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Brasília
2011
Copyright © 2011 – Doutor, posso viajar de avião?
Cartilha de Medicina Aeroespacial
Conselho Federal de Medicina / Faculdade de Ciências Médi-
cas da Santa Casa de São Paulo
SGAS 915, Lote 72 – CEP 70390-150 - Brasília/DF
Fone: (61) 3445 5900 – Fax: (61) 3346 0231
e-mail: cfm@portalmedico.org.br
Catalogação na fonte:
Eliane Maria de Medeiros e Silva – CRB 1ª Região/1678
CDD 612.014.4
Diretoria do Conselho Federal de Medicina
Presidente
Roberto Luiz d’Avila
1º vice-presidente
Carlos Vital Tavares Corrêa Lima
2º vice-presidente
Aloísio Tibiriçá Miranda
3º vice-presidente
Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti
Secretário-geral
Henrique Batista e Silva
1º secretário
Desiré Carlos Callegari
2º secretário
Gerson Zafalon Martins
Tesoureiro
José Hiran da Silva Gallo
2º tesoureiro
Frederico Henrique de Melo
Corregedor
José Fernando Maia Vinagre
Vice-corregedor
José Albertino Souza
Conselheiros titulares
Apresentação ................................................................... 13
Introdução ........................................................................ 15
Anexos .............................................................................. 39
Eventos médicos a bordo de aeronaves comerciais
Viagens aéreas e responsabilidade médica
Apresentação
Doenças cardiovasculares
No caso de infarto não complicado, a conduta
adotada de liberação para o voo é a de se aguardar
de duas a três semanas. Em infarto complicado, seis
semanas. Os pacientes com angina instável não de-
vem voar.
APARELHO RESPIRATÓRIO
Asma
A asma brônquica é a doença respiratória mais
comum entre os viajantes, sendo incapacitante
para o voo em casos graves, instáveis e de hospi-
talização recente.
Pneumonias
Os passageiros com infecções pulmonares con-
tagiosas (tuberculose e pneumonia) não devem via-
jar, pois pode ocorrer agravamento dos sintomas,
complicações durante e depois do voo e risco de dis-
seminação da doença entre os demais passageiros.
Tuberculose
O passageiro com tuberculose somente pode-
rá voar quando da melhoria clínica e resultado ne-
gativo do exame de bacilos no escarro.
Otite
As condições de infecções ativas e cirurgias re-
centes são contraindicações para o voo, mas o uso
de tubo de drenagem da orelha média na membra-
na timpânica não o é.
Rinite
A rinite alérgica é uma reação inflamatória da
membrana da mucosa nasal que causa coceira no
nariz, espirros, excesso de secreção e obstrução.
Sinusite
A sinusite aguda ou crônica é contraindicação
ao voo, por ser uma infecção e pelo risco de obs-
trução do seio nasal, podendo levar a complicações
no momento do pouso ou quando de despressuri-
zação da cabine.
QUADROS GASTROINTESTINAIS
Abdome
Orienta-se que os passageiros obstipados eva-
cuem antes da viagem, para não se incomodarem
com a distensão dos gases.
Diarreia
É um problema em potencial, principalmen-
te para aqueles que visitam regiões endêmicas e
com pouca higiene, o que facilita a transmissão
de infecções.
Pós-trauma craniano
Após um trauma crânio-encefálico ou qualquer
procedimento neurocirúrgico, pode ocorrer aumen-
to da pressão intracraniana durante o voo. Os indiví-
duos com tais condições devem aguardar sete dias,
e confirmar a melhora do quadro compressivo intra-
craniano através de tomografia de crânio.
Pós-operatório torácico
1. Pós-pneumectomia ou lobectomia pulmo-
nar recente: a reserva pulmonar é mínima, princi-
Pós-operatório abdominal
A realização de anestesia geral não é contraindi-
cação, pois seus efeitos são rapidamente reversíveis.
No caso de anestesia raquidural, contudo, deve-se
aguardar sete dias para voar, período em que o voo
poderia vir a causar cefaleia intensa.
QUADROS PSICONEUROLÓGICOS
Distúrbios psiquiátricos
Não devem voar as pessoas com transtornos
psiquiátricos, cujo comportamento seja imprevisí-
vel, agressivo ou não seguro.
Medo de voar
Os passageiros com tendências claustrofóbicas
e/ou fobias em ambientes aéreos e aglomerados
humanos devem procurar um médico antes do voo,
para realizar um tratamento cognitivo-comporta-
mental ou mesmo medicamentoso.
Anemias
Independente da causa da anemia, níveis de
hemoglobina abaixo de 8,5mg/dL, associados à di-
minuição da pressão de oxigênio durante o voo, po-
dem levar ao aparecimento de sintomas. Na anemia
crônica, há maior tolerância a níveis mais baixos de
hemoglobina.
Condições oftalmológicas
1. Glaucoma: não é contraindicação ao voo desde
que o passageiro utilize corretamente a medicação;
Jet lag
Este termo define uma alteração do ritmo circa-
diano devido às diferenças de fuso horário sofridas
pelo organismo. Caracteriza-se por cansaço, sonolên-
cia, dificuldade para dormir, irritabilidade e incompa-
tibilidade entre a fome e os horários das refeições.
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