Seu
livramento final só pode provir do Salvador, do Messias divino e
humano. Este Emanuel, nascido de uma virgem, que é o próprio
poderoso Rei, estabelecera seu trono como rei de toda a terra, e porá
em vigor as exigências da santa lei de Deus, ao estabelecer a paz
universal, a bondade e a verdade sobre o mundo todo. Contudo, este
Messias soberano obterá o triunfo somente como Servo de Jeová,
rejeitado e desprezado por seu próprio povo, oferecendo seu corpo
sagrado como expiação pelos pecados deles. Mediante o sofrimento e a
morte, libertará a alma não somente dos verdadeiros crentes de Israel
como nação, mas também de todos os gentios de terras distantes que
abrirem o coração para receberem a verdade. Tanto os judeus como os
gentios formarão um rebanho de fé e constituirão os súditos felizes de
seu reino milenial, que está destinado a estabelecer o governo de Deus
e assegurar a paz de Deus sobre toda a terra.

Autor:
Isaías, filho de Amós, provinha, ao que parece, de uma rica e respeitável
família de Jerusalém, visto que não somente se registra o nome de seu
pai, mas ainda desfrutava de estreita relação com a família real e com
os mais altos funcionários do governo. Embora, talvez, tenha iniciado
seu ministério profético no final do reinado de Uzias, menciona o ano da
morte deste rei, provavelmente 740 a.C, como a época em que recebeu
a unção e incumbência especial de Deus no templo (capítulo 6). Foi-lhe
ordenado que pregasse com intrepidez e de modo inflexível uma
mensagem de advertência e denúncia contra seu povo, pela impiedade
de conduta e pela idolatria, chamando a nação para um sincero
arrependimento e reforma. O idólatra rei Acaz odiou-o e criou-lhe
obstáculos, mas foi favorecido e respeitado pelo rei Ezequias (716-698
a.C.), o qual, contudo, não levou em conta as advertências do profeta
contra a aliança com o Egito, Isaías foi, provavelmente, martirizado pelo
rei Manassés, brutal e depravado filho de Ezequias, isso por volta do
ano 680 a.C.

-
Gleason L. Archer Junior
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:28:00
Jeremias
Chave: Advertência

Comentário:
O prolongado ministério de Jeremias, que durou mais de quarenta anos,
estendeu-se desde o ano de 625 a.C. até poucos anos depois que Judá
deixasse de ser um estado, no ano de 586 A.C. Mais de cinquenta nos
de apostasia religiosa sob o reinado de Manassés foram, finalmente,
seguidos de uma reforma religiosa no governo de Josias (621-607)
a.C.). Jeremias apoiou a reforma com entusiasmo até perceber que o
coração do povo não mudava. Dois anos após a morte de Josias, a
batalha de Carquemis (605 a.C.) consolidou o domínio babilônico sobre
a Ásia Ocidental. A partir daí, Jeremias defendeu a submissão a
Babilônia, porém não teve êxito. Por causa da administração dos últimos
quatro reis de Judá, dos vinte e um anos de apostasia religiosa e
fraqueza política, tornou-se inevitável a queda de Jerusalém no ano de
586 a.C. e o conseqüente exílio.
As angustiosas circunstâncias sob as quais Jeremias trabalhava e a
extraordinária extensão com que a idolatria tomara o lugar da religião
revelada em Judá manifestam-se com clareza nas predições de
Jeremias. Igualmente, a angústia espiritual de Jeremias é causada por
esta apostasia. Contudo, não era ele um homem pessimista. Era,
essencialmente, guerreiro de Deus, porém um guerreiro que também
exercia as funções de atalaia e testemunha. O primeiro capítulo
descreve o chamado de Jeremias para o mninistério profético. Os
capítulos 2 a 13 capacitam-nos a reconstruir as condições em que ele
profetizava, enquanto os capítulos 14 a 33 nos revelam sua consciência
de Deus e sua comunhão com ele (leia também 1:1-19). O guerreiro
surge, como atalaia de Deus (34:1 - 45:5) e testemunha de Deus (46:1-
52:34).
Nos oráculos de Jeremias, Deus, o Governante moral do mundo, é o
Deus das alianças de Israel. Por meio de Israel, procurou atingir fins
morais. Em realidade, o adultério, pelo assim dizer, do reino setentrional
com os baalins obrigou Deus a dar-lhe carta de divórcio, ou seja,
mandá-lo para o exílio. Judá, o reino meridional, não tirou proveito da
experiência de Israel. Na verdade, superou a Israel na prática de
impurezas sexuais, a despeito de rejeitar as acusações de infidelidade
religiosa. Portanto, Deus teve de castigá-la.
O arrependimento poderia ter suspenso o processo de divórcio (exílio),
apesar de seus adultérios, visto como a graça divina é imensa. Todavia,
tão arraigada estava a imoralidade em Judá que a nação não era capaz
de corrigir-se moralmente. Aos poucos foram desaparecendo as virtudes
sociais. Nem os sacrifícios nem os ritos poderam substituir o
arrependimento e a justiça. A espantosa pecaminosidade de Judá
significava que o pecado devia ser congênito, por conseguinte, não tinha
capacidade moral. Esse pecado nascia de uma natureza pacaminosa. O
juízo e o exílio eram inevitáveis. Porém o exílio não era a última palavra.
Voltaria um remanescente para viver sob a administração messiânica,
em um ambiente de segurança religiosa e social. O governo justo do
Messias sobre um povo reto contribui para explicar a doutrina do novo
concerto de Jeremias. As pessoas seriam justas porque teriam o
coração renovado. Obedeceriam às leis de Deus de coração
espontaneamente. A nova aliança, garantindo o perdão e uma dinâmica
espiritual interior, transcederia o legalismo da antiga aliança. Finalmente,
pelo sacrifício e morte de Cristo, e mediante a manifestação
regeneradora interior do Espírito Santo, a nova aliança se tornaria
realidade.

Autor:
Não se observa princípio algum na organização das profecias de
Jeremias. Os oráculos sob os últimos cinco reis de Judá não seguem
uma linha cronológica. A ordem dos capítulos, no hebraico, difere da
ordem da Versão dos Setenta (Septuaginta), e nesta Versão se
observam consideráveis omissões, conquanto de escassa importância.
Isto nos sugere uma revisão redatorial distinta. Jeremias ditou as
profecias e Baruque as escreveu (36:1-8, 32). O Novo Testamento
contém numerosas referências a Jeremias.

-
J. G. S. S. Thomsom
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:28:18
Lamentações de Jeremias
Chave: Calamidade

Comentário:
O livro de Lamentações contém um tema principal. Os sofrimentos que
recaíram sobre Jerusalém quando o rei Nabucodonosor capturou a
cidade no ano de 586 a.C. Em uma série de elegias, o autor expressa
seu inconsolável pesar pela agonia e angústia da cidade.

O primeiro lamento descreve e explica as aflições de Jerusalém em


termos gerais. O segundo descreve o desastre em maiores minúncias.
Ressalta que a destruição da cidade é um juízo divino sobre o pecado.
Alguns fatores fundamentais deste juízo se esclarecem no terceiro
lamento. O quarto sublinha algumas lições que Jerusalém aprendeu por
meio do juízo. O quinto e último lamento (poderíamos dizer mais
acertadamente oração)descreve como Jerusalém, por causa de seus
sofrimentos, lançou-se à misericórdia divina, esperando que Deus
novamente se mostre misericiordioso para com Israel, agora purificada
no cadinho da aflição. Considerando-se que as Lamentações de
Jeremias tratam o sofrimento como castigo sobre o pecado, o crente
afligido tem no referido livro a linguagem de sua confissão, auto-
humilhação e invocação.

Autor:
Desde época antiqüissima, tanto os judeus como os cristãos têm
atribuído a Jeremias o livro das Lamentações. A Versão dos Setenta
(Septuaginta) atribui a autoria do livro a esse profeta, desde o segundo
século antes de Cristo, e a Bulgata o faz desde o quarto século de nossa
era. Se dermos por definida a paternidade literária de Jeremias, o livro
das Lamentações converte-se em "suplemento do livro de Jeremias",
que com tanta freqüencia profetizou uma catástrofe como a que o livro
das Lamentações descreve. Jeremias não adota um tom de censura em
seu lamento, como quem diz: "Eu o avisei." Sente a dor das aflições de
Jerusalém, e roga a Deus que não a rejeite para sempre.

-
J. G. S. S. Thomson
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:28:32
Ezequiel
Chave: Visões

Comentário:
O Livro de Ezequiel relata a atividade de um profeta durante o exílio na
Babilônia. O profeta dirige suas mensagens a seus compatriotas cativos
e também ao povo hebreu que ainda reside na Palestina. Ambos os
grupos permaneceram obstinados e impenitentes, mesmo depois da
captura de Jerusalém levada a cabo pelo rei babilônio Nabucodonosor, e
do exílio de Joaquim, rei de Judá, juntamente com uma considerável
parte da população no ano de 597 a.C. Portanto, Deus atribuiu a
Ezequiel a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e predizer a
destruição de Jerusalém e a deportação de um número ainda maior.
Seis anos depois de Ezequiel haver começado a pregar, suas palavras
se cumpriram. No ano de 586 a.C., Nabucodonosor destruiu Jerusalém
e levou cativos para a Babilônia quase todos os sobreviventes. Mas, a
despeito da infidelidade de Israel, Deus mostrou-se misericordioso.
Ezequiel recebeu instruções no sentido de proclamar as boas-novas de
que o exílio terminaria e Israel recuperaria sua posição de instrumento
da salvação de Deus para todos os homens.
A forma pela qual o livro de Ezequiel apresenta esta mensagem de juízo
e de promessa distingue-o dos outros livros proféticos do Antigo
Testamento. A organização sistemática do conteúdo constitui seu
primeiro traço característico. Os primeiros vinte e quatro capítulos
representam a acusação e condenação de Israel, com aterradora
conseqüencia. Esta perspectiva de juízo, minorada somente por
lampejos incidentais de luz, fica compensada na última parte (capítulos
33 a 48) com uma apresentação também conseqüente com o brilhante
futuro que Deus tem reservado para seu povo. Estas seções compactas
de ameaças e promessas a Israel são separadas por uma série de
discursos endereçados às nações estrangeiras, discursos que têm duplo
aspecto: pronunciam juízo e castigo sobre os perversos vizinhos de
Israel, mas a destruição dos inimigos de Israel constitui também
segurança de que não poderão criar obstáculos no cumprimento da
promessa de Deus de redimir e restaurar seu povo escolhido.
Outro traço característico do livro de Ezequiel é a forma pela qual
expressa não somente a ameaça mas também a promessa. O livro é
abundante em visões misteriosas, alegorias ousadas e estranhos atos
simbólicos. Estas formas de revelação divina ocorrem aqui com maior
freqüencia do que em qualquer outro livro profético, e se acham
representadas por uma riqueza de pormenores descritivos. As visões em
particular são bizarras, de forma quase grotesca, e portanto de
interpretação dificil.
Todavia, o significado fundamental do livro de Ezequiel não escapará ao
leitor se levar em conta que a glória de Deus e suas ações de juízo e
salvação se acham apresentadas em linguagem e forma simbólicas.
Aquilo que Ezequiel vê em visões, que descreve em alegorias e põe em
prática numa forma que se assemelha a charadas, tem por objetivo
contribuir para a certeza de que Deus leva avante seu plano de salvação
para todos os homens aos quais ele havia iniciado neste pacto com
Israel séculos antes. Purificado pelos juízos de Deus no exílio babilônio,
o povo de Israel se tornaria de novo o veículo das promessas que se
cumprirão no novo pacto e no final dos tempos. Tudo isto Ezequiel vê
em perspectiva profética, na qual se sobrepõem no mesmo quadro
relativo ao reino de Deus futuro e permanente algumas cenas de um
futuro imediato e de um futuro distante.

Autor:
A pessoa de Ezequiel se acha tão imersa na mensagem, que além de
seu nome, pouco sabemos com referência a ele. Somente dois fatos de
caráter biográfico podem deduzir-se do livro: que era filho de Buzi, o
sacerdote, e, diferentemente de seu contemporâneo Jeremias. Ezequiel
era casado, mas "o desejo dos teus olhos" lhe foi tirado de um golpe,
enquanto realizava sua missão por ordem de Deus.
Ezequiel tem sido considerado, com freqüencia, uma pessoa severa,
insensível. Tem-se dito que é impessoal, indiferente a seus ouvintes, e
só lhe preocupa a vindicação da glória de Deus, mesmo na proclamação
da misericórdia. Conquanto seus sentimentos não aflorem à superficie,
como no caso de Jeremias, a afirmativa de que ele não é compassivo
equivialeria a ir além das evidências. Nem tampouco podem os críticos
radicais justificar suas teorias que afirmam que o profeta sofria de
ataques catalépticos e de paranóia esquizofrênica. Os atos simbólicos
que ele executa e as visões que recebe não são, em essência,
diferentes dos que os outros profetas registram.
Ezequiel foi levado para a Babilônia no ano de 597 a.C., e foi chamado
para o ministério profético cinco anos mais tarde. Exerceu tal ministério
ativamente durante um período de vinte e dois anos, pelo menos
(29:17).

_
Walter B. Roehrs
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:28:57
Daniel

Chave: Revelação

Comentário:

O livro de Daniel jamais deixou de despertar interesse e de provocar


controvérsia nos círculos teológicos. Ao mesmo tempo, cativa os leitores
com relatos de heroísmo em tempos de grande perigo e tem servido de
consolo a multidão de fiéis seguidores de Deus quando lêem
comoventes narrativas de sua presença e bênção.
Os primeiros capítulos de Daniel narram certas experiências dos jovens
judeus - Daniel e seus três companheiros - que fazem parte dos cativos
judeus na Babilônia no século sexto antes de Cristo. A recusa de serem
atraídos pelo mundo pagão em que viviam e os perigos que os
ameaçavam por causa de sua fidelidade constituem a essência do
drama. Seus livramentos - Daniel da cova dos leões, e Sadraque,
Mesaque e Abdnego da fornálha ardente - demonstram o poder e o
amor de Deus. Nabucodonosor, orgulhoso e seguro de sua conduta
despótica, é humilhado até que reconheça que a providência de Deus
governa inclusive a vida do rei. O drama da escritura na parede fez que
esta frase seja parte proverbial de nosso idioma hoje. O terrível pecado
da arrogância diante de Deus, do qual Belsazar se fez culpado, traz com
certeza a derrota e a morte. As seções narrativas do livro, entre as mais
famosas da literatura, mantêm nosso interesse não somente pelo drama,
mas também por sua vigência toda vez que o materialismo e o
paganismo ameaçam envolver os filhos de Deus.
As visões que o livro de Daniel proporciona, quer sejam dadas a
governantes pagãos ou ao próprio Daniel, são consideradas por
sinceros estudiosos da Bíblia como uma visão prévia do mundo através
da história até aos últimos dias. As profecias relativas aos quatro reinos
e ao quinto grande reino, o reino de Deus, constituem um quadro da
marcha do império. Os quatro reinos formaram-se de acordo com a
profecia; o quinto reino espera seu cumprimento por ocasião da segunda
vinda de nosso Senhor.
Os grandes temas da profecia de Daniel são assunto de vital solicitude
para a igreja na atualidade: a apostasia do povo de Deus, a revelação
do homem de iniquidade, a tribulação, a segunda vinda, o milênio e o dia
de juízo. Ao abir o livro de Daniel, vemo-nos às voltas com uma
interpretação da história que não somente se cumpriu em grande parte,
mas que se cumprirá totalmente. Esta certeza é que faz que o livro de
Daniel seja de vital e significativa importância na presente época.
Autor:
No terreno histórico, tanto o Judaísmo como o Cristianismo têm
incorporado o livro de Daniel no cânon, considerando-o obra autêntica
do período acerca do qual afirma falar, isto é, do sexto século antes de
Cristo, escrito por Daniel. Não existe base científica de nenhuma
natureza que justifique afastar-se da aceita tradição judaico-cristã, no
sentido de que o livro foi escrito no século VI a.C., por Daniel.
_
G. Douglas Young
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:29:53
Oséias
Chave: Adultério espiritual

Comentário:
O livro de Oséias apresenta-nos a intensa rogativa de um gigante
espiritual, profundamente consagrado à tarefa de salvar a nação
pecadora. Com autêntica solicitude, o pregador busca, repetidamente,
conseguir a convicção e o arrependimento do povo a fim de que os
escolhidos de Deus se sintam obrigados a voltar ao lar e ali achar o
amor, o perdão e a cura. Com fidelidade, Oséias mostra graficamente os
aspectos essenciais da verdadeira religião. Carregando nas tintas, lida
com o pecado e seus resultados trágicos na vida humana, fala do juízo
destrutivo e do inesgotável amor com seus tesouros indizíveis para o
homem e para a mulher, trata da verdadeira natureza do
arrependimento, da salvação certa que será proporcionada e do pleno
perdão de Deus a todos quantos se arrependerem autenticamente com
sincera fé. O veemente evangelista conhece seu povo. Sabe que é
derramar lágrimas abundantes enquanto sua esposa infiel chafurda cada
vez mais no pecado. Conhece a profundidade do amor e a boa vontade
de amar sinceramente, de perdoar, de dar as boas-vindas e de
restaurar. Tem consciência da sagrada profundidade do amor no
coração de Deus. Dia após dia lança seu desafio pessoal, penetrante e
poderoso aos recalcitrantes pecadores que devem voltar para Deus.
Mediante a pregação deste profeta, Deus convida seu povo errante a
regressar. Oferece-lhe misericórdia e perdão, a graça é abundante, a
salvação os espera. É assombroso encontrar neste século do Antigo
Testamento tanta mensagem do Novo e descobrir o apelo fundamental
do verdadeiro evangelista. Todas as notas estão ali. Toda esfera é
descoberta. Faz-se todo tipo de apelo. É a forma como Deus se
manifesta.

Autor:
O autor do livro é Oséias, filho de Beeri, de Israel. Profundamente
influenciado pelo profeta Amós, tragicamente ferido pela terrível
infidelidade de sua esposa Gomer, agudamente cônscio dos terríveis
pecados de seu próprio povo, sensível à voz de Deus dirigida a um povo
pecador, o profeta roga intensamente enquanto procura fazer que o
povo infiel volte para seu Deus. É o evangelista divinamente escolhido
para persuadir os pecadores empedernidos a que se voltem para um
Deus cheio de amor, que está ansioso por perdoar-lhes e salvá-los. O
ministério de Oséias estendeu-se por vários anos depois do ano de 746
a.C.

-
Kyle M Yates
Doutor em Fisolofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:30:09
Joel
Chave: O dia do Senhor

Comentários:
Uma praga de gafanhotos havia devastado a terra de Judá. Enquanto
Joel, filho de Petuel, meditava
nesta calamidade, veio-lhe a palavra do Senhor. Transformou-se em um
grande profeta que proclamava a seu povo as divinas implicações desta
catástrofe. O livro, que traz o seu nome, registra o sermão de Joel nesta
ocasião.

O profeta descreve a praga comparando-a a um exército humano que,


em seu avanço, deixa atrás de si terra assolada (1:4-12; 2:2-10). Joel
sabe que no ataque desta praga Deus estava operando. Sim, é o
exército do Senhor (2:11), e o dia da invasão é o dia do Senhor - o dia
do juízo de Deus contra um povo pecaminoso (1:15; 2:1, 11). O profeta
insta com o povo a que se converta, e ao mesmo tempo expressa a
esperança de que Deus se arrependa e se abstenha de castigar (1:14;
2:12-17).
Não há dúvida de que o ministério de Joel teve maior êxito do que o de
muitos dos outros profetas, visto como o perdão de Deus (2:18-27)
indica que o povo se arrependeu de coração. "E aquele que é do norte
(isto é, os gafanhotos) farei partir para longe de vós... E restituir-vos-ei
os anos que foram consumidos pelo gafanhoto" (2:20, 25) são
promessas que o profeta faz em nome de Deus.
Contudo, o sermão de Joel ainda não havia terminado. Havia pela frente
juízos ainda mais terríveis para o mundo que não reconhecia a
sabedoria de Deus nem tampouco aceitava os padrões comuns de ética
das nações pagãs (3:2-8). Deus, misericordiosamente, enviará seu
Espírito sobre toda a carne (2:28, 29), porém as nações gentias serão
julgadas e castigadas (3:1, 2, 9-16). O povo de Deus será libertado
desta ira (2:32). Então Judá e Jerusalém gozarão de maravilhosa
prosperidade e serão abençoadas eternamente com a presença divina
(3:18-21).
Mediante estas palavras, Joel expressa a esperança humana e a
promessa divina de que Deus é soberano neste mundo, e fará que sua
vontade se cumpra na terra como no céu. Os reinos deste mundo
"vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o
sempre" (Apocalipse 11:15).

Autor:
A respeito de Joel, filho de Petuel, nada se sabe em definitivo. Joel
significava o Senhor é Deus, e era nome comum, de origem hebraica, no
tempo do Antigo Testamento. As numerosas referências que Joel faz
acerca de Jerusalém (1:14; 2:1, 15, 32; 3:1, 6, 16, 17, 20, 21) parecem
indicar que ele residia nessa cidade.
Não podemos determinar a data da praga dos gafanhotos, a qual
constitui o pano de fundo histórico deste livro. Há divergências quanto à
data em que foi escrito, embora possamos afirmar que o livro não
depende em nada da sua data; sua mensagem se aplica ao homem de
nossos dias.

-
John B. Graybill
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:30:23
Amós
Comentário:
A grande proclamação feita no início de sua profecia (1:2) fixa o tom da
mensagem de Amós. A voz de Deus, como a de um leão que ruge, será
ouvida desde Sião no dia do juízo. Sob o respeitável manto da
prosperidade material, Amós põe a descoberto a massa putrefata do
formalismo religioso e a corrupção espiritual (5:12, 21). Aponta a total
indiferença para com os direitos humanos e para com a pessoa humana
(2:6), e assinala a deterioração da moral e da justiça social (2:7, 8). O
profeta tinha um remédio para o mal que ameaçava a vida da nação. O
homem devia buscar a Deus, devia arrepender-se e estabelecer a
justiça a fim de poder viver (5:14, 15). Todavia, para ressaltar o aspecto
irremediável da situação, o profeta Amós adverte que os responsáveis
pelo mal que açoitava a terra não se "afligiam" pelo desastre que se
avizinhava (6:6). Em conseqüência, outra coisa não esperava a Israel
senão a destruição (9:1-8). O dia do Senhor não será uma vindicação de
Israel, segundo acreditavam algumas pessoas daquele tempo, mas uma
confirmação das exigências do caráter moral de Deus contra os que o
haviam rejeitado. Somente quando esta verdade fosse reconhecida é
que se estabeleceria o esplendor do reino davídico. Porém esse dia era
inevitável (9:11-15). A mensagem de Amós é, em grande parte, um
"clamor de justiça".

Autor:
Natural de Técoa, local situado a vinte quilômetros ao sul de Jerusalém,
Amós era pastor e também cultivava sicômeros (figos silvestres) 1:1;
7:14, 15). Enquanto cuidava do gado, recebeu o chamado de Deus para
exercer o ministério profético. Profetizou no reino do norte durante breve
período na segunda metade do reinado de Jeroboão II (785-744 a.C.),
rei de Israel, e durante o reinado de Uzias (780-740 a.C.), rei de Judá
(1:1).

-
Arnold C. Schultz
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:30:37
Obadias
Chave: Edom

Comentário:
Este pequeno livro resume o significado da relação de Edom e Israel
(Esaú e Jacó) na história da salvação, e ao fazê-lo revela um aspecto do
dia do Senhor e do reino de Deus.
Edom, a nação oriunda de Esaú sempre se revelou hostil a Israel, a
despeito dos laços fraternais existentes, visto que eram filhos de Isaque.
Deus confiou a muitos profetas a mensagem de condenação dirigida
contra Edom (Amós, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Malaquias), os quais
frenqüentemente chamaram a atenção para o orgulho e para a auto-
suficiência de Edom como as raízes de seu pecado. Em Obadias, o
profeta parece tomar uma profecia de juízo existente contra Edom (vers.
1-4 e frases incluídas nos vers. 5-9) - talvez o mesmo oráculo que
aparece em Jeremias 49:7-22 - e observe-se quão terrivelmente se
cumpria e com que justa retribuição. Obadias relaciona, portanto, este
castigo particular com o juízo de todas as nações no dia iminente do
Senhor, quando o remanescente de Israel que escapou será como
esfera de salvação e instrumento do governo de Deus sobre todas as
nações.
Embora muitíssimo curta, esta profecia ressalta e exemplifica as
verdades fundamentais da revelação bíblica: o governo soberano de
Deus que será universalmente reconhecido (v.21); a eleição de Israel, o
povo de Deus, para ser abençoado (v. 17b); sua eleição cumprida
mediante um remanescente (v. 17a) que será a fortaleza do braço de
Deus procedente do monte Sião; a culminância dos propósitos de Deus
no dia do Senhor que, enquanto vindica a seu povo e lhe proporciona o
júbilo da terra prometida de descanso, condenará os inimigos e
opressores, dos quais Edom é aqui um tipo (v. 15).
Embora o livro de Obadias seja somente um dentre os muitos
pronunciamentos proféticos relativos a Edom, é conveniente considerá-
lo como o ponto de concentração de todas as referências que no Antigo
Testamento se fazem concernentes a Edom, visto como não é possível,
num comentário desta natureza, tratar de outras passagens
pormenorizadamente. Portanto, apresentamos aqui uma lista das
principais referências a Edom: Históricas: Gênesis 25-36 (Jacó e Esaú);
Números 20:14-21, Deuteronômio 2:1-8 (o período do Êxodo); I Samuel
14:47 (sob Saul); II Samuel 8:14 (sob Davi); II Reis 8:20-22 (sob Jeroão);
II Crônicas 20:10-23 (sob Josafá); II Reis 14:7, II Crônicas 25:11-13 (sob
Amazias); II Crônicas 28:17 (sob Acaz); Salmos 137:7, Lamentações de
Jeremias 4:22 (queda de Jerusalém); Salmos 83:1-6 (geral). Profecias:
Isaías11:14; 34; 63:1-6; Jeremias 49:7-22, Ezequiel 25:12-14; 35; Joel
3:19; Amós 1:11-12; Malaquias 1:2-5.
Autor:
Com exceção de seu nome (que é comum no Antigo Testamento), nada
se sabe do autor deste livro, o mais curto do Antigo Testamento. Nem se
sabe com certeza a época em que foi escrito. Obadias parece descrever
um desastre que sobreveio a Edom depois da queda de Jerusalém
(vers. 5-7). Talvez seja este o primeiro ataque dos nabateus contra o
monte Seir, os quais derrotaram os edomitas em determinada época
compreendida entre os séculos VI e IV (compare Malaquias 1:3, 4). Esta
profecia pertenceria, portanto, à época do exílio ou logo após o
regresso.

-
D. W. B. Robinson
Licenciado em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:30:51
Jonas
Comentário:
Por seu conteúdo e intenção, o livro de Jonas revela a universalidade e
a compaixão da graça divina. Insinua-se este fato em 3:10 e em 4:11 se
confirma de modo inequívoco.
O livro é de caráter biográfico. Começa e termina com o Senhor falando
a Jonas. Em primeiro lugar, Jonas é comissionado para anunciar um
juízo; finalmente, o Senhor faz ver sua misericórdia e sua compaixão.
Entre estas duas representações do caráter de Deus encontramos a
resposta de Jonas à justiça e à compaixão divinas. No princípio Jonas
se nega a aceitar a ordem do Senhor, temendo que os pagãos se
arrependam e Deus demonstre misericórdia. O coração magnânimo de
Deus, que perdoa aos pagãos arrependidos, estabelece nítido contraste
com o espírito estreito, intolerante, não perdoador de Jonas.

Autor:
Uma vez que o livro não faz afirmação alguma sobre seu autor, é de
supor-se justificadamente que o autor seja o próprio Jonas. Ele é filho de
Amitai (1:1), e sem dúvida o mesmo filho de Amitai que profetizou
durante o reinado de Jeroboão II (compare-se com II Reis 14:25).

-
Claude A. Ries
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:31:07
Miquéias
Comentário:
Os três primeiros capítulos da profecia de Miquéias declaram os juízos
de Deus contra Israel e Judá, e o desastre iminente que está à espera
dessas nações. Os capítulos 4 e 5 oferecem consolo e esperança em
face do que acontecerá no futuro, quando a casa do Senhor for
estabelecida sobre os fundamentos de uma paz duradoura; um
remanescente voltará para Sião, resgatado do cativeiro na Babilônia; um
Libertador procedente de Belém fará que seu remanescente justo se
constitua em bênção para a tera; e a terra será purificada da idolatria e
da opressão. Os capítulos 6 e 7 declaram o caminho da salvação
mediante uma analogia de um pleito ou contenda judicial; o Senhor é o
reclamante , Israel o reclamado. Lembrando a seu povo o livramento do
Egito, e falando-lhe da natureza da verdadeira adoração, Deus deplora
seus tesouros de impiedade e de opressão. Esta declaração se faz
seguir pela confissão de culpa da parte de Israel e pela oração, pedindo
ao Senhor que volte e pastoreie seu rebanho como o fez no
passado.Miquéias termina com uma pergunta: "Quem, ó Deus, é
semelhante a ti?". Somente ele pode perdoar e demonstrar compaixão
ao povo de sua aliança.

Autor:
Miquéias era natural de Moresete, aldeia localizada perto de Gate, na
região setentrional da Filistia, a trinta e cinco quilômetros ao sudoeste de
Jerusalém. Provavelmente era agricultor. Seu ministério de profeta
abrange o reinado de três reis, desde o ano de 738 até 698 a.C.,
aproximadamente. Não se menciona o nome de seu pai, razão por que
os estudiosos concluem que sua família era de condição humilde.
Miquéias é mestre consumado no emprego da poesia clássica hebraica.
Defende a causa dos camponeses oprimidos e se põe contra os ricos
arrogantes. Seus apelos em favor da verdadeira religião são igualados
somente por Tiago (compare 6:6-8 com Tiago 1:27).

-
Ross E. Price
Doutor em Divindade
Data: 11/9/2007 - Hora:18:31:07
Miquéias
Comentário:
Os três primeiros capítulos da profecia de Miquéias declaram os juízos
de Deus contra Israel e Judá, e o desastre iminente que está à espera
dessas nações. Os capítulos 4 e 5 oferecem consolo e esperança em
face do que acontecerá no futuro, quando a casa do Senhor for
estabelecida sobre os fundamentos de uma paz duradoura; um
remanescente voltará para Sião, resgatado do cativeiro na Babilônia; um
Libertador procedente de Belém fará que seu remanescente justo se
constitua em bênção para a tera; e a terra será purificada da idolatria e
da opressão. Os capítulos 6 e 7 declaram o caminho da salvação
mediante uma analogia de um pleito ou contenda judicial; o Senhor é o
reclamante , Israel o reclamado. Lembrando a seu povo o livramento do
Egito, e falando-lhe da natureza da verdadeira adoração, Deus deplora
seus tesouros de impiedade e de opressão. Esta declaração se faz
seguir pela confissão de culpa da parte de Israel e pela oração, pedindo
ao Senhor que volte e pastoreie seu rebanho como o fez no
passado.Miquéias termina com uma pergunta: "Quem, ó Deus, é
semelhante a ti?". Somente ele pode perdoar e demonstrar compaixão
ao povo de sua aliança.

Autor:
Miquéias era natural de Moresete, aldeia localizada perto de Gate, na
região setentrional da Filistia, a trinta e cinco quilômetros ao sudoeste de
Jerusalém. Provavelmente era agricultor. Seu ministério de profeta
abrange o reinado de três reis, desde o ano de 738 até 698 a.C.,
aproximadamente. Não se menciona o nome de seu pai, razão por que
os estudiosos concluem que sua família era de condição humilde.
Miquéias é mestre consumado no emprego da poesia clássica hebraica.
Defende a causa dos camponeses oprimidos e se põe contra os ricos
arrogantes. Seus apelos em favor da verdadeira religião são igualados
somente por Tiago (compare 6:6-8 com Tiago 1:27).

-
Ross E. Price
Doutor em Divindade
Data: 11/9/2007 - Hora:18:31:32
Naum
Chave: Sentença contra Nínive

Comentário:
Naum, livro contrastes, descreve o poderoso imperialismo de uma nação
despótica e pagã, e declara o triunfo certo e final da justiça e soberania
de Deus
A causa imediata da profecia foi a premente questão da justiça de Deus
e sua fidelidade às promessas. Assíria, grande potência militar e
econômica, havia dominado os destinos das nações limítrofes, inclusive
Judá. Ao impor pesados tributos e exigir onerosa escravidão, aquela
potência havia transformado Judá em um estado quase vassalo. A fim
de proteger-se, Judá estabelecera alianças com outras nações,
esquecendo-se da promessa de Deus de que ele protegeria a nação
bem como seu povo.
Portanto, era fraca a vida nacional de Judá. Sua vida espiritual
enfraquecia-se cada vez mais e sua segurança territorial corria
constante perigo por causa das inscursões de hordas procedentes de
Nínive. Surgiu, pois, a pergunta: "Esqueceu-se Deus de Judá? Por que
prospera esta nação perversa da Assíria enquanto nós sofremos? São
vazias as promessas de Deus?" E enquanto Judá não recebia resposta
a tais perguntas, a desesperação se apoderava do povo.
De repente, ouviu-se a voz retumbante de Naum, que dizia: "Nínive
cairá. Deus preservará seu povo." Esta profecia parecia inacreditável
para os de limitada compreensão espiritual. O propósito da profecia era
duplo: predizer a destruição de Nínive por causa de seu pecado; e aliviar
a aflição e desesperança de Judá, assegurando-lhe que a promessa de
Deus é fiel. A profecia tem um único assunto: Nínive cairá, Judá será
vindicada.
Em seu estilo literário, o livro é a um tempo poético e profético,
harmonizado a vivida linguagem metafórica com o estilo rude e direto da
declaração profética. O primeiro capítulo é antes de tudo um salmo, ao
passo que os capítulos 2 e 3 são proféticos.
Naum começa sua mensagem mediante uma declaração intrépida
relativa à natureza e que toma vingança, o Senhor toma vingança e é
cheio de furor: o Senhor toma vingança contra os seus adversários, e
guarda a ira contra os seus inimigos" (1:2). Este tema satura o livro.
Considerando que a Assíria pecou ao desprezar a Deus, será totalmente
destruída. Judá foi desleal por não confiar implicitamente em Deus,
estabelecendo aliança com outras nações. A queda e destruição de
Nínive deve ser uma advertência para ela.
A mensagem de Naum é aplicável a todas as eras. Os que com
arrogância resistem a Deus e não confiam na sua provisão e cuidado,
sentirão inevitavelmente sua ira; os que nele depositam sua fé, esses
serão preservados em virtude do amor divino.
Autor:
Naum, 1:1.
Pouco sabemos de Naum, excetuando-se o que se nos diz neste breve
livro. Seu nome não é mencionado em nenhuma outra parte das
Escrituras Sagradas, com a possível exceção da linha genealógica
citada em Lucas. Tudo o que dele sabemos é que viveu em Judá,
provavelmente em Elcos, localidade que não se pode indicar com
certeza, e que foi contemporâneo de Jeremias. A palavra Naum significa
consolo.
De acordo com os melhores cálculos, o livro foi escrito por volta do ano
de 620 a.C.
-
Clarence B. Bass
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:32:36
Habacuque
Chave: O justo viverá pela sua fé

Comentário:
Habacuque, o profeta-filósofo, perturba-se com a gravíssima iniqüidade
de Judá. Mas, em contraste com seu contemporâneo Jeremias, sente
maior solicitude pela aparente relutância de Deus em julgar, do que pela
falta de arrependimento do povo. A destruição, a violência e a falta de
consideração pelas leis divinas florescem sem que ninguém as refreie
(1:2-4), apesar das ardentes rogativas do profeta pedindo a intervenção
divina.
Deus responde a Habacuque que dentro em breve ele receberá a
resposta; os ferozes e impios caldeus (babilônios) serão a vara de Deus
que açoitará a Judá diante dos próprios olhos de Habacuque (1:5, 6).
Em vez de aliviar a carga do profeta, esta resposta torna-a mais pesada,
ficando Habacuque angustiado por um novo e mais espinhoso problema:
Como pode Deus, cujos olhos são tão puros que não podem contemplar
o mal, permanecer em silêncio enquanto uma nação ímpia, sedenta de
sangue, destrói uma nação mais justa que ela (1:13)? O profeta procura
um lugar solitário para esperar a resposta de Deus (2:1).
A resposta vem mediante uma das mais sublimes declarações das
Escrituras Sagradas: o justo pela sua fé (ou fidelidade) viverá; o justo
será preservado no dia da angústia, porque dependeu de Deus, o que
faz que se possa depender dele; certa e repentina será a retribuição dos
invasores cheios de soberba, que compreenderão que a tirania não faz
sentido e a idolatria é uma inutilidade (2:6-19). A resposta finaliza com
um mandamento de silêncio universal diante do Deus soberano (2:20).
Com a convicção de que a justiça triunfará, o profeta eleva seu coração
numa prece rogando a Deus que realiza uma obra portentosa como a
que realizara no Êxodo e no monte Sinai (3:2-15). Depois de descrever o
majestoso esplendor do Onipotente, Habacuque reafirma sua confiança
no Deus de sua salvação, por meio de uma das mais emocionantes
confissões que encontramos nas Escrituras Sagradas (3:17-19).

Autor:
Nada se sabe acerca do profeta Habacuque, excetuando-se as
qualidades pessoais que podemos discernir em seus escritos. Várias
datas têm sido sugeridas para este livro, mas o período mais provável é
o que se encontra entre o ano de 605 a.C., data da vitória de
Nabucodonosor sobre os egípcios em Carquemis, Síria, e o ano de 597
a.C., quando os exércitos babilônios invadiram Judá.

-
David A. Hubbard
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:32:53
Sofonias
Comentário:
Sofonias, verdadeiro profeta do Senhor, defronta-se com Judá, nação
corrupta e ímpia. Embora identificada com o povo escolhido, essa nação
não podia perdurar, uma vez que o Senhor é um Deus justo que não faz
acepção de pessoas. Distante, ao nordeste, achava-se a poderosa
Assíria, que o Senhor utilizaria como seu instrumento para trazer a
destruição a Judá. Com esta destruição seria vindicada a justiça do
Senhor. Tratava-se, sem dúvida, do dia do Senhor.
Sofonias procura inspirar em seus ouvintes o temor daquele dia, e lhes
roga que se arrependam. Mostra que mediante o juízo, Deus
demonstraria misericórdia para com aqueles a quem o Senhor tem a
intenção de libertar. O remanescente puro, quando for libertado, entoará
louvores ao Deus justo que habita em seu meio.

Autor:
Esta breve profecia diz ser a revelação de Sofonias que profetizou
depois da ruína de Israel, durante o reinado de Josias. Provavelmente
suas mensagens foram pronunciadas antes das reformas de Josias,
visto como descrevem um povo desesperadamente mau, que não busca
ao Senhor.

-
Edward J. Young
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:33:14
Ageu
Comentário:
A profecia de Ageu, que pertence ao período pós-exílio, é um apelo
dirigido às autoridades e ao povo para que retomem a constução do
templo, após dezesseis anos de interrupção e atrasos. O profeta é
implacável ao expor a opinião falsa, mas predominante, de que a obra
de Deus é de caráter secundário e deve esperar até que primeiro se
resolvam os problemas econômicos. Demonstra que tais problemas
constituem o juízo pelo descuido do primeiro. Quanto tanto os dirigentes
como o povo respondem ao seu apelo, assegura-lhes que receberão a
ajuda de Deus, anima-os em face de comparações odiosas, e lhes
promete melhoria nas circunstâncias materiais agora que se cumpriram
a vontade e a obra de Deus.
Termina sua mensagem confirmando a escolha divina do governador
Zorobabel, e apontando seu significado messiânico.

Autor:
A profecia está cuidadosamente datada (520 a.C.), e indiscutivelmente
isto se deve à pena de Ageu, cujo nome traz e a quem se faz referência
em associação com Zacarias em Esdras 5:1 e 6:14. Exceto sua parte na
reconstrução do templo, nada sabemos de sua vida ou de seu caráter.
Seu estilo direto, franco, adapta-se admiravelmente à sua missão prática
de censurar e estimular.

-
Geoffrey W. Bromiley
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:33:38
Zacarias
Comentário:
Zacarias, profeta contemporâneo de Ageu, consagrou-se como este à
tarefa de promover a obra do templo. Suas mensagens escritas formam
um vínculo significativo entre os profetas anteriores, a cujo ministério faz
referências (1:6), e as fases posteriores da obra redentora de Deus
acerca da qual seu livro dá eloqüente testemunho. Dessa forma o
profeta nos ajuda, mediante um rico conteúdo bíblico, a aguardar com
ansiedade o dia em que se estabelecerá por completo o reino de Deus,
e encher nosso coração de jubilosa expectação concernente a esse dia.

Autor:
Conquanto os oito primeiros capítulos do livro sejam atribuídos a
Zacarias, no ano de 520 a.C., a data dos capítulos 9 a 14 é motivo de
controvérsia, e muitos negam que Zacarias os tenha escrito. Embora
seja difícil chegar a uma conclusão com absoluta certeza, pode afirmar-
se que as semelhanças de atitude entre as duas partes nos sugeririam a
unidade de origem deste livro. Zacarias, que iniciou seu ministério no
ano de 520 a.C., poderia muito bem ter vivido até presenciar as
importantes vitórias alcançadas pela Grécia sobre os persas nos anos
de 490 a 480 a.C. Essas vitórias poderiam apontar para a futura
dominação grega.

-
Martin H. Woudstra
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:33:53
Malaquias
Comentário:
Como porta-voz de Deus, Malaquias se apresenta em uma das épocas
mais decisivas da história. A terra tivera muitos profetas, mas o
ambiente cultural que cercava o profeta não trazia as marcas da obra
realizada por aqueles homens. Os sacerdotes eram corruptos (1:6 - 2:9),
e o povo, salvo algumas exceções, não era melhor (2:10 - 4:3). Deus,
porém, ainda governava de seu trono. Era soberano. Era o pai (1:6), o
senhor (1:6), o grande rei (1:14), o príncipe celestrial (implícito em 1:8), o
doador das alianças e dos mandamentos (2:5; 4:4). Como Deus do
Juízo, ele havia causado a desolação de Edom (1:3, 4). Sua maldição
recaia sobre os sacerdotes desleais (1:14; 2:2, 3, 9) e sobre os que o
haviam roubado (3:9). Cortaria os que se haviam casado com pagãos
(2:12). O juízo seria repentino (2:17 - 3:5). O dia do Senhor consumiria
os maus (4:1, 3). Entretanto, como Deus da graça, abençoaria o
remanescente fiel, visto que uma história de graça respaldava seu amor
a Jacó (1:2), sua aliança com Levi (2:4, 5), sua pasciência para com os
filhos de Jacó (3:6), seu oferecimento aos que não haviam sido
mordomos fiéis (3:10), o livro memorial (3:16), o nascimento do Sol da
Justiça (4:2) e a prometida vinda de Elias (4:5, 6). Vinha o dia do
Senhor, diz-nos Malaquias. Seria um dia glorioso para os justos (3:16,
17; 4:2, 3), mas um dia de destruição para os iníquos (4:1, 3). Contudo,
podem ler-se nas entrelinhas as seguintes palavras: "Convertei-vos,
convertei-vos dos vossos maus caminhos, pois por que razão morrereis,
ó casa de Israel" (Ezequiel 33:11).

Autor:
Não se sabe com certreza se Malaquias é o nome de uma pessoa, ou
significa antes meu mensageiro, ou um missionário. Acredita-se,
contudo, que se trata provavelmente do profeta que escreveu o livro.
Malaquias foi, talvez, escrito em torno do ano de 425 a.C., visto como
descreve as condições existentes na época da segunda chegada de
Neemias a Jerusalém, no ano de 432 a.C.

-
Burton L. Goddard
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:34:14
Mateus

Chave: Reino dos Céus

Único livro do Novo Testamento que foi escrito originalmente em


hebraico.*

Comentário:
O evangelho segundo São Mateus tem em mira dar testemunho de que
Jesus é o prometido Messias da antigüidade, e que sua tarefa
messiânica consistia em levar aos homens o reino de Deus. Estes dois
temas - a messianidade de Jesus e a presença do reino de Deus - estão
inseparavelmente vinculados, e cada um deles engloba um "mistério"-
uma nova revelação do propósito redentor e divino. (Leia Romanos
16:25, 26).
O mistério da missão messiânica está que antes que o Messias venha
nas nuvens, como celestial Filho do Homem, para estabelecer seu reino
sobre a terra, deve primeiramente vir com humildade entre os homens,
como o Servo sofredor que morrerá na cruz. O judeu do primeiro século
jamais tinha ouvido tal coisa. Para o crente da atualidade, o capítulo 53
de Isaías relata com meridiana clareza os sofrimentos do Messias.
Contudo, nesta passagem não se faz referência ao Messias, e o
contexto (Isaías 48:20; 49:3) cita especificamente a Israel como servo de
Deus. Portanto, não devemos surpreender-nos com o fato de que os
judeus não compreendessem que o capítulo 53 de Isaías se referia ao
Messias. Esperavam um Messias que viesse com poder e vitória, e o
Antigo Testamento promete, em realidade, tal Messias.
O Filho de Davi é um Rei divino que governará no reino messiânico
(Isaías 9:11; Jeremias 33), quando todo o pecado e todo o mal serão
tirados, e prevalecerão a paz e a justiça. O Filho do Homem é um Ser
celestial a quem é confiado o governo sobre todas as nações e reinos da
terra. O Antigo Testamento não nos diz de que forma se relacionam
entre si estes dois conceitos proféticos do Rei davídico e do celestial
Filho de Deus, ou de que modo cada um deles pode ser identificado com
o Homem de dores do capítulo 53 de Isaías. Portanto, os judeus do
primeiro século esperavam um Messias vencedor, ou um Filho do
Homem, porém celestial, e não um Servo humilde do Senhor, que
sofreria e morreria. O mistério messiânico - a nova revelação do
propósito divino - consiste em que o celestial Filho do Homem deve
primeiro sofrer e morrer em cumprimento de sua missão messiânica e
redentora, como o Varão de dores, antes de apresentar-se com poder e
glória.
O mistério do reino está intimamente associado com o mistério
messiânico. O capítulo 2 do livro de Daniel descreve a vinda do reino de
Deus com linguagem vivida, do ponto de vista da destruição de toda e
qualquer potência que resista a Deus e se oponha à vontade divina. O
reino virá com poder, varrendo todo mal e todo governo hostil,
transformando a terra e apresentando uma nova ordem universal de
perfeita paz e justiça. Contudo, o Senhor Jesus não apresentou um reino
de poder portentoso. Daí que tanto sua mensagem como sua pessoa
deixassem completamente perplexos seus contemporâneos, inclusive
seus discipulos. Era filho de um carpinteiro; sua família era conhecida
em Nazaré; tinha muitíssima semelhança com qualquer rabino judeu.
Suas obras eram atos bondosos de afeto e amor; não obstante isso,
afirmou que em suas palavras, em seus feitos e em sua pessoa havia
chegado a eles o reino de Deus. Contudo, os reinos do homem e do
mundo continuavam como sempre, sem que o odiado governo romano
sobre o povo de Deus fosse desafiado. Como podia ser o reino de Deus
se ele não despedaçava os outros reinos do mundo? Que esse reino
viesse com poder espiritual antes de apresentar-se em glória era uma
nova revelação do propósito divino.

Autor:
A tradição do segundo século da igreja atribui a autoria do primeiro
evangelho ao apóstolo Mateus.

-
George E. Ladd
Doutor em Filosofia e Letras

* Nota de Rogério Dias


Marcos

Chave: O filho do homem

Comentário:
O segundo evangelho tem traços que se destacam sobremaneira. A
personalidade de Pedro reflete-se quase em cada uma de suas páginas.
Assemelha-se a ele pela rapidez de movimentos, pela atividade, pela
impulsividade. A rapidez de ação é um dos traços principais. o relato
passa de um acontecimento a outro com extraordinária rapidez. Com
propriedade tem-se denominado o evangelho de Marcos de filme do
ministério de Jesus. A intensidade dos pormenores é outro de seus
característicos distintivos. Embora Marcos seja o mais curto dos quatro
evangelhos, com freqüencia narra pormenores vividos que não se
encontram nos relatos do mesmo assunto em Mateus ou Lucas.
Dispensa-se extraordinária atenção ao aspecto e aos gestos de Jesus.
O terceiro característico saliente é a descrição pictórica. Ao relatar a
alimentação dos cinco mil, Marcos diz-nos que o povo se assentou em
"ranchos" ou grupos sobre a erva verde.
O evangelho segundo São Marcos é, preeminentemente, o evangelho
da ação. Não somente abrange o discurso mais longo de Jesus (o
discurso proferido no monte das Oliveiras), como não deixa passar fatos
ou ações. Ressalta antes as obras que as palavras de Cristo. Marcos
registra dezoito dos milagres de Jesus, mas apenas quatro de suas
parábolas.
Seu modo de acentuar as ações é apropriado em um evangelho escrito
provavelmente em Roma e dirigido principalmente aos romanos. Marcos
emprega dez latinismos e faz menos referências ao Antigo Testamento
que os demais evangelistas. Explica os costumes judeus aos leitores
romanos. Nem sequer emprega a palavra lei, que aparece oito vezes em
Mateus, nove vezes em Lucas e quatorze vezes em João.
Considerando que escreve aos romanos, omite qualquer referência à
genealogia de Jesus, bem como à sua infância. Os romanos estavam
mais interessados no poder do que em genealogias. Daí observamos
que neste evangelho Jesus é apresentado como o grande Vencedor da
tempestade, dos demônios, da enfermidade e da morte. Ele é o Servo
do Senhor (compare-se com Isaías): primeiro o Servo vencedor, depois
o Servo sofredor e, finalmente, o Servo triunfante, na ressurreição.
Conquanto o evangelho segundo São Marcos seja antes de tudo
histórico, observa-se nele um forte teor teológico. O primeiro versículo
dá-nos o traço característico: "Evangelho de Jesus Cristo, Filho de
Deus". Repetidas vezes acentua-se a Deidade de Jesus, seja explícita
ou implicitamente. É o Filho do Homem, o Messias, aquele por quem
esperaram os longos séculos. Em uma das mais vigorosas passagens
teológicas dos evangelhos sinópticos afirma-se a declaração de Jesus
de que o Filho do Homem veio para "dar a sua vida em resgate de
muitos"(10:45). Conforme o diz o primeiro versículo do livro, é
principalmente o evangelho de Jesus Cristo, as boas-novas da salvação
mediante sua morte expiatória.

Autor:
De modo quase unânime a igreja primitiva atribui o segundo evangelho a
Marcos, primo de Barnabé e companheiro de Paulo e de Pedro. A
maioria dos intérpretes da Bíblia sustenta que este é o mais antigo dos
quatro evangelhos. Pode afirmar-se com segurança que foi escrito entre
os anos 50 e 70 de nossa era.

-
Ralph Earle
Doutor em Teologia

Data: 15/06/2004 - Hora:9:28:43


Marcos 1,2-3 - versões modernas dizem que Cristo está citando "o profeta Isaías". ERRO.
Marcos não está citando somente Isaías. Ele está citando Ml 1,3, Is40,3, etc.
Data: 11/9/2007 - Hora:18:34:50
Lucas

Chave: O filho do homem

Comentário:
O tema que destaca no evangelho segundo São Lucas é: Jesus é o
Salvador divino. No princípio, tudo se concentra nesta verdade surpresa.
Antes mesmo de seu nascimento, o anjo enviado por Deus ordena a
Maria que dê ao menino o nome de Jesus (que significa o Senhor salva,
1:31). Aos pastores o anjo deu "novas de grande alegria" (2:10) de que
na cidade de Davi nascera o Salvador, que é Cristo, o Senhor (2:11). E
no primeiro anúncio público que o Senhor fez a respeito de sua missão,
afirmou de modo inequívoco que ele era o divino Salvador acerca de
quem os escritos sagrados do Antigo Testamento faziam referência
(4:17-21).
A partir desse momento, observamos de que forma o Senhor Jesus se
revela como o Redentor divino que veio para salvar os perdidos. Salva
do poder dos espíritos maus (4:33-36), de enfermidades graves (4:38-
40), da lepra (5:12, 13) e, inclusive, do poder e das conseqüências do
pecado (5:20-26). Além disso, Lucas nos apresenta Jesus como o
Salvador Todo-poderoso que tem poder e autoridade divina para
ressuscitar mortos (7:12-17). Sendo um com o Pai, tem igualmente
poder sobre a natureza e pode salvar seus discípulos de uma violenta
tempestade (8:22-25), e livrar da fome a multidão (9:11-17).
Depois de haver-se revelado como o Salvador Todo-poderoso e de os
apóstolos o haverem confessado como o Cristo (9:18-20), Jesus começa
a mostrar a seus seguidores que para ele poder ser o Salvador divino
deles, primeiro ele devia sofrer e morrer (9:22).
As palavras pronunciadas pelo Senhor Jesus em 19:10, "Porque o Filho
do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido", cristalizam a
maravilhosa mensagem do evangelho segundo São Lucas.
Lucas demonstra-nos que o Senhor Jesus veio como Salvador em
sentido universal - para os povos de todos os tempos e de todas as
condições, para os judeus (1:13, 2:10), para os samaritanos (9:51-56),
para os pagãos (2:23; 3:6, 38), para os publicanos, para os pecadores e
desprezados (7:37-50) bem como para pessoas respeitáveis (7:36), para
os pobres (1:53) e também para os ricos (19:2; 23:50).
Ao mesmo tempo, nosso Senhor advertiu seriamente a todos de que
embora ele tivesse vindo para salvar e não para destuir, todos quantos
se negavam a ser salvos por ele trariam sobre si mesmos sofrimentos
(19:27, 41:44).
O evangelho segundo São Lucas proclama as boas-novas do Senhor
Jesus, que não somente afirmava ser o Salvador divino, mas também se
revelava como o Redentor Todo-Poderoso e Unigênito Filho de Deus.
Mediante sua ressurreição e ascensão (24:50-53), demonstrou
finalmente a verdade de suas afirmativas e a autencidade de sua auto-
revelação como Salvador do mundo, enviado, aprovado e equipado por
Deus (4:17-21; 10:22).

Autor:
Sem dúvida alguma, é correta a tradição que afirma ser Lucas, o médico
amado (Colossenses 4:14), o autor deste evangelho. Como
companheiro de Paulo (Filemon 24; II Timóteo 4:11; Colossenses 4:10-
14; Atos 1:1; 20:5 - 21:17; 27:2 - 28:16), Lucas tinha muitos contatos
pessoais com apóstolos e outras testemunhas da história do evangelho.
Tudo isto, somado à sua base cultural grega, seu preaparo intelectual e
sua íntima relação com homens como Marcos (que também escreveu
um evangelho), capacitaram-no para escrever um evangelho, digno de
crédito, amplo e formoso. Provavelmente, escreveu-o entre os anos 64 e
70 de nossa era. Pouco depois, escreveu os Atos dos Apóstolos.

-
J. Norval Geldenhuys
Mestre em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:35:09
João

Chave: O filho de Deus

Comentário:
O quarto evangelho declara, de forma inequívoca, a finalidade do livro:
"Jesus... operou também... muitos outros sinais... Estes, porém, foram
escritos para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para
que crendo, tenhais vida em seu nome" (29:30, 31).
Desde o prólogo (1:1-18) com sua frase culminante, "e vimos a sua
glória"(vers. 14), até à confissão de Tomé, no final, "Senhor meu, e Deus
meu!" (20:28), o leitor sente-se impulsionado constantemente a pôr-se
de joelhos. O Senhor Jesus destaca-se como algo mais que mero
homem; em realidade, mais ainda que um enviado sobrenatural ou
representante da Deidade. Ele é o verdadeiro Deus que veio em carne.
Todavia, o povo hebreu, que esperava seu futuro redentor, necessitava
de provas das afirmativas de Jesus de que ele era o Messias prometido
do Antigo Testamento. João apresenta essas verificações. Milagres e
discursos escolhidos de um período de vinte dias no ministério público
de Jesus, ministério que durou três anos, confirmam-no dramaticamente
como o Cristo, o Filho de Deus. Oito sinais ou maravilhas revelam não
só o seu poder, mas atestam sua glória como Portador divino da graça
redentora. Jesus é o grande "Eu sou", a única esperança de uma raça
que de outra sorte não teria esperança alguma. A água transforma-se
em vinho; os mercadores e os animais destinados aos sacrifícios são
expulsos do templo; o filho do nobre é curado à distância; o paralítico
recebe cura no dia de descanso; a multiplicação dos pães; Jesus anda
sobre o mar; o cego de nascença recebe a vista; Lázaro é ressuscitado.
Estes milagres revelam quem é Jesus Cristo e o que faz.
Progressivamente, João apresenta-o como Fonte da nova vida, a Água
da vida e o Pão da vida. Por fim, seus próprios inimigos retrocederam e
caíram por terra ante o "Eu sou", que se entrega voluntariamente para
sofrer na cruz (18:5, 6).
Procurando resgatar o homem do pecado e do juízo, e restaurá-lo à
comunhão divina e santa, o Logos eterno faz deste mundo sua
residência transitória (1:14). Em virtude de sua graça, o homem caído
está capacitado para residir em Deus (14:20) e, finalmente, nas
mansões eternas (14:2, 3). Em sua própria pessoa Jesus cumpre o
significado das profecias e festas do Antigo Testamento. Por fim, triunfa
sobre a própria morte e o túmulo, e deixa a seus seguidores um legado
extraordinário para que levem avante esta missão de misericórdia, única
na história.
Deslocando-se de uma eternidade para outra, o quarto evangelho
vincula o destino de judeus e gentios como parte da criação toda à
resurreição do Logos encarnado e crucificado.

Autor:
Muito embora o quarto evangelho não mencione de modo definitivo seu
autor, não resta dúvida de que foi João, o amado, quem o escreveu.
Somente uma testemunha ocular, do círculo íntimo dos seguidores do
Senhor Jesus Cristo (compare 12:16; 13:29) poderia proporcionar-nos
determinados pormenores do livro. Além disso, o relato especial e às
vezes indireto da participação de João confirmaria sua paternidade
literária (1:37-40; 19:26; 20:2, 4, 8; 21:20, 23, 24). Exegetas
conservadores colocam sua data depois que foram escritos os outros
evangelhos, portanto, entre o ano 69 da nossa era (antes da queda de
Jerusalém) e o ano 90.

-
Carl F. H. Henry
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:35:25
Atos
Comentário:
Em Atos 1:8 o Cristo ressurreto declara o propósito do batismo no
Espírito Santo: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir
sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda
a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". Em virtude de sua
localização e ênfase, este versículo parece designar com clareza o
objetivo do livro de Atos dos Apóstolos. O livro constitui a principal
história do estabelecimento e da extensão da igreja entre judeus e
gentios, mediante a gradual localização de centros de influência em
pontos destacados do Império Romano, desde Jerusalém até Roma.
Além disso, Lucas organiza este material histórico de tal maneira que o
progresso do evangelho é de imediato evidente. Trata-se de uma
história grafica, cujo objetivo não é apenas narrar, mas edificar.
Portanto, podemos considerar os Atos dos Apóstolos como um sermão
de caráter histórico acerca do poder cristão: sua fonte e seus efeitos.
Sua fonte é o batismo pentecostal com o Espírito Santo, e o efeito é o
poder de dar testemunho perante o mundo. Esse testemunho é
apresentado como resumo no sermão pentecostal de Pedro dirigido aos
membros da dispersão congregados em Jerusalém, e em pormenores
progressivas através do restante do livro.

Autor:
A opinião quase universalmente aceita é que o evangelho segundo
Lucas e os Atos têm um autor comum. O autor dos Atos dos Apóstolos
começa fazendo referência ao "primeiro tratado" que se interpreta como
a primeira prestação ou entrega do mesmo volume histórico, dirigido a
Teófilo, a mesma pessoa. Existem, pelo menos três argumentos que
confirmam a paternidade literária de Lucas: Primeiro, existe a evidência
do uso da primeira pessoa plural nas seções l6:10-17; 20:5-15; 21:1-18;
27:1-28:16, sugerindo que o autor era testemunha ocular, como o foi
Lucas. Segundo: há provas de que o escritor era médico. E, terceiro,
uma ampla e convincente tradição apóia a paternidade literária de
Lucas.
Aparentemente, o livro de Atos dos Apóstolos foi escrito em derredor da
época do primeiro encarceramento de Paulo, com cujo relato termina o
livro.

-
John H. Gerstner,
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:35:41
Romanos
Chave: Justificação pela fé

Comentário:
Depois da saudação e da ação de graças, o apóstolo Paulo, referindo-se
a um texto do Antigo Testamento (Habacuque 2:4), apresenta o tema da
epístola que é a justificação pela fé.
Os três capítulos iniciais estabelecem o primeiro ponto principal: que
todos os homens são pecadores. Paulo começa por uma descrição da
crassa idolatria e imoralidade dos gentios; contudo, em virtude da
revelação do poder de Deus na natureza, e pelo testemunho de suas
próprias consciências de que "são dignos de morte os que tais coisas
praticam", os gentios são considerados responsáveis.
Ao mesmo tempo, os judeus são igualmente pecadores, muito embora
sejam eles objeto dos oráculos divinos. Os gentios pecaram sem lei -
perecerão sem lei, os judeus pecaram sob a lei - serão julgados pela lei.
"Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus: mas os que
praticam a lei hão de ser justificados" 2:13.
Contudo, não há praticantes da lei, quer judeus quer gentios; porque
"Não há um justo, nem um sequer"(3:10). "Por isso nennhuma carne
será justificada diante dele"(3:20).
Portanto, se alguém vier a ser justificado, Deus mesmo terá de
proporcionar misericordiosamente a justiça necessária para a
absolvição. Isto se efetua em virtude de sacrifício propiciatório de Cristo.
Seu sangue derramado satisfaz a justiça do Pai, de maneira que Deus
pode ser justo e ao mesmo tempo justificador daquele que tem fé em
Jesus.
O capítulo 4, citando a Abraão como principal exemplo, explica mais
extensamente de que forma Deus atribui a justiça sem as obras. A
seguir, o capítulo 5 estabelece um paralelo entre Adão e Cristo. Todos
aqueles a quem Adão representava foram feitos pecadores por sua
ofensa; todos quantos estão em Cristo são feitos justos por sua
obediência.
Em resposta à acusação de que a justificação pela fé estimula o pecado,
"Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?" (6:1), o
apóstolo Paulo explica que o crente sincero recorreu a Cristo a fim de
escapar do pecado. A justificação produz santificação, e essa luta pela
santificação pessoal (7:14-25) é prova de que escapamos à
condenação. Portanto, em virtude do amor imutável de Deus (8:39),
podemos ter a segurança da salvação.
A justificação pela fé, a rejeição dos judeus e a inclusão dos gentios são
conseqüentes com as promessas de Deus a Israel. Tais promessas
foram feitas aos descendentes espirituais de Abrão. Deus escolheu a
Isaque e rejeitou a Ismael. Deus escolheu a Jacó e rejeitou a Esaú.
Estas escolhas e exclusões são inerentes às próprias promessas. A
eleição de Deus é soberana. É como o oleiro que fabrica vasos para
determinados fins.
Contudo, chegará o dia quando, em geral, os judeus serão exertados de
novo.
Em virtude destas misericórdias divinas, todo crente deve cumprir sua
função particular na igreja, com diligência e singeleza. De igual maneira,
no país, todo crente deve ser bom cidadão.
Finalmente, Paulo expressa a esperança de visitar Roma em sua
viagem com destino à Espanha, e termina a carta com saudações
pessoais.

Autor:
A epístola aos Romanos, a mais longa, a mais sistemática e a mais
profunda de todas as epístolas, e talvez o livro mais importante da
Bíblia, foi escrita pelo apóstolo Paulo (1:1, 5). Naquela ocasião ele se
encontrava em Corinto (15:26; 16:1, 2). A cuidadosa composição da
carta sugere que depois de algumas experiências tempestuosas ali,
desfrutou um período de tranqüilidade antes de receber dinheiro de
ajuda aos santos em Jerusalém. Isto situa a carta por volta do ano 58 de
nossa era. Diferentemente das demais epístolas, a dirigida aos romanos
foi escrita a uma igreja que ele nunca havia visitado (1:10, 11, 15).

-
Gordon H. Clark
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:35:59
I Corintios
Chave: Comportamento cristão.

Comentário:
A primeira epístola aos Coríntios não é apenas uma carta na qual o
apóstolo Paulo ministra conselhos e instrução sobre assuntos de
importância da fé e do comportamento cristão; também jorra luz
reveladora sobre determinados problemas com os quais se defronta
uma jovem igreja não muito depois de sua inauguração, na metade do
primeiro século de nossa era. O apóstolo Paulo havia levado a
mensagem de Cristo à cidade de Corinto quando realizou sua segunda
viagem missionária. Esta cidade constituia um tremendo desafio ao
evangelho já por tratar-se de um grande centro cosmopolita de comércio
do mundo antigo, já por ser reconhecido centro de libertinagem e
desregramentos. Se a mensagem da cruz tinha poder para transformar a
vida de homens e mulheres de tal ambiente, então essa mensagem era
realmente poderosa. E foi precisamente isto que ocorreu. Além do mais,
os membros desta jovem igreja desfrutavam de uma variedade de dons
espirituais, e esse fato constituía confirmação tanto para eles como para
o mundo, de que Deus se achava presente manifestando-se
poderosamente em seu meio.
Todavia, não transcorreu muito tempo sem que surgissem entre os
crentes graves erros de doutrina e de conduta; tais erros ameaçavam a
vida mesma daquela coletividade cristã. A primeira carta aos Coríntios
destina-se à correção desses erros. Em primeiro lugar, haviam surgido
deploráveis divisões na igreja; essas divisões se haviam transformado
em partidos hostís, que abalavam os próprios alicerces da unidade que
deve vincular todos quantos se dizem irmãos em Cristo. Em segundo
lugar, um de seus membros era culpado de grosseira imoralidade, um
tipo de imoralidade que até mesmo aquela sociedade licenciosa e
dissoluta teria condenado; a despeito disso, a congregação de crentes
não havia disciplinado o ofensor nem o havia expulsado da comunhão.
Em terceiro lugar, os membros daquela coletividade cristã denunciavam-
se uns aos outros perante tribunais pagãos, aos quais recorriam para
solucionar pendências que surgiam entre eles, em vez de resolverem
suas dificuldades no espírito do amor cristão dentro da igreja, ou se
disporem, segundo o exemplo de Cristo, a sofrer o mal sem vingar-se.
Em quarto lugar, alguns haviam cometido atos imorais com prostitutas e
procuraram justificar tal comportamento afirmando que o corpo apenas
estivera envolvido, e que os atos do corpo não tinham conseqüencia.
Em quinto lugar, a ceia do Senhor, que deveria ter sido uma expressão
de harmonia e amor, degenerara-se em ato de irreverência, de
glutonaria e de comportamento pouco caritativo. Em sexto lugar,
comportavam-se desordenadamente quando se reuniam para os cultos
públicos, especialmente no que respeita ao exercício dos dons
espirituais com os quais haviam sido dotados. Paulo julga necessário
lembrar-lhes que o dom do amor é o maior dos dons e o que mais deve
ser buscado, fora do qual todos os demais dons estão destituídos de
valor. Em sétimo lugar, insinuara-se na igreja de Corinto um ensino
herético que, negando a ressurrreição de Cristo e igualmente a
possibilidade de qualquer ressurreição, desferia um golpe severo contra
o fundamento mesmo da fé cristã. Todos estes assuntos, cada um deles
vergonhoso de per sí, recebem cuidadosa e urgente atenção nesta
carta.
O apóstolo Paulo oferece também instrução sobre outras questões que
os coríntios haviam mencionando em carta que le enviaram. Tais
questões podem ser assim resumidas: Era aconselhável ao crente
casar-se? Deve o marido ou a esposa, depois de converter-se, continuar
vivendo com um cônjuge inconverso? Qual devia ser a atitude do crente
quanto ao comer carne que anteriormente havia sido oferecida em
sacrifício a idolos? Devia a mulher cobrir a cabeça quando assistia ao
culto público? Qual o significado da variedade de dons espirituais? Que
medidas deveriam ser tomadas com respeito à coleta de fundos para
socorro aos crentes pobres de Jerusalém?
Seria erro imaginar que o conteúdo desta epístola se aplica somente a
esta situação particular da igreja do primeiro século em Corinto, porque,
muito embora as circunstâncias e a forma externa dos problemas da
igreja variem de época para época, em sua essência continuam sendo
os mesmos, e os princípios aqui lançados pelo apóstolo são aplicáveis a
nosso tempo e situação, com tanta eficácia como o foram naquele
tempo.

Autor:
A evidência interna e a externa mostam que o apóstolo Paulo foi o autor
desta epístola. Não é possível fixar com certeza a data em que foi
escrita, mas provavelmente o foi na primavera do ano 55, 56 ou 57.
Naquele tempo o apóstolo encontrava-se em Éfeso, durante o correr de
sua terceira viagem missionária.

-
Philip E. Hughes
Doutor em Literatura
Data: 11/9/2007 - Hora:18:36:12
II Corintios
Chave: Comportamento cristão.

Comentário:
Nenhum esboço breve pode proporcionar idéia da riqueza e simpatia
desta extraordinária epístola. O principal motivo que inspira Paulo a
escrevê-la é o de reivindicar sua autoridade apostólica, especialmente
quando a igreja de Corinto tinha sido invadida por falsos apóstolos que
procuravam minar sua autoridade e desencaminhar os crentes do
evangelho que haviam recebido por seu intermédio. Escreve, contudo,
não com caráter autoritário, mas antes como pai espiritual dos crentes
de Corinto, aos quais ele ama e quer que respondam com reciprocidade
ao seu amor e permaneçam fiéis as verdades que ele lhes comunicou. A
situação em Corinto chegou a tal ponto que Paulo se vê na obrigação de
falar por si mesmo. Conquanto apele para o conhecimento pessoal e
íntimo que o povo tinha dele e de seu caráter, e lhes lembre os
profundos sofrimentos e as vicissitudes porque passou a fim de
comuncar-lhes a mensagem da salvação, ele o faz com humildade e
sinceridade transparente, e por certo com relutância. Em toda a epístola,
a dignidade, a devoção, a fé serena e a apaixonada consagração do
apóstolo Paulo se destacam com um intenso resplendor que abranda o
coração de todos, com exceção de alguns obcecados e indiferentes.
Apresenta-se a si mesmo perante seus leitores como aquele que em sua
própria pessoa é fraco e indigno, mas que, por meio dessa fraqueza, a
graça e o poder do Deus Todo-Poderoso são magnificados. Em
contraste com a auto-estima e interesses pessoais dos falsos apóstolos,
contrapõe-se a abnegação de Paulo: tudo é de Deus e para a glória de
Deus. O traço marcante em toda a epístola é o da segurança divina: "E
disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza" (12:9). Esta nova descoberta desta epístola em nossos dias,
com sua doutrina de reconciliação em Cristo e seu tema de glória
mediante o sofrimento, significaria uma renovação da visão e vitalidade
do povo de Deus, e por este meio, uma bênção às multidões que vivem
ainda em trevas espirituais.

Autor:
Não existem dúvidas razoáveis e respeito da paternidade literária de
Paulo no que se refere a esta epístola. A segunda epístola aos Coríntios
foi escrita no mesmo ano em que o foi a primeira, provavelmente seis
meses depois.

-
Philip E. Hughes
Doutor em Literatura
Data: 11/9/2007 - Hora:18:36:26
Gálatas
Chave: A justificação é pela fé

SÍNTESE e AUTOR

O apóstolo Paulo escreveu esta carta aos gálatas convertidos em


alguma época situada entre os anos 48 a 53 de nossa era. Mestres
judaico-cristãos haviam procurado predispor contra o apóstolo os
gálatas convertidos., dizendo-lhes que, como gentios, deviam ser
circuncidados (5:2-6; 6:12-15) e praticar o ritual da lei (4:10) para que
fossem salvos. Mediante uma carta, Paulo reivindica sua autoridade
como expositor do evangelho, e condena a posição judaizante como
legalismo anticristão.
Paulo sustenta que os crentes, tanto judeus como gentios, desfrutam de
completa salvação em Cristo. São justificados (3:6-9), adotados (4:4-7),
renovados (4:6; 6:15), e feitos herdeiros de Deus segundo a promessa
do pacto com Abraão (3:15-18). Desse modo, a fé no Cristo do Calvário
liberta-nos para sempre da necessidade de buscar a salvação pelas
obras da lei. De qualquer maneira, esta busca é impossível, uma vez
que a lei não salva, nem era esse seu propósito (3:19-24). Os crentes
não devem, portanto, voltar ao princípio de guardar a lei como base para
a salvação, pois do contrário voltam à escravidão (5:1) privando-se da
graça de Cristo (5:2-4). Devem, antes, apegar-se à liberdade que Cristo
lhes deu, e servir a Deus e ao próximo no poder do Espírito, como
homens livres (5:13-18), realizando com alegria a vontade de seu
Salvador (6:2).
O argumento de Paulo demonstra que todas as versões legalistas do
evangelho são corrupções deste, e que o gozo da liberdade cristã
depende de ver que a salvação é somente pela graça, unicamente
mediante Jesus Cristo, recebida exclusivamente pela fé.

-
James I. Packer
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:36:41
Efésios
Comentário:
A epístola aos Efésios apresenta, de modo geral, doutrina na primeira
metade e exortação na segunda; contudo, esta divisão não é absoluta.
O discurso doutrinal é ocasionado pela situação prática, e as exortações
se acham adornadas com formosas verdades.
O louvor inicial é de regozijo pelo plano de Deus para os crentes,
mediante a redenção efetuada por Jesus Cristo e pela obra do Espírito
Santo. Fazendo uma pausa para pronunciar duas orações (1:15-23 e
3:14-19), o apóstolo Paulo explica com minúcias as inferências e
significados da redenção no que se refere a estar livre do pecado, à
nova vida de vitória, e ao mistério da unidade de todos os crentes e sua
união com Cristo.
Na segunda metade apresentam-se inferências de caráter ético segundo
a unidade cristã, o novo andar, o amor, a humildade, as relações
humanas construtivas, e a luta vitoriosa contra o mal, mediante a
completa dependência das realidades espirituais.

Autor:
Sem dúvida alguma, o apóstolo Paulo é o autor desta epístola. Nenhum
dos antigos intérpretes da Bíblia parece discordar desta opinião.
Conquanto a epístola tenha sido escrita também com a intenção de que
circulasse entre outras igrejas da Ásia, não resta dúvida de que o autor
tinha em mente, ao escrevê-la, a igreja que ele fundara na grande
metrópole de Éfeso. As provas indicam que tanto o manuscrito como a
doutrina nos ministram que a epístola esteve relacionada com a igreja
de Éfeso desde época antiqüíssima. Parece que o apóstolo escreveu
essa carta quando estava encarcerado em Roma, quase ao mesmo
tempo em que escreveu as epístolas a Filemon e aos Colossenses, e
que foi enviada por meio do mesmo amigo. Tíquico, que o estivera
visitando (ano 62 ou 63 d.C.).

-
Wilber T. Dayton
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:36:57
Filipenses
Comentário:
Esta é uma das cartas mais pessoais do apóstolo Paulo. Basta que
observemos a freqüência da construção verbal da primeira pessoa do
singular. O apóstolo escrevia a um grupo de amigos aos quais amava
profundamente. Esta carta não se presta com facilidade a um esboço
sistemático. Nela destaca-se com caracteres nítidos a solicitude de
Paulo por estes crentes. Escreve-lhes, não tanto como o apóstolo
fundador da igreja em Filipos, mas como seu pai em Cristo. Observa-se
a diferença na saudação: não diz aqui "Paulo, apóstolo...", sua
introdução costumeira; diz, antes. "Paulo e Timóteo, servos de Jesus
Cristo...".
A nota dominante desta breve epístola é a alegria. E esta nota se faz
mais notável ainda se levarmos em conta o fato de que Paulo a escrevia
da prisão. As circunstâncias imediatas que rodeiam o crente não devem
constituir-se em fatores que determinem sua atitude com respeito à vida
em geral.
As notas gêmeas de humildade e solicitude pelos outros também são
muito evidentes. Em vista do que Cristo realizou, não há lugar para a
soberba no coração do filho de Deus. Em virtude do profundo exemplo
lançado por Cristo, seus seguidores jamais devem adotar conduta
egoísta.
Esta carta contém muito pouca teologia no sentido habitual que se dá a
este termo. Contudo, uma exceção digna de nota é a grande passagem
sobre a humilhação e exaltação de Cristo (2:5-11). Igualmente, a carta
proporciona pouquíssimas instruções sobre ética. A carta contém
advertências diretas e breves acerca dos que haviam causado ao
apóstolo tantas dificuldades em outros lugares (3:2), porém não se
refuta o erro teológico, nem se censuram com vigor as faltas dentro da
igreja.

Autor:
Presentemente, a opinião quase universalmente aceita é a de que Paulo
foi quem escreveu esta epístola. Foi escrita da prisão, porém não se
menciona o lugar onde estava dita prisão. Três localidades têm sido
sugeridas: Roma, Cesaréia e Éfeso. Tradicionalmente, acredita-se que
foi em Roma que o apóstolo a escreveu. Se situarmos a escritura desta
carta próxima do encarceramento do apóstolo, a data seria por volta do
ano 62 d.C.

-
Ralph A. Gwinn
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:36:57
Filipenses
Comentário:
Esta é uma das cartas mais pessoais do apóstolo Paulo. Basta que
observemos a freqüência da construção verbal da primeira pessoa do
singular. O apóstolo escrevia a um grupo de amigos aos quais amava
profundamente. Esta carta não se presta com facilidade a um esboço
sistemático. Nela destaca-se com caracteres nítidos a solicitude de
Paulo por estes crentes. Escreve-lhes, não tanto como o apóstolo
fundador da igreja em Filipos, mas como seu pai em Cristo. Observa-se
a diferença na saudação: não diz aqui "Paulo, apóstolo...", sua
introdução costumeira; diz, antes. "Paulo e Timóteo, servos de Jesus
Cristo...".
A nota dominante desta breve epístola é a alegria. E esta nota se faz
mais notável ainda se levarmos em conta o fato de que Paulo a escrevia
da prisão. As circunstâncias imediatas que rodeiam o crente não devem
constituir-se em fatores que determinem sua atitude com respeito à vida
em geral.
As notas gêmeas de humildade e solicitude pelos outros também são
muito evidentes. Em vista do que Cristo realizou, não há lugar para a
soberba no coração do filho de Deus. Em virtude do profundo exemplo
lançado por Cristo, seus seguidores jamais devem adotar conduta
egoísta.
Esta carta contém muito pouca teologia no sentido habitual que se dá a
este termo. Contudo, uma exceção digna de nota é a grande passagem
sobre a humilhação e exaltação de Cristo (2:5-11). Igualmente, a carta
proporciona pouquíssimas instruções sobre ética. A carta contém
advertências diretas e breves acerca dos que haviam causado ao
apóstolo tantas dificuldades em outros lugares (3:2), porém não se
refuta o erro teológico, nem se censuram com vigor as faltas dentro da
igreja.

Autor:
Presentemente, a opinião quase universalmente aceita é a de que Paulo
foi quem escreveu esta epístola. Foi escrita da prisão, porém não se
menciona o lugar onde estava dita prisão. Três localidades têm sido
sugeridas: Roma, Cesaréia e Éfeso. Tradicionalmente, acredita-se que
foi em Roma que o apóstolo a escreveu. Se situarmos a escritura desta
carta próxima do encarceramento do apóstolo, a data seria por volta do
ano 62 d.C.

-
Ralph A. Gwinn
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:37:14
Colossenses
Chave: "Cristo é tudo" Cl 3:11

Comentário:
Os colossenses dispensavam exagerada atenção a observância de ritos
e cerimônias, e também se davam a alguma forma de adoração de
anjos. Estavam, pois, contaminados por uma heresia que
aparentemente contava com elementos tanto judeus como gnósticos.
Paulo ocupa-se do problema ao apresentar-lhes o Cristo incomparável.
Em uma notável passagem, o apóstolo fala do que o Senhor Jesus
Cristo realizou na redenção e reconciliação, e também se refere à
preeminência do Senhor. Cristo é a imagem do Deus invisível. Por ele
todas as coisas foram criadas. Ele é a cabeça da igreja. Assim, o
apóstolo Paulo apresenta-lhes o Cristo que ele prega. Em virtude da
excelência de Cristo e de que ele lhes comprou a salvação, Paulo pode
rogar-lhes que se abstenham das sutilezas em que viviam. Estabelece
um contraste entre a nova vida em Cristo e sua antiga forma
pecaminosa de viver, e insta-os a praticar as virtudes cristãs. Visto que
são crentes, devem pautar todas as suas relações segundo a fé cristã.
De maneira que fala das relações que devem existir entre marido e
mulher, filhos e pais, escravos e senhores. Lembra-lhes que o crente
deve comportar-se sabiamente perante os incrédulos. A carta termina
com uma série de saudações.

Autor:
A carta afirma ser escrita por Paulo (1:1). Tem o estilo de Paulo e
expressa as idéias do apóstolo. Foi escrita da prisão (4:18), que,
segundo muitos, foi o encarceramento em Roma, na fase final de sua
vida.

-
Leon Morris
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:37:30
I Tessalonicenses
Chave: A segunda vinda de Cristo.

Comentário:
A igreja de Tessalônica, fundada por Paulo durante sua segunda viagem
missionária (Atos 17), compunha-se de convertidos judeus, gregos
devotos, mulheres nobres (Atos 17:4), e de muitos gentios que tinham
vivido no paganismo. Depois de deixar Tessalônica (Atos 17:10), o
apóstolo Paulo enviou Timóteo a fazer-lhes uma visita (I
Tessalonicenses 3:1-3); mais tarde o citado discípulo leva um relatório a
Paulo em Corinto. Muitos tessalonicenses sentiam-se desconsolados
pela morte de entes queridos (4:13-17). Alguns estavam ociosos (4:11);
e até viviam desordenadamente (5:14). Alguns sentiam-se tentados a
voltar aos vícios pagãos (4:1-18). A perseguição era forte (3:3, 4).
Alguns punham em dúvida os motivos e o caráter de Paulo (2:1-12),
outros ansiavam por sua presença (3:6). Respondendo ao relatório que
Timóteo lhe entregara, o apóstolo Paulo escreve de Corinto para felicitar
os crentes por sua fé (1:2-10); para defender seu apostolado (2:1-12);
para unir-se a si mesmo à igreja mediante vinculos mais estreitos (2:17-
3:10); para exortá-los à pureza moral, ao amor fraternal e à diligência no
trabalho quotidiano (4:1-12); para consolá-los em sua solicitude pelos
seus entes amados que haviam morrido (4:13-17); para assegurar-lhes
seu livramento do juízo que se avizinhava em virtude do dia do Senhor
(5:1-5); para exortá-los à vigilância 5:(6-11) e para praticarem uma
conduta ordenada na assembléia e na vida diária (5:12-23).
As epístolas aos Tessalonicenses são importantes, não só porque
figuram entre as primeiras cartas de Paulo, mas também porque revelam
muito do caráter do ministério do apóstolo e das condições
prevalecentes na igreja, e porque contém tantos ensinos relativos a
segunda vinda de Cristo.

Autor:
No prefácio e saudação (1:1) afirma-se a autoria de Paulo, tendo como
seus companheiros Silvano e Timóteo. A opinião unânime dos
comentaristas da Bíblia é de que o apóstolo Paulo é o autor das
epístolas aos Tessalonicenses. A primeira epístola foi escrita de Corinto,
no ano 51 d.C.

-
J. Dwight Pentecost
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:37:44
II Tessalonicenses

Chave: A segunda vinda de Cristo

Comentário:
O portador da primeira epístola aos Tessalonicenses trouxe a Paulo
notícias referentes ao crescimento espiritual dos crentes. Paulo sentiu-
se profundamente consolado com o relatório. Além disso, o relatório
apresentado ao apóstolo dizia que um ensino errôneo, atribuído a Paulo,
já havia chegado a Tessalônica por meio de uma carta falsificada ou
devido a informações orais ou escritas tratando de seu ensino. Alguns
sustentavam que as tribulações e perseguições que eles sofriam eram
as tribulações do dia do Senhor, e em conseqüência disso haviam sido
excluídos da transladação, ou então Paulo havia comunicado ensinos
errôneos (I Tessalonicenses 4:13 - 5:10). Paulo escreve-lhes a segunda
epístola para felicitá-los por seu crescimento espiritual (1:3, 4); para
consolá-los em suas perseguições (1:5-10); para transmitir-lhes a
informação correta e acalmar os temores acerca do dia do Senhor (2:1-
12); e para corrigir a conduta desordenada na igreja (3:6-15).

Autor: Paulo 1:1


Pela semelhança das condições nas duas epístolas, chega-se à
conclusão de que o apóstolo Paulo escreveu a segunda epístola pouco
depois da primeira, provavelmente dentro de um período de poucos
meses. Foi escrita de Corinto no ano 51 d.C.

-
J. Dwight Pentecost
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:37:59
I Timóteo
Comentário:
A primeira epístola de apóstolo Paulo a Timóteo foi escrita da
Macedônia, depois de haver visitado a cidade de Éfeso, onde havia
deixado Timóteo, para enfrentar sérios problemas de ensinos falsos
surgidos no seio da Igreja (l:3-4). A experiência de Paulo invocada no
texto (1:12-20), serve como uma espécie de escudo para as lições que
vai dar ao jovem pastor. O ensino correto levará a atitudes acertadas.
Estabelecendo-se o governo constituído, com a escolha criteriosa de
oficiais que hão de secundar a ação pastoral (3:1-13). Assim se
resolvem os vários problemas que agitam a igreja (Caps. 5 e 6). Dando
orientação para cada um deles: viúvas, heresias, escravos, riquezas,
disputas etc, e termina com uma exortação.
Desse modo o tema principal desta epístola envolve a organização,
administração e cuidados pastorais de uma igreja local, e é endereçada
a Timóteo, verdadeiro filho na fé de Paulo (1:1-2). E, tem como propósito
básico: 1. Ajudar Timóteo em refutar os falsos ensinos; 2. Instruir
Timóteo acerca da administração e do pastoreio da igreja; 3. Encorajar
Timóteo e desafiá-lo a sã doutrina, e vida exemplar.
Na leitura e meditação desta carta, observamos o esboço a seguir que
muito nos auxilia na compreensão de todo texto:

1. INTRODUÇÃO (1:1-2)
2. ORGANIZAÇÃO DA IGREJA (2.1-3; 3:16);
2.1 O perfil das orações públicas 2:1-8);
2.2 O perfil das mulheres (2:9-15);
2.3 O perfil dos bispos (3:1-7);
2.4 O perfil dos diáconos (3:8-16);
3. A ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA (4:1 a 6:19);
3.1 Cuidado contra hereges (4:1-5);
3.2 Cuidado da vida pessoal (4:6-16);
3.3 Cuidado dos membros (5:1-16);
3.4 Cuidado dos líderes (5:17-25);
3.5 Cuidado empresarial (6:1-2);
3.6 Cuidado da avareza (6:3-10);
3.7 Cuidado da vida exemplar (6:11-16);
3.8 Cuidado dos ricos (6:17-19).

Autor: Paulo, 1:1


Esta carta de Paulo a Timóteo dá orientações seguras de como
proceder-se à frente do rebanho do Senhor (3:15; 4:11,13; 5:21).
Timóteo é exortado a cuidar da doutrina (4:16; 6:12, 14).

-Augusto Bello de Souza Filho


Bacharel em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:38:13
II Timóteo
Comentário:
Esta segunda epístola a Timóteo foi escrita pelo apóstolo Paulo por volta
do ano 68 d.C., do calabouço onde se encontrava chamado de "Prisão
Mamertina", em Roma, no final do seu segundo aprisionamento. É
conhecida como Epistola Pastoral, e foi endereçada a Timóteo, que dá
nome a mesma.
Foi a última das treze epístolas de Paulo cronologicamente. Não muito
antes do seu martírio. 4: 6-8.*
Timóteo, é filho na fé do apóstolo Paulo que o discipulou e nesta
oportunidade o escreve com o propósito de: a) informar-lhe de seu
aprisionamento; b) desafiar Timóteo à firmeza e fidelidade na vida
pessoal e no ministério; c) pedir que Timóteo viesse a Roma o quanto
antes (2 Tm 4:13, 21).
O tratamento dado pelo apóstolo a Timóteo, é a de amigo para amigo,
sem nenhum tratamento sistemático, tratando dos assuntos
movimentando-se para a frente e para trás entre as idéias que
apresenta.
Na leitura e meditação desta carta, observamos o esboço a seguir que
muito nos auxilia na compreensão de todo o texto:

1. INTRODUÇÃO (1:1-5)
2. EXORTAÇÕES A TIMÓTEO (1:6- 2:26);
2.1 Para firmeza no evangelho (1:6-18);
2.2 Para fidelidade no sofrimento (2:1-13);
2.3 Para fidelidade no ministério (2:14-26);
2.4 O perfil dos diáconos (3:8-16).
3. CONSELHOS A TIMÓTEO (3:1-4.8);
3.1 Sobre a apostasia (3.1-9);
3.2 Sobre a sã doutrina (3:10-17);
3.3 Sobre o ministério (4:1-5).
4. CONCLUSÃO
4.1 Previsão da morte (4:6-8);
4.2 Informação da situação (4:10-18);
4.3 Instruções a Timóteo (4:9,13, 19-22).

Igualmente à primeira epístola, o apóstolo Paulo exorta Timóteo a


exercer o ministério que lhe foi confiado pelo Senhor com toda a
dedicação, amor e zelo. São ensinos, com aplicação prática também em
nossos dias, pelo que devemos estar atentos para o bom exercício do
ministério pastoral à frente do rebanho do Senhor.

-Augusto Bello de Souza Filho


Bacharel em Teologia
* nota de Rogério Dias
Data: 11/9/2007 - Hora:18:38:30
Tito
Autor: Paulo 1:1

Comentário:

Esta epístola do apóstolo Paulo, foi endereçada a Tito, seu verdadeiro


filho na fé (Tt 1:4), também tratado como irmão em Cristo conforme está
descrito em II Co 2:13; companheiro e cooperador em II Co 8:23; fiel
administrador financeiro em II Co 12:18. Ainda usando outro referencial
fora desta carta temos em Gl 2:13, que Tito é grego de nascimento.
Foi escrita pelo apóstolo Paulo por volta do ano 66 d.C., segundo
comentários sobre o Novo Testamento, talvez da cidade de Corinto.
Segundo o texto, o apóstolo Paulo escreveu a Tito com os seguintes
propósitos:

1. Ajudar Tito a refutar os falsos mestres;


2. Instruir Tito acerca da administração e do pastoreio da igreja;
3. Encorajar Tito e pedir-lhe que venha a Nicópolis (3:12)

No esboço a seguir temos o perfil desta carta:

1. INTRODUÇÃO (1:1-4);
2. QUALIFICAÇÃO DOS ANCIÃOS E BISPOS (1:5-16);
3. EXORTAÇÃO AOS MEMBROS DA IGREJA (2:1-3.11);
4. CONCLUSÃO (4:12-15);

Igualmente às epístolas anteriores, vemos o apóstolo Paulo preocupado


com as questões doutrinárias, pelo que pede a Tito para exortar os fiéis
a serem sãos na fé (1:13); e a falar o que convém a sâ doutrina (2:1);
São ensinos com aplicação prática também em nossos dias, pelo que
devemos estar atentos para o bom exercício do ministério pastoral à
frente do rebanho do Senhor.
Os problemas que Tito estava enfrentando são semelhantes aos que
nos deparamos em nossos dias, principalmente com relação as
"novidades teológicas" ou "teologias" que surgem a cada dia. Sem
consistente respaldo bíblico, se tratando de verdadeiras heresias; o que
acaba por requerer constante vigilância e zelo doutrinário.

Augusto Bello de Souza Filho


Bacharel em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:38:48
Filemom
Autor: Paulo, 1:1

Comentário:
Filemom era um crente abastado, tinha um escravo chamado Onésimo,
que o furtou algo, provavelmente dinheiro, e fugiu para Roma.
Em Roma encontrou-se com Paulo e converteu-se.
Paulo intercede por Onésimo.
Filemom recebe Onésimo como irmão amado. Vs 16.
Hebreus
Comentário:
Conquanto Deus tenha falado aos pais pelos profetas, agora falou por
intermédio de seu Filho. O prólogo afirma o caráter distintivo do Filho.
Ele é antes da história, está na história, é superior à história, é a meta da
história. Compartilha a essência da Deidade e irradia a glória da
Deidade. Ele é a suprema revelação de Deus (1:1-3).
A passagem seguinte (1:4-14) declara de forma inequívoca a
preeminência de Cristo. Ele é superior aos anjos. Estes ajudam os que
serão herdeiros da salvação. Cristo, em virtude de sua identidade, de
sua nomeação divina e do quer realizou, ergue-se por cima deles. Quão
trágico é descuidar a grande salvação que ele proclama. Ele cumprirá a
promessa feita ao homem de que todas as coisas estarão
harmoniosamente sujeitas ao homem. Pode fazê-lo, porque é verdadeiro
homem e realizou a expiação pelos pecados. É superior a Moisés.
Moisés era servo entre o povo de Deus. Cristo é um Filho que está
sobre o povo de Deus. Quão trágico é deixar de confiar nele! Por causa
da incredulidade, uma geração toda de israelitas não entrou na terra de
Canaã. Os crentes são advertidos contra tal incredulidade. Acentua-se
tanto a fé como o fervor para se entrar no eterno descanso de Deus. O
evangelho de Deus e o próprio Deus esquadrinham o homem.
O saderdócio de Cristo é também desenvolvido por comparação (4:14 -
10:18). Os requisitos, as condições e as experiências do sacerdócio
arônico se enumeram em comparação com Cristo como sacerdorte.
Antes de desenvolver com maior amplitude este assunto, o escritor
adverte os leitores sobre sua falta de preparação para um ensino mais
avançado. Somente a sincera diligência nas coisas de Deus os tirará da
imaturidade. Cristo, como sacerdote, à semelhança de Melquizedeque, é
superior ao sacerdócio levítico, uma vez que sua vida é indestrutível; foi
a um tempo sacerdote e sacrifício; seu sacerdócio é eterno. Seu
santuário está no céu e seu sangue estabelece a validez do novo
concerto que é igualmente eterno.
A perseverança dos crentes nasce da comunhão com Deus, da
atividade em favor de Deus, da fé nele e da consciência do que o espera
(10:19 - 12:29).
A cruz como altar cristão e a ressurreição do Grande Pastor são as
bases para a ação divina. Estes acontecimentos históricos e redentores
estimulam o crente à ação (13:1-25).

Autor:
Não se menciona o nome do autor. Com exceção da epístola aos
Hebreus e da primeira epístola de João, todas as demais epístolas do
Novo Testamento designam seu autor, seja pelo nome, seja pelo título.
Desde o primeiro século, o problema da autoria da epístola aos Hebreus
tem causado muita discussão. Várias são as respostas dadas pelos
crentes da igreja primitiva. Na margem oriental do mar Mediterrâneo e
perto de Alexandria atribui-se o livro a Paulo. Orígenes (anos 185-254
d.C.) considerava que os pensamentos do livro eram de Paulo, mas a
linguagem e a composição pertencial a outrem. No norte da África,
Tertuliano (155-225 d.C.) sustentava que Barnabé escreveu a epístola
aos Hebreus. Embora a carta tenha sido conhecida primeiro em Roma e
no Ocidente (I de Clemente, datada ao redor do ano 95 d.C. cita
Hebreus com freqüência), a opinião unânime nesta região durante 200
anos foi que Paulo não escreveu a epístola aos Hebreus. Estes crentes
da igreja primitiva não disseram quem, a seu ver, havia escrito a
epístola. Simplesmente não o sabiam.
Em nossos dias os crentes não devem ser dogmáticos acerca de um
assunto mantido em dúvida durante tanto tempo. Todavia, os estudiosos
das Sagradas Escrituras devem estudar o livro de Hebreus. Um
cuidadoso exame do texto grego diz-nos muitas coisas sobre o autor. O
livro está escrito num grego brilhante, da pena de um escritor eloqüente.
Não se parece, pois, com o estilo de Paulo. Com freqüência, o apóstolo
Paulo segue o fio de um novo pensamento antes de haver finalizado o
anterior. O escritor da epístola aos Hebreus nunca segue esse processo.
O vocabulário, as figuras de dicção e de pensamento apontam a
influência alexandrina e filônica (Filo, 20 a.C. a 50 ou 60 d.C.). Paulo não
tem essa origem intelectual. O escritor da carta aos Hebreus cita o
Antigo Testamento diferentemente de Paulo. Frases de Paulo "como
está escrito", "a Escritura diz", "boas novas da vossa fé e amor" nunca
se encontram na epístola aos Hebreus, embora o escritor cite com
profusão o Antigo Testamento.
Não sendo Paulo o autor, quem será? Apolo parece preencher as
condições que se encontram no livro. Vinha de Alexandria. Era homem
eloqüente e instruído. Era poderoso nas Escrituras Sagradas. As
seguintes passagens do Novo Testamento falam-nos de Apolo: Atos
18:24-28; 19:1; I Coríntios 1:12, 3:4-6, 22; 4:6; 16:12; Tito 3:13. É
provável que nunca venhamos a estar seguros do nome do autor; se,
porém, lermos a epístola com cuidado, chegaremos a conhecê-lo.
A data mais aceita para a escritura desta epístola oscila entre os anos
68 e 70 d.C.
-
A. Berkeley Mickelsen
Doutor em Filosofia e Letras

Data: 15/06/2004 - Hora:8:51:28


Hb 1,3- versões modernas omitem as palavras "por si mesmo", enfraquecendo a doutrina da
propiciação dos nossos pecados no sangue do Cordeiro
Data: 11/9/2007 - Hora:18:39:13
Tiago
Chave: A fé sem obras é morta. 2:26

Comentário:
Imitando o estilo da literatura de sabedoria do Antigo Testamento, com
evidentes pressupostos cristãos. Tiago escolhe o tema da "religião pura"
(1:27), a religião do amor divino experimentado no coração. Mostra que
a religião pura é posta à prova pelas tentações e pelas dificuldades dos
fiéis, e de si mesma põe à prova o carnal e o egoísta. Estas experiências
positivas e negativas da religião pura revelam o contraste entre as
qualidades espirituais, da sabedoria benéfica e da falsa, da fé verdadeira
e da falsa, do eu espiritual e do eu carnal, e da confiança verdadeira e
da falsa.
Inequivocadamente cristã em seu reconhecimento das reivindicações de
Cristo (1:2; 2:1, 7), e em sua referência à segunda vinda (1:12; 5:7, 8) e
à regeneração pessoal mediante a fé (1:18-21), a epístola lembra-nos os
ensinos da assim chamada literatura de sabedoria do Antigo
Testamento, como se observa em Jó, em alguns dos Salmos, em
Provérbios e em Eclesiastes. Coloca o bem e o mal em justaposição e
faz referência basicamente ao tema da religião pura e da religião falsa.
O autor tem em mente os crentes fiéis que constituem exemplos da
"religião pura" nas provações e vicissitudes. A estes ele anima. Tiago
leva em conta também os mais carnais e egoístas, cuja conduta
demonstra que não saíram airosos da prova da "religião do coração,
quer seja posta à prova na vida dos fiéis ou pondo a prova e julgando a
vida das pessoas carnais.
Tiago emprega repetidas vezes o paradoxo ao afirmar a superioridade
dos valores espirituais tão comumente descumpridos. Por isso fala-nos
de dois tipos de eu. Observa-los-emos à medida que o assunto se
desenvolve. Tiago é prático, e sua ênfase não é teológica. O primeiro
capítulo, que nos fala do programa de Deus no que concerne à
santificação do crente, apresenta em miniatura os temas que serão
ventilados com maior amplitude nos capítulos restantes.

Autor:
A epístola diz ter sido escrita por Tiago. O Novo Testamento menciona
três pessoas com este nome. Todavia, a igreja cristã atribui a Tiago, filho
de José e Maria, e irmão do Senhor Jesus Cristo, a paternidade literária
desta epístola. Tiago, em seus ensinos, apresenta notável semelhança
com nosso Senhor. Uma comparação desta epístola com o sermão do
Monte revela, pelo menos, doze paralelismos evidentes. Eleito
moderador da igreja de Jerusalém, na época posterior ao Pentecoste,
Tiago imprime a esta epístola uma nota de autoridade modesta. Sem
desculpar-se em nenhum momento, os 108 versículos contém 54
mandamentos.
-
Stephen W. Paine
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:39:24
I Pedro
Comentário:
Esta bela carta foi escrita aos crentes da Ásia Menor, a fim de criar neles
uma jubilosa esperança diante da perseguição que ameaçava cair sobre
eles. Era intenção do apóstolo que esta carta circulasse entre os crentes
de herança predominantemente gentia, em congregações localizadas
nas províncias do Império Romano onde, provavelmente, o jugo imperial
seria mais severo. A igreja não desconhecia a perseguição. Desde às
primeiras perseguições no tempo de Estêvão e a dispersão que se
seguiu, até à constante fustigação de que era alvo o apóstolo Paulo por
onde quer que fosse, os crentes da igreja primitiva haviam
experimentado na própria carne a fadiga e a tensão provocadas pelo
antagonismo. E agora a ira do demente imperador Nero estava prestes a
explodir em Roma, a expensas da igreja. Portanto, o apóstolo Pedro
procurou preparar a igreja na Ásia Menor para o desastre iminente que
se avizinhava nestas províncias orientais, onde a opressão se
espalharia, sem dúvida, de sua origem em Roma. Inspirado de um
espírito de pastor fiel e bispo das almas, o apóstolo Pedro envia esta
carta pastoral para confirmar seu rebanho na esperança consoladora da
vinda do Espírito Santo. Uma vez que estão arraigados em Cristo,
devem abster-se dos desejos da carne. Caso se encontrem em uma
sociedade hostil, seus sofrimentos por amor à justiça serão, em
realidade, uma bênção.

Autor: Pedro 1:1


Esta carta de Pedro foi, provavelmente, enviada de Roma aos crentes
da Ásia Menor, entre os anos 62 e 69 d.C. Existe uma extraordinária
semelhança de pensamentos entre esta carta e a epístola de Paulo aos
Romanos (ano 56 a 57 d.C.) e a epístola anônima aos Hebreus
(provavelmente em derredor do ano 60 d.C.). Pode ser que o apóstolo
Pedro possuisse ambas as cartas quando se encontrava em Roma.

-
Robert Paul Roth
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:39:39
II Pedro
Comentário:
Enquanto a primeira epístola de Pedro é uma carta de jubilosa
esperança em face do sofrimento, a segunda epístola desse apóstolo é
uma mensagem da verdade fiel diante do erro. A segunda carta começa
por uma declaração direta da verdade de Deus, que se fundamenta
tanto na palavra profética como na palavra do testemunho. Adverte
contra falsos mestres que procurarão substituir a Palavra divina por
palavras humanas. E termina com a afirmação de que a vinda de Cristo
é uma realidade futura que destruirá o mundo e trará novos céus e nova
terra.

Autor:
Há incerteza quanto ao autor, à data e ao destinatário da segunda
epístola de Pedro. Contudo, a igreja tem suustentado tradicionalmente o
ponto de vista de que o apóstolo Pedro foi o autor desta carta. A
diferença de estilo entre as duas epístolas poderia ser explicada da
seguinte maneira: Pedro teve diferentes ajudantes; escreveu a uma só
congregação em vez de fazê-lo a um grupo; escreveu com menor
urgência porque seu propósito e a situação eram diferentes. Quando,
em sua segunda epístola, se refere a uma anterior, não devemos supor
que faça alusão à primeira epístola de Pedro e, sim, a uma carta que se
perdeu. Existe, inclusive, a possibilidade de que Pedro tenha escrito a
segunda epístola antes da que conhecemos como primeira. As
circunstâncias do escrito refletem uma situação na qual as heresias
gnósticas contaminavam a igreja. Este falso ensino levava a um
comportamento licencioso. Somente a correta compreensão da
sabedoria de Deus à luz do retorno de nosso Senhor Jesus Cristo
refutaria tais erros.

-
Robert Paul Roth
Doutor em Filosofia e Letras
Data: 11/9/2007 - Hora:18:39:54
I João
I JOÃO, II JOÃO e III JOÃO

Comentário:
A primeira epístola de João foi escrita a uma coletividade cristã que tinha
de enfrentar a heresia gnóstica do primeiro século. João procurava
animar seus membros a viver uma vida conseqüente com a comunhão
com Deus e com Cristo. Ventila assuntos tão vitais como a justiça, o
amor, a verdade e o conhecimento. O autor não considera estes
assuntos simplesmente como requisitos éticos, mas como realidades
religiosas fundamentadas na revelação cristá de Deus e de seu Filho, o
Senhor Jesus Cristo. Portanto, a doutrina cristã é parte integrante do
livro e sentimos, às vezes a tentação de pensar nele como uma
exposição doutrinal da realidade da encarnação de Deus em Cristo.
Contudo, se quisermos seguir o pensamento do escrito, devemos evitar
esta tentação, visto que o apóstolo João está interessado principalmente
na qualidade da vida cristã de seus leitores.
A segunda epístola foi escrita para advertir uma mulher cristã contra a
comunhão indiscriminada com os incrédulos. As idéias principais da
epístola são o amor, a verdade e a obediência, que em parte se
complementam entre si. A obediência sem amor é servil; o amor sem
obediência é irreal; nenhum dos dois elementos pode florescer fora do
ambiente da verdade.
A carta é dirigida "a senhora eleita", e este é, provavelmente, seu
significado, embora muitos interpretem como expressão figurativa que
designa a uma igreja. Ao que parece, a epístola é uma carta pessoal a
uma mulher cristã que João conhece, talvez uma viúva, e o motivo foi o
enncontro com alguns de seus filhos aos quais ele achou fiéis na fé em
Cristo (ver. 4).
O propósito da terceira carta é elogiar a Gaio, leigo leal e ativo que tinha
consideráveis bens, por sua hospitalidade cristã, dando acolhida a
pregadores que viajavam de uma cidade para outra, e ajudando-os no
caminho, participando assim em sua obra missionária. A carta refere-se
também a determinada cinrcunstância interna da igreja, que envolve
Gaio e Diótrefes.

AUTOR
As provas disponíveis indicam que João, o apóstolo, foi o autor não
somente do evangelho do mesmo nome, mas também destas três
epístolas. Estas cartas foram escritas, segundo se supõe, entre os anos
85 e 100 d.C.

-
Fred L. Fisher
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:40:07
II João
I JOÃO, II JOÃO e III JOÃO

Comentário:
A primeira epístola de João foi escrita a uma coletividade cristã que tinha
de enfrentar a heresia gnóstica do primeiro século. João procurava
animar seus membros a viver uma vida conseqüente com a comunhão
com Deus e com Cristo. Ventila assuntos tão vitais como a justiça, o
amor, a verdade e o conhecimento. O autor não considera estes
assuntos simplesmente como requisitos éticos, mas como realidades
religiosas fundamentadas na revelação cristá de Deus e de seu Filho, o
Senhor Jesus Cristo. Portanto, a doutrina cristã é parte integrante do
livro e sentimos, às vezes a tentação de pensar nele como uma
exposição doutrinal da realidade da encarnação de Deus em Cristo.
Contudo, se quisermos seguir o pensamento do escrito, devemos evitar
esta tentação, visto que o apóstolo João está interessado principalmente
na qualidade da vida cristã de seus leitores.
A segunda epístola foi escrita para advertir uma mulher cristã contra a
comunhão indiscriminada com os incrédulos. As idéias principais da
epístola são o amor, a verdade e a obediência, que em parte se
complementam entre si. A obediência sem amor é servil; o amor sem
obediência é irreal; nenhum dos dois elementos pode florescer fora do
ambiente da verdade.
A carta é dirigida "a senhora eleita", e este é, provavelmente, seu
significado, embora muitos interpretem como expressão figurativa que
designa a uma igreja. Ao que parece, a epístola é uma carta pessoal a
uma mulher cristã que João conhece, talvez uma viúva, e o motivo foi o
enncontro com alguns de seus filhos aos quais ele achou fiéis na fé em
Cristo (ver. 4).
O propósito da terceira carta é elogiar a Gaio, leigo leal e ativo que tinha
consideráveis bens, por sua hospitalidade cristã, dando acolhida a
pregadores que viajavam de uma cidade para outra, e ajudando-os no
caminho, participando assim em sua obra missionária. A carta refere-se
também a determinada cinrcunstância interna da igreja, que envolve
Gaio e Diótrefes.

AUTOR
As provas disponíveis indicam que João, o apóstolo, foi o autor não
somente do evangelho do mesmo nome, mas também destas três
epístolas. Estas cartas foram escritas, segundo se supõe, entre os anos
85 e 100 d.C.

-
Fred L. Fisher
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:40:21
III João
I JOÃO, II JOÃO e III JOÃO

Comentário:
A primeira epístola de João foi escrita a uma coletividade cristã que tinha
de enfrentar a heresia gnóstica do primeiro século. João procurava
animar seus membros a viver uma vida conseqüente com a comunhão
com Deus e com Cristo. Ventila assuntos tão vitais como a justiça, o
amor, a verdade e o conhecimento. O autor não considera estes
assuntos simplesmente como requisitos éticos, mas como realidades
religiosas fundamentadas na revelação cristá de Deus e de seu Filho, o
Senhor Jesus Cristo. Portanto, a doutrina cristã é parte integrante do
livro e sentimos, às vezes a tentação de pensar nele como uma
exposição doutrinal da realidade da encarnação de Deus em Cristo.
Contudo, se quisermos seguir o pensamento do escrito, devemos evitar
esta tentação, visto que o apóstolo João está interessado principalmente
na qualidade da vida cristã de seus leitores.
A segunda epístola foi escrita para advertir uma mulher cristã contra a
comunhão indiscriminada com os incrédulos. As idéias principais da
epístola são o amor, a verdade e a obediência, que em parte se
complementam entre si. A obediência sem amor é servil; o amor sem
obediência é irreal; nenhum dos dois elementos pode florescer fora do
ambiente da verdade.
A carta é dirigida "a senhora eleita", e este é, provavelmente, seu
significado, embora muitos interpretem como expressão figurativa que
designa a uma igreja. Ao que parece, a epístola é uma carta pessoal a
uma mulher cristã que João conhece, talvez uma viúva, e o motivo foi o
enncontro com alguns de seus filhos aos quais ele achou fiéis na fé em
Cristo (ver. 4).
O propósito da terceira carta é elogiar a Gaio, leigo leal e ativo que tinha
consideráveis bens, por sua hospitalidade cristã, dando acolhida a
pregadores que viajavam de uma cidade para outra, e ajudando-os no
caminho, participando assim em sua obra missionária. A carta refere-se
também a determinada cinrcunstância interna da igreja, que envolve
Gaio e Diótrefes.

AUTOR
As provas disponíveis indicam que João, o apóstolo, foi o autor não
somente do evangelho do mesmo nome, mas também destas três
epístolas. Estas cartas foram escritas, segundo se supõe, entre os anos
85 e 100 d.C.

-
Fred L. Fisher
Doutor em Teologia
Data: 11/9/2007 - Hora:18:40:34
Judas
Comentário:
A epístola de Judas foi escrita como advertência contra certos cristãos
nominais que ameaçavem solapar e destruir a comunhão dos crentes,
mediante seu caráter e conduta imorais. Os que seguiam seus passos
receberiam o justo castigo de Deus. Em realidade, o Antigo Testamento
dá testemunho de cinco juízos de Deus contra tais pecados praticados
por estas pessoas (vers. 5-11). Como se quisesse acentuar o fato de
que tais pessoas estavam prestes a sofrer a ira de Deus, Judas
acrescenta uma descrição de doze pontos acerta de sua culpa (ver. 12-
16).
Em contraste com a atitude mundana e destruidora dos falsos mestres,
o crente deve demonstrar amor espiritual e construtivo. Lembrando a
misericórdia de Cristo para com eles, devem também demonstrar
misericórdia para com os que estão afundados nestes males. Talvez
sejam desse modo salvos (ver. 12-23).
A formosa doxologia (ver. 24, 25) é especialmente apropriada para os
que estão passando por grandes tentações.
Além do uso que faz do Antigo Testamento, Judas demonstra conhecer
a atual tradição judaica. (Referências em Judas 9, 14, embora nao se
encontrem no Antigo Testamento, acham-se em outros escritos judeus
da época). A epístola guarda relação particularmente íntima com a
segunda epístola de Pedro, e é provável que ambas as cartas fossem
dirigidas ao mesmo grupo de crentes. Muito embora alguns exegetas
creiam que a segunda epístola de Pedro tenha empregado material de
Judas, é mais provável que a segunda espístola de Pedro fosse a mais
antiga das duas. Os males que II Pedro (2:1; 3:3) prediz são descritos
em Judas (vers. 4, 8, 19) como se houvessem ocorrido de acordo com a
profecia apostólica a esse respeito.

Autor:
Segunda a tradição, Judas é o irmão de Jesus (Mateus 13:55) que se
tornou crente só depois da ressurreição (João 7:5; Atos 1:14), e cujo
irmão, Tiago, foi o primeiro personagem dirigente da igreja primitiva
(Atos 15:13; Gálatas 1:19). Isto concorda com a referência que Judas
faz de Tiago (ver.1) como se este fosse amplamente conhecido. Em face
de tudo isto, poder-se-ia sugerir uma data que oscilaria entre os anos 70
e 80 d.C., para a escritura desta carta.

-
E. Earle Ellis
Doutor em Filosofia e Letras
Apocalipse
Comentário:
A chave deste livro encontra-se no versículo inicial. "Revelação de Jesus
Cristo". O propósito principal consiste em revelar o Senhor Jesus Cristo
como o Redentor do mundo e Conquistador do mal, e apresentar de
forma simbólica o programa mediante o qual ele desempenhará seu
trabalho.
A conclusão do livro é um convite à devoção. Se Cristo vai retornar, a
santidade e o trabalho são obrigatórios no que respeita a seu povo. A
oração no final deve expressar o desejo de todo crente: "Amém. Ora
vem, Senhor Jesus"(22:20).

Enquanto Gênesis é o livro das origens, Apocalipse é o livro das


consumações.

Genêsis relata:
A origens dos céus, da terra, do mar, da noite, do sol, da lua, da morte,
da dor e da maldição.

Apocalipse relata:
Que haverá novos céus e nova terra, que não haverá mais mar, nem
noite, que não haverá necessidade de sol nem de lua, que não haverá
mais morte nem dor nem maldição.

Autor:
Ao autor do livro de Apocalípse dá-se simplesmente o nome de João.
Estava na ilha de Patmos, onde se achava exilado por causa de sua fé
cristã (1:4-9; 22:8) Era bem conhecido entre as igrejas da Ásia, e
considerado "profeta"(22:9). Justino Mártir (cerca do ano 135 d.C.) e
Irineu (cerca do ano 180 d.C.), citaram verbalmente este livro,
atribuindo-o a João, um apóstolo de Cristo. Dado que sua linguagem é
tão diferente do evangelho segundo São João, alguns intérpretes da
Bíblia, pensam que não foi escrito pela mesma pessoa. Contudo, o
pensamento conservador atribui a João, filho de Zebedeu, a escritura
deste livro, por volta do ano 95 d.C., durante o governo de Domiciano.

- Compilação de comentários de Merrill C. Tenney, Doutor em Filosofia e


Letras e Rogério Dias.

Data: 23/02/2004 - Hora:20:00:11


Apoc. 1, 8: este versículo prova que Jesus é Deus, pois se chama de "Todo Poderoso",
sendo, ele mesmo, o primeiro e o último. Como o "que há de vir", ele se revela como Jesus,
no qual esperamos a sua vinda. A seguir, ele diz ser, além de Jesus, o próprio Todo
Poderoso, que é uma designação utilizada apenas para Jeová. E Jesus é Jeová, o Senhor.
Esta é uma revelação de que Jesus é Jeová, o Todo Poderoso.

Apocalipse 1, 11- As versões modernas omitem "Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o
derradeiro;"- Esta expressão equivale a dizer de Jesus Cristo que ele é tudo, ele é Deus, o
que "era", "é" e "há de vir", o "Todo-Poderoso".

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